Cultura de Leguminosas
Manejo e Conservação do SoloAdubação
Fixação Biológica de N
Profª Fernanda Basso
UNIPACFaculdade Presidente Antônio
Carlos
Manejo e Conservação do Solo
Sistema de manejo conjunto de operações que contribuem
para a manutenção ou melhoria da qualidade do solo
condições favoráveis à semeadura, ao desenvolvimento e à
produção das plantas cultivadas.
Manejo e Conservação do Solo
Preparo do solo operação importante.
Convencional: aração e gradagens leves excessivo nº
de operações.
Causa:
Compactação da camada superficial;
Erosão (declividade acentuada);
Monocultivo + preparo convencional:
Degradação dos solos;
Queda da produtividade camadas compactadas; perda
da camada fértil; assoreamento dos cursos d’ água;
surgimento e desenvolvimento de pragas.
Sistema de Plantio Direto
Não revolvimento do solo
Rotação de culturas
Palhada
Manejo inadequado
Camadas compactadas
Redução da porosidade total
Proliferação de pragas
Manejo e Conservação do Solo
Textura
Tamanho de partículas que compõe o solo:
Fração grosseira (é comum em solos pouco
desenvolvido);
Areia;
Silte;
Argila.
Incorporação de MO melhora a textura do solo
Compõe a fração terra fina presentes em todos solos
Estrutura
Arranjo das partículas agregados do solo.
Influencia :
Fluxo de água no perfil;
Aeração
Densidade do solo;
Importância:
Absorção e movimentação da água no solo;
Aeração;
Penetração de raízes;
Facilidade de cultivo;
Erosão.
Porosidade
Espaços ocupados pelos líquidos e gases em
relação a massa do solo.
Macroporos
Permitem > aeração, > permeabilidade e
evaporação mais rápida da água do solo.
Microporos
Responsável pela retenção da umidade no
solo.
Porosidade
Profundidade
Solos rasos apresentam problemas.
Os solos devem ter uma profundidade suficiente
para que possam ser explorados pelas raízes.
Topografia
Em declives muito acentuados solos
geralmente são rasos e apresentam
pedregosidade.
Locais planos solos são mais profundos
e desenvolvidos.
Topografia influência no processo de
erosão e a possibilidade de mecanização.
Conservação dos solos
Sistema de plantio direto benefícios que resultam
na conservação dos solos e das águas.
Reduzem erosão;
Reduzem o nº de operações com máquinas;
Redução dos custos de implantação das lavouras;
Redução na sensibilidade das culturas a períodos
de estiagem;
Aproveitamento dos recursos e insumos.
Rotação de culturas
Alternar diferentes culturas em um mesmo local a
cada ano.
Benefícios
Diversidade de espécies diversifica a renda da
propriedade rural;
Maximiza a utilização de mão-de-obra e
máquinas agrícolas ;
Melhora a fertilidade do solo;
Controle de pragas.
≠ Sucessão
Sistema plantio direto aumenta o teor de MO nos solos.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Disponibilidade dos nutrientes no solo diretamente relacionado com o pH do solo.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Macronutrientes
N (NO3 e NH4+)
Na planta Ptn, aa, nucleotídeos, purinas
Fontes: MO, fertilizantes N e FBN.
P (H2PO4)
Essencial nos processos de armazenamento e
fornecimento de En (ATP).
Fontes: SS, superfosfato triplo.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Macronutrientes
K (K+)
Atua na ativação enzimática e regula a abertura e fechamento
dos estômatos e na regulação osmótica dos tecidos.
Fontes: Sulfatos e Cloretos de K.
Ca (Ca2+)
Benéfico na germinação do grão de pólen e no crescimento do
tubo polínico, ativa enzimas relacionadas ao metabolismo do P
e atua na manutenção da integridade da membrana.
Ca efeito na FBN.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Macronutrientes
Mg (Mg 2+)
Ativador de enzimas relacionadas a síntese de CHO e Ac. Nucléicos.
Átomo central da molécula de clorofila fundamental nos processos da
fotossíntese.
FBN aumento da atividade fotossintética aumento de CHO que vão para
os nódulos.
S (SO42-)
Na planta Cistina, metionina, cisteína, proteína, glicosídeos e vitaminas.
Componentes de enzimas e coenzimas participa do metabolismo de CHO
e lipidios.
Fontes Gesso agricola, SS eformulações de N-P-K.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Micronutrientes
B (H3BO3)
Estrutura primária da parede celular e ao funcionamento das
membranas celulares.
Necessário a elongação e divisão celular, papel importante no
transporte e metabolismo de CHO.
Co (Co2+)
Essencial na FBN faz parte da estrutura de vitaminas B12
necessária a síntese de leghemoglobina que determina a
atividade dos nódulos.
Fontes: Cloreto, Sulfatos e Nitrato de Co.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Micronutrientes
Cu (Cu2+)
Atua como ativador de enzimas participa do transporte
eletrônico terminal da respiração e fotossíntese.
Fe (Fe2+)
Fe encontra-se no cloroplastos (75%).
Participa das funções enzimáticas catalizadas pela catalase,
peroxidase, nitrogenase, leghemoglobina e ferredoxina.
Relacionado a FBN.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Micronutrientes
Mn (Mn2+)
Disponibilidade é dependente do pH do solo.
Aumento do pH pela calagem diminui o teor
disponível do nutriente.
Atua como ativador de enzimas, participa da fotolise da
água e da formação da clorofila.
Mo (MoO42-)
Necessário à FBN.
Aumento do pH aumenta a disponibilidade.
Nutrição Mineral e Fertilidade do solo
Micronutrientes
Zn (Zn 2+)
Disponibilidade é dependente do pH do solo.
Aumento do pH pela calagem diminui o teor
disponível do nutriente.
Atua como ativador de enzimas, precursor do ácido
indol acético (AIA).
Cl (Cl-)
Atua na fotólise da água, transporte de elétron e
participa das reações da fotossínte
Adubação
Depende da exigência da cultura e das
características químicas e físicas do solo.
Manutenção da fertilidade de uma área
deve ser determinada com base:
Análise das folhas;
Análise do solo;
Histórico da área.
Adubação N
Reduz a nodulação e a eficiência da
FBN não incrementa a
produtividade de grãos.
N adicionado desvia produtos da
fotossíntese que iriam para os
nódulos para outras partes da planta
(produção de mais proteína).
FBN – Bradyrhizobium
N do ar constitui 80% do gás
atmosférico;
Possui uma forte ligação entre os
átomos de N quebrada por
algumas bactérias.
Bactérias da Família Rhizobiaceae
Gêneros: Rhizobium (crescimento
rápido) e Bradyrhizobium
(crescimento lento).
Nodulação
Nodulação
Nodulação
Nodulação
Primeiros nódulos são visíveis a partir de 10 a 15 dias após a
emergência das plântulas (V1 e V2).
Durante o ciclo da soja ocorre uma constante formação e
renovação dos nódulos ponto máximo Floração plena (R2).
Declínio da nodulação a partir do enchimento dos grãos.
Declínio na atividade da nitrogenase surgimento de nódulos de
cor verde.
Nodulação
Nódulos na região do colo
da raiz principal
inoculação.
Nódulos nas raízes
secundárias nodulação
tardia cepas já estavam
no solo.
Nódulos pequenos e com
interior esbranquiçado
deficiências nutricionais.
Fixação do N
Fixação do N
Nutrientes utilizados Mg, Fe e
Mo.
Eficiência da FBN
Depende:
Fatores abióticos: Altas temperaturas e
estresse hídrico.
Interação ambiente/planta: capacidade da
FBN das cultivares de soja e fatores
nutricionais (excesso de acidez do solo com
presença de Al e Mn; deficiência de P, K, Ca e
Mg e micronutrientes – Mo e Co).
Eficiência da FBN
> população de células na semente cresce o nº de
nódulos no sistema radicular da planta aumentando a
eficiência da FBN e o N fixado.
Fatores que influenciam na população de células:
Quantidade e qualidade dos inoculantes;
Cuidados na inoculação;
Distribuição uniforme do inoculante nas sementes;
Aderência dos inoculantes na semente;
Aplicação de fungicidas e micronutrientes.
Fundamentais ao sucesso da FBN.
Inoculantes – Qualidade e Quantidade
Solos nacionais nunca cultivados com leguminosas necessidade de
inoculação.
Adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e registrados no
MAPA.
Não adquirir e não usar inoculante com prazo de validade vencido.
Certificar o armazenamento em condições satisfatórias.
Transportar e conservar o inoculante em lugar fresco e bem arejado.
Quantidade minima: 600.000 células/ semente.
Quantidade máxima: 1200.000 células/ semente.
Reinoculação
Possibilita a renovação qualitativa da
população de rizóbios no solo.
Bactérias provenientes da inoculação das
sementes que sobrevivem no solo se
naturalizam e tornam-se mais rústicas
perdendo a efetividade na fixação
simbiótica de N.
Inoculação Via Semente
Fazer a inoculação deixar secar à sombra semear no
mesmo dia (principalmente se a semente for tratada
com fungicidas e micronutrientes) manter a semente
inoculada protegida do sol e calor excessivo.
Homogeneização das sementes pode ser feita em
maquinas próprias; tambor giratório; evitar o
aquecimento em demasia no deposito na semeadora
(altas temperaturas reduzem o nº de bactérias viáveis).
Inoculação no sulco de semeadura
Aspersão no sulco de semeadura.
Dose do inoculante deve ser, no mínimo, 6 vezes
superior a indicada para semente.
Volume líquido não deve ser inferior a 50 L/ha.
Vantagem de reduzir os efeitos tóxicos do
tratamento de sementes com fungicidas e da
aplicação de micronutrientes nas sementes sobre a
bactéria.
Tratamento de semente e inoculação
Fungicidas indicados no tratamento de sementes reduz a
nodulação FBN.
Evitar o tratamento com fungicidas desde que as sementes
possuam alta qualidade fisiológica e sanitária e o solo
apresente boa disponibilidade hídrica e temperatura
adequada para germinação e emergência das plântulas.
Se não tratar somente com fungicidas menos tóxicos.
Tratamento com fungicidas preceder a inoculação boa
cobertura do tegumento da semente pelo filme de fungicida e
< contato com o inoculante.
Micronutrientes
Mo e Co fundamentais no processo
de FBN.
Aplicação dos micronutrientes via
foliar para interferir menos da FBN.