O cartaz como arma política no século XX
perspetiva local
Maria de Fátima Gomes Serigrafia de Armando Alves
O cartaz durante o salazarismo obedece aos princípios de propaganda e é um otimo agente de educação do ideário salazarista.
3º Congresso de Oposição Democrática
25 de Abril, Vieira da Silva
Foto de Sérgio Guimarães
Em resumo, em Portugal o cartaz destinava-se a levar as pessoas a familiarizar-se com determinado candidato ou ideia.
O autocolante torna-se uma forma fácil e democrata de fazer chegar a mensagem dee forma individual.
A simplicidade e a economia de imagens são fatores condicionantes. As cores representam fator fundamental de influência.
As frases são curtas e objetivas.
O tipo de letra é fundamental, condicionando a força que se quer conferir à imagem.
No pós 25 de Abril – o cartaz cobre indiscriminadamente todos os edifícios.- Valbom – Serração Sousa Ramos
A partir da década de 80, do século 20, o cartaz e o autocolante torna-se mais exigente. À contenção da palavra, alia-se a cor que funciona como um signo plástico capaz de influenciar a percepção que o observador faz da imagem.
Mecanismo que joga com a manipulação e o planeamento de acontecimentos, a propaganda política revelou-se como uma das armas mais poderosas na luta pela liderança política.
A questão da manipulação foi posta em causa pelos regimes democráticos onde se aceitava que o cartaz deveria apenas informar e não utilizar as técnicas dos regimes ditatoriais.
Estudar a evolução do cartaz a nível da mensagem e das cores mais usadas contextualizá-la na época através de um roteiro de pesquisa, creio que será uma atividade capaz de conduzir os alunos a conclusões sobre as características do antes e do pós 25 de Abril
Fontes
• http://www.bocc.ubi.pt/pag/viana-fernanda-cartaz-outdoor.pdf
• Cartazes e autocolantes – coleção pessoal