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Página 1 Gazeta, edição 3 Nesta Edição . Notícias dos 5 Dedos de Conversa p. 3 . CSI de Novembro p. 4 . Visita de estudo a Alqueva p.4 . Era uma vez a fertilida- de p.5 . “As 73 experiências do livro vivo de Rómulo de Carvalho” p.5 . Entrevista, RecordarTorga pp.6-8 . “Há palavras que nos tocam” p.9 . Pequenos investigadores, textos do 7º C p.10 . Efemérides na Escola p.11 . (Re)descobrir Évora p.11 . A palavra à B.D. p. 12 Gaz Gaz Gaz Gaz Gaz eta eta eta eta eta Escola Secundária Severim de Faria Edição 3 Edição 3 Edição 3 Edição 3 Edição 3 Dezembro, Dezembro, Dezembro, Dezembro, Dezembro, 2008 2008 2008 2008 2008 Série III

Gazeta Final 3

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Page 1: Gazeta Final 3

Página 1 Gazeta, edição 3

Nesta Edição

. Notícias dos 5 Dedos deConversa p. 3

. CSI de Novembro p. 4

. Visita de estudo aAlqueva p.4

. Era uma vez a fertilida-de p.5

. “As 73 experiências dolivro vivo de Rómulo deCarvalho” p.5

. Entrevista,RecordarTorga pp.6-8

. “Há palavras que nostocam” p.9

. Pequenos investigadores,textos do 7º Cp.10

. Efemérides na Escolap.11

. (Re)descobrir Évorap.11

. A palavra à B.D. p. 12

Gaz Gaz Gaz Gaz Gazetaetaetaetaeta

Escola Secundária Severim de Faria

Edição 3Edição 3Edição 3Edição 3Edição 3

Dezembro,Dezembro,Dezembro,Dezembro,Dezembro,

20082008200820082008

Série III

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Gazeta, edição 3 Página 2

Editorial

AgradecimentosConselho Executivo da EscolaSecundária Severim de Faria

Professores:Anabela UrbanoAna Paula FerrãoAna Paula VidigalFrancisca RamalhoIrene RibeiroTeresa Horta

Arranjo e concepção gráficaPaula VidigalRevisãoPaula Vidigal

Colaboradores deste número:Ana Paula FerrãoCatarina PintoDiogo GanhãoFilipe SerranoInês JúlioJoão Miguel RamosJoana CidadesLuís BorgesMiguel FerrãoNoémia Pires10º Turismo11º CT111º CT211º AS

Ficha Técnica

Escrever é um acto solitário, dizem alguns. Não será de todo falso mas, felizmente, escrevertem o outro lado, o lado solidário, também possível graças às novas tecnologias. Cada vez maiseste é o retrato dos nossos dias e, partindo desse princípio, cada vez se escreve mais.Escreve-se mais e lê-se mais, o que faz com que a escrita, antes de tudo, seja um acto departilha, a dois, em grupo, em cadeia.Foi nesta corrente de palavras de um para o outro e entre todos, que pretendemos inscrever,no ano lectivo anterior, uma revista ou jornal escolar que não quebrasse o elo. Apesar de aindajovem (apenas dois números no ano transacto), queremos continuar o que encetámos porquecremos que a corrente merece continuar a fluir e a ramificar-se.E, porque acreditamos na força da palavra, criámos ainda um blogue da Biblio, como mais umaforma de intensificar e fortalecer este desejo de comunicar sobre “tudo e mais alguma coisa”:livros, experiências, arte, sonhos, filmes, pessoas, heróis…Agradecemos pois a todos quantos acreditaram e contribuíram para que este elo se formasse.Agradeceremos ainda mais se passarem a palavra, de modo a conhecermos este ano maisescritores de todos os tipos: solitários, solidários, optimistas, lutadores, crentes, sonhadores…enfim, todos os que acreditem que vale a pena usar a “pena”, a caneta ou a tecla para espalhara palavra.“Espalhem a notícia!”

A equipa da Biblioteca

Com o apoio de:

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Página 3 Gazeta, edição 3

Notícias da Biblioteca: 5 Dedos de Conversa

Nada como um bom mistério para iniciar aconversa.“A Aventura dos Bonecos Dançantes”, um contode Conan Doyle (1859-1930), o criador dofamoso detective Sherlock Holmes, personagemenigmática e, de tal modo viva, que depressavoou das páginas para adaptações de cinema eteatro. Mais ainda, o famoso detective da 221Baker Street, em Londres, deu ainda origem aum museu na capital londrina cujo ambiente eobjectos revivem Holmes (e o seu amigo Dr.Watson) como se de homens de carne e osso setratassem. (Aconselhamos a sua visita, nem quese seja virtualmente, através de: http://www.sherlock-holmes.co.uk).

5 Dedos de Conversa inaugurou este ano lectivo com estemisterioso conto, ao longo de 3 sessões, no intervalogrande das manhãs de quartas. Não significa que, por osencontros se realizaram à quarta (em vez da 5ª comosucedia no ano lectivo anterior), que se tenha perdido umdedo… Os 5 (Dedos) continuam e desta vez mais acesosjá que a história tem sido retomada semanal em vez dequinzenalmente.Entre o público, algumas caras já conhecidas do anoanterior e para, inovar, algumas novas vão espreitando.Se quiser saber mais sobre a história, ou editarcomentários, consulte o nosso blogue:

http://fariaconversas.blogspot.com

Uma mão completa de históriasNos 5 Dedos relembrou-se ainda o São Martinho, no 11 de Novembro, claro. O 7º B e D vieram ouvir ajá conhecida lenda, na Biblioteca. Ouviram a narração pela voz da professora Paula Vidigal e depoisfoi a vez do João (7º B) e da (7º D) recontarem a lenda. “Quem conta um conto, acrescenta umponto”, diz o ditado, mas estes novos contadores demonstraram ser fiéis ouvintes.

Às quartas, no intervalo das 9.45 continuam as histórias. Das “Aventuras de Sherlock Holmes, recuou-seno tempo até à Odisseia, de Homero. Desta vez o herói é Ulisses que, com as suas artimanhas vence oCiclope Polifemo.

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CSI- Calhamaços sob Investigação

Passeios, visitas, experiências ao vivo

Impressões da visita de estudo a Alqueva

No dia 2 de Outubro, os alunos da 1ª turma doCurso Profissional de Técnico de Turismodeslocaram-se em visita de estudo aoempreendimento do Alqueva (EDIA) e aoempreendimento turístico da Amieira-Marina, comvários objectivos e para desenvolver diferentescompetências no âmbito de variadas disciplinas.Dessa visita, os alunos deram o seu testemunhoentusiástico em relatórios que escreveram e queaqui se reproduzem de forma sintética.

Um dia no Alqueva deixa-nos com um estado deespírito positivo e com um sorriso na cara.Resumiria a visita de estudo nesta frase: um diainigualável.Visita muito educativa!Foi uma visita de estudo positiva e bastanteinteressante!

Resumiria a visita com esta frase: interessante eútil!

Alguns aspectos positivos dessa viagem foiperceber o quão abrangente é o turismo ecomo Alqueva se tornou um ponto de turismo.Quanto mais turismo, mais possibilidadeexiste para melhor desenvolvimento daregião, nomeadamente do Alentejo.Esta visita de estudo foi de sonhos!

10º Ano- Turismo

CSI é um enigma literário.Tem por objectivodescobrires o livro e o seuautor.Para isso, dar-te-emos pistassobre o Calhamaço, o autor....(A base de dados, as estantesda Biblioteca e a net poderãotambém ser uma ajuda...)E no fim, podes habilitar-te aum prémio CSI.

Até 15 de Janeiro de 2009,na Biblioteca!

Sobre o autor:O segundo nomedeste conceituadoautor é IGNATIUS.Nasceu em 1859 emorreu em 1930.Ficou conhecidosobretudo pelos

seus romances mas tambémescreveu contos, ensaios, panfletos,poemas, peças de teatro...Uma das suas personagens atingiutanta celebridade que, além deganhar vida no cinema, deu origem aprotestos e manifestações de ruaapós o autor a ter morto. Resultado:o escritor teve de ‘ressuscitar’ apersonagem.

Sobre a obra:Tudo está ligado a um solaramaldiçoado.Além do solar, há também um animalque dizem que é do Diabo e que ofogo lhe sai dos olhos e da boca.Mais: todos os que passeiam pertodaquela casa são mortos.Hugo, Henry, Charles são alguns dosnomes das personagensintervenientes.Há ainda raparigas raptadas,bilhetes amaldiçoados, uma botadesaparecida e estranhos chorosdurante a noite...

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E

“As 73 experiências do livro vivo de Rómulo deCarvalho”

No dia treze de Outubro de dois mil e oito, pelas 10horas, a turma do 7ºD, acompanhada pelasprofessoras Anabela Urbano e Mariana Marujo,deslocou-se ao Palácio D. Manuel, com o objectivode visitar a exposição supracitada.Com esta actividade, procurou-se sensibilizar osalunos para a disciplina de Ciências Físico-Químicasatravés de uma vertente prática, com a realizaçãode várias experiências.Realizámos alguns dos trabalhos do Físico/Poeta,Rómulo de Carvalho, que nos ensinaram a trabalhare a perceber melhor a física do dia-a-dia. Cada mesacontinha duas experiências com o respectivoprocedimento.Fizemo-las, todas elas interessantes, mas as quegostámos mais foram as seguintes:“ Com uma superfície espelhada, se a curvássemos,observávamos a imagem reflectida.”

Era uma vez a fertilidade…Era uma vez, numa sala 4 muito distante, há algumtempo atrás (dia 4 de Novembro de 2008, um reinochamado “Turma de Biologia de 12ºAno”, sobre o qualgovernava a Dr.ª Ana Paula Vidigal. Os seus catorzehabitantes eram gente rude do campo e dispunhamde pouco conhecimento sobre a arte mágica daReprodução Medicamente Assistida.Até que chegou um forasteiro…A forasteira, neste caso, chamava-seAna Frias e vinha da Escola Superiorde Enfermagem de São João de Deus.Consigo transportava a sabedoria queiria levar a Humanidade à colonizaçãoda Terra. Trazia conhecimentos sobrea cura para uma enfermidade chamada Infertilidade,que era definida pela incapacidade de um casalconceber um filho de modo espontâneo, após um anode relações sexuais.Para chegar a mensagem à sua plateia, a Dr.ª AnaFrias utilizou um estranho aparelho que projectavaimagens e nele fez aparecer, como que por magia, ascausas da infertilidade masculina e feminina. As

causas eram variadas e iam desde anomalias físicase psicológicas, a exposição a tabaco e drogas (sim,porque naquele tempo já existiam, só que nãoaparecem nos livros de História).Porém, a Dr.ª Ana Frias tinha a solução: técnicasde reprodução assistida! Expôs cada um dos

processos, como a Inseminação intra-uterina, a estimulação ovárica, afecundação in vitro e até amicroinjecção citoplasmática.Aos habitantes abria-se um novomundo de descobertas. Contudo, nemtudo eram rosas. Com o conhecimentovinha a responsabilidade da bioética.Apesar de nesse tempo se cortarem

cabeças apenas por um simples furto, a bioéticaera das coisas mais valorizadas e discutidas. Oscidadãos discutiram entre si, argumentando a favore contra. A Dr.ª Ana Frias não aguentava mais oimpasse e, sem ninguém dar por isso, saiu da cidadena sua carroça Toyota.Assim, os habitantes viveram felizes e férteis parasempre.

Filipe Serrano, 12ºCT2

Ciência ao vivo

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“ Com uma balança e várias garrafas iguais, uma vazia(para saber a tara) e as outras com líquidosdiferentes, se as pesássemos, verificávamos quetinham massas bastante variadas, de acordo com oseu conteúdo. Por exemplo 1 litro água doce – 998gramas; 1 litro de álcool – 810 gramas; 1 litro de águasalgada – 1146 gramas e 1 litro de azeite – 900gramas”.“ Com uma camisola de lã e uma caneta, sefriccionássemos a caneta na blusa e a aproximássemosde pequenitos pedaços de papel, ela atraí-os.”Esta visita foi bastante proveitosa, pois ficámos maismotivados para uma disciplina que estamos agora adescobrir!

Miguel Ferrão e Luís Borges, 7º D

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Entrevista: Recordar Torga

No passado dia doze de Agosto, cumpriu-se o 101º aniversáriodo nascimento de Miguel Torga (1907/1995), escritormultifacetado que, afortunadamente, consta dos conteúdosprogramáticos da disciplina de Português e cujo estudo é deverasgratificante.Sob os auspícios desta efeméride, aconteceu uma entrevista, emque entrevistadora (Paula Ferrão) e entrevistada (Rita Núncio)partilham a paixão por este autor.

P. F. - Sei que teve o privilégio de privar com Miguel Torga. Gostaria

de saber como é que isso foi possível e porquê.

R. N. - De facto foi para mim um privilégio enorme. Eu adorava e já

sonhava - cada vez que era época de caçadas – em estar com aquele

grupo de gente interessantíssima, todos muito mais velhos do que

eu, porque eu era uma miúda nessa altura, tinha vinte e poucos

anos, acabada de casar. Mas aquelas caçadas, na Casa Gil, no Torrão,

eram de facto uma coisa… Lembravam aqueles serões antigos na

província, que nós líamos nos livros do Júlio Dinis.

A razão porque privei com Torga foi porque ele era muito amigo do

Professor Esparteiro, que, por sua vez, era muito amigo já dos pais

destes senhores onde aconteciam as caçadas. Era muito comum

nesse tempo na época de caça não se caçar a salto; aqui no Alentejo

eram sobretudo aquelas chamadas «batidas», caçadas organizadas

e o que acontecia era que havia muito mais caça, matava-se muito

mais animais e, de facto, as pessoas gostavam de vir e o Miguel

Torga era caçador. Mas era outro tipo de caçador. Ele caçava, como

se caçava em Trás-os-Montes, que era a salto. Com poucas

possibilidades, porque a vida dele não foi uma vida fácil, as caçadas

a que podia ter acesso era a esse tipo de caçadas. Mas, claro que

adorava depois ser convidado para estas aqui. Então, vinha sempre,

como eu disse, com o Professor Esparteiro, que era a antítese dele.

O Torga era uma figura interessantíssima, porque muito apagada.

(…) Assim, à primeira vista, ninguém pensava que, naquele grupo, a

pessoa mais importante que ali estava era ele. Era muito simples,

pobremente vestido, até parecia mais um mochileiro do que propriamente

um caçador.

(…) Lembro-me perfeitamente que muitas vezes Torga se perdia. Quer

dizer, não era perder-se na propriedade. Não chegava, nunca mais chegava.

Então o Torga? Então ali estava ele a apreciar a paisagem. Mergulhava no

campo, aquele aspecto telúrico nele era uma coisa que transparecia a

toda a hora. Às vezes já tudo instalado na sua choça e ele ainda andava a

olhar para o passarinho, para a árvore… O Professor Esparteiro chamava-

o: - Então Torga, nunca mais é sábado? -, e ele era assim, ia todo naqueles

silêncios… Aí não comentava nada, ele raramente falava durante as

caçadas. Todos diziam piadas ou conversavam e ele não. Estava sempre

entretido a olhar os campos ou a olhar qualquer coisa que nós não sabíamos

o que era e depois lá chegava para fazer a sua choça.

P. F. - Mas notava, Rita, se calhar, que ele tinha já aquela necessidade

de interiorização que depois mostrava, por exemplo na sua poesia.

R.N. - Exactamente. É isso. Ele estava ali a beber o que depois ia

transcrever provavelmente. Aquilo eram sentimentos que ele estava a

ter e como não tinha tempo para estar a falar, tinha que estar a recordar

e a interiorizar tudo aquilo que via.

Eu lembro-me perfeitamente dessa frase que depois mais tarde vi num

livro dele «a pavana cinegética» que era como ele chamava exactamente

a estas batidas. Era como ele via aquilo, de facto. (…) Gostei muito desta

frase. E era de facto uma pavana cinegética, porque era uma espécie de

uma dança. Os caçadores apeavam-se todos, depois ele ia, vagarosamente,

com a sua mochila às costas, de espingarda, com os mochileiros, com o

cão, até que fosse o espaço onde iam fazer as novas choças. E ele achava

aquilo uma espécie de uma dança: a maneira como as pessoas iam, numa

grande organização, uns atrás dos outros. Eu não me lembraria de tal

coisa, mas, claro, o Torga é o Torga.

Depois, acabavam-se as caçadas. E então começava o serão que se

prolongava. Aí é que o Torga se expandia, nos dava os seus conhecimentos.

Mas tinha que ser um bocadinho estimulado para fazer essas conversas.(…)

A sensação que tenho é que era um homem muito telúrico, de facto. Acho

que ele era menos do mundo dos homens e dos sentimentos do que era do

mundo da terra. Tinha uma raiz muito profunda agarrada à terra. Parecia

assim uma árvore com algumas raízes muito profundas, mas com o olhar

sempre para cima. Ele fazia uma certa gala, eu não digo que… pronto, ele

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Página 7 Gazeta, edição 3

A palavra a duas professoras... que recordam Miguel Torga

não era agnóstico, também não era ateu, nem lá perto, mas parecia que

era um bocado contra… anti-clerical, talvez, o que era moda na altura.

Mas era profundamente religioso, que era uma coisa que fazia impressão.

P. F. - Rita, estamos a reportar-nos mais ou menos a…

R.N.- Anos sessenta. Isto mais ou menos anos sessenta.

Sessenta e três… Sessenta e quatro… Sessenta e cinco.

Uma coisa que me fazia impressão nele era aquele sentido ibérico

que ele tinha. Eu achava que ele ao mesmo tempo era um grande

português, era muito português e era muito patriota. Eu não sei

se ele às vezes tinha vergonha de ser patriota, porque achava

que vivia num país que em certas circunstâncias não brilhava,

porque nós temos gente estupenda que não é capaz de brilhar,

não sei, não somos capazes de fazer conjunto. Somos um país

cheio de heróis e de gente inteligente, mas é tudo individual, dá

impressão que não há uma coisa colectiva, não é?

P. F. - Ele diz que se sentia bem ao pisar

as terras de Espanha, era como que um

prolongamento da nossa Nação.

R. N. - Pois é. Por isso é que eu acho que

ele era mais um homem da Criação do

Mundo e aí é que ele encontrava Deus.

Ele, sendo um homem tão reservado, tinha

certas considerações engraçadíssimas. Como aquela história que

eu te contei, de uma vez, quando o Zé entrava, ele dizer: - Você

é um figurino alentejano. Mostra que houve qualquer coisa que

lhe agradou, que achou bonito na figura, na maneira como ele

trajava, não era propriamente dele, aquela originalidade, porque

na altura o meu marido andava sempre de traje de jaqueta, como

andavam os cavaleiros. Andava sempre assim vestido e como

andava sempre assim, andava vestido com naturalidade. Portanto,

eu acho que o Torga sentia que aquilo não era pedantismo, era

uma coisa natural. Cá está, ligava aquilo à terra, ao húmus, da

terra.

Depois também tinha outros pormenores. Eu lembro-me de ter

uma capa de serrobeco, que era aquele tecido do mais alentejano

que há, que levava para as caçadas. Nessa altura não havia tanta

coisa feita e os capotes alentejanos eram muito usados por isso

e a samarra também era curta, eu levava uma capa de serrobeco

que tinha uma gola de veludo. E ele apreciava-a: “- Que bonita

que é a capa!” De tal maneira que a minha amiga Mariazinha Gil

lhe fez um desenho e comprou o tecido para ele fazer uma capa

para a Clarinha, para a filha. Portanto, ele tinha pormenores

que não se esperam, que são de poeta.

Porque, ao mesmo tempo, não era normal que ele fosse

apreciador, não estou a vê-lo aliás nesse aspecto, não acho até

que a poesia dele fosse nada lamechas, a poesia dele nem

sentimental é nesse aspecto. Ele criou o amor dele, que é muito

mais lato. Quer dizer, é pela natureza em geral, mais próximo

dos grandes amores, não é verdade?

P. F. - É o do Humanismo.

R. N. - Mas um Humanismo, sei lá, Universal, quase. Até porque

eu acho que ele era um homem universal. Universal muito latino

na maneira de ver as coisas. Não é nada nórdico. Sobretudo

aquele sentido transmontano. Eu, como tenho raízes

transmontanas, sei apreciar bem o que é um homem

transmontano. É um homem de resistência. Notava-se

isso nele, na cara, nas atitudes. Dá ideia que nele nada

abalava, naquela alma… Mas, por outro lado, havia

possibilidade de a ferir e de a rasgar. Torga devia ter

uma alma muito dilacerada, muito rasgada, mas mesmo assim

não se desmanchava; em pedaços ela não ficava. É a sensação

que eu tenho dele.

P. F. - Daí também a ligação e a escolha dele pela Torga, que

vai adoptar como pseudónimo.

R. N. - Exactamente. Aquelas raízes, por isso é que eu acho

que ele era um homem de raízes fortes, daquelas árvores que

não caiem. Mas espigado. Ele era um homem alto e magro. E com

uma espécie de tronco. Ele não era um homem muito forte, mas

tinha um aspecto muito rijo. E aliás vê-se pela vida que teve de

sofrimento naquele tempo.

P. F. - Foi preso…

R. N. - E o sofrimento ligado à sua ida para o Brasil, onde foi

trabalhar na roça do tio e tudo mais… Agora a prisão dele… Eu

acho é que ele se sentiu sempre preso no mundo.(…)

P. F. - Para finalizar, gostava que fizesse um balanço desta sua

incursão por Torga.

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Gazeta, edição 3 Página 8

R. N. - Bem, eu não tenho dúvidas, acho que o Prémio Nobel era o

Torga.

P. F. - Foi proposto por duas vezes…

R.N.- Foi proposto, mas cá está. Não era a pessoa indicada. Há

aqui muita política por detrás disto tudo. Torga é um homem muito

eclético. É fantástico a escrever. E mais, não precisa de escrever

muito para dizer imensas verdades. É capaz de dizer imensas coisas

em poucas palavras. Eu gostei de toda a obra. Acho que o Diário é

uma coisa interessantíssima, porque é aqui que se vê a riqueza da

alma dele. Uma pessoa que todos os dias se preocupa com a sua

obra, com a sua espiritualidade, com a sua maneira de pensar…

Não é com o seu corpo, mas sobretudo com a sua parte espiritual.

Num romancista não se vê isso. Eu acho que mesmo através da

natureza ele não sabia que estava tão próximo de Deus. Há-de

perceber, agora que está lá.

A obra dele revela uma curiosidade em relação ao mundo. Acho

que ele descreveu perfeitamente uma época, tal e qual como o

Eça descreveu através dos romances. Ele também define uma

época, aquele século XX que ele descreve corresponde ao século

XX português: as figuras, as passagens a salto na fronteira, as

aldeias, uma coisa muito vivida por ele e que ele absorveu e ao

mesmo tempo consegue retratar. Na parte em que ele retrata os

homens, a sociedade, aí acho que ele retrata perfeitamente o seu

tempo. É uma pessoa que fica, como Camões e como certos poetas

e escritores.

P.F. - Ele definia-se sobretudo como poeta. Talvez porque aquela

sensibilidade dele estava sempre presente em toda a obra.

R. N. - É que a própria prosa dele é poesia. Às vezes mais poeta,

outras vezes mais prosador. Saber apreciar é de poeta. Muitas

vezes é ele que acrescenta e vê como é que é. É ele próprio. Mas

é, de facto, uma figura que eu nunca mais posso esquecer.

Por exemplo, há uma coisa engraçada, já não sei com quem falava

outro dia que ele não dava autógrafos, ele não assinava livros.

P.F. - Não, ele não gostava de dar autógrafos.

R.N.- Não dava autógrafos. Eu gostaria muito que ele me tivesse

assinado um livro dele e ele disse-me que não. E eu sei que ele era

querido comigo, gostava de falar comigo, até porque se calhar eu

o ouvia e as pessoas gostam de pessoas que as apreciem e oiçam.

P. F. - Muito obrigada, Rita, pela sua sensibilidade, pela sua

inteligência, por ter partilhado connosco as suas memórias

relacionadas com Torga.

(Texto com supressões)

Foi, sem dúvida, a oportunidade de conhecermos um pouco

mais sobre Torga, na perspectiva intimista da Dr.ª Rita

Núncio que, com o entusiasmo, o discernimento e o espírito

crítico que a caracterizam, tornou possível esta aproximação

ao escritor.

Paula Ferrão

RRecordar Torga*

Entrevista (continuação)Recordar Torga

Canção do Semeador

Na terra negra da vida,Pousio do desespero,É que o Poeta semeiaPoemas de confiança.O Poeta é uma criança

Que devaneia.

Mas todo o semeadorSemeia contra o presente.

Semeia como videnteA seara do futuro,

Sem saber se o chão é duroE lhe recebe a semente.

In Antologia Poética, Miguel Torga(livro disponível na Biblioteca

Cota: 821-1 TOR A)

* pseudónimo de Adolfo Rocha.Miguel - em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica:

Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno.

Torga - designação nortenha da urze, planta brava da montanha,que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca,

arroxeada ou cor de vinho.

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Página 9 Gazeta, edição 3

Palavras ... A que soam? A que sabem? O que recordam...Há palavras que nos tocam… Sim. Aquelas sensíveis mas ao mesmo tempo intensas e aquelas fortes que juramos nunca maisouvir na vida. Também nos tocam aquelas que, em tom de brincadeira dizemos, que até fazem comichão na garganta.Existem aquelas que são ditas mais rápido que quase fogem e nós mal as percebemos. Aquelas grandes, compridas que às vezesmal as conseguimos dizer…Todas as palavras nos tocam mas é preciso saber apreciá-las, saber escutá-las e saber dar uso e significado em cada minutoda nossa vida.

Inês Almeida, 11º AS

Sonhar..............

Isto porque considero que o sonho é, talvez, a melhorforma que o Homem tem de criar, avançar no tempo. Comodizia Gedeão, de “sempre que o homem sonha, o mundopula e avança como uma bola colorida entre as mãos deuma criança”.

Carla Lourenço, 11º CT1

Final................. E final porquê? Bem, talvez porque quando existe umfinal já tenha existido também um início, uma experiênciavivida, não importa se boa ou má: algo que contribuiupara aprendermos como viver, o que fazer ou não, algoque nos pode ter feito felizes e, se não fez, nos ajudou acrescer.

Patrícia Pestana, 11ºCT1

Viver...........................Poderia ter escolhido uma qualquer outra palavra, masporque não esta? Sonhar? Dormir? Comer? Amar? Todasas outras não fazem sentido algum se não tivermos vidapara vivermos e que saibamos viver. Viver é sentir eexperimentar novas coisas do dia-a-dia, não importa aidade, não importa a cor; importa é que somos todos umagrande comunidade que junta voa mais alto e é maior.Viver é a minha palavra de eleição, pois devemos viver eser felizes.

Susana Barradas, 11º CT1

Amigo...........................A minha palavra de eleição é “amigo” não só por causadaquilo que significa, do que um amigo deve ser para cadaum de nós, mas também porque a palavra amigo tem um“i” e eu gosto de palavras com “is”, como por exemplomanjerico, por causa da sua sonoridade.

Teresa Carrasquinho, 11º CT1

Saudade... ..............Esta palavra tão nobre que, não parecendo, significa muita coisa,principalmente a nível sentimental. É ao recordar momentos que jápassaram, momentos felizes ao lado de pessoas que já partiram, oumesmo, pessoas que estão perto, que nos invade este sentimento. Osimples facto de as admirarmos ou adorarmos, faz-nos desejar estarao pé delas, e isso é a saudade!

Filipa Marques, 11ºCT2

Esperança...................Esperança faz-me lembrar luz. Por vezes, quando a luz incide najanela e faz reflexo no chão, lembro-me da palavra “esperança”,pois esta representa a serenidade e simplicidade de uma vida bemvivida, levada com calma, felicidade e também com um pouco dealto astral.

Cátia Morgado, 11º AS

Dormir…..................Adoro divagar pelo mundo dos sonhos e fazer coisas que nunca maisirei fazer no meu quotidiano. Por exemplo, ontem dormi até às noveda noite. Quando acordei, estava tão interessado no meu sonho quedecidi voltar ao mundo da fantasia.

Miguel Barreto, 11º AS

Livro................Sempre que ouço esta palavra, uma campainha toca dentro da minha cabeça.Livro, onde? É bom? Tem muitas páginas? Quem é o autor? Será muitocaro? Posso achá-lo na biblioteca? Ou tenho de o comprar às escondidas?Esta palavra tem imensas recordações associadas: a procura por umdeterminado livro, por entre dez livrarias, a espera pela publicação de umfinal de história, a perda de outro e, especialmente, as feiras do livro, ondetenho de suplicar para comprar mais do que um.

Ana Leonor Santos, 11ºCT2

Sempre...........Sempre tem muitos significados e é usado muitas vezes … Nem todos metocam, mas há um que eu considero quase sagrado. Às vezes, nas amizadesdizemos “para sempre”; aí sentimo-nos importantes, porque sabemos quehá uma ligação que nos une mesmo. Sabemos que mesmo se um dia nossepararmos, há sempre a promessa do “sempre”. Por favor, nãodesvalorizem o “sempre”.

Margarida Rato, 11º CT2

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Gazeta, edição 3 Página 10

Pequenos investigadoresA extinção do Tiranossauros Rex

Depois de dominarem a terra por mais de 160milhões de anos, o Tiranossauros Rex desapareceusubitamente há 65 milhões de anos. Este foi umdos desaparecimentos mais misteriosos da históriada Terra.Existem várias teorias, como é óbvio, mas a maisaceitável é a de um meteorito ter colidido com aterra. Essa teoria consiste em que o embate dometeorito causou chuva ácida que dissolvia tudoaquilo em que tocava, o que deixou inúmeros animaissem alimentos e o sol obnubilado.Consequentemente, as plantas deixaram de crescer,mais de metade da Terra ficou em chamas e o arficou cheio de fumo e de pó espessos.Outras teorias apontam para a mudança quente doclima, a mudança fria do clima e até erupçõesvulcânicas.

Diogo Ganhão, 7º C

A Extinção do Panda Gigante

O Panda Gigante é um animal que vive nas florestasAsiáticas e que está em vias de extinção. Só jáexistem 1000 Pandas Gigantes no mundo. Os Pandasgigantes que ainda existem, vivem em cativeiro ouem reservas florestais.A destruição das florestas Asiáticas, o lentocrescimento de bambu, o excesso de leis, a falta deeficiência e a caça intensa, colocaram o Panda Gigantesob sérios riscos de extinção.A dificuldade de reprodução, a baixa taxa denatalidade, e ainda a alta taxa de mortalidade infantilcolocam o Panda Gigante sob ameaça de extinção.Para evitar a sua extinção não se deve destruir oseu habitat e deve tentar-se a sua reprodução comajuda humana nos Jardins Zoológicos.Uma dos aspectos a favor destes animais é o factode a caça de Pandas Gigantes na China ser um negóciode risco, sujeitando-se os seus caçadores etraficantes à pena de morte ou prisão.

Inês Júlio, 7º C

Causas da extinção do BurroDecidi estudar as causas de extinção do burro uma vez que, em Portugal, este animal existia em grandenúmero e tinha um papel fundamental nos trabalhos rurais e também como meio de transporte.Actualmente o Burro encontra-se em extinção não só em Portugal como no restante continente Europeu.O Burro era considerado um animal de trabalho pela sua força e pela sua facilidade de adaptação e resistênciaa condições difíceis. Normalmente é um animal corpulento e rústico, de grandes orelhas e temperamentodócil.A sua extinção deve-se sobretudo à mecanização dos trabalhos agrícolas, ao abandono do mundo rural e daagricultura de subsistência. Na região de Trás-os-Montes verificou-se também uma forte emigração,conduzindo ao envelhecimento da população. Actualmente estas pessoas são demasiado idosas para cuidardos burros.Há ainda a salientar factores como a idade avançada das burras, o que provoca uma diminuição da sua taxade fertilidade; a fraca disponibilidade de machos inteiros, actualmente em número muito reduzido, devidoa serem menos dóceis e próprios para o trabalho que os machos castrados; dificuldades no transporte dee para os locais/postos de cobrição.São todos estes factores que contribuíram para o declínio da raça Asinina.

João Miguel Ramos, 7º C

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Página 11 Gazeta, edição 3

A palavra às efemérides *

364 (ou 365) dias e, quase nenhum deles escapaà febre da Comemoração, ou à paixão dasefemérides, como preferirem.Uns consideram que tanta comemoração é umexagero, porque assim se desvaloriza esta ouaquela causa. Outros sabem que apesar de “Na-tal ser todos os dias”, nunca é de mais vincar quehoje é o Dia disto ou daquilo, pelo menos assimfaz-se alguma coisa.Contra ou a favor, a Severim, mais concretamenteo Departamento de Português, decidiu assinalaralgumas efemérides. A professora Irene Ribei-ro, no âmbito de Área de Projecto, dinamizou o“Cantinho do 7ºD”, comemorando algumas datasnacionais e internacionais.Só para recordar algumas delas:

1 de Outubro - Dia Mundial da Mú-sica e Dia do Idoso3 de Outubro - Dia da Infância4 de Outubro - Dia do Animal5 de Outubro - Dia do Professor;Implantação da Répúbica10 de Outubro- Dia Internacional Contra a Penade Morte1 de Novembro - Dia de Todos-os-Santos11 de Novembro - Dia de S. Martinho16 de Novembro - Dia Mundial da Tolerância

* Facto relevante escrito para ser lembrado oucomemorado em certo dia.

Efemérides na Escola

Dia Internacional para a Tolerância

Um dia internacional para a tolerância? Acho muito bem, não émais nem menos do que o Dia do Pai ou da Mãe. É preciso ésermos racionais e calmos.Isto nem devia ser festejado só uma vez no ano, mas pronto,devagar se vai ao longe. Já não é mau existir quem até se lembreque há pessoas a toda a hora a serem vítimas de discriminação!É mal pensado, porque debaixo da cor de pele somos todos iguais,certo?! Analisemos a situação: os chineses têm sentimentos, osindianos também. Os negros têm tanto direito a viver como osbrancos.É preciso agir de forma correcta. É preciso não haver tantarivalidade e ódio. O que é que interessa um ser católico e outroateu?! Desde que sejam felizes não há motivos parainterferências. Qual é o mal de uns se casarem com outros eque haja entre eles 10 anos de diferença?! Há amor e isso é quetem que ser valorizado. Porque é que não se deixa para trásaquilo que se é e se passa a agir de acordo com o que se vale?Tantos que falam sem olhar para as intolerâncias que elespróprios cometem. Tem que existir solidariedade, partilha devida e de costumes. Sozinho não se aprende nada.Há muitos assuntos relacionados com a tolerância, mas poucossão aprofundados! Vá lá, manifestem-se e revoltem-se. Mostremque no mundo ainda há esperança de não rebaixar os que já foramou virão a ser rebaixados. Sejam tolerantes. Custa o quê?!Verdade, compreensão e senso humano?!Há que quebrar as regras de distinção. Somos todos o mesmo,valemos todos o mesmo!

Catarina Pinto, 11ºCT2

Passeios históricos da Severimcom o objectivo de calcorrear Évora, revivendoa(s) sua(s) histórias e História, juntandojovens e adultos, já que o passeio está abertoà participação de todos, desde quepreviamente inscritos.O 1º passeio ocorreu na tarde fria e cinzentade 22 de Outubro, mas apesar do frio, umcaloroso grupo reuniu-se no Largo da Graça efoi aí, frente aos populares “meninos da Graça”

que a História começou. Dali o grupo visitou o interiorda Igreja da Graça e o claustro do antigo convento deS. Agostinho (actualmente Messe dos Oficiais). Apósuma visita breve à Igreja de São Vicente, o passeioterminou na Igreja da Misericórdia.(Para saber mais sobre esta visita, consulta http://fariaconversas.blogspot.com/)

Re) Descobrir ÉvoraPercursos e histórias da História.

Contar a História e contar histórias daHistória é uma arte, a arte de sercontador, que é apanágio de poucos. Noentanto, o professor Manuel Brancoconsegue ter esse dom e, possivelmente,terá sido por esse motivo, que a EscolaSecundária Severim de Faria, em parceria com oDepartamento de Física da Universidade de Évora,lançou mãos ao (Re) Descobrir Évora, escolhendo-o como guia do 1º percurso.Mensalmente, com o mesmo guia ou outros, estaactividade ocorrerá nas tardes de quartas-feiras,

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Gazeta, edição 3 Página 12

Novos talentos da Severim: a palavra à B.D.

Desenhos - Luís Camacho, 12º SH

Baseado em: Os Três Mosqueteiros, deAlexandre Dumas

Continua