Reprodução Assistida em Felídeos Selvagens – uma
revisãoBiotecnologia da
Reprodução II
MICHELETTI T., CUBAS Z. S., MORAES W., OLIVEIRA M. J., KOZICKI L. E., WEISS R. R. MOREIRA N. Reprodução assistida em felídeos selvagens – uma - Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.35, n.4, p.408-417, out./dez. 2011. Disponível em www.cbra.org.br.
Profª. Michelle Araújo
Medicina VeterináriaIndaiatuba/SP
NOMES:
BRUNO UCHOADIEGO PETERSONGABRIELA UCHOAIVAN MEZZACAPAMICHELE VENTURININATHANA VENANCIO
OBJETIVO DO ARTIGO
Conhecimento sobre os aspectos reprodutivos da família Felidae;
Biotécnicas reprodutivas aplicáveis a essas espécies;
Preservação da espécie.
INTRODUÇÃO
A destruição dos ecossistemas, está colocando em risco a biodiversidade do planeta.
Com isso, zoológicos e criadouros que
mantêm espécies raras devem assumir o papel de preservação, tanto in vivo como in vitro.
INTRODUÇÃO
Esta revisão aborda: Aspectos reprodutivos da família Felidae, Técnicas de reprodução assistida,Suas limitações e aplicações para essas
espécies, Conhecer sazonalidade reprodutiva, ciclo
estral, sensibilidade ovariana, maturidade, senilidade reprodutiva e tipo de ovulação.
MONITORAMENTO HORMONAL
Informações sobre a fisiologia reprodutiva, Nível de atividade ovariana da fêmea, Regularidade dos ciclos hormonais, Fase do ciclo estral, Concentrações de andrógenos em machos, Em animais silvestres utiliza-se técnicas não
invasivas (ensaios imunológicos para quantificar hormônios em fezes, urina e saliva).
INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NA REPRODUÇÃO
Pode comprometer a obtenção de espermatozoides viáveis para a fertilização in vitro,
Influenciar a taxa de clivagem de embriões in vitro,
No desenvolvimento e maturação de oócitos, Embriões gerados de oócitos extraídos no
período de quiescência dos ovários podem ser comprometidos, pois não se desenvolvem da mesma maneira que embriões gerados a partir de oócitos coletados em períodos reprodutivos.
É necessário desenvolver pesquisas visando aperfeiçoar as técnicas de maturação de oócitos e de aumentar a viabilidade espermática;
Assim a sazonalidade não influenciaria na reprodução assistida.
RESPOSTA OVARIANA ÀS GONADOTROFINAS
Gonadotrofinas exógenas induzem o crescimento folicular e a ovulação fora do período de estro.
A resposta pode variar entre espécies, indivíduos e quanto ao intervalo entre as aplicações.
RESPOSTA OVARIANA ÀS GONADOTROFINAS
A aplicação sucessiva em intervalos curtos, podem sensibilizar o sistema imunológico da fêmea,
Induzindo a formação de imunocomplexos que interferem na resposta ovariana,
Na eficácia da inseminação artificial e na recuperação de oócitos.
Pesquisas futuras precisam indicar os melhores protocolos, como dose e intervalo de aplicação para cada espécie.
BIOTÉCNICASREPRODUTIVAS
IA (inseminação artificial)
Técnica aperfeiçoada e bastante utilizada em diversas espécies,
Utilização tanto de sêmen fresco, resfriado quanto criopreservado,
BIOTÉCNICASREPRODUTIVAS
Fertilização in vitro (FIV)
Técnica relativamente simples, porém apresenta baixa taxa de sucesso para certas espécies de felídeos, mesmo quando os oócitos recuperados são de boa qualidade.
BIOTÉCNICASREPRODUTIVAS
A ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide)
É uma das técnicas de reprodução assistida mais caras (em razão do custo do micromanipulador que realiza a injeção do espermatozoide),
Também a técnica que pode apresentar a maior taxa de sucesso na concepção de embriões devido à precisão com que a fecundação é conduzida.
SUPRESSÃO DA ATIVIDADE OVARIANA
O progestágeno se mostrou eficiente em suprimir a atividade ovariana,
Nas fêmeas que apresentavam ovulação induzida, e também nas que apresentavam ovulação espontânea,
Busca-se o desenvolvimento de protocolos hormonais que resultem na inativação ovariana reversível, como o uso de progestágenos.
CULTIVO DE EMBRIÕES IN VITRO
Em felídeos domésticos, o cultivo de embriões é feito em grupo (cultivo de vários embriões na mesma gota ou poço).
Para o sucesso das técnicas de cultivo de embriões, é fundamental a utilização de meios de cultivo adequados para que ocorra a clivagem deles.
CRIOPRESERVAÇÃO E REFRIGERAÇÃO DE EMBRIÕES
A criopreservação de embriões é uma realidade,
Técnica não rotineira,
É preciso avanço nas técnicas de cultivo e congelação de embriões in vitro.
CRIOPRESERVAÇÃO E REFRIGERAÇÃO DE OVÁRIOS
Para a preservação in vitro de material genético de fêmeas de espécies raras, pode-se lançar mão da refrigeração temporária de células e tecidos obtidos por ovário-histerectomia.
CRIOPRESERVAÇÃO E REFRIGERAÇÃO DE OÓCITOS
A refrigeração e posterior fertilização de oócitos só são eficientes quando o ovário é armazenado a 4ºC por um período máximo de seis horas após a retirada do órgão.
Até o momento, há poucos relatos de criopreservação bem-sucedida de oócitos de felídeos.
CRIOPRESERVAÇÃO E REFRIGERAÇÃO DE TESÍCULOS
Apesar de esta técnica apresentar sucesso com algumas espécies de roedores, ainda não existem relatos de trabalhos que obtiveram esse tecido de felídeos viável após sua criopreservação.
ESPERMATOZOIDES EPIDIDIMÁRIOS E TESTICULARES
Consiste na retirada de espermatozoides diretamente do testículo e do epidídimo e sua utilização na ICSI.
Isto permite aproveitar o material genético de animais que estão prestes a morrer, que morreram recentemente, ou animais que, não apresentam a capacidade de ejacular.
USO DE ANIMAIS SOROPOSITIVOS
São os portadores de vírus da imunodeficiência felina (FIV) ou herpesvírus felino - 1 (FHV-1).
Não foram confirmadas a transmissão horizontal ou a vertical pela utilização de sêmen previamente criopreservado.
Porém, essa hipótese não pode ser desconsiderada.
Portanto, o uso destes animais, a princípio é rejeitado.
CONCLUSÃO
Apesar dos avanços que vêm ocorrendo na área de reprodução ainda há muito a ser desenvolvido nessa área.
As pesquisas demandam alto investimento em profissionais experientes, equipamentos e suprimentos.
A biotecnologia aplicada à reprodução reduz o risco de extinção de inúmeras espécies, importantes para a manutenção do equilíbrio natural do planeta.
REFERÊNCIA
MICHELETTI T., CUBAS Z. S., MORAES W., OLIVEIRA M. J., KOZICKI L. E., WEISS R. R. MOREIRA N. Reprodução assistida em felídeos selvagens – uma revisão - Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.35, n.4, p.408-417, out./dez. 2011. Disponível em www.cbra.org.br.
BOA NOITE!!!