RELATÓRIO E CONTAS
2008
ATRIUM Investimentos - SFC, S.A. Sede: Avenida da República, 35 - 2.º andar, 1050-186 Lisboa
Capital Social: Euro 3.742.109 Pessoa Colectiva n.º 504 312 189
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.º 504 312 189
Relatório e Contas - 2008
2 2
RELATÓRIO DE GESTÃO
Relatório e Contas - 2008
3 3
RELATÓRIO DE GESTÃO
O ano de 2008 ficou marcado por quedas muito significativas do valor da generalidade dos
activos reais e dos activos financeiros. Estas quedas, as maiores dos últimos 80 anos,
afectaram a prática totalidade das classes de activos: acções, obrigações de empresas,
imóveis e matérias primas. Os índices mundiais de acções caíram cerca de 40%, o índice
PSI20 de acções portuguesas caíu mais de 50% e os principais índices de matérias primas
caíram entre 40% e 50%. De entre as principais classes de activos, só as obrigações do
tesouro de países de baixo risco tiveram uma rendibilidade positiva em 2008.
Para uma sociedade especializada na gestão de activos, como é o caso da Atrium
Investimentos, dificilmente um ano poderia ser mais adverso do que 2008. Não só caíu
dramaticamente o preço dos activos financeiros, como aumentou a sensibilidade ao risco de
contraparte e se levantaram dúvidas sobre a solidez do sistema financeiro, tendo o índice de
acções de bancos europeus caído 65% no ano. Foi neste pano de fundo que foram tomadas
algumas medidas excepcionais, como foi a redução a níveis mínimos do risco de contraparte.
Para as carteiras de clientes particulares, estabeleceu-se como objectivo da gestão a
protecção do capital dos clientes, o que levou à liquidação de parte dos activos com risco das
carteiras. A rendibilidade no ano das carteiras do Perfil estratégico foi +1,2%, um nível modesto
em termos absolutos mas muitíssimo satisfatório em termos relativos. A rendibilidade
alcançada é tanto mais satisfatória quanto, ao longo do ano, as carteiras deste perfil
apresentaram um baixo nível de risco - volatilidade de apenas 3,2%. A gestão das carteiras do
Perfil dinâmico seguiu a mesma preocupação de redução do risco mas, sendo mais agressivas,
alcançaram no ano uma rendibilidade de +11,6%.
Já no decurso de Novembro, e por se ter entendido que após as significativas quedas
registadas, os mercados de acções estavam mais atraentes, foi criado um terceiro perfil – o
perfil de acções.
Em resultado das quedas dos preços dos activos financeiros, os valores sob gestão da
indústria de gestão de activos registaram em 2008 quedas muito significativas. Contrariamente
a esta tendência do sector, o valor dos activos sob gestão discricionária da sociedade - 644
milhões de euros – manteve-se praticamente inalterado face ao final do ano anterior.
De entre os mandatos institucionais, merecem uma referência dois fundos de fundos
imobiliários cujas carteiras de investimentos são geridas pela sociedade: o PREFF e o GREFF.
Relatório e Contas - 2008
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O PREFF – Pan European Real Estate Fund of Funds plc é um fundo de fundos imobiliários
que investem o seu património em activos europeus. O capital subscrito do PREFF é de cerca
de 150 milhões de euros, e entre os seus accionistas encontram-se alguns dos principais
investidores institucionais da nossa praça, incluindo alguns dos mais importantes grupos
bancários e seguradores nacionais e internacionais. A sua rendibilidade foi de -10,7% em 2008.
Por seu turno, o GREFF – Global Real Estate Fund of Funds plc é um fundo que investe à
escala global. Entre os seus investidores contam-se institucionais portugueses e espanhóis. No
final de 2008, o capital subscrito deste fundo ascendia a cerca de 85 milhões de euros. A sua
rendibilidade foi de -8,4% em 2008.
A sociedade gere também a carteira do Orthogonal Fund Ltd, um fundo de fundos alternativos,
cuja rendibilidade em 2008 foi de -24%, em linha com o HFR Global Hedge Fund Index. No
final do ano, a sua carteira ascendia a cerca de 40 milhões de dólares.
A sociedade gere ainda a carteira do Compass Fund Ltd, um fundo não harmonizado, cuja
carteira ascendia a cerca de 18 milhões de euros no final do ano. A sua rendibilidade foi de
+4,6% em 2008.
Resultados de exploração
O produto bancário, que inclui os rendimentos de serviços e comissões, cifrou-se em cerca de
16,9 milhões de euros, tendo registado um crescimento significativo face ao ano anterior. Para
esta evolução foi determinante o crescimento das comissões de gestão. Por seu turno, os
custos com pessoal e fornecimentos e serviços de terceiros cresceram apenas cerca de 5%. O
resultado líquido do exercício cresceu para 10,3 mihões de euros.
Políticas de gestão dos riscos de actividade
No desenvolvimento da sua actividade, a sociedade cultiva uma postura geral de prudência e
estabelece políticas para a gestão dos principais riscos em que incorre. Por forma a minimizar
o risco de contraparte, a sociedade cumpre com elevada diligência o dever de escolha e
avaliação dos custodiantes do dinheiro e dos instrumentos financeiros, tanto de Clientes como
da própria sociedade. Tendo em vista minimizar o risco operacional, a sociedade estabeleceu
um conjunto de políticas e procedimentos, entre os quais a definição de uma estrutura
organizativa adequada e regras operativas variadas que têm em vista a salvaguarda dos
Relatório e Contas - 2008
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patrimónios sob sua responsabilidade. No que se refere ao risco de mercado associado à
negociação por conta própria, estão definidos diversos limites de exposição ao risco. Por forma
a minimizar o risco dos sistemas de informação, e para além de um conjunto de políticas e
procedimentos que têm em vista a segurança dos dados, é de destacar um plano de
continuidade em caso de acidentes.
Outras informações
No decurso do exercício, e por forma a dispor de acções para os quadros que vão ser
responsáveis por novas áreas de negócios, nomeadamente no âmbito da internacionalização
da companhia, a sociedade comprou 62.499 acções próprias pelo preço global de 2.650.488
euros e, nesse mesmo âmbito, vendeu 15.464 acções próprias pelo preço global de 133.145
euros. No final do exercício, a sociedade detinha 85.257 acções próprias.
O Conselho de Administração não concedeu quaisquer autorizações a negócios entre a
sociedade e os seus administradores.
Em cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 411/91, de 17 de Outubro, é de referir que a
sociedade não tinha, no final do exercício, quaisquer dívidas em mora à Segurança Social.
Proposta de aplicação de resultados
O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral que o resultado líquido do exercício
de 10.309.613,61 euros seja aplicado da seguinte forma:
1.030.962,00 euros para reserva legal;
9.278.651,61 euros para a conta “Outras Reservas”.
Notas finais
O Conselho de Administração pretende expressar o seu muito apreço aos Clientes da
sociedade, pela confiança com que nos distinguiram. Pretende também agradecer ao Banco de
Portugal, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e ao Fiscal Único, pelo permanente
acompanhamento dado à gestão da sociedade. A finalizar, pretende ainda testemunhar o seu
reconhecimento ao corpo de colaboradores que, com o seu entusiasmo e profissionalismo,
contribuiram de forma determinante para a afirmação do projecto da sociedade.
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Participações dos membros dos órgãos de administração e fiscalização
(N.º 5 do Art.º 447.º do Código das Sociedades Comerciais)
N.º de
acções
detidas em
31.12.2007
Aumentos
Diminuições
N.º de acções
detidas em
31.12.2008
João Carlos Peça Nunes da Fonseca (1)
António Manuel Baptista dos Santos Almeida (2)
Mário Luís Cruz Dias Vigário (3)
Patrício, Moreira Valente & Associados, SROC
- Carlos de Jesus Pinto de Carvalho
Fernando Luís Correia da Silva
138.624
138.474
138.624
0
0
-
-
-
-
-
9.730
9.580
9.730
-
-
128.894
128.894
128.894
0
0
(1) Em 20 de Fevereiro, vendeu 2.228 acções pelo preço de 22.952,09 euros.
Em 17 de Abril, vendeu 7.502 acções pelo preço de 330.538,12 euros.
(2) Em 20 de Fevereiro, vendeu 2.078 acções pelo preço de 21.406,84 euros.
Em 17 de Abril, vendeu 7.502 acções pelo preço de 330.538,12 euros.
(3) Em 20 de Fevereiro, vendeu 2.228 acções pelo preço de 22.952,09 euros.
Em 17 de Abril, vendeu 7.502 acções pelo preço de 330.538,12 euros.
Lista de accionistas
(N.º 4 do Art.º 448.º do Código das Sociedades Comerciais)
N.º de acções
detidas em
31.12.2008
António Manuel Baptista dos Santos Almeida
Filipe José de Campos Rodrigues Prieto
João Carlos Peça Nunes da Fonseca
João Filipe de Brion Ramires Sanches
Mário Luís Cruz Dias Vigário
Osvaldo José Sancho Nicolau
Pedro Araújo de Santa Clara Gomes
Outros (*)
Total
128.894
128.894
128.894
128.894
128.894
128.894
128.894
166.916
1.069.174
(*) Inclui 85.257 acções detidas pela própria sociedade.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Relatório e Contas - 2008
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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(Montantes expressos em Euros)
NOTA INTRODUTÓRIA
A sociedade tem por objecto a compra e venda de valores mobiliários por conta de terceiros,
bem como quaisquer outras operações que legalmente lhe sejam permitidas. A sua actividade
encontra-se legalmente definida no Decreto-Lei n.º 262/2001, de 28 de Setembro, no Regime
Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, e no Código dos Valores
Mobiliários.
A sociedade foi constituída em 1999, como sociedade corretora, com a designação de
“Investimento Directo - Sociedade Corretora, S. A.”. Em 2000, foi transformada em sociedade
financeira de corretagem, tendo adoptado a designação “Investimento Directo - Sociedade
Financeira de Corretagem, S. A.”, designação que em 2004 veio a ser alterada para “Atrium
Investimentos - Sociedade Financeira de Corretagem, S. A.”. Em 2005, teve lugar a fusão por
incorporação da sociedade “Portfolio Managers - Sociedade Gestora de Patrimónios, S. A.” na
“Atrium Investimentos - Sociedade Financeira de Corretagem, S. A.”.
1. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRÍNCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
1.1. BASES DE APRESENTAÇÃO DAS CONTAS
As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com as políticas contabilísticas
definidas pelo Banco de Portugal através do disposto no Aviso n.º 1/2005, n.ºs 2º e 3º,
designadas por Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA).
As NCA baseiam-se nas Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS), tal como
adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, com um conjunto de
excepções, das quais a única relevante no caso da sociedade é a eliminação da opção do justo
valor para valorização de activos tangíveis.
As demonstrações financeiras foram preparadas numa base de custo histórico, com excepção
da reavaliação de instrumentos financeiros.
Relatório e Contas - 2008
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1.2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Na preparação das demonstrações financeiras foram aplicadas as seguintes políticas
contabilísticas e critérios valorimétricos:
a) Especialização dos exercícios
As receitas e despesas são registadas de acordo com o principio da especialização dos
exercícios, pelo que as mesmas são reconhecidas como custo ou proveito no período a que
dizem respeito, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas, sendo
registadas por contrapartida das correspondentes contas de regularização.
b) Activos tangíveis e intangíveis
Os bens do activo imobilizado encontram-se valorizados ao custo de aquisição. O
reconhecimento do valor de aquisição é efectuado na data da compra pelo valor do bem
acrescido do IVA que não seja dedutível, pela aplicação da percentagem provisória do pró-rata,
de acordo com o artigo 23.º do CIVA. No final do exercício procede-se à regularização,
directamente nas contas do imobilizado, do IVA suportado de acordo com a percentagem
definitiva do pró-rata.
As amortizações são feitas de acordo com as taxas máximas definidas pelo Decreto
Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, e pelo Aviso n.º 9/94 do Banco de Portugal, de 15 de
Novembro, em regime de duodécimos.
c) Activos financeiros detidos para negociação
São considerados activos financeiros detidos para negociação aqueles que são adquiridos com
a principal finalidade de venda num prazo muito próximo. Os títulos de rendimento variável são
valorizados à cotação de mercado.
d) Investimentos detidos até à maturidade
São considerados investimentos detidos até à maturidade os activos financeiros não derivados
com pagamentos fixos ou determináveis, com uma maturidade determinada, relativamente aos
quais exista intenção e capacidade de deter até ao vencimento.
Relatório e Contas - 2008
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As obrigações e outros títulos de rendimento fixo, emitidos com base no valor nominal, são
registados ao custo de aquisição. A diferença entre o valor de aquisição e o valor nominal, que
corresponde ao prémio ou desconto apurado no momento da compra, é diferida e reconhecida
em resultados de forma escalonada no período que decorre entre a data da compra e a data de
vencimento. Os juros decorridos são reconhecidos como proveitos.
e) Moeda estrangeira
Os elementos contidos nas demonstrações financeiras que estejam ou tenham estado na sua
origem expressos em moeda estrangeira, foram convertidos para a moeda nacional, o euro,
tendo por base as taxas de câmbio de referência nos dias das transacções e no último dia de
cada mês.
f) Provisões para riscos de crédito e risco-país
As provisões são constituídas de acordo com o Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal e incluem:
uma provisão específica para crédito e juros vencidos, apresentada como dedução às
respectivas rubricas do activo, calculada mediante a aplicação de taxas que variam
entre 1% e 100% sobre os saldos de crédito e juro vencidos, em função da classe de
risco e da existência ou não de garantias;
uma provisão genérica para riscos gerais de crédito, evidenciada no passivo, na rubrica
“Provisões para riscos gerais de crédito”, correspondente a 1% do total do crédito não
vencido concedido pela sociedade, incluindo o representado por garantias;
uma provisão para risco-país calculada de acordo com a lista da classificação dos
paises e territórios segundo o grau de risco.
g) Valores mobiliários de clientes recebidos em depósito
Os valores mobiliários dos clientes recebidos em depósito encontram-se registados em contas
extrapatrimoniais pelo seu valor de cotação.
h) Impostos sobre lucros
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados, pode englobar os impostos
correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal
do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável
Relatório e Contas - 2008
14 14
resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão
considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em períodos
futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço
dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
2. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUÍÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Disponibilidades em instituíções de crédito no país
Depósitos à Ordem
Por conta própria 425,875.18 1,419,386.09
Por conta de clientes 133,095,851.85 5,229,615.69
Disponibilidades em instituíções de crédito no estrangeiro
Depósitos à Ordem
Por conta própria 179,767.89 454,319.87
Por conta de clientes 6,508,473.02 12,694,929.46
Juros a receber 395,541.24 43,568.26
140,605,509.18 19,841,819.37
Relatório e Contas - 2008
15 15
3. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31.12.2008
Cotação Quantidade
Valor de
Balanço
Títulos
Emitidos por residentes
Instrumentos de dívida
De dívida pública portuguesa
Bilhetes do tesouro
PORTB1109 99.90 1,100,000.000 1,098,900.00
Instrumentos de capital
Unidades de participação
Logística e Distribuição - FII 6.12 3.000 18.37
Vision Escritórios 6.53 4,579.000 29,878.89
Emitidos por não residentes
Instrumentos de dívida
De outros não residentes
DB 1Y Note MSCI 99.90 162,696.00000 162,533.31
SG 3Y Note 06/2011 67.96 562,530.56000 382,295.77
UBS Cert. EUR 1,198.53 10.00000 11,985.30
Instrumentos de capital
Unidades de participação
BGI MultiStrategy $ 1,034.41 110.00000 81,759.73
BGI MultiStrategy € 988.53 288.53600 285,227.76
Compass Fund - EUR 10.54 104,821.80290 1,104,821.80
CreditSuisseAbsolute 1,408.76 0.78000 789.56
Dorchester B1$ R 105.31 3,775.01220 285,649.64
Dorchester B1€ NR 91.46 785.62852 71,853.98
Dorchester C1€ NR 89.90 190.16100 17,095.90
DWS Inst EUR Money P 13,646.27 117.50820 1,603,548.57
Gems LowVolatility € 1,201.20 34.38320 41,301.10
Gems Recovery € 1,432.03 62.42710 89,397.48
GS Global Alpha EUR 68.31 637.01000 43,511.54
Iceberg EUR 1,255.55 0.88910 1,116.31
LF Holdings SP EUR 32.33 702.26300 22,706.61
PREFF - Class D 102.18 851.11020 86,966.44
Selectinvest GE 98.89 797.82340 56,690.29
Selectinvest MC €E-B 89.77 825.83680 74,131.57
Selectinvest MC €M1 128.34 663.63000 85,172.00
Sub total 5,637,351.92
Ganhos não realizados em instrumentos derivados 37,303.30
Total 5,674,655.22
Natureza e espécie
Relatório e Contas - 2008
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No quadro seguinte, compara-se o valor por que estão contabilizados os “Activos financeiros
detidos para negociação” com o que lhes corresponderia caso a avaliação se fizesse com base
no custo de aquisição.
31.12.2008
Valor
Contabilístico Aquisição Diferença
PORTB1109 1,098,900.00 1,087,460.00 11,440.00
Fundo Vision Escritórios 29,878.89 31,757.17 -1,878.28
Logística e Distribuição - FI Imob. 18.37 16.14 2.23
DB 1Y Note MSCI 162,533.31 162,533.31 0.00
SG 3Y Note 06/2011 382,295.77 508,784.60 -126,488.83
UBS Cert. EUR 11,985.30 11,952.66 32.64
BGI MultiStrategy $ 285,227.76 314,879.98 -29,652.22
BGI MultiStrategy € 81,759.73 88,577.06 -6,817.33
Compass Fund - EUR 1,104,821.80 1,000,000.00 104,821.80
CreditSuisseAbsolute 789.56 832.71 -43.15
Dorchester B1$ R 285,649.64 350,441.50 -64,791.86
Dorchester B1€ NR 71,853.98 93,606.00 -21,752.02
Dorchester C1€ NR 17,095.90 22,471.26 -5,375.36
DWS Inst EUR Money P 1,603,548.57 1,600,000.00 3,548.57
Gems LowVolatility € 41,301.10 46,790.68 -5,489.58
Gems Recovery € 89,397.48 107,604.38 -18,206.90
GS Global Alpha EUR 43,511.54 54,732.45 -11,220.91
Iceberg EUR 1,116.31 1,670.60 -554.29
LF Holdings SP EUR 22,706.61 24,023.01 -1,316.40
PREFF - Class D 86,966.44 81,709.13 5,257.31
Selectinvest GE 56,690.29 67,057.47 -10,367.18
Selectinvest MC €E-B 74,131.57 90,201.00 -16,069.43
Selectinvest MC €M1 85,172.00 103,241.29 -18,069.29
5,637,351.92 5,850,342.40 -212,990.48
Activos
Valorização
4. APLICAÇÕES EM INSTITUÍÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Aplicações em Instituíções de crédito no país
A prazo
Por conta própria 3,600,000.00 0.00
Por conta de clientes 1,809,000.00 3,000,000.00
5,409,000.00 3,000,000.00
Relatório e Contas - 2008
17 17
5. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Cotação Quantidade Valor de Balanço
Instrumentos de dívida
De dívida pública
Obrigações do Tesouro
O.T. Setembro/2013 (OTEGOE) 108.25 22,600 23,835.75
O.T. Maio/2010 (OTEHOE) 104.39 6,250 6,368.12
O.T. Outubro/2016 (OTE6OE) 102.577 50,000 50,817.03
Juros a receber 1,002.48
Provisões 0.00
Total 82,023.38
Natureza e espécie
31.12.2008
No quadro seguinte, compara-se o valor por que estão contabilizados os “Investimentos detidos
até à maturidade” com o que lhes corresponderia caso a avaliação se fizesse com base nos
valores de mercado.
No quadro seguinte, indicam-se os montantes ainda não imputados a resultados, respeitantes
a “Investimentos detidos até à maturidade” adquiridos por valor superior ao seu valor de
reembolso.
Valor Aquisição
Valor
Reembolso Imputados Não Imputados
OT Setembro/2013 (OTEGOE) 25,020.08 22,600.00 -1,184.33 -1,235.75
OT Maio/2010 (OTEHOE) 6,841.15 6,250.00 -473.03 -118.12
OT Outubro/2016 (OTE6OE) 51,055.00 50,000.00 -237.97 -817.03
82,916.23 78,850.00 -1,895.33 -2,170.90
Títulos
Ajustamentos de capital
31.12.2008
Em 31 de Dezembro de 2008, a sociedade tinha assumido compromissos, no montante de
57,992.36 euros, perante o Sistema de Indemnização aos Investidores. Esse valor estava
Valor
Contabilístico
Valor de
Mercado Diferença
OT Setembro/2013 (OTEGOE) 23,835.75 24,464.05 -628.30
OT Maio/2010 (OTEHOE) 6,368.12 6,524.50 -156.38
OT Outubro/2016 (OTE6OE) 50,817.03 51,288.50 -471.47
Juros a receber 1,002.48 1,002.48 -
82,023.38 83,279.53 -1,256.15
Activos
Valorização
31.12.2008
Relatório e Contas - 2008
18 18
parcialmente coberto por garantia real oferecida através da constituição de penhor sobre
Obrigações do Tesouro que integram o saldo da conta “22 - Investimentos detidos até à
maturidade” e cujo valor de balanço era de 36,117.40 euros.
6. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
Os movimentos ocorridos nesta rubrica durante o exercício de 2007, foram os seguintes:
31.12.2008
Amortizações Aumentos Amortizações Transferências,
Activos tangíveis: Valor bruto Acumuladas Aquisições do exercício abates e regulariz. Valor líquido
Obras em imóveis arrendados 24,400.00 9,637.01 27,706.33 3,694.19 192.06 38,967.19
Equipamento 476,288.81 350,805.59 15,618.73 51,853.99 109.05 89,357.01
Outros activos tangíveis 1,437.99 1,253.29 0.00 118.11 0.00 66.59
TOTAIS 502,126.80 361,695.89 43,325.06 55,666.29 301.11 128,390.79
31.12.2007 Movimentos em 2008
7. ACTIVOS INTANGÍVEIS
Os movimentos ocorridos nesta rubrica durante o exercício de 2007, foram os seguintes:
31.12.2008
Amortizações Aumentos Amortizações Transferências,
Activos intangíveis: Valor bruto Acumuladas Aquisições do exercícioabates e regulariz. Valor líquido
Desp. de estabelecimento 12,751.27 12,751.27 0.00 0.00 0.00 0.00
Sistemas aut. de tratamento de dados 192,110.30 165,984.03 3,375.76 20,003.49 23.99 9,522.53
Outras 3,316.50 2,117.12 0.00 182.04 0.00 1,017.34
Activos intangíveis em curso 1,079.69 0.00 0.00 0.00 0.00 1,079.69
TOTAIS 209,257.76 180,852.42 3,375.76 20,185.53 23.99 11,619.56
31.12.2007 Movimentos em 2008
Relatório e Contas - 2008
19 19
8. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Devedores e outras aplicações
389,122.00 561,658.93
10,184,180.68 3,028,038.40
Sector público administrativo 813.67 249.37
1,815.00 0.00
Rendimentos a receber
De serviços prestados 9,856,063.96 2,316,126.40
De outros rendimentos 71,013.92 192,747.70
Operações de bolsa a regularizar 108,356.74 3,514.98
Operações fora de bolsa a regularizar 0.00 5,118,213.45
Operações activas a regularizar 0.00 10,734,916.31
Outras operações a regularizar 1,208,924.96 513,639.48
Despesas com encargo diferido 47,686.05 57,823.29
Imparidade Acumulada s/ crédito e juros vencidos -453.75 0.00
Provisões para risco país 0.00 -3,451.00
21,867,523.23 22,523,477.31
Crédito e juros vencidos
Devedores diversos
Devedores por operações sobre futuros e opções
Os saldos de “Devedores por operações sobre futuros e opções” representam o valor das
margens iniciais e dos ganhos e perdas não realizados em posições abertas em derivados. Os
saldos de “Rendimentos a receber - De serviços prestados” representam essencialmente
comissões de administração de valores que são recebidas dos clientes após o final do
exercício a que se referem (ver nota 13). Os saldos de “Operações de bolsa a regularizar” e
“Operações fora de bolsa a regularizar” representam valores a receber relativos a operações
sobre valores mobiliários já havidas mas em que ainda não ocorreu a respectiva liquidação
financeira. Os saldos de ”Operações activas a regularizar” referem-se, essencialmente, ao
pagamento antecipado de subscrições de fundos de investimento de que ainda não se recebeu
a respectiva nota de execução (ver nota 10).
Relatório e Contas - 2008
20 20
9. PROVISÕES
Os saldos das contas de provisões têm a seguinte composição:
Provisões 31.12.2008 31.12.2007
Para crédito vencido
Crédito interno 453.75 0.00
Crédito externo 0.00 0.00
Para depreciação de investimentos detidos até à maturidade 0.00 2,130.00
Para outros riscos e encargos
Risco-país 0.00 3,451.00
Para riscos gerais de crédito 3,840.56 5,581.69
Totais 4,294.31 11,162.69
10. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
27,343,097.75 7,471,476.68
121,926,325.07 13,282,901.47
Credores por operações de aplicações a prazo 1,809,000.00 0.00
104,629.28 70,408.84
Remunerações a pagar 3,273.52 7,856.33
Consultores, Assessores e Intermediários 1,333.41 2,774.17
Fornecedores de serviços e bens 68,718.93 54,171.70
Operações de bolsa a regularizar 108,187.66 3,503.71
Operações fora de bolsa a regularizar 0.00 5,105,629.63
Operações passivas a regularizar 9,637.74 10,788,240.80
Outras operações a regularizar 3,762,871.74 1,524,646.76
Outros encargos a pagar
Por gastos com pessoal 263,401.32 254,187.26
Por gastos gerais administrativos 184,225.71 234,269.08
Outros 11,771.41 0.00
155,596,473.54 38,800,066.43
Sector Público Administrativo
Credores e outros recursos
Credores por operações sobre futuros e opções
Credores por operações sobre Valores Mobiliários
Os saldos de “Credores por operações sobre futuros e opções” e “Credores por operações
sobre valores mobiliários” representam os recursos de clientes depositados junto da sociedade
para realizar operações nos mercados a prazo e nos mercados a contado, respectivamente.
Por seu turno, o saldo de “Credores por operações de aplicações a prazo” representa o valor
dos depósitos a prazo realizados por conta de clientes (ver nota 4). Os saldos de “Operações
Relatório e Contas - 2008
21 21
de Bolsa a regularizar” e Operações Fora de Bolsa a regularizar” representam valores a pagar
relativos a operações sobre valores mobiliários já havidas mas em que ainda não ocorreu a
respectiva liquidação financeira. Os saldos de ”Operações passivas a regularizar” referem-se,
essencialmente, ao pagamento antecipado de subscrições de fundos de investimento de que
ainda não se recebeu a respectiva nota de execução (ver nota 8). Os saldos de “Outras
operações a regularizar” incluem imposto sobre o rendimento a pagar (ver nota 18).
11. CAPITAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Capital 3,742,109.00 3,742,109.00
Prémios de emissão 3,176.16 3,176.16
Acções Próprias -3,306,146.30 -1,101,175.82
Reserva Legal 715,598.00 296,436.00
Outras reservas
Indisponível 3,306,146.30 1,101,175.82
Reservas livres 3,432,648.03 2,182,302.02
Resultados Transitados 0.00 0.00
Resultado líquido do exercício 10,309,613.61 4,191,614.04
18,203,144.80 10,415,637.22
O capital da sociedade é representado por 1.069.174 acções nominativas com o valor nominal
unitário de 3.50 Euros. A 31 de Dezembro de 2008 a sociedade detinha 85.257 acções
próprias.
Relatório e Contas - 2008
22 22
12. JUROS, RENDIMENTOS SIMILARES E ENCARGOS SIMILARES
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Juros e rendimentos similares
Disponibilidades sobre Inst. de crédito no país 1,371,020.28 287,464.76
Disponibilidades sobre Inst. de crédito no estrangeiro 304,692.55 341,770.65
Outros activos financeiros 4,562.31 4,924.14
1,680,275.14 634,159.55
Juros e encargos similares
Recursos Instituições crédito no país -80.48 -659.86
Recursos Instituições crédito no estrangeiro -10,100.10 -189.70
-10,180.58 -849.56
13. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES E ENCARGOS COM SERVIÇOS E
COMISSÕES
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Rendimentos de serviços e comissões
Por serviços prestados
Administração de valores 12,939,824.69 4,939,055.23
Comissões de distribuição 563,443.19 915,435.58
Comissões de constituição de fundos 159,552.60 502,359.00
Consultadoria 69,300.00 93,617.00
Formação 0.00 137,520.00
Outros 98,865.96 59,114.76
Por op. realizadas p/ conta terceiros 994,817.72 1,032,211.93
14,825,804.16 7,679,313.50
Encargos com serviços e comissões
Por serviços bancários prestados por terceiros 57,902.13 32,176.55
Por operações realizadas por terceiros 183,708.47 107,085.86
Comissões de constituição de fundos 40,343.07 112,548.65
281,953.67 251,811.06
Os rendimentos de administração de valores representam comissões de gestão de carteiras de
clientes.
Relatório e Contas - 2008
23 23
14. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS
DE RESULTADOS
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Ganhos em activos financeiros detidos para negociação
Títulos 703,144.04 511,137.09
Instrumentos derivados 2,213,069.47 844,448.72
Perdas em activos financeiros detidos para negociação
Títulos -975,619.70 -347,674.34
Instrumentos derivados -1,324,202.32 -451,284.48
616,391.49 556,626.99
15. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Outros rendimentos e receitas operacionais
Descontos obtidos 798.49 203.61
Rendimentos de exercícios anteriores
Gastos gerais administrativos 302.79 251.15
Comissões recebidas 173,915.34 142,259.71
Outros 4,602.02 3,935.78
Outros 509.75 3,193.63
180,128.39 149,843.88
Outros encargos e gastos operacionais
Encargos de exercícios anteriores
Comissões 15,000.00 0.00
Gastos com pessoal 0.00 845.52
Gastos gerais administrativos 1,071.96 5,069.15
Outros 187.50 73.56
Donativos 27,655.00 20,482.13
Abates 0.00 17,192.00
Outros 4,272.22 10,834.37
Outros impostos
Taxas de supervisão 95,148.68 98,141.65
Outros 410.79 432.96
143,746.15 153,071.34
TOTAL 36,382.24 -3,227.46
Relatório e Contas - 2008
24 24
16. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Remuneração orgãos de gestão e fiscalização 192,720.92 186,465.60
Remuneração de empregados 756,296.65 698,702.92
Encargos sociais obrigatórios 179,692.05 176,020.80
Outros custos com Pessoal 33,983.14 22,806.12
1,162,692.76 1,083,995.44
17. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Esta rubricas tem a seguinte composição:
31.12.2008 31.12.2007
Com fornecimentos
Água, energia e combustíveis 51,221.40 45,382.14
Outros fornecimentos de terceiros 11,885.35 16,332.85
Com serviços
Rendas de instalações 109,480.20 106,388.16
Aluguer de equipamento 184,919.68 168,166.70
Comunicações 66,119.10 79,019.40
Deslocações, estadas e representação 179,951.22 249,384.97
Publicidade e edição de publicações 27,271.17 56,444.71
Conservação e reparação 5,391.82 9,445.20
Formação de pessoal 18,449.60 8,696.29
Seguros 11,331.41 9,946.35
Serviços especializados 324,829.22 337,657.56
Outros serviços de terceiros 601,697.41 447,762.15
1,592,547.58 1,534,626.48
Relatório e Contas - 2008
25 25
18. IMPOSTOS CORRENTES
Sobre os lucros do exercício incide IRC à taxa de 25% e uma taxa municipal, a derrama, à taxa
de 1.5%, o que equivale a uma taxa global de 26.5%. Os encargos com viaturas ligeiras de
passageiros e as despesas de representação são tributados autonomamente à taxa de 10%,
nos termos do n.º 3 do artigo 81.º do Código do IRC.
A carga fiscal imputada ao exercício foi de 3,761,764.50 euros, sendo que os pagamentos por
conta efectuados em 2008 foram de 1,208,904.00 euros.
No início de 2008, a sociedade foi informada de que a Administração Fiscal indeferiu o pedido
de transmissibilidade de prejuízos fiscais, na sequência da fusão com a “Portfolio Managers -
Sociedade Gestora de Patrimónios, S. A.”. Não concordando com a decisão e respectiva
argumentação da Administração Fiscal, em Abril de 2008 a sociedade contestou judicialmente.
19. OPERAÇÔES A PRAZO E ACTIVOS E PASSIVOS EXPRESSOS EM MOEDA
ESTRANGEIRA
No quadro seguinte, indicam-se as posições em operações a prazo ainda não vencidas a
31.12.2008:
Longa Curta
S&P 500 FUT 0.58600
EURO FX CURR FUT 6.07193
Contrato de Futuro FinalidadeQuantidade
Cobertura de riscos inerentes a
elementos patrimoniais constantes do
balanço
A posição longa de 6.07193 contratos de futuros designados “ Euro Fx Curr Future” relativos à
taxa de câmbio Euro/Dólar americano, cotados em bolsa, com vencimento em Março de 2009,
e com um valor global de cerca de 760 mil euros destinava-se a cobrir o risco de variação da
taxa de câmbio inerente a elementos patrimoniais constantes do balanço com exposição
económica ao Dólar americano.
O montante global dos elementos do activo e o montante global dos elementos do passivo
expressos em moeda estrangeira, convertidos em euros são, respectivamente, de
97,446,671.24 euros e 88,355,665.83 euros.
Relatório e Contas - 2008
27 27
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
Relatório e Contas - 2008
30 30
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO