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Trata do jogo ao longo da infância e no desenvolvimento social do aluno.
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Centro Atendimento Centro Atendimento EducacionalEducacional
Especializado:Especializado:CAEE - BetinhoCAEE - Betinho
Professora de Recursos: Gilva [email protected]
Uruaçu, 04 de março de 2011
Não é possível ensinar nada Não é possível ensinar nada
sem partir de uma ideia de como sem partir de uma ideia de como
as aprendizagens se produzem.as aprendizagens se produzem. Antoni Zabala
Jogo infantil
• O jogo para criança é o exercício , é a preparação para a vida adulta. A criança aprende brincando, é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades e habilidades(...) incorpora valores, conceitos, conteúdos, trabalha a ansiedade, rever os limites, reduz a auto-capacidade de realização, desenvolve a autonomia, a criatividade, aprimora a coordenação motora, desenvolve a organização espacial, melhora o controle, amplia o raciocínio lógico, aumenta a atenção e concentração, ensina a ganhar e a perder.
(Lopes 2000)
Mediação Pedagógica
•A mediação pedagógica são as intervenções feitas no sentido de apoiar o aluno no desenvolvimento das atividades pedagógicas ou, estimulá-lo no sentido de despertar o seu interesse quando se mostra desmotivado para a sua realização.
• Seu papel é intervir no sentido de fazer com que os alunos percebam a capacidade que têm de pensar, de realizar ações em pensamento, de tomar consciência de que são capazes de usar a inteligência de que dispõem e de ampliá-la, construindo o conhecimento.
“Cada fase do desenvolvimento da criança é caracterizado por aquilo que de melhor a criança pode fazer, de acordo com sua idade, porém o desenvolvimento de cada período vai depender de fatores biológicos, educacionais e sociais.”
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa (Aguiar, 1977: 58).
Piaget
Classificação e desenvolvimento do jogo infantil -Jean Piaget
Jogo sensório-motor: (0 a 2 anos): *Consiste em repetir certos movimentos. *Agitam um chocalho, observam deleitados um celular, abraçam um bichinho de pelúcia, constroem uma torre de cubos, empurram um carrinho, sobem e andam num carro com rodas , perseguem uma bola.
Jogo simbólico: ( 3 a 5 anos): *Adquire a capacidade de codificar suas experiências em símbolos, recordar imagens dos acontecimentos e inicia jogos coletivos com seus pares *Aproximadamente desde os dois anos entram numa caixa de papelão e usam-na como um carro,brincam com bonecos e bonecas criando uma trama e fazendo-os falar .
Jogo sujeito a regras: (6 anos em diante): *A criança começou a compreender certos conceitos sociais de concorrência e cooperação.
Desenvolvimento do jogo: Vygotsky
No desenvolvimento a imitação e o ensino desempenham um papel de primeira importância. Põem em evidência as qualidades especificamente humanas do cérebro e conduzem a criança a atingir novos níveis de desenvolvimento. A criança fará amanhã sozinha aquilo que hoje é capaz de fazer em cooperação. Por conseguinte, o único tipo correto de pedagogia é aquele que segue em avanço relativamente ao desenvolvimento e o guia; deve ter por objetivo não as funções maduras, mas as funções em vias de maturação“. A imaginação depende da experiência, das necessidades e dos interesses, assim como da capacidade combinatória e do exercício contido nessa atividade.
A importância do jogo na aprendizagem Os jogos conduzem os educando a uma participação e a um
envolvimento superior aos conseguidos noutro tipo de atividades. A observação do desenvolvimento do jogo e da postura dos alunos no início, durante e após o jogo, fornecem informações de grande valor ao educador.
O processo de aprendizagem ocorrerá de forma lúdica e concreta. Desenvolve a capacidade de observação, comparação e atenção. É espontâneo e voluntário. Necessita da participação ativa por parte de quem joga. Permite que a
criança construa, dirija e viva experiências. Envolve a sensorialidade, a percepção, o afeto, coordenação motora,
o pensamento, a imaginação, etc.
Jogos: No processo de alfabetização
Crianças em processo de alfabetização, os jogos permitem com que elas assimilem melhor e se familiarizem com as letras,os números, as formas, as cores, e desenvolve a percepção de que existe uma lógica. Os jogos proporcionam uma boa brincadeira, e as fazem ver o aprendizado como algo interessante e divertido. Sendo assim , o tema por mais difícil de ser ensinado e compreendido, é melhor absorvido quando há o interesse, a curiosidade e a disciplina, e em todos esses aspectos o jogo podem contribuir, pois na medida que avançam nas atitudes, favorecem a aquisição da escrita.
Alguns pesquisadores classificam o jogo das crianças em sociais e cognoscitivos. O primeiro se refere à participação e interação das crianças com outros pequenos durante o jogo, enquanto que o segundo reflete o nível de desenvolvimento mental da criança. A criança que contar com recursos que ajudem a expressar sua criatividade através do jogo, tanto social como cognoscitivo, será um adulto sem dificuldades para encontrar sua vocação e que, melhor ainda, desfrutará fazendo seu trabalho. No entanto, uma criança que por alguma razão foi impedida de brincar, jogar e mostrar sua criatividade, se tornará um adulto com dificuldades para trabalhar; poderá ser um adulto passivo em vez de ativo e participativo em seu trabalho ou profissão.
Classificação dos jogos
A utilização de jogos
A eficácia dos jogos está diretamente relacionada com o modo como o educador os apresenta ao educando. Os alunos devem ser motivados para a atividade, de um modo que propicie o seu envolvimento afetivo. A forma como o apresenta a tarefa, realçando o seu interesse e justificando a sua realização, tem um papel preponderante no esforço que os alunos vão desenvolver.
No final de cada jogo deve proceder-se a uma análise e síntese, retirando as conclusões adequadas aos objetivos da formação, de modo a permitir aos alunos uma reflexão sobre
o que aprenderam e a facilitar a integração de conhecimentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VYGOTSKY, L. S. (1979) –Pensamento e linguagem. Lisboa: Edições Antídoto.ABT, Clarck C. Jogos Simulados: estratégia e tomada de decisão. Rio de Janeiro. Editora José Olympio: 1974.
BENJAMIN, Walter. Reflexões: A criança, o brinquedo, a educação. 3ª Edição. São Paulo: Editora Summus, 1984.
CLAPARÈDE (1956, p. 435-438) segundo KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. 6ª Edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes,1993.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. 6ª Edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1993.
LOPES, Maria da Glória. Jogos na Educação: criar, fazer, jogar. 3ª Edição. São Paulo. Editora Cortez: 2000.
PIAGET, Jean .Segundo TREMEA, Viviam Santim (Org.).