1 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.
FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011
SAÚDE OCUPACIONAL: UMA ANÁLISE AOS RISCOS RELACIONADOS À EQUIPE DE ENFERMAGEM DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
OCCUPATIONAL HEALTH- AN ANALYSE OF THE HEALTH RISKS RELATED TO
THE NURSING TEAM OF THE UTI
Jéssica Lettícia Risério Porto 1
Laysila Gomes Santos1
Mayara Cristina Carneiro Vasconcelos1
Elaine Oliveira Souza Fonseca2
RESUMO A saúde ocupacional é um tema bastante abordado devido a sua atuação em relação promoção e à preservação da integridade física do trabalhador. A investigação científica parte da temática Saúde Ocupacional: uma análise aos riscos relacionados à equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva. O presente estudo teve como objetivo identificar e compreender os principais riscos ocupacionais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem de uma UTI. Trata-se de um estudo quantitativo de caráter exploratório, envolvendo uma amostra de 20 profissionais. Elaborou-se um questionário estruturado abordando os riscos ambientais presentes no setor. Da análise, emergiram aspectos referentes à exposição da equipe, frente aos riscos laborais como a postura inadequada, fadiga e estresse, ressecamento de pele, riscos biológicos e químicos, manuseio inadequado do perfurocortante e falta de conhecimento da equipe em relação à atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Palavras-chave: Saúde Ocupacional. Unidade Terapia Intensiva. Enfermagem. ABSTRACT
Labor health is a very approached subject due your its performance related to worker physical’s integrity’s promotion and preservation.Scientific research part of the thematic – occupational health- an analyse of the health risks related to the nursing team of the intensive care unit. Which goals have ben identified and understood the main occupational risks, to which are exposed the nursing staff of an UTI. It deals with a quantitative study of exploratory approach, involving a sample of 20 professionals. A structured questionnaire dealing with the envirommental risks presented in the analyse sector was elaborated. From its nalyses emerging issues relating to the exposure of staff, compared to occupational hazards such as poor posture, fatigue and stress, dry skin, biological and chemical hazards, improper handling of sharps and lack of staff knowledge regarding the role of the Internal Prevention accidents (CIPA).
1Graduandas do Curso de Enfermagem da Faculdade Guanambi
2Enfermeira, especialista em Unidade de Terapia Intensiva, professora orientadora.
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Key – words: Occupational Health. Intensive Care Unit. Nursing. INTRODUÇÃO
Na atualidade mundial, as diversidades e competitividade profissional
percorrem juntas, no entanto observa-se modificações em sua forma de organização
e disposição do trabalho, expressas através da rotatividade, desemprego, exposição
a riscos em ambiente laboral, sobrecarga e acidentes no trabalho. Essas variações
conectam-se intrinsecamente com problemas vividos hoje pela sociedade brasileira,
repercutindo em ampliação do trabalho informal e em trabalhadores insatisfeitos,
traçando desta forma um paradigma entre o “trabalho e o lucro”.
Existem estimativas de que os Acidentes de Trabalho (AT) apresentam hoje,
dados expressivos, que devem ser considerados. Os dados de AT somam hoje um
total de 26.081 acidentes trabalhistas na Bahia, sendo que destes, 3.942 são
pessoas acometidas em ambiente de trabalho médico (BRASIL, 2008). Estes dados
solidificam a necessidade de se ter conhecimento a cerca dos fatores atenuantes
que acabam por predispor o profissional aos riscos. Faz-se necessário traçar
medidas mais confiáveis à execução destas atividades, promovendo à redução dos
elevados números de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
A saúde ocupacional está voltada à promoção e à preservação da integridade
física do trabalhador durante o exercício de sua função, por meio da detecção de
fatores que interferem em sua saúde. Essa visão possui abordagem de vigilância,
rastreamento e diagnóstico precoce de agravos à saúde relacionados ao trabalho.
Em função dos fatores precipitantes ao AT e possivelmente dos cuidados, a estes
profissionais, objetivou-se conhecer, quais são os possíveis riscos (físico, químico,
biológico e ergonômico) a que dificultam a realização de atividades intra-
hospitalares, bem como os tornam vulneráveis as morbidades frente à exposição em
seu trabalho. Estas atividades, rotineiras, estressantes e cansativas por sua vez,
culminam em comprometimento do seu estado psicobiológico. Em resultado a este
fato o profissional tende a sofrer com as implicações advindas da execução destas.
Descritivamente, as causas presentes acima denotam o grau de exposição
sofrida por estes profissionais a curto e longo prazo, visto que o sistema corporal
responde de forma peculiar diante deste agravante.
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Como a equipe de enfermagem apresenta em muitos setores atividades
bastante assistenciais, permanecendo durante 24 horas junto ao paciente, espera-se
que o ambiente de trabalho possa ser apropriado para a prática de suas tarefas,
com inserção de programas voltados a prevenção e conscientização de atividades
seguras .Não abdicando ainda do cuidado integral à equipe, sendo necessário a
realização de exames médicos periódicos para os profissionais, com o objetivo de
prevenir agravos e tratar precocemente problemas à sua saúde oriundas de sua
atividade. Visando ainda, minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais,
bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
Este estudo tem como objetivo conhecer e analisar os riscos ocupacionais
que a equipe de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva está exposta no
seu processo laboral.
A intenção de desenvolver a investigação científica sobre a temática exposta
surgiu da observação durante estágios supervisionados, quando eram frequentes os
riscos trabalhistas a qual os enfermeiros estavam expostos em seu ambiente laboral,
tornando-os mais susceptíveis às doenças ocupacionais.
METODOLOGIA
A pesquisa caracterizou-se como um estudo quantitativo de caráter
exploratório. Sendo este realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para
adultos de uma instituição hospitalar de rede pública estadual, vinculada a
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), localizada no sudoeste da Bahia,
durante o período de abril a maio de 2011.
Trabalham no setor onde o estudo foi realizado, 26 (vinte e seis) profissionais
da equipe de enfermagem, sendo que 8 são enfermeiros e 18 técnicos de
enfermagem. Destes, 20 (76.9%) participaram da pesquisa, constituindo uma
amostra bastante representativa para esse universo.
Não participaram da pesquisa os indivíduos que se recusaram os que
estiveram em licença médica ou de férias no período da coleta de dados.
O instrumento de coleta de dados foi através de um questionário estruturado
constituído por uma série ordenada de perguntas. Os questionários foram aplicados
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mediante permissão da coordenação do próprio setor (UTI), onde após realização,
todos os dados foram analisados e interpretados.
A pesquisa foi realizada com permissão dos sujeitos, mediante leitura e
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, constando os termos de
total preservação da identidade dos clientes participantes do estudo, não havendo
para os mesmos ônus nem bônus.
Após a organização do material coletado foi feita a análise dos questionários,
sendo estas reunidas em categorias temáticas por similaridade e discutidas à luz da
literatura.
ANÁLISE DE DADOS
A análise temática dos dados teve por base a proposta de Marcone e Lakatos
(2010), que constitui uma das técnicas que se prestam à investigação quantitativa,
abrangendo, maior número de itens a ser desenvolvida a busca pelo resultado
coerente.
Para a representação dos dados obtidos, utilizaram-se gráficos possibilitando
um maior entendimento dos mesmos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Exposição aos riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos
A saúde ocupacional refere-se à promoção e preservação da integridade
física da saúde do trabalhador, durante o exercício de sua função. O COREN (2011,
p.34) no uso de suas atribuições define em seu art. 63:
As atividades de enfermagem devem se desenvolver em condições de trabalho que promovam a própria segurança, da pessoa, família e coletividade sob seus cuidados, e dispor de material e equipamento de
proteção individual e coletiva, segundo normas.
Ao propor que se considerem o conceito acima, objetivou-se identificar quais
os riscos a equipe de enfermagem está exposta. Após a coleta de dados, 60% dos
entrevistados afirmaram que já foram expostos aos riscos físicos, químicos,
biológicos e ergonômicos, 20% aos riscos físicos, 5% físicos, biológico e ergonômico
e 15% já foram expostos aos riscos químicos, biológicos e ergonômicos.
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Com base neste contexto, tornou-se evidente que os sujeitos da pesquisa já
estiveram expostos a todos os tipos de riscos. Benati e Nishide (2004) ressaltam que
o ambiente de trabalho hospitalar tem sido considerado insalubre por agrupar
pacientes portadores de diversas enfermidades infectocontagiosas e viabilizar
muitos procedimentos oferecendo riscos de acidentes e doenças para os
trabalhadores de saúde.
Os riscos ocupacionais apresentam bases diversas devido aos fatores
precipitantes intrínsecos e em maior escala os extrínsecos a qual ganham força na
atmosfera do trabalho, refletindo-se através dos acidentes e evoluindo para as
doenças ocupacionais.
Em consonância com as informações, o Ministério do Trabalho e Emprego
estabelece na Norma Regulamentadora (NR) 9, o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA), a qual envolvem os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes nos ambientes de trabalho, avaliando a função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, bem como sua
capacidade de causar danos à saúde do trabalhador (BRASIL, 1978d).
Não obstante, espera-se que as empresas hospitalares sejam responsáveis
pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da
saúde do trabalhador, bem como informar aos mesmos, sobre os riscos presentes.
Ruído (Risco físico)
Descritivamente fazem parte dos agentes físicos: exposição ao calor, frio,
radiação, vibração e ruído. Sabe-se que, “o ruído é um agente físico universalmente
distribuído, presente praticamente em todos os ramos de atividades laborais”
(MORAES, 2010, p. 80).
Normalmente a equipe de enfermagem está exposta às cargas sonoras, dos
sistemas de chamada dos pacientes, alarmes dos equipamentos de monitorização e
telefones a qual se somam à sobrecarga auditiva nas UTI`s, tornando-os um
predisponente ao surgimento de problemas psíquicos e auditivos devido exposição
prolongada.
Conforme avaliado na pesquisa, 18 pessoas das 20 em estudo certificaram
terem boa acuidade auditiva, 75% asseguraram ainda que os ruídos do ambiente de
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trabalho, normalmente são moderados. Segundo Cintra, Nishide e Nunes (2003), o
nível de ruído na UTI não deve ultrapassar de 45 decibéis (dB) durante o dia, 40dB
durante a noite e 20dB durante a madrugada.
Partindo dessa premissa, a equipe de enfermagem em estudo, informou que
não apresentaram problema algum com a carga sonora presente na UTI. Porém,
acredita-se que por estes funcionários, estarem frequentemente expostos a estes
ruídos já apresentam certa adaptação.
Tais condições adaptações favorecem a pré-disposição à Perda Auditiva
Induzida por Ruído (PAIR), a qual gera uma lesão irreversível e insidiosa muitas
vezes não percebida de imediato, quando a sua comunicação é prejudicada
(BRASIL, 2006c). Além disso, o profissional adquire uma série de incapacidades
auditivas, podendo intervir na sua vida profissional, familiar e pessoal.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o ruído de até 50 dB pode
perturbar, mas o organismo se adapta facilmente a ele. A partir, dos 55dB, leva ao
estresse breve, à medida que os dB se elevam as complicações são mais graves
(MORAES, 2010).
Postura Inadequada (Risco Ergonômico)
Verifica-se que os riscos ergonômicos fazem parte frequentemente da rotina
do trabalhador, impondo aos mesmos esforços físicos intenso favorecendo a
predisposição a distúrbios (MORAES, 2008). Dentre as causas possíveis, ressaltam-
se os estressores ocupacionais, sendo eles: o transporte de peso manual, através
da mudança de decúbito; banho no leito, devendo ser realizada em equipe, a fim de
reduzir o impacto no sistema musculoesquelético.
O particular interesse em estudar ergonomia apresenta-se aos possíveis
efeitos das condições de trabalho na saúde e na vida do profissional de
enfermagem. Tais efeitos acontecem por serem protagonistas da assistência aos
pacientes, durante as 24 horas (SANTOS, 2001), incluindo ainda os sistemas de
trabalho noturno, suas reações frente ao ciclo sono/ vigília, estresse, fadiga
muscular, a organização e doenças relacionadas ao trabalho, entre outros fatores.
Dados estes, discutidos com maior ênfase ao longo do estudo, devido hábito e
exigências múltiplas frequente, favorecendo as patologias ocupacionais.
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Na pesquisa em questão, ao avaliar postura física durante atividades
assistenciais, foi evidenciado positivamente, que 60% dos entrevistados realizam
banho no leito, com o auxílio de outros colegas.
Ao se questionar postura física durante o trabalho, identificou-se que 65% dos
profissionais consideram sua postura física inadequada. Moraes, (2008) ressalta que
o tempo de exposição ao risco ergonômico, favorece uma adaptação, decorrentes
de ritmos excessivos. No entanto, apesar do conhecimento referente à ergonomia no
ambiente laboral, a maioria (80%) afirmou apresentar desconforto muscular ao
término do turno de trabalho. O Ministério do Trabalho e Emprego ressalta através
da NR-17, que a qualidade do trabalho seja levada em consideração, como também
as condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar máximo
de conforto, segurança e desempenho eficiente, minimizando posturas inadequadas
e situações de estresse físico (BRASIL, 1978c).
Fadiga, Estresse, Sono e Repouso (Risco Ergonômico)
O trabalho noturno, por ser contrário à natureza do ser humano
predominantemente diurno provoca um quadro de estresse constante, implicando
em efeitos psíquicos, físicos e emocionais (REGIS FILHO, 1998). Neste contexto, o
estudo apresentou que 100% dos profissionais se sentem cansados após um turno
de trabalho noturno. E a maioria (76,4 %) disse se sentir estressado após longos
plantões.
Mediante esta reflexão, entende-se que normalmente, os enfermeiros estão
expostos ao estresse e fadiga excessiva, devido ao desgaste físico e mental
presentes durante sua rotina hospitalar. Miranda e Stancato (2008, p.4) apontam
que “a UTI é um lugar de tensões constantes [...] onde os profissionais
experimentam uma vivência de extrema angústia, algo que parece ser pior que a
morte, a qual, frequentemente, não se leva em consideração” sendo esta situação,
um indicador importante para a existência de doenças laborais.
Todo profissional, no decorrer de suas atividades laborais, estão exposto a
situações como: alterações psíquicas, decorrentes do cansaço intenso e trabalho
noturno, favorecendo a alterações em seu ritmo e comprometendo seu desempenho.
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Observa-se que tais condições apresentam-se como um agravante significante ao
desenvolvimento de doenças característica (ROCHA; FIGUEIREDO, 2010).
Sabe-se que a fadiga e estresse apresentam hoje um dos problemas mais
comuns, descritos por serem freqüentes durante trabalho. A rotina intensiva, feita
pela equipe de enfermagem, denota que tais condições são oriundas de fatores
preexistentes nas rotinas, não somente das UTI’s, mas também, em todos os
campos hospitalares, tornando-se fatores normais durante o trabalho.
Para Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn, 2006a, p.31) a “fadiga é
um sinal de alarme para que o organismo humano reconheça seus limites e
estabeleça um período de repouso para reverter os sintomas instalados”.
Notoriamente, verifica-se que os enfermeiros intensivistas não atingem
totalmente os ciclos do sono, devido atividades realizadas durante o turno, em
consequência, a fadiga, estresse e flutuações do humor tornam-se evidentes e o
mau desempenho torna-se um agravante, favorecendo “falhas de percepção e
dificuldades de concentração nas tarefas a serem excutadas” (LEITÃO;
FERNANDES; RAMOS, 2008, p. 6).
A equipe de enfermagem intensivista, informou conseguir repousar cerca de 3
horas durante o trabalho noturno, 94,12% ressalta ainda não apresentar dificuldades
para dormir nesse período e que normalmente conseguem retornar à sua atividade
sem agravantes. Vigente na Constituição do trabalho o Decreto\Lei 5452/43 ao
propôr que em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda 6 horas é obrigatória
à concessão de um intervalo de no minímo 1hora e no máximo 2 horas de descanço
(BRASIL, 1943). Legitimando os dados observados no estudo, os profissionais
excedem 1 hora do descanço noturno, previsto em lei. Acredita-se que esse tempo
excedido possa favorecer um melhor descanso e qualidade laboral e assistencial.
Manipulação de Drogas e Dermatoses (Riscos Químicos)
A manipulação de drogas refere-se a um dos riscos químicos mais comuns,
para a equipe de enfermagem. Esta manipulação relaciona-se à absorção de
drogas, através da pele e mucosas, quanto à manipulação sem uso adequado dos
EPI’s; respingos acidentais na pele e nos olhos; inalação na administração de
drogas em aerossol ou em spray e na maceração e mistura de medicações; ingestão
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acidental direta ou indireta através das mãos ou de respingos atingindo a boca
(LEITÃO; FERNANDES; RAMOS, 2008).
Gráfico 1- Caracterização dos profissionais da equipe de enfermagem que fazem somente o uso da máscara durante a manipulação de drogas.
Fonte: Dados da Pesquisa
Ao se questionar sobre o uso da máscara separadamente, identificou-se que
apenas 7 das 20 pessoas estudadas (35%) referiram fazer o uso da mesma, à
manipulação de medicamentos, conforme analisado no gráfico 1. Dado este
relevante, pois, na UTI os pacientes atendidos são de média a alta complexidade,
sendo que muitos desses fazem o uso de drogas antimicrobianas.
Como o enfermeiro está próximo ao paciente durante os cuidados intensivos,
a exposição prolongada a essas drogas, sem o uso da máscara poderá
comprometer a saúde do trabalhador, tornando-os resistentes aos antibióticos. Souto
(2005), afirma que cerca de 5% dos profissionais de enfermagem que manipulam
antibióticos se tornam sensibilizados e alguns imunossupressores utilizados nos
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transplantes de órgãos e tecidos podem causar efeitos teratogênicos e
carcinogênicos, bem como diversas substâncias químicas, capazes de gerar
dermatoses ocupacionais na equipe de enfermagem.
Gráfico 2- Referente ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) pela equipe de enfermagem durante a manipulação de drogas.
Fonte: Dados da Pesquisa
Quando questionados sobre quais os EPI´s fazem uso durante manipulação
de medicamentos conforme o gráfico acima, 25% dos entrevistados informou usar
somente luvas, 15% luva e touca; 10% luva e máscara; 20% luva, máscara e touca;
5% usam óculos, touca e máscara; 5% luva, óculos e touca; 5% luva e óculos e 15%
referiram, usar somente a touca durante o procedimento. Considerando os dados
relativos ao uso do EPI, o Ministério do Trabalho e Emprego estabelece a NR-6, e
dispõe que “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
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destinado à proteção de riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho” (BRASIL, 1978b, p. 1), deverão ser usado em qualquer procedimento.
Afirma ainda que os EPI’s sejam de uso obrigatório e o descumprimento desta
norma pode gerar penalidades aos profissionais. É necessário fazer o uso desse
aparato em qualquer que seja a atividade laboral.
Gráfico 3- Exposição dos profissionais da equipe de enfermagem aos riscos químicos.
Fonte: Dados da pesquisa
A análise da pesquisa evidenciou que 95% dos profissionais em estudo
apresentaram ressecamento de pele nas mãos, e 70% informaram que o sabão
utilizado pelo setor é de má qualidade, porém 85% afirmaram não apresentarem
patologias de pele, conforme observado no gráfico 3.
No contexto real da UTI, faz constatar que o tempo de exposição aos agentes
químicos determinará o grau de comprometimento no panorama saúde-doença. No
entanto, diante das variedades de alterações que acometem os trabalhadores,
observou-se que estas substâncias podem causar problemas não somente
respiratório devido sensibilidade das estruturas brônquico-alveolar aos agentes
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químicos (GUYTON; HALL, 2006), mas também, as dermatoses ocupacionais,
devido contato direto ou indireto com os mesmos. A prevalência dessas dermatoses
nos profissionais de saúde é elevada. Essas condições são inerentes á organização
do trabalho que busca atingir os objetivos de alta produtividade, sem que a
qualidade de vida no trabalho seja levada em consideração, representam uma
parcela ponderável das doenças profissionais (BRASIL, 2006b).
Essas dermatoses apresentam ainda, uma vulnerabilidade de agentes
irritantes patológicos capazes de gerar doenças, principalmente as dermatites de
contato por serem mais frequentes ao ambiente hospitalar, principalmente para o
enfermeiro devido contato direto com substâncias químicas, detergentes, uso da
luva. Ressalta ainda, que esses agentes acabam por agredir a pele e levar a
existência da Dermatite Irritativa de Contato (DIC) (BRASIL, 2006b).
A instituição hospitalar deve ter o cuidado de ofertar sabão de boa qualidade
e ainda se necessários cremes protetores. O Ministério do Trabalho e Emprego no
uso de suas atribuições define “o uso de creme protetor de segurança para a
proteção dos membros superiores contra agentes químicos”, medida esta pouco
utilizada (BRASIL 1978b, p.5). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
recomenda no serviço de saúde, o uso de sabão líquido, tipo refil, que seja
agradável ao uso, possua fragrância leve e não resseque a pele. A adição de
emolientes à sua formulação pode evitar ressecamento e dermatites (ANVISA,
2007).
Acidente por Perfurocortante e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Os acidentes por perfurocortante representam hoje um dos riscos
ocupacionais mais crebros no contexto hospitalar, pois acometem em especial a
equipe de enfermagem, devido atividades diversas com agulhados nos pacientes.
Sua contaminação permite um contato direto das bactérias, vírus, sangue e fluidos
orgânicos com o profissional, expondo-o a situações de risco extremo. Suas formas
de exposição incluem inoculação percutânea, por intermédio de agulhas ou objetos
cortantes e o contato direto com pele e/ou mucosas (MARZIALE; RODRIGUES,
2002).
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Gráfico - 4 Incidência de acidentes por perfurocortante e notificação com órgão responsável.
Fonte: Dados da pesquisa
Conforme observado em gráfico 4, pode-se perceber que 60% dos entrevistados já
se contaminaram com perfurocortante. A Associação Brasileira de Enfermagem
(2006, p. 25) corrobora ao abordar que “de jan/1997 a dez/2004, houve mais de 15
mil notificações sobre acidente de trabalho com material biológico. A enfermagem foi
a mais atingida”. Tornando os profissionais da área de saúde mais susceptíveis a
doenças como HIV, hepatite A, B, C, D e E, chagas e tuberculose, decorrentes de
acidentes de trabalho por agentes biológico (BRASIL, 2001).
Em continuidade aos dados expostos, identifica-se que o impacto das
doenças ocupacionais transmitidas pelo sangue, após um acidente de trabalho com
material potencialmente contaminado, tornou-se uma preocupação constante para
os profissionais de saúde, levando o sentimento de medo e estresse pelo risco de
contaminação de doenças fatais (ARRABAÇO, 2008).
Tais sentimentos são decorrentes de fatores preexistentes nos setores, tal
qual foi observado no estudo em questão, onde 65% dos profissionais afirmaram
que no setor de atuação, não existe caixa ideal de perfurocortante. Essa exposição
pode ter contribuído para a maior contaminação dos profissionais de saúde. A
Associação Brasileira de Normas Técnicas dispõe sobre os coletores para Resíduos
de Serviço de Saúde (RSS) perfurantes ou cortantes, ressaltando sua importância
neste contexto (UNIMED, 2009, p, 14):
Que os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipiente, rígidos, resistentes à puncultura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente
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identificados, baseados nas normas da ABNT NBR 13853/97 – coletores para RSS, [...].
Percebe-se através da pesquisa que é comum o uso de caixas improvisadas
para descarte de objetos perfurocortantes na unidade, expondo os trabalhadores do
setor a um risco de acidente.
Ressalta-se ainda que quando questionados em relação à comunicação e
abordagem em situação de agravo, 90% dos profissionais informaram não ter
comunicado a comissão do órgão responsável. Demonstrando assim, a fragilidade e
um despreparo por parte dos profissionais ao se tratar de um órgão responsável por
garantir à sua saúde,
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB, 2004),
medidas preventivas podem ser tomadas pela Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH), a qual compete à mesma elaborar, programar, manter e avaliar
programas de controle de infecção hospitalar adequada às características e
necessidades da instituição. E contemplando no mínimo, ações relativas à atividade
de vigilância epidemiológica, microbiológica de investigação e controle, mensurando
através destes dados, os riscos presentes.
Conforme apontam Couto et al. (2009, p. 709), “ os hospitais devem priorizar
e estabelecer políticas que minimizem os riscos de transmissão e infecção entre os
Trabalhadores da Área de Saúde (ATS) e dos pacientes, tornando essencial a
atuação da CCIH”. Em geral, os riscos de ocorrerem acidentes de trabalho dentro da
UTI, multiplicam-se pelo fato de que os pacientes necessitam de um cuidado
intensivo e por ser o ambiente crítico e estressante. Medidas devem ser adotadas
para aquisição de dispositivos de segurança para a prevenção de acidentes
(MORAES, 2010).
Em maiores instâncias, pode-se comunicar a Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), a qual desempenha um papel fundamental no ambiente
hospitalar, pois, a mesma tem por finalidade traçar medidas preventivas,
desenvolver atividades como educação continuada, visando minimizar ao máximo
possível, agravos à saúde do trabalhador.
No estudo em questão, quando interrogados, 70% dos entrevistados
afirmaram conhecer o conceito e a atuação da CIPA. Entretanto, a maioria (90%)
informou não saber da necessidade de existir um integrante de enfermagem que
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compõe a CIPA, contradizendo a informação que conhecem o conceito deste órgão.
O Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 1978a) estabelece NR-5 e informa
que este órgão, deva ser instituído em cada unidade, devendo compor-se por
representantes da classe trabalhista, dentre eles um médico do trabalho, um
enfermeiro, um técnico de segurança do trabalho e um engenheiro do trabalho.
Partindo deste pressuposto, acredita-se que o reconhecimento dos riscos
laborais, por parte de toda a equipe hospitalar, seja uma conduta extremamente
importante. O conhecimento ainda, frente às normas estabelecidas pelo Ministério
do Trabalho, das medidas de atuação do órgão responsável de segurança e ainda a
quem recorrer em casos de acidentes ocupacionais, se faz viável para garantir uma
qualidade na assistência e seguridade de todo o acompanhamento, favorecendo
desta a inserção de medidas frente aos riscos expostos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo proporcionou uma avaliação crítica referente aos riscos que a
equipe de enfermagem da UTI está exposta, predispondo o surgimento de
patologias ocupacionais relacionadas às atividades laborais.
Conclui-se que insalubridade da UTI, contribui para existência de riscos
ocupacionais frequentes, tal desempenho relaciona-se aos hábitos dos profissionais
intensivistas; frente aos riscos químicos, físico, biológicos e ergonômicos, sendo
alguns dos mesmos evidenciados em maior e menor intensidade.
Os dados coletados denotam que os profissionais de enfermagem estão
frequentemente expostos a riscos de natureza ergonômica, perante postura
inadequada; fadiga e estresse devido à exaustão física; ao ressecamento de pele
devido à baixa qualidade do sabão oferecido pelo setor; a exposição frequente aos
riscos biológicos e químicos, durante a manipulação de drogas sem o uso correto do
EPI; ao manuseio inadequado do perfurocortante e caixa de descarte inapropriada,
tornando-os predisponentes a acidentes ocupacionais, destaca-se ainda, o
despreparo e fragilidade dos profissionais por não conhecerem a atuação da CIPA.
Ressalta-se a importância de traçar medidas de prevenção, se atentando a
concentração de esforços e recursos no sentido de promover mudanças no
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ambiente de trabalho, com a implementação de programas de prevenção e
conscientização de práticas seguras e o fornecimento, de forma contínua e uniforme
destas. Faz-se necessário ainda, à adaptação de investimento de recursos humanos
e materiais, do uso do EPI enfatizando as precauções de contato, gotículas e
aerossóis de forma a evitar transmissão de doenças; traçar medidas de redução do
estresse ocupacional através de ginástica laboral; promover educação continuada e
adequação de jornadas de trabalho. Além disso, a prática de avaliação médica deve
ser uma atividade frequente, a fim de prevenir os agravos à sua saúde dos
trabalhadores.
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