Credo Niceno-Constantinopolitano Creio em um s Deus, Pai
todo-poderoso, criador do Cu e da Terra, de todas as coisas visveis
e invisveis. Creio em um s Senhor, Jesus Cristo, Filho Unignito de
Deus, nascido do Pai antes de todos os sculos: Deus de Deus, luz da
luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, no criado,
consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por
ns, homens, e para nossa salvao desceu dos Cus. Se encarnou pelo
Esprito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Tambm por
ns foi crucificado sob Pncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.
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Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu
aos Cus, onde est sentado direita do Pai. De novo h de vir em sua
glria para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino no ter fim.
Creio no Esprito Santo, Senhor que d a vida, e procede do Pai e do
Filho; e com o Pai e o Filho adorado e glorificado: Ele que falou
pelos profetas. Creio na Igreja Una, Santa, Catlica e Apostlica.
Confesso um s batismo para remisso dos pecados. Espero a ressurreio
dos mortos; e a vida do mundo que h de vir. Amm.
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A f um ato pessoal Mas no um ato isolado A f um ato pessoal,
uma resposta livre do homem proposta de Deus que Se revela. Mas no
um ato isolado. Ningum pode acreditar sozinho, tal como ningum pode
viver s. Ningum se deu a f a si mesmo, como ningum a si mesmo se
deu a vida. Foi de outrem que o crente recebeu a f; a outrem a deve
transmitir. O nosso amor a Jesus e aos homens impele-nos a falar
aos outros da nossa f. Cada crente , assim, um elo na grande cadeia
dos crentes. No posso crer sem ser amparado pela f dos outros, e
pela minha f contribuo tambm para amparar os outros na f.
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Eu creio: a f da Igreja, professada pessoalmente por cada
crente, principalmente por ocasio do Batismo. Ns cremos: a f da
Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Conclio ou, de modo
mais geral, pela assembleia litrgica dos crentes. Eu creio: tambm a
Igreja, nossa Me, que responde a Deus pela sua f e nos ensina a
dizer: Eu creio, Ns cremos
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I. Em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo Os cristos so
batizados em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo (Mt 28,19).
Antes disso, eles respondem Creio trplice pergunta com que so
interpelados a confessar a sua f no Pai, no Filho e no Esprito
Santo: A f de todos os cristos assenta na Trindade). Os cristos so
batizados em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo, e no nos
nomes deles porque no h seno um s Deus o Pai Onipotente, o Seu
Filho Unignito e o Esprito Santo: a Santssima Trindade.
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O mistrio da Santssima Trindade o mistrio central da f e da
vida crist. o mistrio de Deus em si mesmo. E, portanto, a fonte de
todos os outros mistrios da f e a luz que os ilumina. o ensinamento
mais fundamental e essencial na hierarquia das verdades da f. Toda
a histria da salvao no seno a histria do caminho e dos meios pelos
quais o Deus verdadeiro e nico, Pai, Filho e Esprito Santo, Se
revela, reconcilia consigo e Se une aos homens que se afastam do
pecado.
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Os Padres da Igreja distinguem entre: Theologia: designa o
mistrio da vida ntima de Deus-Trindade. Oikonomia (economia):
designa todas as obras de Deus pelas quais Ele Se revela e comunica
a sua vida. pela Oikonomia que nos revelada a Theologia; e a
Theologia que esclarece toda a Oikonomia.
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As obras de Deus revelam quem Ele em Si mesmo: e, inversamente,
o mistrio do seu Ser ntimo ilumina o entendimento de todas as suas
obras. Para melhor compreendermos: Por comparao: o que se passa com
as pessoas humanas. A pessoa revela-se no que faz, e, quanto mais
conhecemos uma pessoa, tanto melhor compreendemos o seu agir.
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A Trindade um mistrio de f em sentido estrito, um dos mistrios
ocultos em Deus, que no podem ser conhecidos se no forem revelados
l do alto. verdade que Deus deixou traos do seu Ser trinitrio na
obra da criao e na sua revelao ao longo do Antigo Testamento. Mas a
intimidade do seu Ser como Trindade Santssima constitui um mistrio
inacessvel razo sozinha e, mesmo, f de Israel antes da Encarnao do
Filho de Deus e da misso do Esprito Santo.
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A revelao de Deus como Trindade O PAI REVELADO PELO FILHO A
invocao de Deus como Pai conhecida em muitas religies. A divindade
muitas vezes considerada como pai dos deuses e dos homens. Em
Israel, Deus chamado Pai enquanto criador do mundo. Mais ainda,
Deus Pai em razo da Aliana e do dom da Lei a Israel, seu filho
primognito (Ex 4,22). Tambm chamado Pai do rei de Israel. E muito
especialmente o Pai dos pobres, do rfo e da viva, entregues sua
proteo amorosa.
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Ao designar Deus com o nome de Pai, a linguagem da f indica
principalmente dois aspectos: 1) Deus a origem primeira de tudo e a
autoridade transcendente e, 2) Que bondade e solicitude amorosa
para com todos os seus filhos. Esta ternura paternal de Deus tambm
pode ser expressa pela imagem da maternidade, que indica melhor a
imanncia de Deus, a intimidade entre Deus e a sua criatura. A
linguagem da f vai, assim, alimentar-se na experincia humana dos
progenitores, que so, de certo modo, os primeiros representantes de
Deus para o homem.
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Mas esta experincia diz tambm que os progenitores humanos so
falveis e podem desfigurar a face da paternidade e da maternidade.
Convm, ento, lembrar que Deus transcende a distino humana dos
sexos. No homem nem mulher: Deus. Transcende tambm a paternidade e
a maternidade humanas, sem deixar de ser de ambas a origem e a
medida: ningum pai como Deus. Jesus revelou que Deus Pai Jesus
revelou que Deus Pai num sentido indito: no o somente enquanto
Criador: Pai eternamente em relao ao seu Filho nico, o qual,
eternamente, s Filho em relao ao Pai: Ningum conhece o Filho seno o
Pai, nem ningum conhece o Pai seno o Filho, e aquele a quem o Filho
o quiser revelar (Mt 11,27).
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por isso que os Apstolos confessam que Jesus o Verbo [que]
estava [no princpio] junto de Deus e que Deus (Jo 1,1), a imagem do
Deus invisvel (Cl 1,15), o resplendor da sua glria e a imagem da
sua substncia (Hb 1,3). Na esteira deles, seguindo a tradio
apostlica, no primeiro conclio ecumnico de Niceia, em 325, a Igreja
confessou que o Filho consubstancial ao Pai, quer dizer, um s Deus
com Ele. O segundo concilio ecumnico, reunido em Constantinopla em
381, guardou esta expresso na sua formulao do Credo de Niceia e
confessou o Filho unignito de Deus, nascido do Pai antes de todos
os sculos, luz da luz. Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado,
no criado, consubstancial ao Pai.
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Esprito Santo revelado como uma outra pessoa divina, em relao a
Jesus e ao Pai. Antes da sua Pscoa, Jesus anuncia o envio de um
outro Parclito (Defensor), o Esprito Santo. Agindo desde a criao e
tendo outrora falado pelos profetas, o Esprito Santo estar agora
junto dos discpulos, e neles, para os ensinar e os guiar para a
verdade total (Jo 16,13). E, assim, o Esprito Santo revelado como
uma outra pessoa divina, em relao a Jesus e ao Pai.
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A origem eterna do Esprito revela-se na sua misso temporal. O
Esprito Santo enviado aos Apstolos e Igreja, tanto pelo Pai, em
nome do Filho, como pessoalmente pelo Filho, depois do seu regresso
ao Pai. O envio da pessoa do Esprito, aps a glorificao de Jesus
revela em plenitude o mistrio da Santssima Trindade.
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Ns acreditamos no Esprito Santo, Senhor que d a vida, e procede
do Pai. A f apostlica relativamente ao Esprito foi confessada pelo
segundo concilio ecumnico, reunido em Constantinopla em 381:Ns
acreditamos no Esprito Santo, Senhor que d a vida, e procede do
Pai. A Igreja reconhece assim o Pai como a fonte e a origem de toda
a Divindade. Mas a origem eterna do Esprito Santo no est desligada
da do Filho: O Esprito Santo, que a terceira pessoa da Trindade,
Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substncia e tambm da
mesma natureza... Contudo, no dizemos que Ele somente o Esprito do
Pai, mas, ao mesmo tempo, o Esprito do Pai e do Filho. com o Pai e
o Filho, adorado e glorificado O Credo do Conclio de Constantinopla
da Igreja confessa que Ele, com o Pai e o Filho, adorado e
glorificado.
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A tradio latina do Credo confessa que o Esprito procede do Pai
e do Filho (Filioque). O Conclio de Florena, em 1438, explicita: O
Esprito Santo [...] recebe a sua essncia e o seu ser ao mesmo tempo
do Pai e do Filho, e procede eternamente de um e do outro como dum
s Princpio e por uma s expirao [...]. E porque tudo o que do Pai, o
prprio Pai o deu ao seu Filho Unignito, gerando-O, com exceo do seu
ser Pai, esta mesma procedncia do Esprito Santo, a partir do Filho,
Ele a tem eternamente do seu Pai, que eternamente O gerou.
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A tradio oriental: exprime o carter de origem primeira do Pai
em relao ao Esprito. Ao confessar o Esprito como sado do Pai (Jo
15,26), afirma que Ele procede do Pai pelo Filho. A tradio
ocidental: exprime a comunho consubstancial entre o Pai e o Filho,
ao dizer que o Esprito Santo procede do Pai e do Filho
(Filioque).
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A FORMAO DO DOGMA TRINITRIO A verdade revelada da Santssima
Trindade esteve, desde a origem, na raiz da f viva da Igreja,
principalmente por meio do Batismo. Encontra a sua expresso na
regra da f batismal, formulada na pregao, na catequese e na orao da
Igreja. Tais formulaes encontram-se j nos escritos apostlicos, como
o comprova esta saudao retomada na liturgia eucarstica: A graa do
Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunho do Esprito Santo
estejam com todos vs (2 Cor 13,13). A Santssima Trindade na
doutrina da f A Santssima Trindade na doutrina da f
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No decurso dos primeiros sculos, a Igreja preocupou-se com
formular mais explicitamente a sua f trinitria, tanto para
aprofundar a sua prpria inteligncia da f, como para a defender
contra os erros que a deformavam. Foi esse o trabalho dos primeiros
conclios, ajudados pelo trabalho teolgico dos Padres da Igreja e
sustentados pelo sentido da f do povo cristo.
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A Trindade una. Ns no confessamos trs deuses, mas um s Deus em
trs pessoas: a Trindade consubstancial. As pessoas divinas no
dividem entre Si a divindade nica: cada uma delas Deus por inteiro:
O Pai aquilo mesmo que o Filho, o Filho aquilo mesmo que o Pai, o
Pai e o Filho aquilo mesmo que o Esprito Santo, ou seja, um nico
Deus por natureza. Cada uma das trs pessoas esta realidade, quer
dizer, a substncia, a essncia ou a natureza divina.
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As pessoas divinas so realmente distintas entre Si As pessoas
divinas so realmente distintas entre Si. Deus um s, mas no
solitrio. Pai, Filho, Esprito Santo no so meros nomes que designam
modalidades do ser divino, porque so realmente distintos entre Si.
Aquele que o Filho no o Pai e Aquele que o Pai no o Filho, nem o
Esprito Santo Aquele que o Pai ou o Filho. So distintos entre Si
pelas suas relaes de origem: O Pai gera, o Filho gerado, o Esprito
Santo procede. A unidade divina trina.
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As pessoas divinas so relativas umas s outras As pessoas
divinas so relativas umas s outras. Uma vez que no divide a unidade
divina, a distino real das pessoas entre Si reside unicamente nas
relaes que as referenciam umas s outras: Nos nomes relativos das
pessoas, o Pai referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Esprito Santo a
ambos. Quando falamos destas trs pessoas, considerando as relaes
respectivas, cremos, todavia, numa s natureza ou substncia. Com
efeito, n'Eles tudo um, onde no h a oposio da relao. Por causa
desta unidade, o Pai est todo no Filho e todo no Esprito Santo: o
Filho est todo no Pai e todo no Esprito Santo: o Esprito Santo est
todo no Pai e todo no Filho.
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O lux beata Trinitas et principalis Unitas! Trindade. Luz
ditosa, primordial Unidade!. Deus eterna bem-aventurana, vida
imortal, luz sem ocaso. Deus amor: Pai, Filho e Esprito Santo.
Livremente. Deus quer comunicar a glria da sua vida bem-aventurada.
Tal o mistrio da sua vontade (Ef 1,9) que Ele concebeu antes da
criao do mundo em seu Filho muito-amado, uma vez que nos destinou
de antemo a que nos tornssemos seus filhos adotivos por Jesus
Cristo (Ef 1,5), quer dizer, a sermos conformes imagem do seu Filho
(Rm 8,29), graas ao Esprito que faz de vs filhos adotivos (Rm
8,15).
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Este desgnio uma graa que nos foi dada [...] desde toda a
eternidade(2 Tm 1,9), a qual procede imediatamente do amor
trinitrio. E este amor manifesta-se na obra da criao, em toda a
histria da salvao depois da queda, e nas misses do Filho e do
Esprito, continuadas pela misso da Igreja.
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Toda a economia divina obra comum das trs pessoas divinas. Toda
a economia divina obra comum das trs pessoas divinas. Assim como no
tem seno uma e a mesma natureza, a Trindade no tem seno uma e a
mesma operao. No entanto, cada pessoa divina realiza a obra comum
segundo a sua propriedade pessoal. O Pai, o Filho e o Esprito Santo
no so trs princpios das criaturas, mas um s princpio. No entanto,
cada pessoa divina realiza a obra comum segundo a sua propriedade
pessoal.
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um s Deus e Pai, de Quem so todas as coisas; um s Senhor Jesus
Cristo, para Quem so todas as coisas; e um s Esprito Santo, em Quem
so todas as coisas. assim que a Igreja confessa, na sequncia do
Novo Testamento, um s Deus e Pai, de Quem so todas as coisas; um s
Senhor Jesus Cristo, para Quem so todas as coisas; e um s Esprito
Santo, em Quem so todas as coisas. So sobretudo as misses divinas
da Encarnao do Filho e do dom do Esprito Santo que manifestam as
propriedades das pessoas divinas.
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Toda a vida crist comunho com cada uma das pessoas divinas, sem
de modo algum as separar. Todo aquele que d glria ao Pai, faz pelo
Filho no Esprito Santo: todo aquele que segue Cristo, faz porque o
Pai o atrai e o Esprito o move. O fim ltimo de toda a economia
divina o acesso das criaturas unidade perfeita da bem- aventurada
Trindade. Mas j desde agora ns somos chamados a ser habitados pela
Santssima Trindade: Quem me tem amor, diz o Senhor, por em prtica
as minhas palavras. Meu Pai am-lo-; Ns viremos a ele e faremos nele
a nossa morada (Jo 14,23):
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Resumindo: O Esprito Santo procede do Pai enquanto fonte
primeira; e, pelo dom eterno do Pai ao Filho, procede do Pai e do
Filho em comunho. Pela graa do Batismo em nome do Pai e do Filho e
do Esprito Santo, (Mt 28,19), somos chamados a participar na vida
da Trindade bem-aventurada; para j, na obscuridade da f, e depois
da morte na luz eterna.
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A f catlica esta: venerarmos um s Deus na Trindade e a Trindade
na unidade, sem confundir as Pessoas nem dividir a substncia:
porque uma a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Esprito
Santo; mas do Pai e do Filho e do Esprito Santo s uma a divindade,
igual a glria e coeterna a majestade. Inseparveis no que so, as
pessoas divinas so tambm inseparveis no que fazem. Mas, na operao
divina nica, cada uma manifesta o que Lhe prprio na Trindade,
sobretudo nas misses divinas da Encarnao do Filho e do dom do
Esprito Santo.
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Deus eterno deu um princpio a tudo quanto existe fora d'Ele No
princpio, Deus criou o cu e a terra. Trs coisas so afirmadas nestas
primeiras palavras da Escritura: Deus eterno deu um princpio a tudo
quanto existe fora d'Ele. S Ele criador (o verbo criar em hebraico
bara tem sempre Deus por sujeito). E tudo quanto existe (expresso
pela frmula o cu e a terra) depende d' Aquele que lhe deu o ser. A
criao obra da Santssima Trindade
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No princpio era o Verbo [...] e o Verbo era Deus [...] Tudo se
fez por meio d'Ele e, sem Ele, nada se fez (Jo 1,1-3). O Novo
Testamento revela que Deus tudo criou por meio do Verbo eterno, seu
Filho muito-amado. Foi n'Ele que foram criados todos os seres que h
nos cus e na terra [...]. Tudo foi criado por seu intermdio e para
Ele. Ele anterior a todas as coisas, e todas se mantm por Ele (Cl
1,16-17). A f da Igreja afirma igualmente a ao criadora do Esprito
Santo: Ele Aquele que d a vida (113), o Esprito Criador (Veni,
Creator Spiritus), a Fonte de todo o bem.
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Ele o Pai, Deus, o Criador, o Autor, o Ordenador . A criao obra
comum da Santssima Trindade. Insinuada no Antigo Testamento,
revelada na Nova Aliana, a ao criadora do Filho e do Esprito Santo,
inseparavelmente unida do Pai, claramente afirmada pela regra de f
da Igreja: Existe um s Deus. Ele o Pai, Deus, o Criador, o Autor, o
Ordenador. Fez todas as coisas por Si mesmo, quer dizer, pelo Seu
Verbo e pela sua Sabedoria pelo Filho e pelo Esprito que so como as
suas mos. A criao obra comum da Santssima Trindade.
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NO CORAO DA CATEQUESE: CRISTO No corao da catequese,
encontramos essencialmente uma Pessoa: Jesus de Nazar, Filho nico
do Pai [...], que sofreu e morreu por ns e que agora, ressuscitado,
vive conosco para sempre [...]. Catequizar [...] revelar, na Pessoa
de Cristo, todo o desgnio eterno de Deus [...]. procurar
compreender o significado dos gestos e das palavras de Cristo e dos
sinais por Ele realizados.
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O fim da catequese pr em comunho com Jesus Cristo: somente Ele
pode levar ao amor do Pai, no Esprito, e fazer-nos participar na
vida da Santssima Trindade. Na catequese, Cristo, Verbo Encarnado e
Filho de Deus, que ensinado; tudo o mais -o em referncia a Ele. E s
Cristo ensina. Todo e qualquer outro o faz apenas na medida em que
seu porta-voz, consentindo em que Cristo ensine pela sua boca Na
catequese, Cristo, Verbo Encarnado e Filho de Deus, que ensinado;
tudo o mais -o em referncia a Ele. E s Cristo ensina. Todo e
qualquer outro o faz apenas na medida em que seu porta-voz,
consentindo em que Cristo ensine pela sua boca [...].
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"A minha doutrina no minha, mas d'Aquele que Me enviou" Todo o
catequista deveria poder aplicar a si prprio a misteriosa palavra
de Jesus: "A minha doutrina no minha, mas d'Aquele que Me enviou"
(Jo 7, 16). Aquele que chamado a ensinar Cristo deve, portanto,
antes de mais nada, procurar esse lucro sobre eminente que o
conhecimento de Jesus Cristo. Tem de aceitar perder tudo [...] para
ganhar Cristo e encontrar-se n'Ele e conhec-Lo, a Ele, na fora da
sua ressurreio e na comunho com os seus sofrimentos, conformar-se
com Ele na morte, na esperana de chegar a ressuscitar dos mortos
(Fl 3,8-11).
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brota o desejo de O anunciar, de evangelizar e levar os outros
ao sim da f em Jesus Cristo Deste conhecimento amoroso de Cristo
brota o desejo de O anunciar, de evangelizar e levar os outros ao
sim da f em Jesus Cristo. Mas, ao mesmo tempo, faz-se sentir a
necessidade de conhecer sempre melhor esta f.
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Verdadeiro Deus e verdadeiro homem O acontecimento nico e
absolutamente singular da Encarnao do Filho de Deus no significa
que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja
o resultado de uma mistura confusa do divino com o humano. Ele
fez-Se verdadeiro homem, permane- cendo verdadeiro Deus. Jesus
Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
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O quarto Conclio ecumnico, em Calcednia, no ano de 451,
confessou: Na sequncia dos santos Padres, ensinamos unanimemente
que se confesse um s e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
igualmente perfeito na divindade e perfeito na humanidade, sendo o
mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto duma
alma racional e dum corpo, consubstancial ao Pai pela sua
divindade, consubstancial a ns pela sua humanidade, semelhante a ns
em tudo, menos no pecado: gerado do Pai
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antes de todos os sculos segundo a divindade, e nestes ltimos
dias, por ns e pela nossa salvao, nascido da Virgem Me de Deus
segundo a humanidade. Um s e mesmo Cristo, Senhor, Filho nico, que
devemos reconhecer em duas naturezas, sem confuso, sem mudana, sem
diviso, sem separao. A diferena das naturezas no abolida pela sua
unio; antes, as propriedades de cada uma so salvaguardadas e
reunidas numa s pessoa e numa s hipstase.
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A Igreja confessa que Jesus inseparavelmente verdadeiro Deus e
verdadeiro homem. verdadeiramente o Filho de Deus feito homem,
nosso irmo, e isso sem deixar de ser Deus, nosso Senhor. Continuou
a ser o que era e assumiu o que no era.
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A ressurreio obra da Santssima Trindade A ressurreio de Cristo
objeto de f, na medida em que uma interveno transcendente do prprio
Deus na criao e na histria. Nela, as trs pessoas divinas agem em
conjunto e manifestam a sua originalidade prpria: realizou-se pelo
poder do Pai, que ressuscitou (At 2, 24) Cristo seu Filho, e assim
introduziu de modo perfeito a sua humanidade com o seu corpo na
Trindade. Jesus foi divinamente revelado Filho de Deus em todo o
seu poder, pela sua ressurreio de entre os mortos (Rm 1, 4). So
Paulo insiste na manifestao do poder de Deus (575) por obra do
Esprito, que vivificou a humanidade morta de Jesus e a chamou ao
estado glorioso de Senhor.
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Quanto ao Filho, Ele opera a sua prpria ressurreio em virtude
do seu poder divino. Jesus anuncia que o Filho do Homem dever
sofrer muito, e depois ressuscitar (no sentido ativo da palavra).
Alis, d'Ele esta afirmao explcita: Eu dou a minha vida para
retom-la [...] Tenho o poder de a dar e o poder de a retomar (Jo
10,17-18). (1 Ts 4,14). Ns cremos que Jesus morreu e depois
ressuscitou
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CREIO NO ESPRITO SANTO Ningum pode dizer "Jesus o Senhor" a no
ser pela ao do Esprito Santo (1 Cor 12,3). Deus enviou aos nossos
coraes o Esprito do seu Filho, que clama: "Abb! Pai!' (Gl 4,6).
Este conheci- mento da f s possvel no Esprito Santo. Para estar em
contato com Cristo, preciso primeiro ter sido tocado pelo Esprito
Santo. Ele que nos precede e suscita em ns a f. Em virtude do nosso
Batismo, primeiro sacramento da f, a Vida, que tem a sua fonte no
Pai e nos oferecida no Filho, -nos comunicada, ntima e
pessoalmente, pelo Esprito Santo na Igreja:
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O Batismo d-nos a graa do novo nascimento em Deus Pai, por meio
do Filho no Esprito Santo. Porque aqueles que tm o Esprito de Deus
so conduzidos ao Verbo, isto , ao Filho: mas o Filho apresenta-os
ao Pai, e o Pai d-lhes a incorrupti- bilidade. Portanto, sem o
Esprito no possvel ver o Filho de Deus, e sem o Filho ningum tem
acesso ao Pai, porque o conhecimento do Pai o Filho, e o
conhecimento do Filho de Deus faz-se pelo Esprito Santo.
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O Esprito Santo, pela sua graa, o primeiro no despertar da
nossa f e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que
Ele enviou, Jesus Cristo. No entanto, Ele o ltimo na revelao das
Pessoas da Santssima Trindade. So Gregrio de Nazianzo, o Telogo,
explica esta progresso pela pedagogia da condescendncia
divina:
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O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais
obscuramente o Filho. O Novo manifestou o Filho e fez entrever a
divindade do Esprito. Agora, porm, o prprio Esprito vive conosco e
manifesta-se a ns mais abertamente. Com efeito, quando ainda no se
confessava a divindade do Pai, no era prudente proclamar
abertamente o Filho: e quando a divindade do Filho ainda no era
admitida, no era prudente acrescentar o Esprito Santo como um fardo
suplementar, para empregar uma expresso um tanto ousada [...] por
avanos e progresses "de glria em glria " que a luz da Trindade
brilhar em mais esplendorosas claridades.
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Crer no Esprito , portanto, professar que o Esprito Santo uma
das Pessoas da Santssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao
Filho, adorado e glorificado com o Pai e o Filho. O Esprito Santo
age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princpio at consumao do
desgnio da nossa salvao.
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Mas nestes ltimos tempos, inaugurados com a Encarnao redentora
do Filho, que Ele revelado e dado, reconhecido e acolhido como
Pessoa. Ento, esse desgnio divino, consumado em Cristo, Primognito
e Cabea da nova criao, poder tomar corpo na humanidade pelo Esprito
derramado: a Igreja, a comunho dos santos, a remisso dos pecados, a
ressurreio da carne, a vida eterna.
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OS SMBOLOS DO ESPRITO SANTO A gua O simbolismo da gua
significativo da ao do Esprito Santo no Batismo, pois que, aps a
invocao do Esprito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz
do novo nascimento. Do mesmo modo que a gestao do nosso primeiro
nascimento se operou na gua, assim a gua batismal significa
realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos dado no
Esprito Santo. Mas, batizados num s Esprito, a todos nos foi dado
beber de um nico Esprito (1 Cor 12,13): portanto, o Esprito tambm
pessoalmente a gua viva que brota de Cristo crucificado como da sua
fonte, e jorra em ns para a vida eterna.
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A uno O simbolismo da uno com leo tambm significativo do
Esprito Santo, a ponto de se tomar o seu sinnimo. Na iniciao crist,
ela o sinal sacramental da Confirmao, que justamente nas Igrejas
Orientais se chama Crismao. Mas, para lhe apreender toda a fora,
temos de voltar primeira uno realizada pelo Esprito Santo: a de
Jesus. Cristo (Messias em hebraico) significa ungido pelo Esprito
de Deus. Houve ungidos do Senhor na antiga Aliana, sobretudo o rei
David. Mas Jesus o ungido de Deus de maneira nica: a humanidade que
o Filho assume totalmente ungida pelo Esprito Santo. Jesus
constitudo Cristo pelo Esprito Santo.
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A Virgem Maria concebe Cristo do Esprito Santo, que pelo anjo O
anuncia como Cristo por ocasio do seu nascimento e leva Simeo a ir
ao templo ver o Cristo do Senhor. Ele que enche Cristo e cujo poder
emana de Cristo nos seus atos de cura e salvamento. Finalmente, Ele
que ressuscita Jesus de entre os mortos. Ento, plenamente
constitudo Cristo na sua humanidade vencedora da morte, Jesus
difunde em profuso o Esprito Santo, at que os santos constituam, na
sua unio humanidade do Filho de Deus, o homem adulto medida
completa da plenitude de Cristo (Ef 4,13), o Cristo total, para
empregar a expresso de Santo Agostinho.
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O fogo Enquanto a gua significava o nascimento e a fecundidade
da vida dada no Esprito Santo, o fogo simboliza a energia
transformadora dos atos do Esprito Santo. O profeta Elias, que
apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho
ardente(Sir 48,1), pela sua orao faz descer o fogo do cu sobre o
sacrifcio do monte Carmelo, figura do fogo do Esprito Santo, que
transforma aquilo em que toca. Joo Baptista, que ir frente do
Senhor com o esprito e a fora de Elias (Lc 1,17), anuncia Cristo
como Aquele que h de batizar no Esprito Santo e no fogo (Lc 3,16),
aquele Esprito do qual Jesus dir: Eu vim lanar fogo sobre a terra e
s quero que ele se tenha ateado! (Lc 12,49).
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sob a forma de lnguas, uma espcie de lnguas de fogo, que o
Esprito Santo repousa sobre os discpulos na manh de Pentecostes e
os enche de Si. A tradio espiritual reter este simbolismo do fogo
como um dos mais expressivos da ao do Esprito Santo. No apagueis o
Esprito! (1Ts 5,19).
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A nuvem e a luz Estes dois smbolos so inseparveis nas
manifestaes do Esprito Santo. Desde as teofanias do Antigo
Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o
Deus vivo e salvador, velando a transcendncia da sua glria: a Moiss
no monte Sinai, na tenda da reunio e durante a marcha pelo deserto;
a Salomo, por ocasio da dedicao do templo. Ora estas figuras so
realizadas por Cristo no Esprito Santo. Ele que desce sobre a
Virgem Maria e a cobre com a sua sombra, para que conceba e d luz
Jesus. No monte da transfigurao, Ele que sobrevm na
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nuvem que cobriu da sua sombra Jesus, Moiss e Elias, Pedro,
Tiago e Joo, nuvem da qual se fez ouvir uma voz que dizia: "Este o
meu Filho, o meu Eleito, escutai- O!" (Lc 9,35). E, enfim, a mesma
nuvem que esconde Jesus aos olhos dos discpulos no dia da Ascenso e
que O revelar como Filho do Homem na sua glria, no dia da sua
vinda.
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O selo um smbolo prximo do da uno. Com efeito, foi a Cristo que
Deus marcou com o seu selo (Jo 6, 27) e n'Ele que o Pai nos marca
tambm com o seu selo. Porque indica o efeito indelvel da uno do
Esprito Santo nos sacramentos do Batismo, da Confirmao e da Ordem,
a imagem do selo foi utilizada em certas tradies teolgicas para
exprimir o carter indelvel, impresso por estes trs sacramentos, que
no podem ser repetidos.
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A mo pela imposio das mos que Jesus cura os doentes e abenoa as
crianas. O mesmo faro os Apstolos, em seu nome Ainda mais: pela
imposio das mos dos Apstolos que o Esprito Santo dado. A Epstola
aos Hebreus coloca a imposio das mos no nmero dos artigos
fundamentais do seu ensino. Este sinal da efuso onipotente do
Esprito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses
sacramentais.
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O dedo pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demnios. Se a Lei
de Deus foi escrita em tbuas de pedra pelo dedo de Deus (Ex 31,18),
a carta de Cristo, entregue ao cuidado dos Apstolos, escrita com o
Esprito de Deus vivo: no em placas de pedra, mas em placas que so
coraes de carne (2 Cor 3,3). O hino Veni Creator Spiritus invoca o
Esprito Santo como digitus paternae dexterae Dedo da mo direita do
Pai.
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A pomba No final do dilvio (cujo simbolismo tem a ver com o
Batismo), a pomba solta por No regressa com um ramo verde de
oliveira no bico, sinal de que a terra outra vez habitvel. Quando
Cristo sobe das guas do seu batismo, o Esprito Santo, sob a forma
duma pomba, desce e paira sobre Ele. O Esprito desce e repousa no
corao purificado dos batizados. Em certas igrejas, a sagrada
Reserva eucarstica conservada num relicrio metlico em forma de
pomba (o columbarium) suspenso sobre o altar. O smbolo da pomba
para significar o Esprito Santo tradicional na iconografia
crist.
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O Esprito e a Igreja nos ltimos tempos O PENTECOSTES 731. No
dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Pscoa de
Cristo completou-se com a efuso do Esprito Santo que Se manifestou,
Se deu e Se comunicou como Pessoa divina: da sua plenitude, Cristo
Senhor derrama em profuso o Esprito.
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Neste dia, revelou-Se plenamente a Santssima Trindade. A partir
deste dia, o Reino anunciado por Cristo abre-se aos que n'Ele crem.
Na humildade da carne e na f, eles participam j na comunho da
Santssima Trindade. Pela sua vinda, que no cessar jamais, o Esprito
Santo faz entrar no mundo nos ltimos tempos, no tempo da Igreja, no
Reino j herdado mas ainda no consumado: Ns vimos a verdadeira Luz,
recebemos o Esprito celeste, encontramos a verdadeira f: adoramos a
Trindade indivisvel, porque foi Ela que nos salvou.
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O ESPRITO SANTO E A IGREJA A misso de Cristo e do Esprito Santo
completa- se na Igreja, corpo de Cristo e templo do Esprito Santo.
Esta misso conjunta associa, doravante, os fiis de Cristo sua
comunho com o Pai no Esprito Santo: o Esprito prepara os homens e
adianta-se-lhes com a sua graa para os atrair a Cristo.
Manifesta-lhes o Senhor ressuscitado, lembra-lhes a sua Palavra e
abre-lhes o esprito inteligncia da sua morte e da sua ressurreio.
Torna-lhes presente o mistrio de Cristo, principalmente na
Eucaristia, com o fim de os reconciliar, de os pr em comunho com
Deus, para os fazer dar muito fruto.
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Assim, a misso da Igreja no se acrescenta de Cristo e do
Esprito Santo, mas o sacramento dela: por todo o seu ser e em todos
os seus membros, enviada para anunciar e testemunhar, atualizar e
derramar o mistrio da comunho da Santssima Trindade (ser este o
objeto do prximo artigo): Ns todos, que recebemos o nico e mesmo
Esprito, quer dizer, o Esprito Santo, fundimo-nos entre ns e com
Deus. Porque, embora sejamos numerosos separadamente, e Cristo faa
com que o Esprito do Pai e seu habite em cada um de ns, este
Esprito nico e indivisvel reconduz
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pessoalmente unidade os que so distintos entre si [...] e faz
com que todos apaream n'Ele como sendo um s. E assim como o poder
da santa humanidade de Cristo faz com que todos aqueles em quem ela
se encontra formem um s corpo, penso que, do mesmo modo, o Esprito
de Deus, que habita em todos, nico e indivisvel, os leva todos
unidade espiritual. Uma vez que o Esprito Santo a uno de Cristo,
Cristo, a Cabea do corpo, quem O derrama nos seus membros para os
alimentar, os curar, os organizar nas suas mtuas funes, os
vivificar, os enviar a dar testemunho, os associar sua oferta ao
Pai e sua intercesso pelo mundo inteiro.
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pelos sacramentos da Igreja que Cristo comunica aos membros do
seu corpo o seu Esprito Santo e santificador (ser este o objeto da
segunda parte do Catecismo). Estas maravilhas de Deus, oferecidas
aos crentes nos sacramentos da Igreja, do os seus frutos na vida
nova em Cristo, segundo o Esprito (ser este o objeto da terceira
parte do Catecismo).
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Tambm o Esprito Santo vem em auxlio da nossa fraqueza, porque
no sabemos o que pedir nas nossas oraes; mas o prprio Esprito
intercede por ns com gemidos inefveis(Rm 8, 26). O Esprito Santo,
artfice das obras de Deus, o Mestre da orao (ser este o objeto da
quarta parte do Catecismo).