A sala de aula expandida: a utilização do site de rede social Facebook como ambiente virtual de aprendizagem no ensino de língua inglesa

A sala de aula expandida: a utilização do Site de Rede Social Facebook

Como Ambiente Virtual de Aprendizagem no Ensino de Língua Inglesa

Cíntia Regina Lacerda RabelloCristina Jasbinschek Haguenauer

LATEC/UFRJ

II Seminário Vozes da Linguística Aplicada

Duque de Caxias – RJ – 8 de abril de 2013.

Apresentações

A sala de aula expandida: a utilização do Site de Rede Social Facebook como Ambiente Virtual de Aprendizagem no Ensino de Língua Inglesa

OBJETIVO

Investigar as potencialidades e limitações da utilização do site de rede social como uma expansão da sala de aula a partir das interações realizadas no ambiente virtual;

Identificar a visão dos participantes sobre a utilização da ferramenta no processo de aprendizagem de LE.


CONCEITOS

Web 2.0;

Site de Rede Social;

Ambiente Virtual de Aprendizagem;

Interação.


CONCEITOS

Web 2.0


CONCEITOS

Web 2.0

Sites de Redes Sociais

“(...) aplicativos de computador que possibilitam um arranjo complexo de nós conectados (pessoas) através ferramentas para armazenar e apresentar informação, bem como comunicar, conectar e interagir com outras pessoas.”

(BUZZETTO-MORE, 2012)


CONCEITOS


CONCEITOS

Sites de Redes Sociais e Aprendizagem

“(...) podem beneficiar os aprendizes uma vez que eles encorajam o diálogo entre pares, promovem o compartilhamento de recursos, facilitam a colaboração e desenvolvem habilidades de comunicação. Estas são características da aprendizagem online que os sistemas de gerenciamento da aprendizagem convencionais têm se esforçado para alcançar na última década com a adoção intensiva na educação superior. Ainda assim, os SRS parecem ter alcançado este êxito com extraordinária velocidade e facilidade.”

(SIEMENS & WELLER, 2011)

Interação online

“[...] o engajamento do aprendiz com o conteúdo do curso, com os outros aprendizes, o professor, e o meio tecnológico utilizado no curso. As verdadeiras interações com os outros aprendizes, o professor, e a tecnologia resultam em uma troca recíproca de informação, que objetiva aumentar o desenvolvimento do conhecimento no ambiente de aprendizagem [...]”

(THURMOND; WAMBACH, 2004)


CONCEITOS

3 tipos de interação na educação online:


CONCEITOS

Aluno-conteúdo Aluno-professor

Aluno-aluno(MOORE, 1989)


METODOLOGIA

Estudo exploratório;

Abordagem qualitativa e quantitativa;

Elementos de etnografia virtual;

Análise das interações registradas no grupo, diário de campo e questionários online.


METODOLOGIA

Objeto: Grupo fechado criado no SRS Facebook

Participantes: 57 alunos de graduação na disciplina de Inglês I

Objetivos de aprendizagem: Complementação de conteúdo (falta da tecnologia na sala de aula)Prática de comunicação em língua inglesa além do espaço da sala de aula

Caráter experimental, não obrigatório


DADOS

Período: março a setembro de 2012

Total de mensagens: 7744 mensagens da professora33 mensagens postadas por alunos

Total de comentários: 409 (média: 5,3)267 comentários a postagens da profª142 comentários a postagens dos alunos


RESULTADOS

Aluno-aluno

• Muito frequente• Várias mensagens

“off-topic” mais interação

• Interlocutores: • Guys, • Hey, guys, • Hi, everyone.

• Hey, everyone!

• Hey, everybody,

Aluno-professor

• Marcadas pela postagem de conteúdos para discussão dos participantes e “animação”/feedback/motivação

• Questões administrativas e verificação

• Mensagens privadas

Aluno-conteúdo

• Mais evidentes na atividade de avaliação (obrigatória),

• Observadas na maioria das mensagens postadas pela professora (conteúdo)


RESULTADOS

O ambiente promoveu diferentes tipos de interação, tendo predominado as interações aluno-aluno e aluno-conteúdo;

As mensagens “off-topic” geraram grande interação entre os participantes, porém com poucas evidências de colaboração e aprendizagem (social);

Evidências de compartilhamento de idéias e informações levando à debates e construção colaborativa de conhecimento acerca dos temas discutidos (currículo) e prática de comunicação em língua inglesa para além da sala de aula;


RESULTADOS

Possibilidades Limitações

Meio de comunicação rápido e eficiente; Caráter “imediatista” das interações;

Maior aproximação entre professor e alunos; Algumas discussões superficiais;

Familiaridade e frequência de utilização da ferramenta pelos alunos e professora favoreceu a experiência;

Nem todos os alunos participaram das interações;

Expansão da sala de aula para além do espaço físico solucionando a questão da falta de acesso à tecnologias no ambiente educacional;

Troca de experiências, idéias e informações relacionadas aos objetivos de aprendizagem da disciplina e assuntos diversos relacionados à língua inglesa.


RESULTADOS

90% dos respondentes acessa o SRS várias vezes por dia;

55% dos respondentes já participou de algum SRS para fins de aprendizagem;

95% dos respondentes acredita que o grupo no SRS contribuiu para a aprendizagem;

80% dos respondentes gostaria de participar de outros grupos semelhantes;

90% dos respondentes avalia a experiência como produtiva;


RESULTADOS

“Foi uma ótima maneira de estender o contato com a matéria e trocar informações sobre a matéria estudada.”

“Sim. Acredito que tivemos um espaço maior para expressar nossas opiniões, além de ter mais tempo.”

“Criou uma oportunidade de exercitar o inglês além de possibilitar a comunicação da turma e o compartilhamento de informações interessantes.”

“Me ajudou muito na aprendizagem pela troca de informações sobre os assuntos da matéria em questão, pelo fácil contato com a professora para esclarecimento de dúvidas, entre outros.”


RESULTADOS

“Além de ter permitido uma discussão mais prolongada e tranquila do que na sala de aula, pudemos relacionar este tema com outros diversos que encontrávamos enquanto navegávamos no Facebook, fazendo o aprendizado cada vez mais interativo.”

“Acredito que minha participação me ajudou a expor minhas opiniões e minhas dúvidas, e se houvesse algo que eu não soubesse, sempre alguém ajudava.Além de aumentar a proximidade entre eu e os outros alunos, utilizar o ingles também na internet, enquanto estamos em casa é um ponto positivo pra todos nos.”

“Apesar de não ter participado ativamente, sempre que pude, eu li o que os colegas divulgavam e meus conhecimentos puderam ser expandir por uma área cada vez maior.”


VISÃO DOS ALUNOS

Contato com a matéria fora da sala de aula

Falta de foco/concentração

Compartilhamento de sites e vídeos Ambiente (lazer X estudo)

Dinamismo e rapidez da internet Interação assíncrona

Seleção de informações (comunidade)

Facilidade de acesso ao professor

Comentários

Familiaridade com a ferramenta


RESULTADOS

“Apenas gostaria de dizer que o Facebook é uma excelente ferramenta para que o professor possa trabalhar aquilo que muitas vezes não dá tempo na sala de aula e a troca de informações também é mais intensa, acredito.”

“Eu adorei o grupo, gostaria que TODOS os professores fizessem algo do tipo para que a sala de aula não fosse o limite da disciplina... todo professor tem aquele livro, aquela música, aquele vídeo especial sorbe a matéria, que gostaria de comprtilhar com todos os alunos, e não o faz... agora é possível fazê-lo!”


CONSIDERAÇÕES FINAIS A ferramenta se mostrou bastante eficiente para os objetivos estabelecidos, estimulando a colaboração, o compartilhamento e a construção coletiva do conhecimento;

O SRS ampliou a comunicação entre professor e aluno e alunos-alunos e “deu mais voz” aos alunos rompendo a hierarquização dos AVAs tradicionais;


CONSIDERAÇÕES FINAIS O professor deve negociar com a turma a utilização da ferramenta e deixar claro os objetivos e o grau de participação esperado;

O professor deve atentar para questões de privacidade, segurança e ética no uso da ferramenta para fins acadêmicos.


REFERÊNCIAS

BUZZETTO-MORE, N. Social Networking in Undergraduate Education. Interdisciplinary Journal of Information, Knowledge, and Management. Volume 7, 2012. Disponível em: http://www.ijikm.org/Volume7/IJIKMv7p063-090Buzzetto611.pdf Acesso em: 15 maio 2012.

MOORE, Michael G. Three Types of Interaction. The Americam Journal od Fistance Education. V. 3 N. 2, 1989. Disponível em: http://www.gwu.edu/~ed220ri/reading/Moore_Interaction.pdf Acesso em: 20 Outubro, 2012.

RABELLO, C. e HAGUENAUER, C. Sites de Redes Sociais e Aprendizagem: Potencialidades e Limitações. In: Critian j. Haguenauer e Francisco Cordeiro Flho (Org.) Ambientes Virtuais de Aprendizagem: dos SGAs aos games e à realidade virtual. Curitiva, CRV, 2012.

SIEMENS, George; WELLER, Martin. Higher education and the promises and perils of social networks. Revista de Universidad y Sociedad del Conocimiento. Barcelona, v. 8, n. 1, p. 164-170, January 2011. Disponível em: http://rusc.uoc.edu/ojs/index.php/rusc/article/view/v8n1-globalizacion-e-internacionalizacion-de-la-educacion-superior/v8n1-siemens-weller-eng Acesso em: 29 jul. 2011.

THURMOND, Veronica A.; WAMBACH, Karen. Understanding Interactions in Distance Education: A Review of the Literature. International Journal of instructional Technology and Distance Learning. Vol. 4, N. 1, 2004.

http://www.ijikm.org/Volume7/IJIKMv7p063-090Buzzetto611.pdf

http://www.gwu.edu/~ed220ri/reading/Moore_Interaction.pdf

http://rusc.uoc.edu/ojs/index.php/rusc/article/view/v8n1-globalizacion-e-internacionalizacion-de-la-educacion-superior/v8n1-siemens-weller-eng













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