Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):93-103© 2011 Dental Press Implantology - 93 -
caso clínico
ResumoA remodelação óssea cervical ao redor de implantes com plataforma convencional, conhecida como sauce-
rização, pode comprometer a manutenção dos tecidos duros e moles peri-implantares, gerando comprome-
timentos estéticos como recessões e/ou perda de papilas. O conceito de plataforma switching, com o posi-
cionamento da união implante-abutment mais internamente, aumentando o distanciamento entre o osso e a
plataforma protética, parece minimizar ou impedir essa reabsorção óssea. O presente trabalho tem o objetivo
de apresentar um relato de caso clínico de reabilitação estética anterior, com a utilização de um implante plata-
forma switching associado a recursos plásticos e protéticos peri-implantares que maximizassem o resultado fi-
nal. Os resultados clínicos e radiográficos demonstraram preservação dos picos ósseos proximais e das papilas,
manutenção da espessura de tecido mole e adequado resultado estético final. A escolha do uso de implantes
com essas características de plataforma switching pode ser favorável em áreas estéticas.
Palavras-chave: Implante. Estética dentária. Prótese. Dente suporte. Reabsorção óssea.
Plataforma switching em região estética: relato de caso
Veronica Beltran Clavijo*
Fernando Rodrigues Pinto**
Guilherme da Gama Ramos***
Danilo Lazzari Ciotti****Leonardo Buso*****
Como citar este artigo: Clavijo VB, Pinto FR, Ramos GG, Ciotti DL, Buso L. Switching platform on esthetic area: case report. Dental Press Implantol. 2012 Oct-Dec;6(4):93-103.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprieda-de ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e compa-nhias descritos nesse artigo.
Enviado em: 21/9/2011Revisado e aceito: 31/10/2011
Endereço para correspondência
verônica Beltran ClavijoRua Marechal Deodoro, 857 - CentroCEP: 80.060-100 - Curitiba/PRE-mail: [email protected]
* Especialista em Periodontia pela FOP-UNICAMP. Especialista em Implantodontia pela APCD-Piracicaba.
** Mestre e Doutor em Clínica Odontológica / Periodontia pela FOP UNICAMP. Professor da Especialização em Implantodontia na APCD - Piracicaba.
*** Mestre e Doutor em Clínica Odontológica / Prótese pela FOP UNICAMP. Professor da Especialização em Implantodontia na APCD - Piracicaba.
**** Mestre em Clínica Odontológica /Periodontia pela FOP UNICAMP. Professor e coordenador da especialização em Implantodontia na APCD - Piracicaba.
***** Livre Docente. Mestre e Doutor em Odontologia Restauradora pela UNESP. Professor da UNIP e Professor da Especialização em Implantodontia na APCD- Piracicaba.
Plataforma switching em região estética: relato de caso
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caso clínico
introduçãoOs implantes com plataforma convencional, onde o diâme-
tro do implante é o mesmo da plataforma protética, foram
usados amplamente na Odontologia. Infelizmente, consta-
tou-se remodelação óssea cervical ao redor desses implan-
tes — entre 1,5 e 2mm verticalmente e entre 1,3 e 1,4mm na
horizontal — no primeiro ano de exposição ao meio bucal,
colocação de cicatrizador ou abutment. Essa remodelação
recebeu o nome de saucerização7,11,14,16,17. Muitos estudos fo-
ram feitos para se descobrir como ela ocorre e se esses fa-
tores poderiam estar presentes ao mesmo tempo. Entre eles
encontram-se o estabelecimento do espaço biológico peri-
-implantar6,14,15, forças de estresse geradas por movimenta-
ção do abutment6,11,15, estabelecimento do infiltrado inflama-
tório1,6,7,9, colonização bacteriana do microgap existente na
união implante-abutment6,14 e a colonização bacteriana do
sulco peri-implantar6.
Um novo conceito, ou abordagem, no posicionamento da
plataforma protética em relação ao implante, que tentas-
se suprir esses problemas, surgiu e ficou conhecido como
plataforma switching. Nela, há o deslocamento horizontal
da conexão implante-abutment do osso por meio do uso
de abutments de menor diâmetro do que o diâmetro do
implante9,11,13,16,17, ocorrendo o distanciamento do osso cer-
vical em relação ao infiltrado inflamatório e microgap de
contaminação da conexão implante-abutment.
Há grande discussão sobre quais são os parâmetros ne-
cessários para se obter uma boa estética peri-implantar,
seja em casos de implantes unitários ou adjacentes. O
correto posicionamento e a presença de volume suficien-
te de tecidos duros e moles devem permitir a estabilidade
de tecidos moles em harmonia por longo período, para
que haja presença de papila interproximal e manutenção
da margem gengival estável17, garantindo uma harmonia
dos tecidos peri-implantares em relação aos dentes na-
turais adjacentes, além de uma adequada reabilitação —
acompanhando os aspectos anatômicos dos dentes adja-
centes quanto à forma, textura, contorno, posição, cor e,
também, características da arquitetura gengival2.
O objetivo do presente trabalho é apresentar o relato
de um caso clínico em que se utilizou um implante com
abordagem plataforma switching e conexão protética
cone morse em área estética anterossuperior.
Relato de caso clínicoA paciente procurou o Curso de Especialização em
Implantodontia da APCD/Piracicaba queixando-se da
perda por fratura do elemento 11, extraído cerca de 3
semanas antes (Fig. 1, 2). Durante a anamnese, não foi
encontrado nenhum tipo de histórico de doença sistê-
mica preexistente, a paciente não era fumante e pos-
suía um adequado controle de placa.
Figura 1 - Foto inicial da paciente sorrindo. Figura 2 - Foto frontal da paciente em oclusão.
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O exame clínico sugeria que o rebordo apresentava espessu-
ra suficiente para a instalação de um implante de diâmetro
reduzido e que o biotipo periodontal era intermediário, com
uma leve depressão na face vestibular do rebordo (Fig. 3, 4).
Pelos exames radiográficos panorâmico e periapical consta-
tou-se que, mesmo com leve remodelação óssea em altura e
pouca perda dos picos ósseos proximais, havia espaços me-
sodistal e cérvico-oclusal suficientes para a instalação de um
implante em uma abordagem precoce (Fig. 5).
A cirurgia de instalação do implante foi realizada sob anes-
tesia infiltrativa local (lidocaína com epinefrina 1:100000).
Uma incisão supracristal levemente voltada para palatino
e extensões intrassulculares nas faces proximal e vestibu-
lar dos dentes adjacentes foram realizadas acompanhadas
Figura 3 - Ausência das papilas proximais.
Figura 4 - Vista oclusal, depressão tecidual em espessura. Figura 5 - Radiografia inicial.
do descolamento total do retalho vestibular até que se vi-
sualizasse toda a parede óssea. Foi verificado que o alvéo-
lo estava parcialmente cicatrizado. Então, instalou-se um
implante Ankylos® de 3,5mm de diâmetro por 9,5mm de
altura, posicionado 3mm apical em relação à junção ce-
mento-esmalte dos dentes adjacentes (Fig. 6, 7, 8).
Um enxerto de tecido conjuntivo palatino foi removido e es-
tabilizado sob o retalho vestibular por meio de suturas sim-
ples (Fig. 9). Mesmo com boa estabilidade, roscas cervicais
do implante na vestibular ficaram expostas após a fresagem,
havendo a necessidade de regeneração óssea guiada utili-
zando Bio-Oss e uma membrana de colágeno, sobre o bio-
material (Fig. 10). O implante foi submerso e o retalho foi
reposicionado e suturado com suturas simples (Fig. 11).
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Figura 6 - Inspeção do rebordo após elevação de retalho. Figura 7 - Pino de paralelismo em posição.
Figura 11 - Reposicionamento do retalho e suturas.
Figura 8 - Implante já instalado e deiscência óssea vestibular. Figura 9 - Prova do posicionamento do enxerto subeptelial.
Figura 10 - Colocação de Bio-Oss sobre a deiscência óssea vestibular.
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Quatro meses após a implantação, foi feita a reabertura
do implante com uma discreta incisão em meia-lua, sem
encostar nas faces proximais dos dentes adjacentes. Na
mesma sessão foi feita a captura, diretamente na boca, do
abutment provisório de 3mm de altura, para início do con-
dicionamento tecidual com a coroa provisória (Fig. 12 a 15).
Dois meses após a temporização, foi feita a transferência
Figura 12 - Condição tecidual antes da reabertura.
Figura 13 - Incisão supracristal em semi-lua. Figura 14 - Prova e ajuste do pilar provisório.
Figura 15 - Coroa provisória instalada.
personalizada do perfil de emergência e do condiciona-
mento tecidual obtido com o provisório (Fig. 16 a 21).
Assim, um abutment de zircônia Balance Ankylos® foi
preparado em laboratório e provado em boca, com o au-
xílio de um guia de posicionamento, confeccionado em
resina acrílica vermelha, que garantisse a reprodução do
seu exato posicionamento (Fig. 22, 23).
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Figura 16 - Condicionamento tecidual obtido após 2 meses. Figura 17 - Perfil de emergência obtido com o provisório.
Figura 21 - Transfer personalizado em boca, no momento da transferência do implante.
Figura 22 - Prova do pilar de zircônia com o auxílio de guia em resina acrílica.
Figura 23 - Pilar de zircônia, copping de cerâmica e guia de resina acrílica.
Figura 18 - Coroa provisória unida ao análogo.
Figura 19 - Moldagem do perfil de emergência da coroa provisória.
Figura 20 - Transfer personalizado e coroa provisória unida ao pilar provisório.
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A prova e os ajustes da coroa foram realizados logo após
sua instalação (Fig. 24, 25). Clinicamente, foi possível
observar a presença de papilas proximais, boa espes-
sura de mucosa peri-implantar vestibular, ausência de
recessão da mucosa e boa integração da prótese com
os tecidos peri-implantares (Fig. 26 a 29). A radiogra-
fia periapical final mostrou boa adaptação da coroa e
do abutment e permanência de osso acima do ombro
do implante, preservando os picos ósseos proximais
(Fig. 30). A manutenção dos resultados clínicos e radio-
gráficos pode ser observada um ano após a finalização
do caso, com a manutenção de estética aceitável, boa
integração aos tecidos peri-implantares e manutenção
dos níveis ósseos interproximais (Fig. 31, 32, 33).
Figura 24 - Prova e ajustes da coroa de cerâmica.
Figura 28 - Prova e ajustes da coroa de cerâmica.
Figura 26 - Boa integração da coroa com os dentes adjacentes.
Figura 25 - Instalação da coroa cerâmica.
Figura 29 - Instalação da coroa cerâmica.Figura 27 - Vista oclusal da coroa cerâmica instalada.
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Figura 30 - Radiografia após instalação da coroa de cerâmica. Figura 31 - Radiografia de acompanhamento de 1 ano após finalização protética.
Figura 32 - Acompanhamento de 1 ano após a instalação da coroa cerâmica.
Figura 33 - Fotografia final da paciente sorrindo.
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DiscussãoO caso clínico apresentado, em área estética, possuía
um rebordo com o alvéolo em estágio de remodelação
precoce, com leve depressão na vestibular, mas que
aparentava ter espessura suficiente para a instalação de
um implante de diâmetro reduzido. O biotipo periodon-
tal era de intermediário para fino e, radiograficamente,
havia leve remodelação óssea e dos picos ósseos pro-
ximais. Os principais objetivos do tratamento eram a
adequada resolução estética e a satisfação da paciente.
Para isso, foi necessária a utilização de um enxerto de
tecido conjuntivo, para aumento em espessura tecidual,
e de regeneração óssea guiada, de forma a se reconstruir
e manter os tecidos duros e moles estáveis por longo
tempo, além dos critérios para escolha do desenho da
plataforma e conexão protética do implante utilizado.
Os implantes de plataforma convencional, onde o diâme-
tro do implante é de mesmo tamanho que o da plataforma
protética ou abutment, foram, e ainda são, usados ampla-
mente na Odontologia. Infelizmente, constatou-se que
ocorre remodelação óssea cervical ao redor desses im-
plantes — entre 1,5 e 2mm no sentido vertical e entre 1,3
e 1,4mm na horizontal — no primeiro ano de exposição ao
meio bucal, colocação de cicatrizador ou abutment. Essa
remodelação recebeu o nome de saucerização7,11,14,16,17, e fo-
ram feitas inúmeras tentativas de se explicar suas causas
e como ela ocorre: estabelecimento de espaço biológico
peri-implantar6,14,15, forças de estresse geradas pela movi-
mentação do abutment6,11,15, estabelecimento do infiltrado
inflamatório e do tecido conjuntivo peri-implantar1,6,7,9, co-
lonização bacteriana do microgap6,14 e a colonização bac-
teriana do sulco peri-implantar6.
Na tentativa de suprir esses problemas, surgiu uma
nova abordagem no posicionamento da plataforma do
implante em relação a esse, conhecida como platafor-
ma switching. Nela, há o deslocamento horizontal da
conexão implante-abutment em relação ao osso por
meio do uso de abutments de menor diâmetro do que o
diâmetro do implante9,11,13,16,17. Ocorre o distanciamento
do osso cervical em relação ao infiltrado inflamatório
e microgap de contaminação da conexão implante-
-abutment. Georg-Hubertus Nentwig13 e Walter Moser
desenvolveram,, no ano de 1985, o primeiro sistema
de implantes que usa essa abordagem, o Ankylos®, da
Dentsply. Em 1987, esse sistema começou a ser utili-
zado clinicamente. Richard J. Lazzara11 foi um dos pri-
meiros a citar a existência desse conceito e seu estudo
é amplamente citado na literatura. Seu relato de caso
clínico descreveu observações radiográficas feitas num
período de 13 anos, quando foram utilizados cicatriza-
dores e abutments de menores diâmetros do que os da
plataforma convencional dos implantes, em dois im-
plantes hexagonais da Implant Innovations (3i), onde
os componentes protéticos disponíveis no mercado, no
ano de 1991, tinham diâmetro menor que o diâmetro
dos implantes. Foi analisado que, havendo a alteração
horizontal no posicionamento da margem do implante
e sua plataforma, a instalação de abutments pareceu di-
minuir ou eliminar a remodelação da crista óssea verti-
cal usual com os implantes de plataforma convencional.
O reposicionamento mais interno da junção implante-
-abutment do ombro do implante e do osso adjacente di-
minuiria a reabsorção ou remodelação óssea, por manter
o infiltrado inflamatório em uma área de exposição menor
que 90o, diferente dos 180o observados nos implantes de
plataforma convencional10,11. Outra consequência obser-
vada foi o aumento na área de superfície de assentamen-
to do implante, com a exposição da sua superfície, ha-
vendo maior espaço para a inserção conjuntiva se inserir
e menor necessidade de reabsorção de crista óssea para
ocorrer essa inserção11.
Os resultados clínicos (de ausência de sangramento
ou inflamação peri-implantar e manutenção de tecidos
moles e papilas) e radiográficos (com a diminuição ou
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eliminação da remodelação da crista óssea vertical ós-
sea) obtidos nos estudos citados deram suporte para
que fosse feita a escolha por um implante com o de-
senho ou abordagem de plataforma switching na rea-
lização desse caso clínico, em vez da plataforma con-
vencional. Foram citadas4,9,12,16 as seguintes indicações
para uso do conceito plataforma switching: área esté-
tica, onde é necessário preservar tecidos duros e, con-
sequentemente, tecidos moles; e região onde já houve
certa remodelação óssea, após a exodontia, e onde o
rebordo já se apresenta um pouco limitado ou atrófico.
Todas essas características estavam presentes neste
caso clínico relatado.
O implante selecionado para a resolução do caso clíni-
co apresentado foi o Ankylos®, da empresa Dentsply,
que tem tratamento de superfície e abordagem plata-
forma switching, com a conexão protética cone morse.
Obteve-se um bom perfil de emergência protética no
caso clínico porque foi feita a instalação do implante
infraósseo e pelo condicionamento tecidual feito com o
uso de prótese provisória, já que foi possível a perma-
nência de um colar ao redor da interface implante-osso
cervical13. O melhor desempenho dos implantes cone
morse quando submetidos ao estresse, em relação aos
outros desenhos de conexão protética, minimizando os
riscos de sobrecarga na cervical, permite a instalação
infraóssea do implante1.
No momento da instalação da coroa sobre o implante,
foi realizada radiografia periapical, onde verificou-se boa
adaptação da coroa e do abutment e permanência de osso
acima do ombro do implante, preservando os picos ósseos
proximais. Clinicamente, houve formação de papilas proxi-
mais, boa espessura de mucosa peri-implantar vestibular,
ausência de recessão da mucosa e boa integração da pró-
tese com os tecidos peri-implantares. Os resultados obti-
dos se assemelham aos apresentados na maioria dos estu-
dos presentes na literatura com implantes de abordagem
plataforma switching e/ ou conexão cone morse1,2,4-7,9-17.
Mais estudos são necessários para se comprovar quais
são os eventos físicos e/ou biológicos decorrentes da mu-
dança de posicionamento da plataforma do implante as-
sociada à conexão cone morse. Também faltam estudos
que mostrem a manutenção dos tecidos moles e duros
estáveis ao longo do tempo para casos de implantes uni-
tários e múltiplos adjacentes nessas abordagens.
ConclusãoConclui-se que o uso de implantes com conceito platafor-
ma switching associada à conexão protética cone morse
pode ajudar a prevenir ou minimizar a perda óssea peri-
-implantar e, consequentemente, as alterações sobre os
tecidos moles adjacentes, em associação com um correto
planejamento cirúrgico e protético, garantindo excelente
estabilidade funcional e estética do resultado.
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