31
Bioquímica da fermentação etanólica CAURÉ PORTUGAL

Bioquímica da fermentação etanólica

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aula de bioquímica da fermentação - ESALQ

Citation preview

  • 1. CAUR PORTUGAL

2. 1. Kloeckera, Hanseniaspora, Candida 2. Pichia, Metschnikowia 3. Saccharomyces cerevisiae Torulaspora, Kluyveromyces, Schizosacchaomyces, Zygosaccharomyces, Br ettanomyces 3. Anaerbios facultativos Organismos aerbios que conservaram a capacidade de recorrer fermentao para produzir energia, nos curtos perodos em que o oxignio no se encontra disponvel. Anaerbios obrigatrios So seres que tm na fermentao a sua nica fonte de obteno de energia. 4. Falta de nutrientes; acmulo de etanol Influncia direta: temperatura; concentraes de amnia, aminocidos e outros nutrientes; presena de oxignio Adaptao s condies 5. FASE LAG Aclimatao: absoro de oxignio, minerais, vitaminas (riboflavina, inositol, biotina) e aminocidos (N)*. Oxignio: produo de esteris (permeabilidade da membrana). Baixa atividade celular. 6. FASE DE CRESCIMENTO EXPONENCIAL Consumo de acares, produo de CO2, etanol e compostos aromticos. Fase de crescimento celular: utilizao dos acares mais simples. 7. FASE ESTACIONRIA Termina a produo da maioria dos compostos. Reabsoro de alguns metablitos produzidos durante a fermentao. Incio da floculao das clulas 8. FASE DE MORTE CELULAR Autlise (destilados e vinhos espumantes) Degradao por enzimas endgenas com liberao de diversos componentes (peptdeos, aminocidos, cidos graxos, nucleotdeos, nucleosdeos) 9. Metabolismo celular o conjunto de reaes qumicas essenciais vida realizadas pelas clulas de todos os seres vivos. CATABOLISMO ANABOLISMO Reaes metablicas em que os compostos orgnicos so degradados em molculas mais simples, ocorrendo liberao de energia. Reaes metablicas em que ocorre formao de molculas mais complexas a partir de molculas mais simples, ocorrendo consumo de energia. OXIDAAO REDUAO 10. Transferncia de energia contida nos compostos orgnicos para molculas de ATP. Nestas vias, intervm compostos (como o NAD+) que transportam os prtons (H+) e eltrons (e-) do hidrognio, desde o substrato at um aceptor final. Respirao Aerbia Respirao Anaerbia Fermentao Aceptor final de eltrons: Aceptor final de eltrons: Aceptor final de eltrons: Oxignio Outras molculas inorgnicas Outras molculas orgnicas Reaoescatablicas NAD+ + 2e- + 2 H+ NADH + H+ oxidao reduo (forma oxidada) (forma reduzida) 11. So duas vias catablicas responsveis pela transferncia de energia de compostos orgnicos (glicose) para molculas de ATP. Em ambos os processos esto implicadas: Reaes de descarboxilao (perda de CO2) Reaes de fosforilao (transferncia de Pi) Transferncias de energia do tipo oxidao reduo. Fermentao e Respirao 12. Utilizao das reservas de glicognio e oxignio disponvel no meio para revitalizar a membrana (permeabilidade e transferncia). Consumo de oxignio e de acares e nutrientes (difuso facilitada e/ou transporte ativo). Consumo de acares na seguinte ordem: 1. Glicose* 2. Frutose 3. Sacarose 4. Maltose 5. Maltotriose Consumo de acares: 1. FERMENTAO 2. RESPIRAO LEVEDURAS: microorganismos anaerbicos facultativos (capazes de metabolizar acares em ausncia e em presena de oxignio) 13. Glicose + 2 ADP + 2 NAD+ + 2 Pi 2 Piruvato + 2 ATP + 2 NADH + 2 H+ MITOCNDRIA: Respirao aerbica Presena de O2 Libera CO2 e H2O 36-38 ATP CITOSSOL: Fermentaao Ausncia de O2 Acetaldedo > Etanol 2 ATP EFEITO CRABTREE Presena de O2 Elevadas concentraes de glicose Produo de Etanol GLICLISE 14. ATP ADP+Pi Hexoquinase Glicose-6-fosfato Frutose-6-fosfato Frutose-1,6-difosfato ATP ADP+Pi Fosfofrutoquinase Fosfoglicose isomerase Aldolase Gliceraldedo-3-fosfato Triose-fosfato isomerase NAD+ NADH+H+ Pi 1,3-difosfoglicerato 2 ATP 2 ADP+Pi 3-fosfoglicerato FG quinase 2-fosfoglicerato FG mutase H2O Fosfoenolpiruvato (PEP) 2 ATP 2 ADP+Pi Piruvato quinase Piruvato (2) D-Glicose D-Frutose Glicerol GLICLISE Fosfato de Di-hidroxiacetona 15. Fosforilao da glicose Isomerizao da glicose Fosforilao da frutose-6-fosfato Clivagem da frutose-1,6-difosfato Interconverso das trioses Oxidao do gliceraldedo-3-fosfato em 1,3-difosfoglicerato Transferncia de Pi para o ADP Converso do 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato Desidratao do 2-PG para Fosfoenolpiruvato Transferncia do grupo-P para o ADP PREPARAO PRODUODEENERGIA 16. Gliclise 17. Acetil CoA Coenzimas reduzidas Piruvato desidrogenasePiruvato CO2 NAD+ NADH+H+ HS CoA Ciclo de Krebs CO2 Coenzimas oxidadas RESPIRAO CADEIA RESPIRATRIA O2 H2O NADH, FADH2 38 ATP 18. Etanol FERMENTAAO Frutose-1,6-difosfato 2 ATP 2 ADP+ 2 Pi Gliceraldedo-3-fosfato D-Glicose D-Frutose Fosfato de Di-hidroxiacetona 1,3-difosfoglicerato Piruvato Etanol CO2 Acetaldedo NAD+ NADH + H+ 4 ADP + 4 Pi 4 ATP Regenerao de NAD+ 19. Produtos da Fermentao Alcolica 20. Etanol cido actico Monoterpenos cidos graxos steres cido succnico Alcois superiores Aldedos CetocidosAcetaldedo Glicerol Diacetil H2SPrincipais metablicos sensorialmente ativos produzidos durante a fermentao alcolica Swiegers et al. 2005. Yeast and bacterial modulation of wine aroma and flavour. Australian J Grape Wine Res, 11(2):139-73. 21. Principais compostos aromticos LCOOIS SUPERIORES Origem: incio da fOH via degradativa: descarboxilao e desaminao de aminocidos presentes no meio; via biosinttica (aps depleo do meio) Fatores: altas temperaturas, alta concentrao de inculo, aerao. CIDOS ORGNICOS Origem: vias metablicas intermedirias (acetato*, malato, succinato) via biosinttica de cidos graxos Fatores: adio de alcalinos; concentrao de P, Mg e biotina. 22. STERES Origem: final da fOH reaes entre lcoois e acil-CoA diretamente proporcional produo de lcoois Principal: acetato de etila (acetil-CoA + etanol) Fatores: anaerobiose; restrio de crescimento (falta de aerao e nitrognio) COMPOSTOS CARBONLICOS Diacetilo*, aldedos** (acetaldedo) Origem: descarboxilao oxidativa de hidroxicidos*; intermedirios na produo de lcoois superiores Metabolizados pela levedura ao final da fOH. Fatores: cintica e eficincia da fermentao 23. COMPOSTOS SULFUROSOS Origem: matria-prima; metabolismo do enxofre; enxofre inorgnico; suplementao. Sulfeto de hidrognio (H2S): quebra de metionina e cistena (autlise ou turnover proteico) 24. Regulao entre respirao e fermentao O2 Cintica da fermentao Consumo de acares Produo de etanol Biomassa Efeito Pasteur Alta demanda de ADP na mitocndria (substrato para oxidao fosforilativa) Carncia de ADP e Pi no citoplasma Reduo do transporte de acares Inibio da fermentao Consumo de acares pelas leveduras Liberao de CO2 Deslocamento do O2 disponvel Condies semi- anaerbicas 25. Regulao entre respirao e fermentao EFEITO PASTEUR Sob condies anaerbicas, a cintica da gliclise maior do que em aerobiose, ou alternativamente, a fermentao suprimida em presena de oxignio. Condies: baixas concentraes de glicose ou limitaes de nutrientes. EFEITO CRABTREE OU PASTEUR-NEGATIVO Mesmo sob condies aerbicas, a fermentao predomina sobre a respirao (NADH gerado na gliclise oxidado pela via fermentativa) Condies: altas concentraes de glicose ou limitaes de nutrientes. 26. Regulao entre respirao e fermentao EFEITO CUSTER Inibio transitria da fermentao em condies anaerobiticas. Oxignio estimula a produo de etanol devido ausncia de NAD+ intracelular devido secreo de acetato pela clula Condies: pequenas concentraes de oxignio ou aceptores orgnicos de hidrognio (acetona) > atuam como aceptor exgeno de H para reestabelecer o equilbrio redox e regenerar NAD+ 27. Outros tipos de fermentao Fermentao gliceropirvica 1. Presena de sulfito (SO3 2 ) no meio, que se combina com acetaldedo, impedindo regeneraao de NAD+ pela alcool-desidrogenase. 2. Sntese intensa de protenas, lipdios, nucleotdeos, etc. (incio da fOH) = alto requerimento de piruvato como substrato. Levedura oxida NADH a partir do fosfato de dihidroxiacetona. Ocorre consumo de ATP (!), mas que necessrio para recuperar o balano redox intracelular. 28. Outros tipos de fermentao Fermentao malolctica 1. Ocorre posteriormente fermentaao alcolica em vinhos. 2. Bactrias capazes de resistir ao ambiente de baixo pH e elevado teor alcolico. 3. Oenococcus oeni. 29. Parada e lentido de fermentao 1. Elevadas concentraes de acares Excessiva concentrao de etanol 2. Extremos de temperatura Modificaes na fluidez da membrana. 3. Anaerobiose Oxignio necessrio para sintetizar ergosterol: crescimento e adaptao ao meio. 4. Deficincia de nutrientes 30. 4. Presena de substncias antifngicas Resduos de pesticidas. 5. Presena de cidos graxos de cadeia mdia (6 a 10 C) Afetam a viabilidade celular (baixas temperaturas e ausencia de aeraao) 6. Antagonismo entre microorganismos Competio por nutrientes.