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PSICOTERAPIA COGNITIVA BECK, A. T.; ALFORD, B. A. O Poder Integrador da
Terapia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Profª Lina Sue Matsumoto
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Parte 1 :
Teoria e metateoria da terapia cognitiva
PSICOTERAPIA COGNITIVA BECK, A. T.; ALFORD, B. A. O Poder Integrador da
Terapia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.
1. Teoria (pg. 21 – 36)
Profª Lina Sue Matsumoto
Aaron Beck, 1956, EUA.
Na tentativa de testar os princípios teóricos das formulações psicodinâmicas = encontrou anomalias = fenômenos inconsistentes com o modelo freudiano.
Freud (1917-1950) = pacientes deprimidos = “masoquismo” ou “necessidade de sofrer”.
Experimentos = pacientes deprimidos pareciam melhorar ao invés de resistir a tais experiências.
Desenvolvimento inicial da teoria cognitiva
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PSICOTERAPIA COGNITIVA TEORIA DA TERAPIA COGNITIVA Profª Lina Sue
Matsumoto
A Terapia Cognitiva (TC) desde o começo foi impulsionada por interesses teóricos.
A TC originou-se de tentativas de testar os princípios teóricos e específicos da psicanálise.
Depressão = reformulação = transtorno caracterizado por uma profunda tendência negativa.
Depois = o modelo da depressão foi aplicado a outros transtornos.
Desenvolvimento inicial da teoria cognitiva
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Matsumoto
A teoria cognitiva de psicopatologia e psicoterapia considera a cognição a chave para os transtornos psicológicos.
“Cognição” = função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros.
Popper (1959) = poucos ramos da ciência = sistema teórico elaborado e bem construído = “sistema axiomatizado” = legitimidade
Apresentação formal da teoria cognitiva
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Matsumoto
Os axiomas devem estar livres de contradição;
Devem ser independentes;
Devem ser suficientes para permitir a dedução de todas as afirmações pertencentes à teoria;
Devem ser necessários para a derivação das afirmações pertencentes à teoria.
Os 10 axiomas formais da teoria cognitiva são:
Apresentação formal da teoria cognitiva
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Matsumoto
esquemas
O principal caminho do funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de cognição com significado, denominadas esquemas.
Significado = interpretação da pessoa sobre um determinado contexto e da relação daquele contexto com o self.
Esquema é um subconjunto da estrutura cognitiva.
Axioma 1:
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Matsumoto
função dos esquemas
A função da atribuição de significado (tanto a nível automático ou deliberativo) é controlar os vários sistemas psicológicos.
Sistemas psicológicos (p.ex. comportamental, emocional, motivacional, atenção, memória...).
O significado ativa estratégias para adaptação.
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Axioma 2:
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interação entre sistemas
As influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas.
Outros sistemas = afetivo, emocional, motivacional,
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Axioma 3:
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especificidade do conteúdo cognitivo
Cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento;
Isto é denominado especificidade do conteúdo cognitivo (determinados padrões de interpretação).
Relação entre determinados padrões cognitivos X emoção (o que penso X o que sinto)
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Axioma 4:
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distorção cognitiva Embora os significados sejam construídos pela pessoa (em vez de serem componentes preexistentes da realidade) eles são corretos ou incorretos em relação a um determinado contexto ou objetivo; Quando ocorre distorção cognitiva (preconcepção), os significados são disfuncionais ou maladaptativos; As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no processamento cognitivo (elaboração do significado) ou ambos.
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Axioma 5:
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vulnerabilidade cognitiva Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas); Estas predisposições a distorções específicas são denominadas vulnerabilidade cognitivas; As vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem as pessoas a síndromes específicas; Especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva estão interrelacionadas.
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Axioma 6:
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tríade cognitiva A psicopatologia resulta de significados mal-adaptativos construídos em relação ao self, ao contexto ambiental (experiência) e ao futuro (objetivos), que juntos são denominados de a tríade cognitiva. Cada síndrome clínica tem significados maladaptativos característicos associados com os componentes da tríade cognitiva. Tríade cognitiva = self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro).
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Axioma 7:
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significado público e privado Há dois níveis de significado: a) o significado público ou objetivo de um evento, que pode ter poucas implicações significativas para o indivíduo; e b) o significado privado ou pessoal. O significado pessoal, ao contrário do significado público, inclui implicações, significação ou generalizações extraídas da ocorrência do evento. O nível de significado pessoal corresponde ao conceito de “domínio pessoal” = rege todos sistemas.
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Axioma 8:
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3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivoHá três níveis de cognição: a) o pré-consciente, o não-intencional, o automático (“pensamentos automáticos”); b) o nível consciente; e c) o nível metacognitivo, que inclui respostas “realísticas” ou “racionais” (adaptativas). Os níveis conscientes são de interesse primordial para a melhora clínica em psicoterapia.
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Axioma 9:
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estruturas teleonômicas Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente, e são neste sentido teleonômicas. Portanto, num determinado estado psicológico (constituído pela ativação de sistemas) não é nem adaptativo ou maladaptativo em si, apenas em relação a ou no contexto do ambiente social e físico mais amplo no qual a pessoa está.
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Axioma 10:
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PSICOTERAPIA COGNITIVA Processamento esquemático de informação
CRENÇA PRÉ-
EXISTENTE Processamento esquemático
(de significado)ESQUEMAS
Interpretação (Consciente ou inconsciente)
Ativação de sistemas
(Cognitivos, Afetivos, e Motivacionais)
Organização Cognitiva
(componentes estruturais)Esquemas específicos
História de Aprendizagem
(componentes experienciais)Experiências anteriores relacionadas ao esquema
Comportamento
SITUAÇÃO ATUAL
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Mahoney (1989) – “As pessoas, na verdade, co-produzem suas realidades, assim como suas realidades as co-produzem. O futuro das teorias heurísticas na psicologia deve, entretanto, libertar-se das oscilações pendulares daquele dualismo e de algum modo abranger a complexidade de nossa posição como indivíduos e objetos de construção” Meichenbaum (1993) – o construtivismo é “Uma terceira metáfora que está orientando o atual desenvolvimento de terapias cognitivo-comportamentais” Niemeyer (1993) – o centro da teoria construtivista é “uma visão de seres humanos como agentes ativos que, individual e coletivamente, constroem o significado de seus mundos experienciais
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PSICOTERAPIA COGNITIVA
A natureza construtivista do significado
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Beck (1979) - “O significado que uma pessoa atribui a uma situação, ou a forma como um evento é estruturado (ou construído) por uma pessoa, teoricamente determina como aquela pessoa se sentirá e se comportará. Por outro lado, a teoria cognitiva não apenas sugere a ‘construção’ da realidade; ela também postula a especificidade do conteúdo cognitivo, no qual as respostas emocionais específicas (normais e anormais) são associadas com diferentes tipos de construções”
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A natureza construtivista do significado
TEORIA DA TERAPIA COGNITIVA Profª Lina Sue Matsumoto
Assim, o comportamento humano normal, teoricamente depende da capacidade de a pessoa compreender a natureza do ambiente social e físico dentro do qual ela está situada. A Terapía Cognitiva é frequentemente mal-interpretada como adotando uma perspectiva “realista”. Entretanto, a perspectiva cognitiva postula ao mesmo tempo a dupla existência de uma realidade objetiva e uma realidade pessoal, subjetiva, fenomenológica. Desta maneira, a visão cognitiva é consistente com as teorias de condicionamento contemporâneas, que postulam tanto características de estímulo físico externo quanto mediações cognitivas destas.
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A natureza construtivista do significado
TEORIA DA TERAPIA COGNITIVA Profª Lina Sue Matsumoto
E-mail : [email protected]: linasue.uuuq.com
Namastê!
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