Compression of entericCompression of enteric--coated coated pellets to disintegrating tabletspellets to disintegrating tablets
Faculdade de FarmFaculdade de Farmáácia da Universidade de Lisboacia da Universidade de Lisboa
Tecnologia Farmacêutica ITecnologia Farmacêutica I
Abril 2007Abril 2007
Thomas E. Beckert, Klaus Lehmann, Peter C. Schmidt
Ana Catarina SilvestreAna Catarina SilvestreJoão RomanoJoão Romano
Ricardo AlmeidaRicardo AlmeidaRita FrancoRita Franco
IntroduIntroduççãoão
Segundo a F.P. “Preparações de consistência sólida, contendo cada unidade um ou mais princípios activos e são obtidos aglomerando por compressão um volume constante de partículas. Destinam-se a serem administrados por via oral.(…)
Podem distinguir-se várias categorias de comprimidos para administração oral:– comprimidos não revestidos– comprimidos efervescentes– comprimidos solúveis– comprimidos dispersíveis– comprimidos revestidos
– comprimidos de libertação modificada– comprimidos para actuar na cavidade bucal.”
Comprimidos
–– comprimidos comprimidos gastrogastro--resistentesresistentes
comprimidos de libertação modificada
destinam-se a resistir ao ataque do suco gástrico e a libertar
princípios activos no suco entérico
obtidos revestindo os comprimidos com um revestimentogastro-resistente ou preparando os comprimidos a partirde granulados ou partículas já envolvidos por umrevestimento gastro-resistente
ENSAIO (FP)
Desagregação
Utilize ácido clorídrico 0,1 M como líquido de desagregação. Mantenha o aparelho em funcionamento durante 2 h, salvo excepção justificada e autorizada, sem utilizar discos. Examine o estado dos comprimidos. A duração da resistência em meio ácido varia segundo a formulação do comprimido. É tipicamente de 2 a 3 h; salvo casos autorizados, nunca éinferior a 1 h. Nenhum apresenta o mínimo sinal de desagregação nem fendas que possam permitir perda de conteúdo, com exclusão do desprendimento eventual de fragmentos do revestimento. Substitua a solução ácida por solução tampão de fosfato de pH 6,8 R e utilize um disco em cada um dos tubos. Mantenha o aparelho em funcionamento durante 60 min e depois examine o estado das amostras. Se os comprimidos não satisfizerem ao ensaio por terem aderido aos discos, repita-o com outros 6 comprimidos omitindo o uso daqueles. Os comprimidos satisfazem ao ensaio se todos se tiverem desagregado.
Compressão
Redução do volume do granel comoresultado do deslocamento do ar
Obtenção de comprimidos a partir de um volume constante de partículas ou agregados, obtidos por diversos métodos de granulação
Obtenção de um produto que ofereça resistência mecânica
CompressãoPropriedades dos materiais a comprimir
Escoamento adequado
Coesivos e adesivos
Prop. lubrificantes
Não aderir aos punções e matrizes
Uniformidade de teor
Resistência mecânica
Friabilidade
Dureza
Libertação adequada da S.A.
Compressão
Factoresrelacionados
© Humidade
© Densidade aparente
© Elasticidade
© Plasticidade
O material deve apresentar alguma plasticidade, elasticidade e possuir algum grau de quebra.
ContextoContextodo estudodo estudo
Pellets revestidos comprimidos de desagregação rápidacompressão
• � importância• possibilidade de produzir formas multi-unitárias de libertação modificada a baixo custo
• formas multi-unitárias permitem uma rápida distribuição numa vasta área de superfície no intestino � < variação na libertação do fármaco
• diâmetro < 2 mm � partículas (pellets ou microcápsulas) comportam-se como líquidos: curta permanência no estômago
• forma usual de produção de formas multi-unitárias: incorporação de pellets em cápsulas de gelatina dura
� elevado custo de produção� impossibilidade de dividir cápsula em + do que uma parte
• pellets obrigatoriamente capazes de suportar as pressões aplicadas s/ sofrer danos(gastro-resistência afectada em caso de quebra)
• revestimentos c/ Eudragit p/ pellets de AAS e indometacina � comprimidos c/ perdas <10% (m/m) da SA depois de 2h em HCl 0,1 M � conforme USP 23• revestimentos c/ ftalato de acetato de celulose p/ pellets de sulfametoxazole � libertação >10% � não conformidade c/ a USP 23
Já descritos
< 10% 2h HCl 0,1 M> 80% 45 min pH=6,8
• pequeno nº de publicações
Pellets comprimidos de libertação controladacompressão
• desintegração rápidaou
• matriz
• maior nº de publicações
• etilcelulose muito usada• PEG 3350 e CMS: o < � da cedência do fármaco
• influência da força de compressão na cedência: controvérsia
• tamanho dos pellets: resultados contraditórios
• quantidade de pellets: � � � libertação do fármaco
• elasticidade do filme de revestimento: necessária p/ evitar quebras na compressão• espessura do filme: � � � libertação do fármaco
ObjectivoObjectivoFornecer dados para o desenvolvimento de
comprimidos de desagregação rápida, a partir de pellets revestidos
Descrição de vários factores relacionados com a formação de fendas no processo de obtenção de comprimidos
Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos
• dissol. fácil e rápida em HCl 0,1 M• ensaio espectroscopia UV fácil
Bisacodil
MODELOMODELO≠s revestimentos aplicados
directamente: quebras no filme durante compressão � dissol.
• Sacarose• Excip. Sólidos• Líq. Granulação
� Granulação
Soft Pellets Hard Pellets
Pellets com Bisacodil 4% (m/m)
Bisacodil
Disp. Revestimento
Pellets revestidos
RevestimentoResist. esmagamento
Dissolução
Comprimidos
Excipientes� Compressão
Ensaios• Resist. Esmagamento• Friabilidade• Desagregação
Dissolução(vários factores)
Resultados e Resultados e DiscussãoDiscussão
Pellets
Acção da pressão sobre os Hard Pellets e Soft Pellets
Hard Pellets – pressões de quebra entre 6 e 8N.
Aguentam pressão crescente até à sua quebra abrupta.
Soft Pellets – forças máximas aplicadas entre 2 e 6N.
Uma máxima pressão de quebra não pode ser definida.
Libertação do Bisacodil dos Pellets
Requerimentos da USP 23 para preparações gastro-resistentes
Libertar menos de 10% de Bisacodil em 0,1M HCl durante 2h.
Libertar mais de 80% de Bisacodil a pH 6,8 durante 45 minutos.
Comprimidos
Influência da sequência da mistura na desintegração
Pellets já contendo estearato de magnésio com Eudragit NE 30D, reduzem a tendência dos Pellets formarem matrizes depois da compressão.
Quando o estearato de magnésio é adicionado no primeiro passo da mistura, os comprimidos desintegram-se em água desmineralizada e 0.1M HCl, em menos de 15min.
Quando a adição no estearato se dá no final da mistura, os comprimidos só apresentam desintegração em 0.1M HCl.
Eudragit L
1:1 Eudragit L e Eudragit NE
Comprimidos
Resistência à pressão e friabilidade
Com 70% (m/m) de Pellets, os comprimidos suportam pressões de quebra de 50N, quando estes são comprimidos a 10kN ou mais. Friabilidade inferior a 0.5%.
Quando se usa polietilienoglicol, formam-se compactos com uma pressão de quebra de apenas 20N, no ponto de friabilidade mínima (1%)
Resolução
Adição de apenas 30% (m/m) de Pellets, pois acima desta concentração, os comprimidos tornam-se quebradiços.
Influência da força de compressão e da quantidade de Pellets
A libertação do bisacodil é independente
da força compressiva aplicada, qualquer que seja o excipiente de compressão utilizado.
Baixa % PelletsDeformações àsuperfície dos comprimidos
Elevada % PelletsDeformações adicionais no interior dos comprimidos
Influência dos diferentes excipientes
Com percentagens de Pellets entre 30% e 70% (m/m)
Cellactose < PEG 6000 < Avicel PH200 < Bekapress D2
Com percentagens de 90% (m/m) a libertação de bisacodil é sempre alta.
A percentagem de Pellets e a ocorrência de deformações condiciona muito a libertação de Bisacodil
Influência da consistência dos Pellets
Usados 3 excipientes para excluir a influência desta variável.
Hard Pallets – aguentam melhor as forças compressivas, não se deformando tanto e com menores rupturas no revestimento.
Soft Pellets – maior libertação de bisacodil
Influência do revestimento
Geralmente uma camada de revestimento + espessa leva à
redução da libertação de Bisacodil
Uma maior flexibilidade indica que o revestimento contraria em maior
extensão uma deformação
Influência do revestimento
Dois novos polímeros com elevada flexibilidade e suficiente libertação a pH 6.8 e 7.5
Pol 1
Pol 2
ConclusãoConclusão
� Modelo do Bisacodil � optimizar formulações de comprimidos de desagregação rápida de pellets revestidos
� Quantidade de pellets deformados � nº de pellets/comprimido
� ∆ Força de compressão
� caracterizar os diferentes parâmetrosque influenciam a danificação dorevestimento durante a compressão
A libertação do Bisacodylem meio ácido
� deformação dos pelletsdurante a compressão
ruptura do revestimento
Novas Novas AbordagensAbordagens
•Lehmann e Süfke, 1995
Novos Polímeros
Alta elasticidade + dissolução suficiente a pH [6.8 – 7.0]
• FMC BioPolymer
Aquacoat ® - Cellulose Acetate Phthalate
• Colorcon Inc
Opadry ® Enteric - Polyvinyl acetate phthalate
• �forças de adesão do revestimento:
• Aspecto do produto acabado robusto, brilhante e atraente
• Protecção entérica de confiança com solubilização acima de pH 5
• Comprimidos, Cápsulas e Multiparticulados
•Presença de fissuras,•Descamação•Alteração do logotipo
Modelo: hidrocloreto de diltiazem (DIL) em comprimidos comrevestimento entérico + libertação controlada
Filme de hidrocloretode fenilpropanolamina(FPA)
Fukui E, Miyamura N, Uemura K, Kobayashi M.
Marcador do esvaziamento gástrico
Determinação do tempo de aparecimento de níveis de FPA e e DIL no plasma
4h 7h
� Gastro-resistência
� Danificação do revestimento
Excipientes com plasticidade
Pellets com maior força de crushing
Revestimentos � elongamento
� resistência à quebra
� espessura e tipo
Deformação na Compactação Absorvida pelos excipientes
Neutralizada pelo revestimento elástico, sem ruptura
Triacetina, ésteres de ácido cítrico, ésteres de ácido ftálico, dybutil secabate, álcool cetílico, polisorbatos, polietilenoglicol
Sistema de Libertação Controlada
• Libertação do fármaco é provocada por uma explosão da membrana
depois de um período de tempo definido de modo preciso – lag time
• Comprimido/Cápsula com uma estrutura em 3 camadas:
� Interior: fármaco
� Agente de entumescimento: glicolato de amido sódico,
carboximetilcelulose sódica
� Membrana de polímero insolúvel em água: Eudragit
A penetração dos fluidos do G.I. causa a expansão do agente de entumescimento � stress � destruição da membrana
Libertação do Fármaco
Fim . . .Fim . . .
Compression of entericCompression of enteric--coated coated pellets to disintegrating tabletspellets to disintegrating tablets
BibliografiaBibliografia
• Beckert, T. E.; Lehmann, K.; Schmidt, P. C.; Compression of enteric-coatedpellets to disintegrating tablets. Int. J. Pharm., 143 (1996) 13 23
• Lachman, L.; Lieberman, H.A.; Kaning, J. L.; Teoria e prática na Indústria Farmacêutica - Volumes I e II. Fundação Calouste Gulberkian, Lisboa
• Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos (versão online)
• Farmacopeia Portuguesa VII
• apontamentos das aulas teóricas de Tecnologia Farmacêutica I
• http://www.dulcolax.pt/pt/Main/Dulcolax/index.jsp• http://www.colorcon.com• http://www.fmcbiopolymer.com/