Universidade Federal de Uberlândia
Faculdade de Engenharia Mecânica
Efeitos do Ruído No Homem
Compilado por Ricardo Humberto de Oliveira Filho
EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o ruído excessivo não
afeta apenas o aparelho auditivo.
O ruído atinge todo o corpo, alterando o funcionamento dos
principais órgãos.
Costuma-se dividir os efeitos do ruído sobre o homem em duas vertentes:
- sobre a saúde e bem estar das pessoas;
- sobre a audição.
Se submetermos uma pessoa normal a níveis intensos de ruído, as
principais alteração fisiológicas serão:
Dilatação das pupilas
Aumento da produção de hormônios (tireóide)
Aumento da freqüência cardíaca
Aumento da produção de adrenalina
Aumento da produção de cortisona
Movimentos do estômago e abdômen
Reação muscular
Vasoconstrição
EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM - SAÚDE
EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM - SAÚDE
Mudanças Bioquímicas.◦ Produção de
costisona;◦ Produção de hormônio
da tireóide;◦ Produção de
adrenalina;◦ Fracionamento dos
lipídios do sangue;◦ Glicose sanguínea;◦ Proteína do sangue;
Efeitos Cardio-vasculares.◦ Aumento da pressão
sanguínea;◦ Hipertensão Arterial;
SAÚDE DURANTE O SONO
Efeitos dependem do estímulo sonoro, sua intensidade, duração, frequência e idade da pessoa.
Efeitos primários: aumento da frequência cardíaca, vasoconstrição periférica, movimentação do corpo.
Efeitos Secundários: Mudança disposição, rendimento, perda de eficiência, queda de atenção, aumento de risco de acidentes.
39dB(A) Diminuição do sono
64 dB(A) 5% já haviam acordado
97 dB(A) 50% acordado
A completa eliminação do ruído não é normalmente o objetivo. Além de ser caro, após alguns minutos em um ambiente excessivamente silencioso, a audição ficará mais sensível. O objetivo então se fixa no controle de ruído a não na sua completa eliminação.
EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM - AUDIÇÃO
Tipos de Perda Auditiva:
Condutivas: atingem a orelha
externa e/ou média, reduzindo a
quantidade de energia sonora a
ser transmitida para a orelha
interna;Neurossensoriais: comprometem
a cóclea;
Mistas: apresentam ambos componentes.
PERDA AUDITIVA
Mecanismo da Perda Auditiva
A perda auditiva de um indivíduo pode ser causada isoladamente ou
pela combinação de quatros fatores:
- Presbiacusia: relacionada com a idade;
- Nosoacusia: patologias otológicas ou condições médicas;
- Socioacusia: induzida pelo ruído não ocupacional;
- PAIRO: decorrente da exposição contínua a níveis elevados de
pressão sonora no ambiente de trabalho.
TIPOS DE PERDA AUDITIVA
Trauma Acústico
Perda Auditiva Permanente
(Mudança permanente do limiar auditivo - PTS)
Perda Auditiva Temporária
(Mudança temporária do limiar auditivo - TTS)
“Diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da
exposição continuada a níveis elevados de ruído.”
DEFINIÇÃO DE PAIRO
Segundo o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva:
“Perda auditiva neurossensorial por exposição
continuada a níveis elevados de pressão sonora.”
Segundo a ordem de serviço 608 do INSS:
Ocorre devido à exposição a ruídos de alta intensidade no local de
trabalho.
PAIRO
Provoca perda da audição porque são destruídos os receptores
auditivos (células ciliadas) do ouvido interno.
É sempre neurossensorial em razão do dano causado às células do
órgão de Corti;
CARACTERÍSTICAS
Irreversível;
Similar bilateralmente;
Raramente leva à perda auditiva profunda. Máximo de 40 dB nas
baixas frequências e 75dB nas altas frequências;
Não progride após cessada a exposição;
Manifesta-se nas freqüências de 3000 a 6000 Hertz e, com o
agravamento da lesão, estende-se às freqüências de 8000, 2000,
1000, 500 e 250 Hertz;
CARACTERÍSTICAS
Não torna o ouvido mais sensível à futuras exposições a ruídos
intensos;
À medida que os limiares auditivos aumentam, a progressão da
perda torna-se mais lenta;
Geralmente atinge o seu nível máximo para as freqüências de 3000
a 6000 Hertz nos primeiros 10 a 15 anos de exposição.
CARACTERÍSTICAS
CONTROLE MÉDICO
Audiometria Tonal Limiar:
É o instrumento mais utilizado para avaliar a acuidade auditiva
dos indivíduos;
Auxilia no diagnóstico diferencial de perdas auditivas ou outros
problemas que afetam o sistema auditivo;
Método de triagem e monitoramento de exposição ocupacional a
ruído.
CONTROLE MÉDICO
Resposta elétrica do tronco encefálico
Emissões otoacústicas evocadas
Audiometria vocal
CONTROLE MÉDICO
Conforme a Norma ISO 1999:
“É considerado normal o indivíduo que
apresenta um limiar auditivo bilateral igual
ou inferior a 25 dB.”
0 – 25 dB(A): audição normal
26 – 40 dB(A): perda auditiva leve
41 – 70 dB(A): perda auditiva moderada
71 – 90 dB(A): perda auditiva severa
maior que 90 dB(A): perda auditiva profunda
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA
CONTROLE MÉDICO
Perda Auditiva de 1o. Grau
CONTROLE MÉDICO
Perda Auditiva de 2o. Grau
CONTROLE MÉDICO
Perda Auditiva de 3o. Grau
CONTROLE MÉDICO
Perda Auditiva de 4o. Grau
CONTROLE MÉDICO
Perda Auditiva de 5o. Grau
CONTROLE MÉDICO
Tratamento:
A PAIRO é irreversível!
Não existe nenhum tipo de tratamento clínico ou cirúrgico para
a recuperação dos limiares auditivos.
A PREVENÇÃO é a principal medida a ser tomada antes de sua
instalação.
PREVENÇÃO
A Lei obriga as empresas e os profissionais da área de saúde e
segurança a implementar e gerenciar programas de prevenção e de
controle da progressão da perda auditiva.
NR-9: toda a empresa deve ter um Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA) e um Programa de Conservação
Auditiva (PCA).
PREVENÇÃO
Existem duas principais correntes para a avaliação da exposição
ocupacional a ruído:
- A primeira é adotada principalmente na Europa, denominada
“hipótese de mesma energia”;
- A segunda é adotada no Brasil, Estados Unidos e em outros
poucos países, conhecida pela “regra dos 5 dB” ou “regra da
OSHA”.
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
Para a realização do monitoramento pessoal de ruído é necessário
identificar o nível de ruído e o tempo de exposição.
Para tanto, podem ser utilizados um medidor sonoro com um
cronômetro ou um dosímetro.
MONITORAMENTO PESSOAL DE RUÍDO
- Quantificar o nível de pressão sonora que os indivíduos recebem
ao longo da jornada de trabalho;
- Coletar dados para a seleção de protetores auditivos individuais;
- Identificar os grupos expostos a risco auditivo;
- Auxiliar no controle e análise de audiometrias alteradas.
MONITORAMENTO PESSOAL DE RUÍDO
Na caracterização de grupos homogêneos de exposição deve-se
considerar:
- A caracterização e definição de grupos já utilizados em trabalhos
de higiene ocupacional;
- A definição de “empregado exposto”, conforme descrito nas
Diretrizes de Conservação Auditiva da companhia;
- A caracterização do local de trabalho, da força de trabalho e do
agente para a definição do grupo.
GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO
Os resultados do monitoramento para um indivíduo dentro do
grupo devem representar uma informação confiável para os
demais indivíduos do mesmo grupo.
GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO
Os resultados do monitoramento para um indivíduo dentro do
grupo devem representar uma informação confiável para os
demais indivíduos do mesmo grupo.
GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO
Os resultados do monitoramento para um indivíduo dentro do
grupo devem representar uma informação confiável para os
demais indivíduos do mesmo grupo.
GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO
Os resultados do monitoramento para um indivíduo dentro do
grupo devem representar uma informação confiável para os
demais indivíduos do mesmo grupo.
GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO
Os resultados de amplas pesquisas demonstraram que:
CRITÉRIOS PARA PERDA DE AUDIÇÃO
A função mais importante do ouvido é ouvir e entender a conversa humana.
Dificuldade significativa na recepção de som ocorre para perdas de audição maiores que 25 dB (valor médio nas freqüências de 500 Hz, 1 kHz e 2kHz).
Exposição a níveis de pressão sonora abaixo de 80 dB(A) para 90% da população - não causa dificuldade na sensação e interpretação do som.
A perda de audição por exposição a níveis acima de 80 dB(A) depende da distribuição dos níveis com o tempo de exposição e da susceptibilidade do indivíduo.
CRITÉRIOS PARA PERDA DE AUDIÇÃO
Limite de exposição ocupacional ao ruído: Normas Nacionais de diversos países
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