Escola Estadual Professora “Renee Carvalho de Amorim” Ensino Fundamental
Projeto Politico Pedagógico
2011
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INTRODUÇÃO
O PPP foi construído coletivamente, pois é um documento que expressa a identidade
de uma comunidade (escolar) e não de um grupo ou equipe técnica, sendo uma necessidade, e
não apenas uma obrigação.
Essa construção foi possível por meio das discussões e reuniões que envolveram toda
a comunidade escolar, ou seja, entre equipe administrativa, financeira e pedagógica, alunos,
familiares e comunidade, focando sempre a melhoria da prática educativa e transformando
ideias e concepções em movimentos de ação importante e fundamentais para o processo de
construção.
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APRESENTAÇÃO
A sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter
social, político e econômico. Tais transformações tem sua origem nos pressupostos
neoliberais e na globalização da economia que tem norteado as práticas governamentais.
A escola, inserida neste contexto, tem como seu verdadeiro papel social a
responsabilidade da promoção do desenvolvimento amplo do aluno. Então, cabe a ela, pensar
sobre o tipo de cidadão que deseja formar de acordo com sua visão de sociedade. E também, a
incumbência de definir as mudanças que julgar necessárias nessa sociedade, através desse
cidadão que utilizará esse conhecimento na transformação e construção de novas relações
sociais.
Quando a escola assume o compromisso de atuar na transformação e na busca do
desenvolvimento social, seus agentes devem se empenhar na elaboração de uma proposta que
viabilize a realização desse objetivo. Essa proposta ganha força na construção de um projeto
político pedagógico. Sendo assim, este projeto é fruto da interação entre os objetivos
propostos e as prioridades estabelecidas pela coletividade. Através da reflexão, as ações
necessárias à construção de uma nova realidade,exigem o envolvimento e comprometimento
de todos no processo educativo. A necessidade de romper resistências em relação às novas
práticas pedagógicas e a procura por um espaço para o exercício da autonomia e domínio do
trabalho realizado pelos profissionais da educação tornam-se então, uma conquista coletiva .
Procurando garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, elaboramos uma
proposta que resulta de fato na construção de uma escola democrática e com qualidade social.
Nessa perspectiva, é preciso entender que o PPP é caracterizado como ação
consciente e organizada, rompendo com os segmentos da instituição educativa e com a visão
burocrática, atribuindo a todos a capacidade de problematizar e compreender as questões
postas pela prática pedagógica.
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JUSTIFICATIVA
A educação escolar é direito de todos os cidadãos e responsabilidade de toda a
sociedade brasileira. Portanto, além de buscar garantir as condições de acesso e permanência
do aluno na escola, é preciso elaborar um Projeto Político Pedagógico comprometido com as
múltiplas necessidades sociais e culturais da população.
A preocupação fundamental do PPP é melhorar a qualidade da educação, para que
todos os alunos aprendam mais e melhor, preparando-os para o exercício consciente da
cidadania e do trabalho, buscando a construção de um sujeito que não apenas domine
conhecimentos mas que seja dotado de atitudes necessárias para integrar um sistema político,
participando assim da produção da sobrevivência e desenvolvendo-se pessoal e socialmente.
Sob este prisma o PPP é visto como um documento pragmático que reúne as
principais ideias, fundamentos, orientações curriculares e organizacionais da instituição
educativa, buscando superar a reprodução acrítica, a rotina, a racionalidade técnica, que
considera a prática um campo de aplicação empirista, centrada nos meios.
Sob a ótica da inovação emancipatória e edificante, traz consigo a possibilidade de
alunos, professores, servidores técnico-administrativo unirem-se e separarem-se de acordo
com as necessidades do processo construído, desenvolvido e avaliado coletivamente.
Portanto, este projeto é um meio de engajamento coletivo para integrar ações dispersas, criar
sinergias no sentido de buscar soluções alternativas para diferentes momentos do trabalho
pedagógico-administrativo, desenvolver o sentimento de pertença, mobilizar os protagonistas
para a explicitação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas,
fortalecer a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que produzam seus
efeitos.
Um processo de construção coletiva fundamentada no princípio da gestão
democrática reúne diferentes vozes, dá margem para a construção da hegemonia,tornando-se
assim um projeto que busca ultrapassar as práticas sociais alicerçadas na exclusão e na
discriminação, atitudes que tornam inviável a construção histórico-social dos sujeitos.
Nessa perspectiva, é preciso compreender que o PPP é caracterizado como ação
consciente e organizada, rompendo com os segmentos da instituição educativa e com a visão
burocrática, atribuindo a todos, capacidade de problematizar e compreender as questões
postas pela prática pedagógica.
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A) MARCO SITUACIONAL
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1. IDENTIFICAÇÃO
A Escola Estadual Professora Reneé Carvalho de Amorim – Ensino Fundamental,
situada à Rua Alba de Souza e Silva, nº333, Balneário Ipanema, no Município de Pontal do
Paraná, Estado do Paraná, CEP 83.255-000, telefone: 3457-9029,
[email protected] mantida pelo Governo do Estado do Paraná, Núcleo
Regional de Paranaguá.
1.1. HISTÓRICO
A Escola Estadual Professora Reneé Carvalho de Amorim - Ensino Fundamental,
oferta Ensino Fundamental (5º a 8º série), no município de Pontal do Paraná, foi fundada no
dia 29/03/2007, Resolução 1665/07, após reunião com a comunidade onde foi exposta à
necessidade de se criar uma escola de Ensino Fundamental, em virtude do aumento da
demanda de alunos no município. Está em trâmite o processo de autorização e
reconhecimento.
A escola iniciou suas atividades no mês de março de 2007, com o nome de Escola
Estadual Professora Reneé Carvalho de Amorim para atender a demanda da comunidade
local. O prédio locado onde funciona esta instituição de ensino possui quatro salas de aula,
uma está sendo utilizada para o laboratório de informática e as outras três atendem alunos no
período da manhã, intermediário da manhã e intermediário da tarde; uma sala pequena onde
funciona a secretaria e direção; uma sala que dividida ao meio, funciona a cozinha, sala de
professores e equipe pedagógica; dois banheiros masculino e feminino e um pátio coberto e
um livre, ambos muito pequenos.
1.2-REALIDADE ESCOLAR
Um problema sério é a falta de estrutura física que afeta a escola. A Escola Estadual
Professora Reneé Carvalho de Amorim funciona num prédio locado. Possui quatro salas de
aulas, uma delas está sendo usada para o laboratório de informática, o espaço da secretaria é
dividido com a direção e vice-direção, e o local destinado à cozinha, serve também como sala
de professores e coordenação pedagógica, separado por uma divisória, dificultando o
atendimento privativo aos alunos, pais e docentes.
Esta instituição não possui espaço físico, por isso o acervo da biblioteca ocupa uma
parte da sala onde funciona o laboratório de informática. Os alunos utilizam, também, a
Biblioteca Pública, nas proximidades da escola, para realizar pesquisas, onde estão dispostos
os acervos bibliográficos, de muita utilidade, no desenvolvimento pedagógico.
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Também, por falta de espaço físico esta escola não possui refeitório, e durante o
recreio, como não há pátio coberto e nem livre, os alunos utilizam a rua que fica em frente à
escola, e para a prática de Educação Física e atividades esportivas, uma rua paralela.
A comunidade escolar reivindica a construção de uma escola para atender a demanda
local com instalações adequadas as reais necessidades dos alunos, ressaltando que a Prefeitura
disponibilizou um terreno para a construção de uma escola.
Diante das dificuldades procuramos atender os educandos de forma satisfatória,
buscando apoio e parcerias junto à comunidade escolar e local, contando com a participação
da APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.
Outros problemas que enfrentamos é a alta rotatividade de alunos que circulam de
um lugar a outro, em busca de melhores condições: a falta de estrutura familiar, excesso de
faltas e evasão escolar , que depois de esgotados os recursos da equipe técnico-pedagógica
encaminha tal situação para o Conselho Tutelar .
Para superarmos nossas dificuldades em relação à falta de espaço físico, buscamos
tornar atrativa nossa prática pedagógica. Através da efetiva participação de todos os atores da
comunidade escolar , buscamos envolver nossos alunos e seus familiares em nossas
atividades , para que cada um assuma seu papel com compromisso e responsabilidade .
2-RESULTADO FINAL DE RENDIMENTO ESCOLAR – ANO 2009.
Os gráficos apresentam o resultado geral do rendimento escolar e também por série, sendo,
que no período noturno, esta escola era a única no Município de Pontal do Paraná que
ofertava Ensino Fundamental nas séries finais, e que a partir deste ano passou a funcionar em
período intermediário.
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2.1.GRÁFICOS REPRESENTANDO O RESULTADO FINAL
5ª série MATRI TRANS ABAND EFETIVOS AP AP S/CON. AP P/CON. REPLÍN.PORT 28 3 0 25 23 22 0 0MAT 28 3 0 25 22 20 0 0CIE 28 3 0 25 22 21 0 0GEO 28 3 0 25 23 22 0 0HIS 28 3 0 25 22 20 0 0LEM 28 3 0 25 22 22 0 0ENS.REL 28 3 0 25 23 23 0 0ED. FÍS 28 3 0 25 23 22 0 0ARTE 28 3 0 25 22 22 0 0
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6ª série MATRI TRANS ABAND EFETIVOS AP AP S/CON. AP P/CON. REPLÍN.PORT 69 8 9 52 48 46 0MAT 69 8 9 52 48 48 0CIE 69 8 9 52 48 46 0GEO 69 8 9 52 48 49 0HIS 69 8 9 52 48 49 0LEM 69 8 9 52 48 43 0ENS.REL 69 8 9 52 48 48 0ED. FÍS 69 8 9 52 48 50 0ARTE 69 8 9 52 48 51 0
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7ª série MATRI TRANS ABAND EFETIVOS AP AP S/CON. AP P/CON. REPLÍN.PORT 93 18 13 64 52 51 0MAT 93 18 13 64 54 47 0CIE 93 18 13 64 52 51 0GEO 93 18 13 64 57 57 0HIS 93 18 13 64 55 53 0LEM 93 18 13 64 54 54 0ENS.REL 93 18 13 64 0 0 0ED. FÍS 93 18 13 64 55 54 0ARTE 93 18 13 64 58 58 0
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8ª série MATRI TRANS ABAND EFETIVOS AP AP S/CON. AP P/CON. REPLÍN.PORT 65 8 13 44 43 43 0 0MAT 65 8 13 44 43 43 0 0CIE 65 8 13 44 43 41 0 0GEO 65 8 13 44 43 43 0 0HIS 65 8 13 44 43 43 0 0LEM 65 8 13 44 43 43 0 0ENS.REL 65 8 13 0 0 0 0 0ED. FÍS 65 8 13 44 43 43 0 0ARTE 65 8 13 44 43 43 0 0
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2.2.FORMAÇÃO INICIAL
Esta escola possui:
− 01 Diretora;
− 01 Diretor Auxiliar;
− 01 Secretária Escolar;
− 02 Agentes Educacionais;
− 04 Agentes de Apoio (operacional);
− 03 Professoras Pedagogas;
− 13 professores, participam de formação continuada, oferecida pela SEED ou outros
órgãos.
Docentes Funcionários
Amauri Batista Reis
Denise Lemos Godofredo
Andréa Lemanczuk Rafael Eduardo Neri
Rafael Matias Paiffer
Rafaella da Costa e Sil
Thereza Ramos
Equipe Pedagógica
Maria Ângela Vella Batistella
Maria Marlene F. Rodrigues
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Thaisa de Souza
Lelia Maria Santos Nascimento de Lazari Direção
Luiz Carlos Novelini Sônia Maria Raddi
Rodirceia Adriano dos Santos Luiz Carlos Novelini
Sinuhê Kern
2.3.ÓRGÃOS ESCOLARES
a) EQUIPE DE DIREÇÃO
A direção, é o órgão que representa o estabelecimento assegurando o cumprimento
de diretrizes estabelecidas pela L.D.B afim de proporcionar condições necessárias ao
desenvolvimento do processo educativo, é desempenhado para desenvolver um trabalho
único, integrado, de modo que haja sempre harmonia necessária para o bom funcionamento
do estabelecimento. Essa harmonia resulta no trabalho onde predomina a amizade, o diálogo
entre equipe da direção, professores, alunos e pais.
b) EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA
A equipe Técnico-Pedagógica esta composta por professor Pedagogo e a própria
administração, onde para LÜCK (1990) é um setor de extrema importância para um melhor
desempenho dos alunos, pois a sua função é buscar soluções para melhoria da aprendizagem e
do comportamento dos alunos, visando o bem comum, dando atenção às atividades
individuais e coletiva dos alunos, investindo na autoestima e na autoconfiança, estimulando a
iniciativa e o comprometimento com a vida acadêmica. A Equipe Técnico-Pedagógica
trabalha em relação ao aluno e sua família, buscando cumplicidade com os mesmos a fim de
ganhar a confiança para ter acesso ao aluno como um todo,valorizando seu aspecto
psíquico,emocional e afetivo. Somente é possível pensar numa escola preparada para atender
seus alunos por inteiro,a partir do momento que a educação ultrapassar os limites da sala de
aula,somando seus esforços aos pais e demais familiares,buscando refletir numa mudança de
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posicionamentos que muitas vezes independem da vontade da própria família. A Equipe
Técnico-Pedagógica deve estar atenta ao histórico familiar dos educandos pois muitas das
dificuldades de aprendizagem e de relacionamento interpessoal,vem do seio familiar e para
que os resultados pedagógicos possam ser os melhores possíveis,é necessários na maioria das
vezes romper paradigmas e barreiras impostas pelos pais ou pelos próprios professores e
alunos. É preciso que a Direção e os Pedagogos estejam sempre atuando como membro
efetivo de transformação escolar.
c) CORPO DOCENTE
O professor tem a função de orientador da construção do conhecimento pelo aluno.
Para isso o professor precisa ter a apropriação desses conhecimentos. Daí a necessidade de
estudar muito, realizar registros das atividades e de sua rotina diária e o encontro constante
entre a equipe para discutir, avaliar, analisar e procurar caminhos que estejam de acordo com
a proposta pedagógica da escola, procurando unir forças e crescer enquanto equipe técnica
tendo como meta a qualidade da Educação ofertada aos nossos alunos.
d) SECRETARIA
A Secretaria é o setor que tem sobre sua responsabilidade a documentação, a
escrituração escolar e a correspondência do estabelecimento. Os serviços da Secretaria são
coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados, o cargo de
Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado para o exercício dessa
função, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação, em ato.
e) SERVIÇO TÉCNICO – ADMINISTRATIVO
É o setor de suporte ao funcionamento de todos os setores da Unidade Escolar, em
consonância com o plano Político-Pedagógico, proporcionando condições para que os
mesmos cumpram suas reais funções.
f) AGENTE OPERACIONAL
Os serviços gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e a merenda Escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinada.Compõem os serviços gerais: servente
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e merendeira, previstos em ato específico da Secretaria de Estado da Educação.
g) CORPO DISCENTE
O Corpo Discente é constituído por todos os alunos regularmente matriculados.
Pretende-se a formação de um aluno crítico, autônomo, responsável, participativo, consciente
da sua cidadania, buscando diminuir as diferenças sociais e humanas.
h) ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA
Escolha do Representante: Primeiramente é conversado com os alunos para que eles
estabeleçam o perfil do aluno representante de classe, em seguida são apresentadas e
discutidas as atribuições do representante.
Todos os alunos têm direito, de votar e serem votados, podendo votar em si próprio
ou em um colega.
A eleição é realizada anualmente, na sala de aula através de assembleia, assume logo
após a votação, sendo eleito o candidato com o maior numero de votos.
i) PROFESSOR CONSELHEIRO
A escolha do professor é realizada em cada turma, pelos alunos, através de
votação.
O professor eleito é o porta voz da turma no que se refere a reivindicações, análises e
sugestões.
Orienta, auxilia e acompanha o desempenho dos alunos da turma.
j) GRÊMIO ESTUDANTIL
Favorece o relacionamento e a convivência entre os jovens. Exerce um papel
importante na formação do aluno, com uma dimensão social, cultural e também política,
tendo voz e vez, e oportunidade de desenvolver atividades culturais e esportivas, e também
reivindicações.
Os membros são escolhidos através de eleição secreta.
k) ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A Associação de Pais e Mestres constitui-se em sociedade civil sem fins lucrativos
de duração indeterminada, com atuação junto ao estabelecimento de ensino, não tem caráter
partidário, religioso e racial. Tem por finalidade colaborar na assistência e formação do
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educando, por meio aproximado entre pais, alunos e professores promovendo a integração:
Poder Público, Comunidade e Escola e contribuir para solução de problemas, cooperar na
conservação de equipamentos e prédio da unidade, administrar bem os recursos e incentivar
novos programas na escola são atribuições da APMF.
l) CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didático-pedagógico, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de
ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor e
aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
m) A FAMÍLIA
A escola precisa estar aberta à participação da família na educação de seus alunos.
Escola e família precisam caminhar juntas.
Os pais devem participar das ações escolares (reuniões, conselhos de classe, palestras
outros) e encaminhamentos e que fazem necessários para o desenvolvimento dos
alunos.
n) ESCOLA E CONSELHO TUTELAR
Faltas constantes sem justificativa, evasão e casos de suspeita e confirmação de maus
- tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao conselho tutelar
da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências Legais (Estatuto da Criança e do
adolescente).
3-ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO
3.1.RECURSOS FÍSICOS
Salas de aula (03)
Secretaria (01)
Cozinha (01)
Banheiro masculino (02)
Banheiro feminino (02)
3.2. CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar foi elaborado e aprovado pelo Conselho Escolar e NRE,
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obedecendo à legislação vigente estabelecendo os dias letivos, dias de trabalho escolar
efetivo, dias de estudo, reuniões pedagógicas, capacitação, conselho de classe e eventos
programados. (anexo)
3.3. CALENDÁRIO DE ATIVIDADES ENVOLVENDO A COMUNIDADE
ESCOLAR
Todas estas atividades programadas para este ano letivo, tem o objetivo de envolver
a comunidade escolar, buscando criar um vínculo maior entre educadores, educandos, pais e
comunidade.
24 de fevereiro - Reunião de Pais ( que acontece no início do Ano Letivo)
25 de março – Eleição do Grêmio Estudantil
05 de maio – Festa do Dia das Mães
12 de maio – Reunião de Pais
01 de julho – Festa Julina
29 de julho - Reunião de Pais -2º bimestre
15 a 19 de agosto- Semana Cultural e Esportiva
06 de outubro – Reunião de Pais – 3º Bimestre
18 de novembro – Dia da Consciência Negra - Exposição e apresentações artísticas
realizadas pelos alunos
14 de dezembro – Formatura da 8ª série
16 de dezembro - Encerramento do ano letivo
3.4.ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
A Escola Estadual Prof.ª Reneé Carvalho de Amorim funciona no período da manhã,
intermediário da manhã e intermediário da tarde, atendendo ao Ensino Fundamental nas séries
finais.
Segundo a legislação, lei nº. 9394/96 art. 23, e lei complementar nº. 170/98 art. 25, o
ano letivo será de 200 dias de efetivo trabalho escolar, com uma carga anual mínima de 800
horas, divididas em uma jornada escolar diária, no ensino fundamental, de no mínimo, 4 horas
de efetivo trabalho escolar.
Os quinze minutos, destinado ao recreio esta incluso nas quatro horas diárias de aula,
neste período os alunos são atendidos por profissionais da educação.
O Ensino Fundamental é organizado de acordo com o Art. 23 da LDB e título V da
Lei 3.467 de 02/2000, optando por séries anuais.
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Períodos:
Manhã: 6º A, 6º B e 6º C.
Horário: 7:15 h às 11:30 h.
Intermediário da manha: 5º A, 5ºB e 5º C.
Horário: 11:40 h às 15:55h.
Intermediário da tarde: 6º A, 7º A e 8º A
Horário: 16: 05h às 20: 10 h.
3.5- A PROMOÇÃO E RETENÇÃO DO ALUNO E REGISTROS
De acordo com a lei nº. 9394/96 a aprovação do aluno está condicionada ao mínimo
de 75% de frequência às aulas, em relação ao cômputo total da carga horária em vigor, ou
seja, de 100% da carga anual. O aluno poderá faltar até 25% das aulas. Dessa forma a
apuração da frequência não se fará mais sobre a carga horária específica de cada disciplina.
O registro da frequência é de competência do professor das diversas disciplinas de 5ª
a 8ª séries do Ensino Fundamental. O professor é o responsável pelo registro da frequência e
acompanhamento do desempenho de seus alunos.
Quando o professor observar a infrequência do aluno, comunicará à secretaria e após
o pedagógico que tentará entrar em contato com a família, para tomar as devidas
providências, e esgotados todos os recursos da escola, o encaminhamento para o Conselho
Tutelar.
3.6. COTIDIANO ESCOLAR
A rotatividade de alunos é gerada por diversos fatores, sendo preponderante a
dificuldade econômica das famílias, a maioria não possui residência fixa e mudam de
balneário e de cidade, constantemente, e alunos que passam a morar com outros membros da
família.
As salas de aula possuem um número elevado de educandos, excedendo o limite. A
secretaria da escola, recebe os alunos quando há vagas e quando não há, preocupa-se em
encaminhá-los para outras instituições escolares no município procurando fazer cumprir a lei
de nenhuma criança permanecer fora da escola.
A secretaria da escola emite os boletins, após o fechamento de cada bimestre. A data
e a forma de como serão entregues é determinada em Conselho de Classe. Os pais dos alunos
que apresentam notas abaixo da média ou encontram dificuldades de aprendizagem, são
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convocados para comparecerem na escola e tomarem conhecimento do desempenho do seu
filho, e acompanhar a vida escolar do mesmo, sendo parceiros nessa difícil tarefa de educar.
O quadro funcional da unidade é formado por profissionais QPM e contratados
(PSS).
Os alunos se relacionam bem, pois praticamente, pertencem a uma mesma
comunidade, tendo algumas desavenças consideradas normais, tanto dentro como fora da sala,
e mesmo porque é uma escola pequena facilitando o controle disciplinar.
Todos os educadores procuram conhecer a realidade local para exercerem o seu
trabalho, contribuindo para uma bom relacionamento e resultados positivos.
Os agentes de apoio são respeitados, sempre trocam ideias com a direção, pedagogas
e professores, mesmo porque estão em contato direto com os alunos.
Os encontros pedagógicos realizados na escola acontecem de acordo com o previsto
em calendário escolar, com a participação de todos os funcionários.
Os assuntos abordados são diversos, dependendo dos problemas ocorridos no
período, ou relacionados às normas e melhorias da unidade e temas para estudo.
A escola que queremos tem em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos
os estudantes, considerando os interesses e necessidades da comunidade escolar.
Para que os objetivos sejam atingidos, queremos uma escola com toda a infra-
estrutura necessária: funcionários suficientes, espaço físico adequado, menor número de
alunos por sala, com um ensino de qualidade que priorize o aluno e sua realidade, valorizando
a sua história e que atenda as suas reais necessidades. Uma escola integrada à comunidade,
em que todas as pessoas envolvidas participem das decisões, atuando conjuntamente e
democraticamente.
Defendemos uma educação com ação pedagógica que intervém exatamente onde se
coloca a vida do homem, formando alunos críticos, que respeitem e saibam impor respeito,
que conheçam seus direitos e deveres, conscientes do que querem para o futuro e preparados
para interagir na sociedade.
Queremos uma escola com professores que amem o que fazem que saiba contagiar os
alunos, responsáveis e compromissados com a educação, que respeitem e valorizem as
diferenças individuais, que busquem um ensino dinâmico, oportunizando a troca de ideias e
experiências.
Enfim, queremos uma escola que atenda às necessidades do aluno, preocupada com o
seu pleno desenvolvimento: cognitivo, espiritual, psíquico e emocional, desenvolvendo-o
como um todo.
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Queremos formar sujeitos conscientes e capazes de atuar na sociedade como
cidadãos transformadores do meio em que vivem, lutando por uma sociedade crítica,
igualitária, justa e segura, onde todos possam ter qualidade de vida.
3.7-RECURSOS PEDAGÓGICOS
- LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
- TVPENDRIVE
- DVD
- APARELHO DE SOM
-LIVROS PARADIDÁTICOS
4- RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA
Um aspecto básico a ser considerado, na concretização do projeto político
pedagógico da escola, é a existência, ou não, de relações de trabalho apoiadas em atitudes de
solidariedade, reciprocidade, e participação coletiva; em oposição às relações regidas pelos
princípios de divisão do trabalho, fragmentação e controle hierárquico.
Em qualquer ambiente de trabalho há confrontos de interesses ou opiniões dentro e,
especialmente, entre os diferentes segmentos que compõem a organização. No nosso caso,
estamos falando de alunos, professores e funcionários. Desses embates podem resultar
conflitos, tensões e rupturas e/ou negociações, acertos e amadurecimento sobre os problemas
em questão. Podem também resultar mudanças qualitativas, inovações. É muito importante
não fugir dos atritos e encará-los como oportunidades que viabilizam a construção de novas
relações de trabalho que favoreçam o diálogo entre os diferentes.
5- PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A comunidade é chamada e ouvida para a condução da política da escola, pois a
experiência dos pais, sua trajetória de vida, pode ajudar a escola a cumprir sua função social,
contribuindo para que o aluno e a comunidade da qual faz parte, possam se compreender no
mundo, re-elaborar suas concepções, seus saberes e avançar no processo de
organização/conquista da cidadania, construindo-se enquanto sujeitos.
A escola, numa perspectiva busca dar oportunidade a todas as vozes e conhecimentos
produzidos nas diferentes práticas sociais. Contudo, não basta abrir as portas para os pais
estarem presentes na escola. É preciso criar condições concretas para que junto com eles seja
definida e vivida a intencionalidade político-pedagógica da escola e que esta, ao mesmo
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tempo, esteja organicamente vinculada às lutas, demandas e desafios postos pelo cotidiano da
vida comunitária.
6-PROJETOS
A escola desenvolve o Programa Viva Escola, o Projeto de Monitoria, Plano de
trabalho Cultura Afro-brasileira, Sala de Apoio. Em anexo.
B) MARCO CONCEITUAL
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1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Lei 9394/96, é responsável por grandes mudanças no setor educacional brasileiro,
as quais vigoram até hoje. Regularizam a Educação Infantil, Ensino fundamental, Ensino
Médio, Educação de Jovens e adultos, Educação Profissional, do Ensino Superior e da
Educação Especial.
O dever do Estado coma Educação Pública será efetivado mediante a garantia de:
ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na
idade própria; progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
atendimento educacional especializado gratuito aos educando com necessidades especiais,
preferencialmente na rede regular de ensino; atendimento gratuito em creches e pré-escolas às
crianças de zero há cinco anos de idade; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; oferta de ensino noturno
regular adequado às condições do educando; oferta de educação regular para jovens e adultos,
com características e modalidades adequadas as suas necessidades e disponibilidade,
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
atendimento ao educando , no ensino fundamental público, por meio de programas
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suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínima ,
por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.
2. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
O mundo não se constitui num todo orgânico e harmonioso, mas sim num espaço
atravessado por conflitos e contradições gerados pelas relações que se estabelecem entre
grupos e classes sociais com interesses e aspirações distintas. O conhecimento é uma
atividade inseparável da prática social, resultando de trocas que se estabelecem entre o sujeito
e o meio social e cultural. O conhecimento não se baseia no acúmulo de informações, mas sim
numa re-elaboração mental que deve se traduzir, em forma de ação, sobre o mundo social. A
educação se relaciona diretamente com a sociedade. Sua função é elevar o nível de
consciência do educando a respeito da realidade social que o cerca, a fim de capacitá-lo a
atuar no sentido de sua emancipação social, econômica, política e cultural. A escola deve ser
valorizada como um instrumento de luta das camadas populares, propiciando, de forma
sistemática, o acesso ao saber historicamente acumulado e reavaliado face às realidades
sociais, saber, este, necessário à explicação e à compreensão da prática social na qual o aluno
se insere.
O processo de aprendizagem, numa cultura específica, com pessoas concretas, que
pertencem a uma classe social definida. Assim, uma dimensão político-social é inerente à
prática pedagógica, implicando esta, em uma reflexão sobre a realidade social na qual ele
vive. O professor de ser um guia orientador do processo educativo. Seu papel é o de elemento
mediador entre a prática social vivida pelo aluno e o saber. Os métodos de ensino devem ter
como ponto de partida, a prática social comum a professores e alunos. É desta prática que
emergem os problemas e, consequentemente, os conhecimentos necessários para resolvê-los.
Os alunos devidamente instrumentalizados, retornam à prática social, no sentido de
transformá-la. A avaliação torna-se um aspecto relevante do processo educativo, uma vez que
fornece ao professor e ao aluno a comprovação de que ascenderam a um nível de consciência
mais elevado a respeito da realidade social na qual se inserem.
Há mais de uma década, a humanidade vive sob a hegemonia política e ideológica do
neoliberalismo: processo intercultural, mundialização, aldeia global... parece as palavras de
ordem para caracterizar a época histórica em que vivemos. O capitalismo, responsável por
inúmeras diferenças entre os homens, desenvolveu e desenvolve a indústria de massa, gerada
23
de grande homogeneização, apagando diferenças e padronizando estilos de vida.
Consumismo, competição permanente, enriquecimento rápido, aparecem como os grandes
objetivos do presente.
Como consequência desse processo cresce a concentração de renda nas mãos da
minoria. A educação continua sendo elitista, onde os menos favorecidos lutam por uma escola
pública mais eficiente e por um acesso à Universidade mais democrático e menos excludente.
Uma educação que leva ao individualismo egoísta, ao hedonismo e à concorrência sem
limites. O homem fica, assim, reduzido a um mero instrumento de produção, consumo e
prazer. As mercadorias, o dinheiro, o erotismo e a exploração das emoções fortes valem mais
do que a pessoa e seus valores.
Devido a isso, buscamos a construção de uma escola que atenda as reais
necessidades de nossos alunos, para que possam lutar por uma sociedade mais justa, humana,
fraterna e democrática, sendo homens críticos, politizados, de ampla visão de mundo, capazes
de superar os preconceitos sociais, e usufruir dos direitos e deveres presentes na Constituição
Brasileira. Uma sociedade em que valores como solidariedade, fraternidade e honestidade,
devem transcender as barreiras do individualismo, pois a cada momento de nossas vidas,
estamos juntos construindo a nossa história buscando liberdade e a felicidade desejada por
todos. Estamos empenhados na educação de pessoas que valorizam sua época de vida e seu
meio, para poder atuarem positivamente na sociedade.
Sabemos que o homem é o sujeito principal da construção da sociedade e, por
conseguinte, da história; portanto, queremos que este homem busque a verdade, que tenha
ideais e objetivos definidos, e que seja agente transformador.
A Escola Estadual Professora Reneé Carvalho de Amorim é uma instituição voltada
para a formação integral do aluno, buscando uma educação libertadora que transforma o
educando em sujeito do próprio desenvolvimento social, oferecendo-lhe os instrumentos que
possibilitam a transformação social, rumo ao homem novo e à sociedade nova.
Educar implica decidir quais são efetivamente os conteúdos pertinentes a serem
tratados na escola e de que forma. Abrir espaços pedagógicos para abordar de fato a nossa
cultura brasileira. Esta é a ética a ser estabelecida na escola, àquela que se rebela contra as
manifestações discriminatórias de raça, gênero, classe, cultura. A forma como tratamos os
conteúdos, como lidamos com as pessoas, como nos comprometemos com as questões sociais
é que vão concretizando o projeto político-pedagógico da escola.
É neste universo que o educando vivenciará situações diversificadas que favoreçam o
aprendizado para cultivar valores, dialogar e participar ativamente da vida científica, cultural,
24
social e política.
Nossa escola é democrática e aceita a participação popular garantindo a inclusão de
todos os alunos, sejam eles críticos, que buscam respostas as suas inquietações; reflexivos,
que buscam a verdade através de pensamentos lógicos; participativo, que estão
comprometidos com a construção da história resolvendo os problemas da sua época; e
pesquisador, que se apropria do conhecimento produzido historicamente.
Investimos na gestão participativa e em projetos onde todos os segmentos tenham
voz e assumam responsabilidades,a fim de obtermos como resultado de nosso trabalho
pessoas críticas e autônomas,que busquem estar atentas às oportunidades e aos anseios da
comunidade local.
Para tanto se faz necessária à busca de uma sociedade isenta de seletividade e
discriminação, libertadora, crítica, reflexiva e dinâmica, onde homens e mulheres sejam
sujeitos de sua própria história.
Inspirando-se no respeito às liberdades individuais e sociais, como instrumento que
influencia na transformação da realidade através de relações recíprocas, construindo a si
próprio e ao mundo em que vivem condições de comunicação, onde estabelece uma
correlação entre , a construção e reconstrução de experiências objetivas, participando e agindo
nas mudanças sociais.
As relações pedagógicas acontecem de forma horizontal resguardando a autonomia
do outro, onde todos são sujeitos de suas ações e relações.
Educadores e educandos são considerados sujeitos da educação com igualdade de
valores e interesses, desenvolvendo consciência crítica e objetivando ações educativas,
fundamentada nos princípios de igualdade, de sucesso e permanência da obrigatoriedade do
ensino fundamental.
Diante das dificuldades procuramos agrupar as crianças para que juntas, com novas
intervenções tenham alternativas variadas para evoluir; atividades individuais ou em grupos,
intervenções com os colegas (alunos), atividades coletivas, atendimento individual, auxílio do
professor, utilizando questionamentos do por quê? Para que? E onde?
Como educadores, buscamos respeitar o ritmo, a cultura, o pensamento, a arte e o
saber de cada aluno e também seus valores e capacidades individuais.
Desejamos que a escola tenha por finalidade, possibilitar aos educandos uma
compreensão mais clara do mundo . Enfim, que a escola possa realmente assumir seu papel de
levar os alunos a descobrirem seu método de estudo, oferecendo conhecimentos científicos e
levando-os a situações em que possam encontrar conhecimentos que sejam de seus interesses,
25
a fim de que passem a se conhecer melhor e assim se localizar e integrar adequadamente ao
meio onde vivem .
Consideramos que os conhecimentos que a escola trabalha só farão sentidos e
encontrarão eco se estes produzirem mudanças positivas, concretas na vida individual e
social.
3. FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DA PRÁTICA DOCENTE
Do ponto de vista do sistema educativo ( federal, estadual e municipal), quanto do
educador “é preciso estar interessado em que o educando aprenda e se desenvolva,
individualmente e coletivamente”. Esse é um princípio político-social importante da atividade
educativa escolar.
A democratização da educação escolar, como meio de desenvolvimento do
educando, do ponto de vista coletivo e individual, sustenta-se em três elementos básicos:
acesso universal, permanência na escola e qualidade satisfatória da instrução.
Estar efetivamente “interessado em que os educandos aprendam e se desenvolvam
individual e coletivamente” é um princípio político-social, tendo importância, na medida em
que visa à democratização do saber.
Os professores podem dar conta de um trabalho educativo significativo para aqueles
que têm acesso na escola. Trabalho esse que sendo de boa qualidade, será um fator
coadjuvante de permanência dos educandos no processo de aquisição do saber e
consequentemente a democratização da sociedade.
Nesse contexto, o papel do educador é de criar possibilidades de que os educandos,
de hoje, sejam cidadãos dignos de amanhã, com capacidade de compreensão crítica do
mundo, e capacidade reivindicativa dos bens materiais, culturais e espirituais, aos quais têm
direito inalienável. Permitindo aos educandos oportunidades significativas de elevação do seu
patamar cultural, de desenvolvimento de suas capacidades cognoscitivas de formação de
convicções na vivência.
O desenvolvimento do educando pressupõe as diversas facetas do homem: a
cognição, a afetividade, a psicomotricidade e o modo de viver. A educação é o meio pelo qual
a sociedade se reproduz e se renova culturalmente porque precisa atender às necessidades e os
desafios emergentes. A educação, nas suas diversas possibilidades, serve à reprodução, mas
também a renovação da sociedade.
Assim sendo, através do desenvolvimento do educando obtém a formação de suas
convicções afetivas, sociais e políticas.
26
Ao assimilar os conhecimentos, o educando agrega também as metodologias e a
visão de mundo que os perpassam. O conteúdo do conhecimento, o método e a visão de
mundo são elementos didaticamente separáveis, porém compõe um todo orgânico e
inseparável do ponto de vista real.
Os conhecimentos surgiram de necessidades e desafios que o homem veio e vem
enfrentando ao longo do tempo, nos mais variados espaços geográficos, sociológicos e
psicológicos. Os saberes assimilados servem de suporte para a formação de habilidades,
hábitos e convicções ao educando. As habilidades são modos adequados de realizar atos,
modos de agir e fazer, que demonstram efetivamente adquiridos, possibilitando autonomia e
independência, uma vez que o exercício delas possibilita a formação dos hábitos e o uso
permanente destes traz melhoria das habilidades. Um sujeito é hábil quando possui hábitos
que são dinâmicos, ativos, renovados permanentemente pela prática e pela reflexão sobre esta.
O educando ao adquirir conhecimentos, habilidades e hábitos promovem o
desenvolvimento das convicções morais, sociais e metodológicas.
Para a formação das convicções sociais e para o desenvolvimento das capacidades do
educando, a educação escolar faz uso da assimilação ativa dos conteúdos socioculturais já
produzidos pela humanidade. Isso, não porque a escola o imponha dessa forma; porém a
cultura existente é necessária ao desenvolvimento das novas gerações, pois elas dão-se num
contexto humanizado e culturalizado.
A cultura é uma construção que a humanidade vem elaborando ao longo do tempo,
assumindo características específicas em cada época histórica, assim como em cada espaço
geográfico. Dentro dessa construção, cada homem nasce, cresce e morre. Cada um e a
coletividade assimila, reproduz e renova essa herança; é por meio do processo de assimilação,
reprodução e renovação da cultura que os indivíduos, como sujeitos, e a humanidade como
um todo, se desenvolve e caminha.
Os conteúdos culturais são elementos fundamentais pelos quais as novas gerações
assimilam o legado da humanidade, assim como servem de meio para a formação das
convicções sociais e para o crescimento das capacidades cognoscitivas, uma vez que o
desenvolvimento do educando não vai além do individual para o social, mas sim do social
para o individual. Desenvolvendo assim a internalização das experiências sociais.
A assimilação da cultura, assim como os exemplos das grandes personalidades da
humanidade serve de base para a formação de múltiplas convicções sociais. De modo
semelhante, a assimilação dessa cultura com a metodologia que a perpassa serve de base para
o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas de cada sujeito social; capacidade de pensar
27
coerentemente, observar seletivamente, analisar situações complexas, produzir sínteses de
diversos e variados elementos, intuir... Criar. Aprender é internalizar ativamente, sob a forma
de hábitos, as experiências práticas com o mundo da natureza e da vida; isso pressupõe uma
cultura existente e anterior aos sujeitos individuais.
Os conteúdos socioculturais, com suas respectivas metodologias, servem de suporte
para o desenvolvimento de habilidades e hábitos, formando a personalidade dos educandos
como sujeitos ativos, criativos no exercício da cidadania.
A aprendizagem se dá espontânea e informalmente e também de forma intencional e
sistemática.
A aprendizagem espontânea e informal ocorre nas múltiplas situações de vivência do
cotidiano, de extrema importância, porém insuficiente no que se refere aos conteúdos
socioculturais elaborados, há necessidade de promover a aprendizagem intencional buscando
oferecer aos educandos conteúdos socioculturais que estimulam a assimilação ativa dos
conhecimentos e o desenvolvimento da capacidade cognoscitiva. Assim, no conhecimento
adquirido, é preciso que o aluno obtenha um instrumento de compreensão da realidade.
Portanto, ensinar significa criar condições para que a aprendizagem se efetue.
Na prática escolar devem ser trabalhados os conteúdos da cultura elaborada sem
descuidar da cultura cotidiana comum. Assim sendo, o ensino sistemático tem por objetivo
estabelecer condições para que o educando, aos poucos vá adquirindo, também de forma
sistemática, os conteúdos escolares, que são conteúdos socioculturais. O ensino sistemático é
um modo de propor aos alunos conteúdos escolares que são conflituosos com o seu atual nível
de desenvolvimento. Desafia o educando para aprender e avançar, exigir dele a apropriação de
algo novo que se lhe está sendo posto.
O conteúdo novo proposto para a aprendizagem deve ser mais avançado que o
estágio em que o educando se encontra, porém não tão novo de forma que o aluno possa
assimilá-lo e avançar. A aprendizagem se dá num processo de assimilação/acomodação. Por
isso, levamos alguns fatores fundamentais em consideração no processo ensino-
aprendizagem: assimilação receptiva de conhecimentos e metodologias; exercitação de
conhecimentos e visões de mundo; aplicação de conhecimentos e metodologias e
inventabilidade. E, para atingir os objetivos propostos e ocorrer à aprendizagem o educador
deve realizar um trabalho vivo e não simplesmente mecanicista.
3.1. FILOSOFIA DA ESCOLA
A tarefa primordial é a difusão de conteúdos, não abstratos, mas concretos,
28
indissociáveis das realidades sociais. A valorização da escola como instrumento de
apropriação do saber é o melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a
própria escola pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se a
escola é parte integrante do todo social, as ações dentro dela devem partir das condições
existentes no rumo da transformação da sociedade. Assim a escola deve servir aos interesses
populares e buscar garantir a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham
ressonância na vida dos alunos. Sendo assim, a educação passa a ser entendida como
atividade mediadora, através da intervenção do professor e por sua própria participação ativa.
O papel da escola consiste na preparação do aluno para o mundo e suas contradições,
fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para
uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
Os conteúdos culturais universais incorporados pela humanidade são realidades
exteriores ao aluno, que devem ser assimilados por ele, ligados, de forma indissociável à sua
significação humana. Portanto, o papel do professor, é obter o acesso do aluno aos conteúdos,
ligando-os com experiência concreta dele, são também proporcionar elementos de análise
crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a experiência, os esteriótipos, as pressões difusas da
ideologia dominante.
Dessa forma, é preciso que os métodos favoreçam a correspondência dos conteúdos
com os interesses, e que estes possam reconhecer nos conteúdos o auxílio ao seu esforço ou
compreensão da realidade social. Portanto, o trabalho docente relaciona à prática vivida pelos
alunos com os conteúdos propostos pelo professor, momento em que se dará a ruptura em
relação à experiência pouco elaborada. Tal ruptura apenas é possível com a introdução
explicitada, pelo professor, dos elementos novos de análise a serem aplicados, criticamente à
prática do aluno, assim, vai da ação à compreensão e da compreensão à ação, até a síntese, o
que não é outra coisa senão a unidade entre a teoria e a prática.
Sendo assim, o conhecimento resulta de trocas que se estabelecem na interação entre
o meio (natural, social, cultural), e o sujeito, sendo o professor o mediador. O papel do educar
é insubstituível, mas acentua-se também a participação do educando no processo. Esse
esforço do professor em orientar, em abrir perspectivas a partir dos conteúdos, implica com o
estilo de vida dos alunos, tendo consciência inclusive dos contrastes entre sua cultura e a
deles. Busca, além de satisfazer as necessidades e carências, despertar outras necessidades,
acelerar e disciplinar os métodos de estudo, exigir o esforço do aluno, propor conteúdos e
modelos compatíveis com suas experiências vividas, para que o aluno se mobilize em
participação ativa.
29
O papel da mediação é diretiva na orientação do trabalho escolar, é necessária a
intervenção do professor para levar o aluno a acreditar nas suas possibilidades, a ir mais
longe, a prolongar a experiência vivida, e através do esforço próprio, se reconhece nos
conteúdos e modelos sociais apresentados pelo professor, assim pode ampliar sua própria
experiência. O conhecimento novo se apoia numa estrutura cognitiva já existente, no
professor, cabe a este provê-la ao aluno que ainda não dispõe. O grau de envolvimento na
aprendizagem depende tanto da prontidão e disposição do aluno, quanto do professor e do
contexto da sala de aula. Portanto, aprender é desenvolver a capacidade de processar
informações e lidar com os estímulos do ambiente, organizando os dados disponíveis da
experiência, uma aprendizagem significativa
4.GESTÃO DEMOCRÁTICA
É de extrema importância a discussão e o comprometimento de gestores, professores,
alunos, pais e comunidade externa na construção de uma proposta educativa que torne a
aprendizagem mais significativa e crítica dentro de um contrato pedagógico. Instituído em um
Projeto Político Pedagógico democrático, com base em uma identidade política e pedagógica
para a educação escolar norteada pelos novos paradigmas emergentes de educação, os saberes
docentes e os compromissos de gestão em educação. De acordo com o paradigma emergente,
o desafio passa por criar e permitir uma nova ação docente na qual tanto professores quanto
alunos participam de um processo para aprender de forma criativa, dinâmica encorajadora que
tenha como base o diálogo e as descobertas. Este processo deve permitir ao professor e os
alunos aprender a aprender num processo coletivo para produção do conhecimento, colocando
como foco o aprendiz em um sistema aberto que permita a percepção e integração de um
currículo vivo, no qual o ensino/ aprendizagem se dê nas relações interdisciplinares e que o
conhecimento seja tomado como um bem renovável em que educadores e educandos estejam
comprometidos com a produção do mesmo dentro de um contexto que vá além da escola.
. Pensar a escola e a construção de seu projeto de vida requer o estabelecimento dos
conceitos pelos quais se fundamentam suas percepções de um projeto político-pedagógico.
Sendo suas bases a visão de sociedade a qual responde, os novos paradigmas educacionais, as
definições das especificidades da organização escolar, a visão clara da finalidade da escola
como construtora da cidadania e as ambiguidades dos saberes docentes, no que estabelece a
dimensão da qualidade desejada na educação.
Na concepção de um PPP político tem-se que, a emancipação humana se dá dentro
da filosofia de educação que norteia a sociedade vigente. Sendo assim, o projeto político deve
30
estabelecer quais as necessidades sociais, de acordo com a sociedade e momento histórico, a
que estará incluído.
Essas necessidades sociais delinearão os norteadores a que se referem os
conhecimentos curriculares. Compete à instituição escolar gerir a seleção de um conjunto de
conhecimentos curriculares mínimos, que correspondam aos interesses e peculiaridades de
seus agentes e ao contexto que estão inseridos. O que fornece ao projeto político a autonomia
pedagógica, que auxiliará a aprendizagem, dentro do novo paradigma educacional, que coloca
como foco o aprendiz, definindo-o como ser totalitário, autônomo, incluso e que possui
relação dialética com o mundo. Porém, primando que a interação social não parta de
interesses apenas individuais ou locais e sim vinculados a um contexto maior de sociedade
emancipatória do sujeito.
O PPP deve ser voltado para os novos paradigmas educacionais, em que o
autoconhecimento e o conhecimento do outro agem ao incorporar estratégias à realidade
vigente. Pois, existem diferentes formas de aprender, lembrar, compreender e desempenhar
algo. O conhecimento decorre das interações produzidas entre sujeito e objeto. E entre as
disciplinas ou as áreas do mesmo.
A ideia de rede constitui uma ideia emergente baseada nas tecnologias de
informação. Conhecer é como enredar, fazer parte, tecer significados e partilhar resultados, a
rede é acêntrica, o conhecimento não parte de um ponto ou pertence a uma só disciplina ele
enreda as discussões interdisciplinares, desta forma o conhecimento não parte de uma, ou para
uma, única direção. Compete ao projeto político a iteração das disciplinas dentro de uma
percepção do conhecimento democrática, porém qualitativa, visando a proposta de
desenvolver o potencial emancipatório do sujeito.
. A sociedade está em contínua evolução, estamos na era da informática, da robótica
e do virtual, que justifica a característica do conhecimento como sendo transitório que muda
por um melhor. Nada pode ser apresentado como cabal para o sujeito, pois a sociedade, que o
cerca, está em constante elaboração de raciocínio e conceitos. Cabe ao projeto político,
democratizar o conhecimento em uma rede de relações significativas, propiciando aos seus
agentes transformadores, sejam eles alunos e/ou professores, comungar seus saberes.
Trata-se o conhecimento no projeto político como um norteador dos saberes a serem
trabalhados em sala de aula, porém é necessário compreender que os saberes são a união
producente de representações contextualizadas. O que gera uma crise de identidade do próprio
saber, como exposto em Levy (2000), pois como estabelecer conceitos e técnicas para essa
representação do saber e qual a identidade de cada um nesse espaço coletivo de produção,
31
visto que sendo fruto das representações do meio estará condicionado a inteligência coletiva
que virtualmente exprime uma comunidade histórica que coproduzem, administram e
modificam o conhecimento, sendo assim aprendendo e recriando-o continuamente.
Sendo assim, as produções de escola não têm uma padronização, elas buscam, por
meio de seu projeto político, equacionar as relações de poder, economia e conhecimento
dentro de um contexto de cidadania, que atribuam uma finalidade inclusiva à escola e aos seus
participantes.
Desse modo, pensando o pedagógico, tem-se o saber do professor, determinador de
sua identidade, que parte da integração curricular, das disciplinas, da formação reflexiva
profissional, suas experiências e sua cultura pessoal e a observação do contexto ao qual a
escola se insere. Essa identidade deve estar de acordo com a função da escola, que seria
selecionar, separar e incorporar certos saberes sociais, que serão transformados ou adaptados
às formas e aos objetivos do ensino em conformidade com os agentes escolares (projeto
político) e a clientela. O que será refletido nas representações do professor sobre o currículo.
Antônio Flávio Moreira, traz uma representação do currículo como sendo uma
percepção do momento histórico, ao analisá-lo como concepções, conteúdos e conhecimentos
que se ensinam e que se aprende; experiências de aprendizagem e como plano de
aprendizagem para o qual o objetivo principal são as metas de ensino. O currículo vem a
representar o projeto a ser desenvolvido pela prática, um instrumento sistematizador do
processo educativo escolar. Seus componentes, ou conteúdos são reflexos de uma escolha
cultural e temporal, mas, sobretudo contextualizada por ideologias, compreende-se
contextualizar como sendo a forma como o mundo se organiza. O currículo por si só
representa uma prática de relação de poder, produção, significação e porque não dizer de
identidade social. Propiciando a prática pela práxis, não como jogo semântico, mas como
ampliação do conceito de embasamento teórico e critico das ações educativas
contextualizadas.
Esta representação também está delimitada nos saberes dos professores, que se
caracterizam como profissionais, pois no mundo de hoje, sabemos que os processos
interativos de comunicação, colaboração e criatividade são indispensáveis ao novo
profissional desta sociedade chamada do “conhecimento”.
Em todos as áreas de trabalho a demanda é embasada no trabalho coletivo, discussão
em grupo, espírito de cooperação, contribuição, parcerias e representações. Em um processo
contínuo em que o aluno constrói os significados por intermédio das experiências vivenciadas
o que proporciona novos papéis para os profissionais ligados à educação.
32
Esses papéis se configuram principalmente em um professor como mediador do
conhecimento, ele deve tornar-se um articulador da aprendizagem dos alunos, um criador de
experiências e de ambientes que promovam a aprendizagem, construindo um conhecimento
profundo e habilidades para solucionar problemas, o professor deve ter uma postura voltada
às ações educativas reflexivas e analíticas da sua prática dentro das especificidades do ensino
tendo como foco o aprendizado.
As especificidades do ensino centrado no aluno/aprendiz obrigam o educador a tomar
uma postura de mediador, deve-se propiciar ao sujeito da aprendizagem ferramentas possíveis
para a construção contínua de seu conhecimento, de forma que o mesmo possa usufruir sua
criatividade e imprevisibilidade para compreender a sua própria evolução dentro das
características de um povo como nação. E que para ser parte integrante dessa busca saiba
articular seu conhecimento, atualizando-se continuamente em busca do conhecimento
relacionado como capital-saber.
Para que isto aconteça, a prática dos professores deverá ser baseada em um
“conjunto” de estratégias de ensino como grupos de trabalho, ensinamentos fornecidos pelos
próprios estudantes, aprendizagem cooperativa e colaborativa, trabalho com projetos que
envolvam situações reais, entre outras atividades. O aluno, ao invés de ser passivo – só
escutar e memorizar os conteúdos, passará a ser parte realmente integrante do processo – ele
estará constantemente inventando, explicando elaborando, produzindo “estendendo” seus
pensamentos e defendendo suas posições. Assim, a mudança de foco na prática pedagógica
passa da ênfase do ensino para aprendizagem.
O professor que optar realmente por um paradigma emergente como base de sua
prática diária deve considerar alguns aspectos: ter a visão do todo – de acordo com enfoque
sistêmico em sua prática pedagógica; estabelecer com seu grupo – papel de parceiro e
colaborador; estar constantemente destacando e incentivando a participação de todos nas
atividades propostas; ser um educador que direciona e conduz, os alunos e o processo;
perceber os alunos como sujeitos do processo; estar sempre buscando o diálogo; provocar
uma “aproximação” e troca entre sujeito do conhecimento e o objeto, a ser conhecido; ter uma
postura crítica e exigente, mas sempre – reflexiva e democrático e considerar muito a
comunicação interativa entre as disciplinas ou áreas do conhecimento.
O aluno quando realmente envolvido em uma prática pedagógica baseada no
paradigma emergente, deve ser levado a considerar: Buscar a visão do todo (não a
fragmentação); busca a aprender – sempre com objetivo de melhoria de qualidade de vida
para si mesmo e para os outros; ter acesso ao saber sistematizado; utilizar o raciocínio lógico,
33
criatividade e espírito de investigação; dialogar sempre e construir textos próprios, com
autonomia e visão da realidade que o cerca.
Os professores deverão redimensionar a metodologia oferecida dentro da sala de aula
e contemplar atividades que ultrapassem as paredes das salas, os laboratórios e dos muros das
escolas que configuraram o seu projeto pedagógico. Cada nova abordagem (ou concepção)
pedagógica – para que desencadeie a aprendizagem colaborativa não depende só dos
professores e sua prática pedagógica, visão dos alunos e da avaliação, mas dos gestores da
educação, que deverão tornar-se sensíveis aos projetos criados pelos docentes.
Cabe então aos gestores e professores derrubarem barreiras que segregam o espaço e a
criatividade dos alunos e dos professores restritos à sala de aula, ao quadro de giz e ao livro
texto.
A construção do PPP baseado num trabalho pedagógico no qual gestores, professores
e alunos possuam responsabilidades específicas, o autêntico professor deve se sentir
responsável pelo compreender do estudante, preocupar-se com a orientação formadora, os
gestores devem construir condições para que essa orientação se dê e os alunos devem
perceber esse esforço conjunto somando-se a ele na responsabilidade frente a aprendizagem,
numa gestão democrática, participativa e comprometida com o conhecimento associada a uma
prática pedagógica mediadora e promotora do desenvolvimento do conhecimento.
O que reflete o papel do aluno, aprendiz, autônomo no PPP é a liberdade
conquistada progressivamente. O aluno deve ser orientado à participação em aulas, que
realmente interaja e compreenda, vendo respeitado seu próprio ritmo. O aluno deve aprender a
se organizar, dirigir e exercer responsabilidades inseridas em uma participação ativa e
colaborativa.
A liberdade do aluno não anula o professor, pois o aluno não deve enfrentar sozinho
suas dificuldades sobre o pretexto de se emancipar. Para se formar bons estudantes é
necessário dar-lhes uma base sólida, encaminhada pelo currículo representado pelo professor
dentro do contexto social emergente, para que se tenha um aluno com autonomia deve-se
apostar em uma emancipação progressiva.
A progressividade gerenciada permite a intervenção do “guia orientador/mediador”,
somente quando a dificuldade bloquear totalmente o aprendiz. O professor deve determinar as
aptidões dos alunos, aprimorando neles o desejo em trabalho em equipe, com o intuito de se
acabar com o individualismo e a solidão ao aprender.
O “contrato pedagógico” deve existir baseado na confiança e na qualidade da
organização. O que não ocorre na existência de pseudo-educadores e com estudantes
34
preocupados somente com a sua liberdade.
Na organização pedagógica devem existir algumas regras e um mínimo de disciplina
que vise atenuar os problemas de assiduidade, na maioria gerados pela dispersão e pela
necessidade de trabalho dos estudantes. Não podendo assim, dispensar o estudante de
nenhuma disciplina que lhe será necessária na continuidade de seus estudos. Que nos leva a
uma oscilação no controle do conhecimento. O estudante interessando somente na aprovação
estuda o examinador para saber como burlar seus exames, revê a matéria somente no dia da
avaliação e memoriza (decora) o máximo.
Mas, é o nosso ritmo de exames sérios ou provas que tiranizam o estudante que
decora. Essas formas de avaliação levam o estudante a esquecer a especificidade do
conhecimento como um crescimento intelectual.
Professores e alunos possuem responsabilidades específicas, no desenvolvimento do
trabalho pedagógico. O autêntico professor deve se sentir responsável pelo compreender do
estudante e preocupar-se com a orientação formadora. O estudante deve procurar uma
educação formadora e que possibilite sua integração ativa na sociedade em que vive, já a
instituição de organizar e otimizar os processos que favoreçam esses interesses conjuntos.
A gestão participativa contribui de certa forma para a autonomia da escola e traz
avanço a todos. Uma mostra disto são os órgãos colegiados como o Conselho de Classe, o
Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil e a Associação de Pais Mestres e Funcionários
(APMF) que se estendem como um instrumento de democratização em todos os aspectos do
ambiente escolar.
5. FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
A complexidade que envolve a prática docente na atualidade nos remete a reflexões
que perpassam a análise da sociedade contemporânea, uma sociedade de consumo, de
informação e, consequentemente, uma reflexão sobre os recursos tecnológicos por ela
desenvolvidos onde, segundo Boaventura Santos (1996), ocorrem mudanças vertiginosas,
desencadeadas pela globalização. É importante que o professor tenha consciência de que seu
conhecimento é limitado e que seu papel é muito mais de levar o aluno a refletir sobre as
informações obtidas, do que simplesmente incorporá-las, tendo como ponto de apoio o
conhecimento da realidade em que encontram-se inseridos. Vivemos na sociedade
denominada “do futuro”, que, em algumas situações, é descrita como a “sociedade do
aprendizado”, onde há a necessidade do aprendizado contínuo, como garantia de
sobrevivência. Diante deste contexto, é preciso uma postura cautelosa, em primeira instância,
35
pois é nos revelada a incompletude da formação docente. Com esta afirmação, esta posta uma
das maiores necessidades do professor da atualidade: a formação continuada.
A dinâmica e o movimento que cerca o conceito de profissionalização docente, leva
a refletir sobre três determinantes, assim analisados por Behrens (1996, p. 105.): “primeiro, o
contexto pedagógico, que envolve as atividades da prática docente no dia-a-dia, espaço onde
se determinam as funções do professor. Segundo, o contexto profissional dos professores, que
estabelecem com o grupo o conjunto de valores, ideologias, crenças, rotinas, enfim, o
comportamento profissional. E, por último, o contexto sociocultural que aponta valores e
conteúdos a serem trabalhados como um todo.”
Para entender o processo de formação docente (aquele além de sua certificação
oficial), são necessários conceituá-las expressando a abrangência que o envolve na
legitimação do trabalho desse profissional. Quando o assunto é refletir formas alternativas de
formação e, principalmente de formação continuada, os grandes questionamentos que afloram
relacionam-se ao exercício reflexivo das inovações, como serão preparados e capacitados para
este contexto tão contraditório e complexo que caracteriza a sociedade contemporânea.
Reportam-se os professores continuamente, à concepção precedente de educação, pois faz
parte do pensar desses educadores, que se coloque a questão do pré-requisito, da pré-
formação, como condição para implementação de mudanças, seja no interior da escola, no
currículo, ou em qualquer outra ação pedagógica, os questionamentos ocorrerão para saber
quem dará conta das novas proposições.
A formação continuada além de outros, tem como objetivos, propor novas
metodologias e colocar os profissionais em contato com as discussões teóricas atuais, visando
contribuir para as mudanças que se fazem urgentes para a melhoria da ação pedagógica na
escola.
Com relação a este aspecto, Arroyo comenta que o caráter antecedente de toda
qualificação é aceito como algo inquestionável, não apenas quando pensamos na formação de
professores, como também quando estes pensam na educação de seus alunos. Ora, quando nos
deparamos com estas afirmações, nos defrontamos com um perfil de profissional que estamos
“formando e deformando” nos últimos anos.
Para estes profissionais é difícil repensar nas demais dimensões do trabalho docente,
é penoso ler e debater sobre elas, pois neles está internalizada o que Arroyo (1999) denomina
concepção precedente de educação. O autor salienta ainda que tal concepção polariza vida em
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dois tempos: o de aprender e fazer; o de formação e ação; entre teoria e prática; o pensar e o
fazer: entre o trabalho manual e o intelectual, enfim, separa as minorias pensantes das
minorias apenas ativas. Isso tudo tem marcado as políticas e os currículos, da mesma forma
que impõe a necessidade de reflexão sobre a formação e qualificação de professores.
É preciso repensar estas concepções, pois a importância que é dada à formação
precedente condiciona o ser professor. A este só interessa aprender o que os prepare para
tarefas concretas e pontuais. É necessário destacar que o questionamento sobre a formação
precedente pode ser um espaço e um tempo de qualificação, que pode ser discutido no âmbito
pedagógico, buscando redefinir as imagens de formação e acima de tudo a auto imagem de
professor qualificado, onde quem sabe será necessário rever até preconceitos que existem no
interior da categoria.
Arroyo (1999) ao se referir aos professores, afirma que esses profissionais carregam
para a sua prática pedagógica uma herança que reflete o que aprenderam enquanto seres
sociais, culturais, no convívio com outras e outros (signos, instrumentos, sujeitos e objetos),
não somente aprendidos nos cursos de formação e treinamento e que, portanto, influenciam o
ser professor.
Pucci (1997, p. 89) faz uma leitura crítica da influência que a cultura exerce sobre os
indivíduos, a partir da Teoria da semi-cultura (Halbbildung) de Adorno, aonde apresenta
elementos para uma proposta educacional contemporânea, aparecendo a tensão da dupla face
da problemática pedagógica, pois em primeiro lugar o capitalismo transforma seus formados
pela negação da formação cultural; e em segundo lugar questiona como será possível resgatar
esta formação cultural visto a semi-formação generalizada dos construtores da sociedade que
habitamos.
Com a universalização do mercado, o que temos como resultado é a semi-cultura. Os
meios de comunicação de massa, as inovações tecnológicas, entre outros, aliados à religião
tradicional que aos poucos vai sendo substituída, introduzem novos valores culturais. Essa
incorporação do “novo”, Adorno (apud PUCCI, p. 96,1997), salienta que, “não se dá via não
saber _ saber e sim pelo trajeto não saber _ semi-saber”. No não saber há uma predisposição
do homem para a busca do saber. “No semi-saber a pessoa se julga sabedora e se fecha às
possibilidades da sabedoria”. É neste contexto contraditório que se encontra o professor.
As implicações destes fatores e outros não citados na formação continuada dos
professores, precisam ser cuidadosamente observados “no sentido de possibilitar um novo
redimensionamento do seu papel”.
Concluindo, este modelo de formação continuada de professores pressupõe segundo
37
(MORAES, 1996, p. 66), continuidade , visão de processo, visando um sujeito em movimento
permanente, denominado “vir a ser”, semelhante ao movimento das marés, cujas ondas
desdobram-se em ações e ao se dobrarem novamente concretizam-se em processo de reflexão
na ação e sobre a ação.
6.CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe está entre as práticas que camuflam dentro da escola, os
mecanismos de controle, poder e exclusão social vigentes na sociedade, deve refletir a ação
pedagógica-educativa e não apenas se ater em notas, conceitos ou problemas de determinados
alunos. O conselho é um de avaliação de controle da realização do Projeto Político
Pedagógico.
Frequentemente num Conselho de Classe abordam-se apenas problemas, e com isso
o produzido, pode nos levar a juízos falsos e a diagnósticos errados. E o contexto do aluno
não é só a situação afetivo-emocional em que vive na família, mas também, as relações com
os professores, com a turma, com o grupo de amigos na escola. Ao analisar o aluno nos vários
aspectos de sua realidade como pessoa e como estudante, não significa passar a mão na
cabeça de alunos bagunceiros, ou ter pena do aluno por seus vários problemas. Trata-se de ter
uma visão de conjunto de cada caso para se tomarem as atitudes que sejam adequadas para
cada situação. Sem visão global, não há percepção crítica.
Padronizar atitudes pode ser mais fácil mas nem sempre é eficaz em educação. Saber
distinguir, discernir as atitudes mais adequadas para os casos mais complexos é tarefa que
requer reflexão conjunta de todos os envolvidos no processo educativo, reunidos para tal fim.
Pedir que os alunos se avaliem, reflitam sobre suas falhas, sobre sua atuação é fácil,
o difícil é os professores fazerem o mesmo. Para exercitar essa difícil prática é que o conselho
deve começar com a autocrítica dos professores.
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C) MARCO OPERACIONAL
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1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Com o propósito de promover a melhoria da qualidade, a escola adotará práticas com
a finalidade de garantir aos alunos um ensino diversificado que lhes permite ser capaz de
enfrentar com competência, as transformações da sociedade, desenvolvendo projetos que
proporcione aos alunos experiências em que possam construir seu próprio conhecimento, com
atividades inovadoras, compromissadas com o entendimento da realidade e sua vinculação em
relação a ela.
Priorizamos uma metodologia que através das atividades propostas aos educandos,
vise construir uma sociedade democrática, justa, livre e forte o suficiente para se manter livre.
Que seja ativa e participativa, e que torne possível a articulação dos interesses individuais que
possam ir ao encontro dos anseios coletivos. Aberta discussão dos aspectos sócio –
econômico –político e cultural, permitimos aos educadores e educandos, uma análise
constante da realidade circundante e nela interferir.
Buscamos uma educação que considere o educando, não como efeito da ação do
educador, mas sim, como agente do processo educativo, senhor de suas idéias, capaz de ter
iniciativa própria, conhecedor de seus direitos e obrigações, da realidade que o cerca, capaz de
ampliar sempre mais sua visão de sociedade e de mundo.
Assumimos uma educação que apresente vários caminhos e deixe liberdade de opção
ao educando. Em que os conteúdos apreendidos sejam apresentados de forma interdisciplinar
e que tenham relação concreta com o cotidiano. Que concebe o homem como ser que oriente
sua vida segundo valores éticos e morais.
2.RECURSOS PEDAGÓGICOS
a) LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
A importância do uso de recursos tecnológicos justifica-se pela necessidade de
inserção do sujeito a informática, já que está é uma importante ferramenta no mundo
contemporâneo, tendo em vista que muitos não têm acesso à informática, sendo dever realizar
a ponte entre o sujeito e a tecnologia.
Devido a isso, a escola possui um laboratório de informática para atender alunos e
professores.
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b) TV PENDRIVE
O professor para desenvolver uma atividade utilizando este recurso, em sala de aula,
preenche uma ficha, que é entregue para a pedagoga informando a Proposta de Atividades: o
conteúdo, quais objetivos a serem atingidos,qual a relação do assunto com o conteúdo,
encaminhamento pedagógico e a avaliação.
c) BIBLIOTECA
Esta instituição escolar não possui uma sala disponível para a biblioteca, os livros
recebidos pelo MEC de obras literárias são colocados num espaço da sala de informática, em
armários, favorecendo a leitura pelos alunos e professores. Também, utilizam a Biblioteca
Pública, próxima a escola, que possui um acervo atualizado, para desenvolver o trabalho
pedagógico.
3. ENSINO FUNDAMENTAL
Tem em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os estudantes,
considerando os interesses e necessidades da comunidade escolar.
O curso introduz o aluno num processo sistemático da construção e reconstrução do
conhecimento, desenvolvendo capacidades e aprendizagens de conteúdos necessários à vida
em sociedade, com a preocupação de desenvolver a competência humana de aprender a
aprender e saber pensar (Demo, P.).
O processo de ensino-aprendizagem quer oportunizar atividades cognitivamente
significativas que permitem ao aluno estabelecer relações entre o cotidiano e o científico, o
racional e o afetivo, o público e o privado, o individual e o coletivo.
O aprendizado dos conteúdos sistematizados implica o domínio da língua falada e
escrita, princípios da reflexão matemática, noções espaciais e temporais que organizam a
percepção do mundo, princípios da explicação científica, convívio com a arte e as mensagens
estéticas, educação para o movimento e para a cidadania, exigindo, portanto, o
reconhecimento de alguns critérios do convívio coletivo.
A dimensão do trabalho pedagógico na escola é planejada e desenvolvida de forma
interdisciplinar e transdisciplinar, perpassando todas as áreas de ensino, e cuja temática
inspira-se em projetos de trabalho que priorizam atitudes e hábitos de indagação,
interpretação, pesquisa e síntese.
O processo de avaliação é bimestral, contínua e praticada sob forma de atribuição de
qualidade aos resultados da aprendizagem, tendo por base seus aspectos essenciais e, como
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objetivo final, uma tomada de decisão que direciona o aprendizado e, consequentemente, o
desenvolvimento do aluno. Seu registro é expresso em documento próprio, considerando a
atuação do mesmo frente ao processo ensino-aprendizagem.
Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem e necessidades especiais,
serão oferecidos momentos de reorientação e recuperação conforme prevê a legislação em
vigor.
É desejo que o processo de aprendizagem que se desenvolve de 5ª a 8ª série
possibilite a todo aluno condições de inserção crítica na realidade bem como incentivo para
continuidade dos estudos.
As atividades têm o objetivo de fazer o aluno pensar, raciocinar, refletir, questionar,
criar, desconstruir e reconstruir, permitindo sempre novos desafios e novas experiências
buscando a sua competência como cidadão.
3.1. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Uma escola de qualidade, é um espaço educativo de construção de personalidades
humanas, autônomas, críticas, uma instituição em que todas as crianças aprendem a ser
pessoas. Nesse ambiente educativo ensina-se os alunos a valorizar as diferenças pela
convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino ministrado nas salas
de aula, pelo clima sócio-afetivo das relações estabelecidas em toda a comunidade escolar-
solidário, participativo, colaborativo.
Ensinar a turma toda, sem exclusões, respeitando seu ritmo, propondo atividades que
possam ser abordadas por diferentes níveis de compreensão.
A escola busca atender às especificidades dos educandos por problemas de toda
ordem, da deficiência mental a outras dificuldades de ordem relacional, motivacional,
cultural.
Nesses casos são realizadas adaptações de currículos, a facilitação das atividades
escolares, além dos programas para reforçar a aprendizagens, em caso de maior defasagem
idade/séries escolares.
O professor procura ensinar a turma promovendo situações de aprendizagem que
estimulem o interesse do aluno no aprender,garantindo assim o seu crescimento.
4-PLANO DE AÇÃO
Tem como meta trabalhar a educação voltada para a apropriação democrática do
saber que emancipa, pela valorização do professor, funcionário e do aluno, através da
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liberdade consciente e crítica baseado no respeito mútuo. (anexo)
4.1-PROGRAMAS E PROJETOS
a) PROGRAMA VIVA ESCOLA
O Programa Viva Escola tem como objetivo a expansão das atividades pedagógicas
realizadas na escola com complementação curricular, e estão vinculadas ao Projeto Político
Pedagógico, a fim de atender às especificações da formação do aluno e de sua realidade.
A escola trabalha o núcleo de conhecimento científico- cultural, atendendo o período
da manhã e da tarde, com:
1) Pescando palavras, tecendo um texto, criando um leitor. ( anexo)
2) História em Clipes do Litoral.(anexo)
b) PROJETO MONITORIA - Projeto de Monitoria 2010
O projeto visa sanar dificuldades encontradas junto aos alunos, através de um
trabalho pedagógico contemplando ações que possam motivar os alunos a serem solidários,
participativos e responsáveis, comprometidos com sua aprendizagem. (anexo)
c) PLANO DE TRABALHO- CULTURA AFRO-BRASILEIRA
O projeto História e Cultura Afro-brasileira , com amparo na Lei nº 11.645/08
presente no Plano de Trabalho tem por objetivo desenvolver atividades voltadas para o
desenvolvimento de uma consciência solidária e desmistificando a figura do negro e
possibilitando a discussão temática como preconceito e discriminação social, a condição do
negro na sociedade hoje, mídia e imagem, cultura e religiosidade.(anexo)
d) SEMANA CULTURAL
Promove o enriquecimento na formação de alunos e professores e o aprimoramento
da expressão de sua criatividade, oportunizando trabalhos de natureza científica e tecnológica,
incentivando a curiosidade e a pesquisa.
4.2. PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO COM AS ORGANIZAÇÕES DA
SOCIEDADE
O funcionamento de uma organização escolar é fruto de um compromisso entre a
estrutura formal e as interações que se produzem no seu seio, nomeadamente entre grupos
com interesses distintos como relação entre alunos, professores e funcionários, associação de
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pais e professores, sindicatos, partidos políticos, igrejas, associações de categorias
profissionais, associações comunitárias e outras.
A articulação entre a escola e demais organizações da sociedade se dará sob a forma
de participação de eventos culturais e esportivos, palestras, exposições, etc.
4.3. DISCIPLINA
É necessário, estabelecer alguns princípios que deverão ajudar a constituir a vida
escolar desde a sua dimensão pedagógica até as questões de convívio social.
Neste convívio escolar, os alunos devem respeito pelo espaço público, a instituição
defini critérios de natureza coletiva, para gerar um clima escolar participativo e viabilizar a
aprendizagem.
As regras e normas são definidas, e algumas com a participação de pais e alunos em
reunião coletiva.
No espaço de convívio da sala de aula, alunos e docentes não têm a mesma função e
atribuição, contudo podem gerar um espaço criativo de aprendizagem. Ocorrendo situações
de conflito, existem formas de encaminhamento: Coordenação Pedagógica, Direção
incluindo neste procedimento a família. A estratégia deve ser sempre o diálogo, a negociação
e os acordos a fim de que as tomadas de decisão, na sua grande maioria, se constituam
coletivamente.
A escola, além das questões pedagógicas, convive com as questões atitudinais. Ou
seja, qualquer aluno e todo aluno, independente de seu desempenho escolar, apresenta atitudes
e condutas no interior da escola, fruto de sua história, situação circunstancial e/ou
experiências de grupo. Este é também um contexto de atuação do Projeto Político-
Pedagógico. Não se define por antecipação o que pode ou não acontecer neste contexto, mas
afirmamos neste documento que o critério de análise das situações vividas levará em
consideração também atitudes que se deseja desenvolver: Respeito, Tolerância, Diálogo,
Direitos Humanos e Participação.
4.4. PERSPECTIVA, INTEGRAÇÃO E RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL
As reuniões pedagógicas, planejamentos e decisões participativas, conselhos de
classe, confraternizações, culminância de projetos interdisciplinares, atividades esportivas,
ações voluntárias e grupos de estudos, que requerem engajamento dos professores, alunos e
famílias, oportunizarão a integração e o relacionamento interpessoal.
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4.5. RESPEITO ÀS DIFERENÇAS
A escola atua na valorização do homem e preocupa-se com a modificação do
comportamento, através de um trabalho integrado ( equipe técnico-pedagógica e professores )
que combate e denuncia atitudes preconceituosas dentro e fora de seu espaço físico.
O desenvolvimento do currículo do ensino fundamental, busca valorizar e atender
aos interesses e aptidões diferentes dos alunos
4.6. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação será continua no decorrer do processo ensino aprendizagem, e a
participação e o interesse do educando será fundamental para aprender a ver alternativas e
expor as suas ideias. A recuperação de estudos terá com objetivo proporcionar aos alunos que
demonstrem rendimento insuficiente, oportunidade de melhoria e aproveitamento.
4.7. PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A preocupação com a consulta e a participação dos docentes, discentes, pais de
alunos e comunidade nas tomadas de decisões, as avaliações realizadas com estes e as
famílias para redefinições da prática escolar, os conselhos, a definição de medidas através de
diagnósticos realizados em Conselhos de Classe, a programação de atividades que envolvem
alunos e famílias, proporcionarão crescimento das escolas em relação à prática do diálogo.
Como a escola possui um espaço físico restrito, muitos alunos residentes no
balneário permanecem aguardando vaga, deslocando-se para outras escolas.
Os pais se mobilizaram, tendo o apoio da escola, e lutam pela construção de uma
escola com espaço físico adequado para atender a demanda local.
4.8. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
A capacitação profissional será uma prática constante: cursos internos e externos –
proporcionados pelo NRE e SEED, atualização profissional, reflexões, grupos de estudos inter
e intra- escolares, participação em congressos e seminários serão otimizados.
5. AVALIAÇÃO
A escola vai considerar a realidade do educando crítico e o ser concreto que ele é,
onde essa educação deve estar de acordo com os anseios e desejos de conhecimentos que ele
trás consigo e principalmente a noção de cidadão capaz de reivindicar direitos e assumir
deveres.
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O ponto fundamental para um ensino de qualidade e que possibilite a formação do
cidadão pleno como pessoa e como profissional competente, diz respeito à avaliação, onde
ela deve ser compreendida como conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter
informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em que condições.
É preciso elaborar um conjunto de procedimentos investigativos que possibilitem os
ajustes a orientação e intervenção da orientação pedagógica para tornar possível o ensino e a
aprendizagem de melhor qualidade, que, segundo Michael Scriven (1967),” só com a
observação sistemática o educador conseguirá aprimorar as atividades de classe e garantir a
aprendizagem das crianças”. Na situação atual o rendimento mínimo exigido por matéria e
conteúdo específico será de 6,0, o aluno será avaliado de 0 a 10,0 através dos vários
instrumentos (seminários, debates, pesquisas, avaliações escrita e oral). Sendo que o aluno
deverá apresentar frequência igual ou superior a 75% e que no final do ano letivo será
calculado a média anual dos alunos somando-se as quatro notas bimestrais e dividindo-se por
quatro.
É preciso levar levar em conta o dia a dia dos alunos, o que aprenderam e o que não
aprenderam, o que se deve retomar, o uso de um registro reflexivo, dando assim a chance do
aluno estar sempre recuperando não a nota, mas a aprendizagem. O ato de avaliar não
significa uma nota ou conceito aos alunos, reprovar ou aprovar, classificar como apto ou não,
mas antes implica um processo de acompanhamento durante todo o processo de
aprendizagem.
A avaliação não tem um fim em si mesmo. Não é um fim, mas um meio, um meio de
auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, para averiguar ou detectar os avanços ou
acertos e as falhas, tanto do desempenho de alunos quanto de professores, de modo a corrigí-
los ou reforçá-los. O ato de avaliar é fornecer dados que permitem verificar diretamente o
nível de aprendizagem dos alunos, e também, indiretamente determinar a qualidade do
processo de ensino. Ao avaliar o progresso de seus alunos na aprendizagem, o professor pode
obter informações valiosas sobre seu próprio trabalho. Neste sentido a avaliação tem uma
função de retroalimentação ou feedback, porque fornece ao professor dados para que ele
possa repensar e replanejar sua atuação didática, visando aperfeiçoá-la, para que seus alunos
obtenham mais êxito na aprendizagem.
A L.D.B. (Lei de Diretrizes e Bases) estabelece que a avaliação deve ser contínua e
priorizar a qualidade e processo de aprendizagem, o desempenho do aluno ao longo do ano e
não apenas numa prova ou um único trabalho, ao procurar romper com a avaliação somativa,
abolindo as notas como o critério de comprovação de um determinado produto previamente
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esperado, a nova concepção de avaliação procura trazer à tona o valor dos aspectos globais do
processo ensino-aprendizagem. Da forma de intervenção do professor, do projeto curricular
da escola, da organização do trabalho escolar e da importância da formação das identidades e
dos valores pessoais. A forma de encarar e realizar a avaliação reflete a atitude do professor
em sua interação com a classe bem como sua relação com o aluno. Por exemplo, um professor
autoritário e inseguro, poderá ver na avaliação uma arma de tortura ou punição para alunos
apáticos ou indisciplinados. Por sua vez, o professor sério e responsável, que orienta as
atividades de aprendizagem dos educandos, tenderá a encarar a avaliação como uma forma de
diagnóstico dos avanços e dificuldades dos alunos e como indicador para o replanejamento de
seu trabalho docente.
Nessa perspectiva, a avaliação ajuda o aluno a progredir na aprendizagem, e o
professor aperfeiçoar sua prática pedagógica.
Em termos gerais a avaliação é um processo de coleta e análise de dados, tendo em
vista verificar se os objetivos propostos foram atingidos, sempre respeitando as características
individuais e o ambiente em que o educando vive. A avaliação deve ser integral considerando
o aluno como um ser total e integrado e não de forma fragmentada.
Com isso a avaliação precisa ser vista como o momento de reflexão do ensino e
aprendizagem, observando erros e acertos, procurando diagnosticar onde está o problema
procurando meios para solucioná-lo através de critérios coerentes, instrumentos adequados
com eficiência e eficácia, efetividade, com relevância e pertinência.
Caso o aluno não consiga atingir as metas propostas, cabe ao professor organizar
novas situações de aprendizagem para dar a todos, condições de êxito nesse processo, neste
em forma de Recuperação de estudos.
O conselho de classe é o momento, onde discutimos o desempenho dos alunos suas
dificuldades, comportamento cognitivo, social e afetivo , buscando melhorias para o de
processo ensino-aprendizagem.
O papel do professor é rever os conteúdos desenvolvidos e não aprendidos, e
reformular as metodologias buscando alternativas diversificadas. Traçar metas para que as
mudanças sejam alcançadas pelos alunos. Oportunizar uma avaliação adequada, onde o aluno
possa demonstrar sua aprendizagem de varias formas.
6. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico da escola une a teoria e a prática, bem como é um
documento norteador da escola como um todo, deve ser entendido como um processo em
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permanente construção, pelo coletivo da escola que assumem como sua responsabilidade,
ultrapassando os limites de uma determinada gestão, é a escola em movimento, que se
constrói e reconstrói no dia a dia, cuja finalidade é oportunizar a articulação de todos os
elementos da comunidade escolar em torno de objetivos comuns, para influenciar na
aprendizagem de professores e alunos, além de refletir a escola em sua totalidade, dando uma
identidade e a explicitação dos fundamentos teóricos metodológicos, os objetivos, tipo de
organização, modo de implementação e a avaliação, onde não é apenas mais um documento,
mas, uma parte da vida da escola e uma proposta real para continuar melhorando e
aprendendo, sendo assim, ele será avaliado e acompanhado bimestralmente pelos professores
e instancias colegiada e semestralmente pelos pais e comunidade em forma de assembleias.
Também é preciso se leva em conta que a execução e a operacionalização do Projeto
Político Pedagógico deve constituir-se num instrumento valioso de mediação entre a vontade,
a intenção dos professores, alunos e pais e o planejamento concreto das aulas e das ações da
escola e comunidade.
Nossa proposta neste projeto é que a avaliação seja em processo, isto é, devendo
efetivar-se a partir do desenvolvimento das atividades propostas, das relações dinâmicas entre
a equipe escolar, Projeto Político Pedagógico, instâncias colegiadas e a comunidade
envolvida, o que leva à compreensão e produção de conhecimentos, assim como à tomada de
decisões e a solução de problemas que apareçam no decorrer do período letivo, bem como,
através de reuniões semestrais com funcionários para realizarem a auto-avaliação do seu
trabalho e da escola como um todo.
Observou-se que diante de tantos problemas que hoje o ensino público vem
enfrentando, os professores sentem-se frustrados, protestam, buscam saídas, mas traçar uma
trajetória solitária é sempre difícil e pode trazer poucos resultados, somente quando
compartilhamos sonhos, as dúvidas na busca de mudanças é que conseguimos realmente
avançar, e é na discussão coletiva e na sua participação na construção do Projeto Político
Pedagógico que o professor, o aluno, a comunidade cresce, pensa, discute, ficasse mais
seguro, tem se a certeza que o Projeto Político Pedagógico alcançará o resultado esperado.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola é o espaço de socialização do conhecimento científico, como também de
formação para o exercício de cidadania plena do educando. A organização da comunidade
escolar prioriza a participação de todos os que integram a comunidade cujas decisões a serem
adotadas privilegiam o coletivo. Buscamos educar para a cidadania é colocar o homem no
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centro do processo de mudança. Queremos colaborar na formação de uma pessoa que se
reconheça como parte integrante de um grupo social e histórico, que assuma a
responsabilidade de ser sujeito de sua história e da ida da sociedade. Uma pessoa sadia,
alegre, solidária, comprometida. Capaz de resolver seus próprios problemas e refletir sobre as
dificuldades coletivas.
Desejamos que a escola tenha por finalidade, possibilitar uma compreensão mais
clara do mundo aos alunos. Enfim, que a escola possa realmente assumir seu papel de levar os
alunos a descobrirem seu método de estudo, oferecendo aos estudantes conhecimentos
científicos e de onde os mesmos possam encontrar conhecimentos que sejam de seus
interesses. Levar os alunos a se conhecerem melhor e assim se localizarem no meio onde
vivem e no mundo.
Consideramos que os conhecimentos que a escola trabalha só farão sentidos e
encontrarão eco se estes produzirem mudanças positivas, concretas na vida individual e
também no coletivo da comunidade onde está inserida.
Identificar nossos pontos fracos e fortes é uma necessidade imediata para que os
riscos e ameaças externas não sejam vistos como fatores de desestruturação, mas
oportunidade de criar um novo modelo de ensino. Nossa história e nosso passado sempre
estarão presentes, mas nosso alvo está no futuro. O PPP deve constituir-se como ponte entre o
ontem, o hoje e o amanhã, pois é esta visão de integração histórica que nos permitirá
preservar nossa importância institucional. Dessa forma, estaremos prontos a superar os
obstáculos do presente e a encarar os desafios que já se desenham no horizonte.
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