LESÕES BENIGNAS DA LESÕES BENIGNAS DA MAMA (LBM)MAMA (LBM)
Prof.ª. FRANCIANNE ROCHA
70% dos achados histológicos das biópsiasSuas manifestações clínicas e imagens confundem
com o câncer de mama Determinar lesões com risco
LBM RR
Lesões não proliferativas 1
Lesões proliferativas s/ atipias 1,5- 2
Lesões proliferativas c/ atipias 4 -5
Atipia epitelial plana Não definido
OMS, 2003
Lesões não proliferativas
CistosEctasia ductalHarmatoma Fibroadenoma simplesMastites
Lesões proliferativas sem atipias
Hiperplasia ductal sem atipias ou usual
PapilomasAdenose esclerosanteFibroadenoma complexoCicatriz radial
Lesões proliferativas com atipias
Hiperplasia ductal atípicaHiperplasia lobular
atípica
Atipia epitelial plana
Cistos
Microcistos <= 3,0mmMacrocistos >= 3,0mmPodem ser únicos, múltiplos, uni ou bilaterais35-55 anosQuando palpáveis: nódulo, regular, móvel, doloroso,
consistência amolecida ou fibra elásticaTrato: quando palpável: PAAFCistos complexos: investigar
Ectasia ductal
Associada a mastite periductal Peri e pós menopausaDilatação dos ductos retro areolares associado ou não
a inflamaçãoDor, massa retro areolar, fluxo papilar, retração da
papila, abscesso ou fistula mamáriaTrato clínico e/ou cirúrgico
Harmatoma
Fibroadenolipoma Lesão pseudo tumoral formada por ductos e lóbulos
normais separados por tecido adiposo e fibroso. Mgx: nódulo bem delimitado com halo transparente
com densidade mistaUsg : áreas hipoecogênicas entremeadas c/ áreas
hiperecogênicas.Diagnóstico diferencial: Fibroadenoma, filoides
Fibroadenoma
Neoplasia benignas fibro epitelialCrescimento expansivo não infiltrativo20-35 anosNódulos indolores, bem delimitados, fibro elásticos,
móveis, arredondados/ bocelados, crescimento lento.Usg: nódulo circunscrito, hipoecóico, homogêneo,
diâmetro transversal maior que o longitudinal.
Fibroadenoma
PAAF tem elevado valor preditivo ( + 35 anos)Tratamento cirúrgico quando > 2,0 cm Fibroadenoma complexo
Apresenta em seu interior cistos > 3,0mm, adenose esclerosante, calcificações e metaplasia apócrina.
Mastites
Agudas: mastite aguda puerperal: staphilococos aureus,
streptococos sp, E. coliEtiologia: fissuras areolo papilares, estase láctea, má
higieneDiagnóstico: anamnese * + exame físico + Usg
mamária Diagnóstico diferencial: CA inflamatórioTratamento: limpeza cirúrgica + abt
Mastites crônicasinfecciosas
Mastites crônicasNão infecciosas
Abscesso sub areolar crônico recidivante
TuberculoseFungosViraisHelmintos
Ectasia ductal ou mastite periductal
Granulomatosa Granuloma lipofágicoDoença de MondorÓleo orgânico
ABCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE CRÔNICOABCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE CRÔNICO
São processos secundários à ectasia ductal: Doença de Zuskas
Relação com tabagismo (89,7%)
Evolui com infecção crônica, recidivante, subareolar e com contaminação bacteriana =formação de fístulas
Bactérias: anaeróbios, proteus, stafilococos e streptococos
A infecção origina-se na pele da aréola e não nos ductos ou no tecido mamário
ABCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE CRÔNICOABCESSO SUBAREOLAR RECIDIVANTE CRÔNICO
Clínica: mastites recorrentes e formação de abscessos em loja subareolar que drenam c/melhora parcial
Diagnóstico: clínicoTratamento: FASE AGUDA: ABT de amplo espectro + AINH+ drenagem simplesFASE CRÔNICA: Ampla ressecção da área com retirada dos ductos acometidos
+ ABT 07 dias antes e 07 dias depois do procedimento
* Eczema areolar
Dermatite descamativa e exsudativa do CAM Pruriginosa e bilateralDermatite de contato com tecidos ( renda e lycra)Diagnóstico diferencial : Doença de Paget do mamilo.Tratamento: afastar agente causador + corticoide
tópico ( após 15 dias sem melhora, fazer biópsia).
Abscesso mamário não lactacionalAbscesso mamário não lactacional
Está associado a doença base : Diabete, Artrite Reumatóide, tratamento com esteróides ou trauma
Stafilococos aureus é o principal responsávelMuito comum em mulheres pós menopáusicasTratamento: incisão e drenagem
Mastites GranulomatosasMastites Granulomatosas
TUBERCULOSEA mama poderá ser o sítio primário01 ou mais nódulos endurecidos de evolução lenta e indolores Abscessos agudos e recorrentes com necrose caseosa e
trajetos fistulososDiagnóstico: clínico + BKTratamento: tuberculostáticos
Mastites granulomatosaMastites granulomatosa
Pode simular um carcinoma (clínica: massa firme)
Há granuloma caseoso e micro abscessos confinados
Teoria mais aceita é a de Fletcher: “Resposta granulomatosa a um dano do epitélio ductal”
Parece ocorrer como resposta a uma agressão química, traumática, infecciosa ou imunológica
Mastites granulomatosaMastites granulomatosa
Diagnóstico : core biopsy ou excisionalMamografia e ultrassonografia mamária pouco elucidativas
Tratamento: Corticoterapia Metotrexate : casos pós cirúrgicos c/ recidivas
Mastite por óleos orgânicosMastite por óleos orgânicos
Ocorre por uso de parafina líquida, silicone ou cera de abelha injetável
Desencadeiam reação inflamatória, necrose gordurosa e dor
Diagnóstico: áreas nodulares sensíveis que podem evoluir para fístulas , abscessos e necrose mamária
Tratamento: excisão ampla e drenagem, as vezes mastectomia.
Granuloma lipofágicoGranuloma lipofágico
Esteatonecrose, liponecroseOcorre após trauma mamário acidental ou cirúrgicoMais comum nas mulheres obesas
Diagnóstico : área endurecida, firme, dolorosa ou não, aderida, com retração ou espessamento da pele
Tratamento: excisão ampla
Doença de MondorDoença de Mondor
Trombo flebite das veias superficiais da parede toraco abdominal
Veias envolvidas: toraco lateral, toraco epigástrica superficial
Diagnóstico: cordão fibroso subcutâneo no trajeto do vaso, pode haver retração de pele e dor local
Tratamento: analgésicos e anti- inflamatórios
MASTITESMASTITES
Mastite Luética= cancro duro no CAM
Lesões parasitárias= filariose
Lesões virais= herpes simples, herpes zoster e molusco contagioso
Lesões fúngicas= blastomicose, esporotricose e actinomicose
Hiperplasia ductal sem atipias ou usual
Constitui-se de até 04 camadas de célulasClinica: espessamentos mamáriosMgx: densidades assimétricas, distorções de
arquitetura e microcalcificações
Papiloma
Neoplasia epitelial benigna40-50 anosAcomete ductos principaisFluxo papilar espontâneo, hemático, uniductal e
unilateralUsg avalia dilatação ductalTrato: exérese seletiva do ductoPapilomas intraductais múltiplos
Papiloma único Papiloma múltiplo
Idade 40-50 anos 30-40 anos
Incidência Comum Raro
Potencial maligno Baixo (rr:1,3) Moderado (rr:3,7)
Bilateralidade 4% 13,5%
Fluxo papilar 76% 20%
Tumor 57% 98,2%
Cicatriz radiada
Lesão esclerosante complexaRara, prevalência 0,04%Pode apresentar: hiperplasia ductal sem e com
atipias, adenose esclerosante, papilomatose, proliferação lobular.
Implicação clínica: BIRADS 5Core biopsy X Ressecção cirúrgicaRR: 1,8
•Hiperplasia ductais atípicas
Alguns mas não todos os critérios de Ca in situ da mama.Há controvérsias classificar tais lesões.
•Hiperplasia ductal atípica (HDA)
Critérios citológicos e arquiteturais para CA in situ:1- População de células uniforme,2-Espaço plano entre as células ou formação micro papilar com localização celular uniforme, 3- Núcleo hipercromático.
risco intermediário para câncer de cerca de 4 vezes
•Hiperplasia Lobular Atípica (HLA)
1.citoplasma levemente eosinofílico suave e redondo2.uniformidade e arredondamento das células (patognomônico)
O risco para câncer é 4 vezes maior História familiar adicional aumenta esse risco para 10 vezes.
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS BENIGNAS DA MAMA
Clínica: Mastalgia, Adensamentos, Micro e Macrocistos, derrame papilar.
Patologia: grupo heterogêneo de lesões: cistos, fibrose, metaplasia ductal, ectasia ductal. ( lesão não proliferativa - sem risco)
Etiologia: hiperestrogenismo, hiperprolactinemia.Excluir CA
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS BENIGNAS DA MAMA
Orientação verbal – condição benignaReduzir dose de TH/ modificar contraceptivosModerada a intensa: * óleo de prímula , ácido gama linoleico (4%)* tamoxifeno – SERM 10mg/d (20%) * bromoergocriptina 5mg/d* danazol 100 -200mg/d (22-30%) * AINH