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Luzia 09-10-2015

Carta de um velho pai ao seu filho

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Carta de Um Velho Pai Ao Seu Ffilho

Carta de um velho pai ao seu filho (A)Luzia09-10-2015

Meu amado filho,Minha amada filha,

No dia em que este teu velho no for mais o mesmo, tem pacincia e compreende-me.

Quando derramar comida sobre a minha camisa e me esquecer como atar os meus sapatos, tem pacincia comigo e lembra-te das horas em que passei a ensinar-te a fazer as mesmas coisas!

Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas histrias, que j sabes como terminam, no me interrompas e escuta-me.

Quando eras criana, para que dormisses, tive que te contar milhares de vezes a mesma histria at que fechasses os olhinhos...

Quando estivermos reunidos e sem querer fazer minhas necessidades, no fiques com vergonha. Compreende que no tenho culpa disso, pois j no posso controlar.

Pensa, quantas vezes, pacientemente, troquei as tuas roupas para que estivesses sempre limpinho e cheiroso.

No me reproves se eu no quiser tomar banho, mas sejas paciente comigo. Lembra-te dos momentos em que te persegui e os mil pretextos que inventava pra te convencer a tomar banho.

Quando me vires intil e ignorante na frente de novas tecnologias que j no poderei entender, peo-te que me ds todo o tempo que seja necessrio, e que no me censures com um sorriso sarcstico! Lembra-te que fui eu quem te ensinou tantas coisas.

Comer, vestir e como enfrentar a vida to bem como hoje o sabes fazer. Isso resultado do meu esforo e de minha perseverana.

Se em algum momento quando conversarmos, eu me esquecer do que estvamos a falar, tem pacincia e ajuda-me a lembrar. Talvez a nica coisa importante para mim naquele momento seja o fato de te ver perto de mim, dando-me ateno e no o que falvamos.

Se alguma vez eu no quiser comer, que saibas insistir com carinho, assim como fiz contigo... Que tambm compreendas que com o tempo no terei dentes fortes, e nem agilidade para engolir...

E quando minhas pernas falharem por estarem to cansadas, e eu j no me conseguir equilibrar... Com ternura, d-me tua mo para me apoiar, como eu o fiz quando tu comeaste a caminhar com tuas perninhas to frgeis.

E se algum dia me ouvires dizer que no quero mais viver, no te aborreas comigo. Algum dia entenders que isto no tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo...

e compreendas que difcil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que duro admitir que j no tenho mais vigor para correr ao teu lado, ou para tomar-te nos meus braos, como antes.

Sempre quis o melhor para ti r sempre me esforcei para que o teu mundo fosse mais confortvel, mais belo, mais florido.

E at quando me for, terei deixado para ti outra rota em outro tempo, mas estou certo de estar sempre presente em teu pensamento.

No te sintas triste ou impotente por me veres assim. No me olhes com cara de pena.

D-me apenas o teu corao, compreende-me e apia como o fiz quando comeaste a viver. Isso me dar muita fora e muita coragem.

Da mesma maneira que te acompanhei no inicio da tua jornada, peo-te que me acompanhes para terminar a minha.

Trata-me com amor e pacincia, e eu te devolverei sorrisos e gratido, com o imenso amor que sempre tive por ti.

Atenciosamente, Teu pai ou Tua me.

FORMATAO: LUZIA GABRIELEEMAIL: [email protected]: INTERNET A DFOTOS: INTERNETMSICA: EDUARDO LAGES COMO GRANDE O MEU AMOR POR VOC-PIANODATA : 09 DE OUTUBRO DE 2015

Repasse sem modificar Luzia GabrieleMuitas pessoas s aprendem a dar valor a algo quando se sentem privadas de seus benefcios, assim so com os bens materiais, assim so com as pessoas que amamos, assim so com os pais. Vale a pena refletir sobre o que acabam de ler.