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Estudo das foliações em rochas. Aula para o 5.o Período de Engenharia de Minas da FINOM. Referências: ARTHAUD, M. Elementos de Geologia Estrutural. Fortaleza, 1998. CARNEIRO, Celso dal Ré e outros. Tipos de Foliação. UNICAPMP, out. 2003. ppt SALAMUNI, E. Aulas 9: Estruturas planares e lineares.pdf.
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Foliações em Rochas• As estruturas em rocha podem ser primárias ou
secundárias . • Estruturas primárias foliares não são muito comuns.
Podem ocorrer em: rochas ígneas acamadadas pelo fluxo de lava, clivagem plano axial em dobras de escorregamento, em rochas sedimentares e como foliação diagenética em folhelhos.foliação diagenética em folhelhos.
• As estruturas secundárias planares, representadas pelas foliações (xistosidades e clivagens), e lineares, representadas pelas lineações minerais, de interseção e de eixos de dobras, ocorrem em rochas que foram submetidas a metamorfismo acima de graus incipientes. São geradas por falhas (incluindo-se zonas de cisalhamento) e dobras.
• Grande parte das estruturas em rochas é definida pela orientação preferencial de minerais ou elementos da trama . Os elementos da trama são aquelas feições que se repetem sistematicamente na rocha. Isto inclui o arranjo espacial e geométrico de todos os constituintes da rocha, congregando feições texturais, estruturais e orientações cristalográficas preferenciais.
• É comum, em litologias deformadas em condições • É comum, em litologias deformadas em condições dúcteis, o desenvolvimento de uma ou mais famílias de planos de orientação das rochas. Esses planos, de origem tectônica (secundários), podem ou não ser paralelos à estratificação original da rocha que, em certos casos, é totalmente apagada quando do desenvolvimento das novas feições (transposição). Eles recebem, de maneira genérica, a denominação de foliações e são representados pela letra S.
• A palavra foliação é, portanto, um termo genérico para descrever feições planares que se reproduzem de forma penetrativa e repetitiva no meio rochoso, em escala de amostra de mão.
• Podemos classificar como foliação um acamamento rítmico de uma rocha metamórfica, o bandamento composicional de rochas ígneas, ou outras estruturas planares de rochas metamórficas. planares de rochas metamórficas.
• Uma falha isolada cortando um nível de composição diferente da rocha não é considerada um elemento da trama, porque não possui repetitividade em escala de amostra de mão.
• Juntas são normalmente excluídas dessa classificação por não serem suficientemente penetrativas.
O termo foliação se aplica a feições planares das rochas metamórficas e corresponde a vários tipos
de estruturas
• Clivagem (de rocha): é a separação da rocha em planos paralelos. O termo clivagem é alusivo as foliações secundárias presentes em rochas finas, nos quais não há cristalização orientada de minerais. As clivagens aparecem em rochas metamórficas ou não e são características do nível estrutural médio.
• A clivagem ardosiana é uma estrutura típica das ardósias e filitos caracterizados predominantemente pela orientação paralela de minerais placosos, sobretudo sericitas e minerais de argila, e agregados minerais agregados minerais tabulares ou lenticulares.
• Macroscopicamente, é caracterizada pela quebra das rochas em planos paralelos e regulares, conforme ilustração ao lado.
• A clivagem de crenulação é uma segunda foliação gerada sobre rocha metamórfica, normalmente rica em filossilicatos (micas), em decorrência de dobramento com pequeno comprimento de onda e amplitude (microdobras).
• Essa segunda foliação é paralela ao plano axial dessas dobras e quanto mais dobras e quanto mais apertadas forem essas microdobras, melhor será o desenvolvimento da clivagem. Em rochas que contém clivagens de crenulação a foliação preexistente é normalmente afetada por microdobras.
• Na imagem ao lado, observa-se uma dobra em rocha xistosa que levou desenvolvimento de uma crenulação(linha vermelha), observável como observável como feição planar (clivagem) e também como feição linear (eixos da crenulação).
• A clivagem de crenulação é descontínua e afeta essencialmente rochas finamente acamadadas, geralmente xistos diversos ou quartzitos laminados. A geometria das microdobras de microdobras de crenulação é extremamente variada, sendo comuns kinks e chevrons. Essas microdobras podem ou não ser simétricas.
• As clivagens são feições sistematicamente associadas à dobramentos. Apresentam, geralmente, relações geométricas simples com as dobras singenéticas, sendo os planos de clivagem de modo geral paralelos aos planos axiais.
• Quando não paralelos aos • Quando não paralelos aos planos axiais, as clivagens desenham, na maioria dos casos, um leque convergente para a parte central das dobras, conforme a figura à direita.
• Xistosidade : definida pela reorientação de minerais pré-existentes e/ou cristalização orientada de novos minerais, especialmente os micáceos. A xistosidade é uma foliação representada pelo desenvolvimento de minerais placóides e/ou tabulares/prismáticos.
• O aspecto mesoscópico característico da xistosidade é a definição de planos de foliação pelo alinhamento de micas como muscovita, biotita, clorita e sericita. sericita.
• Xistos raramente se partem segundo planos perfeitos como as ardósias. Ao contrário, sob a ação do martelo de geólogo, eles se quebram formando discos e soltam muita mica.
• A xistosidade é uma forma de organização planar adquirida em condições de temperaturas mais elevadas do que as clivagens. É característica do nível estrutural inferior.
• Estrutura ou bandamentognaissico : estrutura planar caracterizada por cristalização orientada e segregação de minerais metamórficos individualizados a olho nu, em bandas definidas.
• Alguns autores utilizam o termo foliação como sinônimo de bandamento composicional dos gnaisses (alternância de bandas claras e escuras). bandas claras e escuras).
• Outros utilizam o termo superfícies S, designando qualquer estrutura planar, independente de qual seja sua origem. Incluem-se juntos nessa classificação xistosidade, clivagem ardosiana e acamamento, por exemplo.
• A gnaissificação é a estrutura típica dos gnaisses, rochas em que os feldspatos perfazem mais de 20% do volume. Essa estrutura normalmente é caracterizada por bandeamento composicional . Bandas claras, mais ricas em quartzo e feldspato alternadas com bandas mais escuras, por conter maior teor de minerais máficos.
• A figura ao lado mostra uma estrutura gnáissica com bandas claras (leucossoma) e escuras (melanossoma), em migmatito(rocha metamórfica em que a formação de novos minerais traduz uma alteração da composição química devido a material vindo do exterior da rocha original).
Classificação das rochas foliadas
• As rochas foliadas são separadas de acordo com: – natureza da foliação (intensa ou não; espessa
/delgada; partição)/delgada; partição)– tamanho dos cristais (grossos /finos)– grau de separação entre minerais claros e
escuros (bandeamento)– grau metamórfico (baixo; médio; alto)
• Ardósia – foliada (excelente
partição); cristais finos– metamorfismo de
baixo grau de folhelhos e cinzas vulcânicasvulcânicas
– cores escuras devido à mineralogia da rocha original - cinza, verde oliva
• Filitos – similares às
ardósias, com grau de metamorfismo um pouco mais elevado.
– textura pouco – textura pouco mais grossa das micas em geral e cloritas maiores.
– partição boa.
• Xistos – resultantes de
metamorfismo moderado a elevado de rochas argilosas
– início de segregação entre minerais claros e escuros
– xistosidade – foliação ondulada, intensa; textura ondulada, intensa; textura grossa
– Ex.: Clorita-xistos; Granada-xistos; Mica-xistos - mais de 50% minerais placóides (Micas: moscovita, biotita, clorita); Lentes de quartzo; feldspato; Outros minerais.
• Gnaisses – foliação caracterizada
por bandas onduladas, claras e escuras
– (Qz + Fd) / (Biotita + Anfibólio + Piroxênio + Opacos)
– praticamente não há – praticamente não há partição ao longo das bandas
– resultam de condições de P e T elevados sobre granitos, arenitos, etc. (Metamorfismo de alto grau).
Referências
• ARTHAUD, M. Elementos de Geologia Estrutural. Fortaleza, 1998.
• CARNEIRO, Celso dal Ré e outros. Tipos de Foliação. UNICAPMP, out. 2003. pptde Foliação. UNICAPMP, out. 2003. ppt
• SALAMUNI, E. Aulas 9: Estruturas planares e lineares.pdf.