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OPINIÃOSALVADOR DOMINGO 6/10/2013A2

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Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE.Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

ESPAÇO DO LEITOR

Cumplicidade silenciosaoA um ano das eleições gerais o sistema elei-toral informatizado continua sem teste ope-racional de qualificação tecnicamente válido.Enquanto as campanhas são antecipadas emgrande escala nos meios de comunicação,pouco é o interesse sobre o sistema que re-gistra, transmite, totaliza os votos e define oseleitos. A situação é a mesma há várias elei-ções, pouco ou nada é dito sobre o teste ope-racional que comprove o perfeito funciona-mento dos programas utilizados. Os divul-gados pelos tribunais eleitorais como com-provação da qualificação do sistema, são rea-lizados em datas anterior e posterior ao diadas eleições, contra a determinação do TSEque define uma Votação Paralela, no dia e nohorário da votação oficial, em 2 ou 4 urnaseletrônicassorteadasnodiaanterior*.Elacon-tará com a presença de fiscais dos partidos ecoligações, representantes da OAB e outrasentidades sociais importantes. Acrescento:empresas de comunicação, entidades tecno-lógicas e organizacionais. Data venia, essadeterminação não foi cumprida na Bahia em2012. JOSÉ RENATO M. DE ALMEIDA, SALVADOR- BA, [email protected]

Segurança e caça níqueisSegundo palavras proferidas pelo superin-tendente de trânsito da capital - Sr. FabrizzioMuller, o objetivo de se instalar 300 novosfotossensoreséparaaumentarasegurançanotrânsito. Ledo engano. Seria mais elegante,mais digno e mais honesto se o Sr. Supe-rintendente declarasse que a verdadeira fi-nalidade da instalação desses parelhos (caçaníquel). Este servirá precipuamente comomais uma fonte de renda visto que o Alcaídena sua campanha política declarou que iriatornar esta cidade auto suficiente economi-camente e o tributo será por excelência o fatogerador de arrecadaçãomonetária.. Por outroaspecto, em se tratando de arrecadação (doreal), a máquina torna-se mais eficaz que ohomempornãotercomocorrompê-la.Nãohápode ser subornada. Esta é a verdadeira razãoda instalação de 300 de fotossensores.É o bigbrotherno trânsito. SILVIOROBERTOISMERIMSILVA, [email protected]

Cartas marcadasQuem poderá sair vitorioso no Brasil, se Mi-nistros de governo, TSE, STF, CGU, TCU e poraí afora são indicados na sua maioria a dedoporLulaeDilma?OExeaatualpresidentenãoiriam criar cobras para serem picados. A der-rota de Marina Silva já estava encomendadaassim como a pizza domensalão. Vitória con-tra este governo, somente em 2014 através docidadão Brasileiro usando a sua arma que é ovoto.. JORGE EDUARDO MACEDO, [email protected]

Armação anunciadaDirigentesdeBA-VIdevemficaratentosquan-to às tramoias da CBF, refém dos principaisclubes do eixo Rio-São Paulo. O empate noprimeiro turno, para eles, foi um excelenteresultado. A prova disso se viu e escutou ànoite no Fantástico que sucedeuao jogo, ondeTadeu Schmidt, semqualquer pudor ou cons-trangimento, disse que “se o Vitória ganhasseseria líder; se fosse oBahia vencedor, iria paraa 3ª colocação”. E concluiu: “... umdos dois iriaficar perigosamente na ponta”. Surge umapergunta: o que há por trás de “perigosa-mente”? Agora essa de “estupro”, denegrindoa imagemeatingindooegodosprofissionais!A situação atual dos clubes baianos, prin-cipalmente o Vitória, incomoda o “sul ma-ravilha”. Ao observar o comportamento dessepessoal, é possível que a orquestra toque paraque do Nordeste não saiamais nenhum cam-peão! E com tudo isso, grande parte da im-prensa local e tolos torcedores têm grandeculpa, pois “puxam o saco” dos times do sul...E eles de lá não estão nem aí pra nós decá! RONALDO ALVES, [email protected]

Um herói malandroReporto-me a vocês acerca da matéria Umherói malandro, publicada na edição de sex-ta-feira (04.10) do jornal. Se, há cerca de doismeses, protestei contra um famigerado textoque abordava 'garanhões' e 'panicats', destavez parabenizo o Suzart. O texto é leve, in-teressante,divertidoe,apardenostrazermaisinformações sobre o William Henrique (que,espero, não seja mais uma 'promessa' fugaz),reportamilharesdeleitoresàsimpáticafigurado Pica-Pau, que vem divertindo gerações,desde'coroas',comoeu,atéascriançasdehoje.Gostei, também, das informações sobre asorigens do personagem. MEYANT NASFER,[email protected]>

Alunos chantageadosBem dizia o saudoso Octávio Mangabeira;pense no absurdo, na Bahia há precedentes.Como pode um "professor" de direito Cons-titucional, chantagear alunos de um curso dedireito, para que os mesmos pudessem con-sultar a Constituição Federal durante a rea-lizaçãodeumaprova,osobrigandoavestirema camisa do clube do coração do mesmo. E opior; o tal "professor", é vice presidente dasubseção feirense da OAB. Não seria maisproveito se o "professor" se preocupasse emoferecer um ensino de qualidade aos seusalunos ? Os ensinando seus deveres e ga-rantias individuais. RUFINO ARGOLO, [email protected]

Lourenço MuellerArquiteto e urbanista

[email protected]

Eureca! O jornalista Rafael Carielloencontrou uma forma de escreversobre o sonho da cidade ideal in-

ventando uma linguagem que misturaromance, documentário, fantasia e rea-lidade.O título desta coluna é o mesmo do

artigo de Cariello (na Piauí de setembro,nº 84), em que se gestam e abortam ques-tões centrais das reivindicações de massano ventre contorcido do movimento demoradia para todos (MMPT) em São Pau-lo, problemas e soluções da habitaçãopobre no Brasil. Paralelamente à descri-ção do evento de invasão de um prédioonde ele apresenta Welita, “uma moçamagra de aparência frágil” que coorde-nou toda a ação, ele mostra como PhilipYang, 51 anos, ex-diplomata e pianistabrasileiro apesar do nome, transfor-mou-se num urbanista acidental capazde resolver o imbró-glio da moradia po-pular, inserindo-a nocontexto dos interes-ses do capitalismo deestado através dasPPPs (parcerias públi-co privadas), estasque agora estão che-gando à Bahia trazi-das por empresa per-manentemente inte-ressada em grandesinvestimentos de in-fraestrutura urbanís-tica, mas social nemtanto...

As peripécias pessoais de Yang são re-latadas por Cariello de forma quase no-velesca, enquanto o drama vivido porcentenas de famílias de sem-teto que seorganizam para ocupar prédios vaziosvai se desenhando num cenário de ten-são crescente em que se espera um des-fecho dramático. Em outra direção des-critiva, o jornalista esquematiza clara-mente – se é que se pode ser claro nestaquestão – como o estado e a iniciativaprivada podem se juntar para montar osistema de parceria que viabiliza lucropara empreendedores e moradia para osgrupos mais pobres. Entrevistando vá-rios atores dos dois lados desse esquema,invasores e burocratas, líderes sindicais eempresários ou gestores municipais, elemostra como é ambígua a noção de gen-trificação (revalorização de áreas centrais

de cidades) no confronto do capital imo-biliário com os possíveis beneficiários domovimento. E como prédios altos podemaumentar a densidade urbana no Centro,diminuindo a necessidade do uso de car-ros e ônibus, pois as pessoas moram etrabalham no mesmo lugar. Leiam o ar-tigo!A coincidência é que Cariello rima com

caramelo, e aqui lembro o colega arqui-teto Antonio Caramelo que, ao inaugurarum novo “escritório inteligente”, vem fa-zendo um trabalho de divulgação de no-vos materiais e técnicas construtivas comeventos promovidos em parceria com osrepresentantes mais atualizados e habi-litados que fazem exposições nos audi-tórios do escritório, para as quais eleconvida outros colegas e sua própriaequipe; outro arquiteto, Lourenço Vala-dares, cuja empresa se qualificou paraprojetos de valorização urbana, os temdiscutido coletivamente. Nossa atividade(arquitetura, urbanismo, planejamentoregional) poderia compartilhar a infor-mação, se agregar mais, se organizar me-lhor.Isso seria possível promovendo discus-

sões sobre o tema entre instituições: Con-cidades, IAB, as universidades, a facul-dade de urbanismo no curso isolado da

Uneb criado pelo eco-nomista Ney Castro,os jornais, a Fieb, queconvidou o ex-prefei-to de Bogotá EnriquePeñalosa para con-tar-nos o que deu cer-to lá, e mais algunsheróis anônimos e...acidentais.Nossa cidade preci-

sa de coisas assim pa-ra ajudar os organis-mos de (des)gover-nança estadual e mu-nicipal a, digamos,um claro e atualizado

entendimento da cidade e até copiar ini-ciativas exemplares de metrópoles, comoaquela de São Paulo descrita acima, cujaadministração não teme associar-se àsempresas para enfrentar questões àsquais não consegue responder com agi-lidade e competência necessárias.

O primeiro mundo vem construindoedifícios-torre que são verdadeiras cida-des, enquanto Salvador se contenta compequenos prédios um pouco mais altosaqui e ali, sem perceber que as densi-dades importantes para a vida urbanatêm melhor custo-benefício em assen-tamentos mais verticais do que subur-banamente estendidos horizontal e po-bremente. De província mesmo.

LOURENÇO MUELLER ESCREVE NO DOMINGO,

QUINZENALMENTE

Prédios altospodem aumentar adensidade urbana noCentro, diminuindoa necessidade do usode carros e ônibus,pois as pessoasmoram e trabalhamno mesmo lugar

A oposição animadaFinda a temporada do troca-troca partidário2013, não houve mudanças expressivas degovernistasparaaoposiçãoouvice-versa,masum fato ficou evidente, a animação dos opo-sitores baianos nos atos de filiação entre osmesmos (só ajuste, nada de adesão).Paulo Souto chegou a evocar lembranças

colegiais de um professor de história (leiamatérianapáginaA12)para lembrarque2014está cheirando a 1990, quando ACM retomouopoderapósaestrepitosaderrotaparaWaldirPires em 1986. A oposição conta só com umfato, o desgaste do governo de JaquesWagner.E vislumbra a vitória em Salvador e Feira deSantana e derrotas honrosas emgrandesmu-nicípios como sinais de que o castelo gover-nista está desmoronando.Curiosamente, sãoosmesmos sinais queos

hoje governistas vislumbravamquandoeramoposição.AvitóriaemSalvadoreCamaçariem2004 seria o sinal capital de que em 2006 acompetitividade seria boa. Bateu.A diferença é que em 1990 ACM tinha Fer-

nando Collor recém-eleito presidente e cheiode gás. Em 2006Wagner tinha Lula (eleito em2002) e o Bolsa Família no apogeu.Em 2014, temos Dilma ainda favorita, mas

nem tanto. E os humores federais sempreinfluenciam os estaduais. Seja como for, afesta é pertinente. O jogo está em aberto.

SOUTO E GEDDEL— Pelo que se deduziu doshumores oposicionistas, no frigir dos ovos, adisputapela cabeçade chapanaoposição estámais ou menos afunilada.

Da seguinte forma: se Paulo Souto quiser,será ele o nome. Se não, é Geddel.

Virada no cacauOsecretário EugênioSplenger (MeioAmbien-te) divulgou, para apreciação e sugestões atéo dia 20, a minuta do decreto que cria oPrograma de Regularização Ambiental dosImóveis Rurais da Bahia, documento que, se-gundo o superintendente da Ceplac na Bahia,Juvenal Maynart, será o upgrade da regiãocacaueira: vai provocar, com boas práticasambientais, a valorização das terras hoje qua-se desprezadas e reabilitar a autoestima dosprodutores, com a volta à cena produtiva.— Ainda acredito no homem público.Juvenal e sua fé são joias raras.

Pesquisa na UnebPesquisa realizada pelo Instituto P&P sobre aeleição para reitor daUneb que será realizadaquarta, sob encomenda de José Bites, um doscandidatos, mostra o próprio Bites favorito,mas, no conjunto, um quadro indefinido.Votam professores, corpo técnico (servido-

res) e alunos, cada grupo com peso de 33%.Os candidatos são Bites, Adriana Marmori

e José Cláudio. O universo de votantes é demais de 40 mil pessoas, voto facultativo.A pesquisa foi feita entre 25 e 30 de se-

tembro e ouviu 1.048. Veja os números:

PROFESSORES Bites 40%, Adriana 21%, JoséCláudio 3%. E 34% dizem que não vão votar.

ESTUDANTES—Bites 27%, Adriana 18%e JoséCláudio 5%. Outros 5% estão indecisos e 43%se dizem inclinados a não votar.

TÉCNICOS — Bites 31%, Adriana 18%, JoséCláudio 12%, indecisos 4%, não votarão 42%.

PRÓ-FORMA — Eleição de reitor e vice naUneb é trincada, mas apenas pró-forma. Nareal, os três candidatos irãoparaogovernadorna forma de lista tríplice.O governador sempre escolhe o vencedor.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Poeira, sal e salgadinhoEm maio deste ano, Jaques Wagner, acom-panhado do então ministro da Integração,Fernando Bezerra, foi a Itaguaçu inaugurar aprimeira etapa do Projeto Baixio de Irecê.Pousou em Xique-Xique, o local mais pró-

ximo, onde foi recepcionado pelo prefeitoAlfredo RicardoMagalhães, oDr. Ricardo, queera do PSDB e se filiou ao PT ano passado.Conversa amena, os aliadosdoprefeito ten-

tando ganhar as simpatias deWagner para sevacinar contra o grupo do deputado ReinaldoBraga (PR), que perambulou pela oposição,mas voltou aos braços do governo junto comCésar Borges (ministro dos Transportes).Um deles evocou a máxima prenunciada

porWagner logo depois de eleito em 2006, deque ia ter vez ‘quem comeu poeira e sal’.— O senhor sabe que em 2006 estávamos

no time que comia poeira e sal, não é?Passou um tempinho, pouco antes da via-

gem seguir, um aliado de Reinaldo aproxi-mou-se de Wagner, cochichou:— Poeira e sal coisa nenhuma, governador.

Em 2006 eles estavam comendo era salga-dinho junto com Paulo Souto.

Levi VasconcelosJornalista

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