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“Professor é profissional e como competência Jamais se improvisa, não se concebe que verdadeiras aulas sejam transmitidas por trabalhadores de outras profissões. Estes podem passar informações, jamais provocar a verdadeira aprendizagem. O espaço em que uma aula é ministrada requer respeito tão amplo quanto o outro onde uma cirurgia se desenvolve e igual respeito merece esse profissional, não importa a idade dos alunos que ajuda a aprender. “ (Celso Antunes) Não basta dominar um conteúdo para fazer com que um aluno aprenda.

Competencia

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“Professor é profissional e como competência Jamaisse improvisa, não se concebe que verdadeiras aulassejam transmitidas por trabalhadores de outras profissões.Estes podem passar informações, jamais provocar a verdadeira

aprendizagem. O espaço em que uma aula é ministrada requer respeito tão amplo quanto o outro onde uma cirurgia se desenvolve e igual respeito merece esse profissional, não importa a idade dos alunos que ajuda a aprender. “

(Celso Antunes)

Não basta dominar um conteúdo

para fazer com que um aluno aprenda.

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CONHECIMENTO

Um ou mais fatos conhecidos, pre-organizados, produzido fora do ambiente escolar , completos e acabados e que devem ser assumidos pelos alunos.

O professor que não transforma a informação em conhecimento torna-se o Responsável por sua transmissão, tal como se faz um texto, um vídeo, uma emissora de rádio ou outra mídia e, portanto, pode pela mesma ser substituído.

Produto de uma interação entre o indivíduo (aluno), a informação que lhe é exterior, e o significado que este aluno atribui.

O professor que transforma informação em conhecimento faz de seu aluno um protagonista que descobre como associar informações que já possui para atribuir significado às informações que recebe.

INFORMAÇÃO CONHECIMENTO

DIFERENÇA ENTRE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Fonte: Professores e professauros (Celso Antunes)

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A-------A INFORMAÇÃO PRODUA, ACABADAA E TRA INFORMAÇÃO PRODUZIDA, ACABADA E TRANSMITIDAANSMITIDA

a

- Prestem atenção. O tema vai cair na prova e, mesmo antes desse dia chegar, eu, como professor, vou cobrá-lo na prova.

- Vou pedir a vocês que se organizem em grupos e discutam essas questões. Mas, além dessas, busquem outras.

A INFORMAÇÃO PRODUZIDA,ACABADA E TRANSMITIDA

A INFORMAÇÃO TRANSFOMADA EM CONHECIMENTO

De que forma uma aula pode favorecer a transformação da Informação em Conhecimento?

Observe que os esforços e recursos usados pelos dois professores foram praticamente os mesmos. Mas enquanto um impõe a passividade, a monotonia e a memorização o outro propõe desafios, sugere buscas.

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Qual é o significado de AULA?

Segundo o dicionário escolar a palavra “Aula “ pode ser entendida como “Sala”, espaço Físico onde alunos aprendem. Pode ser entendida,também, como “lição”, ou seja, matéria ou trabalho escolar passado peloprofessor. De acordo com essa conceituação um passeio, uma entrevista, por exemplo, não poderiam ser considerados como aula. Um professor de Educação Física não estaria ministrando aula.Considerada como “lição”, trabalho escolar, o professor é tido como eixo da aula e, que sem ele, não há aprendizagem.A palavra trabalho, de origem latina, significa “tortura”, dando a aula a ideia de sofrimento.Pela origem etimológica da palavra, aula pode significar palácio, ou ainda gaiola, curral. Como palácio, atenderia somente nobres e, como gaiolas e curral , prisão, confinamento.Fugindo das raízes etimológicas e buscando uma definição mais desejável, Celso Antunes define Aula como ”uma situação de aprendizagem, desenvolvidas em espaços diferentese na qual se fazem presentes um ou mais professores que, dominando fundamentos epistemológicos, ajudam o aluno a aprender.”

Fonte: Professores e professauros (Celso Antunes)

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O que é ensinar

• Ensinar quer dizer ajudar e apoiar os alunos a confrontar uma informação significativa

• e relevante no âmbito de uma relação que estabelecem com uma dada realidade,

• capacitando-o para reconstruir os significados atribuídos a essa realidade e a essa relação.

AUL

Observe esse texto de ciências. Refere-se ao corpo humano e mostra que o mesmo, ainda que conservando um unidade, pode ser mais bem compreendido se o dividirmos em três setores: cabeça, tronco e membros, estes por sua vez, classificados em inferiores e superiores.

- Leia este texto de ciências e confronte com o seu corpo. Perceba que para a maior parte das funções que você realiza. Como correr atrás de uma bola, por exemplo, você o usa de maneira integral, mas isso não importa que possamos inventar uma divisão do mesmo e assim melhor compreendê-lo. Qual divisão o texto apresenta? Que outra divisão você se arriscaria propor?

Professores e professauros – CelsoAntunes pág. 31

AULA COM FINAIDADE INSTRUCIONAL AULA COM FINALIDADE DE APRENDIZAGEM

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Inteligência constitui um potencial biopsicológico que no ser humano ajuda-o a resolver problemas. Dessa forma representa atributo inato à espécie e assim nascemos com nossas diferentes inteligências, cabendo ao ambiente no qual se inclui naturalmente a escola, mais acentuadamente estimulá-las.

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A “competência” não é inata e, portanto, constitui atributo adquirido.

Representa a capacidade de usar nossas inteligências, assim como pensamentos, memória e outros recursos mentais para realizar com eficiência uma tarefa desejada. Se ao buscar um destino qualquer descobrimos que a estrada foi interrompida, nossas inteligências levam-se a essa constatação e a certeza de que se deve buscar outra saída, mas a forma como faremos determina o grau de competência da pessoa. Como se percebe, a competência é a operacionalização da inteligência, e a forma concreta e prática de colocá-la em ação. Assim posto, ao trabalhar as diferentes inteligências humanas, pode o professor ativar diferentes competências. Percebe-se dessa maneira que a noção de “competência” surge quando aparece ou é proposto um problema, pois este desafio é que mostrará a forma melhor em superá-lo. Superar um problema com competência, entretanto, não implica que tenhamos habilidade para fazê-lo.

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A habilidade é produto do treino e do aprimoramento de nossa destreza.

Para que esses conceitos se ajustem a prática, desenvolvamos o seguinte exemplo: o automóvel que nos leva a praia empaca em meio à estrada; nossas inteligências detectam esse problema e a necessidade em superá-lo. Se tivermos competência para isso, apanhamos a caixa de ferramentas e colocamo-nos em ação, se não temos que ao menos tenhamos uma outra competência, a de chamar depressa um mecânico. Supondo que saibamos consertar a peça defeituosa e, dessa forma, resolvendo de forma pertinente o problema que nos empaca, o faremos com maior ou com menor habilidade. Se o problema é histórico em nosso carro e em nossa vida, provavelmente já conquistamos habilidade maior em substituir ou consertar a peça defeituosa.

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Levando-se esse exemplo para sala de aula, podemos ao ensinar um ou outro conteúdo explorar suas implicações linguísticas, lógico-matemáticas, espaciais, corporais e outras. Podemos ainda, propondo desafios e arquitetando problemas, treinar competências nossas e de nossos alunos, verificando que alguns as usam com notável habilidade, outros com habilidade menor que, com persistência poderá crescer.

O trabalho com inteligências múltiplas em sala de aula pressupõe uma reflexão construtivista, voltada para o despertar progressivo de competências e sua transferência para vida prática através do desenvolvimento de muitas habilidades que aos poucos se aprimora. Essa concepção se opõe a ideia de que o saber transfere-se de uma pessoa para outra como algo que estando pronto vem de fora e se encaixa na mente do aluno.

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