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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmiss ão
Metodologia para o planejamento, implantação e moni toramento
de sistemas de transposição de peixes da Cemig
Gerente de Gestão Ambiental da Geração e Transmissã o: Enio Marcus Brandão Fonseca Coordenador Técnico do Programa Peixe Vivo: Newton José Schmidt Prado Coordenador do Seminário: João de Magalhães Lopes Colaboração e edição: Andréa Cássia Pinto Pires de Almeida
Setembro/2008
ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE
1. Introdução ...................................... .......................................................................................2
2. Programação do Seminário ........................ .........................................................................4
3. Planejamento de Sistemas de Transposição de Peix es da Cemig....................................5
3.1- Requisitos Legais.............................................................................................................5 3.1.1 Política Ambiental da Cemig...................................................................................5
3.1.2 Legislação Federal .................................................................................................6
3.1.3 Legislação Estadual ...............................................................................................6
3.2- Requisitos da Ictiofauna...................................................................................................8 3.2.1- Conceito................................................................................................................8
3.2.2- Parâmetros a serem estudados.............................................................................9
3.3- Requisitos do Empreendimento .....................................................................................20 3.3.1- Parâmetros a serem estudados...........................................................................20
3.4- Requisitos do Sistema de Transposição de Peixes........................................................22 3.4.1- Parâmetros a serem estudados...........................................................................22
3.5- Requisitos Ambientais: ..................................................................................................26 3.5.1- Parâmetros a serem estudados...........................................................................26
3.6-Características restritivas para a implantação do Sistema de Transposição de Peixes...27 4. Construção de Sistemas de Transposição de Peixes da Cemig .....................................28
5. Monitoramento e avaliação de eficiência de Siste mas de Transposição de Peixes da
Cemig.............................................. ...................................................................................29
5.1- Conceitos:......................................................................................................................29 5.2- Parâmetros do Sistema de Transposição de Peixes a serem avaliados ........................30 5.3- Parâmetros da ictiofauna na região sob influência do STP ............................................40 5.4- Parâmetros gerais do Sistema de Transposição de Peixes a serem avaliados..............49
6. Regra Operativa Para Sistemas de Transposição de Peixes da Cemig..........................50
6.1- Dados necessários para se obter a regra operativa .......................................................50 6.2- Como se obter a regra operativa....................................................................................50 6.3- Resultado obtido com a aplicação da regra operativa....................................................51 6.4- Produto ..........................................................................................................................51
7. Linhas de Pesquisa Prioritárias................. ........................................................................52
8. Estratégias de Difusão do Conhecimento.......... ...............................................................53
9. Participantes ................................... ....................................................................................54
10. Bibliografia ................................... .....................................................................................56
11. Memorial fotográfico do evento................. ......................................................................58
Apresentação
Grande esforço tem sido despendido em estudos e projetos de sistemas de transposição em
diferentes áreas do planeta. Apesar de a tecnologia estar se desenvolvendo rapidamente, muitos
desafios ainda precisam ser superados, em especial no que diz respeito à padronização de
procedimentos e estudos para a implantação, operação destes sistemas e sua eficácia. Para que se
consiga uma máxima eficiência a um custo-benefício ótimo, é necessário que sejam conhecidas as
características de cada local, empreendimento e da ictiofauna impactada pela construção do
barramento. Organizar todo o conhecimento disponível sobre estes sistemas e toda a experiência da
Cemig na sua implantação e operação possibilitará um planejamento racional de todas as etapas
envolvidas nesta complexa e admirável tarefa: conservar uma das comunidades de peixes mais rica
da Terra.
Tendo por base os desafios que ainda persistem para a utilização dessa prática de manejo da
ictiofauna, foi realizado nos dias 25 e 26 de junho de 2008, em Belo Horizonte, o 2º Seminário Interno
da Cemig sobre Sistemas de Transposição de Peixes (STP). Neste evento foram discutidos diversos
aspectos relacionados à transposição de peixes em barragens e revisada uma metodologia para as
fases de planejamento, construção, operação e avaliação da eficiência de STP’s planejados,
construídos e operados pela Cemig ou em consórcio.
Desta forma, a Cemig apresenta à comunidade científica, pesquisadores e técnicos especializados,
neste volume os resultados do 2º Seminário Interno da Cemig sobre Sistemas de Transposição de
Peixes que teve como objetivo discutir a eficiência e seletividade desses mecanismos.
Enio Marcus Brandão Fonseca – Gerente de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão
João de Magalhaes Lopes. – Coordenador Técnico do Seminário
11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
Considera-se, atualmente, que uma das principais causas da diminuição dos peixes em
diversas partes do mundo se deve à implantação de barragens nos rios (Bernacsek 1984,
Pavlov 1989, Godinho 1993, Godinho & Godinho 1994, Swales 1994, Martinez &
Magalhães, 2006). Os peixes migradores, também conhecidos no Brasil como de
piracema, constituem um dos grupos mais afetados pelas barragens. Populações de
peixes são altamente dependentes das características do ecossistema aquático que
mantém todas as suas funções biológicas. A dependência é mais marcada em espécies
migradoras que dependem de ambientes diferentes para as principais fases do seu ciclo
de vida que são reprodução, produção de juvenis, crescimento e maturação sexual
(Larinier, 2000).
A migração, na sua forma mais simples, é o deslocamento do peixe da área de
alimentação para a de desova e seu posterior retorno, após a reprodução, para a área de
alimentação. Para os peixes de piracema, o barramento, constituí-se num obstáculo que
impede o seu livre deslocamento entre as áreas de alimentação e desova. Com o objetivo
de se atenuar esse efeito negativo tem-se implantado sistemas de transposição de peixes
(STPs) que permitam a passagem dos peixes pelas barragens.
A instalação de STPs no Brasil foi impulsionada com a edição de leis estaduais que visam
atenuar os impactos do barramento sobre os peixes de piracema. A lei 12.488, de
09/04/1997 torna obrigatória a construção de STPs em barragens a serem edificadas em
cursos d´água do estado de Minas Gerais, exceto, quando em virtude das características
do projeto, a medida for considerada ineficaz. Além da lei 12.488, o artigo 20o do Decreto
38.744 de 09/04/1997 determina que para o licenciamento ambiental de novas usinas
hidrelétricas, seja exigida a construção destes mecanismos.
Os dispositivos de transposição podem ser agrupados nas seguintes categorias:
elevadores, eclusas e escadas. Elevadores são definidos como quaisquer dispositivos,
tais com tanques movimentados por cabos, caminhões tanques, tanques em planos
inclinados, etc., que transportem por meio de equipamentos mecânicos peixes de jusante
para montante de uma barragem. As escadas são geralmente constituídas de uma série
de tanques em desníveis que conduzem água do reservatório para o canal de fuga. Os
tanques são separados por defletores que têm como objetivo dissipar a energia do
escoamento de modo a permitir o deslocamento dos peixes, de jusante para montante,
nadando ou saltando de um tanque para outro (Martinez & Magalhães, 2006).
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 3
O sucesso nos programas de gerenciamento dos recursos pesqueiros, no entanto, não
depende apenas de ações isoladas. Muitas técnicas de gerenciamento foram
empregadas para reduzir problemas ambientais (Ludwig et al, 1993). A falta de
informação sobre os sistemas sendo gerenciados, a ausência ou inadequação das
técnicas de monitoramento, e a alta variabilidade natural da abundância dos recursos são
em geral os principais problemas que afetam a eficiência do gerenciamento (Agostinho &
Gomes, 1997). A instalação de sistemas de transposição de peixes não foge desta regra.
Para que estes mecanismos sejam eficientes é necessário que uma série de estudos seja
realizada e algumas premissas sejam atendidas.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 4
22.. PPRROOGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO DDOO SSEEMMIINNÁÁRRIIOO
o 25/06/2008
Abertura e apresentações
➼ Fernando Augusto de Campos – Superintendente de Ativos da Geração
➼ Luiz Augusto Barcelos de Almeida – Superintendente de Sustentabilidade
➼ Flávio Dutra Doehler - Superintendente de Empreendimentos de Geração e
Transmissão em Sociedades
Resultados do I Seminário Interno de Transposição da Cemig - João Lopes – Gerência de
Gestão Ambiental da Geração e Transmissão
Novos projetos da Cemig em STPs: Desafios do Programa Peixe Vivo em relação à
transposição de peixes. - Newton Jose Schmidt Prado – Gerência de Gestão
Ambiental da Geração e Transmissão
Legislação e licenciamento de empreendimentos energéticos com STPs na Cemig -
Humberto Ribeiro Mendes – Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão
Projetos de Sistemas de Transposição de Peixes na Cemig - Marcos Liberato do
Nascimento – Gerência de Engenharia Eletromecânico da Geração
I Simpósio Internacional de Passagem de Peixes Neotropicais - Paulo dos Santos Pompeu
- Universidade Federal de Lavras - UFLA
Escada para peixes de Igarapava - Volney Vono - Universidade Federal de Minas Gerais -
UFMG
Elevador para peixes de Funil - Zoraia Silva - Bios
Escada para peixes de Igarapé - Carlos Bernardo Mascarenhas - Universidade Federal de
Minas Gerais - UFMG
Escada para peixes de Aimorés - Volney Vono - Universidade Federal de Minas Gerais -
UFMG
Sistema de Transposição de Peixes de Porto Estrela - Zoraia Silva – Bios
Escadas para peixes como armadilhas ecológicas e formas de gerenciamento de recursos
pesqueiros no Brasil - Fernando Pelicice - UFT
o 26/06/2008
P&D094-Diversidade da ictiofauna como modelo para avaliar a construção de mecanismos
de transposição para peixes - Gilmar Bastos Santos - PUC-Minas
P&D142- Capacidade natatória de espécies neotropicais - Carlos Barreira Martinez
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Projeto do Sistema de Transposição de Peixes de Retiro Baixo - Vasco Torquato
OBS.: As apresentações dos trabalhos técnicos se en contram anexo a este
documento.
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33.. PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO DDEE SSIISSTTEEMMAASS DDEE TTRRAANNSSPPOOSSIIÇÇÃÃOO DDEE PPEEIIXXEESS DDAA CCEEMMIIGG
A primeira etapa na elaboração de um Sistema de Transposição é o seu planejamento. Esta etapa
deve ser tratada de forma bastante criteriosa já que dela dependerão grande parte dos resultados
a serem obtidos no futuro. Os estudos de ictiofauna devem ser iniciados no mínimo, dois anos
antes da construção da barragem. Os parâmetros a serem analisados nesta etapa dizem respeito
aos requisitos legais que condicionam a construção, características da ictiofauna local, do
ambiente, do empreendimento e do próprio STP que devem ser observados para se obter uma
maior eficiência e melhores relações custo-benefício no futuro.
3.1- Requisitos Legais
A seguir serão listados os aspectos legais que condicionam a construção de STPs em
empreendimentos da Cemig.
3.1.1 Política Ambiental da Cemig
► Princípio nº 1: A Cemig planeja, projeta e desenvolve suas atividades, levando em
consideração as implicações relativas ao meio ambiente.
► Princípio nº 2: A Cemig administra preventivamente as implicações ambientais de suas
atividades.
► Princípio nº 3: A Cemig administra os impactos ambientais significativos de suas
atividades, adotando medidas mitigadoras e práticas adequadas.
► Princípio nº 4: A Cemig busca a valorização ambiental viável que pode ir além da
administração de impactos exigidos pela legislação, sem contudo, assumir funções de
responsabilidade de outros órgãos dos Governos Federal, Estadual ou Municipal.
► Princípio nº 5: A Cemig considera enriquecedora a participação das comunidades
afetadas ou interessadas, durante as fases de projeto de suas atividades.
► Princípio nº 6: Além do cumprimento das leis, regulamentos e políticas governamentais
aplicáveis, a CEMIG pode vir a complementá-los com suas próprias regras, se necessário.
► Princípio n 7: O respeito e a valorização do meio ambiente constituem responsabilidade
de todos os empregados e parceiros da Cemig e de suas subsidiárias.
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3.1.2 Legislação Federal
► Constituição da República Federativa do Brasil:
Artigo 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ II - Para assegurar a afetividade desse direito, incumbe ao Poder Publico:
IV – Exigir na forma de lei, para instalação de obras ou atividades potencialmente
compensadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade.
► Lei Federal no 9605/98: Lei de Crimes Ambientais:
Art. 29: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécies de fauna silvestre, nativas ou
em rota migratória sem a devida permissão ou autorização da autoridade competente, ou
em desacordo com a obtida.
Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa.
► Decreto Federal Nº3179/99
Regulamenta as sanções administrativas da lei 9605/98 – Lei de crimes ambientais.
► Resolução CONAMA no 1, 1986:
Art. 2º: Dependerá de elaboração de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto
ambiental – RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente e do
IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio
ambiente, tais como Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de
energia primária, acima de 10 MW.
3.1.3 Legislação Estadual
► Lei 12488/97
Torna obrigatória a construção de escadas para peixes de piracema em barragem
edificada no Estado.
Art. 1o: É obrigatória a construção de escadas para peixes de piracema em barragem a ser
edificada em curso de água de domínio do estado. Parágrafo único: O disposto neste
artigo não se aplica quando, em virtude das características do projeto da barragem, a
medida for considerada ineficaz, ouvido o Conselho Estadual de Política Ambiental –
COPAM.
Art. 2o- As barragens existentes na data da publicação desta Lei deverão ser adaptadas no
prazo de 5 anos (abril de 2002)
Obs: Esta lei não está regulamentada.
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► Lei 14181/02
Dispõe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da
pesca e agricultura no estado de Minas Gerais.
► Decreto 43713/04
Regulamenta a Lei nº 14.181, de 17 de janeiro de 2002
Art. 22 Constitui dano a fauna e flora aquáticas toda ação ou omissão que causa prejuízo
ao ecossistema, alem das demais hipóteses previstas nas disposições normativas em
vigor, e especialmente:
V - a prática de qualquer ato ou ação que provoque a morte ou prejudique a reprodução
de espécies da fauna e flora aquáticas, por qualquer método não permitido.
§ 1 – Para o licenciamento ambiental de construção de novas barragens, reservatórios e
represas para usinas hidrelétricas poderá ser exigida, a critério do órgão competente, a
construção de estações de hidrobiologia ou mecanismo de transposição que propiciem a
realização de fenômeno da piracema.
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3.2- Requisitos da Ictiofauna
A seguir serão listadas as características da ictiofauna que devem ser estudas antes da
construção de Sistemas de Transposição de Peixes em empreendimentos da CEMIG e
consórcios. São estas variáveis que indicarão a necessidade ou não da construção do
sistema, visto que a sua implantação só será necessária caso existam espécies-alvo que
necessitem transpor a barragem.
3.2.1- Conceito
► Objetivo do STP: Será considerado objetivo do Sistema de Transposição de Peixes em
empreendimentos da Cemig a conservação da ictiofauna nativa na região de influência da
barragem (neste documento está considerada como a área de remanso de montante mais
a área de remanso a jusante) com suas características mais próximas das originais
mantendo a conectividade de habitats na região de influência da barragem compatível ao
que ocorria antes de sua implantação.
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3.2.2- Parâmetros a serem estudados
1) Qual a estrutura das populações e da comunidade de peixes na região
diretamente afetada pelo empreendimento? (neste doc umento, considerada
como a área de remanso de montante mais a área de r emanso a jusante)
Objetivo:
- Avaliar a estrutura das populações e da comunidade de peixes existentes
na região de influência da barragem.
Metodologia:
. Identificar a estrutura das populações e comunidade de peixes a montante e
jusante do STP.
- Manipulação: Devem ser utilizadas redes de emalhar com tamanhos de
malha variando de 3 a 16 cm (distância entre nós opostos), empregando-
se por estação o esforço de 760 m lineares no total, sendo 20 m para as
redes de malhas 3, 4 e 5 e 100 m para as demais malhas. Em cada ponto
de coleta, as redes devem ser colocadas ao entardecer e retiradas na
manhã seguinte, ficando expostas durante 12-14 horas aproximadamente.
Os peixes capturados devem ser acondicionados em sacos plásticos
etiquetados, separados por ponto de coleta, tipo de ambiente e malhas.
Para as coletas na região litorânea (coletas qualitativas) devem ser
utilizadas redes de espera, malha 1,6 cm, rede de arrasto de tela
mosqueteira abertura de 2,0 mm, através de 3 a 4 arrastos por ponto ao
longo de cerca de 10 metros da linha da margem e peneiras Os peixes
capturados devem ser identificados, contados, pesados (kg) e medidos
(comprimento total e comprimento padrão). Os pontos e a freqüência de
captura devem ser cuidadosamente escolhidos de forma a abranger o
maior número de hábitats possível. A periodicidade de coleta deve ocorrer
no mínimo trimestralmente. Outros métodos de coleta podem ser
utilizados, como pesca elétrica ou utilização de tarrafa, desde que tenham
embasamento científico e possam ser padronizados.
- A abundância relativa da pesca experimental será determinada através da
captura por unidade de esforço (CPUE), definida como o somatório do
número (CPUEn) ou biomassa (CPUEb em kg) de peixes/100m2 das
redes empregadas/15 horas, sendo obtido da seguinte forma:
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CPUEn = i
n
=∑
1
N/E.0,1
e
CPUEb = i
n
=∑
1
B/E.0,1, onde
CPUEn = captura em número em 100 m2 por unidade de esforço;
CPUEb = captura em biomassa (kg) em 100 m2 por unidade de esforço;
N = nº de peixes capturados para um determinado tamanho de malha;
n = tamanhos de malha empregados (3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14, 16);
B = biomassa (g) dos peixes capturados para um determinado tamanho de
malha;
E = esforço de pesca para um dado tamanho de malha (área de rede
empregada) durante o tempo de exposição.
- As composições das comunidades dos diferentes pontos de coletas e ao
longo do tempo devem ser comparadas utilizando-se o Índice de
Similaridade de Sorensen (Magurram, 1988) utilizando a fórmula:
IS = 2j/(a+b)
Onde:
IS = índice de similaridade;
j = número de espécies em comum;
a + b = número de espécies em dois pontos.
- Para o cálculo da diversidade de espécies devem ser empregados os
dados quantitativos obtidos com uso das capturas com redes de emalhar
(CPUE). Deve ser utilizado o índice de diversidade de Shannon
(Magurran, 1988), descrito pela equação:
S
H' = - ∑∑∑∑ (pi ) . (log n pi )
i = 1
Onde:
S = número total de espécies na amostra;
i = espécie 1, 2, 3 ...i na amostra;
pi = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra,
através da CPUE em número.
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- A equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada
para cada período de captura, deve ser calculada por meio da equação de
Pielou (1975).
E = H’/logS
Onde:
H’ = Índice de Diversidade de Shannon;
S = número de espécies;
- A riqueza de espécies (D) deve ser estimada segundo Odum (1985)
- D = (S-1)/logN
- Onde:
- S = número de espécies;
- N = número de indivíduos.
- Exemplares das espécies devem ser depositados em coleções científicas
reconhecidas.
- Resultados Esperados:
- Lista de espécies encontradas na região.
- Riqueza e diversidade de espécies na região de influência da barragem.
- Estrutura das populações em número de indivíduos, biomassa e
distribuição de tamanho na região de influência da barragem.
- Comparação entre as estruturas das populações e comunidade de peixes
nos diversos pontos da região de influência da barragem por meio de sua
similaridade.
- Curvas de acumulação de espécies ao longo das coletas realizadas.
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2) Há espécies de peixes com potencial de serem mig radoras na região afetada
pelo empreendimento?
- Objetivo:
- Identificar se há espécies de peixes com o potencial de serem migradoras
e que apresentam potencial de utilização do STP na região para
completar o seu ciclo reprodutivo.
Metodologia:
. Fazer uma avaliação do estádio reprodutivo dos peixes coletados.
- Manipulação: Para a avaliação da atividade reprodutiva em campo, os
peixes devem ser submetidos à incisão ventral para determinação do
sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Para os
diagnósticos duvidosos, devem ser coletados fragmentos de uma das
gônadas, os quais devem ser fixados em líquido de Bouin e conservados
em álcool 700 GL após 24 horas para posterior processamento
histológico;
- A análise macroscópica deve ser baseada principalmente no volume relativo
da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea
(machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos
(ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Para
esta análise devem ser considerados os seguintes estádios de
maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al.
(2002):
1) Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos
visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente
hialinos.
2) Maturação inicial – 2A: ovários com discreto aumento de volume e
poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos
com discreto aumento de volume e com aparência leitosa.
3) Maturação intermediária – 2B: ovários com maior aumento de volume,
grande número de ovócitos IV evidentes, porém, ainda com áreas a
serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos.
4) Maturação avançada – 2C: ovários com aumento máximo de volume,
ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com
aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos.
5) Esgotado (desovado ou espermiado) – 3: ovários flácidos e
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sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos
remanescentes; testículos flácidos e sanguinolentos.
- Em laboratório, o diagnóstico de maturação deverá ser confirmado através
de análise das gônadas em microscópio ou estereomicroscópio,
utilizando-se mesma escala macroscópica e levando-se em conta a
proporção dos diversos tipos de ovócitos e a presença de folículos
ovocitários vazios, especialmente para o estágio desovado.
- As gônadas também devem ser pesadas para avaliação do índice
gonadossomático.
- O índice gonadossomático será avaliado pela seguinte fórmula:
IGS = PG / PC X 100
Onde:
- PG = peso da gônoda;
- PC = peso corporal
Resultados Esperados:
- Lista de espécies potencialmente migradoras na região.
- Proporção de espécies da região que apresentam o potencial de utilização
do STP.
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3) Qual a dinâmica migratória destas espécies?
Objetivo: Avaliar a dinâmica migratória das espécies potencialmente migradoras
encontradas na região afetada pela barragem.
Metodologia:
Marcar indivíduos das espécies potencialmente migradoras e liberá-los na região
afetada pela barragem. Os métodos são:
- Marcas do tipo LEA: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura
deve ser feita a jusante e montante com uso de redes de emalhar, tarrafa
e pesca com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados.
Utilizando-se este método, um grande número de indivíduos poderá ser
marcado visto que o preço das marcas é baixo, no entanto o esforço de
recaptura deve ser aumentado e o investimento em campanhas
educativas deve ser alto.
- Marcas do tipo elastômero: deve ser utilizado o maior esforço de captura
e marcação possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura
deve ser feita a jusante e montante com uso de redes de emalhar, tarrafa
e pesca com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados.
Utilizando-se este método, um grande número de indivíduos poderá ser
marcado visto que o preço das marcas é baixo no entanto o esforço de
recaptura deve ser aumentado.
- Radiotelemetria: deve ser utilizado o maior esforço de captura e marcação
possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura deve ser feita
a jusante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca com anzol. Os
indivíduos devem ser marcados e liberados. Devido ao maior preço
destas marcas um número menor de peixes poderá ser marcado. Os
dados obtidos, no entanto, serão mais confiáveis, pois indicarão com
precisão as rotas migratórias.
- Telemetria-acústica: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura
deve ser feita a jusante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados. Devido ao
maior preço destas marcas um número menor de peixes poderá ser
marcado. Os dados obtidos, no entanto, serão mais confiáveis, pois
indicarão com precisão as rotas migratórias. As grandes vantagens são
que este tipo de marcação pode enviar dados em três dimensões da
movimentação dos peixes e pode também monitorar os peixes a grandes
profundidades. As desvantagens são: é sensível à turbidez e formação de
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bolhas de ar, as áreas de detecção são menores do que a rádio-
telemetria, os tempos de duração das marcas são menores do que os
rádios, o processamento dos dados pode ser lento (dados em três
dimensões) e ainda não foi desenvolvido um pacote estatístico para a
análise deste tipo de dados.
Resultados Esperados:
- Mapeamento das rotas migratórias das espécies migradoras encontradas
na região.
- Variação sazonal da migração.
4) Quais os sítios de reprodução existentes na regi ão de influência da barragem?
Objetivo:
- Mapear os sítios reprodutivos existentes na região de influência da
barragem.
- Identificar as épocas de reprodução das espécies existentes na região de
influência da barragem.
Metodologia:
. Coletar, identificar e quantificar ovos e larvas em pontos determinados na região
de influência da barragem de acordo com a probabilidade de serem sítios de
reprodução (ex: leito ou calha dos rios, lagoas marginais, pântanos, etc). Os métodos
são:
- A coleta deve ser realizada com uso de rede de plâncton de malha de
0,5mm. Deve ser instalado um fluxímetro no centro da rede para medir a
velocidade e pelo conhecimento da área da rede tem-se o volume filtrado.
A densidade de ovos e larvas coletados por este método deve ser
calculada a partir da seguinte fórmula (Nakatani et al, 2001):
Y=(x/V).10
Onde: Y=número de ovos ou larvas por 10m3
x=número de ovos ou larvas coletadas V=volume de água filtrada (m3)
Nos pontos de amostragem qualitativa os ovos e larvas devem ser
coletados com uso de rede de arrasto de tela mosqueteira abertura de
2,0mm, realizando-se de 3 a 4 arrastos por ponto ao longo de cerca de 10
metros da linha da margem e peneiras. Os ovos e larvas capturados
devem ser fixados em solução de formalina a 4%, tamponada com
carbonato de cálcio (1g de CaCO3 para 1.000ml de solução de formalina,
segundo proposto por Nakatani et al, 2001), identificados em laboratório e
quantificados.
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. Coletar gônadas e identificar o estádio de maturação gonadal das populações na
região de influência da barragem:
- Manipulação: Para a avaliação da atividade reprodutiva em campo, os
peixes devem ser submetidos à incisão ventral para determinação do
sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Para os
diagnósticos duvidosos, devem ser coletados fragmentos de uma das
gônadas, os quais devem ser fixados em líquido de Bouin e conservados
em álcool 700 GL após 24 horas para posterior processamento
histológico;
- A análise macroscópica deve ser baseada principalmente no volume relativo
da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea
(machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos
(ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Para
esta análise devem ser considerados os seguintes estádios de
maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al.
(2002):
6) Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos
visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente
hialinos.
7) Maturação inicial – 2A: ovários com discreto aumento de volume e
poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos
com discreto aumento de volume e com aparência leitosa.
8) Maturação intermediária – 2B: ovários com maior aumento de volume,
grande número de ovócitos IV evidentes, porém, ainda com áreas a
serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos.
9) Maturação avançada – 2C: ovários com aumento máximo de volume,
ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com
aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos.
10) Esgotado (desovado ou espermiado) – 3: ovários flácidos e
sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos
remanescentes; testículos flácidos e sanguinolentos.
- Em laboratório, o diagnóstico de maturação deverá ser confirmado através
de análise das gônadas em microscópio ou estereomicroscópio,
utilizando-se mesma escala macroscópica e levando-se em conta a
proporção dos diversos tipos de ovócitos e a presença de folículos
ovocitários vazios, especialmente para o estágio desovado.
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- As gônadas também devem ser pesadas para avaliação do índice
gonadossomático.
- O índice gonadossomático será avaliado pela seguinte fórmula:
IGS = PG / PC X 100
Onde:
- PG = peso da gônoda;
- - PC = peso corporal
Resultados Esperados:
- Sítios de reprodução identificados e mapeados na região de influência da
barragem.
- Identificação da época de desova das espécies encontradas na região de
influência da barragem.
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5) Quais os hábitos alimentares das espécies existe ntes e os sítios de
alimentação existentes na região de influência da b arragem?
Objetivo:
- Mapear os sítios de alimentação existentes na região de influência da
barragem.
Metodologia:
. Coletar e identificar o conteúdo estomacal das populações na região de influência
da barragem. Os métodos são: -
- Após fixação em formalina a 10% por cerca de cinco dias e posterior
conservação em álcool 70o GL, os peixes devem ser eviscerados para
dissecação dos estômagos. O conteúdo estomacal deve ser analisado em
estereomicroscópio e microscópio óptico. Os itens alimentares devem ser
identificados até o menor nível taxonômico possível. Para cada item
devem ser calculados a freqüência de ocorrência (Fi = nº de estômagos
em que ocorre o item i / total de estômagos com alimento) e seu peso
relativo (Pi = peso do item i/peso total de todos os itens), combinados no
Índice Alimentar (IAi) modificado de Kawakami & Vazzoler (1980):
n IAi = (Fi. Pi) / ΣΣΣΣ Fi. Pi , onde:
i=1
IAi = índice alimentar do item i,
Fi = freqüência de ocorrência do item i,
Pi = peso proporcional do item i.
As abundâncias em número e biomassa das guildas devem ser
estimadas com base na captura por unidade de esforço (CPUE),
expressas em suas respectivas freqüências de ocorrência.
Resultados Esperados:
- Identificação da estrutura trófica das populações de peixes na região de
influência do STP ao longo do tempo.
- Mapeamento dos sítios de alimentação das espécies representativas da
região.
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6) Qual a importância da pesca amadora e profission al na região de influência da
barragem?
Objetivo:
- Avaliar a pesca profissional e amadora na região de influência da
barragem.
Metodologia:
. Realizar o monitoramento das atividades de pesca na região de influência da
barragem. Os métodos são:
- Inspeções na região de influência da barragem visando a identificação de
atividade de pesca profissional como presença de embarcações,
concentração de pescadores e locais de comercialização do pescado.
- Obtenção de dados desta atividade junto à instituições nela envolvidas
(ex.: IBAMA, IEF, FEAM, Colônias de Pescadores)
- Avaliação do desembarque pesqueiro proveniente da atividade de pesca
profissional e amadora na região de influência da barragem aplicando-se
questionários estruturados.
Resultados Esperados:
- Perfil da pesca amadora e profissional na região de influência da
barragem.
7) Quais os objetivos específicos do Sistema de Tra nsposição de Peixes a ser
implantado?
Objetivo:
- Identificar os objetivos específicos do STP a ser implementado na
barragem.
- Determinar metas e indicadores para cada um dos objetivos propostos.
Metodologia:
- Relacionar todas as informações disponíveis nas avaliações prévias.
Resultados Esperados:
- Definição dos objetivos específicos do STP: conservação de espécies
ameaçadas, conservação de espécies de interesse econômico,
manutenção de estoques pesqueiros, impedimento de dispersão de
espécies exóticas, manutenção de rotas migratórias e acessos a pontos
de reprodução/alimentação; manutenção da pesca esportiva/amadora a
jusante/montante da barragem; manutenção das funções ecológicas
desempenhadas pelas espécies de peixes existentes a montante/jusante
da barragem; etc.
- Definição de metas e indicadores para cada um dos objetivos propostos.
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8) Quais as espécies alvo do sistema de Transposiçã o de Peixes a ser
implantado?
Objetivo:
- Identificar as espécies para as quais o STP deve ser implementado.
Metodologia:
- Relacionar todas as informações obtidas previamente e definir as
espécies alvo do STP.
- Resultados Esperados: Proporcionar a realização dos objetivos específicos
propostos.
3.3- Requisitos do Empreendimento
A seguir serão listadas as variáveis relacionadas ao empreendimento que devem ser
estudadas antes da construção de STPs em empreendimentos da Cemig.
3.3.1- Parâmetros a serem estudados
1) Qual o Sistema de Transposição de Peixes adequad o à altura da barragem a
ser implantada?
Objetivo:
- Identificar o STP adequado à altura da barragem a ser implantada.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura e experiências internas da empresa
para a escolha do tipo de STP a ser utilizado de acordo com a altura da
barragem.
Resultados Esperados:
- Escolha adequada do STP de acordo com a altura da barragem.
2) Qual o Sistema de Transposição de Peixes adequad o ao arranjo da barragem,
casa de força e vertedouro do empreendimento, conju ntamente com o
comportamento das estruturas hidráulicas?
Objetivo:
- Identificar o STP adequado à disposição da barragem, casa de força e
vertedouro do empreendimento.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura e experiências internas da empresa
para a escolha do tipo de STP a ser utilizado de acordo com a disposição
da barragem, casa de força e vertedouro do empreendimento.
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Resultados Esperados:
- Escolha adequada do STP de acordo com a disposição da barragem, casa
de força e vertedouro do empreendimento.
3) Qual o STP adequado às características hidrológi cas do fluxo a jusante da
barragem?
Objetivo:
- Identificar o STP adequado às características hidrológicas do fluxo a
jusante da barragem.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura e experiências internas da empresa
para a escolha do tipo de STP a ser utilizado de acordo com as
características hidrológicas do fluxo a jusante da barragem.
Resultados Esperados:
- Escolha adequada do STP de acordo com as características hidrológicas
do fluxo a jusante da barragem.
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3.4- Requisitos do Sistema de Transposição de Peixes
A seguir serão listadas as variáveis relacionadas ao próprio Sistema de Transposição de
Peixes que devem ser estudadas antes de sua construção em empreendimentos da Cemig.
3.4.1- Parâmetros a serem estudados
1) A estrutura do STP é adequada para o cumprimento dos objetivos e para
permitir a passagem das espécies-alvo nos sentidos montante/jusante e vice-
versa?
Objetivo:
- Projetar a estrutura do STP de forma a aumentar a eficiência de
passagem das espécies-alvo, em todas as suas fases de vida (ovos,
larvas, alevinos, juvenis e adultos).
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura, experiências internas da empresa e
modelos reduzidos em laboratórios para se projetar :
. Escada. É preciso se levar em conta: declividade, velocidade e
vazão de água no corpo do STP, tipo de anteparo dissipador de
energia, disposição de anteparo dissipador de energia, intervalo entre
os anteparos dissipadores de energia, tamanho e características
hidrológicas das áreas de descanso para peixes, extensão total e
largura do STP.
. Elevador. É preciso se levar em conta: velocidade e vazão de água
na área de entrada da caçamba coletora, tamanho da caçamba
coletora, velocidade de içamento da caçamba coletora, largura e
extensão da área de soltura do STP.
- Levar em conta para o planejamento destas estruturas as características
natatórias, comportamentais e bio-mecânicas das espécies-alvo.
Resultados Esperados:
- Adequar de forma racional e eficiente as características hidrológicas e
estruturais do STP.
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2) A proporção entre a abertura da área de atração de peixes do STP em relação
à largura do rio é adequada à atração das espécies alvo do STP?
Objetivo:
- Projetar a largura de área atração de peixes do STP de forma a aumentar
a sua eficiência em relação à largura do rio no ponto em que será inserido
o STP.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura, experiências internas da empresa e
modelos reduzidos em laboratório para se projetar a largura da área de
atração dos peixes.
Resultados Esperados:
- Adequar de forma racional e eficiente a largura da área de atração do
STP.
3) A velocidade e a vazão da água de atração de pei xes do STP é adequada à
atração das espécies alvo do STP?
Objetivo:
- Projetar a vazão e a velocidade da água de atração de forma a aumentar
a eficiência de atração das espécies-alvo.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura, experiências internas da empresa e
modelos reduzidos em laboratório para se projetar a vazão e velocidade
da água de atração das espécies-alvo do STP.
- Levar em conta as características natatórias, comportamentais e bio-
mecânicas das espécies-alvo do STP.
Resultados Esperados:
- Adequar de forma racional e eficiente a vazão e velocidade da água de
atração do STP.
4) A altura da comporta reguladora e a largura da á rea de atração do STP são
adequadas para a atração das espécies-alvo?
Objetivo:
- Projetar a altura da comporta reguladora e largura da área de atração do
STP de forma a aumentar a eficiência de atração das espécies-alvo.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura, experiências internas da empresa e
modelos reduzidos em laboratório para se projetar a altura da comporta
reguladora e a largura da área de atração do STP.
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- Levar em conta no planejamento destas estruturas as características
natatórias, comportamentais e bio-mecânicas das espécies-alvo.
Resultados Esperados:
- Adequar de forma racional e eficiente a localização da área de atração do
STP.
5) A localização da área de atração de peixes do ST P é adequada à atração das
espécies alvo do STP?
Objetivo:
- Projetar a localização da área de atração de forma a aumentar a
eficiência de atração das espécies-alvo.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura, experiências internas da empresa e
modelos reduzidos em laboratório para se projetar a localização da área
de atração das espécies-alvo do STP.
- Levar em conta a disposição das máquinas e turbilhonamento gerado por
sua operação.
- Levar em conta no planejamento desta estrutura as características
natatórias, comportamentais e bio-mecânicas das espécies-alvo.
Resultados Esperados:
- Adequar de forma racional e eficiente a localização da área de atração do
STP.
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6) A localização e a estrutura do visor do STP são adequadas para a observação
dos peixes que passam pelo STP?
Objetivo:
- Projetar a estrutura e a localização visor de forma a aumentar a eficiência
de observação das espécies que utilizam a escada.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura e experiências internas da empresa
para se projetar o visor.
- Levar em conta as características de turbidez da água que passa pelo
STP.
- Levar em conta as características comportamentais das espécies-alvo,
principalmente em relação à luminosidade.
- Levar em conta para o planejamento destas estruturas as características
natatórias e bio-mecânicas das espécies-alvo.
Resultados Esperados:
- Adequar de forma racional e eficiente a localização e estrutura do visor do
STP.
7) A saída de peixes do Sistema de Transposição de Peixes evita que os peixes
sejam atraídos pela tomada d´água e vertedouro?
Objetivo:
- Projetar a saída de peixes do STP de forma a evitar que os peixes
possam ser atraídos pela tomada d´água e vertedouro
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura, experiências internas da empresa e
modelos reduzidos em laboratório para se projetar a saída de peixes.
- Levar em conta as características do empreendimento como estrutura e
localização dos dutos forçados das máquinas, altura de captação de água
turbinada e características operativas.
- Levar em conta as características comportamentais das espécies-alvo,
principalmente em à distribuição na coluna d´água e área de uso após
realizar transposição.
Resultados Esperados:
- Adequar de forma racional e eficiente a localização da saída de água do
STP.
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8) A água de atração do STP pode ser usada para a g eração de energia elétrica?
Objetivo:
- Instalar uma turbina para a geração de energia elétrica através do uso da
água de atração do STP sempre que possível tecnicamente, de forma a
diminuir os custos de operação do sistema.
Metodologia:
- Utilizar dados existentes na literatura, experiências internas da empresa e
modelos reduzidos em laboratório para se projetar o uso de água de
atração para a geração de energia elétrica.
Resultados Esperados:
- Diminuição dos custos de operação do STP.
3.5- Requisitos Ambientais:
A seguir serão listadas as variáveis relacionadas ao ambiente no qual será implantada a
barragem que devem ser estudadas antes da construção de Sistemas de Transposição de
Peixes em empreendimentos da Cemig.
3.5.1- Parâmetros a serem estudados
1) Qual o ponto adequado para a instalação do STP e m relação à qualidade de
água que será utilizada?
Objetivo:
- Projetar o STP em um ponto em que as características de qualidade de
água sejam favoráveis para a atração e passagem das espécies-alvo.
Metodologia:
- Medir temperatura, oxigênio dissolvido, pH, turbidez e condutividade ao
longo do ponto de implantação do STP. A freqüência e os locais de
amostragem devem ser padronizados.
- Utilizar dados existentes na literatura e experiências internas da empresa
para se escolher o melhor ponto de instalação do STP tendo como base a
preferência das espécies-alvo. (Ex: não projetar STP em pontos com
lançamentos de efluentes, esgoto, poluição, temperatura abaixo ou acima
de limites de tolerância, etc).
- Levar em conta as características comportamentais das espécies-alvo.
Resultados Esperados:
- STP implantado em ponto com características de qualidade de água
favoráveis.
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3.6-Características restritivas para a implantação do Sistema de Transposição de Peixes
Em vista das respostas obtidas nos itens anteriores o STP não deverá ser implementado nas
seguintes situações:
► Já existirem obstáculos naturais à transposição na área de implantação da
barragem.
► Não houver espécies que necessitem transpor a barragem na região de
influência do empreendimento de acordo com os objetivos propostos
► A barragem ter influência pouco expressiva na migração dos peixes.
►Quando houver espécies a jusante que não são encontradas a montante,
principalmente se as espécies de jusante tiverem potencial de impactar
negativamente a montante.
►Se o STP tiver potencial de funcionar como um armadilha ecológica de acordo
com os objetivos propostos. Conforme definido por Agostinho e Pelicice (2007) o
STP funcionará como uma armadilha ecológica quando: os peixes forem ativamente
atraídos a ascender o STP; o STP permitir apenas movimentos unidirecionais para
montante da barragem e a qualidade ambiental acima da barragem for menor do
que a qualidade ambiental encontrada abaixo.
►O Sistema de Transposição de outra barragem puder atender a transposição do
empreendimento analisado.
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44.. CCOONNSSTTRRUUÇÇÃÃOO DDEE SSIISSTTEEMMAASS DDEE TTRRAANNSSPPOOSSIIÇÇÃÃOO DDEE PPEEIIXXEESS DDAA CCEEMMIIGG
Tendo sido respondidas as questões relativas ao planejamento de Sistemas de Transposição de
Peixes, tem-se início sua construção. Algumas sugestões para esta etapa foram apresentadas no
seminário:
► O planejamento e a construção do STP devem ocorrer concomitantemente ao
planejamento e construção da barragem. Esta medida propicia um melhor planejamento do
sistema não sendo necessárias mudanças estruturais realizadas após a barragem já estar
construída.
► Deve ser implementado um Sistema de Transposição de Peixes provisório durante a
construção da barragem. Este STP provisório deve ser implantado caso os estudos prévios
apontem a necessidade de construção de STP. Capturas manuais realizadas à jusante da
barragem e posterior soltura a montante devem ser realizadas. Parte dos peixes
transpostos deve ser marcada de acordo com metodologia já apresentada, tendo as suas
rotas migratórias monitoradas.
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55.. MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO EE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE EEFFIICCIIÊÊNNCCIIAA DDEE SSIISSTTEEMMAASS DDEE TTRRAANNSSPPOOSSIIÇÇÃÃOO DDEE
PPEEIIXXEESS DDAA CCEEMMIIGG
A avaliação da eficiência de STPs engloba as atividades relacionadas ao monitoramento do
sistema. Esta etapa tem como objetivo a busca de respostas relacionadas ao funcionamento e
passagem de peixes e abrange, no plano temporal, os estudos realizados previamente à
implantação da barragem e durante a sua construção, e espacialmente toda a área de influência
da barragem. O monitoramento do STP deve ocorrer enquanto o sistema for operado. As
respostas obtidas nesta etapa subsidiarão melhorias de operação do STP e de sistemas a serem
construídos no futuro.
5.1- Conceitos:
► Efetividade (Larinier, 2000): é um conceito qualitativo, que consiste em confirmar
que todas as espécies alvo estão realmente passando pelo STP. Esta confirmação
pode ser feita através de visualização direta, amostragem e visualização com vídeo.
Obs: a efetividade desejada será definida de acordo com as peculiaridades de cada
empreendimento.
► Eficiência (Larinier, 2000): é um conceito quantitativo. Pode ser definida como a
proporção do estoque de peixes concentrado a jusante da barragem que transpõe com
sucesso o STP, em um período de tempo considerado aceitável.
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5.2- Parâmetros do Sistema de Transposição de Peixes a serem avaliados
1) Quais espécies utilizam STP?
Objetivo:
- Avaliar a efetividade do STP.
Metodologia:
. Identificar todos os indivíduos que passam pelo STP. Os métodos são:
- Manipulação: via amostragem, os indivíduos que passam pelo STP
devem ser identificados, medidos e ter seu estádio de maturação gonadal
diagnosticado. . A periodicidade ideal deste método é de coletas mensais,
adequando-se às características operacionais de cada sistema.
- Contagem através do visor: quando existir um visor para observação dos
indivíduos que passam pelo STP, eles devem ser identificados por
visualização. Pode ser utilizado sistema de filmagem 24 horas por dia ou
sistema de identificação computacional quando disponível.
- Na ausência do visor, outras técnicas devem ser empregadas.
Resultados Esperados:
- Lista de espécies que passam pelo STP.
- Proporção de espécies na área de influência da barragem que passam
pelo STP. Unidade: número e composição de espécies que passam pelo
STP/número e composição de espécies existentes a jusante e montante.
Requisitos:
Conhecimento da riqueza e composição de espécies na área de influência da
barragem.
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2) Qual o número e biomassa de peixes que passam pe lo STP?
- Objetivo: Estimar a abundância de peixes em número e biomassa que utilizam o
STP.
Metodologia:
. Identificar e quantificar os indivíduos amostrados que passam pelo STP. Os
métodos são:
- Manipulação: os indivíduos que utilizam o STP devem ser identificados,
contados e pesados.
- Contagem através do visor: quando existir um visor para observação dos
indivíduos que passam pelo STP, eles devem ser identificados e contados
por visualização. Pode ser utilizado sistema de filmagem acoplado ou
sistema de identificação computacional. Na ausência do visor, outras
técnicas devem ser aplicadas.
- A periodicidade mínima deverá ser mensal.
. Medir e pesar os indivíduos amostrados. Os métodos são:
- Manipulação: deve ser utilizado o maior esforço de captura possível dos
indivíduos que utilizam o STP. Os indivíduos devem ser identificados,
contados, pesados (kg) e medidos (comprimento total e comprimento
padrão). É preciso saber qual a porcentagem do total de peixes que
utilizam o STP está sendo medida para se identificar o erro amostral e
permitir comparações.
- Medição através do visor: quando existir visor, deve ser testado e
implementado programa computacional que automaticamente identifique,
conte e meça todos os indivíduos que passam pelo STP.
Resultados Esperados:
- Número total de peixes que passa pelo STP em determinado período de
tempo.
- Biomassa total de peixes que passa pelo STP em determinado período de
tempo.
- Número de peixes das diferentes espécies que passa pelo STP em
determinado período de tempo.
- Biomassa de peixes das diferentes espécies que passa pelo STP em
determinado período de tempo.
- Distribuição de tamanho das espécies que passam pelo STP (peso e
comprimento médio e amplitude de variação).
Requisitos:
- Conhecimento prévio da ictiofauna na área de influência da barragem.
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3) Qual a condição reprodutiva dos peixes que utili zam o STP?
Objetivo:
- Avaliar a condição reprodutiva dos peixes que utilizam o STP.
Metodologia:
. Coletar e identificar o estágio de maturação gonadal dos indivíduos que passam
pelo STP:
- Manipulação: Os indivíduos amostrados devem ser identificados,
contados, pesados (kg), medidos (comprimento total e comprimento
padrão), e o estádio de maturação gonadal deve ser diagnosticado. É
necessário avaliar o percentual de peixes por estádio de maturação
gonadal, permitindo comparações. Para a avaliação da atividade
reprodutiva em campo, os peixes devem ser submetidos à incisão ventral
para determinação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação
gonadal. Em casos de diagnósticos duvidosos, devem ser coletados
fragmentos de uma das gônadas, fixados em líquido de Bouin e
conservados em álcool 700 GL após 24 horas para posterior
processamento histológico.
- A análise macroscópica deve ser baseada principalmente no volume relativo
da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea
(machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos
(ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Para
esta análise devem ser considerados os seguintes estádios de
maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al.
(2002):
1) Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos
visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente
hialinos.
2) Maturação inicial – 2A: ovários com discreto aumento de volume e
poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos
com discreto aumento de volume e com aparência leitosa.
3) Maturação intermediária – 2B: ovários com maior aumento de volume,
grande número de ovócitos IV evidentes, porém, ainda com áreas a
serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos.
4) Maturação avançada – 2C: ovários com aumento máximo de volume,
ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com
aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 33
5) Esgotado (desovado ou espermiado) – 3: ovários flácidos e
sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos
remanescentes; testículos flácidos e sanguinolentos.
- Em laboratório, o diagnóstico de maturação deverá ser confirmado através
de análise das gônadas em microscópio ou estereomicroscópio,
utilizando-se mesma escala macroscópica e levando-se em conta a
proporção dos diversos tipos de ovócitos e a presença de folículos
ovocitários vazios, especialmente para o estágio desovado.
- As gônadas também devem ser pesadas para avaliação do índice
gonadossomático.
- O índice gonadossomático será avaliado pela seguinte fórmula:
IGS = PG / PC X 100
Onde:
- PG = peso da gônoda;
- - PC = peso corporal
- A periodicidade mínima deverá ser mensal.
Resultados Esperados:
- Distribuição do estádio de maturação gonadal entre os indivíduos de cada
espécie de interesse em porcentagem.
Requisitos:
- Conhecimento da distribuição do estádio de maturação gonadal entre os
indivíduos de cada espécie de interesse na área de influência da barragem
em número de indivíduos e porcentagem.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 34
4) Qual a proporção das espécies alvo que utilizam o STP?
Objetivo:
- Avaliar a eficiência do STP.
Metodologia:
. Marcar indivíduos das espécies alvo a jusante e a montante e liberá-los no
mesmo local.
- Marcas do tipo LEA: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A captura deve ser
feita a jusante/montante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados a
jusante/montante do STP. Utilizando-se este método, um grande número
de indivíduos poderá ser marcado visto que o preço das marcas é baixo,
no entanto todos os indivíduos que passam pelo STP devem ser
identificados e contados.
- Marcas do tipo elastômero: deve ser utilizado o maior esforço de captura
e marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A captura deve ser
feita a jusante/montante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados a
jusante/montante do STP. Utilizando-se este método, um grande número
de indivíduos poderá ser marcado visto que o preço das marcas é baixo,
no entanto todos os indivíduos que passam pelo STP devem ser
identificados e contados.
- Marcas do tipo pit-tag: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A captura deve ser
feita a jusante/montante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados a
jusante/montante do STP. Neste tipo de marcação ao menos dois leitores
automáticos devem ser instalados no STP, um na entrada e outro na
saída do sistema. Devido ao maior preço destas marcas um número
menor de peixes poderá ser marcado. Os dados obtidos, no entanto,
serão mais confiáveis, pois podem indicar não só a porcentagem de
peixes que passam pelo STP, mas também o tempo de passagem dos
indivíduos de cada espécie pelo STP.
- Radiotelemetria e telemetria acústica: deve ser utilizado o maior esforço
de captura e marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A
captura deverá ser feita a jusante/montante por meio de redes de
emalhar, tarrafa e pesca com anzol. Os indivíduos devem marcados e
liberados a jusante/montante do STP. Neste tipo de marcação ao menos
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duas antenas receptoras devem ser instaladas no STP, uma na entrada e
outra na saída do sistema. Devido ao maior preço destas marcas um
número menor de peixes poderá ser marcado. Os dados obtidos, no
entanto, serão mais confiáveis, pois podem indicar não só a porcentagem
de peixes que passam pelo STP, mas também o tempo de negociação no
canal de entrada do STP e o tempo de passagem dos indivíduos de cada
espécie pelo STP.
Resultados Esperados:
- Estimativa do número de indivíduos de cada espécie existente a
jusante/montante do STP.
- Eficiência de passagem das espécies alvo pelo STP (número de peixes
marcados que passam pelo STP/número de peixes marcados a
jusante/montante)
- Tempo de passagem de indivíduos de cada espécie pelo STP. Tempo
mínimo, médio e máximo. (pit-tag e radiotelemetria e telemetria acústica).
- Tempo de negociação de entrada no canal de atração do STP de cada
espécie. Tempo mínimo, médio e máximo (pit-tag e radiotelemetria e
telemetria acústica).
- Velocidades utilizadas pelas espécies durante a passagem.
Requisitos:
- Avaliação das características técnicas de cada metodologia de marcação.
- Definir a periodicidade da marcação de acordo com a metodologia.
5) Qual o tamanho das espécies que passam pelo STP?
- Objetivo: Avaliar se há seletividade de tamanho das espécies que utilizam o STP.
Metodologia:
. Medir e pesar os indivíduos que passam pelo STP. Os métodos são:
- Manipulação: Os indivíduos devem ser identificados, contados, pesados
(kg) e medidos (comprimento total e comprimento padrão). Determinar
classes de tamanho, permitindo comparações.
- A periodicidade de coleta deve ser no mínimo mensal.
- Medição através do visor: quando existir visor, pode ser utilizado
programa computacional que automaticamente identifique, conte e meça
todos os indivíduos que passam pelo STP.
Resultados Esperados:
- Distribuição dos peixes em classes de tamanho e por espécie.
Requisitos:
- Conhecimento da estrutura de tamanho das populações de peixes que
ocorrem na área de influência da barragem.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 36
6) Qual a variação temporal de utilização do STP?
Objetivo:
- Avaliar diferentes padrões temporais de utilização do STP (circadiano,
mensal e sazonal).
Metodologia:
- Identificar e quantificar todos os indivíduos que utilizam o STP ao longo
do ano e em ciclos de 24 horas. Os métodos utilizados são os já descritos
anteriormente. O esforço de captura deve ser padronizado nos diferentes
períodos do ano e, quando aplicável, ao longo do ciclo de 24 horas para
proporcionar comparações.
Resultados Esperados:
- Freqüência de utilização do STP pelas diferentes espécies ao longo do
ano. Resultados em número de indivíduos e biomassa.
- Freqüência de utilização do STP pelas diferentes espécies ao longo do
ano, resultados em proporções sexuais. Para isto uma amostra dos
indivíduos que passam pelo STP deve ter o sexo identificado.
- Freqüência de utilização do STP pelas diferentes espécies ao longo do
ano, resultados em proporções de tamanho. Para isto uma amostra dos
indivíduos que passam pelo STP deve ser medida.
- Freqüência de utilização do STP pelas diferentes espécies ao longo do dia
e, quando aplicável, ao longo do ciclo de 24 horas.
Requisitos:
- Adotar a metodologia adequada a cada tipo de STP.
7) Quais as características físico-químicas da água no STP e como variam ao
longo do ano?
Objetivo:
- Avaliar as características físico-químicas da água ao longo do ano e suas
correlações com a passagem de peixes pelo STP.
Metodologia:
- Registrar temperatura, oxigênio dissolvido, pH, turbidez e condutividade.
A freqüência e os locais de amostragem devem ser padronizados.
Resultados Esperados:
- Banco de dados das variáveis físico-químicas.
- Correlação destas variáveis com a freqüência de passagem de peixes pelo
STP.
Requisitos:
- Adotar a metodologia adequada a cada tipo de STP.
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8) Quais características ambientais e hidrológicas influem na passagem de
peixes pelo STP?
Objetivo:
- Avaliar a relação entre as características ambientais e hidrológicas com a
passagem de peixes pelo STP.
Metodologia:
- Registrar o ciclo lunar, vazão total, vazão turbinada, vazão vertida, nível
da água à montante, a jusante e dentro do STP, fotoperíodo e
pluviosidade. A freqüência e os locais de amostragem devem ser
padronizados.
Resultados Esperados:
- Banco de dados das variáveis ambientais.
- Correlação destas variáveis com a freqüência de passagem de peixes pelo
STP.
Requisitos:
- Estabelecimento de regras de comunicação entre a operação da usina e o
monitoramento.
9) A operação da usina tem influência sobre a passa gem de peixes pelo STP?
Objetivo:
- Avaliar relação entre as manobras operativas e a passagem de peixes
pelo STP.
Metodologia:
- Registrar paradas e partidas de máquinas, variação de carga das
máquinas, vertimento e arranjo de operação das máquinas.
Resultados Esperados:
- Banco de dados das variáveis operativas.
- Correlação destas variáveis com a freqüência de passagem de peixes pelo
STP.
Requisitos:
- Estabelecimento de regras de comunicação entre a operação da usina e o
monitoramento.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 38
10) Existe passagem de peixes de montante para jusa nte da barragem? Quais os
fatores que influenciam esta passagem?
Objetivo:
- Avaliar se existe passagem de peixes de montante para jusante da
barragem.
- Avaliar quais os fatores que influem nesta passagem.
Metodologia:
. Marcar indivíduos das espécies alvo e liberá-los a montante do STP.
- Marcas do tipo LEA: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A captura deve ser
feita a jusante/montante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados a
jusante/montante do STP. Utilizando-se este método, um grande número
de indivíduos poderá ser marcado visto que o preço das marcas é baixo,
no entanto todos os indivíduos que passam pelo STP devem ser
identificados e contados.
- Marcas do tipo elastômero: deve ser utilizado o maior esforço de captura
e marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A captura deve ser
feita a jusante/montante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados a
jusante/montante do STP. Utilizando-se este método, um grande número
de indivíduos poderá ser marcado visto que o preço das marcas é baixo,
no entanto todos os indivíduos que passam pelo STP devem ser
identificados e contados.
- Marcas do tipo pit-tag: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A captura deve ser
feita a jusante/montante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados a
jusante/montante do STP. Neste tipo de marcação ao menos dois leitores
automáticos devem ser instalados no STP, um na entrada e outro na
saída do sistema. Devido ao maior preço destas marcas um número
menor de peixes poderá ser marcado. Os dados obtidos, no entanto,
serão mais confiáveis, pois podem indicar não só a porcentagem de
peixes que passam pelo STP, mas também o tempo de passagem dos
indivíduos de cada espécie pelo STP.
- Radiotelemetria e telemetria acústica: deve ser utilizado o maior esforço
de captura e marcação possível de indivíduos das espécies alvo. A
captura deverá ser feita a jusante/montante por meio de redes de
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 39
emalhar, tarrafa e pesca com anzol. Os indivíduos devem marcados e
liberados a jusante/montante do STP. Neste tipo de marcação ao menos
duas antenas receptoras devem ser instaladas no STP, uma na entrada e
outra na saída do sistema. Devido ao maior preço destas marcas um
número menor de peixes poderá ser marcado. Os dados obtidos, no
entanto, serão mais confiáveis, pois podem indicar não só a porcentagem
de peixes que passam pelo STP, mas também o tempo de negociação no
canal de entrada do STP e o tempo de passagem dos indivíduos de cada
espécie pelo STP.
Resultados Esperados:
- Identificação da freqüência de passagem de peixes de montante para
jusante.
- Identificação das vias preferenciais de passagem.
- Correlação entre fatores de qualidade de água, ambientais, hidrológicos e
operativos com a passagem de peixes de montante para jusante caso
ocorra.
Requisitos:
- Não há requisitos.
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5.3- Parâmetros da ictiofauna na região sob influên cia do STP
1) Há alteração da estrutura das populações e da co munidade de peixes
existentes na região de influência da barragem?
Objetivo:
- Monitorar mudanças na estrutura das populações e da comunidade de
peixes existentes na região de influência da barragem, incluindo
tributários.
Metodologia:
. Identificar a estrutura das populações e comunidade de peixes a montante e
jusante do STP.
- Manipulação: Devem ser utilizadas redes de emalhar com tamanhos de
malha variando de 3 a 16 cm (distância entre nós opostos), empregando-
se por estação o esforço de 760 m lineares no total, sendo 20 m para as
redes de malhas 3, 4 e 5 e 100 m para as demais malhas. Em cada ponto
de coleta, as redes devem ser colocadas ao entardecer e retiradas na
manhã seguinte, ficando expostas durante 12-14 horas aproximadamente.
Os peixes capturados devem ser acondicionados em sacos plásticos
etiquetados, separados por ponto de coleta, tipo de ambiente e malhas.
Para as coletas na região litorânea (coletas qualitativas) devem ser
utilizadas redes de espera, malha 1,6 cm, rede de arrasto de tela
mosqueteira abertura de 2,0 mm, através de 3 a 4 arrastos por ponto ao
longo de cerca de 10 metros da linha da margem e peneiras Os peixes
capturados devem ser identificados, contados, pesados (kg) e medidos
(comprimento total e comprimento padrão). Os pontos e a freqüência de
captura devem ser cuidadosamente escolhidos de forma a abranger o
maior número de habitats possível. A periodicidade de coleta deve ocorrer
no mínimo trimestralmente. Outros métodos de coleta podem ser
utilizados, como pesca elétrica ou utilização de tarrafa, desde que tenham
embasamento científico e possam ser padronizados.
- A abundância relativa da pesca experimental será determinada através da
captura por unidade de esforço (CPUE), definida como o somatório do
número (CPUEn) ou biomassa (CPUEb em kg) de peixes/100m2 das
redes empregadas/15 horas, sendo obtido da seguinte forma:
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CPUEn = i
n
=∑
1
N/E.0,1
e
CPUEb = i
n
=∑
1
B/E.0,1, onde
CPUEn = captura em número em 100 m2 por unidade de esforço;
CPUEb = captura em biomassa (kg) em 100 m2 por unidade de esforço;
N = nº de peixes capturados para um determinado tamanho de malha;
n = tamanhos de malha empregados (3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14, 16);
B = biomassa (g) dos peixes capturados para um determinado tamanho de
malha;
E = esforço de pesca para um dado tamanho de malha (área de rede
empregada) durante o tempo de exposição.
- As composições das comunidades dos diferentes pontos de coletas e ao
longo do tempo devem ser comparadas utilizando-se o Índice de
Similaridade de Sorensen (Magurram, 1988) utilizando a fórmula:
IS = 2j/(a+b)
Onde:
IS = índice de similaridade;
j = número de espécies em comum;
a + b = número de espécies em dois pontos.
- Para o cálculo da diversidade de espécies devem ser empregados os
dados quantitativos obtidos com uso das capturas com redes de emalhar
(CPUE). Deve ser utilizado o índice de diversidade de Shannon
(Magurran, 1988), descrito pela equação:
S
H' = - ∑∑∑∑ (pi ) . (log n pi )
i = 1
Onde:
S = número total de espécies na amostra;
i = espécie 1, 2, 3 ...i na amostra;
pi = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra,
através da CPUE em número.
-
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- A equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada
para cada período de captura, deve ser calculada por meio da equação de
Pielou (1975).
E = H’/logS
Onde:
H’ = Índice de Diversidade de Shannon;
S = número de espécies;
- A riqueza de espécies (D) deve ser estimada segundo Odum (1985)
D = (S-1)/logN
Onde:
S = número de espécies;
N = número de indivíduos.
Exemplares das espécies devem ser depositados em coleções
científicas reconhecidas.
Resultados Esperados:
- Lista de espécies encontradas na região.
- Riqueza e diversidade de espécies na região de influência da barragem.
- Estrutura das populações em número de indivíduos, biomassa e
distribuição de tamanho na região de influência da barragem.
- Comparação entre as estruturas das populações e comunidade de peixes
nos diversos pontos da região de influência da barragem por meio de sua
similaridade.
- Curvas de acumulação de espécies ao longo das coletas realizadas.
- Comparação entre as estruturas das populações e comunidade de peixes
na região de influência do STP ao longo do tempo a partir de sua
similaridade.
Requisitos:
- Identificação da estrutura de populações e comunidade de peixes na
região de influência do STP pelos estudos realizados previamente à
operação do STP.
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2) Os sítios de desova existentes a jusante e monta nte da barragem continuam a
ser utilizados pelos peixes?
Objetivo:
- Monitorar a utilização dos sítios de desova de peixes existentes antes e
após a construção da barragem.
Metodologia:
. Coletar, identificar e quantificar ovos e larvas em pontos previamente
determinados a jusante e a montante do STP. Os métodos são:
- A coleta deve ser realizada com uso de rede de plâncton de malha de
0,5mm. Deve ser instalado um fluxímetro no centro da rede para medir a
velocidade e pelo conhecimento da área da rede tem-se o volume filtrado.
A densidade de ovos e larvas coletados por este método deve ser
calculada utilizando-se a seguinte fórmula (Nakatani et al, 2001):
Y=(x/V).10
Onde: Y=número de ovos ou larvas por 10m3
x=número de ovos ou larvas coletadas V=volume de água filtrada (m3)
Nos pontos de amostragem qualitativa os ovos e larvas devem ser
coletados por meio de rede de arrasto de tela mosqueteira abertura de
2,0mm, através de 3 a 4 arrastos por ponto ao longo de cerca de 10
metros da linha da margem e peneiras. Os ovos e larvas capturados
devem ser fixados em solução de formalina a 4%, tamponada com
carbonato de cálcio (1g de CaCO3 para 1.000ml de solução de formalina,
segundo proposto por Nakatani et al, 2001), identificados em laboratório e
quantificados. A periodicidade de coleta deve acompanhar as variações de
nível da água, pluviosidade e época do ano, a ser executada em trabalho
específico.
. Coletar e identificar o estágio de maturação gonadal das populações a montante
e jusante do STP:
- Manipulação: Para a avaliação da atividade reprodutiva em campo, os
peixes devem ser submetidos à incisão ventral para determinação do
sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Para os
diagnósticos duvidosos, devem ser coletados fragmentos de uma das
gônadas, os quais devem ser fixados em líquido de Bouin e conservados
em álcool 700 GL após 24 horas para posterior processamento
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histológico;
- A análise macroscópica deve ser baseada principalmente no volume relativo
da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea
(machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos
(ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Para
esta análise devem ser considerados os seguintes estádios de
maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al.
(2002):
6) Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos
visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente
hialinos.
7) Maturação inicial – 2A: ovários com discreto aumento de volume e
poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos
com discreto aumento de volume e com aparência leitosa.
8) Maturação intermediária – 2B: ovários com maior aumento de volume,
grande número de ovócitos IV evidentes, porém, ainda com áreas a
serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos.
9) Maturação avançada – 2C: ovários com aumento máximo de volume,
ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com
aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos.
10) Esgotado (desovado ou espermiado) – 3: ovários flácidos e
sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos
remanescentes; testículos flácidos e sanguinolentos.
- Em laboratório, o diagnóstico de maturação deverá ser confirmado através
de análise das gônadas em microscópio ou estereomicroscópio,
utilizando-se mesma escala macroscópica e levando-se em conta a
proporção dos diversos tipos de ovócitos e a presença de folículos
ovocitários vazios, especialmente para o estágio desovado.
- As gônadas também devem ser pesadas para avaliação do índice
gonadossomático.
- O índice gonadossomático será avaliado pela seguinte fórmula:
IGS = PG / PC X 100
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Onde:
- PG = peso da gônada;
- PC = peso corporal
Resultados Esperados:
- Freqüência de captura de ovos e larvas por ponto amostral e período do
ano.
- Conhecimento da distribuição freqüência de ocorrência (absoluta e
relativa) dos estádios de maturação gonadal de cada espécie a jusante e
montante do STP.
- Correlação destas variáveis com os dados obtidos previamente e após a
construção da barragem.
- Avaliação de mudanças na estrutura reprodutiva das populações locais.
Requisitos:
- Identificação dos sítios de desova pelos estudos realizados previamente à
operação do STP.
- Distribuição do estágio de maturação gonadal de cada espécie em número
de indivíduos e porcentagem nos pontos de coleta realizadas previamente
à operação do STP.
3) Os sítios de alimentação a jusante e montante do STP continuam a ser
utilizados pelos peixes?
Objetivo:
- Monitorar a utilização dos sítios de alimentação existentes antes da
construção da barragem pelos peixes.
Metodologia:
. Coletar e identificar o conteúdo estomacal das populações a montante e jusante
do STP:
- Após fixação em formalina a 10% por cerca de cinco dias e conservação
em álcool 70o GL, os peixes devem ser eviscerados para dissecção dos
estômagos. O conteúdo estomacal deve ser analisado em
estereomicroscópio e microscópio óptico. Os itens alimentares devem ser
identificados até o menor nível taxonômico possível. Para cada item
devem ser calculados a freqüência de ocorrência (Fi = nº de estômagos
em que ocorre o item i / total de estômagos com alimento) e seu peso
relativo (Pi = peso do item i/peso total de todos os itens), combinados no
Índice Alimentar (IAi) modificado de Kawakami & Vazzoler (1980):
n IAi = (Fi. Pi) / ΣΣΣΣ Fi. Pi , onde:
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 46
i=1
IAi = índice alimentar do item i,
Fi = freqüência de ocorrência do item i,
Pi = peso proporcional do item i.
As abundâncias em número e biomassa das guildas serão
estimadas com base na captura por unidade de esforço (CPUE),
expressas em suas respectivas freqüências de ocorrência.
Resultados Esperados:
- Comparação entre a estrutura trófica das populações de peixes na região
de influência do STP ao longo do tempo.
- Identificação de mudança nos hábitos alimentares das populações de
peixes e correlação com o funcionamento do STP.
Requisitos:
- Identificação da estrutura trófica das populações nos estudos realizados
previamente à operação do STP.
4) A dinâmica migratória das espécies alvo continua a mesma?
Objetivo:
- Monitorar a utilização, pelos peixes, das rotas migratórias existentes antes
da construção da barragem.
Metodologia:
Marcar indivíduos das espécies potencialmente migradoras e liberá-los na região
afetada pela barragem. Os métodos são:
- Marcas do tipo LEA: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura
deve ser feita a jusante e montante com uso de redes de emalhar, tarrafa
e pesca com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados.
Utilizando-se este método, um grande número de indivíduos poderá ser
marcado visto que o preço das marcas é baixo, no entanto o esforço de
recaptura deve ser aumentado e o investimento em campanhas
educativas deve ser alto.
- Marcas do tipo elastômero: deve ser utilizado o maior esforço de captura
e marcação possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura
deve ser feita a jusante e montante com uso de redes de emalhar, tarrafa
e pesca com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados.
Utilizando-se este método, um grande número de indivíduos poderá ser
marcado visto que o preço das marcas é baixo no entanto o esforço de
recaptura deve ser aumentado.
MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA PPAARRAA OO PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO,, IIMMPPLLAANNTTAAÇÇÃÃOO EE MMOONNIITTOORRAAMMEENNTTOO DDEE SSTTPPSS
Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 47
- Radiotelemetria: deve ser utilizado o maior esforço de captura e marcação
possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura deve ser feita
a jusante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca com anzol. Os
indivíduos devem ser marcados e liberados. Devido ao maior preço
destas marcas um número menor de peixes poderá ser marcado. Os
dados obtidos, no entanto, serão mais confiáveis, pois indicarão com
precisão as rotas migratórias.
- Telemetria-acústica: deve ser utilizado o maior esforço de captura e
marcação possível de indivíduos das espécies migradoras. A captura
deve ser feita a jusante com uso de redes de emalhar, tarrafa e pesca
com anzol. Os indivíduos devem ser marcados e liberados. Devido ao
maior preço destas marcas um número menor de peixes poderá ser
marcado. Os dados obtidos, no entanto, serão mais confiáveis, pois
indicarão com precisão as rotas migratórias. As grandes vantagens são
que este tipo de marcação pode enviar dados em três dimensões da
movimentação dos peixes e pode também monitorar os peixes a grandes
profundidades. As desvantagens são: é sensível à turbidez e formação de
bolhas de ar, as áreas de detecção são menores do que a rádio-
telemetria, os tempos de duração das marcas são menores do que os
rádios, o processamento dos dados pode ser lento (dados em três
dimensões) e ainda não foi desenvolvido um pacote estatístico para a
análise deste tipo de dados.
Resultados Esperados:
- Comparação entre as rotas migratórias utilizadas antes e depois da
operação do STP.
Requisitos:
- Identificação das rotas migratórias das populações nos estudos realizados
previamente à operação do STP.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 48
5) Quais as eventuais modificações sofridas pela pe sca profissional e pela
amadora na região de influência da barragem?
Objetivo:
- Avaliar o resultado da pesca profissional e amadora na região de
influência da barragem.
Metodologia:
. Realizar o monitoramento das atividades de pesca na região de influência da
barragem. Os métodos são:
- Inspeções na região de influência da barragem visando a identificação de
atividade de pesca profissional como presença de embarcações,
concentração de pescadores e locais de comercialização do pescado.
- Obtenção de dados desta atividade junto a instituições nela envolvidas
(ex.: IBAMA, IEF, FEAM, Colônias de Pescadores)
- Avaliação do desembarque pesqueiro proveniente da atividade de pesca
profissional e amadora na região de influência da barragem aplicando-se
questionários estruturados.
Resultados Esperados:
- Perfil da atividade de pesca amadora e profissional na região de influência
da barragem antes e após a implantação do STP.
Requisitos:
- Perfil da atividade de pesca amadora e profissional na região de influência
da barragem realizada em estudos prévios.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 49
5.4- Parâmetros gerais do Sistema de Transposição de Peixes a serem avaliados
1) O objetivo do Sistema de Transposição de Peixes está sendo alcançado?
Objetivo:
- Monitorar o sucesso das metas e indicadores propostos previamente à
construção do STP.
Metodologia:
- Relacionar todas as informações obtidas com o monitoramento do STP.
Resultados Esperados:
- Avaliação da estrutura populacional e tendências de espécies ameaçadas
de extinção.
- Avaliação da estrutura populacional e tendências apresentadas por
espécies de interesse econômico.
- Avaliação da estrutura populacional e tendências de dispersão de
espécies exóticas.
- Avaliação das rotas migratórias utilizadas pelas espécies após a
implementação do STP.
- Avaliação da pesca amadora e profissional a jusante e montante do STP.
- Avaliação da passagem de indivíduos das espécies alvo do STP.
- Avaliação da atividade reprodutiva das espécies alvo do STP.
- Avaliação da estrutura trófica das espécies alvo do STP.
- Definição de estratégias para a melhoria na operação do STP.
Requisitos:
Objetivos do STP devem estar definidos previamente ao início de sua
operação.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 50
66.. RREEGGRRAA OOPPEERRAATTIIVVAA PPAARRAA SSIISSTTEEMMAASS DDEE TTRRAANNSSPPOOSSIIÇÇÃÃOO DDEE PPEEIIXXEESS DDAA CCEEMMIIGG
A obtenção de dados durante o planejamento, construção e operação de Sistemas de
Transposição de Peixes deve objetivar a elaboração de regras operativas que tornem o STP mais
eficiente do ponto de vista ambiental e com custos econômicos menores. Esta regra operativa
deve desta forma maximizar o custo/benefício do sistema.
6.1- Dados necessários para se obter a regra operativa
► 1) Relação do número de peixes transpostos com variáveis ambientais.
► 2) Variação sazonal e diária da freqüência de passagens de peixes pelo STP.
► 3) Variação sazonal e diária do custo de operação, monitoramento e da água utilizada
pelo STP.
6.2- Como se obter a regra operativa
► 1) Obter um modelo preditivo do número de peixes transpostos mês a mês de acordo
com a relação com variáveis ambientais (ex: vazão, temperatura da água, pH, etc).
► 2) Determinar a variação do custo de operação mês a mês em função da probabilidade
de vertimento (disponibilidade de água), custos de operação e monitoramento do STP.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 51
6.3- Resultado obtido com a aplicação da regra operativa
► 1) Estimativa mensal do custo de transposição por indivíduo (exemplo no gráfico
abaixo).
Exemplo de gráfico gerado como resultado de aplicação da regra operativa. Retirado da
apresentação de Paulo Pompeu (CPH-UFMG) no 1o Seminário Interno da CEMIG Sobre
Sistemas de Transposição
6.4- Produto
1) Regra operativa baseada na realidade de cada Sistema de Transposição de Peixes.
Meses do ano e períodos do dia nos quais o STP deve funcionar e quando deve ficar
inoperante.
* Para mais informações consultar: Estabelecimento da Regra Operativa de um Mecanismo de
Transposição de Peixes do Tipo Elevador com Caminhão-Tanque. Paulo dos Santos Pompeu, Carlos Barreira
Martinez. RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos Volum e 10 n.4 Out/dez 2005, 31-42
set a dez
out a jan
nov a fevdez a mar
jan a abr
nov a mar
set a jan
out a fev
dez a abr
0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Custo por indivíduo (R$)
60.000
70.000
80.000
90.000
100.000
110.000
120.000
130.000
Núm
ero
de in
diví
duos
tran
spos
tos
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77.. LL IINNHHAASS DDEE PPEESSQQUUIISSAA PPRRIIOORRIITTÁÁRRIIAASS
Foram discutidas no seminário as linhas de pesquisas consideradas como prioritárias para o
aumento do conhecimento sobre a estrutura e funcionamento de Sistemas de Transposição de
Peixes. Estas linhas representam os pontos necessários de serem elucidados a curto e médio
prazos.
► Determinação das estratégias e estruturas necessárias para a transposição de
montante para jusante em barramentos.
► Avaliação da importância ecológica de espécies para a manutenção das funções do
ecossistema.
► Avaliação global de longo prazo de ictiofauna de bacias hidrográficas.
► Determinação das características natatórias, comportamentais e bio-mecânicas da
ictiofauna migradora de nossas bacias hidrográficas.
► Métodos automatizados para monitoramento de STPs.
► Utilização de motorização da água de atração de STPs para redução do custo de
operação (geração de energia).
► Estudos da dinâmica migratória da ictiofauna migradora de nossas bacias hidrográficas.
► Estudos sobre a fisiologia e estresse fisiológico da ictiofauna de nossas bacias
hidrográficas.
► Determinação da influência de fatores de qualidade de água, ambientais, operativos,
hidrológicos sobre a atração da ictiofauna migradora de nossas bacias.
► Avaliação de estoques pesqueiros: determinação de métodos e modelos que sejam
capazes de quantificar de forma mais precisa a densidade e produtividade da ictiofauna
em rios e reservatórios.
► Fatores ambientais que determinam o evento reprodutivo e seu sucesso.
► Identificação de habitats críticos.
► Recuperação de ambientes críticos.
► Fatores que determinam mortalidade em barragens.
► Passagem descendente de ovos larvas e jovens.
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Gerência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão 53
88.. EESSTTRRAATTÉÉGGIIAASS DDEE DDIIFFUUSSÃÃOO DDOO CCOONNHHEECCIIMMEENNTTOO
Foram discutidas no seminário as estratégias necessárias para a difusão e aplicação do
conhecimento gerado sobre Sistemas de Transposição de Peixes. As principais estratégias são:
► Realizar periodicamente Seminários Internos sobre STPs. Nestes seminários
devem estar representadas todas as gerências da Cemig que lidam direta ou
indiretamente com a questão.
► Incentivar a realização de Seminário Nacional e/ou internacional de Transposição
de Peixes no qual devem ser apresentados trabalhos sobre a transposição da
Ictiofauna Neotropical.
► Incentivar a difusão de trabalhos científicos em Congressos e Eventos diversos.
► Realizar palestras para Comitês de Bacia, COPAM, SUPRAMs, Ministério Público.
► Divulgar esta metodologia de planejamento, construção, avaliação e monitoramento
de STPs para a sociedade na internet.
► Disponibilizar no site do Peixe Vivo, resultados de estudos de transposição
realizados pela Cemig e consórcios.
► Disponibilizar na rede de dados da Cemig os relatórios de monitoramento e
licenciamento de STPs para consulta das áreas de engenharia e meio ambiente.
► Redigir um relatório anual de transposição a ser feito pela Cemig e disponibilizado
internamente e externamente.
► Incentivar a publicação científica dos dados obtidos.
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99.. PPAARRTTIICCIIPPAANNTTEESS
Nome Instituição e-mail
André Cavallari Cemig [email protected]
Carlos Barreira Martinez UFMG [email protected]
Carlos Bernardo Alves Mascarenhas UFMG [email protected]
Clarissa Chalub UFMG [email protected]
Débora Henrique da Silva Moraes AHE Aimorés [email protected]
Edna Viana UFMG [email protected]
Fanny Tereza Cemig [email protected]
Fernanda Linhales Cemig [email protected]
Fernanda Silveira UFMG [email protected]
Fernando Pelicice NUPELIA [email protected]
Filipe Fonseca Machado Cemig [email protected]
Flavio Wolf Durão Projeto Peixe Vivo [email protected]
Francisco Ricardo de Andrade Neto Projeto Peixe Vivo [email protected]
Gilmar Bastos Santos Puc-Minas [email protected]
Hersilia Santos UFMG [email protected]
Hugo Godinho Puc-Minas [email protected]
Humberto Ribeiro Mendes Neto Cemig [email protected]
João de Magalhães Lopes Cemig [email protected]
João Victor Silva Lopes Cemig [email protected]
Leonardo Resende Cemig [email protected]
Luiz Gustavo Martins da Silva UFMG [email protected]
Marcos Liberato do Nascimento Cemig [email protected]
Newton Jose Schmidt Prado Cemig [email protected]
Oscar Moura Cemig [email protected]
Paulo dos Santos Pompeu UFMG [email protected]
Paulo Guimarães Neto Projeto Peixe Vivo [email protected]
Raoni Rosa UFMG [email protected]
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Raquel Coelho Loures Fontes Cemig [email protected]
Ribamar Moreira Cemig [email protected]
Ricardo José da Silva Cemig [email protected]
Thiago Ribeiro UFMG [email protected]
Vasco Campos Ortemg [email protected]
Volney Vono UFMG [email protected]
Zoraia Silva Bios [email protected]
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