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Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense Porto Real, 31/7/2012. Edição nº 889

De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacionalda Distribuição de Veículos Automotores), o setor decaminhões e ônibus tem amargado uma queda nas vendas.Entre junho deste ano e junho do ano passado, no períodode doze meses, a queda nas vendas e distribuição de ônibusfoi de 31,54% e de caminhões acumulou perdas de 27,63%

Uma das companhias que mais tem acompanhado estaqueda no segmento de veículos pesados é a MAN LatinAmerica, dona da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus.O primeiro semestre da montadora registrou queda de30,2% no setor de ônibus, com 3.778 veículos vendidoscontra 5.415 no mesmo período do ano passado. A quedadas vendas de caminhões foi um pouco menor, masexpressiva também: 12,9% com 21,955 unidades este anocontra 25.220 no primeiro bimestre de 2011.

Em maio deste ano, a Volkswagen Caminhões e Ônibusemplacou 3 .543 caminhões e, em junho, o número foi de3.452 caminhões, uma queda de 2,3%. A queda de maiopara junho nas vendas/distribuição de ônibus da marca foide 16,9%, com 645 ônibus em maio e 536 em junho.

O mercado de ônibus e caminhões está sentindo osefeitos da mudança de legislação ambiental paramotores diesel. Baseada no conjunto de normas EuroV, a fase 7 do Proconve (Programa Nacional de Controlede Poluição por Veículos Automotores) exige, desdejaneiro deste ano, motores mais tecnológicos, queemitem 60% menos NOx (Óxidos de Nitrogênio) e 80%menos materiais particulados.

Por conta de serem mais avançados, estes ônibus ecaminhões são mais caros também, entre 10% e 15% emcomparação aos veículos com base na Euro III, que só

Situação da MAN Latin America preocupapuderam ser fabricados até 31 de dezembro de 2011.Assim, parte desta queda na verdade é um ajuste demercado, pelas vendas acima do normal no ano passado.

E pode ocorrer este ano exatamente o contrário doano passado. Enquanto em 2011, os empresáriosanteciparam as renovações, neste ano, eles podempostergar. E o principal motivo não é o preço maiordos veículos, mas as inseguranças em relação àsdificuldades de se encontrar o diesel S 50 (obrigatórionos motores novos), o preço do combustível, maior emrelação ao diesel que pode abastecer os motoresantigos, e também a oferta não suficiente ainda (apesardo crescimento) e o preço do ARLA 32, Agente RedutorLíquido Automotivo, um fluido obrigatório nos veículosEuro V com a tecnologia de Redução Catalítica Seletiva.

O contexto geral da economia brasileira tambémpreocupa. O PIB (Produto Interno Bruto), que deveriafechar o ano em 3,5%, agora tem previsão de ficar emtorno de 2,2%. Com economia menos aquecida,menores são as vendas e os níveis de produção. Commenos produtos, a demanda por caminhões paratransportá-los cai. A estimativa positiva para oscaminhões tem sido o setor de construção civil.

Isso porque um grande influenciador no segmentode ônibus é o nível de emprego e renda. Quanto maisempregada for a população, mais ela vai precisar sedeslocar para o trabalho e terá condições também derealizar viagens, estimulando a demanda por ônibusurbanos e de fretamento e rodoviários e de turismo.

A Volkswagen continua em segundo lugar na vendade ônibus e liderando o setor de caminhões.

Desempenho da MAN tem expressiva queda e não estão descartadas mais demissões.

MAN lança caminhão para concorrer na categoria de até 10 toneladasA MAN Latin America ampliou sua linha de

caminhões leves com o lançamento do modelo VWDelivery 10.160 Advantech, com motorização Euro 5,que atende às normas do Proconve-P7.

O caçula do segmento tem PBT (Peso Bruto Total)de 9.700 kg e uma capacidade de carga útil de 6.250kg com entre eixos de 4.300mm. “O VW Delivery10.160 pode carregar até 300 kg a mais que seuprincipal concorrente”, diz Ricardo Alouche, diretor deVendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America.

O veículo também atende a configuração VUC (VeículoUrbano de Carga), com entre eixos de 3.300mm. “Emtempos de restrições de circulação de caminhões degrande porte nos grandes centros urbanos, a configuração

VUC é um diferencial”, afirma o executivo.O VW Delivery 10.160 Advantech é equipado com

transmissão ZF S5-420 HD e motor Cummins ISF de3,8 litros. O módulo de controle eletrônico prometealta capacidade de processamento e balanço otimizadoentre demanda de potência, economia de combustívele controles de emissões e possui também, o sistema deRedução Catalítica Seletiva (SCR) e freio com filtrocoalescente, que permite a remoção de água no sistemade forma simples.

A cabine é equipada com para-choque tripartido elanterna de led. Internamente o veículo oferece a opçãode banco do motorista com suspensão pneumática ecomputador de bordo.

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A crise nos países da zona do Eurovem, a cada dia que passa,aterrorizando mais os investidores.Durante muitos anos, os EstadosUnidos e os países europeus,considerados o primeiro mundo,foram a locomotiva da economiamundial. Mas veio a crise de 2008nos EUA, que atingiu o setorimobiliário e criou uma bolha,fazendo com que o governoamericano tivesse que injetar dinheironos bancos para segurar aeconomia, que até hoje não serecuperou totalmente.

Agora, vemos outra crise, iniciadana Grécia, e que atingiu Espanha,Portugal, Itália e outros países quenão passaram por reformas e quegastam mais do que arrecadam. Omundo se vê numa crise que podelevar a uma recessão profunda, e umdos primeiros setores a sentir osefeitos negativos dessa conjuntura éo automotivo, principalmente asmultinacionais. Ford e GM, empresasamericanas, e agora Peugeot, Volkse Fiat, entre outras, vêm passandopor uma reestruturação em seuspaíses de origem. A Peugeot, porexemplo, chegou a vender sua sedehistórica em Paris e a realugou parapagar dívidas. O momento é difícil.

Crise na Europaatinge em cheio

economia mundialVocê deve ter visto nos jornais que a GeneralMotors de São José dos Campos, está passandopor um momento complicado de esvaziamentoda fábrica. No início da semana passada, amontadora deu folgas coletivas a todos osfuncionários da linha de produção, depois queo Sindicato dos Metalúrgicos da cidadeconfirmou que faria uma manifestação em frenteaos portões da planta de São José dos Campos.Apesar do encontro entre a montadora e osrepresentantes dos funcionários, realizado naúltima quarta-feira (25), ainda não ficoudecidido o futuro da planta. Por meio de nota,o Sindicato confirmou que fica "clara a intençãoda empresa em fechar o MVA (nome da plantade São José dos Campos), onde hoje trabalham1.500 pessoas". No entanto, a General Motorsse comprometeu a não demitir nenhumfuncionários até 4 de agosto, data em que asduas entidades farão uma nova reunião.

A movimentação do Sindicato dosMetalúrgicos de São José dos Campos e dosfuncionários da montadora teve início depois quea General Motors tirou de linha três dos cincomodelos que são fabricados na planta.

O Ministério da Fazenda já se mobilizou econvocou a direção da General Motors para umareunião que acontecerá hoje (31). Tudo indicaque o chamado tenha relação com asdificuldades que a General Motors vemenfrentando. O coordenador nacional da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, disse que asentidades sindicais irão cobrar uma postura maisfirme da presidente Dilma Rousseff e do governofederal no sentido de se evitar as demissões emmassa na GM.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dosCampos considerou ilegal a decisão da GM desuspender a produção por se tratar de "locaute"ou paralisação patronal, o que é proibido pelalegislação brasileira, segundo a entidade."Questionamos a forma com que os funcionáriosforam retirados da fábrica, durante a madrugada,

Solidariedade aos trabalhadores da GM São Josée a intenção da empresa de impedir o direito deluta dos trabalhadores pela manutenção dosempregos", afirmou o presidente do Sindicato dosMetalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros,conhecido como Macapá.

Entre as propostas que serão reforçadaspelos sindicalistas para garantir os empregosna fábrica de São José, a mais viável, segundoeles, seria a transferência de 100% da produçãodo Classic para o município. Atualmente,segundo o sindicalista Macapá, 25% daprodução do modelo já é feita em São José, oque dispensaria grandes investimentos naunidade. O Classic também é produzido em SãoCaetano e na fábrica da GM em Rosário, naArgentina. O sindicato estima que cada dia deparalisação na fábrica da cidade represente umprejuízo da ordem de R$ 30 milhões.

Funcionários ouvidos pelo Valor Econômicodisseram que, devido ao clima de apreensão quese instalou dentro da fábrica, o índice de adesãoaos movimentos liderados pelo sindicato deveráser muito baixo. "Na última eleição para adiretoria do sindicato, a corrente liderada peloPSTU, que acabou vencendo, registrou umaperda histórica de apoio dos funcionários da GM.A chapa que fazia oposição ao candidato doPSTU venceu na GM com 60% dos votos", disseo funcionário. O sindicato de São José representa42 mil trabalhadores e possui um total de 23mil associados.

São várias as reclamações dos trabalhadores da Pérolaem relação ao transporte dos funcionários. A empresa está

colocando em risco a saúde e a vida dos trabalhadores!

Em tempos difíceis, com a crise e as contrataçõessuspensas, algumas empresas do Consórcio Modular estão

colocando seus funcionários para fazerem horas-extras.Tamanha incoerência! Fala-se de demissões, está proibido

contratar, mas estamos recebendo muitas reclamações sobre

Pérola - transporte precário

Hora-Extra no Consórcio Modular

trabalho extraordinário dentro da fábrica, como na JSL ena Carese. Se a sua empresa está te obrigando a fazer

hora-extra, disque Boca Maldita: (24) 2102-2833.

Já faz tempo que o Sindicato está recebendo reclamaçõesdos trabalhadores da empresa Continental: são atrasos noscontra-cheques, falta de esclarecimentos sobre as datas depagamentos, entre outros... O Sindicato alerta a empresa:Descaso com o trabalhador pode dar BO! Fiquem atentos,

pois nós estamos de olho!

Descaso na Continental

Radicalização do passado compromete o futuro.

No Sul Fluminense...Se o nosso Sindicato adotasse a mesma

posição que o Sindicato de São José, certamenteas empresas da região estariam em umasituação igual – ou pior – que a da GM, fazendocortes na planta da cidade e correndo o risco defechar suas portas. Além disso, novas empresasnão se sentiriam seguras para se instalarem poraqui. É preciso tato para negociar e darpreferência ao diálogo, antes de tomar qualquerdecisão extrema.