Nov, 2010 Princípios da Engenharia de Petróleo
Sondas de Perfuração e Completação
I
Os
Sondas de Perfuração e
Completação
Com custos elevados e
essencialidade
operacional, estas
verdadeiras “cidades”
itinerantes se
transformaram no
possível maior trade off
do segmento petrolífero.
Henrique Santana – RA 74278 Trabalho Prático #5
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Sondas de Perfuração e Completação
II
ÍNDICE
HISTÓRICO CONCEITUAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DAS SONDAS SONDA DE PERFURAÇÃO SONDA DE COMPLETAÇÃO PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO PROJETOS DE PERFURAÇÃO REFERÊNCIAS
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Sondas de Perfuração e Completação
III
HISTÓRICO
1859 - Perfurado o primeiro poço de petróleo nos EUA
Em 27 de agosto de 1859, o ‘coronel’ norte-americano Edwin Drake constrói a primeira
torre de petróleo na Pensilvânia, nos Estados Unidos. O líquido jorra quando o poço atinge 23
metros de profundidade. O petróleo era então utilizado como combustível para as lamparinas a
óleo, mas pouco depois passou a ser destilado para produzir carburantes como o querosene.
Tem início a febre do ouro negro: a descoberta de novas jazidas faria surgir cidades em pleno
deserto nos EUA. A figura 01 demonstra a exploração pioneira de petróleo na Pensilvânia (US)
como um “boom” parecido com a corrida pelo ouro na Califórnia (US).
Figura 01 – Corrida pelo “óleo de pedra” na Pensilvânia (US)
Na década de 1850, Benjamin Silliman Jr., professor de química da Universidade de Yale, foi
encarregado por um grupo de investidores - entre os quais George Bissell, advogado de Nova
York - com um projeto de pesquisa pelo qual receberia 526 dólares. Bissell tinha em mente algo
grandioso para o futuro: uma substância conhecida como “óleo de pedra”, nome que a
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IV
distinguia dos óleos vegetais e das gorduras animais. Ele sabia que o “óleo de pedra”
borbulhava nos mananciais ou vazava nas minas de sal da área ao redor do córrego Oil, nas
colinas do noroeste da Pensilvânia. Poucos barris dessa substância escura e de cheiro forte
eram obtidos por meios primitivos, escumando-a da superfície dos mananciais e dos córregos,
ou torcendo trapos ou cobertores embebidos naquele óleo. A maior parte desse minguado
suprimento era usada na feitura de remédios.
Bissell e seu grupo acreditavam que o “óleo de pedra” poderia ser exportado em
quantidade e processado para se converter num fluido que seria queimado em lampiões como
iluminante, que competiria em ótimas condições com os óleos de carvão que então dominavam
o mercado. Achavam que se conseguissem obtê-lo em quantidade suficiente, poderiam trazer
para o mercado um iluminante barato e de alta qualidade que o homem de meados do século
19 tão desesperadamente necessitava. Estavam convencidos de que poderiam iluminar cidades
e fazendas, e quase tão importante, poderiam usar o “óleo de pedra” para lubrificar as peças
móveis da nascente era mecânica. No final de 1854, Bissell contratou Silliman para analisar as
propriedades do óleo como iluminante e como lubrificante.
Ele ainda lutava para manter de pé sua aventura quando, num dia quente em Nova York, no
ano de 1856, viu pela janela a propaganda de um remédio à base do “óleo de pedra” que
mostrava várias torres de perfuração, do tipo usado para perfurar poços de sal. Surgiu-lhe a
idéia: por que continuar escavando e não perfurar para obter o “óleo de pedra”?
Escolheu um certo Edwin L. Drake, que não era militar, mas passou a ser citado como
coronel para atender a circunstâncias para viajar a Titusville e iniciar a exploração. Na
primavera de 1959, já estando na cidade há meses, escreveu para Bissell: “Não devo mais
escavar manualmente. A perfuração sai mais barato. Mas imploro que mandem dinheiro se for
para fazer alguma coisa...”
Drake não tinha recebido ainda a carta de crédito quando, na tarde do sábado, 27 de
agosto, a broca atingiu uma fenda a 23 metros de profundidade, e deslizou mais uns 15
centímetros. O trabalho de perfuração foi suspenso. No dia seguinte, havia um fluido escuro
boiando na água. Na segunda-feira, quando Drake chegou, acoplou uma bomba comum ao
poço e começou a fazer exatamente o que fora motivo de zombaria: bombear o líquido. No
mesmo dia, recebeu o dinheiro de Bissell e a ordem de fechar o “troço”. Uma semana antes,
teria concordado. Agora, não. A simplicidade das medidas de Drake tinha liquidado todas as
dúvidas. Havia encontrado petróleo. [1]
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V
CONCEITUAÇÃO
Sonda de perfuração ou Plataforma de perfuração são equipamentos utilizados para
perfurar poços que permitam o acesso a reservatórios de petróleo ou gás natural. Dependendo
da localização do reservatório, as sondas podem ser terrestres ou marítimas. Estas últimas são
instaladas sobre uma base flutuante e podem ou não ter propulsão própria.
Uma possível composição de sonda é ornamentada pelos seguintes equipamentos:
1.Tanque de lama
2.Agitadores de argila
3. Linha de sucção de lama
4. Bomba do sistema de lama
5. Motor
6. Mangueira vibratória
7. Draw-works
8. Standpipe
9. Mangueira da Kelly
10. Goose-neck (Pescoço de ganso)
11. Traveling block
12. Linha de perfuração
13. Crown block
14.Derrick
15.Monkey board
16.Stand do duto de perfuração
17.Pipe rack
18.Swivel
19.Kelly drive
20.Mesa rotatória
21. Superfície de perfuração
22. Bell nipple
23. Ânulo do Blowout preventer (BOP – sistema de prevenção de fluxo descontrolado)
24. Dutos do Blowout preventer
25. Linha de perfuração
26. Broca de perfuração
27. Cabeça do Casing
28. Duto de retorno da lama
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VI
Na figura 02 teremos um modelo simplificado de sonda de perfuração. [2]
Figura – 02 Modelo de sonda de perfuração
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VII
CLASSIFICAÇÃO
Para melhor entendimento iremos classificar as sondas em função da fase que o processo
de E&P (exploração e produção) esteja utilizando seus recursos, sendo elas a Fase de
Perfuração e a Fase de Completação. A execução das atividades destas fases não impede a
realização uma da outra, podendo ocorrer trabalhos paralelos.
FASE E&P - PARA AS SONDAS DE PERFURAÇÃO
A perfuração é a atividade mais essencial na recuperação de petróleo e gás natural. Uma
vez que o prospecto foi identificado, somente através da penetração efetiva da formação pela
broca de perfuração é que a presença de reservas recuperáveis de hidrocarbonetos pode ser
confirmada.
Ocorrendo em locais previamente determinados pelas pesquisas geológicas e geofísicas,
seno no mar (offshore) ou em terra (onshore), a atividade de perfuração de um poço (sendo o
primeiro, chamamos de – Pioneiro) é feita através de sonda.
Comprovada a existência de petróleo, outros poços serão perfurados para se avaliar a
extensão da jazida. Essa informação é que vai determinar se é economicamente viável ou não,
produzir o petróleo descoberto. Caso a análise seja positiva, o número de poços perfurados
forma um campo de petróleo – poço de desenvolvimento. Como o tempo de vida útil de um
campo de petróleo é cerca de trinta anos, a extração é feita de forma racional para que esse
período não seja reduzido.
Na perfuração rotativa, as rochas são perfuradas pela ação da rotação e peso aplicados a
uma broca instalada na extremidade de uma coluna de perfuração. Os fragmentos da rocha são
removidos continuamente através de um fluido de perfuração. Esse fluido é injetado por
bombas para o interior doa coluna de perfuração e retorna a superfície através do espaço
anular formado pelas paredes do poço e a coluna.
Ao atingir dada profundidade, a coluna de perfuração é retirada do poço e uma coluna de
revestimento de aço, com diâmetro inferior ao da broca é descida no poço. O anular entre os
tubos do revestimento e as paredes do poço é cimentado com a finalidade de isolar as rochas
atravessadas, permitindo o avanço da perfuração com segurança. Após a operação de
cimentação, a coluna de perfuração é novamente descida no poço, tendo em sua extremidade
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VIII
uma nova broca de diâmetro menor que a do revestimento para o prosseguimento da
perfuração.
A perfuração é realizada em etapas (fases). [3]
FASE E&P - PARA AS SONDAS DE COMPLETAÇÃO
Consiste no conjunto de tubulações e equipamentos necessários para garantir segurança e
eficiente produção de óleo e gás.
Abrange o conjunto de serviços efetuados no poço desde o momento em que, na fase de
perfuração, a broca atinge o topo da zona produtora até o momento que o poço entra em
produção.
Aspectos a serem considerados:
Segurança: Durante toda a vida útil do poço (fases de perfuração, avaliação, completação,
produção e intervenções) deverá haver, necessariamente, equipamentos de superfície e
subsuperfície que permitam total segurança, pelo menos duas barreiras de segurança. A
barreira de segurança é um sistema independente, dotado de dada confiabilidade, formado por
um conjunto solidário de elementos, capaz de manter sob controle o fluxo de um poço. A
obrigatoriedade de duas barreiras para o controle do poço faz com que, a qualquer falha
observada em um componente de uma barreira, se intervenha no poço para a restauração das
condições originais.
Técnico/Operacional: Deve-se buscar a otimização da vazão de produção (ou injeção) e
tornar a completação a mais permanente possível, ou seja, aquela que minimize a necessidade
de intervenções futuras para a manutenção do poço (operações de work over). A completação
apresenta reflexos por toda a vida produtiva do poço, envolvendo elevados custos e
demandando planejamento criterioso das operações e uma análise econômica cuidadosa.
Econômico: Fatores que influenciam no retorno do investimento estimado.
Localização do poço (mar ou
terra)
Tipo de poço (pioneiro,
extensão, desenvolvimento)
Finalidade (produção de óleo,
gás e injeção de água)
Fluidos produzidos (gás, óleo e
água)
Volumes e vazões de produção
previstos
Número de zonas produtoras
Estimulação (aumento da
produtividade)
Controle de produção de areia
Elevação Natural ou Artificial
Necessidade de recuperação
secundária. [3]
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IX
SONDA DE PERFURAÇÃO
Para melhor entendermos o processo realizado pela sonda de perfuração iremos dividir
suas atividades em:
1- Sistemas
2- Colunas de perfuração
3- Brocas
4- Fluido de perfuração
1- SISTEMAS
Principais sistemas componentes de uma sonda perfuração:
Sistema de sustentação de cargas
Sistema de geração e transmissão de energia
Sistema de movimentação
Sistema de rotação
Sistema de circulação
Sistema de segurança
Sistema de monitoramento
Cada sistema tem suas responsabilidades e características com finalidades específicas:
Sistema de sustentação de cargas: (Mastro / subestrutura / fundação / estaleiro). Tem a
finalidade de dar suporte e estrutura a sonda de perfuração
Sistema de geração e transmissão de energia: Conjunto de equipamentos utilizados para
gerar e transmitir a energia necessária para a operação da sonda tem o objetivo de manter os
equipamentos energizados durante a operação de perfuração. Dependendo do modo de
transmissão de energia para os equipamentos (guincho, bombas de lama mesa rotativa e
pequenos motores AC), as sondas de perfuração são classificadas em sondas mecânicas ou
diesel – elétricas.
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X
Sistema de movimentação de carga: (guincho, bloco de coroamento, Catarina, cabo de
perfuração, gancho e elevador). Tem como objetivo realizar a movimentação das cargas a
serem executadas durante a perfuração do poço.
Sistema de rotação (mesa rotativa, kelly, cabeça de injeção, top-drive, motor de fundo). A
responsabilidade deste sistema é gerar a ação de rotatividade na coluna de perfuração.
Sistema de circulação: (bomba / tubulações e mangueiras / linha de retorno de lama /
peneira oscilante / calha de folhelho / fosso de reserva / fossos de lama / lameiro). Neste
conjunto de equipamentos serão realizados a circulação do fluido de perfuração, sua
purificação e armazenamento.
Sistema de segurança: (ESCP / Preventores / BOP). São válvulas e controladores preventivos
para fornecer a segurança necessária ao processo de perfuração.
Sistema de monitoramento: (manômetros / indicadores de peso / torquímetro / tacômetro
/ indicador de nível dos tanques / taxa de penetração da broca). É responsável pelo
monitoramento dos dados e fornecer o controle sobre o processo. [4]
2- COLUNAS DE PERFURAÇÃO
A coluna de perfuração é responsável pela transmissão da rotação e do peso necessários
para que a broca realize o trabalho de destruição das rochas
A função da coluna de perfuração:
Transmitir a energia necessária para o funcionamento da broca (peso e rotação)
Guiar e controlar a broca na sua trajetória no subsolo
Permitir a circulação do fluido de perfuração com o mínimo de perda de carga
Componentes da coluna de perfuração:
Comandos
Tubos de perfuração pesados (heavy weight drill pipe)
Tubos de perfuração
Equipamentos auxiliares:
o Estabilizadores
o Amortecedores de choque
o Substitutos
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XI
3- BROCAS
Equipamentos que tem a função de promover a ruptura e desagregação das rochas ou
formações. As brocas podem ser classificadas como: brocas sem partes móveis e brocas com
partes móveis.
As brocas para rochas mais moles possuem poucos cortadores de maior tamanho, enquanto
que para as rochas mais duras possuem cortadores menores e em maior quantidade. As figuras
- 03 demonstram os tipos de brocas por tipo formação.
COM partes móveis
o Podem ser de um a quatro cones
o Tricônica é a mais utilizada
o Elementos principais: estrutura cortante e rolamentos
SEM partes móveis
o Integral de lâmina de aço (rabo de peixe)
o Diamantes naturais
o Diamantes artificiais (PDC)
Figura – 03 broca para formação dura Figura – 03 broca para formação mole
4- FLUIDO DE PERFURAÇÃO
Historicamente, quando foi introduzido junto com a perfuração rotativa, a finalidade do
fluido de perfuração era simplesmente a remoção do cascalho produzido pela broca no fundo
do poço. Nestas circunstâncias, qualquer tipo de fluido capaz de realizar esta função podia ser
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XII
considerado um fluido de perfuração: água, ar, gás natural, sólidos em suspensão na água,
emulsões.
Com o progresso tecnológico e as exigências dos órgãos
ambientais, o fluido de perfuração tornou-se uma mistura complexa
de sólidos, líquidos e produtos químicos. A figura 04 demonstra o
fluxo operacional do fluido de perfuração.
Funções do fluido de perfuração:
Remover os cascalhos gerados pela broca do fundo do poço e
transportados para a superfície
Controlar as pressões das formações
Estabilizar as paredes do poço
Manter os cascalhos em suspensão sempre que houver parada
da circulação da lama
Resfriar e lubrificar a broca
Lubrificar a coluna de perfuração, reduzindo seu atrito com o
poço
Proporcionar a formação de reboco fino e impermeável para
proteger as formações produtoras
Permitir a coleta de informações sobre as formações através
dos cascalhos, traços de óleo e gás que são detectados na
superfície
Facilitar a realização de testes de formação, perfilagens, etc.
Figura 04
movimentação dos cascalhos no fluido
Propriedade dos fluidos de perfuração:
DENSIDADE: A densidade é uma propriedade muito importante e deve ser mantida
controlada de modo que a sua pressão hidrostática seja suficiente para controlar os
fluidos das formações
VISCOSIDADE: É a medida da resistência da lama para fluir. Em outras palavras mede a
consistência da lama. A viciosidade deve ser suficientemente elevada para manter a
baritina em suspensão e assegurar o transporte dos cascalhos para fora do poço.
FILTRADO: O fluido de perfuração submetido à pressão hidrostática deposita defronte
das formações permeáveis uma película de baixa permeabilidade denominada Reboco
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XIII
(mud cake) enquanto uma parte líquida chamada Filtrado é drenada para dentro da
formação. Uma lama de boa qualidade deve apresentar um filtrado baixo e um reboco
fino e de ótima plasticidade. O filtrado API é a quantidade de líquido em cm3 que é
recolhido quando a lama é submetida a uma pressão de 100 PSI
REBOCO: É medido em mm ou frações da polegada e tem a sua consistência igualmente
avaliada em mole, duro, firme, elástico, etc.
TEOR DE SÓLIDOS: O controle do teor de sólido é muito importante e deve ser objeto de
todo cuidado uma vez que ele influi sobre diversas propriedades da lama: densidade,
viscosidade e força gel, produzindo desgaste nos equipamentos pela sua abrasividade e
reduz a taxa de penetração da broca.
FORÇA GEL: A força gel é um parâmetro que indica o grau de tixotropia da lama. Um
fluido tixotrópico é aquele que quando em repouso desenvolve uma estrutura gelificada
e que quando posto em movimento recupera a fluidez.
pH : É medido usando papeis indicadores ou potenciômetros, sendo mantido na faixa de
7 a 10. Ele determina apenas uma alcalidade relativa à concentração de íons H+ através
de métodos comparativos.
ALCALINIDADE: As alcalinidades dos fluidos de perfuração são determinadas por
métodos diretos de titulação volumétrica de neutralização e leva em consideração as
espécies carbonatos (CO3--) e bicarbonatos (HCO3-) dissolvidos na lama, alem dos íons
hidroxilas (OH-) dissolvidos e não dissolvidos.
Classificação dos fluidos de perfuração: Os fluidos de perfuração são classificados de acordo
com a natureza dos fluidos de base:
Lamas de base água
Lamas de base óleo
Lamas de base ar [5]
SONDA DE COMPLETAÇÃO
Para melhor entendermos o processo realizado pela sonda de completação iremos dividir
suas atividades em:
1- Tipos de completação
2- Etapas de uma completação
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XIV
1- TIPOS DE COMPLETAÇÃO
A completação é dividida quanto a alguns critérios de operacionalização, como:
Quanto ao posicionamento da cabeça do poço
o Árvore de Natal Convencional (ANC): Em terra, a cabeça do poço fica na
superfície. No mar. Em águas rasas, também é possível trazer a cabeça do poço
para a superfície. Em águas profundas temos também alguns exemplos de ANC.
Na figura 05 temos um modelo deste equipamento.
o Árvore de Natal Molhada (ANM): Em águas mais profundas, onde é inviável
trazer até a superfície, a cabeça do poço fica no fundo do mar, onde temos a
completação molhada. Na figura 06
temos um modelo deste equipamento.
Figura 05 – ANC Figura 06 – ANM
Quanto ao revestimento de produção
A classificação da completação quanto a revestimento é subdividida em:
o Poço aberto: Utilizado em formações bem consolidadas, como pouco risco de
desmoronar.
o Com liner rasgado: Boa para aplicação em poços horizontais.
o Com revestimento canhoneado: Mais utilizados atualmente.
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XV
Quanto ao número de zonas exploradas
A divisão quanto a zona exploradas é exposta da seguinte forma:
o Simples: Possibilita produzir de modo controlado e independente apenas uma
zona de interesse.
o Múltipla: Possibilita produzir ao mesmo tempo duas ou mais zonas/reservatórios
diferentes através de uma ou mais colunas de produção descidas no poço. [3]
2- ETAPAS DE COMPLETAÇÃO
Esta etapa consiste em equipar o poço de componentes que permitem o mesmo entrar em
produção. A completação de um poço envolve um conjunto de operações subseqüentes à
perfuração.
Instalação de Equipamentos de superfície (cabeça de produção, BOP, etc.)
Condicionamento do revestimento de produção
Substituição do fluido do poço (lama) por fluido de completação isento de sólidos
Avaliação da qualidade da cimentação com perfis CBL/VDL/CEL/CCL/GR
Canhoneio da Zona de interesse
Avaliação da zona produtora (TFR/TP)
Descida da cauda de produção com coluna de trabalho
Descida da coluna de produção até o suspensor de coluna (MGL/DHSV/TH)
Instalação da Arvore de Natal Convencional, ou Molhada
Colocação do poço em produção [5]
PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO
Quanto à profundidade:
o Águas rasas (0 – 300) metros
o Águas profundas (300 – 1500) metros
o Águas ultraprofundas (acima de 1500) metros
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XVI
Quanto ao local:
o Sondas terrestres (SPT): São plataformas utilizadas nas operações onshore. A
figura 07 demonstra um exemplo de sonda terrestre.
Figura 07 – exemplo de sonda onshore
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XVII
o Sondas marítimas: São plataformas utilizadas nas operações offshore. Estão
entre os maiores móveis estruturas feitas pelo homem no mundo. Existem vários
tipos de plataformas de petróleo. A figura 08 demonstra alguns destes exemplos
respectivamente da esquerda para a direta.
Figura 08 – Plataformas diversas
1,2) Plataformas fixas: Essas plataformas são construídas em concreto ou aço
pernas, ou ambos, ancorada diretamente no leito do mar, suportando um deck
com espaço para equipamentos de perfuração, instalações de produção e os
quartos da tripulação. As plataformas fixas são economicamente viáveis para a
instalação em profundidades de até cerca de 1.700 pés (520 m).
3) Torres: Estas plataformas consistem em pequenas torres flexíveis e uma pilha
fundação de apoio uma plataforma para as operações convencionais de
perfuração e produção. Conforme torres são projetadas para sustentar
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Sondas de Perfuração e Completação
XVIII
significativos desvios laterais e forças, e são usados normalmente em
profundidades que variam de 1.500 a 3.000 pés (460-910 m).
4,5) plataforma semi-submersível: Estas plataformas têm casca (colunas e
pontões) de um número suficiente de flutuabilidade para causar a estrutura para
flutuar, mas de peso suficiente para manter a estrutura vertical. As plataformas
semi-submersíveis podem ser movidas de um lugar para outro, pode ser lastrado
cima ou para baixo, alterando a quantidade de alagamento em tanques de
flutuação, que são geralmente ancorados por combinações de correntes, cabos
ou cordas de poliéster, ou ambos, durante a perfuração ou produção operações,
ou ambos, embora possam também ser mantido no lugar pelo uso de
posicionamento dinâmico. Semi-submersíveis podem ser usadas em lâmina
d'água de 200 a 10.000 pés (60 a 3.000 m).
6) Perfuratriz Jack: Unidades de perfuração (ou jack-ups), como o nome sugere,
são equipamentos que podem ser levantado acima do mar, utilizando os pés,
que pode ser reduzida, bem como fichas. Estes MODU's-Unidades Móveis de
Perfuração são normalmente utilizados em profundidades de até 400 pés (120
m), embora alguns projetos podem ir a 550 pés (170 m) de profundidade. Eles
são projetados para se deslocar de um lugar para outro, e depois escora-se por
implantar as pernas para o fundo do mar através de um pinhão e cremalheira
sistema de engrenagens em cada perna.
7, 8) Navios perfuradores: A sonda é um navio de transporte marítimo, que foi
equipado com aparelho de perfuração. É mais freqüentemente utilizados para
perfuração de poços exploratórios de óleo novo ou poços de gás em águas
profundas, mas também pode ser usado para a perfuração científica. As
primeiras versões foram construídas em um casco de navio modificado, mas os
projetos construídos propositadamente, usado hoje. A maioria dos navios
perfuradores são equipados com um posicionamento dinâmico do sistema para
manter a posição sobre o bem. Eles podem perfurar em profundidades de até
12.000 pés (3.700 m).
9) Sistemas de produção flutuante: Os principais tipos de sistemas flutuantes de
produção estão FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading). FPSOs
consistem em estruturas monocasco grandes, geralmente (mas não sempre)
shipshaped, equipados com instalações de processamento. Essas plataformas
são atracadas em um local por longos períodos, e na verdade, não perfurar
poços de petróleo ou gás. Algumas variantes desses aplicativos, chamado FSO
(sistema de armazenamento e descarga flutuante) ou FSU (unidade flutuante de
armazenamento), são utilizados exclusivamente para fins de armazenamento e
processo de equipamentos de acolhimento muito pouco.
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Sondas de Perfuração e Completação
XIX
10) Tension Leg Platform: TLPs são plataformas flutuantes presos ao fundo do
mar de uma forma que elimine o movimento mais vertical da estrutura. TLPs são
utilizadas em profundidades de água até cerca de 6.000 pés (2.000 m). As
"convencionais" TLP são um projeto de quatro colunas que se assemelha a uma
semi-submersível. Versões proprietárias incluem o Seastar e TLPs mini Moisés,
eles são relativamente de baixo custo, usado em profundidades de água entre
600 e 4.300 pés (180 e 1300 m). Mini TLPs também pode ser usado como
satélites de utilidade ou de plataformas de produção antecipada para maiores
descobertas em águas profundas. [6]
PROJETOS DE PERFURAÇÃO
A ANP disponibiliza em seu site, uma tabela que é atualizada quase em tempo real, onde
demonstra o status dos projetos de perfuração de poços no Brasil. Entre os dados fornecidos
temos:
Nome do poço
Nome da bacia onde o poço é explorado
Nome do operador
Bloco
Latitude e longitude do poço
Nome da sonda
Profundidade final e média
Lamina d’água
Tipo: Onshore ou Offshore
Situação da perfuração: (concluído / Perfurando / Avaliando)
Data da atualização
No endereço eletrônico
http://www.anp.gov.br/site/extras/situacao_pocos/index.asp?lngPaginaAtual=1 teremos as
informações disponibilizadas pela ANP. Na figura 09 a seguir temos um exemplo desta tabela.
[7]
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Sondas de Perfuração e Completação
XX
Figura 09 – Tabela de poços de perfuração atualizada em 05/11/2010
REFERÊNCIAS
[1] UOL – Opera Mundi
http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.
php?idConteudo=5976
[2] Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sonda_de_perf
ura%C3%A7%C3%A3o
[3] Apostila do curso de engenharia de
petróleo da UNISANTA
Matéria: Princípios da engenharia de Petróleo,
Capitulo IV, perfuração
[4] UENF
www.lenep.uenf.br
[5] Nupeg
www.nupeg.ufrn.br
[6] Wikipédia
http://translate.google.com.br/translate?hl
=pt-
BR&langpair=en%7Cpt&u=http://en.wikipe
dia.org/wiki/Oil_rig
[7] ANP
http://www.anp.gov.br/
Observação geral: Algumas citações em
referência foram resumidas e interpretadas
de acordo com o critério estabelecido pelo
autor do material.