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Atps sociologia
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ
UNIDADE I
CURSO DEADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: CIÊNCIAS SOCIAIS
Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento:
Gisele Cristine Ribeiro de Almeida – RA 7965693444
Iara Gouvea Galvão Silva– RA 6377229259
Jéssica Letícia do Prado Jacinto – RA 7194539948
Josué Passos dos Santos – RA 7965693409
Simone Fabiana de Oliveira Gouvea – RA 6751335829
Tutor(a) Presencial: Fernanda
Tutor(a) a Distância: Vanessa Pereira Mendonça Freire
Professor :
Taubaté, 21 de Novembro de 2013
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Sumário
Introdução...................................................................................................................................3
1– Concepções da Sociologia no cotidiano.................................................................................4
1.1 – Cultura, Individuo e Sociedade .........................................................................................4
1.2 - A Construção Social da Realidade ....................................................................................5
2 – A classe operária vai ao paraíso............................................................................................8
3 – Sociedade discriminada.......................................................................................................11
4 – Situações Cotidianas de exploração ao meio ambiente......................................................14
5 – Considerações Finais...........................................................................................................15
6 – Referencias Bibliográficas..................................................................................................16
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INTRODUÇÃO
Esta atividade prática supervisionada – ATPS tem por objetivo compreender a importância
das Ciências Sociais para a sociedade, uma vez que tal ciência estuda a vida dos indivíduos
em sociedade — sua origem, desenvolvimento, organização, grupos sociais e cultura, além de
investigar as relações entre os sujeitos e seu coletivo.
Para o gestor, é importante saber interpretar os problemas e refletir sobre os processos de
transformação dessas relações sociais, afim de que suas decisões sejam coerentes com o
ambiente social.
O capítulo 1 abordará a compreensão dos conceitos de cultura, indivíduo e sociedade, bem
como uma reflexão e problematização das concepções da Sociologia no cotidiano, permitindo
ao grupo refletir sobre os conceitos e propor soluções para estes problemas.
O capítulo 2 abordará aspectos sociais, políticos, históricos e culturais das Ciências Sociais,
bem como problematizar a questão da estrutura social e de seu controle. Para alcançar este
objetivo, há um crítico estudo sobre o filme do diretor Elio Petri, A classe operária vai ao
paraíso.
O capítulo 3 irá analisar situações cotidianas de desigualdade social, ao relacionar tais fatores
com os fundamentos sociológicos por meio de uma reflexão crítica dos famosos filmes Ilha
das Flores e Bumbando, bem como de imagens de situações cotidianas de desigualdade social.
O capítulo 4 buscará evidenciar a reflexão do grupo acerca de situações cotidianas de
exploração do meio ambiente, relacionando esses fatores com os fundamentos sociológicos.
Por fim, no capítulo 5 destinado às considerações finais, têm-se as impressões do grupo,
considerações, reflexões e aprendizados obtidos ao longo das etapas das atividades anteriores.
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1.0 - CONCEPÇÕES DA SOCIOLOGIA NO COTIDIANO
1.1 - CULTURA, INDIVÍDUO E SOCIEDADE
A cultura é o diferencial entre o homem e o animal, é a contínua aquisição de maneiras de
agir, pensar e se comportar, são hábitos e costumes que vão se consolidando ao longo do
tempo e que se interiorizam de tal modo no individuo que o faz considerar tais
comportamentos “naturais”.
No livro Fundamentos de Sociologia de Reinaldo Dias, ele define a palavra Cultura para o
senso comum o significado de acúmulo do saber, de conhecimentos. É culto o individuo que
tem conhecimento dos fatos.
O individuo recebe a sua cultura como parte de uma herança social, no entanto poderá
introduzir mudanças que serão repassadas às futuras gerações. O homem que por meio das
interações recíprocas cria uns cem números de instituições, organizações e fenômenos sociais
ao nascer já encontra o grupo estruturado com uma incontável quantidade de valores, normas
e costumes. Desse modo, o homem pode ser definido como um ser social.
O conceito de sociedade pressupõe uma convivência e atividade conjunta do homem,
ordenada ou organizada conscientemente. Toda Sociedade, sem exceções, estabelece regras
de convivência entre os seus membros, e sem elas pode-se dizer que a convivência social seria
impossível.
Os membros de uma sociedade podem ser de diferentes grupos étnicos. Também podem
pertencer a diferentes níveis ou classes sociais. O que caracteriza a sociedade é a partilha de
interesses entre os membros e as preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum.
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1.2 – A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE
Nesta obra a pretensão do autor é sinalizar que a realidade do senso comum é influenciada
pelo mercado de ideias. A obra mostra o que constitui esta realidade cotidiana do mundo.
Segundo os autores Peter L. Berger e Thomas Luckmann, para que seja possível entender a
realidade cotidiana faz-se necessário que se tenha ciência de que a filosofia é inerente, ou seja
é ligada, a essa construção.
Na vida cotidiana o mundo não é apenas uma garantia dada pelos membros da sociedade, no
entanto surgem também de aspectos particulares como atitudes e pensamentos. O autor
entende que a melhor técnica para atender a natureza dessa realidade é a fenomenologia,
tendo em vista que essa se constitui como uma técnica descritiva empírica, mas não cientifica
do ponto de vista da ciência empírica.
O autor também diz que é através da linguagem que as coisas ganham significados, a
linguagem demarca as coordenadas da minha vida e enche os objetos de significados.
A realidade cotidiana é sempre partilhada e o mundo mais coerente é a interação que acontece
frente a frente. Segundo o autor a realidade se forma a partir da relação com o outro, e mostra
que é impossível construir a minha realidade sem o contato com os outros, deve-se entender
também que esses outros possuem uma referencia da realidade que pode ser diferente da
minha, mas de todo modo, sei que vivo com eles em um mundo comum e cheio de
significados.
Também segundo o autor, a subjetividade do outro, eu só tenho acesso através de indicadores
corporais ou descritivos e até mesmo através de objetos que mostrem a subjetividade do outro.
Podemos dar como exemplo, se vejo em uma loja uma pessoa escolhendo um aparelho
eletrônico de ultima geração, entendo que esta pessoa preze por um produto de tecnologia
avançada, esta percepção foi possível devido aos indicadores que a todo momento estão redor
de objetos que indicam a subjetividade do outro. Por outro lado se vejo uma criança sorrindo
percebo que ela está feliz, a felicidade é algo subjetivo, se vejo lágrimas no rosto desta criança
percebo outra subjetividade.
Já o sentido de realidade objetiva neste livro é de coisas materiais e corpóreas, ou seja,
chamamos de realidade objetiva as coisas que sabemos que existem porque são corpóreas (no
sentido de que possuem um significado). A realidade objetiva é uma construção de uma
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cadeia de sintetizastes que surge da ideia de alguém, ou seja, alguém tem a ideia de alguma
coisa e transforma em algo material.
Podemos ter como exemplo o telefone celular, alguém o imaginou e fez com que isso partisse
da imaginação e que se materializasse e a partir daí eu posso afirmar que o celular existe
objetivamente, pois posso senti-lo empiricamente.
Devemos entender o mundo como tendo muitas realidades, porém dentro de todas essas
realidades a mais importante é aquela da vida cotidiana, ou seja do dia-a-dia, pois essa é a
predominante. Por exemplo, se almoço em um restaurante todos os dias sempre no mesmo
horário é provável que eu encontre com as mesmas pessoas que também preferem este
restaurante e almoçam sempre neste mesmo horário, no entanto se algum dia eu vá a este
restaurante em um horário fora do que o de costume esta realidade pode mudar, é provável
que encontre com outras pessoas e não aquelas a qual encontrava todos os outros dias, ou seja,
diante da minha realidade há uma série de outras realidades que independem da minha.
Enquanto uns trabalhavam tranquilamente no dia 11 de Setembro, houve o atentado as Torres
Gêmeas em Nova York.
Entendendo a realidade da vida cotidiana como sendo ordenada em padrões que são
independentes, ela se mostra ordenada por objetos que já estão lá antes mesmo de eu entrar
em cena, por exemplo, o restaurante que citei acima, independente de mim será servido o
almoço, as pessoas vão almoçar nos seus horários, depois voltam aos seus trabalhos e etc. A
realidade cotidiana é controlada por variáveis e está organizada em torno do espaço e do
tempo, ou seja do aqui, do meu corpo e do agora, este é o meu foco.
A realidade é demasiadamente complexa e grandiosa e devido a isso as pessoas tiram um
pedaço para si, ou seja, a recortam para que seja possível viver nela. Mais próximo da minha
realidade é aquela cujo meu corpo está envolto, pois essa zona contem um mundo com
realidades ao meu alcance, ou seja que eu posso modificar.
Nesse mundo minha mente é dotada de pragmatismo, sendo que não há interesse pragmático
por zonas distantes a minha, pois sei que talvez durante toda a minha vida não possa me
ocupar com essas zonas. Neste trecho o autor está dizendo que o ser humano se interessa
apenas pela realidade que lhe é útil, pois sabe que muito provavelmente não conseguirá viver
a realidade como um todo. Por exemplo: Estou agora em um treinamento de trabalho, estou
achando chato e está um dia frio e lá em Florianópolis está um dia lindo, ensolarado e está
acontecendo um evento de Surf; eu posso viver a realidade do agora e tirar proveito do
treinamento já que não posso estar neste momento em Florianópolis.
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A sociedade é um produto humano, a realidade é uma realidade objetiva e o homem é um
produto social, segundo o autor. Ao mesmo tempo o mundo institucional exige certa
legitimação, ou seja, modos pelos quais pode-se explicar que o homem é um produto social.
Com esta reflexão entendemos que a sociologia do conhecimento é o estudo da construção
social da realidade e compreender os fatos sociais na sua vertente subjetiva e objetiva
constitui a intenção da investigação da maneira pela qual uma determinada realidade é
construída.
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2 – A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAISO
O filme “A classe operária vai ao paraíso” se passa nos anos 70, época em que as questões
relativas aos direitos humanos caminhavam com morosidade. As normas trabalhistas e as
condições de trabalho eram precárias, não havia muito amparo para os trabalhadores, os
salários defasados, sem adicionais de horas extras, horário de almoço e nenhum outro tipo de
benefícios. Os Empresários estavam preocupados com o aumento de suas vendas e de
produção, o que para eles, garantiria aumento de suas riquezas, independentemente das
condições de seus cooperadores.
O filme retrata a história de Lulu Massa, um operário-padrão que é influenciado pelo
capitalismo, está na fabrica muitos anos. Dedicado, alcançava com seus esforços compulsivos
as metas absurdas impostas pela empresa o que não lhe proporcionava uma boa impressão e
admiração para os colegas que não possuíam o mesmo talento de desempenho na produção.
Esse operário-padrão, com sua tamanha ignorância, acreditava que o trabalho árduo poderia
lhe proporcionar meios para adquirir uma melhora de vida bem como seus sonhos de
consumo, por isso sacrificava-se. Seu desgaste físico e mental é percebido por todos que o
cercavam, principalmente em sua casa, isso se refletia nitidamente. Após sofrer um acidente
de trabalho onde perde um de seus dedos, e depois de uma conversa com um ex-companheiro
de serviço que se encontra na loucura, percebe que necessita de mudanças. Vê então nos
sindicalistas da época que influenciavam os operários na luta para abolição do sistema de
produção e a busca por melhorias e condições dignas de trabalho, a chance de encontrar uma
saída para seus problemas e passa a apoia-los em parte. Seus pensamentos começam a
desenvolver-se e sua perspectiva de vida muda totalmente. Numa assembleia onde seria
discutida as questões em tese ele faz um discurso comparando-se a uma maquina que de tanto
trabalhar já não tem mais serventia nem concerto, o que o leva a admiração de seus
companheiros, passando a lutar e reivindicar por um ideal comum a todos.
Lulu Massa encontra-se em um processo de mudança, e em sua casa cercado de objetos sem
utilidade e sem valor, que depois de adquiridos não podem ser consumidos nem sequer
revendidos, ou sequer podem ser usufruídos. Tem a noção de que nada serve seus bens, pois
não encontra nenhuma satisfação no ambiente em que vive.
Conclui-se que, para uma sociedade “burguesa” o mais importante é conservar os bens,
desejos, objetos e futilidades do que satisfazer e valorizar a figura do ser humano, a peça
fundamental para uma sociedade. É o que se mostrava claramente no capitalismo da época,
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onde o operário se contentava em vender a sua força de trabalho ao capitalista. Lulu consegue
contornar essa situação, suas atitudes e comportamento não são os mesmos, bem como sua
crença em que o muro que faz essa distinção de classes viria ao chão, e a igualdade social
seria um paraíso para sociedade.
O sistema social político-econômico que movimenta o mundo tem grande influencia nas
atividades humanas e na construção da realidade de cada individuo, e, ao mesmo tempo é
influenciado pelos mesmos. Isso é o que torna a percepção de diferentes expectativas de vida
em sociedades ou culturas diferentes.
A socialização consiste em fazer com que o indivíduo seja capaz de interagir na sociedade, de
interiorizar, subjetivar, objetivar e até mesmo ser capaz de modificar o meio em que vive no
intuito de suprimir as suas necessidades, fazendo que a interação social, seja um elemento
indispensável na realidade da vida cotidiana.
Desde cedo, cada ser humano que compõe um grupo social é norteado por algum tipo de
influencia devido essa interação, e para manter suas necessidades, seu desenvolvimento
baseia-se nas características do mercado de trabalho e nas estruturas do consumo, próprios de
uma sociedade. A educação, a formação acadêmica e profissional, a busca por mais
conhecimentos, as atividades institucionais, os bens e serviços, tudo isso compõe o ciclo que
mantém em funcionamento o sistema político-econômico capitalista que nos envolve.
Todos esses direcionamentos são essenciais na vida do individuo e de suma importância para
que se possa ter uma oportunidade de fazer parte da concorrência empresarial, da
competitividade de um espaço no mercado de trabalho, da elevação dos padrões e da
qualidade de consumo, entre outras coisas. Trabalho e consumo, na nossa sociedade atual,
possuem características interdependentes.
O trabalho e o consumo referidos irão depender do que a sociedade de determinado local ou
região necessita ou tenha abundância, facilidade e garantias no meio de produção de
determinado produto que atenda sua demanda, com predomínio de produtos de origem
regional, baixo nível de processamento e industrialização, uma estabilidade de padrões de
consumo, de forma mais sustentável mais equilibrada e consciente.
Traços importantes que embasam esses dois fatores, estão ligados ao desenvolvimento
econômico, politico e social, bem como a competitividade, investimentos empresariais,
tecnologia moderna, o que é de grande interesse para as capitais em geral. Observa-se que nos
dias de hoje esses conceitos têm acompanhado os avanços e desenvolvimento de cada região,
tão fortemente, de tal modo, que se mostram no cotidiano das sociedades atuais, com a ajuda
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da mídia, pelos governos e pelo senso comum. Adquirindo cada vez mais espaço nos muitos
outros sistemas sociais e atividades humanas, tais como o domínio artístico, ambiental,
religioso, do lazer, da saúde, da diversidade cultural, essenciais para o individuo.
De acordo com a localidade a condição politica, econômica e social de uma determinada
região, que não disponha de investimento ou recursos, e que sofre com a mal distribuição de
renda e de administração pública, não é capaz atender a demanda, bem como as necessidades
básicas daquela sociedade, fazendo com que as características de modelo de trabalho e
modelo de consumo, se mostram bem diferenciados dos padrões que uma sociedade necessita,
assumindo assim uma estrutura precária, desigual e desumana.
Não muito longe da realidade mostrada no filme de Petri, o ser humano, por instinto de
sobrevivência, é induzido a se submeter às condições e imposições que lhe é atribuída por
aqueles que detêm o poder de instituir um bem comum, é a grande realidade de nosso país.
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3 – SOCIEDADE DISCRIMINADA
Figura 1: Desigualdade social
Fonte: http://www.desigualdadesocial.org
Figura 2: Desigualdade social
Fonte: http://vivopelavida.com.br
Figura 3: Desigualdade social
Fonte: http://www.lcapromo.com.br
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O início do documentário “Bumbando” relata brevemente a história do surgimento da moeda.
Nesta fase do documentário são mostradas cenas de desigualdade social, tais como duas mãos
cheias de moeda e uma outra suja trocando um peixe por poucas moedas. Somente com estas
imagens podemos compreender quão extrema era e ainda é a desigualdade social, vemos a
concentração de dinheiro nas mãos de poucos enquanto muitos vão sobrevivendo em
condições precárias.
Podemos assimilar esta situação como um abismo, onde poucos têm muito e muitos quase
nada. Como um dos principais defeitos do individualismo, podemos citar a ambição, a qual
auxilia na formação desta desigualdade.
O filme mostra também a difícil realidade de como sobrevivem as famílias, que por serem de
baixa renda e sem perspectiva de obter um financiamento compatível com a sua renda, optam
por morar no morro do Bumba em Niterói - RJ , onde de 1970 a 1986 funcionou o segundo
lixão da cidade.
No inicio da desativação do lixão, foi proibida a ocupação do local, tendo em vista as
condições precárias e os riscos que aquelas famílias estariam expondo-se, no entanto com a
falta de fiscalização e interesse por parte do poder publico para com estas famílias, foram
construídas casas de alvenaria em uma área de risco e interditada pela Defesa Civil. Ao invés
de reprimir a ocupação irregular evitando um problema maior, o Poder Público incentivou a
urbanização do local com instalação de energia elétrica, saneamento básico, escola municipal
e até o Programa Médico Família.
O que vemos é uma “culpa geral”, pois segundo é mostrado no documentário, todos sabiam,
até mesmo a população, dos riscos de se construir naquele local, no entanto foi a oportunidade
que alguns encontraram para ter ao menos um teto para morar.
Soluções para a crescente ocupação e construções em locais de riscos devem ser cobradas
pela população, exigindo maior acesso a programas de incentivo a compra de imóveis
populares, afim de que seja viável a esta grande parte da sociedade discriminada mais
dignidade. Da parte do governo, caberia além de criar estes programas de moradias dignas, o
controle e a inibição através de fiscalizações freqüentes e eficientes. O que não pode ser feito
é maquiar o problema, pois uma hora a maquiagem não resiste, como aconteceu no morro do
Bumba.
Já no documentário “Ilha das Flores” do diretor Jorge Furtado, de forma divertida, apesar de
ser um assunto extremamente sério, ele mostra a maneira como funciona o consumo, dando
como exemplo o consumo de tomates, mostrando desde o momento da colheita até o
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momento que alguns destes tomates após serem descartados até mesmo para a alimentação de
porcos, vão parar no lixão e servir de alimento para pessoas.
Esta é a primeira cena que marcante, onde mostra várias mulheres e crianças de todas as
idades recolhendo restos de alimentos, que antes de chegar neste lixão foi descartado por uma
parte da sociedade e como já dito, até mesmo para a alimentação de porcos. Esta cena nos
leva a uma grande comoção, pois nos confrontamos com situações do nosso próprio dia-a-dia,
onde por inúmeras vezes desperdiçamos tantas coisas que para nós não tem utilidade alguma.
No decorrer de tantos anos, foram realizadas pouquíssimas ações para resolver ou até mesmo
amenizar este problema que ainda é tão presente na sociedade, pois como já dito
anteriormente mascarar a situação e “fazer de conta” que está tudo indo bem, sai mais barato
para as nossas autoridades.
Pensar em como pode-se melhorar a vida destas pessoas é um enorme desafio contemporâneo
e também do futuro. Portanto esta sociedade que vem sendo invisível para muitos, merece
uma atenção e cuidado especial por parte do Poder Publico e também de toda a nossa
sociedade. Não podemos fechar os olhos para esta situação e achar que porque estamos bem,
tudo está bem. A miséria é problema nosso sim, e o pouco que fazemos pode ser de grande
valor para os mais necessitados.
Dessa forma, com base no conceito fornecido pelo autor Reinaldo Dias, eliminar a
desigualdade social é uma utopia, porém a redução dos seus índices no país não.
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4 – SITUAÇÕES COTIDIANAS DE EXPLORAÇÃO AO MEIO AMBIENTE
O documentário “Pajerama” nos faz refletir através de uma animação o tema central, que foi o
índio e o processo de urbanização, o qual nos dias atuais acontece cada vez de forma mais
acelerada e até mesmo impensada.
O curta do diretor Leonardo Cadaval nos trás um olhar crítico sobre a verdadeira selva em que
vivemos através destes grandes processos de urbanização das cidades, tudo isso através do
olhar do passado representado por um jovem índio que tem insights do futuro. Isto pode ser o
ponto de partida para percebermos como o entorno do índio muda, está mudando e no que irá
se tornar.
Não é de hoje que os problemas ambientais são motivos de preocupação. Todo material é
aproveitável no meio ambiente entretanto isto leva um tempo para poder acontecer. Quando
um elemento é retirado do solo mais rapidamente do que sua devolução, há um esgotamento
que se manifesta através de uma queda de produtividade, uma vez que esgotados os recursos
naturais não renováveis, não se refazem, e portanto sua utilização deve ser de forma cautelosa
e com consciência.
Nossas reservas estão em constante destruição. É preciso uma conscientização geral da nossa
sociedade que além do cuidado que é de nossa obrigação ter, precisamos plantar novas
florestas. O lançamento de gases feito pelos carros e pelas fábricas podem provocar diversas
doenças respiratórias, os esgotos não tratados contaminam as águas que ao serem utilizadas
nas irrigações ou ingeridas, podem causar infecção e favorecer o desenvolvimento de
parasitores.
Uma medida de precaução é tratar de maneira adequada os resíduos para que o impacto no
meio ambiente venha a diminuir cada vez mais e que de alguma forma possam ser reutilizados
pela natureza.
Nos últimos tempos observamos que este tema tem sido cada vez mais presente no nosso
cotidiano, está havendo uma maior conscientização por parte da sociedade e também das
autoridades. Isto tem levado a construção de parques, reservas, estações ecológicas e áreas de
proteção ambiental.
É preciso cultivar ainda mais este interesse e preocupação com o nosso meio ambiente pois
toda a dispersão para este assunto trará impactos para as nossas vidas e principalmente das
gerações futuras.
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5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta atividade de pesquisa o grupo concluiu que as Ciências Sociais é o estudo sistemático
das interações humanas, bem como seu comportamento no ambiente em que vive, com
finalidade de encontrar soluções para os problemas sociais. A Sociedade é formada por
diversos grupos e estes por indivíduos com diferentes visões de mundo, e independente de
cada perspectiva o maior objetivo é o bem comum. E para se alcançar este bem, é preciso dar
mais ênfase para os valores e princípios morais de cada ser, que é a maior fragilidade de um
sistema., seja ele político, econômico ou social. Como já foi dito neste trabalho, o gestor está
diretamente ligado ao individuo e para ele é de grande relevância estar atento ao ambiente
social e cultural, afim de que suas decisões sejam coerentes com este ambiente.
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6 – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO. Diretor: Elio Petri. Itália, 1971.
DIAS, Reinaldo. Fundamentos de Sociologia Geral. 4. ed. Campinas: Alínea, 2013.
BUMBANDO. Diretor: Coletivo Cinema para todos. Rio de Janeiro, 2010. Disponível
em: <http://www.portacurtas.org.br/beta/filme/?name=bumbando>. Acesso em: 10 Nov.
2013.
ILHA DAS FLORES. Diretor: Jorge Furtado. RS, 1989. Disponível em:
<http://www.portacurtas.org.br/beta/filme/?name=ilha_das_flores>. Acesso em: 10 Nov.
2013.
PAJERAMA. Diretor: Leonardo Cadaval. São Paulo, 2008. Disponível em:
<http://www.portacurtas.com.br/filme/?name=pajerama>. Acesso em: 16 Nov. 2013.
Disponível em: <http://vivopelavida.com.br/index.php/category/ajudando/ >. Acesso em 10
de Nov. 2013.
Disponível em:< http://www.desigualdadesocial.org/> . Acesso em 10 de Nov. 2013.
Disponível em:< http://www.lcapromo.com.br/blog/dica-de-filme-ilha-das-flores/ >. Acesso
em 10 de Nov. 2013.