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História do Brasil Aula 01: O período colonial 16.12.2013

Estudos CACD Missão Diplomática - História do Brasil Aula Resumo 01 - Período Colonial

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História do Brasil

Aula 01: O período colonial

16.12.2013

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1 O sentido da colonização

2 A sociedade colonial

3 Escravidão e trabalho compulsório

4 Colonização do interior

5 Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid

6 O período minerador

7Os levantes coloniais

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1 O Sentido da Colonização - Mercantilismo e colonização

. No modelo feudal, os gastos com a burocracia e administração eram responsabilidade dos senhores feudais (principalmente forças armadas)

. Na transição do modelo feudal para o Mercantilismo, os Estados encontraram no colonialismo a forma para sustentar estes novos gastos com a administração

. O principal sentido da colonização é o Mercantilismo

. No caso do Brasil, inicialmente o principal sentido foi geopolítico – manutenção do Atlântico (o “mar português”)

. O primeiro modelo de colonização no Brasil foi o de capitanias hereditárias –replicando modelo feudal português

. O Mercantilismo é a expressão econômica e o Absolutismo é a expressão política dos monopólios assumidos pelos Estados ao final do período feudal

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2 A Sociedade colonial – Colonizador, Colono, Colonizado

. Na hierarquia medieval, o senhor de terras era nobre e o comerciante era um pária da sociedade

. Na colônia esta lógica se invertia e o comerciante era o representante do rei, tendo mais poderes do que os senhores de terras

. Os senhores coloniais (colonos) dependiam dos comerciantes (colonizadores) para o abastecimento de escravos e para o escoamento da produção

. No entanto os senhores coloniais mantinham a presunção de nobreza e o preconceito contra os comerciantes

. Na colônia as terras eram abundantes, e o fator de produção mais importante era a posse de escravos

. Quanto mais longe dos centros urbanos, mais difuso o poder da metrópole

. Hierarquia colonial: Colonizadores >> Colonos >> Colonizados

. Trabalho visto como castigo: brancos sem posses, escravos alforriados, e escravos forçados a trabalhar não tinham perspectivas de mudanças sociais

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3 Escravidão e trabalho compulsório

. Terra abundante e mão de obra escassa: valorização escravos como principal fator de produção

. “Brecha camponesa”: escravos autorizados a cultivar sua própria roça aos domingos – senhor se eximia da responsabilidade da subsistência e melhorava cardápio dos seus escravos

. “Espaços de liberdade” nas cidades – escravos libertos (principalmente pelo declínio da mineração)

. Leis racistas para controlar acesso dos índios e do africanos a certas profissões e posições sociais – medo da população branca/burguesia

. Tráfico negreiro intensificado pelo ciclo de mineração no séc. XVIII

. Índios monopolizados pelos jesuítas

. Sec. XVII caracterizado pela vidas nômade e Sec. XVIII caracterizado pela vida sedentária com organização do trabalho

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4 Colonização do interior

. 4 eixos:a) Bandeirantes (captura de índios para lavoura)b) Extrativismo na Amazônia (especiarias americanas)c) Mineraçãod) Pecuária

. Papel fundamental dos grandes rios (Amazonas, Prata)

. Colonização do Norte (Setentrional):- Extrativismo na Amazônia- Colônia de Belém - 1616 (após expulsão de holandeses)- Processo “manso e pacífico”- priorização da coroa portuguesa e pouco interesse dos demais europeus

. Colonização do Sul (Meridional):- Colônia de Sacramento 1680 - interesse geopolítico Portugal manter acesso a margem do Prata (Uruguai) - Disputas freqüentes com Espanha – invasões a Sacramento em 1680, 1704, 1762 e 1776 - Tratado de Madrid

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5 Tratado de Madrid (Alexandre de Gusmão - 1750). Contexto Europa em 1750:- disputas hegemônicas entre França e Inglaterra

- Espanha ligada à França (rei Espanha da família Boubon – sob influência de Paris)- Portugal ligado à Inglaterra (proteção militar em troca de favores comerciais)

. Alexandre de Gusmão – brasileiro, conselheiro real – como negociador de Portugal

. Tratado de Madrid como substituição de Tordesillas (Portugal D. João V / Espanha D. Fernando VI)

. Princípio “uti possidetis” – quem ocupa deve possuir o território

. Princípio “fronteiras naturais”- os acidentes geográficos deveriam nortear a demarcação (inclusive as futuras)

. Os princípios – amplamente favoráveis à Portugal – foram aceitos pelos seguintes fatores:

- Maior poder de pressão da Inglaterra (aliança Portugal e Inglaterra mais pragmático pois envolvia interesses econômicos, Espanha e França ligados p/ fatores familiares/ideológicos e a França não tinha muito interesse nas disputas americanas)

- A rainha da Espanha era portuguesa e tinha grande influência sobre o rei Espanhol- Espanha alegava que a ocupação da área do pacífico estava fora da zona definida por Tordesillas – o que dava margem à

contrapartida de Portugal - Manipulação do “Mapa das cortes” – amplamente favorável à Portugal- Troca da colônia de Sacramento pelos Sete povos das missões – interesse da Espanha por Sacramento

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5. Tratado de Madrid (Alexandre de Gusmão - 1750)

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6.1 Período da mineração

. “Negociação”da descoberta do ouro pelos paulistas em MG

. Afluxo de imigrantes internos para a região do ouro – começo da integração entre as regiões coloniais (“arquipélagos”)

. Figuras destacadas de Fernão dias e Borba Gato

. Predomínio dos paulistas na primeira década (1700 a 1710)

. Acelerado aumento de fluxo de escravos africanos para trabalho nas minas

. Grande fluxo de brancos pobres para a colônia (formação de camada média na população)

. Guerra dos Emboabas - Fator demográfico – Emboabas se tornam grupo maior do que os paulistas- Fator econômico – mineração demandava mão de obra escrava (controle dos traficantes do Recife, Salvador e RJ)- Emboabas expulsam paulistas

. Intervenção de Portugal na mineração

. Segunda revolta (Vila Rica 1720) – sufocada com violência por Portugal (Coroa não dependia mais dos colonos para assumir a mineração)

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6.2 Período da mineração

. Bandeirantes desbravam novos garimpos em Mato Grosso e Goiás

. Expedições das “monções” – responsáveis pela disseminação da pecuária e da consolidação do MT e GO

. Marques de Pombal – ministro português do rei D. José (1750 a 1777)- Grandes mudanças políticas, fiscais, modernidade econômica- influência Inglesa (Tratado de Madrid, Rev. Industrial). - “Meios Iluministas fins Mercantis”- Proibição de universidades na colônia- formação de intelectuais brasileiros em Portugal (que viriam a se tornar futuros revolucionários)

. Declínio da mineração no final do século XVIII

. Processo gradativo de alforria dos escravos da mineração por motivos econômicos

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7.1 Levantes coloniais

. Amador Bueno (São Paulo -1640)

disputas influências Espanholas e portuguesas na colônia

. Quilombo dos Palmares (Pernambuco - 1654)

reduto de escravos

. Revolta de Beckman (Maranhão – 1684)

dificuldades econômicas (estanco, tráfico de escravos, crédito)

. Guerra dos Emboabas (MG 1708/9)

disputa entre paulistas e demais (emboabas) pelos garimpos

. Guerra dos Mascates (Recife/Olinda – 1710)

disputas entre senhores de Olinda e mascates de Recife p/ poder em Pernambuco

. Revolta de Vila Rica (MG – 1720)

revoltas em relação às medidas ficais portuguesas

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7.2 Levantes coloniais

. Inconfidência Mineira (MG – 1789)

agravamento das tensões econômicas decorrentes do arrocho fiscal, influência das idéias iluministas e da Rev. Americana, primeiras idéias nacionalistas

. Conjuração do Rio de Janeiro (RJ – 1794)

inspiração nas idéias liberais (movimento mais intelectual do que agressivo)

. Conjuração Baiana (BA – 1798)

Revolta dos “Alfaiates” contra más condições de vida, a favor do livre comercio na Colônia, abolicionista e republicano (inspiração na Revolução Francesa)

. Conspiração Suassunas (PE – 1801)

Inspiração no Iluminismo e na Rev. Francesa, movimento intelectual com projeto de independência de Pernambuco (que se tornaria uma república sob a proteção de Napoleão), sintoma da crise do sistema colonial no Brasil

. Bispo Azeredo Coutinho e o seminário de Olinda – novo governador de Pernambuco e bispo de Olinda na época da Conspiração Suassunas

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