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Projeto de Redes de Computadores
Fatec São PauloAnálise e Desenvolvimento de Sistemas
Aula 04 – Caracterizando o tráfego entre redes.
Dalton [email protected]
São Paulo, Agosto, 2011
Caracterizando a infra-estrutura de uma rede
Caracterizar a infra-estrutura de uma rede significa: Desenvolver um conjunto de mapas de como a rede
atualmente funciona; Localizar os segmentos da rede; Localizar os principais dispositivos responsáveis pela
comutação de tráfego em rede; Documentar os nomes e endereços dos principais
dispositivos e segmentos; Identificar métodos típicos de nome e
endereçamento.
Desenvolvendo o mapa da rede
Comece com mapas que permitam visualizar as seguintes informações: Informações geográficas, tais como países, estados, cidades, bairros
envolvidos; Conexões WAN entre diferentes locais; Conexões WAN entre prédios e plantas;
Para cada localização, podemos expressar mapas mais precisos: Prédios, andares, salas; A localização dos servidores; A localização dos roteadores e switches; A localização dos firewalls, mainframes, estações de gerenciamento; A localização e abrangência das VLANs (Virtual Lans); Alguma indicação sobre a localização das estações de trabalho.
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
Desenvolvendo o mapa da rede
Mapas de topologia (camada 3 – IP) pode ser extremamente útil;
Mapa dos links de dados podem incluir: A indicação do tipo de link. Ex: 100Mbps ou 1000Mbps; O nome do provedor WAN; Identificação dos circuitos WAN; A localização e configuração de alto nível dos switches; A localização e alcance de uma VLAN; A localização e configuração de entroncamentos de
VLANs; A localização e configuração de qualquer firewall.
Caracterizando a arquitetura lógica
A arquitetura da rede pode ser de diversos formatos: hierárquica, plana, estruturada, desestruturada, em camadas e outras;
É importante buscar descobrir se existe alguma visão lógica da arquitetura da rede em análise;
O tipo de topologia pode afetar aquilo que podemos fazer em um projeto. Por exemplo, uma rede plana não escala para uma hierárquica modelada em 3 camadas.
Caracterizando nomes e endereços
Envolve documentar qualquer estratégia que é utilizada para a distribuição de nomes e endereços de rede. Ex.: faixa de endereços Ips, formato de construção dos nomes de equipamentos, servidores, impressoras, etc.;
Verificar se existe alguma estratégia de sumarização de rotas!
O esquema de endereçamento pode afetar o tipo de configuração dos protocolos de roteamento que podemos utilizar!
Caracterizando cabeamento e mídia
É importante analisar o tipo de cabeamento e de mídia utilizada na rede atual;
Se possível, documentar a distância entre os cabos também pode ser útil no projeto;
Vale a pena prestar atenção em restrições do ambiente: Ar condicionado, aquecedor, ventilação, energia,
disposição de portas, espaço para cabos, patch panels, racks, área de trabalho para os técnicos, etc...
Analisando um local para instalação Wireless
O local de instalação de um ponto de acesso deve levar em consideração a perda de sinal entre o ponto e seus usuários;
Fatores que devem ser levados em consideração: Reflexão: o sinal reflete sobre si mesmo. Ex.: um sinal que atravessa
um estacionamento cheio de carros de metal gerando reflexão; Absorção: a energia eletromagnética do sinal pode ser absorvida em
objetos, tais como madeira e ricos em água; Refração: o sinal passa entre meios de diferentes densidades. Ex.:
um tanque de água que não apenas absorve como refrata o sinal; Difração: é similar a refração, onde uma região é adjacente a outra
em que há uma obstrução reflexiva. Vale a pena fazer uma pesquisa se perda de sinal. Ex.:
caminhar com um notebook que mede a força do sinal e gerar um relatório.
Checando a saúde da rede
Analisar e gerar métricas da rede atual pode facilitar a percepção dos efeitos gerados pelo novo projeto;
Utilizar um analisador de protocolos pode ser útil, identificando os protocolos atualmente utilizados e seu padrão de tráfego;
Desenvolver uma linha de base para a análise não é uma tarefa fácil: Envolve o tempo e período da análise; Análise em diferentes perfis de uso da rede, buscando
identificar padrões de variação de tráfego;
Métricas de análise
Disponibilidade: MTTR e MTBF para a toda a rede e para segmentos;
Utilização: Variação da % de utilização da rede durante vários períodos de tempo.
Atenção na granularidade do tempo 5min, 10min, 30min, 1h, etc. Intervalos menores permitem reconhecer picos específicos;
Media a utilização da largura de banda separada por protocolo → um analisador de protocolo pode ajudar nisso;
Precisão: Analisadores de protocolos podem checar CRC em frames recebidos; Podemos checar o número de frames com problemas em intervalos de 1
hora por 1 ou 2 dias. Um bom parâmetro é que uma rede não deveria ter mais de um frame com erro por megabyte de dados;
Checar processo de autonegociação de velocidade em switches: half e full duplex.
Métricas de análise
Eficiência: O objetivo é maximizar a quantidade de dados úteis trafegada em relação a
quantidade de dados em cabeçalhos dos pacotes; Mexer no tamanho dos frames e MTU nos roteadores pode auxiliar na
melhoria de eficiência da rede; Uma forma simples de medir o tamanho dos frames é dividir a quantidade
de dados trafegada pela quantidade de frames trafegados Atraso e tempo de resposta:
Tempo de resposta → medir através de um analisador de protocolos observando o tempo entre os frames de diferentes camadas.
Por final, vale checar o estado de funcionamento dos maiores roteadores, switches e firewalls → analisar os relatórios das interfaces!!! → buffers, cache, memória, processamento, versão, etc.
Exercício no Wireshark
Qual a largura de banda média utilizada? Statistics → Summary
Quais protocolos utilizam mais a largura de banda? Statistics → protocol hierarchy;
Qual % dos pacotes são menores que 80 bytes? Statistics → Packet lengths → Create Stat
Quantos pacotes de resposta eu recebo no acesso a um site? Que tipos de resposta e quanto eu capturo? Statistics → HTTP → Packet counter → Create Stat.