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alex-araujo
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“O sucesso consiste em manter a paciência diante dos problemas que
fogem ao nosso controle e focar no que, de fato, depende de você”
Sêneca, filósofo e intelectual romano
A história dos ciclos econômicos recentes mostra que as crises de maior gravidade são as cambiais e as ligadas a problemas energéticos.Em 2015 temos visto uma crise que combina elementos de natureza econômica com problemas de coordenação política, afetando a confiança de empresários e consumidores.A dificuldade de conduzir o ajuste fiscal tem trazido sérias consequências para o país e aumenta o nível de incertezas sobre o futuro.
SUMÁRIO EXECUTIVO
A queda na atividade econômica afeta a todos os setores em todas as regiões do país – a economia do Ceará encolheu 2,14% no primeiro semestre.O comércio de Fortaleza sofre nesse ambiente recessivo: o consumidor reclama da inflação, sofre para administrar o endividamento e se preocupa com o mercado de trabalho.O empresário busca ajustar o capital de giro ao ambiente de queda nas vendas, ao mesmo tempo em que tenta se preparar para a retomada do mercado, pois isso é apenas um ciclo.
SUMÁRIO EXECUTIVO
Apesar das dificuldades conjunturais, existem fatores estruturais que trazem boas perspectivas para o comércio e os serviços a longo prazo: A influência regional exercida por Fortaleza; O papel de destino turístico consolidado; Os investimentos em novos centros comerciais e a criação de novas centralidades nos bairros; O processo de transição demográfica; As mudanças sociais provocadas pelo aumento da escolaridade; A estabilidade derivada da rede pública de proteção social.
SUMÁRIO EXECUTIVO
A atual crise econômica é resultado da combinação de diferentes fatores – conjunturais e estruturais – que se reflete na fragilidade dos fundamentos econômicos, na crise de confiança dos agentes e no clima de enfrentamento político, destacando:- A continua piora na expectativa de crescimento- A insegurança no mercado de trabalho- A inflação nos preços administrados- A crise da Petrobras- A dificuldade de coordenação política- A perda de apoio popular do Governo Central
A CRISE EM RESTROSPECTIVA
O cenário precificadoINDICADORES BÁSICOS
Medianas das expectativas do mercadoBoletim Focus, 09/10/15
Fonte: Boletim Focus/BCB
Indicador 2014 2015 E 2016 EIPCA acumulado (%) 6,40 9,70 6,05Taxa de câmbio fim do período (R$/US$) 2,65 4,00 4,15SELIC fim do período (%) 11,75 14,25 12,63Dívida líquida do Setor Público (% PIB) 36,70 35,90 39,50Taxa de crescimento do PIB (%) -0,20 -2,97 -1,20Conta corrente (US$ bilhões) -90,9 -65,5 -50,0
INDICADORES BÁSICOSBrasil: inflação anual medida pelo IPCA1996/2014 e estimativa de 2015 – em % ao ano
Média estimada 2010/15: 6,71% a.a.
Fontes: IBGE e projeção Boletim Focus/BCB
9,56
5,22
1,66
8,94
5,97 7,67
12,53
9,30 7,60
5,69
3,14 4,45
5,90 4,31
5,90 6,50 5,83 5,91 6,40
9,70
- 2,00 4,00 6,00 8,00
10,00 12,00 14,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015E
INDICADORES BÁSICOSBrasil: Evolução da taxa de câmbio2001 a out/2015 – paridade com o dólar americano
Fonte: Google Finance
INDICADORES BÁSICOS
-5
-3
-1
1
3
5
7
9
11
13
15
1948
1950
1952
1954
1956
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Crise cambial 1º choque dopetróleo
2º choque dopetróleo
Crise cambial
CrisecambialCrisemundial
Crise cambial
Apagão
Brasil: crescimento do PIB1948/2014 – em % ao ano1948/80 – 7,5% 1981/2014 – 2,5%
Fontes: IBGE e projeção Boletim Focus/BCB
Evolução do ICC Fortaleza, 2010/2015 – em pontos
Fonte: FECOMERCIO/CE IPDC
20122011
20132010
2014
80,0 90,0
100,0 110,0 120,0 130,0 140,0 150,0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2013 2014 2015
Bens duráveis mais procurados no mêsFortaleza, out/2012 – em %
Fonte: FECOMERCIO/CE IPDC
Com crédito farto e isenções fiscais, o consumidor buscou suprir suas necessidades de bens de consumo duráveis
Bens duráveis mais procurados no mêsFortaleza, out/2015 – em %
Fonte: FECOMERCIO/CE IPDC
20122011
20132010
2014
Endividado e sentido a pressão da inflação, o consumidor se restringe aos bens de consumo semiduráveis e aos produtos essenciais.
Evolução dos indicadores do endividamentoFortaleza, 2010/2015 – em %
Fonte: FECOMERCIO/CE IPDC
56,5 61,2 62,1 64,6 66,5 72,0
20,0 19,5 17,6 16,7 19,2 20,7 26,1 27,1 27,3 28,2 28,3 32,5
- 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0
2010 2011 2012 2013 2014 out/15
Taxa de Endividamento % Dívidas em atraso Comprometimento da renda
Motivos que levam o consumidor ao atrasoFortaleza, outubro/2015, em %
Fonte: FECOMERCIO/CE IPDC
68,8
24,6
10,9
4,4
Desequilíbrio financeiro
Usou os recursos em outros fins
Está contestando a dívida
Esqueceu de pagarSérie1
Motivos do desequilíbrio financeiroFortaleza, outubro/2015, em %
Fonte: FECOMERCIO/CE IPDC
22,1 20,4
13,9 11,7
7,5 7,0
6,4 11,0
Falta de orçamento domésticoAumentos dos gastos essenciais
Compras por impulsoCompras antecipadas
Gastos imprevistosRedução dos rendimentos
DesempegoOutros motivos
Evolução da taxa de desempregoBrasil e Ceará, 1t12 a 2t15, em % da PEA
Fonte: IBGE/PNAD Contínua
7,2%
8,1% 8,0%
7,5%
8,8%8,4%
7,2%6,8%
7,9%7,5% 7,4%
6,6%
8,0%
8,8%
6,0%6,5%7,0%7,5%8,0%8,5%9,0%
1t12 2t12 3t12 4t12 1t13 2t13 3t13 4t13 1t14 2t14 3t14 4t14 1t15 2t15Brasil Ceará
Evolução da taxa de informalidadeBrasil e Ceará, 1t12 a 2t15, em % da População Ocupada
Fonte: IBGE/PNAD Contínua
26,1% 26,9%
34,2%
30,1%31,6%
30,4%32,4%
30,3%31,4%
24,0%26,0%28,0%30,0%32,0%34,0%36,0%
1t12 2t12 3t12 4t12 1t13 2t13 3t13 4t13 1t14 2t14 3t14 4t14 1t15 2t15Brasil Ceará
A confiança do consumidor tem caído, em decorrência da pressão da inflação e das dívidas sobre a renda e com a percepção de piora da economia: Endividamento permanece alto; Comprometimento da renda com dívidas aumentou; Contas em atraso permanece administrável; Pretensão de compra em queda; O consumidor busca promoções e liquidações; ICC apresentou, em setembro, o pior resultado mensal desde o início da pesquisa em 2009; O consumo se volta para itens de consumo imediato e semiduráveis.
O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Evolução do volume de vendas do varejoBrasil e Ceará, 2000 a 2015, número índice jan/00 = 100
Fonte: IBGE/PMC
050
100150200250300
jul/98 abr/01 jan/04 out/06 jul/09 abr/12 dez/14 set/17Ceará Brasil
Evolução do volume de vendas do varejoCeará, 2004 a 2015, setores selecionados
Fonte: IBGE/PMC
0100200300
jan/04
mai/04 set/
04jan/
05ma
i/05 set/05
jan/06
mai/06 set/
06jan/
07ma
i/07 set/07
jan/08
mai/08 set/
08jan/
09ma
i/09 set/09
jan/10
mai/10 set/
10jan/
11ma
i/11 set/11
jan/12
mai/12 set/
12jan/
13ma
i/13 set/13
jan/14
mai/14 set/
14jan/
15ma
i/15
Hipermercados e supermercados
0500
1000Móveis e eletrodomésticos
0
500Veículos, motocicletas, partes e peças
Variação do volume de vendasCeará, acumulado nos últimos doze meses – ago/15
Fonte: IBGE/PMC-24,4%
-18,6%-11,7%
-8,5%-7,9%-7,7%-7,4%
-6,1%-4,9%
-1,6%1,8%
8,7%
Equipamentos e materiais para escritório,…Veículos, motocicletas, partes e peças
Material de construçãoLivros, jornais, revistas e papelaria
Hipermercados, supermercados, produtos…Móveis e eletrodomésticos
Hipermercados e supermercadosCombustíveis e lubrificantes
Tecidos, vestuário e calçadosComércio Varejista Ampliado
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de…Outros artigos de uso pessoal e doméstico
“ O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um
realista esperançosoAriano Suassuna
A conjuntura econômica local continuará a ser condicionada pelos fatores nacionais, tendo como principais itens de risco: O rebaixamento da rating do Brasil por uma segunda agência internacional; A demissão do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy; A Operação Lava Jato, de alguma forma, atingir o Poder Executivo; Um processo de impedimento da Presidente Dilma; A aceleração do desemprego; Mudanças na conjuntura internacional.
O CENÁRIO DE CURTO PRAZO
A economia de Fortaleza é fortemente centrada no setor terciário: 81,2% do PIB, conforme IBGE, dados de 2012; 80,9% dos empregos formais, conforme MTE/RAIS, dados de 2014.
A agenda para o fortalecimento do setor passa por medidas estruturais de apoio, tais como: Combate à informalidade; Melhoria do ambiente de negócios; Suporte às novas centralidades comerciais, utilizando-as como vetores do crescimento; Marketing e divulgação da cidade.
O CENÁRIO DE CURTO PRAZO