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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA UNICARIOCA BRUNO LOURENÇO FICO TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL Rio de Janeiro 2011

A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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ANÁLISE CIENTÍFICA E APROFUNDADA DA MATÉRIA EFEITO ESTUFA E SUAS RELAÇÕES COM AQUECIMENTO GLOBAL. (NENHUMA)

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Page 1: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA – UNICARIOCA

BRUNO LOURENÇO FICO

TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL

Rio de Janeiro

2011

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BRUNO LOURENÇO FICO

TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário

Carioca, como requisito parcial à obtenção do grau de Tecnólogo em

Gestão Ambiental.

Orientadora: Profa. Lilian Calazans Costa

Rio de Janeiro

2011

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BRUNO LOURENÇO FICO

TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Carioca, como requisito parcial à obtenção do grau de Tecnólogo em

Gestão Ambiental.

Aprovado em 2011

Banca Examinadora

___________________________________________________________________

Profa. Lilian Calazans Costa – Orientadora

Centro Universitário Carioca

___________________________________________________________________

Profa. Sara Camacho – Coordenadora

Centro Universitário Carioca

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Aos familiares, professores, cientistas e amigos que me auxiliaram a vencer esta jornada.

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AGRADECIMENTOS

A Professora Sara Camacho por todo incentivo, ao Professor Bruno pelo carisma,

Professora Lilian Calazans pela orientação, Professor Mineiro e Djalme pelo

diferencial, Professora Isabela pelo conceito. Agradeço ao Pedro Ururahy pela

competência, Rosa Lídice pela ética, Professor Mauro Miranda e Professor Leonardo

pela visão política, Professor Luiz Alfredo pela filosofia, Professor Antonio José pela

dinâmica e a todos os professores que me educaram e ensinaram durante minha vida

docente. Também quero agradecer aos cientistas John Christy e Carl Wunsch por me

atenderem com muita atenção e contribuíram com dados e informações de suma

importância para conclusão deste trabalho, ao Professor Geraldo Lino e Luiz Carlos

Molion que são referência em meteorologia no Brasil e me ajudaram com alguns

artigos. Quero agradecer também aos meus colegas acadêmicos por todos os

momentos de estudo, ação e descontração que vivemos juntos e minha família pelo

incentivo.

Page 6: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

6

Contradições do Aquecimento Global

Resumo

Este trabalho é uma análise científica e aprofundada da matéria Efeito Estufa e

suas relações com o aquecimento global, que vem sendo tratada pela mídia jornalística de

forma sensacionalista, catastrófica e abordada nos centros de ensino de forma unilateral

não explanando as incertezas científicas no que diz respeito ao aumento de emissões de

gases de efeito estufa e suas consequências ao meio ambiente. Para isto foram analisadas,

teorias, experiências e resultados de cientistas contemporâneos, brasileiros e estrangeiros

que contradizem e mostram tamanha distorção do fato de que os gases de efeito estufa

produzidos pelo homem são os agentes causadores do aquecimento global. Também foram

analisados os interesses políticos das reduções de emissões de gases de efeito estufa

(GEE) e o movimento do Metamercado de carbono.

Palavras chave: Aquecimento Global, Efeito Estufa, Créditos de Carbono,

Protocolo de Quioto.

Abstract

This work is a thorough scientific analysis of the matter Greenhouse gases and its

relationship to Global Warming, which has been treated by the news media in a

sensationalist, catastrophic and addressed in education establishments unilaterally, not

explaining the scientific uncertainties regarding to increase emissions of greenhouse gases

and its consequences to the environment. For this were reviewed theories, experiences and

results of contemporary scientists, Brazilians and foreigners who contradict and show such

distortion of the facts that the anthropogenic greenhouses gases are the causative agents of

Global Warming. It was also analyze the political interests of greenhouse gases GHG

emission reductions and the movement of the Carbon Met market.

Keywords: Global Warming, Greenhouse Effect, Carbon Credits, Kyoto Protocol.

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Lista de Siglas e Abreviaturas

CFC Clorofluorcarbonetos

COP Conference On Parts (Conferencia entre as Partes)

CQNUMC Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, sigla traduzida da

UNFCCC

ENOS El Niño Oscilação Sul

EU ETS Europe Union Emission Trade Scheme (esquema de comércio de emissões da união

europeia).

GEE Gases de efeito estufa

GISS Goddard Institute for Space Studies

ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de

Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.

IPCC Intergovernmental Panel On Climate Change

IV Infravermelho

MBRE Mercado Brasileiro de Redução de emissões

MCT Ministério da Ciência e tecnologia

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

NASA National Aeronautics and Space Administration

NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration

ODP Oscilação Decadal do Pacífico

OMM Organização Meteorológica Mundial

ONU Organizações das Nações Unidas

PNMC Política Nacional sobre Mudança do Clima

PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

RCE Redução Certificada de Emissão (créditos de carbono).

ROC Radiação de Ondas Curtas

ROL Radiação de Ondas Longas

TSM Temperatura da Superficie do Mar

UNFCCC United Nations Framework Convention on Climate Change

UV Ultra Violeta

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Sumário

Capítulo 1

Introdução........................................................................................................... 11

Capítulo 2

Metodologia Análise bibliográfica, histórica e científica.

Joseph Fourier................................................................................................... 13

John Tyndall ...................................................................................................... 13

Robert Wood………………………………………………………………………….. 13

Guy Callendar e David Keeling……………………………………………………. 14

James Lovelock ……………………………………………………………………... 14

John Christy …………………………………………………………………………. 14

Roy Spencer ...................................................................................................... 15

Carl Wunsch ………………………………………………………………………..... 15

James Hansen ................................................................................................... 15

Luiz Carlos Molion ............................................................................................. 16

IPCC ..................................................................................................................... 16

Capítulo 3

Resultados

Fourier, o pioneiro no assunto efeito estufa. .................................................. 17

John Tyndall, outro grande contribuidor. ....................................................... 18

Wood, o primeiro contestador da teoria. ......................................................... 18

Precursores da teoria do aquecimento global. ............................................... 18

Gaia a Terra viva. ................................................................................................ 19

Page 9: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

9

Contestadores da teoria do aquecimento global.

Contestações de John Christy e Roy Spencer. ............................................ 19

Contestações de Luiz Molion. ......................................................................... 21

Entendendo o efeito estufa. .............................................................................. 24

Aquecimento Global na Mídia. .......................................................................... 25

Criação do IPCC. .............................................................................................. 25

COPs (Conference On Parts) e o Protocolo de Quioto. ............................... 26

O Mercado de Carbono. .................................................................................. 28

Política Nacional sobre Mudança do Clima. ................................................. 29

Politização do assunto. ................................................................................... 30

Capítulo 4

Discutindo os resultados.

Resultados de Fourier. ................................................................................... 32

Tyndall e sua contribuição. ............................................................................ 32

Robert Wood fez a dúvida virar certeza. ....................................................... 33

A base do aquecimento global. ..................................................................... 33

O estado febril do planeta Terra. .................................................................. 34

As contradições da teoria. ............................................................................. 35

Controladores climáticos. .............................................................................. 37

O Sol. .............................................................................................................. 37

Oceanos. ........................................................................................................ 37

Albedo planetário. ......................................................................................... 38

Efeito estufa. .................................................................................................. 38

A Política do Aquecimento global. ................................................................. 40

Capítulo 5

Considerações finais.

Aspectos científicos. ....................................................................................... 42

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10

Aspectos políticos. .......................................................................................... 44

A farsa do aquecimento global. ...................................................................... 47

Capítulo 6

Referências Bibliográficas................................................................................ 48

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11

1. Introdução

Questões ambientais, tem sido de grande relevância nos últimos tempos, porém

tratada pela grande mídia de forma manipulativa e indutiva, como o derretimento das

geleiras, por exemplo, ou associações de grandes cataclismas, com atividades humanas. As

calotas polares já derreteram algumas vezes no decorrer dos milênios e grandes catástrofes

já ocorreram muito antes das intervenções humanas. O objetivo deste trabalho é divulgar a

análise crítica científica sobre o tema efeito estufa e aquecimento global e disseminar esta

informação para a maior quantidade possível de pessoas sejam leigos ou estudantes,

utilizando quaisquer recursos e meios necessários.

O Aquecimento Global é um dos temas ambientais mais abordados hoje em dia, e

com isso, o Efeito Estufa acaba se tornando o vilão desta história, devido à falta de crítica

científica, pois na verdade ele é um fenômeno natural da Terra. O efeito estufa foi

mencionado pela primeira vez na literatura pelo físico francês Joseph Fourier em 1824, e

depois pelo físico britânico John Tyndall em 1872 que relatou sobre o vapor d’água, CO2 e

seus potenciais de absorção e condução da radiação, porém questionado desde 1909 pelo

físico Robert W. Woods que foi um colaborador da física da radiação, óptica e astrofísica.

No Brasil, o profissional de referência é o professor Luiz Carlos Molion com mais de

quarenta anos de experiência em meteorologia e afirma que possivelmente já estamos

caminhando para uma era glacial.

O professor John Christy, americano, recebeu prêmios da NASA em 1991 e da

sociedade americana de meteorologia em 1996, autor principal do relatório de 2001 do IPCC

(Intergovernment Panel on Climate Change). Christy rejeita a ideia de que GEE produzidos

pelo homem são a causa do aquecimento global. A população recebe e aceita com grande

facilidade, informações muitas vezes equivocadas, da mídia, que tem forte poder de

manipular a formação de opinião, causando distorções conceituais que prejudicam o

crescimento intelectual de todo o país.

Serão analisados dados históricos, científicos e bibliográficos do assunto, para que

se possa entender como James Hansen da NASA afirmou em 1988 (o ano que foi criado o

IPCC) que o aquecimento global era devido ao aumento da concentração de GEEs

Page 12: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

12

liberados pelo homem por queima de combustíveis fósseis, dando início então a histeria

global.

O dióxido de carbono virou uma mercadoria na bolsa de valores, desde 2005

quando o Protocolo de Quioto entrou em vigor, apesar de ter sido aberto para assinaturas

em Março de 1998, após a terceira Conferência entre as Partes (COP 3), em Quioto, Japão.

Desde então, o mercado de carbono passou a movimentar bilhões de dólares alcançando a

margem de US$ 143 Bilhões em valores negociados durante 2009 segundo o relatório do

Banco Mundial "State and Trends of the Carbon Market 2010". O investimento direto em

projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) (projetos para a redução de

emissão de gases de efeito estufa) atingiu US$ 2,7 bilhões no ano de 2009 em meio a toda

crise financeira mundial, alcançando as proporções de um Metamercado. O Protocolo de

Quioto também definiu limite de emissões, que porém, não estão sendo cumpridos.

Será analisada a evolução histórica do assunto, estudos dos cientistas mais

considerados do mundo que apontam de maneira muito coerente, sérias contradições sobre

as causas e consequências do aquecimento global. A Terra já apresentou concentração de

gás carbônico superior a de hoje e nem por isso era mais quente, e já aconteceram diversas

catástrofes ambientais que mataram milhares de pessoas pelo mundo muito antes da época

da industrialização. Em conclusão será observado o motivo da massificação da informação

sendo transmitida de forma unilateral, que pode ser por interesses políticos, e a possível real

causa das alterações climáticas e quais os fatores que controlam o clima.

Page 13: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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2. Metodologia

Análise bibliográfica, histórica e científica.

2.1 Joseph Fourier

Como o assunto efeito estufa é muito pouco explicado nos livros de ciência, será

feita uma revisão bibliográfica desde os primeiros homens a descreverem ou proporem que

a atmosfera terrestre funciona de forma a reter o calor proveniente da inserção periódica de

raios solares.

Jean Baptiste Joseph Fourier (1768 -1830), matemático e físico francês que ao

desenvolver a Teoria Analítica do calor em 1822, acabou deixando contribuições muito

importantes para a matemática, observando funções descontínuas e resolvendo equações

que são ensinadas até hoje aos estudantes. Fourier também é considerado como o primeiro

a relatar sobre o efeito estufa em sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures

Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura

do globo terrestre e os espaços planetários) de 1824.

2.2 John Tyndall

John Tyndall (1820 - 1893), físico irlandês, realizou pesquisas significativas sobre a

radiação térmica e conseguiu produzir uma série de descobertas dos processos

atmosféricos. Tyndall foi um grande contribuidor para a teoria do efeito estufa, pois observou

o potencial de absorção de raios infravermelhos de moléculas de nitrogênio, oxigênio,

dióxido de carbono, ozônio, metano e vapor d’água. Sua obra mais importante neste

assunto, foi publicada em 1872, intitulada “Contributions to Molecular Physics in the domain

of Radiant Heat” (Contribuições para à Física Molecular sobre a Radiação Térmica).

2.3 Robert Wood

O físico e inventor americano Robert Williams Wood (1868 – 1955), foi o primeiro

contestador da teoria do efeito estufa, comprovadamente, com o artigo publicado no volume

17 da Philosophical Magazine em 1909 intitulado “Note on the Theory of the greenhouse”

(Nota sobre a teoria de estufa). Wood apresentou a experiência por ele realizada,

construindo dois tipos de estufa, uma de vidro e a outra de quartzo, que não absorve

radiação infravermelha. Analisando que a temperatura final das duas estufas eram iguais,

Wood concluiu que o papel desempenhado pelo vidro foi a prevenção da fuga do ar quente

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aquecido pelo solo dentro do ambiente e não a reemissão de energia térmica pelas paredes

de vidro.

2.4 Guy Callendar e David Keeling

Em 1938 Guy Stewart Callendar (1898 – 1964), inventor britânico e engenheiro de

máquinas a vapor, escreveu um trabalho, relacionando o aumento de temperatura de 1925 a

1937 à emissão de CO2 das usinas termelétricas devido ao seu aumento de geração de

energia. O trabalho foi intitulado “The artificial production of Carbon Dioxide and its influence

on climate” (A produção artificial de Dióxido de Carbono e suas influencias no clima).

Charles David Keeling (1928 – 2005), cientista americano, também foi um dos

pioneiros a associar as emissões antrópicas de CO2 ao aceleramento do efeito estufa e

possível aquecimento global. Realizou coletas de amostra de dióxido de carbono desde

1958 até 2005 e alertou o mundo para a possibilidade da contribuição antrópica para o efeito

estufa.

2.5 James Lovelock

James Ephrain Lovelock, é um dos cientistas britânicos mais considerados e muito

respeitado no estudo de mudanças climáticas. Foi o inventor do detector de captura de

elétrons, que no final dos anos 1960, detectou a presença de CFCs na atmosfera e ficou

conhecido pela formulação da Teoria de Gaia em 1974. A Teoria de Gaia postula que a

biosfera age de forma inconsciente com um efeito do meio ambiente para uma sustentação

das formas de vida existentes. Então, Lovelock chama o Planeta Terra, metaforicamente, de

Gaia, comparando o planeta com um organismo vivo que ajusta seu ambiente interno para

manter uma condição saudável, controlados por mecanismos de regulação inter-

relacionados.

2.6 John Christy

O professor John Christy, é um dos meteorologistas mais competentes do mundo,

que dedica sua vida para a medição da temperatura da atmosfera da Terra e

desenvolvimento de pesquisas. Em 1991 ele recebeu medalha de honra ao mérito da NASA

por seus feitos científicos e em 1996, ganhou um prêmio da Sociedade Meteorológica

Americana pelos avanços obtidos na capacidade de monitorar o clima. Foi um dos autores

principais do relatório de 2001 e contribuidor em 1994, 1995 e 2007 do relatório anual do

IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

Page 15: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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2.7 Roy Spencer

O professor Roy W. Spencer, climatologista que realizou em parceria com John

Christy, as leituras de satélites sobre a temperatura global, onde publicaram pela

Universidade de Alabama em Huntsville, o Relatório de Temperatura Global (Global

Temperature Report 1978-2003). Spencer é um dos céticos do aquecimento global por

causas antropogênicas, por isso, muito criticado pela sociedade climatologista.

2.8 Carl Wunsch

O professor e oceanógrafo Carl Wunsch, é PhD em Geofísica formado no Instituto

de Tecnologia de Massachussetts (MIT) desde 1966, onde leciona oceanografia física desde

1967. Wunsch realiza trabalhos de interpretações climáticas através dos oceanos a partir de

1971. No seu artigo para a revista Nature em 2000, afirma que o oceano é um regulador

essencial do clima pela sua capacidade de transportar calor, água e nutrientes. Wunsch

escreveu diversas pesquisas sobre correntes marítimas e suas relações com alterações

climáticas, uma média de cinco pesquisas por ano desde 2001.

Professor Wunsch, entrou na polêmica do aquecimento global de forma

constrangedora, pois prestou entrevista para um documentário e alegou que sua discussão

foi distorcida pelo contexto. Carl acredita que o aquecimento global se deve a influencias

humanas e o documentário “The Great Global Warming Swindle” (A Grande Farsa do

Aquecimento Global) gravado pelo Channel Four de Londres, apresentou uma edição sem

mostrar sua opinião, o que fez com que ele publicasse um artigo imediatamente após a

transmissão do programa. Wunsch defendeu fundamentalmente que acredita em ações

antropogênicas como provável causa do aquecimento global, e que alterações recentes em

atividades solares, não tem nenhuma relação com mudanças climáticas.

2.9 James Hansen

O senhor James E. Hansen diretor do GISS (Goddard Institute for Space Studies),

Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA (National Aeronautics and Space

Administration), é Astrônomo, PhD em Física, publicou vários trabalhos sobre a atmosfera

do planeta Vênus, no final dos anos 60 e início dos anos 70. Em 1981, Hansen publicou sua

primeira análise da temperatura pelo GISS e escreveu um artigo para a revista Science com

o título “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon DIoxide” (Impacto climático do

crescimento de dióxido de carbono atmosférico). Neste artigo, Hansen faz um relato de sua

análise meteorológica de superfície, enfocando os anos 1880 e 1980 mostrando as

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16

concentrações médias de CO2 atmosférico em 1880, de 280 a 300 ppm e em 1980 foi de

335 a 340 ppm. Analisando o aumento de 0,2°C na temperatura global entre meados da

década de 60 até a década de 80, o que gerou um aquecimento global de 0,4°C no século

passado, Hansen chegou a conclusão de que o dióxido de carbono emitido principalmente

por combustíveis fósseis, é a principal causa deste aquecimento.

2.10 Luiz Carlos Molion

O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Luiz Carlos Baldicero

Molion, meteorologista brasileiro, representa os países da América do Sul na Comissão de

Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Com quarenta anos de

experiência em meteorologia, Molion apresenta outros controladores do clima global

(radiação solar, erupções vulcânicas, albedo planetário, oceano etc.). Através de uma

comparação minuciosa dos gráficos de anomalias da temperatura média global e dos

Estados Unidos (Figura 1), percebeu que a década de 30 nos Estados Unidos fora mais

quente do que a década de 90.

Figura1: Desvios de temperatura média global (esq.) e dos Estados Unidos (dir.) de 1880 a

2000. (GISS / NASA, 2007)

2.11 IPCC

Intergovernmental Panel on Climate Change, (Painel Intergovernamental sobre

Mudanças Climáticas), órgão criado pela Organização das Nações Unidas ONU em 1988,

composto por mais de 2.000 cientistas, com o objetivo de estabelecer diretrizes e soluções

para o aquecimento global causado por interferências antrópicas. O IPCC em sua terceira

Conferência entre as Partes (COP3), criou o Protocolo de Quioto, documento que dita

regras para redução de emissões de GEE.

Page 17: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

17

3. Resultados

3.1 Fourier, o pioneiro no assunto efeito estufa.

Não há relatos históricos documentais que apontem algum outro pioneiro em

descrever como a atmosfera da Terra é aquecida pela ROC em contato com corpos

terrestres. Na sua dedicação em estudar as fontes de calor da Terra, descobriu que a

atmosfera exerce um efeito de manutenção de calor. O físico francês Fourier descreve em

ordem cronológica, as etapas do efeito estufa em sua obra "Remarques Générales Sur Les

Températures Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a

temperatura do globo terrestre e os espaços planetários) de 1824.

Nesta obra, Joseph Fourier relata sobre as três fontes de calor da Terra que são os

raios solares, as radiações das inúmeras estrelas ao redor do sistema solar e o calor

primitivo (época de formação dos planetas) do interior da Terra. Analisando isoladamente a

segunda opção, Fourier concluiu que a temperatura da terra seria menor do que a dos pólos

se não existissem as outras duas fontes. A respeito do calor primitivo da terra, que é o calor

proveniente desde a época da formação dos planetas, Fourier fala bastante sobre uma

teoria que a temperatura da superficial aumenta cerca de um grau celsius para cada 32

metros no sentido vertical em direção para baixo, supondo uma temperatura muito elevada

no interior. Porém este tipo de calor não tem influência dos raios solares.

Nos estudos dos raios de calor proveniente do Sol, Jean Fourier descreveu pela

primeira vez na história o efeito estufa. Em sua obra, Fourier relata que:

o calor do sol, vindo em forma de luz, possui a propriedade de penetrar sólidos ou líquidos transparentes, e perde esta propriedade totalmente, quando pelo contato com os corpos terrestres, e é transformada em calor irradiando sem luz. Esta distinção de calor luminoso e não-luminoso, explica a elevação da temperatura causada por corpos transparentes. A massa de água que cobre uma grande parte do globo, e que o gelo das regiões polares, se opõe a um menor obstáculo para a admissão de calor luminoso, do que o calor sem luz, que retorna em uma direção contrária a espaço aberto (Fourier, 1824 p. 140-141) Tradução Bruno Fico.

Fourier descreve perfeitamente a etapa que a radiação ultra violeta (UV) de ondas

curtas, definida como calor luminoso, penetra pela atmosfera até entrar em contato com

corpos terrestres e retornar em forma de calor sem luz, ou infra vermelho (IV). Logo em

seguida relata sobre um efeito produzido pela pressão atmosférica que por falta de

observações não é definido. Apesar de não definir completamente, fica bem claro a qual

efeito Fourier estava se referindo. No objetivo de aperfeiçoar este estudo foi feito o

experimento de aferir a temperatura no interior de vasos de vidros transparentes chegando

Page 18: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

18

ao resultado que a cada camada para dentro do vaso a temperatura aumenta. Este estudo

foi usado para comparar os efeitos solares dentro de uma estufa aos efeitos solares na

atmosfera sendo inegavelmente o pioneiro no estudo.

3.2 John Tyndall, outro grande contribuidor.

Outro contribuidor fundamental para a evolução da teoria do efeito estufa foi o

Irlandês John Tyndall (1820 - 1893). Tyndall foi um físico muito considerado no século XIX,

pelas suas pesquisas sobre diamagnetismo e por seus dezessete livros publicados,

inclusive descobriu o fenômeno do regelo em 1871. Realizou trabalhos nas geleiras dos

Alpes Weisshorn (1861), e Matterhorn (1868). Também fez muitas descobertas sobre os

processos atmosféricos estudando a radiação térmica e escreveu sua obra mais

considerada neste assunto, que foi publicada em 1872, Contributions to Molecular Physics in

the domain of Radiant Heat (Contribuições para a Física Molecular sobre a Radiação

Térmica). Nesta obra Tyndall explica o poder de absorção de raios infravermelhos dos

gases nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, ozônio, metano e vapor d’água, sendo este o

mais forte absorvedor de calor radiante na atmosfera.

3.3 Wood, o primeiro contestador da teoria.

O questionamento da teoria surgiu no começo do século XX, quando o físico e

inventor americano Robert Williams Wood, publicou um breve artigo na Philosophical

Magazine volume 17, em 1909 chamado “Note on the Theory of the greenhouse” ( Nota

sobre a teoria de estufa). Wood construiu dois tipos de estufa, uma de vidro e outra de

quartzo, e obteve o resultado igual de temperatura das duas. Como o quartzo não absorve

radiação IV, fica claro que a estufa se mantinha aquecida por causa do ar aquecido e menos

denso, impedido de dar lugar ao ar mais frio (convecção) devido ao confinamento na estufa.

Robert Williams Wood representa então o marco de referência dos contestadores da teoria

do efeito estufa.

3.4 Precursores da teoria do aquecimento global.

O inventor e engenheiro inglês, Guy Stewart Callendar, foi um dos pioneiros para a

formulação da teoria do aquecimento global. Publicou 35 artigos científicos entre 1938 e

1964, sobre radiação infravermelha, dióxido de carbono antropogênico e deixou como

contribuição principal, a relação do aumento da concentração do CO2 atmosférico com a

temperatura global. Em 1938, Guy escreveu a obra “The artificial production of Carbon

Dioxide and its influence on climate” (A produção artificial de Dióxido de Carbono e suas

Page 19: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

19

influencias no clima), que associou o aumento da temperatura global entre 1925 e 1937 à

emissão de CO2 antropogênico, proveniente das termelétricas.

O cientista americano Charles David Keeling também foi um dos primeiros em

alertar ao mundo para a possibilidade da contribuição antropogênica para o acentuamento

do efeito estufa e aquecimento global. Keeling realizou coletas de amostra de dióxido de

carbono desde 1958 até 2005 e concluiu que a concentração atmosférica de dióxido de

carbono aumentou de 315 ppm em 1958 para 380 ppm em 2005. Esta subida constante nos

níveis de CO2 atmosférico, ficou conhecida como “Keeling curve” (curva de Keeling).

3.5 Gaia a Terra viva.

A teoria de Gaia proposta por James Lovelock, surgiu a partir de estudos realizados

para a NASA, com o objetivo principal de detectar vida em outros planetas do sistema Solar.

Com a análise da composição química da atmosfera de Vênus e Marte, que mantém um

equilíbrio estável, Lovelock concluiu que um planeta que apresenta vida, indica em sua

atmosfera um constante desequilíbrio químico, assim como a Terra. A teoria tem como

objetivo a afirmação da existência de um sistema complexo interrelacionando os seres vivos

e as reações físico-químicas do meio ambiente, que resultaria em uma auto-regulação do

sistema planetário para que seja propícia a vida.

Lovelock, faz uma analogia as era glaciais, como se fosse um fenômeno provocado

pela Terra para se manter conservada, e o período interglacial atual, como um estado febril

do planeta, que é irreversível devido as ações humanas de degradação e pode durar por

mais cem mil anos.

3.6 Contestadores da teoria do aquecimento global.

3.6.1 Contestações de John Christy e Roy Spencer.

A teoria do aquecimento global foi construída pela hipótese do aumento de

emissões de GEE devido as atividades humanas principalmente por meio da queima de

combustíveis fósseis, estar aumentando a temperatura global. Esta hipótese nunca foi

comprovada, segundo alguns cientistas do próprio IPCC, que inclusive, desmentem usando

evidências concretas.

Um destes contestadores é o professor John Christy (diretor do Earth System

Science Center da Universidade de Alabama). Chisty prova por meio de balões

meteorológicos e medições de satélites, que a temperatura da atmosfera superior encontra-

Page 20: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

20

se sempre menor do que na superfície, quando por ação do efeito estufa, deveria aquecer-

se rapidamente quando a superfície se aquece. Outra argumentação de Christy é a má

interpretação das leituras de temperatura da superfície através de estações meteorológicas.

Certamente estas estações mostram uma tendência de aquecimento, devido as suas

localizações, pois com a urbanização do local da estação, o efeito de ilhas de calor podem

ser, facilmente mal interpretado como aquecimento global.

Christy realizou pesquisas e escreveu, junto com Roy Spencer da NASA, um

relatório mensal da temperatura global de 1978 até 2003 e concluiu que a temperatura

sofreu um aumento, porém, analisou inúmeros aspectos causadores do aquecimento e

descartou a possibilidade que GEE emitidos pelo homem através de queima de

combustíveis fósseis fossem a causa para este aquecimento.

Existem duas maneiras de medir a temperatura na atmosfera que são por meio de

balões meteorológicos ou através de satélites. Para obter precisão em suas pesquisas,

Christy focalizou o satélite na direção em que o balão meteorológico foi liberado, para

observar a mesma coluna de ar e achou convergência nos dados.

Por meio deste estudo, o professor Christy observou que em grande parte do

planeta, a maior parte da atmosfera, não está tão aquecida quanto na superfície da mesma

região. O aumento da temperatura atmosférica é muito mais leve que a temperatura

registrada na superfície. Achou então um desacordo, pois a teoria diz que se a superfície se

aquece, a troposfera superior deve aquecer-se rapidamente. Christy escreveu na página 6

do seu Relatório de Temperatura Global (1978-2003):

Uma das mais quentes controvérsias na ciência climática é o aparente desacordo entre os dados de temperatura coletados por termômetros na superfície e a do conjunto de dados por satélite. Redes de termômetro de superfície “Global”, mostram um tendência de aquecimento cerca de 1,7 graus Celsius por século – cerca de 3º Fahrenheit. Os dados de satélite mostram uma tendência de aquecimento que é menos da metade, apenas 0,76º C ou cerca de 1,38º F por século.

(Christy 2003) Tradução Bruno Fico.

Outra argumentação muito coerente do senhor John, é que as leituras de

temperatura na superfície, em que foi construída a teoria do aquecimento global são

distorcidas pela urbanização. Em entrevista à revista Fortune em 2009, ele diz que devido

ao calor solar captado por tijolos e asfalto, e devido a mudanças nos padrões do vento

causado por grandes edifícios, uma estação meteorológica colocada em uma vila rural em

1900 mostrará inevitavelmente valores mais elevados de temperatura se esta vila ao longo

do tempo, foi transformada em cidade pequena ou em zona comercial suburbana. Christy

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21

exibiu um gráfico mostrando tendências de temperatura centrais da Califórnia nos distritos

desenvolvidos e na Serra praticamente inexplorada de San Joaquin Valley:

As temperaturas diurnas de ambas as regiões apresentaram praticamente nenhuma mudança ao longo dos últimos 100 anos, enquanto as temperaturas noturnas indicam que o Vale desenvolvido aqueceu significativamente enquanto a Serra rural não. (Christy, 2009). Tradução Bruno Fico.

Em um artigo publicado no “The Wall Street Jornal” em 2007, Christy se indigna

com o sensacionalismo dado ao encolhimento do gelo marítimo. “A CNN não mostra que o

gelo marítimo do inverno na Antártida no mês passado bateu um recorde máximo desde que

as medições começaram” (Christy, maio - 2007). Também critica a confiança exagerada da

projeção de padrões climáticos para os próximos 100 anos, considerando como é difícil

prever com precisão o clima nos próximos cinco dias. Críticos de Christy acusam que seus

trabalhos e pesquisas são financiados pela indústria do petróleo, mas ele provou em Justiça

Federal que sua pesquisa é financiada pelo NOAA (National Oceanic & Atmospheric

Administration).

Professor Roy Já publicou mais de cem artigos científicos, alguns livros sobre

mudanças climáticas e um dos mais recentes livros de 2008 (Climate Confusion) “Confusão

Climática”. Este livro é um Best Seller, considerado pela sociedade literária, a melhor

abordagem dada ao aquecimento global. Dentre todos os assuntos, ele fala da tendência

humana de crer, que se acontece qualquer tipo de tormenta (seca, terremotos, maremotos)

em qualquer lugar, o mundo inteiro vai ser afetado por esta tormenta. Isto se deve a

qualquer evento climático local, ser dado uma importância global.

3.6.2 Contestações de Luiz Molion.

No Brasil o cientista de referência é o professor Luiz Carlos Molion, que apresenta

outros controladores climáticos muito mais prováveis do que o CO2. Nas suas observações,

Molion analisou a influência de El Niños e La Niñas sobre a temperatura global. Aponta

indícios da quantidade de erupções vulcânicas entre 1815 e 1912, terem contribuído para

manter temperaturas globais baixas devido a grandes quantidades de aerossóis lançados na

atmosfera.

Através dos testemunhos de gelo coletados em Vostok, na Antártida, por

perfuração da capa de gelo que chegou a cerca de 3.600 m. de profundidade, foram feitos

os gráficos da concentração de CO2 e dos desvios de temperatura dos últimos 420 mil anos.

O professor Molion em um artigo publicado na revista brasileira de climatologia explica que

Page 22: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

22

pela análise dos gráficos, não se pode concluir que o aumento da concentração de CO2 é a

causa do aumento de temperatura (Figura 2). Molion nota que:

A curva superior é a concentração de CO2, que variou entre 180 e 300 ppmv (escala à esquerda), e a inferior é a dos desvios de temperatura do ar, entre 8 e +6º C (escala à direita). Uma análise cuidadosa dessa Figura mostra, claramente, que a curva de temperatura apresentou 4 picos, superiores à linha de zero (tracejada), que representam os interglaciais passados – períodos mais quentes, com duração de 10 mil a 12 mil anos que separam as eras glaciais que, por sua vez, duram cerca de 100 mil anos cada uma – a cerca de 130 mil, 240 mil, 320 mil e 410 mil anos antes do presente. Portanto, as temperaturas dos interglaciais passados parecem ter sido superiores às do presente interglacial, enquanto as concentrações de CO2 correspondentes foram inferiores a 300 ppmv. (Molion 2008).

Analisando os resultados dos cilindros de gelo de Vostok, observa-se claramente

picos de temperatura que antecedem as eras glaciais, por isso são chamados de períodos

interglaciais. O fato é que períodos interglaciais no passado, não podem ser atribuídos à

atividade humana, que não tinha o mínimo potencial de intervenção do clima (Figura 2).

Figura 2: Desvios de temperatura e variação da concentração de carbono dos últimos

400.000 anos. (Petit et al, 1999).

Tratando ainda dos testemunhos de gelo, Molion cita que segundo o glaciologista

polonês Zbigniew Jaworowski, os resultados produzidos pelos cilindros de gelo tendem a

reproduzir concentrações de 30% a 50% inferior das reais. A hipótese de que a composição

química original do ar aprisionado no gelo permanece inalterada, é falsa, pois o

aprisionamento da bolha de ar no gelo é um processo demorado. A neve deve ter

Page 23: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

23

acumulado no mínimo 80 metros de altura, para sofrer a pressão necessária que aprisiona a

bolha de ar no gelo definitivamente. Molion conclui:

Dessa análise, conclui-se que, ou existiram outras causas físicas, que não a

intensificação do efeito-estufa pelo CO2, que tenha sido responsáveis pelo aumento de temperatura verificado nesses interglaciais passados, ou as concentrações de CO2 das bolhas no gelo tendem, sistematicamente, a serem subestimadas e, de fato, não representam a realidade da época em que foram aprisionadas. Molion (2008).

Molion em um artigo para Climanálise em 2005, mostra uma frequência maior de El

Niños entre 1977-1998, o que pode ter contribuído para o aquecimento atual, pois El Niños

aquecem a baixa troposfera. “O evento El Niño de 1997/98, considerado o evento mais

intenso do século passado, produziu anomalia de temperatura do ar global de cerca de

0,8°C (acima de 1,0°C no Hemisfério Norte)” Molion (2005). Fenômeno inverso também

percebido quando na ocorrência do La Niña de 1984/85, que houve um resfriamento de -

0,5ºC. Essas variabilidades oceânicas são de curto prazo e conhecida como ENOS (El Niño-

Oscilação Sul). Mas também existem variabilidades nas circulações oceânicas de longo

prazo, com suas influencias sobre o clima, da ordem de décadas, chamada de ODP

(Oscilação Decadal do Pacífico). Analisando as fases da ODP e a TSM (Temperatura de

Superfície do Mar), Molion reparou a relação do resfriamento global entre 1947-1976. “O

resfriamento do clima global durante o período de 1947-1976 (Figura 1), não explicado pelo

IPCC, coincide com a fase fria da ODP, fase em que o Pacífico Tropical apresentou

anomalias negativas de TSM”. Molion (2005).

Outro controlador climático indireto, são as erupções vulcânicas, que lançam

imensas quantidades de aerossóis na estratosfera e consequentemente aumentam o albedo

planetário. O albedo planetário representa toda radiação de ondas curtas refletida de volta

para o espaço, portanto, quanto maior o albedo, menor será o fluxo de ROC a entrar na

atmosfera. Com menor fluxo de ROC entrante, a tendência é que haja um resfriamento.

Logo as erupções vulcânicas podem causar um resfriamento significativo por décadas.

“Como entre 1815 e 1912, de maneira geral, a freqüência de erupções vulcânicas foi

grande, a concentração de aerossóis e o albedo planetário estiveram altos, e isso pode ter

contribuído para manter as temperaturas globais baixas”. Molion (2005).

no período 1915 a 1956 ... a atividade vulcânica foi a menor dos últimos 400

anos e o albedo planetário reduziu-se (aumentou a transparência atmosférica), permitindo maior entrada de ROC no sistema durante 40 anos consecutivos e aumentando o armazenamento de calor nos oceanos e as temperaturas superficiais dos oceanos e do ar. É muito provável, portanto, que o aquecimento observado entre 1925 e 1946, que corresponde à cerca de 60% do aquecimento verificado nos últimos 150 anos, tenha resultado do aumento da atividade solar, que atingiu seu máximo em 1957/58, e da redução da atividade vulcânica, ou seja, reduções de albedo planetário e aumento da

Page 24: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

24

transparência atmosférica, e não do efeito-estufa intensificado pelas atividades humanas que, na época, eram responsáveis por menos de 10% das emissões atuais de carbono! (Molion, 2005).

Outra contestação do Senhor Luiz Carlos, é a própria teoria do efeito estufa, que foi

colocada em questionamento, desde 1909 pelo cientista Robert Wood, quando provou por

experiência, que uma estufa é aquecida pelo confinamento do ar dentro dela e não pela

reflexão de IV pelos vidros. Molion explica que:

Uma molécula de GEE, ao rodar ou vibrar, devido à absorção da radiação IV seletiva, dissipa a energia absorvida na forma de calor ao interagir com outras moléculas vizinhas (choque, atrito), aumentando a temperatura das moléculas de ar adjacentes e não “re-irradia” IV. Ou seja, a radiação IV absorvida pelos GEE é transformada em energia mecânica e, por atrito, em calor! (Molion, 2010).

3.7 Entendendo o efeito estufa.

A fonte de energia primária do planeta Terra é o Sol, que emite radiação

eletromagnética nas ondas entre 0,1 µm e 4 µm (micrômetro) de comprimento que são

chamadas de radiação de ondas curtas (ROC) e conhecido como raio ultravioleta (UV). O

albedo planetário constitui o percentual de radiação refletida da Terra de volta para o espaço

que é cerca de 30%, influenciado por fatores tais como variação do tipo e cobertura de

nuvens, concentração de partículas em suspensão no ar, cobertura de gelo, neve, lagos,

oceanos e florestas. Todos esses fatores tem o potencial de aumentar o albedo planetário,

refletindo mais radiação solar que entra na atmosfera. Portanto, o albedo planetário é um

agente controlador do clima global, pois quanto mais radiação atravessa a atmosfera, mais

se aquece a superfície.

A radiação de ondas curtas que passa através da atmosfera, é absorvida pela

superfície terrestre que se aquece, e parte desta radiação captada pela superfície, é emitida

em direção à atmosfera em forma de radiação de ondas longas (ROL), ou infra vermelho

(IV). O comprimento das ondas longas, por sua vez, varia entre 4 µm e 100 µm. O fluxo de

ROL emanado pela superfície é absorvido por gases, com pequenas concentrações

atmosféricas, como o vapor d’água, dióxido de carbono, metano, ozônio, óxido nitroso e

clorofluorcarbonetos. Esses gases são denominados gases de efeito estufa (GEE), pois são

comparados com a função de uma estufa de vegetação, que mantém o ar aquecido dentro

do recinto.

Page 25: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

25

3.8 Aquecimento Global na Mídia.

Nos anos setenta, as matérias de revistas e documentários científicos, mostravam

desastres do tempo como secas no oeste americano e tornados devastadores e apontavam

como causa, o resfriamento global que estava acontecendo na época. Devido a esta fase

fria que a Terra estava passando, as teorias de Guy Callendar e Charles Keeling foram

esquecidas com o tempo. As previsões de especialistas advertiam sobre consequências

catastróficas de um possível resfriamento, como período de secas, devastação de

plantações, e temiam que as cidades do norte fossem cobertas de gelo.

Em meio a este clima frio, um cientista sueco chamado Bertin Bolin, sugeriu que o

CO2 produzido pelo homem, devido ao ritmo acelerado da queima de combustíveis fósseis,

poderia aquecer o mundo no futuro. O colunista da New Scientist e apresentador da BBC de

Londres, Nigel Calder, que é contra a teoria oficial do aquecimento global, foi o responsável

por colocar Bert Bolin na televisão internacional falando sobre os perigos do CO2, e lembra

ter sido severamente criticado por especialistas por apoiar Bert na sua fantasia absurda para

a época.

Com a segunda crise do petróleo em 1973 e a greve dos mineiros ingleses,

Margareth Thatcher preocupou-se em promover a energia nuclear, por segurança

energética. A partir de 1977, o globo começou a aquecer-se novamente, então, o assunto

começou a ser politizado por Margareth Thatcher que disponibilizou recursos financeiros à

Royal Society para pesquisas que comprovassem a relação do CO2 com a temperatura.

Anos depois, a Oficina Meteorológica do Reino Unido estabeleceu então, uma unidade de

modelos climáticos dando base para a origem de um novo comitê internacional, o IPCC

(Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas).

3.9 Criação do IPCC

O IPCC foi criado em 1988 reunindo cientistas de todo o mundo com o objetivo de

pesquisar e encontrar soluções para as mudanças climáticas globais. Em 88 os EUA

estavam liderando as negociações climáticas e o astrônomo James Hansen da NASA, em

depoimento ao Congresso Americano, afirmou que o aquecimento global era devido ao

aumento de CO2 antropogênico, por meio da queima de combustíveis fósseis. Foi um dos

anos mais quentes nos EUA afetando o meio ambiente e principalmente a agricultura.

No início dos anos 90, as pressões de ambientalistas eram fortes e foi mais um

agravante para a implantação de um tratado mundial. Então a Organização Meteorológica

Page 26: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

26

Mundial (OMM) junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

criaram o CQNUMC (Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas)

durante a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento,

conhecida popularmente como ECO-92 ou Rio 92 aqui no Rio de Janeiro.

A CQNUMC foi criada com objetivo principal de estabilizar as concentrações de

gases de efeito estufa na atmosfera para impedir as perigosas interferências antrópicas,

segundo o parágrafo único do artigo 2 do relatório CQNUMC (UNFCCC em inglês) de 1992.

Apesar de ser adotada em 1992, a convenção entrou em vigor em 21 de março de 1994.

Com a finalidade de criar meios de desenvolvimento sustentável a CQNUMC estabeleceu a

COP (Conferência Entre as Partes). A COP é conferência constituída pelas nações que

ratificaram a UNFCCC e organizações internacionais convidadas e tem o papel de fiscalizar

as obrigações das Partes, adotar relatórios regulares, revisar relatórios de órgãos

subsidiários e dar-lhes orientação, definir e adotar regras de procedimento e regras

financeiras para si e para órgãos subsidiários entre outras tarefas. Os países que ratificaram

a UNFCCC são divididos em Países do Anexo I (desenvolvidos) e Países não incluídos no

Anexo I (em desenvolvimento).

3.10 COPs (Conference On Parts) e o Protocolo de Quioto.

A partir de 1995 começaram a serem realizadas reuniões anuais com finalidade de

organizar e definir modalidades, regras, diretrizes e atividades a serem implantadas pelos

países signatários para reduções de emissões de GEE. A primeira COP foi na cidade de

Berlim na Alemanha (1995), a segunda foi em Genebra (1996), Suíça, e a terceira em

Quioto no Japão (1997).

Na terceira Conferencia Entre as Partes, foi elaborado o Protocolo de Quioto, que

surgiu com a proposta de estabelecer limites de emissões de GEE para a mitigação das

mudanças climáticas.

ARTIGO 3 1. As Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A não excedam suas quantidades atribuídas, calculadas em conformidade com seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões descritos no Anexo B e de acordo com as disposições deste Artigo, com vistas a reduzir suas emissões totais desses gases em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 a 2012. (Protocolo de Quioto, 1997). Tradução MCT(Ministério da Ciência e Tecnologia).

Outra proposta do Protocolo de Quioto foi de oferecer mecanismos de flexibilização

para ajudar os países do Anexo I a alcançarem seus compromissos de redução de emissão

Page 27: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

27

de GEE conforme os limites propostos no Artigo 3 do Protocolo. São três os mecanismos de

flexibilização:

Implementação Conjunta. Conforme o Artigo 4 do Protocolo, qualquer Parte do

Anexo I pode firmar acordo para cumprir seus compromissos do Artigo 3 em conjunto com

outras Partes. Neste caso:

ARTIGO 4 1. Qualquer Parte incluída no Anexo I que tenha acordado em cumprir conjuntamente seus compromissos assumidos sob o Artigo 3 será considerada como tendo cumprido esses compromissos se o total combinado de suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A não exceder suas quantidades atribuídas, calculadas de acordo com seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, descritos no Anexo B, e em conformidade com as disposições do Artigo 3. O respectivo nível de emissão determinado para cada uma das Partes do acordo deve ser nele especificado. (Protocolo de Quioto). Tradução MCT.

Comércio de Emissões. Conforme o Artigo 6 e 17 do Protocolo, qualquer Parte

incluída no Anexo I pode transferir para ou adquirir de qualquer outra Parte, unidades de

redução de emissões resultantes de projetos visando a redução de fontes de emissões

antrópicas ou o aumento das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa

em qualquer setor da economia.

MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) (Clean Development Mechanism).

Definido no Artigo 12 do Protocolo com o objetivo de assistir as Partes não incluídas no

Anexo I para que atinjam o desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final

da Convenção, e assistir as Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus

compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 3.

Este mecanismo permite que as Partes não incluídas no Anexo I realizem projetos de

redução de emissão de fontes de GEE antrópicas, e comercializem suas RCE (reduções

certificadas de emissão) para qualquer Parte do Anexo I.

Apesar de ter sido redigido em 1997 e aberto para assinaturas em 1998, o

Protocolo de Quioto só entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005 depois de a Rússia o

ratificar. Até a então o protocolo estava em desconformidade com o primeiro parágrafo do

Artigo 25.

Este Protocolo entra em vigor no nonagésimo dia após a data em que pelo menos 55 Partes da Convenção, englobando as Partes incluídas no Anexo I que contabilizaram no total pelo menos 55 por cento das emissões totais de dióxido de carbono em 1990 das Partes incluídas no Anexo I, tenham depositado seus instrumentos de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão. (Protocolo de Quioto). Tradução MCT.

Page 28: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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3.11 O Mercado de Carbono

Desde 2005 quando o Protocolo de Quioto entrou em vigor, os mecanismos de

flexibilização previstos no próprio Protocolo criaram um novo mercado financeiro de valores

denominado Mercado de Carbono. Através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, para

cada tonelada de CO2 que deixa de ser emitido à atmosfera por redução de fontes de

emissões antrópicas, ou remoções de CO2 por sumidouros pode ser obtido um crédito de

carbono. Este crédito de carbono denominado de CER (Certified Emission Reduction), ou

RCE (Redução Certificada de Emissão) assim como todas as ações e commodities, sofre

variações de valores, porém, não são muito comercializadas pelas Bolsas de Valores.

Estas variações são estudadas e divulgadas pelo World Bank através do relatório

intitulado “State and Trends of the Carbon Market” (Estado e Tendências do Mercado de

Carbono). Os fatores que contribuem como variantes, são muitos, de acordo com o país que

está sendo comercializado, o tipo de atividade MDL que foi feita para obtenção dos CER, e

a forma de negociação, já que os CER são negociados voluntariamente no mercado. Por

exemplo em 2005, no começo das negociações, a RCE foi negociada entre U$ 3,00 e U$

7,15/tCO2 gerando uma média ponderada de U$ 5.63/tCO2 no período de Janeiro de 2004 a

Abril de 2005. Segundo o relatório de 2008, transações feitas no Brasil comercializaram a

RCE por € 16,40/tCO2.

No último relatório (Junho de 2011), o World Bank divulgou uma visão geral do

Mercado de Carbono, um movimento na casa dos Bilhões de dólares.

Carbon Market Evolution, values ($ billion), 2004-10

EU ETS Other Primary Secondary Other Total

Allowances Allowances CDM CDM Offsets

2005 7.9 0.1 2.6 0.2 0.3 11.0

2006 24.4 0.3 5.8 0.4 0.3 31.2

2007 49.1 0.3 7.4 5.5 0.8 63.0

2008 100.5 1.0 6.5 26.3 0.8 135.1

2009 118.5 4.3 2.7 17.5 0.7 143.7

2010 119.8 1.1 1.5 18.3 1.2 141.9

Tabela1: Visão financeira do mercado de carbono (em Bilhões de dólares). Fonte: State and

trends of the carbon market 2011, World Bank.

No mesmo relatório de 2011, o World Bank relata que em meados de 2010, o

Conselho Executivo de MDL suspendeu temporariamente a emissão de RCE para projetos

Page 29: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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de mitigação de hidrofluorcarbonos da qualidade HFC-23. Aproximadamente no período

referido, em 31 de Agosto de 2010 o jornal O Estado de S. Paulo, publicou uma matéria

sobre uma fraude de 40 Bilhões de Euros que abalou o mercado de carbono. “empresas

chinesas e, estima-se indianas, teriam produzido deliberadamente HFC-23 para, então,

destruí-lo obtendo créditos de carbono, vendidos no mercado a empresas interessadas em

compensar seu grau de poluição” (O Estado de S. Paulo 2010).

O Mercado de Carbono surgiu com a justificativa de reduzir as emissões antrópicas

de GEE através do estímulo financeiro às empresas. Projetos MDL e o comércio de

emissões auxiliam países desenvolvidos, Partes do Anexo I, a cumprirem seus

compromissos de redução de emissões. O Protocolo de Quioto dispõe esta flexibilização

para as Partes que não estiverem alcançando suas metas de redução, possam comprar

créditos de carbono, a fim de cumprir os seus compromissos.

3.12 Política Nacional sobre Mudança do Clima.

No Brasil, com a promulgação da lei 12.187 de 2009, que instituiu a Política

Nacional sobre Mudança do Clima, prevê a criação de um Mercado Brasileiro de Redução

de Emissões (MBRE) junto com a bolsa de mercadorias e futuros, bolsa de valores e

autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, onde se dará negociações de títulos de

RCE. O MBRE foi regulamentado em meados deste ano, pela BM&F, BOVESPA / BVRJ em

convênio com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com o

objetivo de estimular o desenvolvimento de projetos MDL e viabilizar negociações do

mercado ambiental.

A Lei 12.187/09 incentivou em seu artigo 9º, a criação do Mercado Brasileiro de

Redução de Emissões com o objetivo de realizar transações junto a bolsa de valores com os

créditos de carbono obtidos através de projetos de MDL brasileiros:

Art. 9o O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões - MBRE será

operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de balcão organizado, autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, onde se dará a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito estufa evitadas certificadas.

Esta lei surgiu com o objetivo de promover a sustentabilidade visando a redução de

emissões antrópicas de gases de efeito estufa e a mitigação de impactos causados pela

mudança climática. Outro objetivo importante desta lei é a preservação de biomas e

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ecossistemas brasileiros. Para alcançar os objetivos de redução de emissões, a PNMC

estabelece uma meta de mitigar as emissões de gases de efeito estufa, entre 36% e 39% as

emissões projetadas até 2020.

No artigo 12, estabelece um compromisso nacional voluntário de redução de

emissões de GEE:

Art. 12. Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% (trinta e seis inteiros e um décimo por cento) e 38,9% (trinta e oito inteiros e nove décimos por cento) suas emissões projetadas até 2020.

Esta lei está em vigor desde 29 de Dezembro de 2009.

3.13 Politização do assunto.

O aquecimento global foi visto desde que entrou em pauta na mídia, como um

efeito adverso, maléfico, causado pelas ações humanas e que ameaça a existência da

própria espécie, sendo a única que pode fazer alguma coisa para reverter este fenômeno.

Com esta preocupação foram criados órgãos governamentais específicos para tratar das

mudanças climáticas como o IPCC e comitês como a CQNUMC e as COPs.

Em meio a tantas reuniões com a finalidade de solucionar problemas causados

pelas mudanças climáticas, foi criado o Protocolo de Quioto, visando limitar as emissões

antrópicas de GEE. Estes limites são diferenciados entre as Partes do Anexo I que

assinaram e ratificaram o Protocolo. Surgiu com a proposta concreta para estabilização de

emissões de GEE, porém, criou mecanismos de flexibilização, que permitem o comércio de

emissões entre as Partes, criando artifícios e recursos para a implantação de um novo

mercado, o Mercado de Carbono.

Com a validação do Protocolo de Quioto em 2005, o Mercado de carbono começa,

com características de um metamercado movimentando nada menos do que 11 bilhões de

dólares em seu primeiro ano, conforme Tabela 1. Já em 2008, o Mercado de carbono

alcançou a movimentação de U$ 135 Bilhões de dólares, e atingiu seu recorde em 2009

com o movimento de U$ 143 Bilhões, segundo dados do banco mundial no relatório “State

and trends of the carbon Market” deste ano (Tabela 1).

O tema aquecimento global entrou na mídia logo após de ganhar espaço na

política. E aonde há política, há corrupção. Os escândalos no mercado de carbono

começaram no final de 2009, quando foram descobertas, atividades fraudulentas de alguns

Page 31: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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negociadores do esquema de comércio de emissões da União Europeia (EU ETS) gerando

prejuízos da ordem de € 5 Bilhões, segundo declaração da Europol (Polícia Europeia). A

ação era similar a fraude carrossel, quando o fraudador importa bens livres de taxa de valor

agregado (VAT) (versão europeia do ICMS) e vende, cobrando esta taxa que não é

repassada ao governo.

Em 2010 as fraudes chegaram no oriente. “Dezenove indústrias chinesas

dedicadas à destruição de HFC-23, um gás de alto efeito estufa, estão sob investigação da

Organização das Nações Unidas (ONU) por suspeita de terem fraudado o mercado de

carbono” (O Estado de São Paulo, 31/08/2010). A fraude acarretou um prejuízo na faixa de

€ 40 Bilhões (Euros) no mercado. Pelo menos seis empresas tiveram seus créditos de

carbono (RCE) proibidos de serem vendidos durante a investigação. Indústrias chinesas

teriam realizado uma superprodução do hidrofluorcarbono HFC-23, para com a redução de

sua produção, obter créditos de carbono. O HFC-23 tem o potencial de estufa 11 mil vezes

maior que o CO2. Foi o maior escândalo na história do MDL até o momento.

Page 32: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

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4. Discutindo os resultados.

4.1 Resultados de Fourier.

As primeiras observações sobre o efeito estufa foram apontadas por Fourier em

1824 na sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures Du Globe Terrestre Et Des

Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura do globo terrestre e os

espaços planetários).

Nesta obra, Fourier constata que o calor proveniente dos raios solares é o mais

importante para manter a temperatura da Terra e explica ordenadamente o processo. A

primeira fase onde a ROC definido pelo autor como calor luminoso atravessa as camadas

da atmosfera, penetrando sólidos ou líquidos transparentes até entrar em contato com

corpos terrestres (solo, gelo, florestas). A segunda parte também é bem descrita quando em

contato com os corpos terrestres o calor luminoso é transformado em calor irradiante sem

luz (infra vermelho). Então Fourier fala sobre o calor luminoso (ROC), (UV) que pelo contato

com corpos terrestres é transformado em calor sem luz (ROL), (IV) (transformação de

ondas).

Após explicar o fenômeno na sequencia certa, relata que o calor sem luz (IV), que

retorna à direção contrária a da superfície, sofre um efeito da mesma espécie produzido

pela pressão da atmosfera, porém, não pôde definir exatamente por falta de observações na

época (1824). Esta etapa do fenômeno não é explicada por Fourier, logicamente porque não

foi ele que descobriu os GEE, porém, já tinha certeza que o fenômeno acontecia. Alguns

gases tinham sido recentemente descobertos, como o CO2 em 1754 por Joseph Black e o

oxigênio em 1774 por Joseph Priestley, embora haja reivindicações de Carl Wilhelm Scheele

e Antoine Lavoisier.

4.2 Tyndall e sua contribuição.

John Tyndall foi um físico notável do século XIX. Sua fama científica surgiu na

década de 1850 com seu estudo de diamagnetismo. Em 1871 descobriu o fenômeno do

regelo. Foi um grande estudioso da radiação térmica, e produziu uma série de descobertas

sobre processos na atmosfera. Tyndall também é um pioneiro, pois resolveu a incógnita

surgida nas pesquisas de Fourier, a capacidade de vários gases atmosféricos para absorver

o calor radiante, a radiação infravermelha. Ele foi o primeiro a medir corretamente os

Page 33: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

33

poderes de absorção de infravermelho dos gases nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono,

ozônio, metano, vapor d’água etc..

Tyndall foi um grande pesquisador das geleiras em várias expedições para o Monte

Blanc, Monte Rose nos Alpes Weisshorn, e Matterhorn, entre outros na cordilheira da

Europa, mas o seu maior foco foi estudar a irradiação de calor solar. Desenvolveu seus

estudos baseados em descobertas de vários físicos que estudaram sobre a transmissão de

calor solar, entre eles, Saussure e o próprio Fourier.

4.3 Robert Wood fez a dúvida virar certeza.

O americano Robert Williams Wood, considerado o pai da fotografia infravermelha e

ultravioleta, foi o pioneiro em contestar a teoria do efeito estufa. Wood demonstrou uma

grande dúvida perante a crença generalizada que vidros de uma estufa reemitem a radiação

resultante de uma transformação de comprimento de onda. Intrigado com sua dúvida, Wood

realizou uma experiência construindo duas estufas, uma de vidro e a outra de quartzo e ao

aferir a temperatura interna, constatou que estavam iguais em ambas as estufas. O quartzo

não absorve radiação infravermelha. Deixou provado então que a ação do vidro é a de

impedir a convecção natural, mantendo a ar aquecido dentro da estufa.

Wood publicou esta experiência no volume 17 da sexta série da revista inglesa

Philosophical Magazine em 1909, deixando a prova na literatura, que foi o pioneiro na

contestação.

4.4 A base do aquecimento global.

Guy Callendar e David Keeling foram os cientistas que serviram como os pilares

para a construção da teoria do aquecimento global. Foram eles que realizaram a maioria

dos estudos que relacionavam a crescente demanda de emissões de GEE antropogênicos

com o aumento de temperatura global. Na época seus estudos foram rejeitados pelos

climatologistas renomados, devido ao clima frio entre 1947-1976.

O meteorologista sueco Bert Rickard Johannes Bolin (1925-2007), foi o primeiro

homem a aparecer na mídia alertando para a possibilidade de um aquecimento global

devido à emissão de GEE antropogênicos. Participou do programa “The Weather Machine”

do canal de televisão BBC de Londres em 1974, sugerindo que o CO2 produzido pelo

Page 34: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

34

homem poderia ajudar a aquecer o mundo, ainda que não demonstrasse certeza. Bert Bolin

foi o primeiro presidente do IPCC, atuando no cargo até 1997.

James Hansen, astrônomo da NASA, escreveu em 1981, um artigo para a revista

Science “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon DIoxide”, dedicado diretamente

em mostrar que o CO2 produzido pelo homem, era o principal causador do aquecimento

global. Em 1988 fez um discurso, com o mesmo enredo, para as comissões do Congresso

sobre mudanças climáticas. Com a origem do IPCC no mesmo ano, Hansen foi um dos

redatores de relatórios sobre análises nas estações meteorológicas de superfície enfocando

os anos 1880-1980. Hansen projetou em 1988, uma previsão de aumento na temperatura

global de 4,2 C° até 2100, caso houvesse uma duplicação dos níveis de CO2 na atmosfera.

Em 2003 escreveu um artigo onde ele argumenta que as causas humanas na mudança do

clima são mais fortes do que as causas naturais.

4.5 O estado febril do planeta Terra.

James Lovelock propôs no seu trabalho mais recente “A Vingança de Gaia” (2006),

que o aquecimento global atual é grave, pois o compara com um estado febril. Logo no

primeiro capítulo, fala sobre o estado da Terra “a resposta da terra viva ao que fazemos, não

depende só da quantidade de solo que exploramos e da contaminação que geramos, mas

também do seu estado atual de saúde” (Lovelock 2006). Lovelock afirma que esta

recuperação de saúde do planeta pode estar comprometido devido a sua idade atingir uma

fase avançada (cerca de 4,5 bilhões de anos). James não julga apenas os GEE emitidos

pelo homem, mas todas as ações de degradação humana ao meio ambiente, causadores do

atual aquecimento global.

Em contrapartida, Lovelock julga que o desenvolvimento sustentável é uma forma

totalmente ineficaz de reverter a presente situação, devido ao atual estado de saúde da

Terra, comparando como se fosse capaz uma pessoa com câncer de pulmão ser curada

apenas por parar de fumar. Então Lovelock, serviu de base para muitos cientistas e

ambientalistas com o intuito de elaborar teorias e soluções para a adaptação para uma séria

mudança climática, propondo que o poder auto regulador da Terra, poderia agir para repelir

a raça humana que está atuando como uma forma de vida indesejada, prejudicando o bom

funcionamento do planeta.

Page 35: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

35

4.6 As contradições da teoria.

Em entrevista para revista Fortune em 2009, o professor John Christy, acusa James

Hansen de ter errado gravemente nas previsões feitas em 1988. Hansen contactado pela

mesma revista, admitiu que suas projeções foram baseadas em um modelo que

intensificaria “ligeiramente” o aquecimento global. No seu novo modelo, Hansen pressupôs

um aumento de 3 Cº na temperatura global até 2100, contra 4,2 Cº na antiga.

Outra discordância do senhor Christy é a discrepância entre as medições de

temperatura por meio de balões meteorológicos e as medições de estações meteorológicas

de superfície. A teoria diz que se a superfície se aquece, a atmosfera superior deve

aquecer-se rapidamente, e não foi isto observado pelo senhor Christy. John alega que o

aumento de temperatura nessa parte da atmosfera, não é muito alarmente e não encaixa

com a teoria que os modelos climáticos expressam neste ponto.

Christy também argumenta sobre a má interpretação das leituras de temperatura da

superfície através de estações meteorológicas. Christy analisou tendências de temperatura

nos bairros desenvolvidos e nas serras inexploradas da cidade de San Joaquin Valley

(Califórnia) e chegou ao resultado que as temperaturas diurnas em ambas as regiões não

apresentaram nenhuma mudança ao longo dos últimos 100 anos, enquanto nos distritos

desenvolvidos, as temperaturas noturnas aqueceram significativamente. Este efeito que é

conhecido como ilha de calor, se deve pela característica do cimento e asfalto absorver o

calor recebido durante o dia e liberar este calor à noite. Este efeito mal interpretado, ou,

maldosamente interpretado, pode ser confundido facilmente com o aquecimento global.

Chirsty também realizou, junto com Roy Spencer, pesquisas sobre o poder de

controle climático de El Niños e La Niñas. O El Niño de 1997, considerado o mais intenso do

século, produziu um aumento de temperatura global na faixa de 0,9 Cº e a La Niña de 1984

resultou em um resfriamento de -0,5 Cº.

O professor Luiz Carlos Molion da UFAL, representante da América do Sul na

comissão de climatologia da OMM é um contestador declarado da teoria oficial do

aquecimento global. Molion realizou estudos, que foram publicados em 2005 sobre a

frequência de El Niños intensos entre 1997-1998, que contribuíram para o aquecimento,

sabendo-se que El Niños aquecem a baixa troposfera. O sistema terra-atmosfera-oceano,

que consiste na variação de circulação atmosférica associada às variações de TSM, são

fatores físicos internos de muita importância no controle do clima.

Page 36: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

36

Uma das observações mais plausíveis do professor Molion, foi a análise do período

de resfriamento global entre 1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, pois esta redução

de temperatura ocorreu justamente na época em que a revolução industrial começou a

ganhar força demasiada, ou seja, as emissões de GEE começaram a ser emitidas em larga

escala. Molion percebeu que este período de queda de temperatura global, aconteceu

durante a fase fria da ODP.

Na análise do gráfico publicado por Jean Robert Petit em 1999, referente a

concentração de CO2 e variação de temperatura global, Molion chegou a conclusões bem

diferentes do ex vice presidente dos Estado Unidos, Al Gore, que protagonizou o

documentário “Uma Verdade Inconveniente” em 2006. O filme que teve características mais

emotivas do que científicas, foi a apresentação popular da teoria do aquecimento global

causado pelo homem. Molion reparou que em períodos interglaciares passados, tiveram

temperaturas superiores a do interglacial presente, e concentrações de CO2 no passado,

atingiram níveis inferiores a 300ppm (Figura2). Sobre esta análise, conclui-se que existiram

outras causas físicas, e não a intensificação do efeito estufa para o aumento de temperatura

nos períodos interglaciais passados.

O paleoclimatologista canadense Ian Clark, tem descoberto de fato, a relação entre

o CO2 e a temperatura, mostrando uma relação inversa da apresentada no documentário,

por Al Gore. Ao contrário da teoria catastrofista, os períodos de aquecimento global

antecedem em média oito séculos aos aumentos da concentração de CO2, chegando a

conclusão que o CO2 é uma resposta para o aquecimento e não a causa. Até o oceanógrafo

Carl Wunsch, admite que os oceanos quando se aquecem, tem a característica de liberar

CO2 e quando se resfriam, tem a tendência é de absorver CO2.

Outra contradição da teoria apocalíptica é apontada por uma das maiores

autoridades mundial em epidemiologia, o professor do instituto Pasteur em Paris, Paul

Reiter. Paul renunciou sua participação no IPCC e ainda teve que acionar judicialmente a

retirada de seu nome dos créditos de colaboradores do IPCC, devido sua discordância com

a teoria. Reconhecido como um dos maiores especialistas em malária e outras

enfermidades transmitidas por insetos, Reiter relata que os mosquitos não são

especificamente tropicais, pois são extremamente abundantes no Ártico, e que a maior

epidemia de malária ocorreu na União Soviética nos anos 20 que resultou em 600.000

mortes aproximadamente. Esta epidemia se alastrou até o Ártico alcançando ao redor de

10.000 mortes, o que prova que a malária não é uma doença tropical.

Page 37: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

37

O IPCC alega que as espécies transmissoras da malária, não sobrevivem em

temperaturas abaixo de 16 Cº, e alerta que com o aquecimento global, a doença pode

migrar para o norte. Paul Reiter acusa esta informação de ser falsa, criticando a falta de

menção da literatura científica feita por especialistas nesses campos.

Analisando o contexto científico em suas diferentes matérias e especialidades,

encontram-se sérias discordâncias em afirmar com precisão, que a causa do aquecimento

global é devido ao aumento de emissões de GEE antropogênicos.

4.7 Controladores climáticos.

Em ordem de importância os controladores climáticos são, o Sol, os oceanos, o

albedo planetário e o efeito estufa. Porém o clima é um tema muito complexo, envolvendo

fatores internos como quantidade de precipitação, tempestades, geadas, nevoeiros,

velocidade e direção do vento, tipo de nuvens, pressão atmosférica.

4.7.1 O Sol.

O Sol é a fonte primária de energia do planeta Terra, ele que determina as estações

do ano, por isso deve ser dada a principal importância como controlador climático. No final

dos anos 80, o astrofísico britânico Piers Corbyn decidiu tentar uma nova maneira de

prognosticar o tempo. A técnica de Corbyn produziu resultados consistentemente mais

precisos do que os da Oficina Meteorológica Oficial e foi consagrado na imprensa

internacional como o “Super-Homem do tempo”. O segredo de seu êxito foi o Sol. Corbyn,

diretor do Weather Action, uma empresa que vende suas previsões, declarou que a origem

de sua técnica solar para prever o tempo a longo prazo, provinha do estudo das manchas

solares e seu desejo de predizê-las. Molion também é um dos defensores que as atividades

solares devem ser o primeiro aspecto a ser observado quando se fala em controlador

climático.

4.7.2 Oceanos.

Cerca de 71% da superfície do Planeta Terra é constituída de água, sendo 97%

água dos oceanos. Por este grande percentual, deve ser dada a maior importância como

fator interno, a capacidade dos oceanos de transportar calor através das correntes

marítimas. O professor Molion ressalta que dessa camada oceânica, 35% é ocupada pelo

Oceano Pacífico. “Como a atmosfera é aquecida por debaixo, os oceanos constituem a

condição de contorno inferior mais importante para a atmosfera e para o clima global.”

Page 38: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

38

(Molion 2008). Convém ressaltar a percepção de Molion durante o resfriamento global entre

1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, e coincide com a fase fria da ODP. O professor

Luiz Carlos também reparou que no período entre 1977-1998 onde houve um aquecimento

global, foi justamente na fase fria da ODP.

4.7.3 Albedo planetário.

O albedo planetário, que é a parte da radiação refletida pela superfície e atmosfera

para o espaço, é um considerável controlador climático, pois ele controla a quantidade de

radiação que entra na Terra. Cerca de 30% da radiação solar que atravessa a atmosfera, é

refletida de volta para o espaço por nuvens, moléculas do ar, pela superfície terrestre e

marítima e aerossóis emitidos a atmosfera. A cobertura de nuvens é a principal moduladora

do albedo planetário, visto que elas cobrem diariamente de 50% a 55% da superfície da

Terra. Portanto é evidente que as nuvens mais baixas do tipo cumulonimbo, são importantes

controladores climáticos. Já as nuvens na alta troposfera, tipo cirro, não possuem a mesma

característica, pois permitem a passagem de ROC, porém, absorvem a ROL que escaparia

para o espaço, intensificando o efeito estufa. Outro controlador indireto do clima global, são

as erupções vulcânicas. A imensa quantidade de aerossóis liberados na estratosfera por

uma erupção vulcânica, tem a capacidade de aumentar o albedo planetário de forma que

impacte num resfriamento global.

Então, a relação do albedo planetário com a temperatura, é que quanto maior o

albedo, menos radiação vai penetrar na atmosfera para aquecer a superfície, logo a

temperatura tende a cair devido a reflexão da fonte de calor primária.

4.7.4 Efeito estufa.

O efeito estufa é um fenômeno natural do planeta, sendo primordial para a

manutenção de temperatura na Terra, mantendo a temperatura média do ar na superfície,

cerca de 15 Cº. É o efeito essencial para manter a vida na Terra. Porém, infelizmente é

tratado pela maioria de artigos jornalísticos, revistas e textos paradidáticos, como um efeito

maléfico.

No trabalho realizado por Maria Emília Rehder e Américo Kerr, do instituto de física

da USP, publicado no Caderno Brasileiro de Ensino de Física em 2004, foi feito uma análise

do efeito estufa em textos paradidáticos e periódicos jornalísticos analisando os seguintes

critérios:

Page 39: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

39

a) se a apresentação do Efeito Estufa foi feita como algo maléfico,misturando o que é o efeito principal com as suas possíveis alterações;

b) se houve ou não diferenciação entre o que é a contribuição do vapor de água, dióxido de carbono e outros gases para o efeito principal e em suas alterações;

c) se o tratamento de hipóteses foi como algo definitivo, apresentando-as de forma taxativa;

d) se houve ou não discussão quanto às incertezas nas mudanças do Efeito Estufa e nas correspondentes projeções de conseqüências.

(Xavier, M. E. R. e Ker, A. S. 2004).

Nesta análise, percebe-se a falta de conhecimento científico, em classificar o efeito

estufa como algo catastrófico. Em 26 artigos periódicos observados, em 21 deles, o CO2 é

citado como o principal GEE, sendo o vapor d’água o principal, devido a sua concentração

atmosférica e potencial de estufa, conforme Tabela 2. Os artigos mais coerentes são

redigidos ou acompanhados por cientistas. Os livros paradidáticos tendem a ser mais

coerentes ao tratarem do tema devido a estes serem dedicados ao ensino.

Gás Concentração (ppm) Aquecimento Estufa (W.m-2

)

Vapor d’água (H2O) ~3000 ~100

Dióxido de carbono (CO2) 345 ~50

Metano (CH4) 1.7 1.7

Óxido nitroso (N2O) 0.30 1.3

Ozônio troposférico (O3) 10 – 100 X 10-3 1.3

CFC 11 0.22 X 10-3 0.06

CFC12 0.38 X 10-3 0.12

Tabela 2: Concentração e potencial dos GEE. Fonte: Mitchell, 1989.

Já o professor Luiz Carlos Molion, declara que a forma como o efeito estufa é

abordado nos livros de meteorologia, é questionável, pois desafia as leis da termodinâmica.

Ao medir a emissão de IV pela Terra para o espaço exterior com sensores a bordo de plataformas espaciais, encontra-se uma temperatura equivalente de corpo negro igual a 255K (18°C negativos) pela Lei de Stefan-Boltzmann. A temperatura média do ar à superfície é cerca de 288K (15°C). Aí, é dito que “o efeito-estufa aumenta de 33°C (diferença entre 288 e 255) a temperatura na Terra e, se ele não existisse, a temperatura de superfície seria 18°C negativos”! Essa afirmação é falsa. Se não existisse atmosfera, não existiriam nuvens, que são responsáveis pela metade do albedo planetário. Portanto, a ausência de nuvens permitiria maior entrada de radiação solar e a temperatura da superfície seria 5ºC negativos (e não 18°C negativos), temperatura normalmente alcançada em muitas partes do planeta quando da ocorrência de uma era glacial. (Molion, 2010).

Page 40: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

40

A equação usada para calcular a temperatura que a Terra teria se não houvesse

efeito estufa, não leva em consideração, que se não existisse atmosfera, não existiriam

nuvens, gerando um resultado distorcido do cálculo em 13 Cº.

Outra contra argumentação de Molion é a re emissão da radiação IV pelos GEE:

O processo de absorção e emissão de IV pelos GEE, que é o fundamento do

efeito-estufa, também é questionável. A Lei de Kirchhoff afirma que a absorvidade de um corpo é igual à sua emissividade num dado comprimento de onda, mas só é válida para corpos em equilíbrio térmico (radiação de cavidade), condição não satisfeita pelos gases atmosféricos que estão sempre se aquecendo ou se resfriando. Ou seja, o fato de o CO2 ser bom absorvedor não garante que ele seja bom emissor num dado comprimento de onda. (Molion, 2010).

Certamente essa explicação que os gases reemitem radiação IV na mesma

intensidade que a absorvem, fere as leis da Termodinâmica, por que o calor não flui do

corpo frio (CO2 no ar), para um corpo quente (superfície). “É mais aceitável, portanto, que as

temperaturas próximas da superfície sejam elevadas devido ao contato do ar com a

superfície quente” (Molion, 2010). Portanto o efeito atmosférico mais considerável para o

aquecimento do ar próximo à superfície é o de condução e convecção. Por estes fatos, nota-

se a colocação do efeito estufa em último lugar no grau de importância, referente aos

controladores climáticos.

4.8 A Política do Aquecimento global.

Depois dos trabalhos científicos de Callendar e Keeling, sobre a relação do CO2 e a

temperatura atmosférica publicados na literatura em 1938 e 1958 respectivamente, apenas

em 1974 foi posto na mídia, por Bert Bolin, sem a menor credibilidade, devido ao clima frio

que estava na época. Porém, com o aquecimento a partir de 1977 (Figura 1), a politização

do assunto, teria começado no final dos anos 70 por Margareth Thatcher, quando

disponibilizou recursos à Royal Society para a criação de modelos climáticos, que

associassem o CO2 com a temperatura global, e isto foi feito. O assunto só ganhou ênfase

no discurso de James Hansen ao Congresso de Mudanças Climáticas em 1988.

Com a criação do IPCC em 1988, que é um órgão governamental, no começo dos

anos 90, o aquecimento global deixou de ser uma passagem periódica pelo período

interglacial, e se transformou em uma campanha política fundada pela teoria que o homem é

o principal culpado pelas mudanças climáticas em nível global. Desde então passou a atrair

a atenção da mídia, que repassava estas consequências caóticas, sem mostrar que foram

em sua maioria, questionadas por cientistas considerados no assunto.

Page 41: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

41

Cientistas relatam que antes da época de Bush (pai), os fundos para pesquisas

relacionadas com o clima era cera de 170 milhões de dólares por ano. A partir da gestão de

Bush, este recurso saltou para U$ 2 bilhões por ano e foi aumentando com o tempo. A

crítica é que estes recursos eram disponibilizados exclusivamente para pesquisas que

tratassem do aquecimento global.

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento, a ECO 92, foi criada a CQNUMC, que estabeleceu conferências

periódicas entre as autoridades mundiais para a discussão de ações, que resultem numa

solução para as consequências do aquecimento global causado pelo homem. Estas

conferências foram denominadas COP, e tiveram início em 1995 na cidade de Berlim,

capital da Alemanha.

Na COP 3, realizada em Quioto, Japão, foi criado o Protocolo de Quioto,

documento este, que estabeleceu um limite de emissões de GEE para os países

industrializados, que o assinassem e ratificassem. Hoje o Protocolo conta com 193 Partes

no total. O percentual total de emissões das Partes do Anexo I é de 63,7%.

O Protocolo de Quioto deu base para a criação do Mercado de Carbono, que

movimentou já no seu primeiro ano de atuação (2005), U$ 11 Bilhões, atingindo seu pico

máximo de U$ 143,7 Bilhões em 2009 (Tabela 1). Cientistas não são especialistas em criar

Metamercados, pois empenham seu trabalho em descobrir e criar tecnologias que venham a

ser usadas para o bem da humanidade. É bem provável então, que este mercado tenha sido

criado pela parte política do comitê, e políticos, visam lucro. Os dados da Tabela 1 deixa

evidente o quão lucrativo é este mercado.

O vídeo protagonizado por Al Gore em 2006 “Uma verdade inconveniente”, além de

levar o Oscar de melhor documentário, contribuiu para que ele ganhasse metade do prêmio

Nobel da Paz em 2007, que foi dividido entre ele e o IPCC, presidido pelo indiano Rajendra

Pachauri. O comitê Nobel, usou como parâmetro, os esforços de ambos para a divulgação e

construção de um maior conhecimento popular sobre a mudança climática causada pelo

homem e por divulgar as soluções necessárias para esta crise.

Page 42: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

42

5. Considerações finais.

5.1 Aspectos científicos.

Diante de todos os fatos e evidências, é complicado afirmar com a intensidade que

se é afirmada, que os GEE antropogênicos são a causa do aquecimento global. É mais

conveniente dizer que o homem não tem a mínima parcela de culpa pelo aquecimento

global. Isto não quer dizer que o homem não tem o potencial de destruir a natureza, ao

contrário, a raça humana tem grande poder de degradação de ecossistemas, pela

urbanização, industrialização e uso inadequado dos recursos naturais, mas no que se refere

ao aquecimento global, sua parcela é mínima ou nula. Este potencial antrópico de

destruição da natureza, não é negado por nenhum cientista.

Desde 1909 ficou provado, que a função do vidro em uma estufa, é de aprisionar o

ar dentro dela mantendo-o quente, e não de refletir a radiação resultada da transformação

do comprimento de onda.

O fenômeno de condução e convecção de calor, é uma explicação mais aceitável

do que o efeito estufa para o aquecimento do ar próximo a superfície, pois se fosse pelo

efeito estufa, a temperatura deveria subir até o limite da alta troposfera, e isto não acontece

conforme observado nas medições de satélite.

Influências de alguns fenômenos sobre a variação de temperatura global já são

comprovados cientificamente como o El Niño que causa um aumento de temperatura na

baixa troposfera e a La Niña que causa um resfriamento de temperatura. Oceanos são a

maior reserva do CO2 atmosférico, pois quando resfriam sua superfície, absorvem CO2, do

mesmo modo quando se esquenta a superfície do oceano, ele tende a liberar CO2.

A presença de alguns tipos de nuvens tendem a controlar a radiação entrante na

Terra amenizando o clima. Estas nuvens do tipo kumulus, constituem boa parte do albedo

planetário, que é um controlador climático comprovado cientificamente.

Erupções vulcânicas também já foram estudadas e descobertas as suas

características de reduzir a temperatura global devido a emissão da grande quantidade de

partículas de aerossóis na estratosfera.

O efeito estufa também é um fator que influencia a temperatura global, porém não

existem fundamentos científicos comprovados, que os GEE são os causadores do

aquecimento global.

Page 43: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

43

A ameaça dos países baixos serem submersos pelos mares, está relacionado a

expansão térmica dos oceanos e nada tem a ver com o derretimento das geleiras. A

expansão térmica dos oceanos é um fenômeno da ordem de séculos e até milênios. As

calotas polares mostram uma expansão e contração natural do gelo marítimo desde 1990

quando as medições por satélite começaram. Noticiários mostram com frequência o gelo

caindo da borda do Ártico, mas não dizem que é um aquecimento normal naquela região

que ocorre todo início de primavera.

As mudanças climáticas sempre aconteceram desde a formação do planeta. Ao

longo da história da Terra, existiram períodos muito mais quentes e muito mais frios do que

o período atual (Figura 2), essas mudanças aconteceram sem nenhuma ajuda ou

intervenção humana. No século 14, há registros de que a Europa ocidental entrou em uma

Pequena Era do Gelo. Quadros, gravuras e ilustrações antigas, mostram o rio Tâmisa

(Londres), congelado durante o inverno. Retrocedendo 8.000 anos, encontram-se períodos

mais quentes do que os atuais, conhecido pelos geólogos como “O Máximo do Holoceno”,

quando as temperaturas foram em torno de 2 Cº mais altas do que são hoje. Este período

durou por mais de três milênios e não foi capaz de extinguir os ursos polares.

A maior parte do aumento da temperatura do século passado ocorreu antes de

1940, período em que a produção industrial era insignificante, e as emissões antrópicas de

GEE não correspondiam a 10% as de hoje. Depois da segunda guerra mundial, aconteceu

uma expansão global da atividade industrial conhecida pelos historiadores como “Boom

Econômico Pós Guerra”. Pela teoria do aquecimento global, a temperatura nesta época

deveria ter continuado a subir, atribuído ao aumento em larga escala das atividades

industriais, porém, o que aconteceu de fato, foi uma queda na temperatura mundial por

quatro décadas, que voltou a subir, paradoxalmente, na época da recessão econômica

mundial dos anos 70. Essa queda de temperatura não foi explicada pelo IPCC.

Uma das consequências do aquecimento global citada pelo IPCC, é a intensificação

de fenômenos como tempestades tropicais, ciclones, secas, causando consequências

drásticas como inundações urbanas e proliferação de doenças. Este argumento contradiz os

livros de meteorologia que definem como a principal causa dos fenômenos meteorológicos,

a diferenciação de temperatura entre os trópicos e o pólo. Num mundo mais quente, esta

diferença seria menor, logo, haveria menos tormentas. Outra séria consequência apontada

pelo IPCC, é o aumento de casos de doenças transmissíveis por insetos e a migração da

malária para o hemisfério norte, sendo que a maior epidemia da malária aconteceu na União

Soviética no século 20.

Page 44: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

44

O critério usado pelo IPCC para dar maior importância ao dióxido de carbônico para

o aquecimento global, é devido o CO2 ser o principal responsável pela intensificação do

efeito estufa. Este critério é muito abstrato, pois não existem meios de provar que o aumento

da concentração de CO2 atmosférico é devido a emissão antrópica de GEE. O CO2 é um

gás natural da atmosfera, liberado por todos os seres vivos, vulcões e oceanos, constituindo

um percentual mínimo, as emissões antrópicas. Utilizando um critério mais concreto, o vapor

d’água é o gás mais importante para o efeito estufa, pois sua concentração atmosférica é

cem vezes maior do que o dióxido de carbono e seu potencial de estufa é duas vezes maior

(Tabela 2).

As mudanças climáticas são atribuídas por vários fatores como incidência da

radiação solar principalmente, o albedo planetário, erupções vulcânicas, o transporte de

calor pelos oceanos e o efeito estufa. Então são muitos fatores que podem agir em conjunto

ou isoladamente e em diferentes espaços de tempo para causar uma alteração climática,

por isso, é imprudência atribuir a um único fator, a culpa para o aquecimento global.

5.2 Aspectos políticos.

A politização do assunto começou no final dos anos 70, quando Margareth Thatcher

com o objetivo de desenvolver energia nuclear, financiou pesquisas para associar a emissão

de CO2 proveniente de combustíveis fósseis com o aquecimento global. As pesquisas já

partiram com um pressuposto de que emissões antrópicas de GEE causassem o

aquecimento global, e parecem terem ignorado muitas teorias físicas e meteorológicas para

chegar a uma conclusão positiva. Foram financiadas para isto, acusar o CO2 antrópico de

causar o aquecimento global, e consequentemente culpar as indústrias consumidoras de

combustíveis fósseis.

Já em 1981 a teoria do aquecimento global, foi apresentada na literatura por James

Hansen e colaboradores, e recursos começaram a ser destinados para pesquisas

específicas no assunto. Em 1988 com a criação de um órgão intergovernamental, o IPCC, o

assunto ganhou repercussão mundial atraindo a atenção da mídia, que desde então, passou

a divulgar notícias cada vez mais distorcidas da visão científica. Notícias cada vez mais

catastróficas em evidencia, e cientistas respeitáveis, abafados pela mídia e oprimidos pelos

órgãos do governo.

Uma nova geração de jornalismo foi criada, o jornalista ambiental, porém, no amplo

contexto do meio ambiente, o sensacionalismo caiu sobre o assunto das mudanças

climáticas, com previsões exageradas, incertas e apocalípticas. Cientistas que se opõem a

Page 45: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

45

estas teorias, não aparecem, e quando isto ocorre, ganham muito pouco destaque e

credibilidade. Parece que a mídia generalizou uma formação de opinião, desrespeitando a

efemeridade do conhecimento científico, e estabeleceu uma parceria com o governo que

tem seus interesses políticos.

Os órgãos governamentais mundiais, desde os anos 90, analisam qualquer petição

de fundos para pesquisas científicas cuidadosamente, e liberam os recursos, se a pesquisa

obedecer ao critério de ser destinada a qualquer assunto relacionado ao aquecimento

global. Esta atitude dos governos está esmagando o espaço dos cientistas que tem as

provas nas mãos, de que o aquecimento global é dado por causas naturais, e o homem não

tem culpa sobre ele. O próprio senhor Molion já declarou ter sido prejudicado por este

sistema em entrevista para revista ISTO É em 2007. “Eu tinha US$ 50 mil que o Programa

das Nações Unidas havia repassado para fazer uma pesquisa na Amazônia e esse dinheiro

foi cancelado”. (ISTO É, 2007).

Para o PNUMA tomar essa atitude opressora com o professor Molion, é evidente

que estava defendendo interesses políticos. O PNUMA e o IPCC pertencem à ONU, que é

um órgão político e são representados por pessoas escolhidas para defender os interesses

dos seus governos. Muitos outros cientistas, de vários países, que são contra esta “teoria

política do aquecimento global”, relatam sofrerem a mesma opressão quando solicitam

verbas para pesquisas de relevância científica. Esta tática do sistema fere totalmente a ética

científica, que trabalha sempre visando o bem para a humanidade. Isto é um ditadura

tecnológica.

A partir de 1995 acontecem as Conferências entre as Partes, que em seu terceiro

ano 1997, elaborou o Protocolo de Quioto, que deu base para o início do Mercado de

Carbono. O Mercado de Carbono, é uma metamercado bilionário, e não foi criado por acaso,

surgiu a partir de uma necessidade criada pelos órgãos competentes, tendo em vista que as

emissões de GEE não influenciam no aquecimento global. Necessidade esta, criada de

forma semelhante como fazem os profissionais de marketing, que criam tendências de

mercado visando lucro.

O objetivo declarado do Protocolo de Quioto foi de estabelecer limites de emissão

de GEE, que são diferenciados entre as Partes levando em conta o grau de poluição

emitida. Deveria então cada Parte cumprir a sua meta, sem estes mecanismos de

flexibilização, pois o país que polui o meio ambiente, vai sofrer os danos ambientais locais,

independente de ter alcançado sua meta de redução comprando RCE.

Page 46: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

46

Essas políticas de prevenção do aquecimento global, causam um efeito desastroso

às pessoas mais pobres do mundo. Campanhas ambientalistas falam dos riscos de usar

combustíveis fósseis, mas nunca falam dos seus benefícios. O princípio da prevenção,

neste caso, tira totalmente o foco da solidariedade de estabelecer maneiras de fazer chegar

energia elétrica para um terço da população mundial que é desprovida deste recurso, que é

o princípio básico para uma vida digna e saudável.

Sabendo que 80% da matriz energética mundial é derivada dos combustíveis

fósseis, e tendo em vista que o petróleo é um produto escasso e limitado, os países

industrializados preocupam-se com sua estabilidade energética, e impuseram através de um

protocolo, a redução de emissões. Representantes dos países pobres africanos, declaram

que este protocolo está afetando o seu desenvolvimento, junto com movimentos

ambientalistas fazendo a campanha de uso de energia eólica e elétrica, que não produz

energia suficiente para atender a demanda africana, continente com maior índice de

pobreza do mundo.

Analisando no ponto de vista que as reservas atuais de petróleo são suficientes

para os próximos 40 anos, o que há claramente não é uma crise climática, e sim uma crise

energética.

Escândalos criminosos no Mercado de Carbono, começaram a emergir desde 2009

quando empresas tentaram sonegar impostos na venda de RCE para o EU ETS acarretando

em um prejuízo de € 5 bilhões, e não pararam por aí. Em 2010 outra fraude aconteceu no

Mercado, quando empresas chinesas praticaram o que no Brasil é qualificado como

estelionato de primeiro grau. Produziram deliberadamente o HFC-23, com potencial de

estufa 11 mil vezes maior do que o CO2, para depois destruí-lo, obtendo assim, créditos de

carbono de forma corrupta. Esta fraude contabilizou um prejuízo de € 40 bilhões ao Mercado

de Carbono, e resultou na proibição da liberação de RCE para mitigação de HFC-23.

A Política Nacional sobre Mudança do Clima, que foi regulamentada em 2009,

surgiu acompanhando a visão unilateral que as mudanças climáticas são causadas por

interação humana com o meio ambiente. Esta lei (12.187/99) fala sobre a mitigação da

mudança do clima, que do ponto de vista científico é impossível as mãos do homem, e

estimula a criação do MBRE que já está legalizado.

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47

5.3 A farsa do aquecimento global.

O clima da Terra é controlado por inúmeros fatores, internos, solares até extra

galácticos, e afirmar que o dióxido de carbono controla o clima terrestre, é a maior farsa no

contexto do aquecimento global, e esta notícia ainda é divulgada disparadamente pela

grande mídia. Os proprietários dos meios de comunicação conseguiram enraizar firmemente

a teoria do aquecimento global causado pelo homem, de forma que as vozes da oposição

são severamente silenciadas, não importando o quão forte seja a prova contrária.

Com toda a atenção voltada para o CO2, perde-se o foco dos reais problemas que

estas mesmas indústrias causam, as automotivas por exemplo, liberam o monóxido de

carbono que é um gás muito mais venenoso do que o dióxido de carbono podendo levar a

morte de um indivíduo que tenha mais de 50% de CO no sistema sanguíneo.

Os óxidos de enxofre que são os causadores da chuva ácida, são esquecidos com

essa histeria de aquecimento global, mesmo tendo grande participação em mudanças

climáticas que são realmente causadas pelo homem, pois é difícil a ocorrência de chuva

ácida natural.

Recursos para o desenvolvimento de pesquisas e estratégias de reduzir a emissão

de monóxido de carbono, dióxidos de enxofre e materiais particulados lançados por

indústrias de carvão mineral, que causam sérias doenças respiratórias, são

diplomaticamente desviados para as pesquisas que tratam do aquecimento global.

Previsões meteorológicas de longo prazo são totalmente ineficazes, não existindo

equipamentos nem tecnologia atuais que preveja o tempo com precisão por mais de cinco

dias, então estas previsões caóticas, são pura propaganda jornalística sem fundamentos

científicos.

As instituições de ensino devem rever o conceito de efeito estufa e a atenção dada

ao aquecimento global, pois muitas estão seguindo os passos da ilusão cinematográfica, e

repassando tais informações apocalípticas a respeito das mudanças climáticas, distorcendo

a formação intelectual dos alunos.

Que este trabalho sirva de alerta, pois é sério e apresenta evidências de grande

relevância científica.

Page 48: A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

48

6. Referências bibliográficas

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