Nº2 2014 Nº2 Maio
O Clube Naval da Horta colabora com muito empenho nas Comemorações do Dia da Marinha (assinalado a 20 de maio) organ-izando, em parceria com esta entidade, di-versos eventos desportivos e culturais
O atleta do Clube Naval da Horta, Rui Silveira conseguiu mais uma vitória para juntar ao palmarés atingido ao longo da sua carreira como velejador de alta competição
Durante a Sessão Solene do Dia da Escola Secundária Manuel de Arriaga, aquela Insti-tuição distinguiu o Clube Naval da Horta com o Diploma de Reconhecimento “pela presti-mosa colaboração na realização de projectos com envolvência de alunos, contribuindo as-sim para uma mais completa educação e formação”
Ir_ao_marIr_ao_marIr_ao_mar maio no CNH
CRIA R C ON DIÇ ÕES PA RA Q UE AS P ESS OAS PO S-
SA M “ IR AO MA R” É A RAZÃ O D E SE R D O CL UBE!
NÁUTICA NO BAR Dia da Marinha 2014: “O contributo da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional
para a segurança marítima nos Açores”
Desenvolver temáticas relacionadas com o mar e as diferentes vertentes de atividades náuti-
cas. Um espaço de informação/formação informal e descontraído, onde se possa abordar
temáticas que de certa forma se relacionam com as atividades do nosso Clube.
Queremos acima de tudo que a náutica no bar seja um espaço de encontro dos sócios que
promova o convívio e a partilha de vivências, experiências e conhecimentos.
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eio da P
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Textos: Cristina Silveira Montagem: Luís Moniz
Evolução das Ajudas à Navegação e GMDSS em foco nas “Conversas na câmara”
O Comandante da Corveta “Baptista de Andrade”, Capitão-Tenente
Victor Plácido da Conceição, falou da Evolução das Ajudas à
Navegação
Os perigos naturais encontrados no mar são os
mesmos, tendo mudado os artificiais. A tecno-
logia e a previsão foram aspectos que também
sofreram mudanças e que constituem ajudas à
navegação.
Quanto ao GMDSS (Sistema Global de Socor-
ro e Segurança Marítima), foi concebido para
proporcionar um sistema de comunicações
credível e global para as
comunicações de So-
corro, Urgência e Se-
gurança marítimas.
No âmbito das
“Conversas na câmara”,
decorreu na tarde desta
quinta-feira (dia 15), a bordo da Corveta NRP
“Baptista de Andrade”, que se encontra no
porto da Horta, a apresentação de duas temát-
icas intituladas “Evolução das Ajudas à
Navegação: GPS/AIS/Radar/Assinalamento
Marítimo e “GMDSS/DSC/METOC”.
Esta actividade faz parte do programa destina-
do a assinalar o Dia da Marinha, cujas comem-
orações decorrem na ilha do Faial de 15 a 24
do corrente, contando
com o apoio do Clube
Naval da Horta.
A recepção a bordo foi
feita pelo Comandante
da Corveta “Baptista de
Andrade”, Capitão-
Tenente Victor Plácido
da Conceição, que deu
as boas vindas a todos
aqueles que quiseram
participar neste primeiro dia das “Conversas na
câmara”.
Presentes estiveram também o Contra-
Almirante Comandante da Zona Marítima dos
Açores, Pires da Cunha, bem como o Capitão
do Porto da Horta, Comandante Di-
ogo Vieira Branco.
Victor Plácido da Conceição
começou por explicar que esta inicia-
tiva visa transmitir a experiência da
Marinha sobre esta e outras temáticas
relacionadas com a
segurança e salva-
mento daqueles que
andam no mar. Pros-
seguindo a sua intervenção,
explicou que “no mar é funda-
mental saber onde estamos e
para onde vamos”, acrescen-
tando que “os perigos naturais
encontrados são os mesmos (a costa, o fundo,
os outros navios, etc), tendo mudado a tecnolo-
gia e a previsão”. Outro aspecto que também
mudou são os chamados perigos artificiais de
que são exemplos as estações petrolíferas, as
ilhas flutuantes, os parques eólicos e outros. “E
quando temos pouco mar, tudo isto constitui
um problema”, frisa.
O segundo tema foi apresen-
tado pelo 2º Tenente, Areias
Ferreira, que explicou o
aparecimento, funcionamento
e potencialidades do
GMDSS.
Em 1979, a Organização
Marítima Internacional
(IMO) reconhecendo a neces-
sidade de implementar o
sistema de comunicação
marítima, decidiu dar início à
instalação de um novo sistema de socorro e
segurança conhecido como Sistema Global de
Socorro e Segurança Marítima (GMDSS -
Global Maritime Distress and Safety System).
O GMDSS entrou em vigor em 1992 e es-
tabelece a ar-
quitectura de
comunicações
necessária à
melhoria da se-
gurança marítima
e, em particular,
à optimização da
Busca e Salva-
mento/Search
And Rescue
(SAR). Baseia-se numa combinação de
serviços de comunicações proporcionados por
satélites e por estações terrestres, fazendo uti-
lização extensiva de sistemas automáticos (por
exemplo, em situações de emergência os equi-
pamentos GMDSS têm capacidade para enviar
automaticamente mensagens de socorro, sem
qualquer intervenção dos operadores).
O conceito básico que se pretende alcançar
com este sistema tem a ver com a rapidez com
que as autoridades de busca e salvamento, bem
como os navios que naveguem nas proxim-
idades são informados da existência de um
navio em emergência através de técnicas de
comunicação terrestres e satélite, e deste modo
poderem prestar assistência com recurso a
operações de busca e salvamento no mais curto
espaço de tempo.
O GMDSS aplica-se somente aos navios da
classe SOLAS - Safety Of Life At Sea
(Convenção Internacional para a Segurança da
Vida Humana no Mar), ou seja, todos os navios
de carga com mais de 300 toneladas, navios de
passageiros com mais de 12 pessoas a bordo
que efectuem viagens internacionais e navios
de passageiros com mais de 100 toneladas que
realizem apenas viagens domésticas.
O GMDSS veio integrar um sistema global de
alguns sub-sistemas que já se encontravam a
Os perigos naturais encontra-
dos no mar são os mesmos,
tendo mudado os artificiais. A
tecnologia e a previsão foram
aspectos que também sofre-
ram mudanças e que constit-
uem ajudas à navegação.
funcionar com bons resultados, nomeadamente
o sistema COSPAS-SARSAT e as balizas
Emergency Position-Indicating Radio Beacon
(EPIRB); as balizas Search And Rescue Tran-
sponder (SART); o serviço NAVTEX e o
serviço INMARSAT de comunicações por
satélite.
As EPIRB's são balizas montadas no exterior
dos navios e que podem ser activadas manual
ou automaticamente, transmitindo um sinal de
socorro que é detectado pelos satélites do siste-
ma COSPAS-SARSAT e retransmitido aos
Maritime Rescue Co-ordination Centres
(MRCC) de todo o mundo, de forma a desen-
cadear uma acção SAR. As SART são balizas
destinadas a ser transportadas nas balsas salva-
vidas e a responder às emissões radar de outros
navios, fazendo aparecer no display dos navios
a menos de 10 milhas um sinal semelhante ao
de um RACON (vários pontos no azimute da
balsa), facilitando a sua localização.
O NAVTEX é um sistema de radiodifusão
automática da informação de segurança maríti-
ma que permite receber, a bordo,
os avisos à navegação costeira, a
informação SAR e os avisos me-
teorológicos numa rádio-
teleimpressora ou em sistemas
digitais, como por exemplo os
Electronic Chart Display and
Information Systems (ECDIS).
Os avisos de segurança marítima
difundidos através do sistema
NAVTEX tomam a designação
de avisos NAVTEX.
O INMARSAT é um serviço comercial de
comunicações por satélite que utiliza satélites
geo-estacionários que asseguram a cobertura de
toda a faixa do globo terrestre compreendida
entre aproximadamente 75º N e 75º S.
Além destes sistemas previamente existentes
que o GMDSS integrou, também foram intro-
duzidas algumas novidades, como por exemplo
a chamada Digital Selective Calling (DSC) e a
SafetyNet.
O DSC é um me-
canismo de chama-
da automática, des-
tinado a iniciar co-
municações navio-
navio, terra-navio e
navio-terra. O DSC
pode ser usado em
equipamentos das
várias gamas de
frequências
(nomeadamente VHF, MF e HF), dispensando
os operadores de rádio. A utilização do DSC
permite chamadas selectivas dentro de uma
rede, acesso automático a todos os navios e
estações costeiras e transmissão digital de men-
sagens pré-formatadas (como por exemplo,
mensagens de socorro),
entre outras facilidades
mais específicas e
avançadas.
O DSC é a base do
sistema do GMDSS e o
método de alerta de
uma estação ou es-
tações usando técnicas
digitais, permitindo a
transmissão ou re-
cepção de chamadas de
socorro, urgência,
segurança e rotina. É utilizado como o primeiro
meio de contacto com outras estações.
A SafetyNet é um serviço de transmissão de
informação de segurança marítima e meteoro-
lógica, a partir dos satélites INMARSAT. Os
satélites transmitem informação semelhante à
do serviço NAVTEX, ou seja, avisos à
navegação, avisos de mau tempo, avisos sobre
o funcionamento dos
sistemas de radi-
onavegação, relatos
de gelo da Ice Patrol,
etc.
De sublinhar que os
navios passaram a ser
obrigados a possuir
determinados equi-
pamentos em função
da área onde
navegam e não em função da sua tonelagem,
como acontecia antes da entrada em vigor do
GMDSS.
O GMDSS é baseado no conceito de 4 áreas
marítimas de comunicação, sendo especificado
para cada uma delas requisitos próprios de
equipamentos e qualificações para o pessoal
que as opera, a saber:
Área marítima A1: Dentro da cobertura de pelo
menos uma estação costeira de VHF com ca-
pacidade de recepção de
alertas DSC.
Área marítima A2: Exterior à
área 1, que se encontre dentro
da cobertura rádio de pelo
menos uma estação costeira de
MF com recepção de alertas
DSC.
Área marítima A3: Exterior à
área 1 e 2, que se encontre
dentro da cobertura de satélite
geostacionário do sistema
INMARSAT.
Área marítima A4: Área fora das áreas A1, A2
e A3. Inclui essencialmente as regiões polares,
norte ou sul nos 70º de latitude.
Os navios apetrechados com equipamentos de
GMDSS são mais seguros no mar – para além
da maior proba-
bilidade de receber
assistência em situ-
ações de emergência
– uma vez que este
sistema pode enviar
automaticamente um
alerta de emergência e
localização do navio,
em especial quando o
pessoal de bordo não
dispõe de tempo para
transmitir uma
chamada de emergência completa.
Níveis de prioridade
As mensagens trocadas pelo DSC têm quatro
níveis de prioridade:
Distress (Socorro)
Urgency (Urgência)
Safety (Segurança)
Routine (Rotina)
Datas de implementação do GMDSS
1 de Fevereiro de 1992: entrada em vigor das
novas regras GMDSS
1 de Agosto de 1993: todos os navios deveriam
ter capacidade para recepção de NAVTEX e
possuir uma rádio baliza (EPIRB) de 406 MHz
1 de Fevereiro de 1995: todas as novas con-
struções deveriam ser totalmente equipadas
com os requisitos GMDSS
1 de Fevereiro de 1999: todos os navios deveri-
am cumprir totalmente os requisitos do
GMDSS.
Para esta sexta-feira (dia 17), estão previstas
outras “Conversas na câmara” versando o
“Regulamento da Náutica de Recreio” e as
“Emergências em pequenas embarcações”.
O programa deste dia termina com a Náutica
no Bar, com início pelas 21h30, no Salão Bar
do CNH, em que será abordado o tema “O
contributo da Marinha e da Autoridade Maríti-
ma Nacional para a segurança marítima nos
Açores”.
O Contra Almirante Comandante da Zona Ma-
rítima dos Açores, Pires da Cunha, e o Presi-
dente do Clube Naval da Horta, José Decq
Mota, convidam todos os interessados a
tomarem partes nestas acções.
Quanto ao GMDSS (Sistema
Global de Socorro e Segurança
Marítima), foi concebido para
proporcionar um sistema de
comunicações credível e glob-
al para as comunicações de
Socorro, Urgência e Segurança
marítimas.
A câmara dos oficiais da Corveta NRP
“Baptista de Andrade” foi, durante dois dias,
o palco de várias conversas sobre segurança e
legislação marítima. Sexta-feira à tarde foram
abordados temas como o “Regulamento da
Náutica de Recreio” e “Emergências em pe-
quenas embarcações”, acção que integra o
programa de actividades destinadas a assina-
lar o Dia da Marinha na ilha do Faial, que
começou a 15 e termina a 24 deste mês.
A Corveta NRP “Baptista de Andrade”
foi palco de várias actividades no âm-
bito do Dia da Marinha, que este ano
tiveram como palco a ilha do Faial
O Capitão do Porto da Horta, Comandante
Diogo Vieira Branco, começou por enfatizar
a importância da Marinha partilhar o seu
know-how, o que constitui uma mais-valia
para as populações que beneficiam da sua
intervenção.
Diogo Vieira Branco em funções na ilha do
Faial desde Setembro último, salientou a or-
ganização conjunta da Marinha e do Clube
Naval da Horta (CNH) no que toca ao progra-
ma destinado a assinalar o Dia da Marinha
(20 de Maio) nos Açores, afirmando que a
instituição que representa adopta “sempre” a
via das parcerias, as quais constituem “uma
boa forma de estreitar laços institucionais e
pessoais”, o que é visto como “fundamental
nos tempos que correm”.
O Capitão do Porto da Horta, Coman-
dante Diogo Vieira Branco (o primeiro
da esquerda para a direita) falou sobre
o “Regulamento da Náutica de Re-
creio”
Como definição, uma embarcação de recreio
(ER) é “todo o engenho ou aparelho, de qual-
quer natureza, utilizado ou susceptível de ser
utilizado como meio de deslocação de super-
fície na água em desportos náuticos ou em
simples lazer”, e que exclui tudo o que estiver
relacionado com uso comercial.
O Comandante Diogo Vieira Branco afirmou
que “as embarcações destinadas às activida-
des marítimo-turísticas tinham apenas classi-
ficação profissional, “mas devagarinho foram
evoluindo para o actual patamar em que a
legislação já permite que também sejam con-
sideradas como ER”.
Relativamente à designação de embarcação
de recreio estrangeira, o Capitão do Porto da
Horta diz que se coloca “um grande problema
no que toca à fiscalização, ficando no ar a
questão: o que é uma ER estrangeira?”. Este
responsável explica que “uma ER belga é
uma embarcação europeia e, como tal, é obri-
gada a possuir as nossas cartas e os nossos
meios de salvamento”, o que no seu entender
“não é razoável”.
Aproveitando o regulamento em vigor, mui-
tos proprietários de ER mudam o registo naci-
onal para um internacional, como por exem-
plo belga, o que é sinónimo de se livrarem de
grandes encargos no que diz respeito à fiscali-
zação.
Contrariamente a Portugal, onde as vistorias
são feitas pelas Capitanias e atingem somas
muito consideráveis, no estrangeiro tudo o
que envolve segurança está coberto por um
seguro de responsabilidade civil, o que é mui-
to mais económico. Neste contexto, podemos
ter duas ER nacionais, lado a lado, em que
uma está abrangida pelas normas europeias e
a outra, sendo também nacional, está dentro
de um quadro legal estrangeiro. Trata-se de
uma prática corrente por parte das entidades
reguladoras que utilizam este tipo de subter-
fúgio, e que “é legal”, frisa o Comandante
Diogo Vieira Branco, mas “coloca entraves
relativamente à aplicação da lei”.
Neste ponto em concreto, o Comandante da
Corveta NRP “Baptista de Andrade”, Capitão
-Tenente Victor Plácido da Conceição, deu
uma achega esclarecendo que todas as ER
vindas de fora das águas territoriais se regem
pelo SOLAS - Safety Of Life At Sea
(Convenção Internacional para a Segurança
da Vida Humana no Mar).
O Comandante da Corveta explicou ainda que
“em casos estrangeiros, é a própria apólice
que força os segurados a terem os meios de
segurança a bordo, ao passo que em Portugal
é o Governo a entidade reguladora”. E acres-
centou: “No caso do seguro, a experiência e o
conhecimento do proprietário da ER são ate-
nuantes para que fique menos oneroso”.
O radioamador Altino Goulart referiu que
“quando o perito se desloca ao local do sinis-
tro marítimo e faz a avaliação do sucedido,
caso a embarcação não cumpra com os requi-
sitos exigidos por lei, a apólice não cobre os
prejuízos registados”.
Sobre esta matéria, o Presidente da Direcção
do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq
Mota, disse que “a tendência da Comunidade
Europeia é uniformizar e quando as situações
merecem procedimentos diferentes, a opção
verificada têm sido as omissões”.
Enquadrando todas estas questões, o Capitão-
Tenente Victor Plácido da Conceição recor-
dou que “há um regulamento europeu, ema-
nado pelas Nações Unidas, que engloba tudo
o que se prende com as questões marítimas,
desde os equipamentos a bordo até às salva-
guardas ambientais”.
As ER dividem-se em 5 tipos:
Tipo 1 - embarcações para navegação oceâni-
ca: concebidas e adequadas para navegar sem
limite de área;
Tipo 2 - embarcações para navegação ao lar-
go: concebidas e adequadas para navegar ao
largo até 200 milhas de um porto de abrigo;
Tipo 3 - embarcações para navegação costei-
ra: concebidas e adequadas para navegação
costeira até a uma distância não superior a 60
milhas de um porto de abrigo e 25 milhas da
costa;
Tipo 4 - embarcações para navegação costei-
ra restrita: concebidas e adequadas para nave-
gação costeira até a uma distância não superi-
or a 20 milhas de um porto de abrigo e 6 mi-
lhas da costa;
2º dia das “Conversas na câmara” abordou o “Regulamento da Náuti-ca de Recreio” e as “Emergências
em pequenas embarcações”
Tipo 5: embarcações para navegação em
águas abrigadas: concebidas e adequadas
para navegar em zonas de fraca agitação
marítima, junto à costa e em águas interio-
res.
As ER do tipo 5, movidas à vela ou a motor,
podem navegar num raio de 3 milhas de um
porto de abrigo.
As ER do tipo 5, movidas exclusivamente a
remos, só podem navegar até a 1 milha da
costa.
As ER do tipo 5, designadas por motas de
água e por pranchas motorizadas (jet-ski),
só podem navegar até a 1 milha da linha de
baixa-mar, desde o nascer e até a uma hora
antes do pôr-do-sol.
As ER do tipo 5 estão dispensadas de sinali-
zação luminosa desde que naveguem entre o
nascer e o pôr-do-sol.
Este responsável referiu que as ER do tipo 4
só podem afastar-se até 22 milhas de um
porto de abrigo, o que nos Açores corres-
ponde à distância entre as ilhas de São Mi-
guel e Santa Maria. E acrescenta: “Apesar
da maior parte das ER se encontrar no tipo
4, querem navegar até às 60 milhas de dis-
tância de um porto de abrigo”.
As ER dos tipos 1, 2 e 3 são fiscalizadas
pela Direcção-Geral dos Recursos Maríti-
mos, enquanto as Capitanias fazem esse
serviço nas ER do tipo 4 e 5.
Qualquer alteração nas características da
embarcação implica averbamento no Regis-
to Patrimonial, sendo motivo de fiscaliza-
ção. O facto de muitos proprietários não
cumprirem a obrigatoriedade de registar as
alterações faz com que as vendas sucessivas
dificultem o processo de registo por parte do
comprador final.
O Capitão do Porto da Horta revela que o
serviço que tutela recebe semanalmente uma
a duas denúncias de motores roubados. Con-
tudo, essa prática poderá ser combatida ten-
do em conta que passou a existir uma base
de dados nacional com toda esta informa-
ção, passando agora a haver cruzamento de
dados.
Outra questão apontada por este Coman-
dante é o facto de o Instituto Portuário e dos
Transportes Marítimos (IPTM) actualmente
não dispor de estruturas nos Açores. Até há
algum tempo, o técnico que se encontrava
em São Miguel deslocava-se às restantes
ilhas, mas agora vem de Lisboa. “Muitas
embarcações que deveriam estar no tipo 3
encontram-se no 4, pelo facto de uma visto-
ria ser muito dispendiosa. As vistorias às
ER do tipo 4 além de serem muito mais
facilitadas, também são muito menos onero-
sas comparativamente às ER do tipo 3”,
explicou.
Diogo Oliveira Branco diz abertamente que
“não faz sentido as entidades que fazem as
vistorias às ER do tipo 1, 2 e 3 estarem se-
deadas em Lisboas e as que fazem às ER do
tipo 4 e 5 estarem localizadas nos Açores”.
E neste contexto adiantou que já propôs ao
IPTM que as Capitanias fossem dotadas de
meios a fim de puderem ter mais essa com-
petência, proposta que foi aceite, “estando o
processo em andamento”.
Este responsável admite que “todos os en-
volvidos se aperceberam desta situação de-
masiado tarde”, afirmando que “a Marinha
tem vindo a ser desprovida das competên-
cias do serviço público”. E salienta: “Somos
uma entidade civil com pessoal militar”.
Para o Capitão do Porto da Horta, o facto de
a Autoridade Marítima Nacional ter sido
destituída de funções nos Açores (referindo-
se à competência contra-ordenacional que
passou para o âmbito da Inspecção Regional
das Pescas) “fragiliza as instituições regio-
nais”. E alerta: “Quem licencia é quem fis-
caliza; isto gera uma promiscuidade perigo-
sa. Embora essa postura controle a vontade
dos pescadores, a verdade é que contribui
para a delapidação dos recursos marinhos, e
isso não vai ser bom para os pescadores”.
O Presidente da Direcção do CNH,
José Decq Mota, lamenta que tenham
sido retiradas competências à Autori-
dade Marítima
A propósito, o Presidente da Direcção do
CNH, José Decq Mota, defendeu que muitas
das competências que foram atribuídas ao
IPTM deviam ter continuado na alçada da
Autoridade Marítima. O Estado exclui a
Região Autónoma dos Açores e esta auto-
exclui-se do exercício de eventuais respon-
sabilidades nesta matéria em concreto, o que
resulta em taxas elevadíssimas!” Este diri-
gente referiu que tem “sempre muita dificul-
dade em perceber por que razão quando se
quer atribuir competências a outras entida-
des, esses assuntos não são discutidos em
profundidade, mas sempre à luz de critérios
imediatos. É mau a Região se colocar alheia
à discussão de problemas como este”. E
recordou que começou em 1979 o grande
movimento dessas transferências, que a se-
guir parou.
Outra questão que Diogo Vieira Branco
entende que deve ser revista diz respeito ao
comandante da ER que, segundo o Regula-
mento, “é o responsável pelo comando e
pela segurança da ER, das pessoas e dos
bens embarcados, bem como pelo cumpri-
mento das regras de navegação, competindo
-lhe ainda, no caso de não ser o proprietário
da embarcação, representá-lo perante a au-
toridade marítima e demais entidades fisca-
lizadoras”. Mas para o Capitão do Porto da
Horta “deve ser o mais habilitado a bordo”.
Relativamente ao artigo 57º que contempla
as “Taxas”, este Comandante refere que
“uma queixa muito frequente” tem a ver
com o facto de as Capitanias cobrarem dife-
rentes valores pelo mesmo serviço. E reve-
lou que “ultimamente tem sido feito um
esforço no sentido da uniformização”. Ain-
da neste campo, Diogo Vieira Branco tem
constatado que “as pessoas manifestam des-
conhecimento sobre o que pagam. No entan-
to, a verdade é que todos os serviços são
discriminados na respectiva factura”.
O Capitão do Porto da Horta não se assusta
com reclamações, encarando-as “com gos-
to”, porquanto “permitem analisar as situa-
ções e melhorar o serviço que é prestado às
populações”.
“Emergências em pequenas embarca-
ções”
Este segundo tema das “Conversas na câma-
ra” dos oficiais consistiu numa demonstra-
ção prática. Como tal, o cabo Carlos Zacari-
as, da Autoridade Marítima Nacional, apoia-
do por José Pereira, da Capitania do Porto
da Horta, explicou como se deve manusear
e utilizar os diferentes extintores, tendo da-
do conselhos e explicações no combate a
pequenos incêndios.
Os extintores são equipamentos de protec-
ção activa contra incêndios. Não sendo um
meio para combater fogos de grandes di-
mensões, pode ser fundamental para evitar
que um foco de incêndio se propague e se
transforme num incêndio de difícil extinção.
Os extintores servem para combater um
incêndio enquanto este ainda está numa fase
inicial.
Como funcionam?
Os extintores são reservatórios cilíndricos
feitos de metal que contêm no interior pro-
dutos próprios para o combate a incêndios,
tais como água, pó químico, dióxido de car-
bono ou espuma. Além do produto utilizado
para proceder à extinção do incêndio, dentro
do extintor existe geralmente um pequeno
reservatório que contém uma substância
comprimida, que normalmente é azoto.
Quando se acciona o manípulo do extintor,
o azoto é libertado no interior do reservató-
rio que contém o produto extintor. Assim
que o azoto ocupa o reservatório maior, os
produtos utilizados para proceder à extinção
do incêndio são expelidos para o exterior
através da mangueira de descarga do extin-
tor.
O cabo Carlos Zacarias explicando
como se deve utilizar os extintores
Como utilizar o extintor
Os agentes extintores contidos nos extinto-
res de incêndio têm uma carga limitada e
esgotam-se rapidamente, pelo que é muito
importante saber utilizar estes equipamentos
correctamente.
1.Retirar a cavilha de segurança do extintor
2.Apontar o jacto à base do fogo
3.Primir o manípulo de descarga
Regras para utilizar o extintor em segu-
rança
- Só se deve utilizar um extintor quando o
fogo é de pequena dimensão e está sob con-
trolo.
- Antes de atacar as chamas, a pessoa deve
assegurar-se de que já todos abandonaram a
área atingida e que ninguém precisa de aju-
da.
- Se a área onde se encontra o fogo estiver
cheia de fumo, deve-se abandonar rapida-
mente o local. A inalação de fumos tóxicos
é uma das principais causas de morte em
situações de incêndio.
- Em casa deve-se ter um extintor do tipo
ABC, porque este pode ser utilizado nos
diversos tipos de fogo. O extintor escolhido
deve ser relativamente grande, mas é indis-
pensável ter em atenção o tamanho e o peso
do mesmo, por forma a não comprometerem
a facilidade de utilização do mesmo.
- É importante a pessoa certificar-se
sempre de que os extintores que compra
estão de acordo com a actual legislação em
vigor.
- Antes de utilizar um extintor, é funda-
mental ler as instruções e familiarizar-
se com a forma mais correcta de fazer uso
dele.
Diferentes tipos de extintores
Existem vários tipos de extintores que são
utilizados em diferentes tipos de fogos. De-
pendendo do combustível do incêndio, exis-
tem extintores específicos que são indicados
para apagar as chamas. Por esta razão, é
importante conhecer os diversos tipos de
incêndios:
Fogos Classe A: são fogos que têm como
combustíveis materiais orgânicos sólidos,
deixando resíduos, em forma de brasas. Para
estes incêndios são indicados extintores de
água, espuma ou pó ABC.
Fogos Classe B: são fogos provocados por
matérias líquidas e sólidas que são facil-
mente inflamáveis mas que não deixam resí-
duos (como por exemplo, gasolina, álcool,
tinta, etc.). Para este tipo de fogos são acon-
selhados extintores de dióxido de carbono
(CO2), espuma ou pó ABC.
Fogos Classe C: são fogos que envolvem
gases inflamáveis, como o gás natural, buta-
no ou propano. Para estas situações é ade-
quada a utilização de extintores de dióxido
de carbono e de pó ABC.
Fogos Classe D: são fogos que envolvem
metais combustíveis como o magnésio ou o
titânio. A particularidade destes combustí-
veis exige produtos extintores especiais para
os apagar. Nestes casos aconselha-se a utili-
zação de extintores de pó químico D.
Fogos Classe F: são fogos que envolvem
produtos para cozinhar, como óleos e gordu-
ras vegetais ou animais.
Para os fogos envolvendo equipamentos
eléctricos (sem classe de fogo definida) po-
de ser indicado o agente extintor de Dióxido
de Carbono (CO2).
Manutenção de extintores
A manutenção é um dos aspectos mais im-
portantes dos extintores. É obrigatória por
lei e deve ser feita anualmente ou sempre
que o extintor for utilizado, mesmo que te-
nha sido feito uso parcial do seu conteúdo.
Além de ser obrigatória, a manutenção tem
de ser efectuada por empresas especializa-
das.
Os extintores devem conter uma etiqueta de
manutenção onde deverão estar as seguintes
informações: ano e mês do carregamento do
extintor, ano e mês da revisão e, ainda, ano
e mês de validade, após o qual é necessário
novo processo de manutenção.
Cuidados a ter com extintores
- O extintor nunca deve estar tapado com
peças de roupa, armários ou outros objectos
que dificultem o acesso a este em caso de
incêndio.
- A pressão do extintor deve estar sempre no
nível recomendado, isto é, a agulha indicati-
va da pressão do extintor deve estar na zona
verde.
- A mangueira do extintor deve estar sempre
desimpedida para que a água, o pó ou a es-
puma possam sair do interior do extintor.
- O extintor não deve apresentar sinais de
desgaste como a cavilha danificada, fugas,
ferrugem ou outros.
- Os extintores devem estar instalados junto
às saídas, num suporte a 1,20 metro do
chão. Sempre que for necessário utilizar um,
é importante a pessoa certificar-se de que
nas suas costas há um caminho livre para
abandonar o local, caso o fogo se descontro-
le.
O cabo Carlos Zacarias demonstrou
como se deve manusear este tipo de
equipamento no combate a incêndio,
tendo convidado alguns dos presentes
a fazerem uso do mesmo
Curiosidades - Os primeiros registos que existem sobre
extintores são de 1723, ano em que Ambro-
se Godfrey patenteou este meio de combate
a incêndios.
- O primeiro extintor moderno foi inventado
em 1813, por George Manby, no Reino Uni-
do. Este extintor é considerado moderno,
porque já utilizava um sistema com gás
comprimido.
- Em 1904, Aleksandre Loran, o criador da
espuma utilizada no combate a incêndios,
foi também o inventor do extintor de espu-
ma.
- Em 1924, a Walter Kidde Company criou
o primeiro extintor de CO2. Este projecto
foi feito para responder a um pedido da
Bell Telephone. Esta companhia telefónica
procurava um pó químico que não fosse
condutor de energia para combater os in-
cêndios nas suas centrais telefónicas.
Pistola sinalizadora e very-lights
A pistola sinalizadora ou pistola de emer-gência é uma arma não-letal que dispara sinalizadores luminosos. É essencialmente usada a bordo de embarcações, aviões ou outras situações de emergência. Devido às suas características, não é classificada co-mo arma. A pistola sinalizadora só deve ser dispara-
da numa situação de emergência. Para o
fazer, o utilizador deverá apontá-la para
cima na vertical; deste modo a luz soltada
pela munição durará o máximo de tempo,
será mais ampla e indicará a posição exacta
aos salvadores.
Os very-lights só devem ser usados em
caso de emergência e, tal como outros
equipamentos, também têm data de valida-
de, devendo ser substituídos sempre que o
prazo expira, uma vez que fazem parte da
segurança a bordo.
A pistola sinalizadora (que o Cabo
Zacarias segura) e os very-lights
também foram alvo de explicação
Demonstração prática com fogo real
O Comandante da Corveta “Baptista de Andrade”,
Capitão-Tenente Victor Plácido da Conceição, falou
da Evolução das Ajudas à Navegação
O Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta (CNH), José
Decq Mota, tem revelado grande satisfação pelo facto de a Marinha
ter pedido colaboração a esta entidade no sentido de organizar o
programa de actividades destinado a assinalar o Dia da Marinha
2014 na Região Açores, tendo a ilha do Faial sido o palco das di-
versas acções, que começaram no dia 15 do corrente e terminam a
24.
Neste contexto, realizou-se na noite desta sexta-feira (dia 16), no
Salão Bar do Clube Naval da Horta a Náutica no Bar, que abordou
“O contributo da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional para
a segurança Marítima nos Açores”, tema que foi apresentado pelo
Contra-Almirante Comandante da Zona Marítima dos Açores, Pires
da Cunha.
O Presidente do Clube Naval da Horta (CNH), José Decq
Mota, enfatizou o “enorme gosto” que o CNH teve em
associar-se às comemorações do Dia da Marinha 2014. Ao
lado, o Contra-Almirante, Pires da Cunha
José Decq Mota referiu que se traduz “num gosto muito grande”
esta parceria entre o CNH e a Marinha, salientando que a relação
geral e antiga dos Açores com a Marinha resulta da situação arqui-
pelágica dos Açores. No entanto, acrescentou que, relativamente ao
Clube Naval da Horta, se trata de “uma tradição grande e antiga”,
recordando que o primeiro Presidente do CNH – fundado em 1947
– foi precisamente um Oficial da Marinha, o Comandante Melo de
Carvalho, que era Capitão do Porto da Horta, na altura. Essa ligação
foi-se intensificando ao ponto de, a partir de 1983/1984, e durante
vários anos, a Regata Horta-Velas-Horta ter funcionado como a
Regata do Dia da Marinha nos Açores. “Esta ligação de profundo
relacionamento e proximidade muito forte é importantíssima para
que a actividade deste Clube, que é muito intensa, seja apoiada no
sentido de se desenvolver”, sustentou este dirigente, rematando
assim: “Obrigado pela oportunidade que a Marinha deu ao CNH de
participar nestas comemorações”.
Por seu turno, o Contra-Almirante Comandante da Zona Marítima
dos Açores, Pires da Cunha, também agradeceu ao CNH ter aceita-
do esta parceria, afirmando que a intenção da Marinha é fazer um
périplo por todas as ilhas da Região e que o facto de o pontapé de
saída ter sido precisamente na Horta “é sinal de muito prestígio,
porquanto esta cidade esteve sempre muito virada para o mar”.
“Aliás – realçou – é a cidade açoriana mais virada para o mar”.
A nível nacional, este ano as comemorações do Dia da Marinha
decorreram em Cascais, mas Pires da Cunha defende que “o Dia da
Marinha deve ser assinalado nos Açores”. Por isso, fez questão de
estar na ilha do Faial presidindo a todo o programa evocativo da
efeméride, cujo dia próprio ocorre a 20 de Maio.
“Estando os Açores no centro do Atlântico e Portugal no Atlântico
Norte, além de ser um país marítimo, cabe à Marinha um papel de
charneira no que toca à segurança marítima”, sublinhou o Contra-
Almirante, recordando que 90% do comércio mundial se faz por
Dia da Marinha 2014: “O contributo da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional para a segurança marítima nos Açores”
mar, onde está presente o turismo, a pesca, os recursos energéticos
e outros.
“O comércio e a energia passam, em grande parte, pelos Açores,
pelo que nos compete garantir a segurança dos navios que passam
por aqui. Sendo os cabos submarinos outra realidade açoriana toda
a segurança desta informação também é assegurada por esta entida-
de”, sustentou este dirigente.
Como desafios, a Marinha encontra, entre outros, as operações mili-
tares, as operações de busca e salvamento e o tráfico ilegal.
Relativamente à segurança, Pires da Cunha chamou a atenção para
a dualidade desta palavra, que significa protecção e evitar aciden-
tes.
A assistência, vasta e muito interessada, foi bastante par-
ticipativa no tema em foco
Em 1982 a Convenção das Nações Unidas votava a favor da insti-
tuição do Direito do Mar. Em Portugal foi criado nesse ano o siste-
ma da Autoridade Marítima.
O Contra-Almirante Comandante da Zona Marítima dos Açores
salienta que a área de acção desta entidade “é muito extensa” e a
título de exemplo refere que a área de busca e salvamento da Mari-
nha Portuguesa é do tamanho da Europa.
Outra das missões da Marinha é representar Portugal em várias
organizações internacionais com o objectivo de defender os nossos
interesses.
São 11 os ministérios que estão integrados na Autoridade Marítima
(AM) no sentido de que Portugal faça o melhor uso possível do
mar.
A Marinha é composta por uma parte militar e uma não militar
(Capitanias). Com esta organização, a Marinha e AM desenvolvem
acção nas áreas da protecção e da segurança.
Para que a Marinha pudesse levar a cabo as missões que lhes estão
confiadas, foi necessário dotá-la de capacidades.
Nos portos, a primeira autoridade é a Autoridade Portuária. Fora
destes, essa competência está atribuída à Marinha. Pires da Cunha
sublinha que “a relação com os Portos é boa”. Para cumprir a sua
missão neste campo, a Marinha dispõe da Polícia Marítima.
Concentração de meios por razões económicas
Em termos de estrutura, a Zona Marítima da Marinha Militar está
sedeada em São Miguel, da qual Pires da Cunha é Comandante. É
também nesta ilha que se encontra sedeado o Centro de Comunica-
ções (Estação Radionaval) e o Centro de Busca e Salvamento. A
concentração em São Miguel está relacionada “com razões econo-
micistas”, visando a rentabilização de meios, inimiga da dispersão.
“Concentrando tudo num local, a logística é muito mais pequena”,
afirma este Comandante, que garante: “Fazemos o mesmo com
menos e consideramos que está a resultar”.
No que concerne à parte não militar, o Departamento Marítimo faz
a coordenação entre os vários portos da Região, onde existe o assi-
nalamento marítimo (faróis) e o salvamento marítimo.
Relativamente ao Comando da Polícia Marítima, os capitães dos
portos, no exercício de funções de Comandante local, fazem a sua
coordenação.
Pires da Cunha destaca o treino como forma de responder “cada vez
melhor às solicitações” e “as boas relações com as diversas entida-
des”, peças-chave para o cabal desempenho da Marinha.
A título de exemplo da vasta acção da Marinha, recordou que na
semana passada esta entidade fez um salvamento na área de respon-
sabilidade dos EUA, pelo facto de os sinistrados se encontrarem
mais perto dos Açores do que dos EUA, tendo como baliza as Flo-
res. E explica, a propósito: “Nós vamos muito além das fronteiras,
porque a salvaguarda da vida humana não tem preço”.
“Colaboração com a Força Aérea é fundamental”
A Marinha actua com a Força Aérea, cuja colaboração “é funda-
mental”. “O apoio tem funcionado muito bem com os camaradas
das Lajes”, realça.
E quanto a meios de salvamento, Pires das Cunha adiantou que é
sua intenção dotar as Flores com um salva-vidas, complementando
o que existe naquela ilha.
Este Comandante garantiu que o serviço de busca e salvamento
dispõe de “um bom helicóptero para as necessidades”, enumerando
como acidentes o afundamento, o salvamento e o falso alarme
(mesmo sendo falso, não implica que os meios não se desloquem
para o local).
No período destinado às questões, José Decq Mota queixou-se do
facto de “os sucessivos governos portugueses da nossa democracia
nunca terem tratado bem as questões que se prendem com a segu-
rança marítima dos Açores, nomeadamente no que toca à renovação
e à quantidade dos meios e equipamentos (Marinha e Força Aé-
rea)”. E frisa: “Isto tem a ver com opções políticas”.
Este dirigente lembrou que temos uma Corveta nos Açores a qual,
como todos sabem, foi um navio concebido para a Guerra Colonial.
“Portanto, não se trata de navios adequados para a actualidade”.
Navio-patrulha vem para os Açores
O Presidente da Direcção do CNH recordou que foi lançado um
programa para 10 Patrulhas Oceânicos, 2 dos quais destinados ao
combate da poluição, e que apenas foram construídos 2, que “nunca
vieram para os Açores”.
José Decq Mota disse que “actualmente, as Forças Armadas traba-
lham com muito empenho nos Açores, o que é reconhecido pela
sociedade açoriana”, mas reivindica mais equipamento e infraestru-
turas para esta entidade.
A propósito do navio-patrulha, o Contra-Almirante garantiu que
essa questão vai ser corrigida, informando que um dos dois Patru-
lhas Oceânicos existentes virá aos Açores em Outubro próximo.
Em relação à concentração de meios, o Presidente do Clube Naval
da Horta entende que “se essa política de concentração pode trazer
poupança imediata, a verdade é que também contribui para a dimi-
nuição da influência do Orçamento da Defesa no conjunto da socie-
dade”. E acrescentou: “É importante para a economia que esse va-
lor possa ser injectado em diferentes lugares do país. Tive sempre a
posição de que o Centro de Comunicações dos Açores (vulgo, Es-
tação Radionaval) deveria ter sido na Horta”.
Segurança nas zonas balneares
Paulo Gonçalves perguntou se, no que concerne à sinalização das
praias, há por parte da Autoridade Marítima a intenção de fazer
isso no Faial. O Capitão do Porto da Horta, Comandante Diogo
Vieira Branco, respondeu que “o nosso sistema nacional de apoio a
banhistas não passa pela Autoridade Marítima”. E explicou: “Trata
-se de uma filosofia de custo social, ou seja, quem usufrui da praia
é que tem de garantir a segurança necessária. Portanto, são os con-
cessionários que têm a missão do socorro. A competência da Mari-
nha, através das Capitanias, é verificar se existe nadador-salvador
bem como o material necessário”.
Uma vez que nos Açores (à excepção de algumas zonas em São
Miguel) não existe por parte dos privados interesse em concessio-
nar a exploração das praias, o Estado assume essa função. Assim
sendo, são as Câmaras Municipais que substituem os concessioná-
rios privados, “ficando a Marinha com a missão única da certifica-
ção”.
No Faial existem 3 zonas assistidas: Varadouro, Praia do Almoxa-
rife e Porto Pim. O entendimento é de que são as principais zonas
de acesso ao mar que têm maior necessidade de segurança pelo
facto de serem mais frequentadas pelos banhistas.
O Capitão do Porto da Horta afirmou que “uma vez que no Faial
não há um conflito latente entre a pesca e as zonas de recreio, não
há interdições, ao contrário do que se verifica em São Miguel e na
Terceira”.
Paulo Gonçalves também quis saber se a interdição dos 300 metros
às embarcações de recreio (ER) em Porto Pim, é algo que se justifi-
ca, ao que Diogo Vieira Branco disse que “a existência do cabo de
fibra óptica naquela zona é, por si só, um impedimento nesse senti-
do, mas atendendo a que todos são de opinião de que 300 metros é
uma distância muito grande, o que poderá acontecer é a colocação
de bóias no local”.
Defendendo sempre o seu ponto de vista, que reside no facto de
não se poder usufruir de zona protegidas, Paulo Gonçalves lembrou
que, se nos reputarmos à Praia do Almoxarife, 300 metros da praia
vai dar “quase” a meio do canal.
Do ponto de vista pessoal, o Capitão do Porto acha que “300 me-
tros é uma distância excessiva”.
O Comandante da Corveta NRP “Baptista de Andrade”, Capitão-
Tenente Victor Plácido da Conceição, lembrou, a propósito, que “o
papel da Marinha é fazer aplicar a lei”. E prosseguiu: “Quanto à
promiscuidade que possa haver no que toca ao lazer, a solução pas-
sa por reunir todos os actores envolvidos e perceber quais são as
zonas de risco que se devem proteger e quais as que se podem usar,
tendo sempre em conta a vida que há no fundo mar e se questões
como o ruído a vão perturbar.
Há ajudas marítimas para resolver esta questão. O que é preciso é
ver quais as soluções disponíveis para que vários façam uso do
mesmo espaço”.
José Decq Mota refere que, no que diz respeito à Baía de Porto
Pim, a intenção é usar este local mais para ancoradouro, acrescen-
tando que “inibir a entrada das ER em Porto Pim é algo excessivo”.
O Director Regional dos Assuntos do Mar, Filipe Porteiro, pronun-
ciou-se numa perspectiva apaziguadora, sublinhando que “é funda-
mental que haja esta parceria entre as várias entidades da Região e
a Marinha”. E lembrou que há regulamentação própria para as
áreas balneares. “Mesmo sendo classificadas, essas áreas podem
ser susceptíveis de serem usadas pela população”, frisou este go-
vernante.
Filipe Porteiro revelou que “a questão de haver bóias nessas zonas,
que facilitem a entradas das ER, já foi colocada e está em estudo.
Não há imperativos de ordem ambiental ou de segurança, por isso
o assunto tem de ser revisto e vamos resolver isto”.
A Náutica no Bar relativa ao Dia da Marinha permitiu o
esclarecimento de algumas questões pertinentes
Fiscalização na ZEE
O Director do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP),
Hélder Silva, disse os interesses fulcrais dos Açores são as Pescas
(“sector de enorme relevância para a Região”) e o Ambiente. “Uma
vez que os Açores estão em vias de conseguir, ao nível das conven-
ções internacionais, que a sua zona classificada seja estendida das
100 para as 350 milhas, essa área intensa exige fiscalização”, sali-
enta este responsável, que prossegue dizendo: “Nós temos 100 mi-
lhas de exclusividade para pescar, mas as populações de peixes não
conhecem essa delimitação, pelo que temos de partilhar esse espa-
ço com outras frotas, mas assim sendo, também temos obrigação
de saber o que andam elas a fazer fora das nossas 100 milhas, pois
isso tem impacto nas nossas”.
Relativamente a este contributo, o Contra-Almirante foi peremptó-
rio ao informar que “a Marinha não pode operar mais os meios de
que dispõe por falta de financiamento, especificamente, gasóleo”.
E complementou: “É preciso envolver a Direcção Regional das
Pescas, com quem a Marinha tem um “namoro diário”, muito pro-
veitoso. Nós sabemos onde as espécies estão e vamos lá. Este tipo
de relação tem funcionado”.
Pires da Cunha explicou que “há limitação da Marinha, porque o
meio para chegar lá é lento”, enfatizando “a necessidade de inter-
venção do meio aéreo”.
Victor Plácido da Conceição defende que, “perante uma área desta
dimensão, a solução só pode passar por meios espaciais. É impossí-
vel deixar de usar o segmento espacial e para isso temos de ir bus-
car parcerias”.
Pires da Cunha vai ser promovido
José Decq Mota anunciou que o Contra-Almirante Comandante da
Zona Marítima dos Açores, Pires da Cunha, vai deixar estas fun-
ções, para assumir outras, tendo em conta que foi recentemente
promovido. Em jeito de despedida, o Presidente do CNH agradeceu
a colaboração do mesmo, desejando sucessos pessoais e profissio-
nais no novo cargo. E para que Pires da Cunha não se esqueça do
Clube Naval da Horta e da ilha do Faial, levou como recordação
uma Medalha do Clube.
Algumas das questões colocadas permitiram o entendimento entre os diferentes interessados
Entrega de Prémios da Pesca, da Canoagem e da Vela de Cruzeiro decorreu a bordo da Cor-veta NRB “Baptista de Andrade”
Em estreita colaboração com a Marinha Portuguesa, o Clube Naval da Horta (CNH) aceitou, com muito gosto, ser parceiro na organiza-
ção do programa destinado a assinalar o Dia da Marinha nos Açores, cujas actividades decorreram desde esta quinta-feira (dia 15), na
ilha do Faial, terminando no próximo sábado, dia 24, com o Torneio da Marinha em Vela Ligeira
Em 1º plano, da esquerda para a direita:
Jorge Macedo, Vice-Presidente do CNH; Pires da Cunha, Contra-Almirante Comandante da Zona Marítima dos
Açores; José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; Comandante Diogo Vieira Branco, Capitão do Porto da
Horta e Comandante da Corveta NRP “Baptista de Andrade”, Capitão-Tenente Victor Plácido da Conceição
Atendendo a que as Provas de Pesca Desportiva, Torneio de Ca-
noagem e Vela de Cruzeiro foram realizadas propositadamente
com este objectivo, a Entrega de Prémios decorreu a bordo da
Corveta NRP “Baptista de Andrade”.
Nesta cerimónia, organizada pela Marinha, estiveram presentes os
atletas envolvidos nas diversas actividades, bem como treinado-
res, técnicos e elementos da organização das diversas provas. A
tarde foi de festa, onde não faltaram prémios, convívio, boa dispo-
sição, camaradagem e ainda o bolo evocativo do Dia da Marinha.
Honrando a boa e antiga relação da
cidade da Horta e da ilha do Faial com a
Marinha, o Clube Naval da Horta aceit-
ou ser parceiro desta entidade ao or-
ganizar conjuntamente o programa des-
tinado a assinalar o Dia da Marinha nos
Açores, cujos eventos tiveram como
palco a ilha azul, à beira-mar plantada.
O partir do bolo do Dia da Marinha 2014 contou com o contributo do Presidente do CNH
O Contra Almirante da Comandante da Zona Marítima dos Açores, Pires da Cunha, reiterou o agradecimento ao Clube Naval da
Horta por ter aceitado o convite de se associar às comemorações do Dia da Marinha na Região, congratulando-se com a presença
de todos os que se encontravam em bordo, mas de forma muito especial com os participantes de todas as Provas, “já que sem pes-
soas de nada servem os eventos”.
O grupo que fez a festa a bordo da Corveta NRP “Baptista de Andrade”
Fotografias de José Macedo
Vela Ligeira, Classe Laser: Rui Silveira ficou em 1º lugar no Campeonato Nacional Belga
o velejador do CNH ganhou as 3 regatas, ten-
do o seu desempenho sido “tacticamente
quase perfeito”
O atleta do Clube Naval da Horta, Rui Silveira conseguiu este domingo (dia 4), mais
uma vitória para juntar ao palmarés atingido ao longo da sua carreira como velejador
de alta competição. O atleta faialense ficou em 1º lugar no Campeonato Nacional
Belga, que decorreu de 1 a 4 do corrente na cidade de Nieuwpoort. As 5 regatas rea-
lizadas foram marcadas por condições atmosféricas “muito instáveis”, explica Rui
Silveira, atleta da Classe Laser. Sábado (dia 3), o velejador do CNH ganhou as 3
regatas, tendo o seu desempenho sido “tacticamente quase perfeito”.
Esta vitória é não só o corolário das longas horas de treino, esforço e dedicação à
modalidade
Actores do Projecto “Bom Tempo no Canal” saíram para o mar
Alunos do Projecto “Bom Tem-
po no Canal” realizaram mais
uma actividade na tarde desta
terça-feira (dia 20), orientados
pelo Treinador de Vela Ligeira
do Clube Naval da Horta
(CNH) Duarte Araújo.
Recorde-se que este Projecto
tem mentora a professora Maria
do Céu Brito, sendo o CNH um
dos parceiros.
O “Bom Tempo no Canal” re-
sulta de um Protocolo estabele-
cido entre a Escola Secundária
Manuel de Arriaga (ESMA) e o
Clube Naval da Horta, assinado em
Janeiro último – mês em que arran-
caram as actividades – terminando
em Junho próximo.
Uma das missões do CNH é trans-
mitir a este grupo de jovens apren-
dizes das lides do mar, algumas das
técnicas da navegação, as quais têm
sido muito bem acolhidas pelos
destinatários, que apreciam muitís-
simo os conteúdos e o formato deste
Projecto.
O Projecto “Bom Tempo no Canal” tem-se revelado um sucesso.
Campeonato Nacional de Access 2014: Portos dos Açores discute logística com o Grupo de Trabalho do Clube Naval da Horta
Até agora estão inscritos 33
velejadores de 9 clubes, repre-
sentativos do continente portu-
guês, dos Açores e da Madei-
ra. O CNH é o único partici-
pante açoriano.
A logística do Campeonato Nacional da Classe Access 2014 (Vela Adaptada para pessoas com mobilidade reduzida) foi o assunto dominante da reunião realizada esta segunda-feira (dia 26), nas instalações do Clube Naval da Horta (CNH). Neste caso concreto, foram abordados aspectos que se prendem com o estacionamento dos contentores, dos barcos, a montagem da grua e outros. Participaram na reunião o representante da empresa Portos dos Açores, Armando Castro, bem como os elementos do Grupo de Tra-balho do CNH, composto pelo Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota; a Directora Técnica do Clube, Ana Sousa; Luís Paulo Moniz e João Duarte, da Secção de Vela Ligeira do CNH e Nilzo Fialho, da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF). O Campeonato Nacional da Classe Access realiza-se de 11 a 13 de Julho próximo na ilha do Faial. É uma iniciativa promovida em conjunto pela Federação Portuguesa de Vela (FPV) e pela Associação Portuguesa da Classe Access, cabendo ao Clube Naval da Horta a organização da prova. Esta é a segunda vez que o CNH participa e a primeira que organiza, sendo também a primeira vez que este evento se realiza na ilha do Faial e na Região Açores. Até agora, estão inscritos 33 velejadores de 9 clubes, representativos do continente português, dos Açores e da Madeira, sendo o Clube Naval da Horta o único participante do arquipélago açoriano.
Clube Naval da Horta distinguido pela Escola Secundária Manuel de Arriaga
Durante a Sessão Solene do Dia da Escola Secundária Manuel de Arriaga, assinalado esta quinta-feira (dia 15), aquela Insti-tuição distinguiu o Clube Naval da Horta (CNH) com o Diplo-ma de Reconhecimento “pela prestimosa colaboração na reali-zação de projectos com envolvência de alunos, contribuindo assim para uma mais completa educação e formação”. No final da Sessão Solene, o Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mota, declarou que “o Clube Naval da Horta se sen-te profundamente honrado com esta distinção”. E salientou: “Quero reafirmar a nossa permanente disponibilidade para co-laborar, na máxima medida que os meios humanos e materiais do Clube o permitam, em projectos que envolvam alunos e que possam, nas actividades náuticas, ser um adequado comple-mento à actividade da Escola”. No presente ano lectivo, o CNH e a ESMA são parceiros no Projecto “Bom Tempo no Canal”, iniciativa que envolve duas turmas de alunos daquela Escola e que é operacionalizado, com regularidade, pelos treinadores de vela e embarcações do CNH.
Entrega de Prémios do “Troféu CNH 2014” em Mini-Veleiros decorreu no Salão Bar do Clube
Decorreu na tarde desta segunda-feira (dia 26), no Salão Bar do
Clube Naval da Horta (CNH) a Entrega de Prémios do “Troféu
CNH 2014” em Mini-Veleiros. O Troféu terminou este domingo
(dia 25), tendo sido composto por 6 provas.
Participantes na Entrega de Prémios do “Troféu CNH
2014” em Mini-Veleiros
Hedi Costa sagrou-se vencedor deste Troféu, tendo José Gonçalves
ficado em 2º lugar e António Pereira em 3º.
João Nunes, Responsável pela Secção de Mini-Veleiros
do CNH; Hedi Costa, vencedor do Troféu; José Decq
Mota, Presidente do CNH; José Gonçalves e António Pe-
reira, 2º e 3ºclassificados, respectivamente
No decorrer do convívio foi apresentado o mini-veleiro em madei-
ra, oferecido ao Clube Naval da Horta por Francisco Gonçalves. A
propósito disso, o Presidente da Direcção do CNH, José Decq Mo-
ta, manifestou a Francisco Gonçalves o reconhecimento do Clube
por esta oferta e sublinhou: “Congratulo-me com o facto de o Fran-
cisco Gonçalves ter aceitado o desafio que lhe lancei e de ter feito
esta dádiva ao seu Clube”.
Refira-se que este mini-veleiro foi construído em 1976 pelo zela-
dor da Escola de Vela da Direcção-Geral de Desportos, Francisco
Cardoso, tendo sido reparado por José Gonçalves, que pertence à
Secção de Mini-Veleiros do CNH.
Como tal, José Decq Mota acrescentou: “Este mini-veleiro foi ofe-
recido ao Clube por um dos sócios mais antigos e reparado por um
elemento da Secção de Mini-Veleiros, o que demonstra empenho,
estando mesmo só a faltar uma sede em condições para que o mes-
mo possa ficar exposto”.
Pensando sempre na valorização do modelo e no “gesto nobre” de
quem o ofereceu, Eduardo Pereira – elemento desta Secção – suge-
riu que fosse executada uma chapa identificativa da pessoa que fez
esta dádiva, a qual deveria ser colocada no mini-veleiro. A suges-
tão foi acolhida de forma unânime por todos os presentes.
Mini-veleiro famoso
Francisco Gonçalves pousou ao lado do seu antigo mini-
veleiro
Este mini-veleiro tem uma história de vida relacionada com a de
Francisco Gonçalves, se tivermos em conta que este faialense dava
aulas teóricas na Escola de Vela da Direcção-Geral de Desportos,
na década de 70 do século passado. Era através deste modelo que
eram dadas muitas explicações aos formandos. Francisco Gonçal-
ves era o Responsável pela Escola, que teve como colaboradores
António Luís, José Fraga e João Andrade.
Paralelamente às aulas teóricas, este mini-veleiro, feito em madei-
ra, também chegou a andar no mar, complementando, assim, a
vertente prática da Escola.
O mestre Francisco Cardoso, que era carpinteiro, disse um dia a
Francisco Gonçalves que ia fazer um mini-veleiro para oferecer
ao filho deste, que era uma criança. Mas como o filho era peque-
no, enquanto Francisco Gonçalves foi Responsável pela Escola de
Vela fez sempre usou do modelo. Parado há vários anos, Francis-
co Gonçalves decidiu oferecê-lo ao Clube Naval da Horta, por
considerar que aqui “tem mais utilidade”, com a particularidade
de ter sido reparado pelo afilhado.
“Foi um Troféu bastante difícil”
Hedi Costa construiu de raiz o seu próprio mini-veleiro
Fotografias de: Cristina Silveira
O campeão do “Troféu CNH 2014” em Mini-Veleiros afirma que
se tratou de uma competição “bastante difícil, uma vez que os
barcos são todos muito equiparados”. Embora o modelo do vence-
dor seja mais leve do que todos os outros, Hedi Costa defende que
o que conta é a experiência. E realça: “Se houvesse mais treino,
era diferente”.
O facto de os participantes formarem um grupo muito homogéneo
facilita, pois já se conhecem uns aos outros. “Mas acima de tudo,
participamos para nos divertirmos”, sublinha.
Apesar de estarmos a falar de veleiros em formato mini, Hedi
Costa sustenta que “toda a componente de regras e regulamenta-
ção está presente, como se se tratasse de uma competição com
embarcações grandes”, nas quais também já participou.
O vencedor deste Troféu sabe que há um parque de proprietários
de mini-veleiros muito maior do que aquele que participou nesta
competição, os quais não competiram por razões diversas.
As regatas de mini-veleiros representam um hobbie, mas Hedi
Costa garante que “não se trata de um desporto dispendioso”.
As avarias são, maioritariamente, reparadas pelos próprios donos
dos mini-veleiros, os quais também são responsáveis pela manu-
tenção.
“Todos gostam de ter um bom veleiro e investem na aquisição de
velas e mastros”, explica Hedi Costa, que construiu de raiz o seu
veleiro. “Aproveitando a base do modelo que é igual aos outros,
usei materiais mais leves, por isso o meu barco é mais leve do que
os outros e também mais fácil de manobrar”. Este praticante con-
fessa que gosta de construir, o que o levou a investir no seu pró-
prio mini-veleiro.
“Estou muito satisfeito”
João Nunes, Responsável pela Secção de Mini-Veleiros do Clube
Naval da Horta, não podia estar mais satisfeito pela forma como
decorreu este Troféu. “Não houve cancelamentos, o tempo cola-
borou sempre e houve competição, desportivismo e camarada-
gem”, realça.
Quanto ao número de participantes, confessa que esperava mais,
mas sabe que muitos não se inscreveram devido às alterações nos
horários laborais, o que foi sinónimo de menos disponibilidade. O
facto de alguns terem os barcos avariados, também pesou. Apesar
de tudo, “continua a haver um grupo interessado e sempre com
ideias e sugestões novas”.
Durante as regatas, a competição é a sério e todos tentam ser os
melhores. Terminada a prova, o tempo é de convívio. A compro-
var, estão as horas de descontracção passadas junto à Turismar, de
Mário Carlos, (também da Secção) após o terminús de cada uma
das Provas deste Troféu.
A amizade também está presente nas dificuldades, já que as repa-
rações maiores são sempre feitas em casa de José Gonçalves.
Quanto às pequenas manutenções, ficam por conta de cada um.
A modalidade já conquistou não só muitos praticantes na ilha do
Faial, como também muitos mirones curiosos que, ao passarem
pelo local das provas, paravam para apreciarem as manobras das
diversas regatas, que contaram sempre com um barco de apoio do
CNH.
No que concerne a um campeonato inter-ilhas, João Nunes refere
que a Secção de Mini-Veleiros do CNH já foi ao Clube Naval das
Lajes do Pico, “onde foi muito bem recebida”, fazer uma demons-
tração e tentar incrementar esta modalidade na ilha montanha,
mas a semente não germinou. Perante os contactos encetados re-
centemente, coloca-se novamente a hipótese de a ideia vingar no
Pico, “onde ressurgiu o interesse”. “O que está a faltar é alguém
comprar um mini-veleiro e começar a praticar. A partir daí, vai
ser uma bola de neve, como aconteceu no Faial”, salienta este
dirigente.
A Secção faialense também já foi à Terceira, por altura das Sanjo-
aninas, onde realizou uma prova, com a colaboração do Angra
Iate Clube. Mas também lá, ainda não houve motivação suficien-
te.
João Nunes é um adepto ferrenho dos mini-veleiros, há muitos
anos. Integrou a Direcção do CNH há 6 anos, e precisamente por
já estar por dentro desta mecânica, ficou com a Secção de Mini-
Veleiros a seu cargo.
Este é já o segundo barco de João Nunes, que em 2013 foi o ven-
cedor deste Troféu.
Editor das prestigiadas Re-vistas “Skipper” e “Regata” recebido pelo Presidente do CNH
Enrique Curt manifestou grande vontade
de dar a conhecer, nestas publicações,
aspectos importantes da actividade do
Clube Naval da Horta. O editor espanhol Enrique Curt, principal figura da prestigiada editora de Bar-
celona Curt Ediciones SA, visitou o Clube Naval da Horta (CNH) esta sexta-feira (30 de Maio), tendo sido recebido pelo Presidente da Di-recção, José Decq Mota. Durante o encontro, no qual também participou o sócio do CNH Altino Goulart, amigo deste editor e navegador catalão, foram trocadas opiniões sobre o grande papel que a Horta tem na náutica internacional de recreio e sobre a relevante missão que as revistas da especialidade desempen-ham. A Curt Ediciones, SA, publica, entre outras, as prestigiadas Revistas “Skipper” e “Regata”, tendo Henrique Curt manifestado muita vontade de dar a conhecer, nestas conhecidas publicações, aspectos importantes da actividade do CNH e da intensa vida náutica que acontece na Marina da Horta. Foram igualmente trocadas impressões sobre a possibilidade de poder vir a haver uma ligação futura destas Revistas Náuticas a eventos existentes ou a criar pelo CNH. No final deste muito cordial encontro, José Decq Mota ofereceu a Enrique Curt um galhardete do CNH, bem como outas lembranças.
Membros do Cedar Mills Yacht Clube, do Texas, recebidos no Clube Naval da Horta
Estiveram na tarde de sábado, dia 31 de Maio, no Clube Naval da Horta (CNH) dois membros do Cedar Mills Yacht Club, de Texoma, no Texas. Durante a apresentação de cumprimentos, foram trocados galhardetes entre estes dois Clubes.
Presidente do Club Maritimo de Canido, na Galiza, apresentou cumprimentos ao Presidente do CNH
Encontrando-se de passagem pela ilha do Faial, o Presidente
do Club Maritimo de Canido, na Galiza, Mauro Olmedo Alon-
so, apresentou cumprimentos, na tarde desta segunda-feira
(dia 26), ao Presidente da Direcção do Clube Naval da Horta
(CNH), José Decq Mota.
Refira-se que estes clubes têm relações desde há vários, tendo
em conta que nos últimos 5 anos equipas de jovens velejado-
res do Club Maritimo de Canido têm participado no Encontro
Internacional de Vela Ligeira que decorre no Faial, organizado
pelo Clube Naval da Horta.
José Decq Mota agradeceu a amabilidade de Mauro Olmedo
Alonso e garantiu que iam ser envidados esforços no sentido
de uma equipa do Clube Naval da Horta participar, em 2015,
na principal prova organizada por este clube galego.
No fim do encontro, Mauro Olmedo Alonso foi obsequiado
com um galhardete do CNH e ainda com outras lembranças.
As relações entre estes
dois clubes não só de ago-
ra e nos últimos 5 anos ve-
lejadores deste clube
galego têm participado no
Encontro Internacional de
Vela Ligeira, organizado pe-
lo Clube Naval da Horta.
Programa “Açores Hoje” da RTP/A destaca dina-mismo da Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial
José Decq Mota falou entusiasticamente sobre a actividade e o papel des-
ta Secção na preservação do bote baleeiro e na manutenção da tradição.
O grande dinamismo da Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial, tutelada pelo Clube Naval da Horta (CNH) não tem passado despercebido. Precisamente por isso, o Responsável pela Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial, José Decq Mota, foi convidado do programa “Açores Hoje”, da RTP/A, que foi para o ar na tarde desta terça-feira (dia 27). José Decq Mota começou por re-ferir a realização da primeira Re-gata de Botes Baleeiros do calen-dário faialense, realizada no dia 24 deste mês, integrada nas Festas em honra de Nossa Senhora das Angústias e por isso mesmo deno-minada Regata de Vela de Botes Baleeiros de Nossa Senhora das Angústias. Este dirigente e grande defensor do bote baleeiro, foi comentando as belíssimas imagens que foram captadas desta Regata, tendo recordado que participaram 10 botes, 2 dos quais vindos de São Mateus do Pico. O Presidente da Secção de Botes Baleeiros do Faial referiu os treinos das tripulações femininas e masculinas dos botes, que acontecem quatro dias por semana, congratulando-se com o aparecimento de novos adeptos, “sinónimo de que esta actividade motiva e atrai muita gente nova, consciente do
papel e da importância que a caça à baleia teve e continua a ter nos Açores”. José Decq Mota afirmou que no Faial, além do Clube Naval, que tem 2 botes, são cinco as Juntas de Freguesia que possu-em botes baleeiros: Salão, Capelo (tem 2), Feteira, Castelo
Branco e Angústias, sinal de que a tradição está bem viva. Este dirigente salientou que “esta forma de utilizar, em termos despor-tivos populares, este magnífico pa-trimónio marítimo que são os botes e as lanchas da baleia, é a melhor forma que temos de defender e pre-servar a memória dessa verdadeira odisseia marítima que foi a baleação açoriana, e simultaneamente conser-var a própria cultura marítima singu-lar dos Açores”. Recorde-se que a VIII Regata Inter-nacional de Botes Baleeiros decorre-
rá em 2015, nas ilhas do Faial e do Pico. As Regatas de Botes Baleeiros são apenas uma das inúmeras iniciativas do Clube Naval da
Horta, o mais dinâmico e activo dos Açores, e uma institui-ção que trabalha em prol da promoção da actividade despor-tiva dentro e fora do Faial, levando mais longe tudo aquilo que faz. Para isso, conta com a divulgação feita na sua Pági-na (www.cnhorta.org).
http://youtu.be/LNVdcLJCB6Q
Natação: Torneio de Fundo de Cadetes e Torneio Golfinho do CNH juntaram 32 atletas
Este sábado (dia 10) 32 nadadores do Clube Naval da Horta (CNH) pas-
saram um dia diferente, com actividades na piscina e convívio na sede do
Clube.
“As actividades decorreram muito bem e alguns nadado-
res melhoraram os seus tempos”. É este o balanço feito
pela Directora da Secção de Natação do Clube Naval da
Horta (CNH), Olga Marques, a propósito do Torneio de
Fundo de Cadetes e do Tor-
neio Golfinho, que se reali-
zaram este sábado (dia 10),
no Complexo Desportivo da
Escola Secundária Manuel
de Arriaga (ESMA), na Hor-
ta.
Ao todo (Escolinhas, Cade-
tes, Infantis, Juvenis, Junio-
res e Seniores) participaram
nestas iniciativas 32 atletas.
Os atletas de competição
tiveram provas de manhã e à
tarde, ao passo que os da não competição participaram
somente da parte da manhã.
Convívio da Natação do CNH
Os 32 nadadores do CNH que deram corpo às provas rea-
lizadas este sábado (dia 10), na piscina da ESMA, partici-
param no lanche-convívio promovido pela Direcção do
Clube Naval da Horta, que
decorreu no Salão-Bar do
Clube. “Atletas, treinadores e
dirigentes, unidos pela vonta-
de comum de promoverem
esta exigente modalidade
desportiva, estiveram em são
convívio na sede do Clube,
que é de todos. A partir das
16H00, os atletas da classe
de competição voltaram às
provas”, sublinha o Presiden-
te da Direcção, José Decq
Mota.
Resultados desportivos de maio
natação Torneio de Fun-do de Cadetes e Torneio Golfinho
Infantis B
1.Gonçalo Goulart Oliveira
2.Manuel Pontes Valagão
Femininos: 100m Livres
Infantis B
1.Luna Rafaela Amor
Masculinos: 200m Estilos
Infantis B
1.Afonso Martim Santimano
2.Gonçalo Goulart Oliveira
Masculinos: 100m Costas
Infantis B
1.Afonso Martim Santimano
2.Manuel Pontes Valagão
Juvenis A
1.Guilherme Oliveira Nunes
Juniores
1.Miguel Albuquerque
800m Livres
Cadetes, Masculinos
1.Tomás Fraga Oliveira
Cadetes, Femininos
1.Marisol Vargas Garcia
Masculinos: 100m Livres
Infantis B
1.Diogo Silveira Vieira
2.Afonso Martim Santimano
3.Gonçalo Goulart Oliveira
4.Manuel Pontes Valagão
Juvenis A
1.Guilherme Oliveira Nunes
Juniores
1.Miguel Albuquerque
Masculinos: 400m Livres
Infantis B
1.Diogo Silveira Vieira
2.Gonçalo Goulart Oliveira
Masculinos: 100m Bruços
Infantis B
1.Diogo Silveira Vieira
Juvenis A
1.Guilherme Oliveira Nunes
Juniores
1.Miguel Albuquerque
Masculinos: 200m Costas
Infantis B
1.Afonso Martim Santimano
Femininos: 100m Costas
Infantis B
1.Luna Rafaela Amor
400m Livres
Cadetes, Masculinos
1.António Leal
Cadetes, Femininos
1.Maria Cleto Rocha
Masculinos: 100m Mariposa
Juvenis A
1.Guilherme Oliveira Nunes
Juniores
1.Miguel Albuquerque
Masculinos: 200m Livres
canoagem 4ª Prova Local
Tempos e distâncias dos cano-
ístas:
MENORES MASCULINOS: 2 KM RICARDO VALADÃO 00:08:49:19 INICIADOS FEMININOS: 4KM MARIANA ROSA 00:22:17:15 INFANTIL MASCULINO: 6KM DAVID GRAÇA 00:28:14:90 LEANDRO CORVELO- 00:29:32:95 CLÉSIO PEREIRA 00:27:00:31 CADETES FEMININOS: 8KM PATRÍCIA PIEDADES- 00:33:24:03 CADETES MASCULINOS: 8 KM OCTÁVIO 00:33:24:03 LEANDRO MEDEIROS- 00:36:50:06
canoagem Torneio da Marinha
Menor Masculino: 1º Ricardo Raimundo: 27'04'' Iniciado Feminino: 1º Mariana Rosa: 29'55'' Infantil Masculino: 1º David Graça: 24'24'' 2º Clésio Pereira: 24'38'' Cadete Feminino: 1º Patrícia Piedade: 26'07'' Cadete Masculino: 1º Octávio Moreira: 23'02'' 2º Guilherme Nunes: 24'18''
Vela li-geira
Torneio da Páscoa
Optimist Escolinhas 1º Lucas Silva 2º Bernardo Melo 3º Ricardo Henriques Optimist A
Resultados desportivos de maio 1º Tomás Pó 2º Mariana Luís 3º Jorge Pires 4º Rita Branco 5º Cristóvão Ribeiro 6º Vasco Escobar Laser 4.7 1º Jorge Medeiros 2º Inês Duarte 420 1º Ricardo Silveira/Tiago Serpa 2ºJorge Silva/Petra Ferreira 3ºJúlia Branco/Jorge Silva 4ºJúlia Branco/Petra Ferreira Classe Access 1º Libério Santos 2º Rui Dowling 3º Lício Silva
Vela li-geira
Torneio da Marinha
Optimist Escolinhas 1º Lucas Silva – CNH 2º Bernardo Melo – CNH 3º Ricardo Henriques – CNH 4º Miguel Mendes – CNM Optimist A 1º Tomás Pó – CNH 2º Tomás Oliveira – CNH 3º Octávio Calor – CNSR 4º Jorge Pires – CNM 5º Alexandre Madruga – CNM 6º Cristóvão Ribeiro – CNH 7º Vasco Escobar – CNH
8º Vasco Cabral – CNSR 9º Pedro Costa – CNM Laser 4.7 1º Pedro Amaral – CNM 2º Pedro Costa – CNH 3º Jorge Medeiros – CNH 4º Inês Duarte – CNH 5º André Costa – CNH 6º Emília Branco – CNH 7º Ricardo Ávila – CNH 420 1º Jorge Silva/Bartolomeu Ri-beiro – CNH 2º Ricardo Silveira/Tiago Serpa – CNH 3º Ricardo Silveira/Júlia Branco – CNH 4º Júlia Branco/Tiago Serpa – CNH Access 1º Lício Silva 2º Libério Santos 3º Aguinaldo Luís 3º Jorge Costa
Vela Cru-zeiro
2ª Prova do Campeonato
ORC A 1º Regata 1 AZUL LUÍS QUINTINO 2 RIFT CARLOS MONIZ 3 DANCE AWAY BARRIE MCKINNELL 4 MARIAZINHA MANUEL GABRIEL NUNES ORC B 1º Regata
1 ALÉM MAR ANTÓNIO JO-ÃO 2 NO STRESS ANTÓNIO OLI-VEIRA 3 RAJADA ANTÓNIO LUIS 4 TUBA V FERNANDO ROSA ORC A 2º Regata 1 AZUL LUÍS QUINTINO 2 RIFT CARLOS MONIZ 3 DANCE AWAY BARRIE MCKINNELL 4 MARIAZINHA MANUEL GABRIEL NUNES ORC B 2º Regata 1 ALÉM MAR ANTÓNIO JO-ÃO 2 NO STRESS ANTÓNIO OLI-VEIRA 3 RAJADA ANTÓNIO LUIS 4 TUBA V FERNANDO ROSA
Vela Cru-zeiro
Regata da Marinha
ORC A:
1º - “Azul”, de Luís Quintino
2º - “Rift”, de Carlos Moniz
3º - “Fun Tastic”, de José Cor-
reia
4º - Dance Away, de Barrie
Mackinnell
5º - “Mariazinha”, de Manuel
Gabriel Nunes
ORC B:
1º - “No Stress”, de António
Oliveira
2º - “Além Mar”, de António
João
3º - “Tuba V”, de Fernando Ro-
sa
OPEN:
“Ilhéu Deitado”, de Nuno Santos
“Xanu, de Ivo
“Soraya”, de Frederico Rodri-
gues
“Primo”, de Emídio Gonçalves
“Pagode”, de Francisco Ribeiro
Mini-veleiros 5ª Prova do “Troféu CNH
2014 FINAL
Classificação da 5ª Provaa
1.Hedi Costa
2.João Nunes
3.José Gonçalves
4.António Pereira
5.Mário Carlos
6.Miguel Gonçalves
Classificação geral
1.Hedi Costa
2.António Pereira
3.José Gonçalves
4.Eduardo Pereira
5.João Nunes
6.Mário Carlos
7.Sandro Laranjo
8.Emanuel Silva
9.Miguel Gonçalves
10.Rui Rodrigues
11.Bruno Gonçalves
Resultados desportivos de maio
Pesca de costa 5ª Prova
1.Carlos Medeiros
2.Teles Neves
3.Moisés Sousa
4.António Silva
5.José Silva
6.José Armando Silva
7.Juliana Nóbrega
Pesca de costa
Dia da Marinha
1º José Armando Silva
2º António Baptista – capturou
o maior exemplar
3º José Escobar
4º Arquimínio Faria
5º Moisés Sousa
6º Horácio Cardoso
7º Emanuel Raposo
8º Juliana Nóbrega
9º Carlos Fernandes
10º António Fernandes
11º Nuno Pinheiro
12º Fernando Medeiros
Textos: Cristina Silveira Montagem: Luís Moniz
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