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Arte Romana 700 a.C. à 500 d. C.

Arte romana

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Material de estudo da disciplina de Artes 2013, para os 1° anos do ensino médio.

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Page 1: Arte romana

Arte Romana – 700 a.C. à 500 d. C.

Page 2: Arte romana

ARTE ROMANA 700 a.C. à 500 d.C.

Arte Grega + Arte Etrusca;

Inovação na arquitetura;

Aspecto funcional e proporções ;

Realístico

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ARTE ROMANA

INTRODUÇÃO

Page 4: Arte romana

ARTE ROMANA 700 a.C. à 500 d.C. Entre as civilizações do mundo antigo, a dos romanos é, sem duvida, aquela a que mais temos acesso, uma vez que

eles nos deixaram um vasto legado literário, que nos permite traçar sua história com riqueza de detalhes que

nunca nos cansamos de admirar. Paradoxalmente, no entanto, poucas questões são mais difíceis de responder do

que a que fazemos a seguir: “o que é a arte romana?”. O gênio romano, tão facilmente identificável em qualquer

outra esfera de atividade humana, torna-se estranhamente enganoso quando perguntamos se existiu um estilo

romano nas artes. Por que isso acontece? A razão mais obvia é a grande admiração que os romanos tinham pela

arte grega de todos os tipos de período. Não só importavam milhares de originais de épocas anteriores e deles

faziam um número ainda maios de copias , como também as suas próprias criações eram claramente baseadas em

fontes gregas, sendo que muitos de seus artistas eram de origem grega. Mas além da temática diferente, o fato é

que, como um todo, a arte criada sob o patrocínio romano parece nitidamente diferente da arte grega e apresenta

qualidades positivas não gregas que expressam diferentes intenções. Assim, não devemos insistir em avaliar a arte

romana segundo os padrões da arte grega, perto da qual poderia parecer, superficialmente, uma fase final e

decadente. O império Romano foi uma sociedade extraordinariamente aberta e cosmopolita, que absorveu os

traço regionais num modelo comum totalmente romano, homogêneo e diversificado ao mesmo tempo. A

“romanidade” da arte romana deve ser buscada nesse modelo complexo, e não numa única e consistente

qualidade formal.

Page 5: Arte romana

ARTE ROMANA

A ORIGEM

Page 6: Arte romana

ARTE ROMANA 700 a.C. à 500 d.C.

PERIODOS

Monarquia

República

Império

DATAS

De 700 a.C. à 500 a.C.

De 501 a.C. à 30 a.C.

De 30 d.C. à 500 d.C.

Page 7: Arte romana

ARTE ROMANA – A origem Um névoa impenetrável, que lendas e mitos não conseguem dissipar, envolve o surgimento de

Roma. Segundo a tradição, a cidade teria sido fundada em 753 a.C. por Rômulo e Remo, netos do

rei de Alba, a mais importante cidade da região. Antes disso, porém, um grupo de pastores e

lavradores já havia descido as colinas do Lácio para se fixar às margens do rio Tibre. Faziam parte,

talvez, dos povos itálicos, de origem indo-europeia, que ali chegaram no século XII a.C.,

possivelmente aparentados com os invasores helênicos do Peloponeso.

Com o tempo mais dois povos ocuparam regiões diferentes da península Itálica: os etruscos ao

norte, e os gregos ao sul. Os etruscos, no decorrer do século VI a.C. impuseram sua hegemonia e

reuniram essas populações dentro de um cidadela fortificada. Esse fato permite supor que foram os

etruscos os verdadeiros fundadores de Roma.

Os primeiros soberanos de Roma eram eleitos, tendo seu poder limitado por um conselho de cem

anciãos – o senado - e por uma assembleia popular, composta de todos os cidadãos em idade

militar, mas dominada pelos patrícios, membros dos clãs romanos que detinham a posse das

terras.

Page 8: Arte romana

ARTE ROMANA – A origem A dinastia etrusca terminou com a expulsão de Tarquinio, o Soberbo, em 509 a.C., após o que a Republica ( res=

coisa; publica= do povo) iniciou seus quatro séculos de existência. A sociedade romana que começara como um

agrupamento de pequenos agricultores, gravitava então em torno da aristocracia patrícia e das massas plebeias.

Dois cônsules, anualmente eleitos pela assembleia popular, governavam Roma, auxiliados por senadores,

questores, censores, pretores e outros funcionários. A plebe chegou a ter seus representantes – os tribunos – e

desafiava constantemente os patrícios.

No periodo republicano, crescendo em poder e riqueza, Roma, subjugou paulatinamente os etruscos, os samnias,

além dos Alpes. Em 264 a.C. só restava um ameaça: as colônias fenícias do Mediterrâneo, unidas sob o poderoso

comando de Cartago. Ao fim três Guerras Púnicas, que mantiveram romanos e cartagineses em luta até 146 a.C., a

supremacia de Roma tornou se indiscutível, desde as margens do Mediterrâneo e o centro da Europa , até a Ásia

Menos e o Egito. Todos essas guerras atrasaram o desenvolvimento cultural. No tempo da Republica, a arte

romana ainda tinha um caráter nitidamente etrusco. Mas, com a progressiva conquista do território mediterrâneo,

a civilização helênica foi afluindo para a jovem metrópole às margem do Tibre, na mesma medida em que Roma

se apossava do mundo grego. Assim, desde os primórdios, a arte romana oscila entre a tradição etrusca-ítalica,

essencialmente popular, voltada para a expressão imediata da realidade, e a influencia grego-helenística, refinada

elaboração de um ideal de beleza. Da assimilação e superação dessas duas tendências nasceria no final do século I

d.C. , uma linguagem artística verdadeiramente autônoma e original, sobretudo na arquitetura.

Page 9: Arte romana

ARTE ROMANA – A origem

Dos etruscos herdaram os romanos a habilidade metalúrgica, o

divertimento cruel do combate de gladiadores e a ciências do arco e da

abobada, que aprimoraram e tornaram de uso geral.

Dos gregos, os romanos derivaram seu alfabeto e muito de sua arte.

Nada lhes devem porém em matéria de senso prático. A

funcionalidade sempre ditou as regras da sua arquitetura, que

valorizou o espaço interno e sempre enfatizou o caráter civil e publico

de suas obras. A técnica da construção. Sob a pressão de inúmeros

problemas urbanos, aperfeiçoou muitos elementos que até hoje são

utilizados.

Page 10: Arte romana

ARTE ROMANA

ARQUITETURA

Page 11: Arte romana

ARTE ROMANA - ARQUITETURA Se a autonomia da escultura e pintura romanas tem sido questionada, a arquitetura romana é uma proeza

criativa de tal magnitude que exclui quaisquer dúvidas. Desde o primeiro instante, refletiu uma forma

especificamente romana de vida publica e provada. Os romanos aprenderam muito sobre a arte de

construir com os etruscos. De acordo com os escritores romanos, os etruscos foram mestre de engenharia

arquitetônica, de planejamento urbano e agrimensura. Muito pouco sobreviveu em pé, tanto da

arquitetura etrusca quanto da romana inicial; mas as obras que temos, mais as informações coletadas a

partir de escavações recentes, mostram que, de fato, os etruscos eram construtores altamente habilidosos.

Essa herança foi de partículas importância quando Roma ampliou seu domínio nas costas do

Mediterrâneo e em direção ao norte da Europa, menos populoso, construído novas cidades para servirem

de sedes do governo colonial. Talvez a única característica mais importante desse legado etrusco tenha

sido o arco de plenavolta, constituído por seções cuneiformes que se mantém firmemente engastadas,

Não que os etruscos tenham inventado o arco, seu uso remonta dos egípcios, mas eles, seguidos pelos

gregos, parecem tê-lo considerado apenas como uma besta de carga útil, e não como uma forma

suficientemente bela para ser usada em seus próprios méritos.

Page 12: Arte romana

ARTE ROMANA - ARQUITETURA Os edifícios gregos, apesar de belos, raramente eram construídos com o objetivo de

acomodar uma grande multidão sob o seu teto; mesmo os templos eram considerados

moradas dos deuses e não locais para agrupamento de fieis. Se os romanos transformaram se

num “povo de interiores” devido ao clima, que parece ter sido mais frio naquela época do que

é hoje ( florestas cheias de lobos e ursos estendiam se por quase toda a península), ou se o

simples tamanho da população tornava necessários os edifícios administrativos e locais de

encontro, o fato é que os modelos gregos, embora muito admirados, deixaram de ser

suficientes. Pequenos edifícios, como uma capela votiva ou um mausoléu familiar, podiam

imitar um modelo grego, mas quando se tratava de fornecer aos cidadãos tudo aquilo de que

necessitavam, da água à diversão em grande escala, novas formas radicais tiveram que ser

criada, bem como materiais mais baratos e métodos mais rápidos tiveram de ser utilizados

Page 13: Arte romana

ARTE ROMANA - ARQUITETURA Em Roma, separando a estrutura da forma, os arquitetos promoveram uma verdadeira revolução. O exemplo

grego não lhes servia pois a estrutura não se dissociava da forma: uma coluna era sempre um suporte, mesmo

quando engastada na rocha. A índole prática e econômica dos romanos, levou os a substituir a alvenaria com

argamassa por grandes blocos já preparados e unidos. Com a estrutura previamente definida, a forma final era

dada pelo acréscimo de elementos arquitetônico com função apenas decorativa. Esses elementos ( colunas,

frontões postiços, molduras), na sua maioria herdados da Grécia, seguiam o estilo jônico e , sobretudo, o

coríntio.

Além de favorecer , dessa maneira processos mais rápidos e baratos de construção, os arquitetos romanos

trouxeram uma grande inovação. Conscientes da grandeza de sua cidade, e desejosos de exprimi-la pela arte,

não vacilaram em alterar a paisagem para obter efeitos monumentais. Enquanto o edifício tipicamente grego,

harmoniza-se com a paisagem e dela não destoa em nenhum momento, a construção romana submete a

natureza a uma nova concepção do espaço. A conquista do espaço, realizada pela arquitetura romana, serviu

de base para todas as edificações dos séculos posteriores.

Page 14: Arte romana

ARTE ROMANA 700 a.C. à 500 d.C.

A planta das casas romanas era

rigorosa e invariavelmente desenhada

segundo um retângulo básico. A porta

de entrada, que ficava de um dos

lados menores do retângulo, conduzia

a um espaço central chamado átrio. O

telhado do átrio possuía uma abertura

retangular, exatamente na direção de

um tanque chamado implúvio

Interior da Casa del Tramezzo di Legno, em

Herculano, antiga cidade romana.

Page 15: Arte romana

ARTE ROMANA 700 a.C. à 500 d.C.

No Império Romano, as casas dos cidadãos abastados possuíam um peristilo, especie um corredor coberto e

circundante, aberto lateralmente através de uma ou mais fiadas de colunas

Peristilo da Casa dos Vettii, em Pompéia, na Itália

Page 16: Arte romana

ARTE ROMANA - ARQUITETURA O sentido pratico e realista da sociedade romana, as exigências militares e administrativa de sua expansão

determinaram uma nova maneira de encarar a arquitetura e o urbanismo. O próprio poderio do Império fez

da urbanização um elemento essencial na extensão de seus domínios. Tradição etrusca e elementos helênicos

conjugaram se para dar a Roma os fundamentos de um novo urbanismo.

Ao lado dos grandes monumentos e das obras de engenharia, que atestam o alto nível técnico e artístico

alcançado pelos romanos durante o Império, as casas dos ricos proprietários adaptam se ao fausto e à

suntuosidade característicos da época áurea de Roma.

Em contraste com os privilégios de que dispunham os nobres romanos, a plebe vivia miseravelmente. Suas

moradis eram precárias construções, em geral de madeira, situadas nos arredores. Esses edificios, as ínsulas,

elevavam se a cinco ou seis andares com camadas externas de acesso e abrigavam inumeras famílias. Além de

sofrerem frequentes desabamentos, essas casas incendiavam se facilmente, e devido à estreiteza das ruas, o

fogo alastrava se com rapidez, tomando proporções catastróficas, como aconteceu no ano de 64 d.C., durante

o célebre episódio em que o imperador Nero, em uma de suas apresentações, cantava e tocava sua lita

enquanto Roma ardia em chamas.

Page 17: Arte romana

ARTE ROMANA - ARQUITETURA Entretanto, o povo não se voltava contra seus imperadores, pois eles garantiam alimento e

diersão. Deixando suas habitações, onde sufocavam de calor no verão e tremiam de frio no

inverno, dirigia se aos lugares públicos. Quando os teatros, os circos e anfiteatros não lhe

ofereciam nenhum espetáculo, encontravam nas termas o conforto de que necessitavam

Em Roma, o trabalho era atividade própria dos escravos. Os cidadões não precisavam lutar

pela subsistência e, consequentemente, passavam o tempo nos lugares publicos. Nas

termas, o povo romano concretizava o ideal filosófico: “mens sana in corpore sena “ (

mente sã em corpo sã). Ao mesmo tempo que purificavam o corpo nas salas de banho e de

exercícios físicos, dispunham de bibliotecas e recintos destinados a reuniões.

Page 18: Arte romana

Os anfiteatros e construções públicas

Nos teatros, circos e anfiteatros, a multidão ia satisfazer seu gosto pelos divertimentos e

competições de todas as espécies. No teatro realizavam se espetáculos que compreendiam

desde as representações com música e dança até imponentes desfiles de cavaleiros e de

carros. Essas representações com musica e dança até imponentes desfiles de cavaleiros e

de carros. Essas apresentações exigiam um palco amplo, o que tornou os teatros romanos

diferentes dos modelos gregos, apesar de conservarem a mesma forma semicircular na

disposição da serie de degraus onde ficavam os espectadores. Muitos teatros foram

construídos sobre os flancos das colinas, porém foi ergues essas construções em terreno

plano, com apoio em poderosos alicerces.

Page 19: Arte romana

Os anfiteatros e construções públicas

As grande atrações do povo eram os circos e anfiteatros. Nos primeiros, assistiam

entusiasticamente as corridas de carros, apostando nos diferentes grupos de competidores

que se distinguiam pelas cores das vestimentas. Os circos possuíam a forma de longos

retângulos, rodeada por enormes arquibancadas onde se instalavam milhares de pessoas.

Nos anfiteatros, os espetáculos esportivos transformavam se em combates cruéis e

sangrentos de homens contra animais selvagens ou entre gladiadores. Nessas enormes

arenas, em forma de elipse, desenrolavam se cenas de grande violência, que o povo

aplaudia das arquibancadas. A arena era rodeada por um fosso, onde ficavam as feras que

deveriam ser soltas para os combates. Dessas construções a mais conhecida é o anfiteatro

Flavio, ou Coliseu, uma das construções mais extraordinárias que os romanos criaram.

Page 20: Arte romana

Os anfiteatros e construções públicas Do grego amphi (dois) e

téathron (teatro), significa

"teatro com assentos dos dois

lados do palco". Na Roma

antiga, era destinado a

espetáculos públicos, combates

de feras ou de gladiadores,

jogos e representações teatrais.

Page 21: Arte romana

ARTE ROMANA – O COLISEU O Coliseu, um enorme anfiteatro no centro da velha cidade, que podia acomodar

cinquenta mil espectadores, continua sendo uma das maiores construções do mundo. Sua

estrutura principal é construída com uma espécie de concreto, e trata-se de uma obra

prima de engenharia e planejamento eficiente, com quilômetros de galerias abobadas para

assegurar o fluxo regular do tráfego em toda a volta da arena. O exterior , monumental e

cheio de dignidade, reflete as subdivisões do interior mas é revestido e enfatizado por

pedra lapidada. Já um equilíbrio evidente entre as partes integrantes verticais e

horizontais que compõem a interminável serie de arcos. A reverencia para com a

arquitetura grega é ainda visível no uso de meias- colunas e pilastras que refletem as

ordens gregas; estruturalmente, estas se tornaram meros espectros- edifício continuaria

em pé caso fossem removidas- mas esteticamente são importantes, pois através delas a

enorme fachada adquire sua relação com a escala humana.

Page 22: Arte romana

Coliseu

Page 23: Arte romana

Destinados a abrigar muitos

espectadores, os anfiteatros

alteraram significativamente a

planta do teatro grego. Assim,

usando ordens de arcos

sobrepostas, os construtores

romanos obtiveram apoio para

construir o local destinado ao

público - o auditório.

Page 24: Arte romana

Destinados a abrigar muitos

espectadores, os anfiteatros

alteraram significativamente a

planta do teatro grego. Assim,

usando ordens de arcos

sobrepostas, os construtores

romanos obtiveram apoio para

construir o local destinado ao

público - o auditório.

Page 25: Arte romana

ARTE ROMANA – O PANTEÃO As mesmas inovações em engenharia e materiais permitiram que os romanos também

criassem enormes espaços cobertos. Dentre eles, o mais bem preservado é o Panteão, um

templo circular e enorme, dedicado, como o próprio nome diz, a todos os deuses. A

entrada parece comum, semelhante aos de outros templos romanos ( derivadas das

fachadas dos templos gregos, com colunas segundo a ordem coríntia) mas o mais

empolgante é a vista que temos ao passar pelos majestosos portais, quando o grande

espaço abobadado abre-se diante de nós num repente dramático.A partir da pesada

sobriedade da parede externa, pode se deduzir, que não foi fácil para o arquiteto resolver

os problemas de engenharia ligados à sustentação do imenso hemisfério de um domo.

Embora difícil de se acreditar, as características essências desse templo espantoso já

haviam sido descritas ( embora em menor escala) um século antes, pelo arquiteto

Vitrúvio. Para a construção de salas de vapor para banhos públicos.

Page 26: Arte romana

Panteão, construído em Roma

durante o reinado do imperador

Adriano em 27 a.C. para servir

como templo dedicado a todos os

deuses do panteão romano (daí o

seu nome). e, desde o século VII,

como templo cristão. É famoso pela

sua cúpula.

Enquanto a concepção

arquitetônica grega criava

edifícios para serem vistos

do exterior, a romana

procurava criar espaços

interiores

Page 27: Arte romana

Planejado para reunir a grande

diversidade de deuses existentes

em todo o Império, o Panteão,

com sua planta circular fechada

por uma cúpula, cria um local

isolado do exterior, onde o povo

se reunia para o culto.

Page 28: Arte romana

Panteão, construído em Roma durante o reinado do imperador Adriano

Page 29: Arte romana

ARTE ROMANA – OS AQUEDUTOS Os aquedutos, com amplo uso de arcos, formam outro capítulo importante da arquitetura

romana, smpre marcada pelo carater civil e pela preocupação de conforto urbano. Em 312

a.C., foi construida a Acqua Appia, conduto subterraneo em quase todo a sua extensão ( 16

km) , mas sustentado por arcos num trecho de 90 m para transpor uma depressão

pantanosa. Quarenta anos depois, um novo aqueduto exigiu 300 m de arcada. Com o

aumento da população cresceram também as necessidades de abastacimento, originando

obras cada vez mais grandiosas, como a Acqua Marcia, construido de 144 a 140 a.C. e que

tinha 92 km de extensão, dos quais 11 km sobre arcada.

Se a ideia dos arquedutos, que e muito antiga, vinha dos gregos, seu aperfeiçoamento e

ampla utilização decorrem da tenacidade dos romanos em resolver seus problemas

práticos.

Page 30: Arte romana

A arte romana revela-nos um povo de

grande espírito prático: por onde

passou, estabeleceu colônias e

construiu casas, templos, termas,

aquedutos, mercados e edifícios

governamentais. O aqueduto

conhecido como Le Pont du Gard

foi erguido no século I a.C. É um

exeplo da arquitetura romana. Possui

50 quilômetros de extensão e sua

função era conduzir água até Nimes,

cidade que hoje pertence à França.

Le Pont du Gard

Page 31: Arte romana

Le Pont du Gard.

Page 32: Arte romana

ARTE ROMANA

ESCULTURA

Page 33: Arte romana

Escultura romana O fim do período republicano coincide aproximadamente com o término da influencia

etrusca. Nessa época, a cultura helenística começa a se impor aos romanos vitoriosos. A lente

e progressiva conquista do mundo mediterrâneo, a partir do século II a.C., abre caminho para

a penetração de uma forma de arte até então negligenciada: a escultura. Esta não merecia em

Roma a mesma atenção devotada à arquitetura, mais adequada ao espírito pratico de seu povo.

Diante das estatuas gregas, porém, os generais se rendem, maravilhados. Da simples

pilhagem, passam à encomenda de cópias e, destas, á importação de artistas.

Esse afluxo da arte grego –oriental não sufocou as tendências inatas do temperamento

romano. Quanto à técnica, sobrevive a herança etrusca do trabalho em argila. Quanto aos

motivo, o estudo do nu não entusiasma o escultor romano, mais atraído pelos feitos

decorativos que consegue tirar das dobras das vestimentas. Se a imitação da arte grega e a

adoção de deuses estrangeiros desenvolveram a estatuaria religiosa, esta nunca teve grande

importância. O espírito marcadamente realista dos romanos expressava-se melhor nos baixos

relevos e nos retratos esculpidos.

Page 34: Arte romana

Escultura romana Como fonte de inspiração, a história era tão valiosa para a arte romana quanto a mitologia para os gregos. E

seus baixos relevos, de conteúdo narrativo e documental, são os primeiros que atingem maturidade

artística. Entretanto, foi ainda um costume etrusco, conservar dentro de casa os retratos em cera dos

antepassados, que alimentou o ramo predileto da escultura romana. Desses retratos nascem belíssimas

efígies, principalmente na época republicana. É quando os escultores tentam, e conseguem, de forma

sintética, alcançar um máximo de expressividade nas suas obras.

A reprodução dos rostos , uma constante da arte romana, torna-se o melhor sinal de seus realismo,

marcando de modo preciso uma personalidade ou um temperamento. A beleza de caráter, mais que a

beleza formal, sobressai nessas figuras esculpidas segunda uma concepção bem humana, em contrate com

o idealismo sobre-humano da escultura grega.

Assim, embora evoluindo dentro da esfera helênica, a escultura romana adquire características

inconfundíveis. Modeladas inicialmente em cera, as mascaras dos ancestrais eram transportadas nos

cortejos fúnebres e em seguida guardadas no átrio das residências, para evocar a presença eterna do morto.

Logo se fez sentir a necessidade de uma reprodução mais durável. Daí o uso do bronze e depois, no fim da

época republicana o emprego do mármore. Os retrato em cera recebiam pintura, enquanto os de metal e de

mármores dispensavam esse tipo de acabamento.

Page 35: Arte romana

Escultura romana O costume do retrato esculpido difundiu-

se de tal maneira que toda a pessoa de

destaque, ainda em vida, fazia questão de

ter sua efígie Por volta do século II a.C. , o

abuso suscitou uma lei, Jus imaginum,

que definia quais pessoas podiam ser

retratadas: somente os homens públicos

tinham esse direito. E as famílias dos

patrícios reservavam, em suas mansões,

um local, apropriado para abrigar o

retrato, verdadeiro símbolo de prestígio

social.

Page 36: Arte romana

Augusto

Page 37: Arte romana
Page 38: Arte romana

Togado Barberini

Page 39: Arte romana

ARTE ROMANA – OS ARCOS

Um dos monumentos mais característicos da arte romana são os arcos do

triunfo, que eram erigidos em Roma e nas províncias do Império para

comemorar as vitórias das legiões e outros episódios gloriosos. Os baixos

relevos que decoram as paredes internas e externas dos arcos celebram a

vitória dos romanos sobre outros povos. A arte romana alcança nessa época

plena maturidade , através dos baixos-relevos, nos quais o artista consegue

captar o movimento das personagens, que oferecem uma notável impressão

de profundidade.

Page 40: Arte romana

Antes da invenção do arco, o vão

entre uma coluna e outra era

limitado pelo tamanho do

entablamento horizontal. Esse

tamanho não podia ser muito

grande, pois, quanto maior a viga,

maior a tensão sobre ela, e a pedra -

material mais resistente usado nas

construções da época - não suporta

grandes tensões. Daí os templos

gregos serem repletos de colunas, o

que acarretava a redução do espaço

de circulação

Arco de Constantino monumento

criado em Roma entre 99 e 117 d.C.

Page 41: Arte romana

Painéis em alto-relevo na parte superior do Arco de Constantino em Roma

Page 42: Arte romana

ARTE ROMANA – OS COLUNAS Monumento tipicamente comemorativo são também as colunas. Entre elas destava se a Coluna de

Trajano, imperador da casa dos Antoninos. Construído em 113 a.C., esse monumento majestoso

celebra as gloriosas campanhas do imperador na Dacia, narrando episodios heroisocs através de um

longo friso em espiral. A figura de Trajano mantem a unidade da composição dos relevos, pois aparece

inumeras vezes no decorrer das cenas representadas. As divindades quase não estão presentes e são

raras as cenas alegóricas. Toda a obra destina-se a homenagear os exércitos romanos e o vasto império

que seu líder ampliara à máxima extensão. A precisão de detalhes, na decoração do monumento, torna

o um precioso documento histórico e a harmonia da composição garante seu valor artistico. Com

grandes expressividade, são representadas cenas violentas e brutais, que relatam as misérias da guerra

e revelam compaixão pelo sofrimento dos feridos, mesmo quando são inimigos de Roma. As mesmas

caracteristicas dessa obra encontram se na coluna dedicada a Marco Aurélio na Praça Colona. A

estátua dos imperador a cavalo, que encima a coluna, é a mais antiga escultura equestre de que se tem

conhecimento. Em 1538 foi transferida a Praça do Capitólio, onde se encontra até hoje.

Page 43: Arte romana

Erguida no século I da era cristã, a

Coluna de Trajano narra as lutas do

imperador e dos exércitos romanos na

Dácia. O imenso número de figuras

esculpidas em relevo faz da obra um

importante documento histórico em

pedra.

Coluna de Trajano

Page 44: Arte romana

Erguida no século I da era cristã, a

Coluna de Trajano narra as lutas do

imperador e dos exércitos romanos na

Dácia. O imenso número de figuras

esculpidas em relevo faz da obra um

importante documento histórico em

pedra.

Coluna de Trajano

Page 45: Arte romana

Erguida pelo menos um século depois da

Coluna de Trajano, a Coluna de Marco Aurélio

celebra o êxito dos romanos contra um dos

povos bárbaros. Como seu trabalho em relevo

é mais profundo que o da Coluna de Trajano,

nele é possível observar melhor as figuras que

representam os romanos e os bárbaros.

Coluna de Marco Aurélio

Page 46: Arte romana

Coluna de Marco Aurélio

Page 47: Arte romana

ARTE ROMANA – OS SARCÓFAGOS

Os sarcófagos representam temas históricos e episódios mitológicos ligados

à morte. Neles encontramos cenas relativas à vida quotidiana e às atividades

do defunto. As cenas em relevo ornamentavam os sarcófagos trazendo

expressividade as catacumbas. Os temas cotidianos por vezes mesclavam se

aos motivos pagãos. Seguindo normalmente a orientação hierárquica de

acontecimentos, momentos importantes para o defunto teriam maior

destaque e em muitos casos, tomavam grande parte do tumulo.

Page 48: Arte romana

Alto-relevo do sarcófago Ludovisi representando uma batalha entre romanos e germanos. A obra

encontra-se no Museu Nacional Romano, em Roma, Itália

Page 49: Arte romana
Page 50: Arte romana

ARTE ROMANA

OS AFRESCOS E MOSAICOS

Page 51: Arte romana

OS AFRESCOS

O hábito de construir templos m madeira, revestida de terracota para

melhor conservação, acabou por difundir entre os romanos o gosto pelas

pinturas murais. Isso porque a terracota, depois de aplicada sobre a madeira,

prestava-se muito à decoração em afresco, largamente praticada no interior

dos templos, nas paredes dos hipogeus, e esmo nos muros dos edifícios.

Os assuntos confirmam já naquela época , a preferência da arte romana pela

representação de fatos reais, capazes de glorificar a cidade, seus deuses e

deus dirigentes: combates, desfiles triunfais, cerimônias publicas.

Page 52: Arte romana

OS AFRESCOS

Mas foi sem duvida nas casas da Roma imperial que a pintura mural atingiu

um pleno desenvolvimento. O interesse provem da estreita ligação entre a

pintura e a arquitetura, e das múltiplas combinações decorrentes. É possível

reconhecer diferentes estilos e reconstituir os momentos de evolução,

provavelmente validos para o conjunto da pintura romana.

O desenvolvimento das cenas num espaço delimitado por elementos

arquitetônicos pintados traz a marca romana, assim como o realismo e a

individualidade de alguns personagens. A ilusão de amplidão é ainda maios

quando se pintam janelas fictícias sobre paisagens cheias de animação.

Page 53: Arte romana

Afrescos na parede de uma casa na

Vila dos Mistérios, em Pompéia

(meados do século I a.C.). As figuras

têm aproximadamente 1,50m.

A maior parte das pinturas romanas

que conhecemos hoje provém das

cidades de Pompéia e Herculano,

soterradas pela erupção do Vesúvio,

em 79 d.C., e cujas ruínas foram

descobertas no século XVIII.

OS AFRESCOS E OS MOSAICOS

Page 54: Arte romana

Nos painéis, podiam criar-se, por

exemplo, a ilusão de janelas abertas, por

onde se viam paisagens como animais,

aves e pessoas; barrados sobre os quais

aparecem figuras de pessoas sentadas

ou em pé, formando grandes pinturas

murais; ou, ainda, conjuntos que

valorizavam a delicadeza dos pequenos

detalhes.

Casa de los Vettii ,Pompeia

OS AFRESCOS E OS MOSAICOS

Page 55: Arte romana

As pinturas e os mosaicos

Cena da vida de Íxion, Casa dos

Vettii, Pompéia.

Page 56: Arte romana
Page 57: Arte romana

OS MOSAICOS

Os mosaicos, especialmente abundantes nas fontes de Pompeia e

Herculano, revelam uma arte bastante ligada à pintura. Dela retiram a

riqueza de colorido, em variações de azuis e amarelos e os jogos de luz e

sombra dos drapeados que cobre Venus, que são suas mais frequentes

personagens.

Os romanos herdaram essa técnica dos artesãos helenísticos e a aplicaram

com bastante frequência, atingindo uma notável qualidade de execução. A

principio o uso do mosaico era limitado aos pavimentos. Mais tarde,

transferiu se para as paredes, em painéis de grandes proporções, muitos

deles até hoje conservados em melhores condições que as pinturas.

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OS MOSAICOS

Esses compostos de pequenos fragmentos de mármore ou pedras análogas -

as tessarae- brancas ou em cores e de cacos de vidro colorido, fixados com

argamassa. A qualidade do desenho dependia do corte das tessarae; quanto

menores fossem os pedaços, mais elaborados podiam ser os detalhes. Os

motivos eram frequentemente episódios mitológicos, cenas de caça, jogos,

cenas de gênero, ou seja, do cotidiano e muitas vezes passagens

humorísticas. Apesar de terem sido encontrados mosaicos do período

republicano, pelos exemplos que se tem hoje, parece que em Roma, sua

técnica atingiu seu plenos desenvolvimentos no decorrer do século IV d.C.

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MOSAICO CONTEMPORÂNEO

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