UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Douglas Alfredo Mugnaga
A ANSIEDADE NOS JOGADORES DE FUTSAL NA CATEGORIA SU B-13
QUANTO A NÃO TITULARIDADE
CURITIBA
2010
Douglas Alfredo Mugnaga
A ANSIEDADE NOS JOGADORES DE FUTSAL NA CATEGORIA SU B-
13 QUANTO A NÃO TITULARIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Educação Física da Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharelado em Educação Física. Orientador: Eliane Regina Wos
CURITIBA
2010
TERMO DE APROVAÇÃO
Douglas Alfredo Mugnaga
A ANSIEDADE NOS JOGADORES DE FUTSAL NA CATEGORIA SU B-
13 QUANTO A NÃO TITULARIDADE
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção da graduação em Bacharel em Educação Física
na Faculdade de Ciência Biológicas e de Saúde na Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, 16 de Junho de 2010.
Educação Física
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador: ____________________ Profª: Eliane Regina Wos
____________________
Profª: Beatriz Dorigo _____________________ Profº: João Maffei
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 05 1.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 05 1.2 PROBLEMA ............................................................................................................. 07 1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................ 07 1.3.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 07 1.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................... 07 2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA ................................................................................. 08 2.1 HISTÓRICO DO FUTSAL ....................................................................................... 08 2.1.1 Evolução do Futsal no Brasil ................................................................................ 10 2.2 FUTSAL ................................................................................................................... 11 2.2.1 Características do Esporte ................................................................................... 11 2.2.2 Função dos Jogadores ......................................................................................... 12 2.2.3 Divisão das Categorias ......................................................................................... 13 2.3 EMOÇÕES .............................................................................................................. 13 2.3.1 Ansiedade ............................................................................................................ 14 2.3.1.1 Ansiedade-estado ............................................................................................. 15 2.3.1.2 Ansiedade-traço ................................................................................................ 15 2.3.1.3 Efeitos Fisiológicos da ansiedade ..................................................................... 16 2.4 CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA ............................................................... 17 3 METODOLOGIA ........................................................................................................ 19 3.1 TIPO DE PESQUISA .............................................................................................. 19 3.2 DESCRIÇÃO DO UNIVERSO ................................................................................. 19 3.2.1 População ............................................................................................................. 19 3.2.2 Amostra ................................................................................................................ 19 3.3 INSTRUMENTO ...................................................................................................... 20 3.4 COLETAS DE DADOS ............................................................................................ 20 3.5 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................... 21 4 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................. 22 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 42 REFERÊNCIA ............................................................................................................... 44 APÊNDICE .................................................................................................................... 46
RESUMO
O objetivo deste trabalho é verificar se a não titularidade provoca ansiedade nos atletas de futsal na categoria sub-13. Tendo como metodologia a pesquisa descritiva do tipo questionário, do qual foi aplicado a praticantes de futsal da categoria Sub-13 da equipe do Paraná Clube. Os dados foram coletados na equipe federada e na escolinha, em datas distintas antes do treinamento de cada equipe, os resultados se assemelham em quase todos os questionamentos, mostrando que praticamente todos os atletas possuem pelo menos um sintoma ou sinal referente à ansiedade, que são eles: batimento cardíaco acelerado, tremores musculares, respiração acelerada, aumento excessivo da sudorese, vontade excessiva de urinar, assim como dificuldade para dormir, cansaço e irritação, que podem ser apresentados dias antes de cada jogo. Aqueles atletas que responderam que não apresentam o sintoma, assinalaram na pergunta sobre emoções que quando estão no banco de reservas sentem ansiedade. Conclui-se que a não titularidade acarreta a ansiedade, devido às respostas obtidas nos questionário onde os próprios jogadores responderam sentir ansiedade enquanto estão no banco de reservas, assim como alguns sinais e sintomas respondidos podem ser devido à ansiedade. Palavras-chave: não titularidade, futsal, ansiedade e Sub-13.
5
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
O futsal também é chamado como "a modalidade da bola pesada", pois quando
surgiu a bola tinha uma dimensão pequena e um peso elevado comparado aos outros
esportes. Este esporte vem evoluindo cada vez mais, para ficar mais dinâmico e
atrativo, essa evolução vem desde mudanças nas regras como no aprendizado,
fazendo que os praticantes tenham um melhor nível de rendimento com relação aos
aspectos cognitivos, psicológicos e motores. (COSTA, 2007).
O futsal tornou-se uma das principais atividades praticadas no Brasil, tanto para
lazer como na competição, fazendo que surja interesse em praticantes de todas as
idades, principalmente em crianças.
Os principais motivos que levam as crianças a praticar esse esporte são: estar
e fazer novos amigos, desenvolver a técnica, diversão, entre outros motivos. (COSTA,
2007).
Segundo Costa (2007), na categoria mirim a criança deve começar a vivenciar
as situações reais que podem acontecer durante os jogos, assim como se deve
procurar desenvolver o espírito de equipe, para melhorar o desempenho durante o jogo.
As equipes durante as competições normalmente possuem um time base
denominado titular e os reservas, onde titular é o termo utilizado para denominar os
atletas que irão sair jogando desde o inicio do jogo, e reservas são os atletas que irão
ficar no banco de reservas para suprir uma eventual necessidade da equipe como:
lesões, cansaço dos atletas ou deficiência técnica durante a partida.
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Durante uma partida de futsal os atletas passam por diferentes emoções tanto
os jogadores titulares como os reservas, fazendo com que aconteça um reflexo do que
estão sentindo durante o jogo, aumentando o desempenho fazendo com que ele se
esforce mais e aumente a sua capacidade técnica ou atrapalhando a sua concentração
no jogo fazendo com que erre passes, chutes, etc. fundamentos componentes do jogo,
dependendo da emoção que o jogador está sentindo.
Para Thomas (1983), o termo emoção é empregado para denominar todos os
fatos que caracterizam a vivência no cotidiano de uma pessoa como afetividade,
ansiedade, excitação, etc. Fazendo com que tenha efeito regulador sobre o
comportamento.
As emoções podem ser divididas em positivas e negativas, dependendo da
forma como elas agem no comportamento do individuo, as positivas, por exemplo:
alegria, otimismo, esperança, etc. e as negativas tristeza, antipatia, raiva, medo,
ansiedade, etc.
O futsal por ser um esporte que fez parte da minha vivência, fez com que fosse
a escolha para o tema, e por ter características de ser coletivo e competitivo muitas
vezes acaba fazendo com que tenha que se escolher alguns jogadores e preterir
outros, determinando os titulares e os reservas. E isso na maioria das vezes não é
trabalhado no psicológico do atleta, porque o atleta que está na reserva não gosta
dessa situação e acaba não percebendo o seu valor para a equipe por mais que não
saia jogando.
A identificação das reações provocadas nos atletas quanto à não titularidade,
ajudará a aprimorar os conhecimentos e auxiliar na metodologia aplicada pelo professor
técnico.
7
1.2 PROBLEMA
A não titularidade provoca ansiedade nos jogadores de futsal na categoria sub-
13?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Verificar se a não titularidade provoca ansiedade nos atletas de futsal na
categoria sub-13.
1.3.2 Objetivos Específicos
• Definir futsal;
• Apresentar as características psicológicas da faixa etária;
• Conceituar ansiedade;
• Diagnosticar as reações ocasionadas no atleta pelo fato de não ser titular;
• Comparar a incidência das emoções e reações em diferentes jogadores;
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2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
2.1 HISTÓRICO DO FUTSAL
Não existem documentos que comprovem a verdadeira procedência do futsal.
Existe uma polêmica com duas versões, onde a mais provável seja que o esporte tenha
surgido na década de 30, na Associação Cristã de Moços (ACM) do Uruguai, após esse
país sediar a Copa do Mundo de Futebol 1930, da qual sagrou-se campeã invicta.
Devido a esse fato houve uma grande procura das pessoas em praticar o futebol de
forma recreativa em diversos lugares como: ruas, quadras e ginásios, tornando uma
verdadeira loucura. No início essa pratica recreativa não tinha regras ou bola
específica, fazendo com que a pratica fosse meio desordenada. (MELO e MELO, 2006).
O professor de Educação Física Juan Carlos Ceriani, foi quem deu a origem ao
futsal, vendo a grande procura pelos jovens em jogar futebol em espaços reduzidos,
aproveitou regras de outros esportes como o basquete, pólo aquático e handebol para
criar as regras do indor-foot-boll. (SANTANA, 2008).
O Instituto Técnico da federación Sudamericana das Associacions Cristianas de
Jovens, realizou um curso no Uruguai com todos os representantes da ACM da América
do Sul, onde todos os presentes receberam uma cópia das primeiras regras e houve a
explicação do como era o esporte, a forma na qual deveria ser jogada a modalidade.
A outra versão defende o surgimento no Brasil na década de 40, na ACM de
São Paulo, onde jovens praticavam futebol nas quadras de basquete. Habib Maphuz
introduziu o esporte aos adultos, com esse fato houve vários problemas disciplinares o
que gerou uma conferência dos Diretores de Educação física das ACM, levando a
9
limitar a prática para menores. Mas em São Paulo, continuou com o programa, fazendo
com que houvesse uma divulgação em âmbito nacional do esporte, fazendo que com
pouco tempo a pratica fosse conhecida e praticada em quase todo o país. (MELO e
MELO, 2006)
No decorrer dos anos foram criadas confederações e federações para unificar o
esporte e difundi-lo pelo mundo, algumas dessas organizações a FIFUSA (Federação
Internacional de Futebol de Salão), CSAFS (Confederação Sul Americana de Futebol
de Salão), CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão), etc. (SANTANA, 2008)
A FIFUSA organizou em 1982 o primeiro campeonato Mundial com 11 países. A
final foi realizada pela seleção Brasileira contra a seleção do Paraguai, tornando a
seleção Brasileira a primeira campeã. A FIFA “Fédération Internationale de Foot-Ball
Association” vendo que o futebol de salão estava bem difundido expressou o desejo de
controlar o esporte mundialmente. A FIFA tentou vários acordos com a FIFUSA, para
ela controlar o esporte, acordos que acabaram não acontecendo. (MELO e MELO,
2006)
Porém em 1990, quando o Brasil se desligou da FIFUSA e começou a fazer
parte do quadro da FIFA, houve um grande avanço, pois este país era o recordista de
títulos mundiais, fazendo com que aos poucos outras confederações fizessem o
mesmo. Hoje a FIFA é a principal entidade que organiza o futsal, havendo mesmo
assim competições paralelas organizadas pela FIFUSA e pela AMF (Associação
Mundial de Futsal). (SANTANA, 2008).
10
2.1.1 Evolução do Futsal no Brasil
O primeiro órgão que surgiu para organizar as competições entre clubes foi a
Federação Metropolitana de Futebol de Salão, em 28 julho de 1954 no Rio de Janeiro.
Tendo a primeira competição chamada de “Torneio de Apresentação”.
As federações estaduais começaram a surgir a partir de dezembro de 1954,
sendo a federação Mineira a primeira, logo após, em junho de 1955 a federação
Paulista, Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana em 1956, a Catarinense e Norte
Riograndense (1957) e Sergipana (1959). (CBFS, 2009).
Em março de 1958, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), criou o
Conselho Técnico de Futebol de Salão, responsável por unificar as regras do esporte
no país e organizar as competições nacionais. O primeiro campeonato brasileiro
aconteceu em 1959, tendo a Seleção carioca como campeã.
Segundo Melo e Melo (2006) aos poucos o futebol de salão começou a atingir
os países dos outros continentes, sendo assim, por iniciativa da CBD e da CSAFS
(Confederação Sul Americana de Futebol de Salão) foi fundada no Rio de Janeiro a
FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão), com 32 países filiados e tendo
João Havelange como presidente.
Em 1979, com a extinção da CBD, foi criada a Confederação Brasileira de
Futebol de Salão, tendo como presidente Aécio de Borba Vasconcelos. (SANTANA,
2008)
Em 1990, a CBFS com aval de 26 federações Regionais, pediu o desligamento
da FIFUSA e filiou-se a FIFA via CBF, como a FIFA reconhece só uma entidade a
11
CBFS ficou responsável por organizar e ceder técnicos, atletas e a CBF de representar
internacionalmente e ceder os equipamentos. (MELO e MELO, 2006).
Atualmente CBFS, além de sua sede, tem quatro subsedes: São Paulo (SP),
Goiânia (GO), Aracaju (SE) e Porto Alegre (RS). A Entidade Nacional dirigente do
Futsal, conta atualmente, com 27 Federações Estaduais filiadas, ou seja, o Futsal está
presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, congrega mais de 4 mil
clubes e 310 mil atletas inscritos e, anualmente promove competições nacionais de
seleções e de clubes, nas categorias sub-15, sub-17, sub-20 e adulto, tanto no
masculino como no feminino. (CBFS, 2009).
2.2 FUTSAL
2.2.1 Características do Esporte
O futsal é praticado em uma quadra tendo como dimensões oficiais de 18m e
25m de largura e de 38m e 42m comprimento para jogos internacionais, 17m e 25m de
largura e de 34m e 42m de comprimento para jogos nacionais e para jogos não oficiais
de 15m e 17m de largura e 25m e 30m de comprimento. (FUTSAL BRASIL, 2007).
Segundo Costa (2007) o futsal é jogado com cinco jogadores titulares para cada
equipe, tendo o tempo de jogo determinado por cada categoria conforme o regulamento
da competição. Não possui um limite de substituições, apenas a determinação que as
trocas aconteçam na zona de substituição.
12
Quanto aos equipamentos utilizados cada equipe se responsabiliza pelo seu
uniforme que respeite as regras do esporte e a bola utilizada na partida tem o seu peso
e calibragem definido pela categoria que será utilizada.
O jogo tem dois árbitros, sendo um principal que se posiciona do lado oposto à
mesa de anotações e o auxiliar que fica do lado contrário ao principal, na mesa de
anotações encontram-se o cronometrista e o anotador, tendo como função auxiliar os
árbitros controlando o tempo, número de faltas, gols, etc. (FUTSAL BRASIL, 2007).
2.2.2 Função dos Jogadores
Goleiro: É o responsável por defender a meta da sua equipe, tornando-se o
último defensor. Possui característica única, pois somente ele pode utilizar as mãos
para proteger o gol e usar os pés em toda a quadra. Por ter a visão de toda a quadra o
goleiro pode orientar e organizar a sua equipe da melhor forma possível.
Características de um bom goleiro: equilíbrio, agilidade, flexibilidade, calma,
liderança e velocidade de reação. (MELO e MELO, 2006).
Fixo: Dos jogadores de linha o fixo é o jogador que tem as maiores
características defensivas, sendo que deve estar sempre atento para realizar a
cobertura dos companheiros. Auxilia a organizar as jogadas iniciadas no setor
defensivo, e pode se tornar um elemento surpresa quando a sua equipe está no ataque.
Características de um bom fixo: equilíbrio, força, ter poder de recuperação,
velocidade e ser bom na cobertura. (MELO e MELO, 2006).
Alas direita e esquerda: Normalmente são os mais habilidosos da equipe,
ajudam no ataque e na defesa se deslocando pelas laterais da quadra. Responsáveis
13
pela maioria das jogadas do seu time, devem ser especialistas no contra ataque.
(BERTOLI e BERTOLI, ....)
Qualidades: coordenação, resistência, excelente condução de bola e velocidade
de deslocamento.
Pivô: Sua principal característica é se posicionar de costa para o gol adversário,
pronto para receber a bola dos seus companheiros, tendo como possibilidade de fazer
o giro para realizar a finalização, assim como pode passar a bola para o seu
companheiro arrematar para o gol.
Características de um bom pivô: controle de bola, inteligência, força, iniciativa,
oportunismo e decisão. (BERTOLI e BERTOLI, ....)
2.2.3 Divisão das categorias
O futsal na maioria dos estados brasileiros é dividido em: Chupetinha (6 anos),
Mamadeira (7anos), Sub-9 (08 e 09 anos), Sub-11 (10 e 11 anos), Sub-13 (12 e 13
anos), Sub-15 (14 e 15 anos), Sub-17 (16 e 17 anos), Sub-20 ( 18,19 e 20 anos) e a
Principal ( acima de 20 anos). (COSTA, 2007).
Nas categorias até o Sub-15 ocorrem competições municipais e estaduais,
enquanto as demais podem disputar competições municipais, estaduais e nacionais.
2.3 EMOÇÕES
O termo emoção é empregado para denominar todos os fatos que caracterizam
a vivência no cotidiano de uma pessoa como afetividade, ansiedade, excitação, etc.
14
Fazendo com que tenha efeito regulador sobre o comportamento. (THOMAS, 1983).
De acordo com Braghirolli et al (2007), emoções são complexos estados de
excitação de que participa o organismo todo, podendo significar os sentimentos e os
estados afetivos em geral.
Samulski cita Hackfort (2002), que emoções devem ser compreendidas como
um sistema de interrelação entre o psíquico, o fisiológico e o social, sendo que no
psíquico é o processo de cognição, no fisiológico compreende a ativação e o social as
relações sociais do indivíduo.
Na maioria das vezes a avaliação cognitiva faz com que determine a
intensidade e a percepção das emoções. (ATKINSON et al, 2002).
Emoção pode ser dividida em: emoções positivas como alegria, otimismo,
esperança, expectativa, etc. e emoções negativas como ansiedade, medo, raiva,
tristeza, etc.
Por causa da emoção um atleta diante de um movimento correto ou jogada bem
executada pode fazer com que o atleta, tente executar novamente o movimento devido
a sua felicidade pelo acerto, assim como pode provocar raiva se a sua jogada for
anulada por ter ocorrido uma infração. (THOMAS, 1983).
Cada situação pode provocar emoções diferentes em cada individuo, por
exemplo, receber uma falta, têm atletas que não se irritam e outros tentam brigar por
causa da falta, isso ocorre devido a sua personalidade e comportamento.
2.3.1 Ansiedade
A ansiedade é um estado emocional negativo por preocupação, nervosismo
15
assim como está associada com a ativação ou agitação do corpo. Existindo uma
diferença importante entre ansiedade-estado e ansiedade-traço. (GOULD e
WEINBERG, 2001).
A ansiedade é um estado emocional em que ocorre uma apreensão durante um
certo período, provocando medo no indivíduo, ocasionado por alguma ameaça ou
perigo. (BERTUOL e VALENTINI, 2006)
2.3.1.1 Ansiedade-estado
A ansiedade-estado é descrita como um estado emocional transitório
caracterizado por sentimentos desagradáveis, percebidos através de um aumento na
atividade do sistema nervoso autônomo. (DUARTE e HÜBNER, 1999)
Segundo Gould e Weinberg, (2001) “Ansiedade-estado é um estado emocional
temporário, em constante variação, com sentimentos de apreensão e tensão
conscientemente percebidos, associados a ativação do sistema nervoso autônomo”.
Ela pode ser dividida em dois componentes: o do pensamento que é
denominada como ansiedade cognitiva e a componente da ativação física chamada de
ansiedade somática (GOULD e WEINBERG, 2001)
2.3.1.2 Ansiedade-traço
A ansiedade-traço refere-se como cada indivíduo age em determinada situação
ameaçadora, adaptando-se e reagindo conforme as suas características da
personalidade determinam. (DUARTE e HÜBNER, 1999)
16
“Ansiedade-traço é uma tendência comportamental de perceber como ameaçadoras circunstâncias que objetivamente não são perigosas e de responder a elas como ansiedade-estado desproporcional. As pessoas com um elevado traço de ansiedade geralmente têm mais estados de ansiedade em situações altamente competitivas do que pessoas com o traço de ansiedade mais baixo”. (GOULD e WEINBERG, 2001, pág 97).
2.3.1.3 Efeitos Fisiológicos da ansiedade
Segundo Atkinson et al. (2002), quando sentimos uma emoção interna é
possível perceber diversas mudanças corporais, como aceleração da respiração e da
freqüência cardíaca, tremores e sensações de desconforto no estômago.
Os efeitos fisiológicos são um dos três indicadores utilizados para identificar as
emoções, como mudança do ritmo cardíaco e da pressão, tensão muscular e tremor
muscular. (BRAGHIROLLI et al 2007).
Podem ocorrer manifestações físicas, tanto na ansiedade-traço como na
ansiedade-estado, como suor excessivo, taquicardia, insônia e tensão muscular.
(BERTUOL e VALENTINI, 2006).
O indivíduo em situação ameaçadora responde com alta ansiedade-estado,
fazendo com que tenha respostas fisiológicas caracterizadas por ativação do sistema
nervoso autônomo. Essas respostas incluem alterações no batimento cardíaco, na
respiração e na pressão arterial, assim como aumento da sudorese e inquietação. A
determinação da intensidade e duração destes indicadores fisiológicos depende da
percepção da situação pelo indivíduo. (DUARTE e HÜBNER, 1999).
De acordo com Campani e Voser (2008) que citam Frischknecht, quando o
17
indivíduo está ansioso, ocorre o aumento dos batimentos cardíacos, há um consumo
maior de oxigênio, assim como podem acontecer náuseas, tremores, cansaço,
fraquezas e dificuldades para adormecer.
Quando um atleta estiver com níveis elevados da ativação e ansiedade pode
ocasionar um aumento da tensão muscular, fazendo com que esse competidor tenha
interferência na sua coordenação motora. (GOULD e WEINBERG, 2001).
Segundo Gould e Weinberg (2001), a ativação e a ansiedade também podem
diminuir os níveis de atenção, assim como, diminuem a observação do ambiente e
provocam um desvio para o estilo de atenção dominante e para informações
inadequadas.
Gould e Weinberg (2001), citam alguns sinais e sintomas que podem ser
decorrentes de ansiedade elevada como: necessidade de urinar freqüentemente,
sudorese, tensão muscular aumentada, boca seca, dificuldade para dormir e
incapacidade de se concentrar.
2.4 CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA
De acordo com Atkinson et al (2002), a adolescência é um dos períodos mais
conturbados da fase de desenvolvimento do ser humano, que abrange
aproximadamente dos 12 aos 19 anos, fazendo a transição da infância para a fase
adulta.
Durante a adolescência ocorre a puberdade, fazendo que aconteçam diversas
modificações no corpo como o surto do crescimento e a maturação sexual, e devido a
essas modificações surgem alguns efeitos psicológicos constantes como rebeldias, mau
18
humor e perturbações, pois alguns adolescentes não aceitam as modificações e outros
sofrem com a produção elevada dos hormônios.
O próprio crescimento físico traz perturbações á auto-estima do jovem, nesta
fase já se define hábitos corporais e os contrastes são evidentes. Por uns
adolescentes crescerem antes que os outros, os menores tentam manter o seu status
ridicularizando os maiores com apelidos pejorativos, assim como os maiores fazem o
mesmo com os menores. (D' ANDREA, 2000)
O aumento da sensibilidade leva o indivíduo a estar constantemente inundado
de novas percepções e novos sentimentos, e de novos critérios para julgar as
experiências sensoriais. (D' ANDREA, 2000)
Os adolescentes muitas vezes feridos em seu orgulho, ele torna-se irritável,
nervoso e mal humorado, nesse período uma forma de ajudá-lo é tendo paciência e
compreensão. (D' ANDREA, 2000)
19
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Optou-se pela pesquisa descritiva de questionário, pois esse tipo de pesquisa
segundo Nelson e Thomas (2002) é um estudo de status, amplamente utilizado na
educação, o questionário faz parte do método de estudo exploratório (survey) o mais
comum dentro da pesquisa descritiva.
3.2 DESCRIÇÃO DO UNIVERSO
3.2.1 População
A população desta pesquisa foi atletas praticantes de futsal do Paraná Clube,
localizado em Curitiba da categoria Sub-13 tanto da escolinha como da equipe
federada.
3.2.2 Amostra
A amostra foi composta por 25 atletas de futsal, sendo 14 da escolinha da
categoria Sub-13 e 11 da equipe federada da categoria Sub-13 do sexo masculino.
20
3.3 INSTRUMENTO
O instrumento utilizado nesta pesquisa foi um questionário formado por
perguntas abertas e fechadas.
3.4 COLETAS DOS DADOS
A coleta dos dados será realizada em dois dias, na quarta-feira à tarde para a
escolinha quinze minutos antes do inicio do treinamento e na quinta-feira à tarde para a
equipe federada também quinze minutos antes do inicio do treinamento. O questionário
será entregue aos atletas para realizar as respostas individualmente, o pesquisador irá
tirar todas as dúvidas que surgirem durante a coleta. Será aberta a opção para cada
jogador responder as questões que quiser, podendo deixar questões sem respostas se
assim quiser, havendo também a possibilidade de responder mais que uma resposta se
a questão caber duas ou mais respostas.
Todos poderão responder o questionário mesmo que não tenha competido
nenhuma vez, podendo responder as questões específicas que acontecem durante o
jogo com a vivência de amistosos. Assim como poderá se utilizar às experiências
vividas fora do clube pesquisado, como treinar e competir em equipes escolares.
21
3.5 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados serão organizados em gráficos, cada questionamento terá dois
gráficos, um referente às respostas da escolinha e outro representando as respostas da
equipe federada.
22
4 ANÁLISE DOS DADOS
Será feita a análise dos dados coletados junto aos atletas praticantes de futsal
do Paraná Clube da categoria Sub-13, tanto da equipe federada como os atletas da
escolinha. Todo o resultado do questionário estará organizado em gráficos para uma
melhor assimilação das respostas.
1- Qual a sua idade?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
11 anos
12 anos
13 anos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
11 anos
12 anos
13 anos
A escolinha é constituída por 4 atletas (28,58%) de 11 anos, 4 atletas (28,58) de
12 anos e 6 atletas (42,84%) de 13 anos. Já a equipe federada é formada por 6 atletas
(54,56%) de 11 anos, 2 atletas (18,18%) de 12 anos e 3 atletas (27,26%) de 13 anos. A
categoria sub-13 é formada por atletas nascidos entre 1997 e 1998.
23
2- Há quanto tempo pratica futsal?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Menos de 6meses
Entre 6meses e 1ano
Mais que 1ano
0123456789
1011
Menos de 6meses
Entre 6meses e 1ano
Mais que 1ano
No tempo de pratica do esporte a maioria o faz a mais de 1 ano, tendo 12
atletas (85,72%) na escolinha e 10 atletas (90,91%) na equipe federada e apenas 1
atleta (7,14%) na escolinha e 1 atleta (9,09%) na equipe federada com menos de 6
meses de pratica, assim como 1 atleta (7,14%) da escolinha pratica entre 6 meses e 1
ano.
3- O que levou você a praticar essa modalidade:
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Amigos
Pais
Gosto peloesporte
Outros
0123456789
1011
Amigos
Pais
Gosto peloesporte
Outros
O motivo que levou as crianças a praticar essa modalidade foi o gosto pelo
24
esporte onde foi a opção da maioria tendo 12 atleta (70,59%) na escolinha e 10 atleta
(83,34%) na equipe federada, assim como 4 atletas (23,53%) tiveram incentivos dos
pais na escolinha e 2 atletas (16,66%) na equipe, apenas um atleta (5,88%) foi
motivado pela amizade.
A seguir está a combinações de respostas obtidas nesse questionamento feitas
para a escolinha:
• Atleta “a”: amigos e pais;
• Atleta “b” e “c”: pais e gosto pelo esporte.
A seguir está a combinações de respostas obtidas nesse questionamento feitas
para a equipe federada:
• Atleta “a”: pais e gosto pelo esporte.
4- Treina quantas vezes na semana?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
2 vezes
3 vezes
4 vezes
5 vezes
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
2 vezes
3 vezes
4 vezes
5 vezes
A quantidade de treinamento na semana das duas equipes são iguais, sendo
terça-feira e quinta-feira, 9 atletas (64,29%) da escolinha e 6 atletas (54,56%) da equipe
federada só realizam essas duas vezes. Já 2 atletas (14,28%) da escolinha treinam três
25
vezes na semana, assim como 3 atletas (21,43%) da escolinha e 3 atletas (27,28%) da
equipe federada realiza quatro treinamentos. E 2 atletas (18,16%) treinam cinco vezes
na semana. Foi possível contabilizar treinos fora do clube pesquisado.
5- Participa de alguma competição?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0123456789
1011
Sim
Não
Quanto a participação em competições 8 atletas (57,14%) da escolinha já
participaram e 6 atletas (42,86%) não participaram, na equipe federada 10 atletas
(90,91%) participam de competições e apenas 1 atleta (9,09%) ainda não competiu.
Aos atletas que não competiram houve a possibilidade de responder as outras questões
abaixo com a vivência em amistosos. E as competições citadas na escolinha foram:
Copa tostão, Quadra 7, competições escolares e jogos da prefeitura, e as citadas na
equipe federada foram: Taça Paraná, Metropolitano, Quadra 7, competições escolares
e jogos da prefeitura. A participação em competições também foi questionada para
auxiliar na análise dos dados, pois com a competição os jogadores têm um número
maior de jogos. Quem não disputou campeonatos teve a possibilidade de continuar o
questionário com a vivência de amistosos.
26
6- O professor/técnico realiza algum tipo de conversa antes dos jogos, procurando
aumentar a auto-estima dos atletas para a partida?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0123456789
1011
Sim
Não
Para 11 atletas (78,57%) da escolinha o professor/técnico procura conversar
buscando aumentar a auto-estima do time, 2 atletas (14,29%) acreditam que não ocorre
esse diálogo e um atleta (7,14%) não respondeu. Já para todos os 11 atletas (100%) da
equipe federada ocorre essa conversa.
7- Ocorrendo esse diálogo, você sente que foi trabalhado o seu psicológico para o
jogo?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0123456
789
1011
Sim
Não
27
Na escolinha 12 atletas (85,72%) citaram que sente que o seu psicológico foi
trabalhado, apenas 1 atleta (7,14%) não concordou com o resto da equipe e outro atleta
(7,14%) não respondeu. Na equipe federada 11 atletas (100%) responderam que é
trabalhado o psicológico antes do jogo.
Um dos atletas que respondeu na questão anterior que o treinador não realiza
uma conversa antes do jogo, respondeu nesta pergunta que é trabalhado o psicológico,
sendo assim o atleta não respondeu com exatidão uma das questões.
8- Normalmente, você é colocado como titular desde o início do jogo, ou participa no
decorrer do jogo?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Desde o início
No decorrer
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Desde o início
No decorrer
Na escolinha 6 atletas (42,86%) participam do jogo desde o início e 7 atletas
(50%) entram na partida no decorrer do jogo e um atleta (7,14%) não respondeu. Os
atletas federados 5 (45,46%) deles responderam que participam desde o início e os
outros 6 atletas (54,54%) entram no decorrer da partida.
28
9- Já ficou no banco de reservas durante algum jogo?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Sim
Não
Neste questionamento 10 atletas (71,43%) da escolinha já ficaram no banco de
reserva, 3 atletas (21,43%) responderam que nunca ficaram no banco de reservas e um
atleta (7,14%) não respondeu. Já na equipe federada 10 atletas (90,91%) já ficaram no
banco de reservas em algum jogo e apenas 1 atleta (9,09%) nunca ficou no banco de
reserva durante algum jogo.
29
10- Durante o jogo, quando está no banco de reservas você faz o que:
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14Ficaconcentrado
Não ficaconcentrado
Não sentevontade departicipar dojogo, poisgostaria deentrar comotitular
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11Ficaconcentrado
Não ficaconcentrado
Não sentevontade departicipar dojogo, poisgostaria deentrar comotitular
Houve quase unanimidade nas duas equipes, onde 14 atletas (100%) da
escolinha e 10 atletas (90,91%) da equipe federada responderam que ficam
concentrados quando estão no banco de reservas, apenas 1 atleta (9,09%) federado
respondeu não sentir vontade de participar do jogo.
Todos os atletas que na questão anterior responderam que nunca ficaram no
banco de reservas, escreveram que ficam concentrados quando estão no banco de
reservas, sendo assim se contradisseram em alguma questão.
30
11- Na situação de não sair jogando, faz com que você tenha qual atitude?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Se esforçarmais para sairjogando
Conversarcom otreinador
Perder ogosto pelamodalidade
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Se esforçarmais para sairjogando
Convesar como treinador
Perder o gostopelamodalidade
Neste questionamento também quase houve unanimidade nas duas equipes,
sendo que 14 atletas (100%) da escolinha e 10 atletas (90,91%) federados procuram se
esforçar mais para sair jogando, apenas 1 atleta (9,09%) procura o treinador para
conversar.
Todos os atletas que na questão número 9 responderam que nunca ficaram no
banco de reservas, escreveram que procurando se esforçar mais para sair jogando,
sendo assim se contradisseram em alguma questão. A maioria dos atletas demonstrou
entender quando não saem de titular, é por falta de empenho por parte deles nos
treinamentos, sendo assim compreendem que a reserva pode ser superada se houver
interesse e determinação.
31
12- Alguma vez discutiu ou brigou com algum companheiro da equipe, por não estar
jogando?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Sim
Não
Doze atletas (85,72%) da escolinha afirmaram nunca ter discutido com os
companheiros não estar jogando e 2 atletas (14,28%) responderam que já ocorreu
alguma briga ou discussão. Na equipe federada 10 atletas (90,91%) nunca brigaram e
apenas 1 atleta (9,09%) afirmou ter discutido alguma vez por não estar jogando. Esse
questionamento vem de encontro ao anterior, mostrando que os jogadores entendem a
sua não titularidade.
32
13- Sentiu algum desses sentimentos quando estava no banco de reservas (pode
marcar mais de uma opção):
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Tristeza
Ansiedade
Raiva
Medo
Inveja
Alegria
Tranquilidade
Outros
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Tristeza
Ansiedade
Raiva
Medo
Inveja
Alegria
Tranquilidade
Outros
A ansiedade foi o sentimento mais citado neste questionamento tendo 8 atletas
(38,1%) da escolinha e 10 atletas (58,83%) na equipe federada, logo após a
tranqüilidade marcada por 3 atletas da escolinha (14,29%) e 3 atletas (17,65%) da
equipe federada de cada equipe, em seguida a alegria com 4 atletas (19,05%) da
escolinha e 1 atleta (5,88%) federado, a tristeza cita por 1 atleta (4,76%) da escolinha e
2 atletas (11,76%) da equipe federada, 2 atletas da escolinha (9,52%) citaram a raiva, 1
atleta da escolinha (4,76%) e 1 atleta (5,88%) da equipe citou o medo e 2 atletas
(9,52%) da escolinha colocaram outros sentimentos como vontade de jogar respondido
por um atleta e outro colocou como nada, diz não possuir nenhuma desses sentimentos
ou outras quaisquer. Os atletas marcaram tanto as emoções positivas como negativas,
no qual chamou a atenção a alegria assinalada por 5 atletas, essa emoção não pelo
fato de estar no banco de reservas e sim pela possibilidade de jogar. Uma grande parte
dos atletas responder ter ansiedade durante o jogo.
33
A seguir está a combinações de respostas obtidas nesse questionamento feitas
para a escolinha:
• Atleta “a” e “b”: ansiedade e alegria;
• Atleta “c”: ansiedade, medo e tranqüilidade;
• Atleta “d”: ansiedade, alegria e tranqüilidade;
• Atleta “e”: ansiedade e raiva.
A seguir está a combinações de respostas obtidas nesse questionamento feitas
para a equipe federada:
• Atleta “a”: ansiedade e medo;
• Atleta “b” e “c”: tristeza e ansiedade;
• Atleta “d”: ansiedade e alegria;
• Atleta “e” e “f”: ansiedade e tranqüilidade.
14- Quando sente essas emoções, você procura:
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Conta paraalguém
Guardar parasi
0123456789
1011
Conta paraalguém
Guardar para si
Quase por unanimidade neste questionamento os atletas responderam que
guardam para si as emoções que sente, sendo respondida por 12 atletas (85,72%) da
34
escolinha e 11 atletas (100%) da equipe federada, e apenas um atleta (7,14%) da
escolinha procura contar alguém o que sente e um atleta (7,14%) não respondeu.
15- Dias antes do jogo você tem algum desses sintomas:
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Dificuldade dedormir
Cansaço
Irritação
Alegria
Medo
Outros
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Dificuldade dedormir
Cansaço
Irritação
Alegria
Medo
Outros
Na escolinha 5 atletas (33,33%) responderam ter outros sintomas do que foram
questionados como: ansiedade e não apresentar nenhum sintoma, dificuldade de
dormir 3 atletas (20%), alegria foi a resposta de 3 atletas (20%), o cansaço foi lembrado
por 2 atletas (13,33%), irritação e medo foram respondidas por um atleta (13,34%) em
cada sintoma. Já na equipe federada 9 atletas (69,24%) responderam sentir alegria, 2
atletas (15,38%) citaram a dificuldade de dormir e 2 jogadores (15,38%) responderam
outros sintomas como: ansiedade e concentração foram lembrados. Alguns atletas
citaram ter ansiedade, porém não assinalaram nenhuma das alternativas que são
sintomas dessa emoção como dificuldade de dormir, cansaço e irritação. Mas também
houve atletas que responderam essas opções demonstrando ter um pouco de
ansiedade dias antes do jogo.
35
A seguir está a combinações de respostas obtidas nesse questionamento feitas
para a escolinha:
• Atleta “a”: alegria e medo.
A seguir está a combinações de respostas obtidas nesse questionamento feitas
para a equipe federada:
• Atleta “a”: dificuldade de dormir e alegria;
• Atleta “b” alegria e outros (ansiedade).
16- Sente alguma reação física diferente do normal, quando não é escalado para jogar?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Sim
Não
Onze atletas (78,57%) da escolinha responderam não apresentar reação física
por não ser escaldo e 3 jogadores (21,43%) marcaram que sente alguma reação física.
Já na equipe federada 10 atletas (90,91%) não apresentam reação física e apenas um
atleta (9,09%) apresenta reação física.
36
17- Você sente que o seu coração fica com os batimentos cardíacos acelerados?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0123456789
1011
Sim
Não
Na escolinha 11 atletas (78,57%) sentem que os seus batimentos cardíacos
ficam acelerados e 3 atletas (21,43%) responderam que não, enquanto na equipe
federada 8 atletas (72,73%) sentem que os seus batimentos cardíacos ficam acelerados
e para 3 atletas (27,27%) os seus batimentos permanecem iguais. Os efeitos
fisiológicos são um dos três indicadores utilizados para identificar as emoções, como
mudança do ritmo cardíaco. (BRAGHIROLLI et al 2007)
Um grande número de atletas mostrou ter os batimentos cardíacos acelerados,
apresentando assim um dos efeitos fisiológicos que pode demonstrar ansiedade por
parte dos atletas.
37
18- Tem um aumento de sudorese (suor) no decorrer do jogo, quando permanece no
banco de reservas?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0123456789
1011
Sim
Não
Questionados sobre o aumento da sudorese enquanto estão no banco de
reservas, 9 atletas (64,29%) da escolinha responderam que não tem, enquanto 4
atletas (28,57%) marcaram que tem um aumento no suor e um atleta (7,14%) não
respondeu. Na equipe federada, 10 atletas (90,91%) responderam que não tem
aumento da sudorese e apenas um atleta (9,09%) marcou ter.
Para Bertuol e Valentini (2006) o suor excessivo pode ser uma manifestação
física da ansiedade. Apenas um pequeno número de atletas confirmou ter um suor
excessivo enquanto está no banco de reservas.
38
19- Tem tremores musculares no decorrer do jogo, quando permanece no banco de
reservas?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Sim
Não
Na escolinha 9 atletas (64,29%) responderam não apresentar tremores
musculares, enquanto estão no banco de reservas, e 4 atletas (28,57%) citaram ter
tremores musculares e um atleta (7,14%) não respondeu. Na equipe federada apenas 1
atleta (9,09%) respondeu durante o jogo quando está no banco de reservas tem
tremores musculares e os outros 10 atletas (90,91%) disseram não ter tremores
musculares. Segundo Braghirolli et al ( 2007), tremores musculares podem ser efeitos
fisiológicos para a ansiedade.
39
20- Tem náuseas (vontade de vomitar) no decorrer do jogo, quando permanece no
banco de reservas?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Sim
Não
As duas equipes tiveram a mesma resposta, que não há náuseas enquanto
estão no banco de reservas, 12 atletas da escolinha (85,71%) e 11 atletas (100%) da
equipe federada responderam isso, 2 atletas (14,29%) da escolinha não responderam.
De acordo com Campani e Voser (2008) que citam Frischknecht, a existência
de náuseas pode ser devido à ansiedade, sintoma que não acomete nenhum dos
atletas pesquisados.
40
21 - Sente vontade excessiva de urinar durante a partida?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Sim
Não
Durante a partida 2 atletas (14,29%) da escolinha sentem vontade excessiva de
urinar, enquanto 10 atletas (71,42%) desta mesma equipe não sentem vontade, 2
atletas (14,29%) não responderam. Todos os 11 jogadores da equipe federada
responderam não sentir vontade excessiva de urinar durante a partida. Apenas 2 atletas
responderam, apresentar esse sintoma, que pode ocorrer devido ao nervosismo do
atleta, para entrar na partida.
22- Você sente que a sua respiração fica diferente (acelerada), quando está no banco
de reservas?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0123456789
1011
Sim
Não
41
Questionados sobre a respiração se ela fica acelerada quando estão no banco
de reservas 4 atletas (28,57%) responderam que sim e 9 atletas (64,29%) disseram que
não, um atleta (7,14%) não respondeu. Todos os jogadores (100%) da equipe federada
responderam não ficar com a respiração acelerada enquanto permanecem no banco de
reservas. Segundo Atkinson et al. (2002), quando sentimos uma emoção interna é
possível perceber diversas mudanças corporais, como aceleração da respiração. Assim
como de acordo com Campani e Voser (2008) que citam Frischknecht, quando o
indivíduo está ansioso, há um consumo maior de oxigênio. Apenas 4 atletas da
escolinha apresentaram esse sintoma.
23- Gostaria de citar alguma coisa que não foi questionado a você?
Escolinha Equipe
0
2
4
6
8
10
12
14
Sim
Não
0
12
3
45
67
8
9
1011
Sim
Não
Em nenhuma das duas equipes houve o interesse de acrescentar alguma coisa,
procuraram responder só o que estava sendo questionado.
42
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que a não titularidade de jogadores de futsal na categoria Sub-
13 ocasiona ansiedade devido às respostas obtidas no questionário onde os próprios
jogadores responderam sentir ansiedade enquanto estão no banco de reservas, assim
como alguns sinais e sintomas respondidos podem ser devido à ansiedade. Não
importando se estão na escolinha ou na equipe federada, se estão acostumados a
competir ou jogar alguns jogos durante o ano. Porém na escolinha os jogadores na sua
maioria apresentaram ter mais que um sintoma.
Da equipe federada onde onze atletas responderam o questionário, nove
jogadores assinalaram pelo menos uma resposta positivas para os sinais referentes à
ansiedade como: batimento cardíaco acelerado, aumento da sudorese e tremores
musculares. Sintomas citados por Atkinson et al. (2002), Braghirolli et al (2007), Bertuol
e Valentini (2006), Duarte e Hübner, (1999), Campani e Voser (2008) que citam
Frischknecht e Gould e Weinberg (2001). E os outros dois atletas que não responderam
positivamente para os sinais e sintomas nos questionamentos sobre emoção
responderam ter ansiedade enquanto estão no banco de reservas.
E na escolinha quatorze atletas responderam o questionário, tendo treze
respostas positivas para pelo menos um ou mais, sinais ou sintoma referente à
ansiedade como: batimento cardíaco acelerado, tremores musculares, aumento da
sudorese, respiração acelerada, vontade excessiva de urinar e dificuldade para dormir.
Sintomas citados por Atkinson et al. (2002), Braghirolli et al (2007), Bertuol e Valentini
(2006), Duarte e Hübner, (1999), Campani e Voser (2008) que citam Frischknecht e
Gould e Weinberg (2001). O único atleta que respondeu não ter nenhum desses
43
sintomas, no questionamento sobre emoções respondeu ter ansiedade, mesmo não
apresentando os sintomas.
Fica aberto para realizar outros estudos e dar continuidade a essa pesquisa,
como sugestões: pesquisar formas de diminuir essa ansiedade, pesquisar outras
emoções sentidas durante a partida independente da titularidade ou não e pesquisar o
conhecimento do técnico referente aos sintomas apresentados pelos atletas.
44
REFERÊNCIAS
ATKINSON, Rita L., et al Introdução à Psicologia de Hilgard. 13ª edição, Editora Artmed, 2002. BERTOLI, Ângela L. e BERTOLI, Robélius. Funções de ataque e defesa no futsal. Disponível em:< http://uni.educacional.com.br/up/66270001/4008182/texto%20funcoes%20ataque%20defesa.doc >. Acesso em: 21 de Maio de 2010. BERTUOL, Lisandra e VALENTINI, Nadia C. Ansiedade competitiva de adolescentes: gênero, maturação, nível de experiência e modalidades esportivas. Disponível em: < http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/3378/2400 >.Acesso em: 10 de Abril de 2010 BRAGHIROLLI, Elaine M., et al Psicologia Geral. 27ª edição, Editora Vozes, 2007.
CAMPANI, Max M. e VOSER, Rogério C. Fatores determinantes da ansiedade em competições de iniciação esportiva. Disponível em http://www.futsalbrasil.com.br/2008/artigos/artigo2.pdf. Acesso em: 08 de Abril de 2010. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL, Histórico. Disponível em: < http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/historico.php>. Acesso em: 08 de Abril de 2010. COSTA, Claiton F. Futsal aprenda a ensinar. 2 ª edição, Editora Visual Books, 2007. D'ANDREA, Flávio F. Desenvolvimento da Personalidade. 14ª edição, Editora Bertrand Brasil, 2000. DUARTE, Dorivaldo e HÜBNER, Maria M. C. Ansiedade, bruxismo e aprendizagem: uma análise comparativa em alunos da 7ª série do ensino fundamental. Disponível em: < http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/ptp/article/viewFile/1150/858 >. Acesso em: 10 de Abril de 2010 FUTSAL BRASIL. Regras de futsal. Disponível em: < http://www.futsalbrasil.com.br/regra.php >. Acesso em: 08 de Abril de 2010. GALLAHUE, David L. e OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor. 1ª edição, Phorte editora, 2001. GOULD, Daniel e WEINBERG, Robert S. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 2ª edição, Editora Artmed, 2002. MELO, Leonardo e MELO, Rogério. Ensinando futsal. 1ª edição, Sprint.
45
NELSON, Jack k. e THOMAS, Jerry R. Métodos de pesquisa em atividade física. 3ª edição, Editora Artmed, 2002. SAMULSKI, Dietmar. Psicologia do Esporte. 1ª edição, Editora Manole, 2002. SANTANA, Wilton C. Contextualização Histórica do Futsal. Disponível em: <http://www.pedagogiadofutsal.com.br/historia.asp>. Acesso em: 08 de Abril de 2010. THOMAS, Alexander. Esporte Introdução á Psicologia. 1ª edição, Editora Livro Técnico, 1983.
46
APÊNDICE
Questionário
1- Quantos anos você tem?
__________________________________________________________________
2- Há quanto tempo pratica o futsal?
( ) menos de 6 meses ( ) entre 6 meses e 1 ano ( ) mais de 1 ano
3- O que levou você a praticar essa modalidade:
( ) amigos ( ) pais ( ) gosto pelo esporte ( ) outros
__________________________________________________________________
4- Treina quantas vezes na semana?
( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5
5- Participa de alguma competição?
( ) sim ( ) não Qual?: ______________________________________
6- O professor/técnico realiza algum tipo de conversa antes dos jogos, procurando
aumentar a auto-estima dos atletas para a partida?
( ) sim ( ) não
7- Ocorrendo esse diálogo, você sente que foi trabalhado o seu psicológico para o
jogo?
( ) sim ( ) não
8- Normalmente, você é colocado como titular desde o início do jogo, ou participa no
decorrer do jogo?
( ) desde o início ( ) no decorrer
47
9- Já ficou no banco de reservas durante algum jogo?
( ) sim ( ) não
10- Durante o jogo, quando está no banco de reservas você faz o que:
( ) Fica concentrado ( ) Não fica concentrado ( ) Não sente vontade de
participar do jogo, pois gostaria de entrar como titular
11- Na situação de não sair jogando, faz com que você tenha qual atitude?
( ) Se esforçar mais para sair jogando ( ) Conversar com o treinador
( ) Perder o gosto pela modalidade
12- Alguma vez discutiu ou brigou com algum companheiro da equipe, por não estar
jogando?
( ) sim ( ) não
13- Sentiu algum desses sentimentos quando estava no banco de reservas ( pode
marcar mais de uma opção ):
( ) tristeza ( ) ansiedade ( ) raiva ( ) medo ( ) inveja
( ) alegria ( ) tranqüilidade ( ) outros_____________________________
14- Quando sente essas emoções, você procura:
( ) Conta para alguém ( ) Guardar para si
15- Dias antes do jogo você tem algum desses sintomas:
( ) dificuldade de dormir ( ) cansaço ( ) irritação
( ) alegria ( ) medo ( ) outros: _________________________________
16- Sente alguma reação física diferente do normal, quando não é escalado para jogar?
( ) sim ( ) não
17- Você sente que o seu coração fica com os batimentos cardíacos acelerados?
( ) sim ( ) não
48
18- Tem um aumento de sudorese ( suor ) no decorrer do jogo, quando permanece no
banco de reservas.
( ) sim ( ) não
19- Tem tremores musculares no decorrer do jogo, quando permanece no banco de
reservas?
( ) sim ( ) não
20- Tem náuseas ( vontade vomitar ) no decorrer do jogo, quando permanece no banco
de reservas?
( ) sim ( ) não
21- Sente vontade excessiva de urina durante a partida?
( ) sim ( ) não
22- Você sente que a sua respiração fica diferente ( acelerada ), quando está no banco
de reservas?
( ) sim ( ) não
23- Gostaria de citar alguma coisa que não foi questionado a você.