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Anestésicos na Cirurgia BMF
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A anestesia local é definida como um bloqueio
reversível da condução nervosa, determinando
perda das sensações, em nível local, sem
alteração do nível de consciência.
Ferreira, 1999
Terra, G.
Os anestésicos locais bloqueiam fisicamente por
interações lipofílicas (ocluindo o poro) os canais de sódio
das membranas dos terminais dos neurônios.
Como o potencial de ação é dependente do fluxo de
sódio, ao não ocorrer, não há propagação do sinal
nervoso.
Terra, G.
Os neurônios com axônios com menor diâmetro são mais facilmente bloqueados, ou seja, nervos de menor calibre são mais facilmente anestesiados.
A administração local concomitante com um vasoconstritor reduz os seus efeitos sistêmicos e prolonga os seus efeitos locais.
Terra, G.
Ansiedade, tremores, euforia e agitação.
Confusão.
Vasodilatação e redução da frequência cardiaca.
Hipotensão arterial.
Terra, G.
Convulsões (incomum).
Depressão nervosa, em altas doses algum risco de depressão respiratória.
Reações alérgicas.
Terra, G.
A procura por substâncias que pudessem amenizar a sensação dolorosa vem desde a antiguidade, onde já se conhecia o ópio (suco da papoula).
Antes da descoberta dos anestésicos, também eram
utilizados, asfixia temporária do paciente na qual se provocava uma isquemia cerebral e um desmaio momentâneo
Faria & Marzola, 2001
Terra, G.
Nieman, em 1860, utilizou o primeiro anestésico local na Medicina e Odontologia que foi a cocaína.
A procaína, o primeiro anestésico sintético, foi sintetizada por Einhron em 1905.
Tortamano & Armonia, 2003
Terra, G.
São divididos em dois grupos:
1. Ésteres
2. Amidas
Terra, G.
Atualmente, os anestésicos locais mais utilizados em Odontologia são aminas terciárias (grupo Amida) com propriedades hidrofílicas e lipofílicas, sintetizados na década de 40.
Os anestésicos do grupo Amida são uma alternativa menos tóxica, mais efetiva e com potencial alergênico menor que os anestésicos tipo éster.
Vieira, Gonçalves & Agra, 2000
Terra, G.
Benzocaína
Tetracaína
Procaína
Cloroprocaína
Terra, G.
Lidocaína
Mepivacaína
Bupivacaína
Etidocaína
Prilocaína
Articaína
Terra, G.
A lidocaína é o anestésico mais utilizado em Odontologia. Foi o primeiro anestésico do grupo amida.
Sua concentração mais comum é a de 2%.
Sua dose máxima recomendada em adultos é de 7 tubetes anestésicos.
Lofgren, 1943
Terra, G.
São raros os efeitos tóxicos da lidocaína. Em geral só aparecem em decorrência de sobredose ou injeção intravascular inadvertida.
Comercialmente é associada a Epinefrina, Norepinefrina, Adrenalina.
Terra, G.
É amplamente utilizada na odontologia.
É classificado como um anestésico de duração intermediária.
Potência e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína. A dose máxima é de 7 tubetes.
Terra, G.
A concentração odontológica eficaz é de 2% (com vasoconstritor).
Sem vasoconstritor a concentração odontológica eficaz (???) é de 3%.
Comercialmente é associada a Norepinefrina, Adrenalina e levonordefrin.
Terra, G.
Potência quatro vezes maior que a lidocaína.
Toxicidade quatro vezes menor.
Dose máxima recomendada de 8 tubetes.
A anestesia pode persistir de 5 a 9 horas.
Em tubetes anestésicos é encontrado na concentração
de 0,5% (com ou sem vasoconstritor).
Terra, G.
Toxicidade duas vezes maior que a lidocaína.
A dose máxima recomendada é de 6 tubetes.
Comercialmente é encontrado na concentração 3%
e tendo a felipressina como vasoconstritor.
Potência e duração semelhante à lidocaína.
Terra, G.
A Articaína foi aprovada para uso nos Estados Unidos
em abril de 2000.
Comercialmente é encontrado na concentração 4% e
tendo a adrenalina como vasoconstritor.
Sua dose máxima recomendada é de 6 tubetes.
Contra-indicado para pacientes alérgicos à sulfa.
Terra, G.
O efeito da ação dos vasoconstritores é
prolongar a duração do anestésico local,
enquanto que reduz simultaneamente sua
toxicidade e aumentando sua eficácia e
segurança.
Terra, G.
No passado, atribuíam-se várias desvantagens a eles, porém muitas delas decorriam em função do uso inadequado, como:
Injeções intravasculares; Concentrações de vasoconstritor elevadas; Grande volume de anestésico aplicado.
Terra, G.
Adrenalina
Epinefrina
Noradrenalina
Noraepinefrina
Fenilefrina
Felipressina.
Terra, G.
As concentrações mais utilizadas em Odontologia são a de 1:100.000 e 1:200.000.
Segundo Faria e Marzola (2001), a adrenalina liberada pelo organismo, em situação de estresse, é muito acima da contida em um tubete odontológico.
Terra, G.
Duração desejada do efeito.
Condição sistêmica do paciente (cuidado especial
para o hipertireoidismo, cuidado relativo com o
hipertenso, diabetes e outras doenças cardíacas).
Necessidade de produzir hemostasia.
Terra, G.
MAXILARES:
Bloqueio terminal infiltrativo.
Bloqueio do nervo alveolar posterior superior.
Bloqueio do nervo alveolar superior médio.
Bloqueio do nervo nasopalatino.
Bloqueio do nervo palatino maior.
Terra, G.
MANDIBULARES:
Bloqueio dos nervos alveolar inferior, bucal e
lingual.
Bloqueio do nervo mentoniano.
Bloqueio do nervo bucal.
Terra, G.
Também conhecida como anestesia infiltrativa.
Mais utilizada em Implantodontia quando feita exodontia e
implantação imediata e invasão do seio maxilar na sua
porção mais anterior.
Inserção da agulha paralela ao longo eixo do dente, bisel
voltado para o osso, com agulha curta e depositar a solução
anestésica próximo ao ápice do elemento.
Terra, G.
Mais utilizada em Implantodontia quando feita exodontia e
implantação imediata e/ou invasão do seio maxilar na sua
porção mais posterior.
Inserção da agulha em 45° ao longo eixo do dente para cima,
para trás e para dentro, bisel voltado para o osso, com
agulha longa. Inserir cerca de 3/4 da agulha.
Terra, G.
Mais utilizada em Implantodontia quando feita
exodontia e implantação imediata e/ou invasão do
seio maxilar na sua porção mais posterior.
Inserção da agulha em 45° ao longo eixo do dente
para cima e para dentro, bisel voltado para o osso,
com agulha longa. Inserir cerca de 3/4 da agulha.
Terra, G.
Utilizada em Implantodontia em região anterior
maxilar.
Punção na papila incisiva, no forame nasopalatino.
Inserção da agulha paralela ao longo eixo dos dentes,
cerca de 4 mm, bisel voltado para o forame, com agulha
curta.
Depositar a solução anestésica na entrada do forame.
Terra, G.
Utilizada em região posterior maxilar.
Punção a cerca de 1 cm acima do último molar
erupcionado, mesialmente ao forame palatino maior.
Inserção da agulha em 90° ao longo eixo dos dentes,
cerca de 1 mm, bisel voltado para o forame, com
agulha curta.
Terra, G.
Também conhecida como anestesia Pterigomandibular.
Mais utilizada em Implantodontia quando feita
exodontia e implantação imediata.
Agulha longa.
Técnica direta.
Técnica indireta.
Terra, G.
Mais utilizada em Implantodontia quando feita exodontia e
implantação imediata.
Inserção da agulha paralela ao longo eixo do dente, entre
pré-molares bisel voltado para o osso, com agulha curta.
Depositar a solução anestésica entre os ápices dos
elementos.
Terra, G.
Punção na região da intersecção do fundo de saco e
mucosa jugal.
Inserir a agulha até atingir cerca de 1 cm aquém do
ângulo mandibular.
Agulha curta.
Terra, G.
Os anestésicos mais indicados em pacientes cardiopatas são
a Lidocaína, Mepivacaína e a Prilocaína.
Os vasoconstritores mais indicados em cardiopatas são a
Epinefrina, Adrenalina e Felipressina nas concentrações de
1:100.000 e 1:200.000.
O limite, em geral, é de 3 tubetes.
Terra, G.
Terra, G.
Quando se tratar de um procedimento eletivo, o ideal é esperar o fim da gestação.
O anestésico mais indicado em gestantes é a Lidocaína.
Porém, o risco de aborto e danos ao feto, se utilizado anestésicos indicados e com segurança, é quase nulo.
Terra, G.
Franklin Edgard de Moura Campos, 2003.
Terra, G.
A prevenção é a idéia mais importante
quando falamos sobre intoxicação com
anestésicos locais.
Terra, G.
Condutas principais na prevenção:
Aspirar antes de injetar
Injeções lentas
Manter o contato verbal com o paciente, em busca
de qualquer sinal ou sintoma precoce de intoxicação
ou injeção intravascular inadvertida.
Terra, G.
Gosto metálico na boca
Alterações auditivas
Diplopia
Palidez
Tontura
Terra, G.
Interromper a administração da droga;
Oxigênio a 100% por máscara;
Coloque o paciente em Trendelenburg;
Monitorização de oxigenação, ritmo e freqüência
cardíaca e pressão arterial.
Terra, G.
Em quadros mais graves, podem ocorrer parada respiratória, arritmias cardíacas, assistolia ou fibrilação ventricular.
Nesses casos devemos considerar os esquemas usualmente adotados em suporte básico e avançado de vida protocolados por entidades como a American Heart Association.
Terra, G.
Terra, G.
Verificação do nível de consciência.
Desobstrução das vias aéreas superiores (hiperextensão cervical).
Verificação da respiração (ver, ouvir e sentir).
Verificação da circulação (pulsação).
Terra, G.
Chamar o paciente 3 vezes.
Se não houver resposta, aplicar estímulo doloroso.
Terra, G.
Remover próteses ou qualquer outro aparato que possa interferir ou prejudicar a respiração do paciente.
Puxar a cabeça para trás e para cima para facilitar a passagem de ar (Manobra de Esmarch).
Terra, G.
Analisar movimento torácico (Ver).
Ouvir a respiração, aproximando o ouvido do nariz (Ouvir).
Sentir, com a mão, o ar que sai dos pulmões (Sentir).
Terra, G.
Localizar pulso carotídeo com os dedos indicador e médio.
Terra, G.
Posicionar o paciente em superfície dura.
Fechar o nariz do paciente com os dedos indicador e
médio e soprar vigorosamente na boca do paciente ou
utilizar ambú.
Prosseguir a análise primária.
Constatado apenas parada respiratória, prosseguir com
respiração artificial por 1 minuto.
Fazer novamente análise primária.
Terra, G.
REANIMAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR 1- Com 2 socorristas: O socorrista A fará as ventilações.
O socorrista B fará a massagem cardíaca.
Terra, G.
Os socorristas devem se ajoelhar no chão.
O socorrista B deve localizar o ponto de aplicação
da massagem (2 dedos acima do apêndice xifóide,
no final do osso esterno).
Mãos espalmadas, com os dedos entrelaçados, a
direita sobre a esquerda (para destros).
Terra, G.
Socorrista A: 1 Ventilação.
Socorrista B: 5 massagens.
Realizar o procedimento por 4 vezes.
Realizar a análise primária, se não houver retorno da
respiração e pulso, repetir o procedimento até o
resgate chegar.
Terra, G.
1- Com 1 socorrista:
2 Ventilações seguidas de 15 massagens.
Realizar o procedimento por 4 vezes.
Realizar a análise primária, se não houver retorno da
respiração e pulso, repetir o procedimento até o resgate
chegar.
Terra, G.
Terra, G.
Terra, G.