Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NA EJA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Autora: Rogéria Arboleya Covatti¹ Orientador: Fábio Lopes Alves²
RESUMO: O presente artigo resulta de estudos desenvolvidos no PDE – Programa de
Desenvolvimento Educacional, 2013 e 2014, desenvolvido aplicado no Colégio CEEBJA – Professora Joaquina Mattos Branco de Cascavel /PR. Possui o objetivo de compreender a pedagogia como um campo de conhecimento que estuda a sistemática da teoria e das práticas educativas e analisar a relevância do trabalho do pedagogo e suas atribuições no contexto escolar, principalmente na EJA – Educação de Jovens e Adultos. Os aportes que sustentam o trabalho são políticas públicas e referenciais teóricos, entre os quais destacam-se: Brasil (2005, 2006), Freire (1980,1989), Kuenzer (2002), Gadotti (2004,2005), Libâneo (1998, 2001, 2005, 2006), Saviani (1985, 1986,2012), Silva (2007, 2010), e Pimenta (1996) e Vasconcelos (2006), entre outros. Nessa perspectiva este artigo, provoca uma reflexão sobre a compreensão e a intencionalidade da função e a identidade do pedagogo, e consequentemente, sobre a prática pedagógica. A atuação do pedagogo está intrinsecamente relacionada ao processo de ensino e aprendizagem, ou melhor, sua função justifica-se em razão deste binômio. Assim como para cada disciplina curricular estão contemplados objeto e objetivo de estudo, também a formação do pedagogo necessita ter uma clara definição que possibilite sua atuação com segurança e condições de atender as demandas apresentadas. Sem perder de vista o caráter de totalidade, considerando os níveis e modalidades de ensino, bem como a dinâmica da rotina escolar que exige um planejamento de todos os envolvidos no processo educativo. Nesse sentido a formação do profissional não pode estar alheia a todos estes elementos que permeiam a sua prática.
PALAVRAS – CHAVE: Atuação do Pedagogo; Identidade; Função; EJA. 1 - INTRODUÇÃO
A presença do pedagogo escolar torna-se, pois, uma exigência dos sistemas de ensino e da realidade escolar, tendo em vista melhorar a qualidade da oferta de ensino para a população. (LIBÂNEO, 2006).
Analisar a educação formal, sua estrutura e finalidades sociais, implica
perceber os sujeitos que norteiam a ação educativa e que permitem o seu
direcionamento de uma forma coerente e efetiva, segundo os objetivos e finalidades
propostas na instituição de ensino.
Conforme veremos a seguir, a intenção desse artigo é salientar a reflexão
_________________
¹ Professora – Pedagoga do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE/PR E-mail:
² Professor Orientador da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. UNIOESTE E-mail:
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sobre a atuação do Pedagogo, um dos sujeitos do processo educativo, considerado
o mediador e gestor pedagógico da escola, que em sua atuação encontra desafios
consideráveis, que serão aqui abordados.
Assim sendo, esse artigo focaliza os trabalhos desenvolvidos no PDE –
Programa de Desenvolvimento Educacional, estudos que ocorreram nos anos de
2013 e 2014, período em que, num primeiro momento produziu-se um projeto que
tinha por objetivo compreender o que a legislação atribui como função do pedagogo,
especificamente na EJA, bem como, de que maneira no cotidiano da EJA os
pedagogos têm atuado. Num segundo momento foi abordado e refletido sobre a
produção didática pedagógica produzida em forma de Caderno Pedagógico, que
apresentou cinco unidades temáticas: I unidade - O pedagogo e a organização do
trabalho pedagógico, II unidade - Atribuições dos pedagogos na EJA, III unidade -
Elementos que constituem o trabalho do pedagogo, IV unidade - Limites e
possibilidades na ação do pedagogo na EJA e na V unidade - As novas Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso de pedagogia. Num terceiro momento a partir dos
estudos realizados com um grupo de professores e pedagogos, utilizaram-se os
dados coletados por amostragem no Centro Estadual Básica para Jovens e Adultos
de Cascavel, onde foi realizada a Implementação do projeto, que visava provocar a
reflexão sobre a (des) caracterização do pedagogo na EJA, bem como levantar
sugestões e possibilidades de uma atuação diferenciada, almejando o resgate das
reais funções e a construção da identidade do pedagogo.
Na construção de sua identidade surgem desafios e conflitos que
desestabilizam sua atuação no cotidiano. Fato esse que se inicia em sua formação,
e se prolonga por todo o processo formativo e na prática pedagógica. Na sua
relação de trabalho, ele se defronta com uma grande diversidade de situações em
decorrência da base teórico-metodológica fragilizada e fragmentada, que acaba
prejudicando seu fazer pedagógico.
Sendo assim, deve-se refletir sua prática, vendo-a como um processo de
formação constante, em que através da reflexão, sejamos mais críticos sobre as
ações que realizamos. Necessita-se discutir a produção da identidade do Pedagogo,
a fim de compreender a construção de sua identidade dentro da educação.
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Enquanto o Pedagogo não tiver sua real identidade definida, continuará havendo o
enfraquecimento no trabalho.
Portanto, é necessário consolidar a prática, desmistificá-la das concepções
tradicionais que inviabilizam e fragmentam a construção do processo de formação
do Pedagogo. É necessário também que se busque uma sustentação teórica tanto
na prática calcada nos saberes constituídos, quanto numa base teórica-científica,
afim de nos auto afirmar em nosso fazer pedagógico. Os desvios da função do
pedagogo estão muito presentes no cotidiano das escolas, indicando a inviabilidade
no desenvolvimento das atividades que os pedagogos realizam, portanto, o resgate
da real função, conciliando com a superação dos conflitos que ocorrem no dia a dia,
resultando na luta para uma escola de melhor qualidade em busca do conhecimento
científico.
É fundamental ter clareza das reais funções que o pedagogo exerce para
que sua prática de “multi tarefeiro” e “ faz tudo”, passe a ser crítica e reflexiva, e que
haja diálogo sobre a sua prática educativa. Acreditar nas possibilidades de
superação é um passo importante e deve ser dado buscando-se à identificação do
profissional com o trabalho a ser desenvolvido, o que no caso passa pela interação
da realidade, na qual atuará – aluno e professor, com suas expectativas em relação
à escola. A aproximação com os mesmos favorece a segurança, o diálogo e
oportuniza a criação de vínculos essenciais – é necessário estarmos unidos por
objetivos comuns.
Quem, então, pode ser chamado de pedagogo? O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista o objetivo de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica. (LIBÂNEO, 2001, p.161).
Há muitos pedagogos que não possuem compreensão do que compete a eles
e têm sua identidade profissional afetada pelos afazeres irreflexivos que o cotidiano
lhes impõe. Como existe uma grande indefinição e sobrecarga de seus afazeres,
lhes são solicitadas tarefas que não fazem parte de suas atribuições, pelos mais
variados motivos, que vão desde o tempo em que estes profissionais eram
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apadrinhados/indicados pelas direções dos estabelecimentos de ensino até a
sobrecarga de atividades ou impossibilidade dos demais integrantes da equipe
gestora em realizá-las.
Resgatar as reais funções do pedagogo na escola pública, proporcionando
um olhar crítico frente às questões políticas, sociais e econômicas presentes em seu
trabalho, além de refletir sua prática no cotidiano escolar, é tarefa necessária para
que não haja um esvaziamento da função do profissional, que é o prático teórico da
ação educativa e que deveria mediar e orientar a prática docente à luz de uma
concepção de educação progressista, mas, no entanto se vê sobrecarregado de
funções, persistindo numa atuação secundarizada, com graves retrocessos e perdas
educacionais.
Necessita-se haver reflexões sobre a ação e função do Pedagogo na
organização escolar, dada à complexidade e especificidade das atuações, criando
condições para que as práticas pedagógicas desenvolvidas estejam direcionadas
primordialmente ao sucesso do ensino aprendizagem. Tal peculiaridade requer ação
significativa do Pedagogo da escola pressupondo uma gestão democrática e
transformadora.
O fato é que, o Pedagogo tem o desafio de gerir pessoas democraticamente
com a finalidade de proporcionar uma educação de qualidade nas esferas da gestão
educacional e gestão escolar, pois como afirma Vieira (2007), “essas últimas existem
em razão da educação de qualidade, da escola e não o contrário”.
2 - DESENVOLVIMENTO
2.1 - ASPECTOS METODOLÓGICOS
Na tentativa de superar as preocupações em relação à atuação do Pedagogo,
esta pesquisa possui abordagens qualitativa, teórica e dialética, implementada no
Colégio CEEBJA de Cascavel no ano de 2014. A priori buscou-se através de uma
revisão de Literatura Brasil (2005, 2006), Freire (1980,1989), Kuenzer (2002) Gadotti
(2004,2005), Libâneo (1998, 2001, 2005, 2006), Saviani (1985, 1986,2012), Silva
(2007, 2010), e Pimenta (1996) e Vasconcelos (2006) entre outros, compreender o
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percurso histórico do curso de pedagogia e sua relação com a formação de
professores ao qual sabemos, por meio da prática escolar cotidiana, é
inquestionavelmente deficitária.
Hoje com a atual conjuntura presenciamos nosso trabalho cada vez mais
“sucateado” e longe do que sabemos que é nossa função na escola, ou seja, a
articulação do trabalho pedagógico. O Projeto foi pensado devido a uma grande
inquietação particular e também por perceber o quanto a organização do trabalho
pedagógico do CEEBJA se encontra desfocado e desarticulado das reais funções do
pedagogo especialista na EJA. Contribuir para que tal lacuna no conhecimento seja
sanada, faz com que essa busca se torne mais intensa; a fim de que a identidade do
pedagogo seja um dos importantes vieses da problemática educativa, pois se trata
de entender essa tarefa desafiadora e complexa sobre sua área de atuação.
Compreender de fato a função do pedagogo na EJA e as múltiplas funções
que ele desempenha é essencial para que haja uma análise crítica, resultando na
consistência e consciência em seu trabalho. Polemizar, indagar e problematizar
suas práticas já cristalizadas faz-se necessário, para que a postura tarefeira, sem
planejamento e sem metas orientadas sejam evitadas. Sendo assim, esta pesquisa
problematiza as reais condições e as devidas responsabilidades que permeiam o
cotidiano dos pedagogos que atuam na EJA. O profissional “pedagogo”, encontra-
se fragilizado em sua função na maioria das escolas públicas. Suas tarefas se
concretizam indefinidamente deixando-se levar ao acaso, de acordo com as
necessidades diárias. Este profissional tornou-se um “multitarefeiro” no ambiente
escolar, desempenhando diferentes funções, pertinentes ou não ao cargo que
ocupa.
A mediação pedagógica ocorre muitas vezes com diversidades de funções
que são determinadas através das ocorrências conflituosas do cotidiano escolar, que
ocupam a maior parte do tempo deste profissional, que acaba secundarizando a sua
função específica, em detrimento a outras de cunho pedagógico ou não. Essa
incompletude e descontinuidade de nossas ações compromete a qualidade da
atuação deste profissional. Reitero então a necessidade de buscarmos
constantemente o aperfeiçoamento e superação de tantas lacunas em nossa
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formação, de modo que possamos organizar nossa prática nos espaços em que
atuamos de forma coerente e com condições de perceber e refutar os modismos que
se apresentam. Para Gadotti (2004):
Fazer pedagogia é fazer prática teórica por excelência. … descobrir e elaborar instrumentos de ação social. Nela se realiza de forma essencial, a unidade entre teoria e prática. (...) O pedagogo é aquele que não fica indiferente, neutro, diante da realidade. Procura intervir e aprender com a realidade em processo. O conflito, por isso, está na base de toda a pedagogia.(Gadottti, 2004, p.30)
Nesse sentido a função do pedagogo deve estar direcionada ao coletivo,
aquele que articula a concepção de educação da escola, visando práticas
pedagógicas que proporcionem as mediações políticas, sociais, culturais e históricas
da escola.
Constata-se, porém que nossa formação não apresentou elementos
suficientes para análise mais aprofundada da realidade, pois o trabalho pedagógico
está relacionado com interesses ideológicos que de certa forma interferem na vida
escolar. Esses interesses refletem as contradições de uma sociedade dividida em
classes, demonstrando o poder que o capital tem sobre o trabalho. Infelizmente
diante dessa realidade, o pedagogo busca ainda o seu espaço, porém seu papel de
mediador e articulador da multifacetada realidade político-pedagógica das escolas,
devendo ser o ponto chave para a realização do seu trabalho. Sendo ele o
responsável em garantir que a função social da escola seja plenamente realizada é
preciso que tenhamos claro que o foco do trabalho do pedagogo deve ser
predominantemente de domínio mais aprofundado das questões educacionais e
pedagógicas presentes na escola.
Saviani (1985, p.30), afirma que “o pedagogo é aquele que domina a
sistemática das formas de organização do processo cultural da escola”. Assim, é na
conquista dessa profissionalidade que devemos continuar trabalhando cada vez
mais para uma educação de qualidade junto ao coletivo dos profissionais da escola.
Refletir sobre a atuação do pedagogo como é proposto poderá impulsionar a
mudanças que se repercutirão na melhoria do trabalho do pedagogo na escola. Para
que isso aconteça, após a reflexão, é preciso que nos empenhemos na prática. Não
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podemos jamais perder de vista qual é a função social da escola, principalmente nós
que atuamos em escola, pública que precisa fornecer os instrumentos/ferramentas
que possibilitam a transformação.
Nesse sentido a formação e atuação do pedagogo precisam considerar os
elementos que constituem o trabalho pedagógico de modo que estejam articulados e
indiquem uma direção coerente – teoria e prática. Observamos assim que a
formação deste profissional está muito aquém desta necessidade, pois contempla de
forma superficial parte destes elementos, o que requer uma busca constante para
superação desta defasagem e isto é lamentável. Saviani assim define o pedagogo:
Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade (...). A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar” (Saviani, 1985, p.27).
Partindo desses pressupostos o pedagogo não pode se desviar de seu
principal papel que é a difusão do saber sistematizado, isto é, aquele de caráter
científico, sendo o desvio hoje regra em nossas escolas.
A mudança é imprescindível e urgente, pois o pedagogo é um profissional
importante para o “todo” da escola, mas é importante repensar este profissional não
como o “milagreiro” que resolverá todos os problemas que surgem no dia a dia de
uma escola e concebê-lo como um profissional que deve estar envolvido sim, mas
na organização do trabalho pedagógico como um todo.
Com o conhecimento assumindo novas configurações, a tarefa do pedagogo
também tem se modificado, abrindo um leque de atuação cada vez maior, e assim
necessita diagnosticar as novas necessidades em função de cada contexto, sendo
que o objeto do trabalho do pedagogo deve ser sempre de produção do
conhecimento.
No que diz respeito à organização do trabalho pedagógico na escola, o Edital
n.º 017/2013 prevê cerca de 48 atribuições pertinentes a função do pedagogo. Tais
atividades contemplam desde coordenar a elaboração do Projeto Político
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Pedagógico do estabelecimento de ensino até a mediação das relações da
comunidade escolar. Temos, portanto, um ordenamento a respeito do papel deste
profissional na escola, cabendo então questionarmos se de fato estas atribuições
são as que contribuirão para assegurar a função social da escola – transmissão do
saber sistematizado acumulado historicamente.
Para poder desempenhar tais funções é essencial o domínio teórico quanto
ao método/concepção, que norteia as Diretrizes Curriculares e no processo de
orientação, poder auxiliar quando o encaminhamento do trabalho não estiver
condizente com a proposta pedagógica. Para se assegurar o cumprimento da função
social da escola na condição de espaço para acesso ao conhecimento sistematizado
é essencial que haja um afinamento entre a concepção teórica, o planejamento que
se elabora, os materiais utilizados e o processo avaliativo. Esse movimento é
permanente e precisa ser coletivo, considerando os objetivos que norteiam a prática
da escola. Enfim, temos um amplo espaço de atuação, porém precisamos
conquistar o espaço para atuarmos como mediadores, e creio que isto somente será
possível na medida em que for superada a visão de supervisão (olho grande) em
torno do trabalho do professor. A nossa maior ferramenta é o conhecimento que nos
embasa para que possamos discutir argumentar e ter o alicerce da prática.
O que não podemos perder de vista é o foco do trabalho na condição de
mediadores do processo pedagógico, no sentido de que não temos o domínio dos
conteúdos pertinentes a cada disciplina curricular, mas precisamos ter compreensão
de como se organiza o processo pedagógico, concebido desde a clareza da
realidade na qual a escola está inserida, a elaboração dos PTDs (Plano de Trabalho
Docente), contemplando todo o processo de ensino com vistas à aprendizagem
efetiva e as condições de permanência e êxito dos educandos na escola.
De fato se aceitarmos a condição de tarefeiros não há possibilidade de
contribuir com o processo educativo de forma ampla, mas apenas no viés que nos é
permitido visualizar. Nesse sentido, temos a necessidade de elaborarmos um plano
de ação que contemple as necessidades da comunidade escolar na qual atuamos
levando em consideração “a metáfora do lenhador que gasta seu maior tempo
afiando a ferramenta de trabalho”.
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Diante disso, são exigidos requisitos que garantam a efetividade de práticas
que idealizem uma educação respaldada em princípios de humanização e formação
da consciência crítica, em que o convívio com os professores, equipe pedagógica,
diretores e demais funcionários escolares e principalmente os alunos,
pais/comunidade escolar, seja contemplada e assegurada com o processo de
produção do conhecimento de qualidade tão almejado para as escolas públicas.
A função do pedagogo concebida como mediador dos processos pedagógicos
e gestão escolar, torna-se necessário para o desenvolvimento da escola e suas
finalidades, visto a dinamicidade das relações educativas, pois subsidia as práticas
nela desenvolvidas de maneira fundamentada.
Faz-se necessário um claro entendimento, por todos os que trabalham com a formação desse profissional, da sua importância como mediador e gestor de práticas comprometidas com a coletividade e com a democratização de todos os espaços de atuação do mesmo [...] (SILVA; LEITE, 2010, p.8).
2.2 – ABORDAGENS SOBRE O PAPEL DO PEDAGOGO NA PRODUÇÃO
DIDÁTICA
Diante do exposto, em relação à atuação do pedagogo na perspectiva do
trabalho coletivo na organização escolar, é que se priorizaram alguns critérios na
elaboração da Produção Didática visando uma contínua reelaboração da experiência
profissional, de modo que o pedagogo possa pensar sua ação. A ideia que se
desenvolve é que o ensino ocorra em contextos sociais específicos, tais como as
aulas, as escolas, os sistemas de ensino, as culturas e as relações entre esses
contextos; para isso, a teoria torna-se indispensável.
O tema da Produção Didático Pedagógica que foi elaborada para trabalhar
com um grupo de pedagogos e professores do CEEBJA, abordou os impasses
enfrentados pelo pedagogo na organização e na efetivação de sua prática no interior
das escolas. Apesar dos entraves do cotidiano, é possível afirmar que existe uma
estreita relação do trabalho do pedagogo com o processo ensino – aprendizagem.
Não possuímos ainda a formação ideal e nem organização da classe no
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sentido de aprimorar a atuação do pedagogo. Seriam necessários maiores estudos,
capacitações melhor organização na escola, melhor definição de funções,
planejamento (plano de ação), mudanças na Lei, onde favoreça aos pedagogos
também o direito de terem hora-atividade, oportunizando assim momentos de
leituras e estudos a esses profissionais.
A caracterização de pedagogo stricto sensu é necessária para distingui-lo do
profissional docente, já que todos os professores poderiam considerar-se pedagogos
lato sensu. Por isso mesmo, importa formalizar uma distinção entre trabalho
pedagógico (atuação profissional em um amplo leque de práticas educativas) e
trabalho docente (forma peculiar que o trabalho pedagógico assume na sala de
aula).
No que se refere aos elementos da prática pedagógica, é fundamental
compreender que estão intrinsecamente relacionados considerando-se que as
políticas refletem um tempo histórico com todo seu movimento e contradições. Tais
políticas orientarão um modelo de currículo, o qual contemplará uma concepção
teórica (método) que expressará /indicará uma compreensão acerca de avaliação,
metodologia e organização da dinâmica escolar (planejamento). Revela-se assim a
condição da escola como um dos setores da sociedade que influencia e é
influenciado pelos demais, podendo estar, ou não, a serviço da reprodução de uma
determinada realidade, ou contribuindo para a sua superação utilizando-se da
ferramenta principal da qual dispõe, o conhecimento sistematizado.
Nesse contexto a atuação do pedagogo é de extrema relevância, visto que
cabe ao mesmo mediar o processo de ensino e aprendizagem, portanto a clareza de
todos os aspectos que permeiam a prática pedagógica, considerando as relações
macro – políticas, contexto histórico – e o cotidiano escolar. Na prática é necessário
assegurar que os elementos estejam articulados de forma coerente de modo que
não se afirme num PPP (Projeto Político Pedagógico) a intenção de formar sujeitos
críticos, participativos, utilizando-se de um planejamento que contemple
metodologias e propostas de avaliação que não condizem com tal propósito, por
exemplo. Dessa forma, é necessário munir-se de conhecimentos, estar aberto ao
diálogo e provocar o debate com a comunidade escolar de modo a buscar que as
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ações sejam compartilhadas e compreendidas como responsabilidade de todos os
envolvidos no processo.
A realidade que postula a dificuldade dos pedagogos atuarem coerentemente
nas escolas, desempenhando funções que limitam sua atuação profissional esta
atrelada a descaracterização das atividades que imputam a ele e a exigência de
ações imediatas e não planejadas e ao desconhecimento e construção da sua
identidade. Lopes (s.d) acrescenta que há um desconhecimento de muitos
pedagogos em relação a sua identidade e papel profissional, o que fomenta visões
alienadas e deturpadoras do seu trabalho nas escolas.
“[...] de forma geral a visão que alguns educadores têm do trabalho do pedagogo é equivocada e este foi provocado pelo próprio pedagogo que, talvez por não ter definido seu papel na escola, tornou-se um mero tarefeiro”. (LOPES, s.d, p.3)
2.3 – A IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A implementação do projeto de intervenção na escola ocorreu no terceiro
período do Programa, na escola em que sou lotada, utilizando os 25% de
afastamento concedido. Foi um momento de execução e operacionalização do
projeto de intervenção construído, onde se fez o uso da produção didática
elaborada, numa projeção para o futuro, possuindo intencionalidade da ação
humana, neste caso, a intervenção ocorreu visando qualidade na realidade escolar
do Colégio CEEBJA/Cascavel.
As leituras propostas bem como as questões para debate nos encontros teve
o intuito de instigar e atentar para a busca de encaminhamentos de uma prática que
extrapole o fazer diário que muitas vezes impede até de refletir sobre o que se
executa.
No desenvolvimento da implementação foi proporcionado discussões junto ao
corpo docente, sobre as funções, pois a docência por vezes se apresenta “blindada”
e as outras funções estão configuradas como apêndices e ou até mesmo
desqualificando o trabalho do professor. Nossa atuação é a mais recente e estamos
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em menor número, porém a relevância do que nos propomos a fazer é
inquestionável.
Analisou-se que no CEEBJA, o trabalho do pedagogo ocorre basicamente no
atendimento ao aluno com orientações sobre a melhor forma de aproveitamento do
tempo e estudos já feitos por estes. Há também a organização de reuniões
pedagógicas e orientação aos professores quanto às fichas individuais e livros de
chamada, orientação aos professores quanto aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e de indisciplina, participação na AMAF (Associação de Mestres
Alunos e Funcionários) e Conselho Escolar (representação). Organização de dados,
informações sobre as questões pedagógicas, quando solicitado; coordenação e
organização da elaboração de PPP e Regimento Escolar e organização dos eventos
previstos no calendário escolar, como: mostra cultural, palestras, festa junina,
formatura, etc.
As atividades que são realizadas por estes profissionais são de relevância,
visto que permeiam o cotidiano escolar e fazem parte das ações que ao final dizem
respeito à viabilização da prática pedagógica. Vê-se que a carência é de se manter
maior atenção sobre o processo de ensino e aprendizagem, considerando a
ampliação do tempo para dialogar com os professores, tanto individualmente, por
disciplina, por área, conforme a necessidade, no momento da hora-atividade e em
outros conforme demanda.
Conforme afirmado anteriormente, não se tem o domínio do conteúdo
pertinente às disciplinas, porém cabe-nos a responsabilidade de orientar quanto à
organização do processo de ensino, no que se refere aos recursos disponíveis na
escola, e os que podem ser viabilizados; suporte quanto aos alunos que apresentam
defasagem de aprendizado e contatos que se fazem necessário quanto aos alunos
que apresentam faltas e também a mediação no repasse de atividades que se façam
necessárias para reposição de conteúdos.
Para poder desempenhar tais funções é essencial o domínio teórico quanto
ao método/concepção que norteia as Diretrizes Curriculares. É possível no processo
de orientação auxiliar o encaminhamento do trabalho e perceber quando não estiver
condizente com a Proposta Pedagógica. Para se assegurar o cumprimento da
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função social da escola na condição de espaço para acesso ao conhecimento
sistematizado é essencial que haja um afinamento entre a concepção teórica, o
planejamento que se elabora, os materiais utilizados e o processo avaliativo. Esse
movimento é permanente e precisa ser coletivo, considerando os objetivos que
norteiam a prática da escola.
Enfim, tem-se um amplo espaço de atuação, porém precisa-se conquistar o
espaço para atuarmos como mediadores, crendo que isto será possível na medida
em que for superada a visão de supervisão em torno do trabalho do professor.
Foram analisados também os limites e possibilidades na ação do pedagogo na
EJA. Foi constatado pelo grupo que as relações (pedagogo e processo de
ensino/aprendizagem) são muito frágeis. Uma vez que o contato deste profissional
com o educando e o educador, para verificação dos rendimentos de aprendizagem
não é foco principal, pois o objetivo maior é acolher o aluno e manter estatísticas
(matrículas para suprir a demanda). Entende-se ser importante uma maior
intervenção com caráter positivo, no acolhimento e acompanhamento dos alunos
menores de idade e também os menores infratores prescritos e indicados para
serem inseridos na sócio-educação (eles não sabem como agir com a liberdade
dada, na dinâmica posta pela estrutura da escola). Somente o controle de faltas não
justifica sua permanência e nem os convence de seus afazeres enquanto
educandos. Já com os adultos é necessário estabelecer hábitos de estudos e
permanência deste no espaço escolar. Compreendemos também que o papel do
professor pedagogo dentro da escola deveria abranger tarefas que pudessem
posicionar tanto professores como alunos, nos aspectos legais, funcionais e
principalmente definir e agir nas concepções filosóficas e metodologicamente
propostas no projeto pedagógico. É necessária uma melhor distribuição de tarefas
entre os membros da equipe para se construir um consenso da prática, uma
interação coletiva das necessidades docentes e discentes (maiores demandas),
permeando as discussões que vem “prontas”. Percebeu-se que não há unidade nas
ações da escola apesar de todos os esforços da equipe e da direção (fragmentação
de turnos/ pedagogos diferentes e com posicionamentos diferentes). Foi constatado
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também pelo grupo dos docentes que participaram dos estudos dirigidos, que os
pedagogos possuíam tantas funções a serem desempenhadas em seu cotidiano.
Verificou-se a complexidade existente na Organização do Trabalho
Pedagógico e o grupo de estudos formado por professores e pedagogos, elencaram,
descreveram e direcionaram, analisando e sugerindo diante da realidade
estabelecida do Colégio CEEBJA. Sendo assim, chegou-se a seguinte conclusão de
como deveriam ocorrer às mudanças, para uma melhor efetivação do trabalho
pedagógico:
Atendimento aos alunos e organização das disciplinas – Deveria
ocorrer um acompanhamento da frequência escolar, análise do aproveitamento
(concluintes das disciplinas e grau de ensino), orientação a programas de
estudo – principalmente aos alunos do atendimento individual.
Atendimento aos professores e acompanhamento das dificuldades
encontradas em sala de aula – Deveria traçar um perfil da turma junto com o
professor; discutir o andamento das atividades na Hora Atividade; buscar
materiais de apoio e acompanhamento nas turmas para inteirar-se das
atividades.
Orientação e acompanhamento do livro de registros – Acompanhar a
hora atividade do professor, verificando os registro, tirando dúvidas existentes;
mediar situações que necessitam de registros específicos – atestados médicos/
reposições de conteúdos/ recuperação...
Reuniões Pedagógicas e Capacitações - Distribuição de tarefas entre
os membros da equipe para que se construa um consenso da prática; interação
coletiva das necessidades docentes e discentes (maiores demandas),
permeando as discussões que vem “prontas”.
Instâncias Colegiadas (Conselho Escolar, AMAF, Gestão) – Situar o
representante dessas instâncias da “realidade da escola”, de modo que haja
uma atuação efetiva para além dos documentos que legitimem a instância –
divulgar o que faz? Quem faz? Por que faz? Para quem faz?
Documentações/ Protocolos/ Repasse de informações com a secretaria
e retorno com os professores/ PPP e Regimento Escolar - A respeito do PPP e
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Regimento Escolar, o trabalho deveria ocorrer coletivamente, ainda que
houvesse grupos menores, considerando a hora atividade e reuniões por
disciplina e/ou área, envolvendo também os agentes educacionais I e II.
Deveriam ser mais explorados nas reuniões pedagógicas, deveriam ser
expostos em mural e disponibilizados via e-mail.
Resolução de problemas de indisciplina e dificuldades de
aprendizagem – Neste aspecto a atuação do pedagogo deve ocorrer no
momento da elaboração do planejamento/ PTD, quando são previstas
atividades, encaminhamentos para diferentes situações de aprendizagem; no
tocante a indisciplina o que cabe ao pedagogo, refere-se à orientação aos
alunos, por meio de documentos, conscientizando-os dos prejuízos que a
indisciplina acarreta, em que o sujeito (indisciplinado) é o principal prejudicado.
Casos mais sérios, encaminhar para a rede de Apoio.
Não fazia ideia, de quantas atribuições eram destinadas aos pedagogos. Nem imaginava que eles teriam que dar conta de tantas funções”. (Depoimento de um professor do CEEBJA no momento da implementação do projeto).
Simultaneamente ao momento da implementação do projeto de intervenção
ocorreu também o Grupo de Trabalho em Rede (GTR) realizado no período de
março a maio de 2014, foi um momento em que pude divulgar e compartilhar com os
demais professores da Rede as produções e estudos realizados no último ano.
O GTR possui o objetivo de proporcionar formação aos professores, via
grupos de trabalho em rede (Plataforma moodle) em uma das etapas de realização
do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, vislumbrando uma reflexão
acerca dos materiais produzidos pelos professores, utilizando a forma online. Nesse
ambiente virtual ocorreram sugestões e contribuições que auxiliaram na
Implementação na Escola e na produção do Artigo Final.
A experiência como tutora do GTR me levou a refletir sobre as incompletudes
do processo de formação no GTR, entendido como espaço virtual integrado às
ferramentas de excelente qualidade e que propicia o aprendizado, a troca de
experiências entre os professores atuantes na mesma rede, porém carecendo de
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orientações pedagógicas ou de encaminhamentos teórico-metodológicos que
viabilizem discussões acerca da teoria e prática dos conteúdos, de acordo com os
pressupostos veiculados pelos documentos ali propostos.
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existe falta de coerência na legislação referente ao sistema de formação de
educadores no Brasil, ocorrendo um distanciamento das necessidades e demandas
da realidade escolar. Esse distanciamento entre a lei e a realidade faz com que o
objeto de estudo da pedagogia que é a prática educativa e ou o ato educativo se
perca e por muitas vezes não se desenvolva e se fortaleça.
Como a teoria, a prática da pedagogia formula objetiva e propõe formas de
organização e metodologias que viabilizem a educação. Constata-se que a questão
central da pedagogia que é a formação humana de sujeitos concretos com suas
condições físicas, emocionais, intelectuais, sociais, culturais preservadas, acaba não
ocorrendo de forma satisfatória.
Percebe-se nesse contexto que o pedagógico que deveria dar sua
contribuição para a formação das pessoas, promover mudanças qualitativas no
desenvolvimento e na aprendizagem dos seres humanos, ajudá-los a se
constituírem como sujeitos que sabem viver e agir em sociedade, articular e mediar
na organização do trabalho pedagógico acaba ficando impreciso e ineficaz.
Essa concepção simplista, reducionista da pedagogia e do exercício
profissional do pedagogo com precária fundamentação teórica é o que ocasiona e
provoca denominações como: “pedabobos, Bombril, capitão do mato, faz tudo,
bombeiros e muitos outros”. Delimitar e definir o aspecto do que é pedagógico e o
que não é, contribui para a unidade do sistema de formação necessária para a
escola de hoje, ao qual afeta as aspirações do nível científico e cultural dos alunos e
das escolas.
Um projeto que contemple toda a formação dos profissionais da educação
nas instâncias da prática educativa, com ampla abertura e possibilidades legais para
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os cursos de pedagogia (educação – bacharelado), visando melhorar a escola e a
formação dos educadores, possibilitaria a qualidade cognitiva da aprendizagem dos
alunos. E é por isso que a educação brasileira requer uma legislação consistente
para os cursos de pedagogia e políticas públicas que valorize e oportunize ao
pedagogo desempenhar suas reais funções com toda sua essência e qualidade.
4 – REFERÊNCIAS
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