Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED
SUPERINTÊNCIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR
A DIFICIL MUDANÇA NOS HÁBITOS: UM DESAFIO A SER ENFRENTADO PELA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS
SANZER CRISTIANE DUARTE
CURITIBA
2013
SANZER CRISTIANE DUARTE
A DIFICIL MUDANÇA NOS HÁBITOS: UM DESAFIO A SER ENFRENTADO PELA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS
Produção Didático Pedagógica apresentada à Coordenação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria do Estado de Educação do Paraná, em convênio com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná como requisito para o desenvolvimento das atividades propostas para o biênio de 2013/2014.
Orientador: Prof. Maria Silvia Bacila Winkeler
CURITIBA
2013
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: A DIFÍCIL MUDANÇA NOS HÁBITOS: UM DESAFIO A SER ENFRENTADO PELA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOSAutor: SANZER CRISTIANE DUARTE
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Ciências
Escola de implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Porf. Percy Teixeira de Faria
Município da escola Rio Branco do Sul
Núcleo Regional de Educação NRE-Norte
Professor Orientador Prof. Maria Silvia Bacila Winkeler
Instituição de Ensino Superior Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Relação Interdisciplinar Ciências
Resumo
A presente produção didático-pedagógica visa desenvolver com alunos do 7° ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Professor Percy Teixeira de Faria, uma proposta de política pública de educação ambiental, com foco na Coleta Seletiva voltada à conscientização da comunidade escolar sobre a importância da coleta e separação de resíduos sólidos urbanos, apontando medidas e providências que venham a auxiliar nesse processo.
O objetivo do estudo é promover situações de aprendizagem significativa acerca da responsabilidade individual para o equilíbrio ambiental com base em preceitos da Educação Ambiental e da Coleta Seletiva.
Espera-se, com esta iniciativa, iniciar um processo de transformação que se realizará pela formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade em que vivem e das responsabilidades inerentes à vida em comunidade; mas, principalmente, capazes de mudar hábitos simples, arraigados em suas práticas culturais, os quais, de tão simplórios, passam despercebidos, porém necessitam ser substituídos por ações mais alinhadas às exigências contemporâneas em termos de preservação ambiental.
Palavras-chaveEducação Ambiental. Resíduos sólidos urbanos. Coleta
Seletiva.
Formato do Material Didático Produção didática pedagógica
Público-alvo Alunos do 7° ano
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Apresentação
Rio Branco do Sul é uma cidade com vários problemas ditados
pelas condições socioeconômicas e culturais de sua população,
acomodada a soluções de continuidade, ao descaso com a lei e
comportando-se com despreocupação em relação à crise ambiental que
preocupa e já afeta o mundo. As escolas trabalham na contramão dessa
corrente cultural, e as mudanças já começam a aparecer, mas de forma
ainda muito lenta para as necessidades emergenciais em termos de
cidadania e - no caso específico abordado neste projeto – de preservação
ambiental.
Talvez, este não seja um problema que afeta unicamente o
Município de Rio Branco do Sul, mas também outras cidades pequenas, daí
a importância de explorar a temática da Coleta Seletiva, mesmo por que,
inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde todo cidadão terá de assumir
sua responsabilidade sobre o lixo que produz.
Mas como promover essa mudança sem cair na vala comum dos
inúmeros projetos de Coleta Seletiva que se multiplicam pelo Brasil afora?
Como desenvolver uma proposta de intervenção fundamentada em
preceitos da Educação Ambiental e que ao mesmo tempo possibilite uma
aprendizagem significativa? Fundamentalmente, como a educação
ambiental pode mudar hábitos que constituem obstáculos ao
desenvolvimento para o surgimento de uma sociedade ambientalmente
responsável?
A realidade local mostra que as autoridades públicas vêm adotando
algumas ações pontuais para minimizar o impacto ambiental da
destinação dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs), mas, ainda não existe no
município um Programa de Gestão de RSUs; tampouco os cidadãos se
mostram dispostos a assumir sua responsabilidade nesse processo,
procedendo à separação de seu lixo; evidenciando a necessidade de uma
proposta de intervenção pautada nos preceitos da Educação Ambiental e
da Coleta Seletiva e, objetivando, com isso, promover a sensibilização da
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população para a responsabilidade individual sobre o lixo produzido em
cada unidade domiciliar.
Fala-se, pois, de uma mudança na forma de pensar e agir da
população, o que significa promover transformações que impactarão na
cultura local, objetivo que somente pode ser alcançado por meio da
educação, e a escola, devido à sua estrutura e organização, possui os
recursos e os métodos necessários para intervir nesse processo e
fomentar o desenvolvimento numa perspectiva de responsabilidade
ambiental.
Para tanto, a ideia central deste estudo é desenvolver uma
proposta de política pública de educação ambiental, voltada à
conscientização da comunidade escolar, tendo como objetivo promover
situações de aprendizagem significativa acerca da responsabilidade
individual para o equilíbrio ambiental com base em preceitos da Educação
Ambiental e da Coleta Seletiva.
O estudo justifica-se porque que a crise ambiental está presente na
realidade de qualquer cidade, exigindo dos cidadãos a necessária
conscientização acerca de suas interações com o meio natural; mas,
mesmo os conceitos mais elaborados e os fundamentos mais eloquentes
se deparam com um obstáculo considerável à transformação preconizada
por ambientalistas e cientistas: o homem.
Por essa razão, espera-se, com a presente iniciativa, desenvolver
uma proposta de Educação Ambiental com foco na Coleta Seletiva com
alunos do 7° ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Professor
Percy Teixeira de Faria. E dessa forma iniciar um processo de
transformação que se realizará pela formação de cidadãos conscientes de
seu papel na sociedade em que vivem e das responsabilidades inerentes à
vida em comunidade; mas, principalmente, capazes de mudar hábitos
simples, arraigados em suas práticas culturais, os quais, de tão simplórios,
passam despercebidos, porém necessitam ser substituídos por ações mais
alinhadas às exigências contemporâneas em termos de preservação
ambiental.
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4
Fundamentação Teórica
Os princípios da ecologia humana preconizam a relação do homem
com ele mesmo, as relações interpessoais, as relações com o ambiente e
seus usos, por isso, pode-se afirmar que a Educação Ambiental surgiu para
ajudar a solucionar um grande problema: os excessos causados pelo
homem, expressos, dentre outros aspectos, por suas ações perdulárias,
pelo consumismo desenfreado, mas, principalmente pela visão
individualista acerca da vida em comunidade e pela dependência do
estado quando se trata de destinar corretamente os seus Resíduos Sólidos
Urbanos.
Dita num fôlego só esta afirmação se mostra contundente e exige
algumas considerações.
De acordo com os preceitos defendidos pelo Ministério Público
Federal em seu Programa de Gestão Ambiental, nos últimos séculos a
humanidade passou por profundas transformações, como a
industrialização que trouxe como consequência o aumento dos resíduos
de qualquer natureza; o desenvolvimento da ciência e tecnologia que
intensificou a produção de materiais descartáveis; o acelerado
crescimento populacional, mas, e principalmente, “mudanças nos valores
e modos de vida da sociedade” (MPF, 2013).
Explicitando esses conceitos Nascimento (2007, p. 29) observa que
[...] O crescimento populacional, associado ao aumento no processo de industrialização e às mudanças dos padrões de consumo, vêm contribuindo para a geração, cada vez maior, de Resíduos Sólidos Urbanos – RSU. Esses materiais, subprodutos de diversas atividades, vêm se transformando num grande problema para a sociedade e para os gestores públicos. Mesmo com a adoção de políticas públicas voltadas para a redução e o reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos, devido a sua grande quantidade produzida, principalmente nas grandes cidades, torna inevitável a implantação de sistemas de destinação final.
Nascimento (2007, p. 30) descreve ainda que os métodos mais
comuns de destinação de RSU são os lixões, os aterros controlados e os
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aterros sanitários, além da compostagem e da incineração - no entanto,
essas duas últimas exigem investimentos maiores para sua efetivação.
De uma forma ou de outra, a retirada desses materiais e dejetos
nas residências é feita pelos órgãos públicos ou por empresas contratadas
para esse fim, dentro de um programa de coleta de resíduos sólidos.
Contudo, há que se considerar que a produção diária de lixo por
domicílio é grande – no Brasil, está em torno de 0,50 a 1,00 kg/hab/dia,
variando de acordo com a renda per capita (CUNHA, CAIXETA FILHO, 2002,
p. 144), e a maioria dos cidadãos ainda não despertou para o seu papel no
processo de destinação final, atrelada a um conceito individualista que os
leva a crer que assim como acontece com o material no momento do
descarte, estão também se desfazendo de sua responsabilidade,
permitindo deduzir que a partir dessa ótica, o ambiente externo à sua
propriedade ou moradia se transforma num vasto espaço, a ser ocupado
por tudo aquilo que não lhe for mais útil ou necessário.
Analisando a relação do homem com o seu lixo, Cunha & Caixeta
Filho (2002, p. 143-144) observam que
[...] O próprio significado da palavra transmite a impressão de que lixo é algo sem valor, sem importância e que deve ser jogado fora. Ainda hoje, muitas vezes, o lixo é tratado com a mesma indiferença da época das cavernas, quando o lixo não era verdadeiramente um problema, seja pela menor quantidade gerada, seja pela maior facilidade da natureza em reciclá-lo. Entretanto, em tempos mais recentes, a quantidade de lixo gerada no mundo tem sido grande e seu mau gerenciamento, além de provocar gastos financeiros significativos, pode provocar graves danos ao meio ambiente e comprometer a saúde e o bem-estar da população.
Mas, mesmo ante a irrefutável necessidade de descartar o que não
tem mais serventia, é preciso considerar que existem estratégias para
diminuir essa produção e reduzir o desperdício, como, por exemplo,
reutilizar sempre que possível e separar os materiais recicláveis para a
coleta seletiva.
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A rigor, a coleta seletiva é uma forma de racionalizar o desperdício,
promover a reciclagem de materiais ainda utilizáveis ou reaproveitáveis,
mas esse campo ainda precisa ser mais bem explorado pelos órgãos e
entidades que têm dentre suas finalidades e missão, sensibilizar a
sociedade para uma mudança de postura, mais adequada à realidade
atual em que a questão ambiental se revelou um problema que é de
todos.
Para compreender o grande impasse que se relaciona à Coleta
Seletiva de RSUs é preciso compreender a forma como os homens
percebem o lixo - o seu próprio lixo. Sobre esse aspecto, Pinheiro (2008, p.
4) descreve que a palavra lixo tem sua raiz etimológica no termo latino lix,
significa "cinza"; mas, é no dicionário que surge a definição que mais se
aproxima da percepção do homem ao longo dos tempos da civilização
humana, quando se encontra termos como: “sujeira, imundice, coisa ou
coisas inúteis, velhas, sem valor”, contudo, na linguagem técnica, é
sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados
pelas atividades humanas.
Dentre todas as formas de produção de lixo, os RSUs aparecem
como os de maior volume, como explicam Rodrigues & Cavinatto (2003)
uma vez que esse engloba os materiais resultantes de atividades
cotidianas como limpar a casa, cozinhar, ir ao banheiro, estudar, criar
animais domésticos, usar medicamentos, dentre outras que levam o lixo
domiciliar a responder por praticamente metade do volume diário dos
recicláveis, sendo que e o restante corresponde ao lixo orgânico,
notadamente, sobras de alimentos.
No Brasil, a média de produção de lixo é de 1 kg/hab/dia, sendo
que nos países desenvolvidos a média de produção diária de RSU oscila
entre 1,6 e 3k/habitante (WATANABE, SILVA, 2011, p. 206); contudo, como
bem destaca Pinheiro (2008, p. 4) nos países desenvolvidos, os RSUs são
depositados em aterros sanitários, incinerados, reaproveitados ou
reciclados; o que não acontece aqui no Brasil e em países do terceiro
mundo, onde a prática comum é o depósito em lixões, que são extensas
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áreas a céu aberto, sem qualquer tipo de tratamento e sem
impermeabilização no solo, condição essa que provoca degradação e,
segundo estudos publicados no portal da Universidade São Paulo, também
a “contaminação dos lençóis freáticos pelos efluentes produzidos na
degradação do lixo quando estes são absorvidos pelo solo” (USP, 2012).
E é preciso destacar que de acordo com os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE (2013), anualmente, cerca de
20 milhões de toneladas tem essa mesma destinação, mesmo a despeito
dos impactos dessa prática e, conforme explica Kautzmann (2012,p. 2)
essa é a situação da maioria dos municípios brasileiros.
A questão da destinação dos RSUs de Rio Branco do Sul
No caso de Rio Branco do Sul, município da Região Metropolitana
de Curitiba que tem cerca de 30.000 habitantes; somente há pouco tempo
é que a questão ambiental começou a ser compreendida em sua
seriedade, pois desde há cerca de 40 anos o lixo urbano do município
vinha sendo depositado a céu aberto, sem qualquer tratamento, a um
volume na ordem de 30 toneladas por dia (SMDU, 2012; EMPROSUL,
2012).
Mas, a legislação vigente e a responsabilidade com a
municipalidade exigiram a adoção de medidas para dar uma destinação
mais adequada aos resíduos sólidos urbanos. Assim, no início do ano de
2012 deu-se a desativação do “lixão municipal” - situado na estrada
principal do Limoeiro, na localidade de Capirú Queimado, região norte do
município, a cerca de 12 km do centro da cidade (SMDU, 2012).
E embora essa não seja uma solução definitiva, tampouco a mais
adequada, vem suprir a carência de uma estrutura ambientalmente
correta para esse processo, principalmente em face das condições
geológicas e de subsolo do território onde se encontra o município que
praticamente inviabiliza a construção de um aterro sanitário, sem que haja
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alto investimento para assegurar que essa iniciativa não virá, mesmo que
acidentalmente, contaminar os lençóis freáticos do Aquífero Karst,
presente em mais de dois termos do subsolo rio-branquense (SMDU, 2012;
DOMAKOSKI, 2012; MINEROPAR, 2013).
Por essa razão, com a desativação do “lixão”, a produção de
resíduos sólidos urbanos de Rio Branco do Sul passou a ser encaminhada
para um aterro privado na própria Região Metropolitana de Curitiba (BEM
PARANÁ, 2012); estratégia econômica e ambientalmente viável se
comparado às intervenções que seriam necessárias para solucionar o
problema do lixo, inclusive em termos de tecnologia, tendo em vista as
características peculiares do subsolo da região, notadamente a formação
rochosa, altamente permeável e ocorrência do Aquífero Karst no território
do município (MINEROPAR, 2013).
É preciso considerar, ainda, que nos últimos 36 meses, foram
adquiridos pela Prefeitura de Rio Branco do Sul, quatro novas unidades de
caminhões para a coleta seletiva, que se somaram à frota de veículos que
já faziam a coleta de lixo comum. A cidade conta com coleta diária no
centro e nos bairros, mas a população deixa de fazer a sua parte,
acondicionando seus RSUs sem qualquer critério; com isso aumentando o
custo pago pelo município pelo uso do Aterro Metropolitano (BEM PARANÀ,
2012) e inviabilizando a possibilidade de reutilização de materiais, devido
a contaminação, sujidades e danos que impedem sua reciclagem.
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Atividades
A proposta de intervenção será elaborada e aplicada com o objetivo
de eliminar hábitos nocivos ao equilíbrio ambiental com base em preceitos
fundamentais da Educação Ambiental com foco na Coleta Seletiva. Para
tanto serão selecionadas atividades específicas para promover a
aprendizagem significativa, a partir da problematização, reflexão, debates
e sensibilização dos alunos para a necessidade de separar o lixo
doméstico (RSU).
Atividade 1 – Pesquisa de campo: identificar a existência de uma conscientização ambiental no indivíduo e sua família
Será aplicado aos alunos do 7° ano do Ensino Fundamental, um
questionário semiestruturado (modelo no Apêndice 1), visando conhecer a
dinâmica do tratamento e destinação dada aos RSUs pela comunidade
escolar e identificar a existência de uma conscientização ambiental no
indivíduo e sua família.
Atividade 2 – Breve diagnóstico da realidade local sobre as práticas de destinação dos RSUs
Os alunos serão orientados a fazer um trabalho de observação de
campo em seu(s) bairro(s) sobre as práticas de coleta seletiva e
destinação dos RSUs, na forma de uma pesquisa documental.
Nesse trabalho de campo, deverão produzir fotos sobre os achados
com a pesquisa, tomando o cuidado de não mostrar nesses registros, os
locais e/ou os moradores, preservando a identidade das pessoas e atendo-
se somente aos fatos (o depósito de lixo a céu aberto; entulhos ao lado
das casas e construções; a ausência de separação do lixo por tipo de
material).
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Depois desse levantamento os alunos deverão debater sobre a
realidade identificada em suas pesquisas. Ao final, serão orientados a
produzir texto dissertativo sobre o assunto, apontando o problema, suas
consequências e formas de minimizar o impacto ambiental decorrente
dessas práticas.
Atividade 3 – Amparo legal à coleta, destinação e tratamento dos RSUs
Os alunos serão orientados a fazer um levantamento junto aos
órgãos públicos nas esferas local, estadual e federal sobre a legislação
vigente acerca da coleta e destinação dos RSUs, na forma de uma
pesquisa documental.
Divididos em cinco grupos, os alunos receberão tarefas específicas
de pesquisa:
• Grupo 1 - Informações sobre a existência de legislação vigente no
município sobre os procedimentos a serem observados para a
destinação dos resíduos sólidos urbanos – fontes de pesquisa: Lei
Orgânica; Legislação Municipal (consulta à Câmara Municipal);
• Grupo 2 - Informações sobre a estratégia atual do município no
que se refere à coleta e destinação dos resíduos sólidos urbanos –
entrevista com representantes da Secretaria do meio Ambiente
de Rio Branco do Sul;
• Grupo 3 - Levantamento da legislação estadual sobre resíduos
sólidos urbanos – fontes de pesquisa:
o www.iap.pr.gov.br/
o http://www.meioambiente.caop.mp.pr.gov.br/
o http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/cont eudo. php?conteudo=199
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• Grupo 4 - Levantamento da legislação estadual sobre resíduos
sólidos urbanos – fontes de pesquisa:
o http://www.mma.gov.br/
• Grupo 5 - Levantamento da legislação municipal de outros três
municípios da Região Metropolitana de Curitiba (a escolher) no
que se refere à destinação dos resíduos sólidos urbanos e acerca
da existência de ações municipais voltadas ao esclarecimento da
população acerca das vantagens de se adotar a prática da coleta
seletiva e se esses municípios contam com estrutura adequada
para tal.
o Nesta etapa os alunos deverão analisar as diferenças entre
a legislação de seu município e a dos demais e identificar
pontos que podem ser melhorados para que a sua cidade
possa adequar-se aos princípios da Educação Ambiental e
de Gestão de RSUs.
Terminadas as pesquisas, os alunos deverão montar um painel com
o resultado da pesquisa feita nos três âmbitos (municipal, estadual e
federal) e as informações sobre as práticas adotadas por outros
municípios da RMC sobre a coleta seletiva e políticas de destinação de
resíduos sólidos urbanos.
Em seguida, deverão debater sobre a realidade identificada com
essas pesquisas.
Ao final, serão orientados a produzir em duplas, texto dissertativo
sobre o assunto, apontando o problema, suas consequências e formas de
minimizar o impacto ambiental decorrente dessas práticas. Observe-se
que a ideia de produzir textos em dupla se volta a promover o
nivelamento do conhecimento e da percepção sobre o problema, suas
consequências e forma de solução; exercício que proporciona uma
aprendizagem significativa e auxilia a desenvolver o gosto pelo trabalho
em grupo em atividades de pesquisa e análise dos resultados.
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Todos esses estudos ensejarão uma reflexão por parte dos alunos
sobre o compromisso de cada cidadão na construção de um espaço de
vivência alinhado aos princípios da Educação Ambiental e a sensibilização
acerca de sua responsabilidade individual na preservação do equilíbrio
ambiental e, por consequência, na qualidade de vida para os tempos
atuais e para as próximas gerações.
Atividade 4
O professor mediará o trabalho dos alunos para a seleção de
conteúdos que subsidiarão elementos à construção de uma proposta de
política pública a ser apresentada à Câmara de Vereadores visando
solucionar os pontos falhos no atual sistema/prática de destinação de
RSUs e uma proposta de política pública de Educação Ambiental, com foco
na Coleta Seletiva voltada à conscientização da comunidade escolar de
Rio Branco do Sul sobre a importância da coleta e separação de resíduos
sólidos urbanos, apontando medidas e providências que venham a auxiliar
nesse processo.
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REFERÊNCIAS
BEM PARANÁ. Fim do lixão. Publicado no Blog Metrópole em 2012; disponível em http://www.bemparana.com.br/metropole/?s=lix%C3%A3o. Acesso em 06.mai.2013.
CUNHA, Valeriana; CAIXETA FILHO, José V. Gerenciamento da coleta de resíduos sólidos urbanos: Estruturação e aplicação de Modelo não-linear de programação por metas. Publicado na Ver. Gestão e Produção, v.9, n.2, p.143-161, ago. 2002; disponível em http://www.scielo.br/pdf/gp/v9n2/a04v09n2.pdf. Acessado em 06.mai.2013.
DOMAKOSKI, Amauri. Preservação do Aquífero Karst e crescimento populacional: uma equação inversamente proporcional no Município de Almirante Tamandaré – PR. Publicado na Convibra, em 2012; disponível em http://www.convibra.com.br/2012/artigos/88_0.pdf. Acesso em 05.mai.2013
EMPROSUL – Empresa de Obras de Rio Branco do Sul: Relatório de Atividades Jan-Jun/2012. Rio Branco do Sul: EMPROSUL, 2012.
GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
KAUTZMANN, Adriana; NOGUEIRA, M. Graça; CASALINHO, Gilmar D. O. Gestão Ambiental Pública: Riscos e Problemas do Lixo na Cidade de Pelotas-RS. Publicado em 2012; disponível em http://www.advancesincleanerproduction.net/second/files/sessoes/4b/4/M.%20G.%20S.%20Nogueira%20-%20Resumo%20Exp.pdf. Acesso em 06.mai.2013.
MARCONI, Marina A.; LAKATOS, Eva M.Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2009.
MINEROPAR. A indústria mineral paranaense no cenário nacional. Sem data de publicação; disponível em http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=62. Acesso em 06.mai.2013.
14
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MPF. Programa de Gestão Ambiental. : O que é Educação Ambiental. Sem data de publicação; disponível em http://pga.pgr.mpf.gov.br/pga/educacao-ambiental. Acessado em 02.mai.2013.
NASCIMENTO, Julio C. F. Comportamento mecânico dos resíduos sólidos urbanos. Publicado em 2007; disponível em http://www.eesc.usp.br/geopos/disserteses/nascimento.pdf. Acessado em 03.mai.2013.
PINHEIRO, Jairo A. N. Lixo Urbano. Publicado em 2008; disponível em http://www.webartigos.com/artigos/lixo-urbano/10684/. Acesso em 06.mai.2013.
RODRIGUES, F. L. e CAVINATTO, V. M. Lixo: de onde vem? para onde vai? 2 ed. Reform. São Paulo: Moderna, 2003.
SMDU – Diagnóstico Ambiental do Aterro (Lixão) do Limoeiro – Rio Branco do Sul. Rio Branco do Sul: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Julho/2012.
SMDU – Diagnóstico Ambiental do Aterro (Lixão) do Limoeiro – Rio Branco do Sul. Rio Branco do Sul: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Julho/2012.
SMEC. Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Proposta Pedagógica de Educação Ambiental para as Escolas Municipais. Rio Branco do Sul, SMEC, 2012.
USP. Universidade de São Paulo. Classificação adotada para todos os tipos de lixo. Sem data de publicação; disponível em http://www.ib.usp.br/coletaseletiva/saudecoletiva/tiposdelixo.htm. Acesso em 29 de abril de 2012; às 23h20min.
WATANABE, Carmem B.; SILVA, César A. Gestão Ambiental in Apostila de Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública. Curitiba: ITFPR, 2011.
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Anexo I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUEDDIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS
EDUCACIONAIS – DPPE
FORMULÁRIO DE PLANEJAMENTO E ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA
ESCOLA (Preenchido pelo Professor PDE para ciência da Equipe Pedagógica e do Professor
Orientador)Caro Professor PDE
Solicitamos o máximo empenho no registro das questões apresentadas, para que a Equipe Pedagógica da escola e o Professor Orientador da IES possam acompanhar as ações durante o processo de Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola e, assim, a mesma alcance os resultados esperados. Este formulário será avalizado pela Equipe Pedagógica e deverá ser apresentado ao Orientador em cada uma das orientações a fim de subsidiar estas.I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR PDENRE: Área Metropolitana NorteMUNICÍPIO: Rio Branco do SulPROFESSOR PDE: Sanzer Cristiane DuarteÁREA/DISCIPLINA: Ciência/ MatemáticaII. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO1. TÍTULO DO PROJETO: A DIFICIL MUDANÇA NOS HÁBITOS: UM DESAFIO A SER ENFRENTADO PELA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
2. PÚBLICO ALVO: Aluno 7° ano3. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Professor Percy Teixeira de Faria.
A presente produção didático-pedagógica visa desenvolver com alunos do 7° ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Professor Percy Teixeira de Faria, uma proposta de política pública de educação ambiental, com foco na Coleta Seletiva voltada à conscientização da comunidade escolar sobre a importância da coleta e separação de resíduos sólidos urbanos, apontando medidas e providências que venham a auxiliar nesse processo.
O objetivo do estudo é promover situações de aprendizagem significativa acerca da responsabilidade individual para o equilíbrio ambiental com base em preceitos da Educação Ambiental e da Coleta Seletiva.
Espera-se, com esta iniciativa, iniciar um processo de transformação que se realizará pela formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade em que vivem e das responsabilidades inerentes à vida em comunidade; mas, principalmente, capazes de mudar hábitos simples, arraigados em suas práticas culturais, os quais, de tão simplórios, passam despercebidos, porém necessitam ser substituídos por ações mais alinhadas às exigências contemporâneas em termos de preservação ambiental.
4. REGISTRO DAS AÇÕES PREVISTAS (Tantas quantas foram planejadas):
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Nº Período/Data
Carga Horária
Ação
Observações e
rubrica da Equipe
Pedagógica
Observações/orientações e rubrica do Professor
Orientador
1Semana
Pedagógica
10 a 14/02/2014
04hApresentação à equipe pedagógica, gestores e aos professores sobre o Projeto de Implementação Pedagógica. Debate e reflexões sobre Meio Ambiente
2 17 a 21/02/2014
04h Apresentação do Projeto aos alunos do 7° ano do Ensino FundamentalOrganização dos critérios para desenvolver o trabalho de pesquisa com os alunos. A proposta de intervenção será elaborada e aplicada com o objetivo de eliminar hábitos nocivos ao equilíbrio ambiental com base em preceitos fundamentais da Educação Ambiental com foco na Coleta Seletiva.
3 24 a 28/02/2014
04h Realização das atividades I: Pesquisa de campo: identificar a existência de uma conscientização ambiental no indivíduo e sua família
4 10 a 14 /03
2014
04h Verificação das atividades realizadas
5 17 a 28/03/2014
08h Realização das atividades II:Breve diagnóstico da realidade local sobre as praticas de destinação dos RSUs. Nesse trabalho de campo, deverão produzir fotos sobre os achados com a pesquisa, tomando o cuidado de não mostrar nesses registros, os locais e/ou os moradores, preservando a identidade das pessoas e atendo-se somente aos fatos (o depósito de lixo a céu aberto; entulhos ao lado das casas e construções; a ausência de separação do lixo por tipo de material).
6 31/03/ a 04/042014
04h Verificação das atividades realizadas
7 07 a 11/ 04/
2014
04h Realização da atividade III: amparo legal a coleta e destinação dos RSUs.Os alunos serão
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orientados a fazer um levantamento junto aos órgãos públicos nas esferas local, estadual e federal sobre a legislação vigente acerca da coleta e destinação dos RSUs, na forma de uma pesquisa documental.
8 14 a 18/04/2104
04h Verificação da realização da atividade.
9 21 a 25/04/2014
04h Realização da atividade IV: O professor mediará o trabalho dos alunos para a seleção de conteúdos que subsidiarão elementos à construção de uma proposta de política pública a ser apresentada à Câmara de Vereadores visando solucionar os pontos falhos no atual sistema/prática de destinação de RSUs e uma proposta de política pública de Educação Ambiental, com foco na Coleta Seletiva voltada à conscientização da comunidade escolar de Rio Branco do Sul sobre a importância da coleta e separação de resíduos sólidos urbanos, apontando medidas e providências que venham a auxiliar nesse processo.
10 28/04 a 02/05/2014
04h Verificação das atividades realizadas
11 05 a 09/05/2014
04h Leitura e reflexão das leis e elaboração de um documento ofical
12 12 a 16/05/2014
04h Preparação de todo os trabalhos realizado na pesquisa de campo, vídeos , fotos , imagem , slides , relatos dentre outros
13 19 a 23/052014
04h Verificação das atividades realizadas
14 26 a 30/2014
04h Apresentação do trabalho realizado na escola para outras turmas
15 02 a 30 /06/
2014
04h Apresentação de um documento oficial e apresentação verbal com um vídeo confeccionado pelos alunos
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