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A necessidade de um livro que pudesse orientar ao
profissional e ao acadêmico de psicologia na escolha de testes a empregar foi uma constante pela atualização dos instrumentos brasileiros. A Casa do Psicólogo apresenta o Guia de referenciados testes psicológicos comercializados no Brasil como uma obra de informação e consulta atualizada sobre a questão dos testes no pais. Trata-se de um livro cuja principal preocupação está em representar e caracterizar os testes mais atuais na área de Avaliação
Psicológica. O leitor irá encontrar em uma linguagem objetiva os conteúdos e as referencias dos instrumentos na sua origem, uma revisão indispensável dos principais indicadores metodológicos dos testes e demais características técnicas dos testes comercializados. Os autores apresentam um trabalho sistematizado e em seguimento, possibilitando ao leitor novas revisões dos testes com qualidade e a atualidade para a qualificação da Avaliação Psicologia no Brasil.
ISBN 85-7396-243-7
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159.938.3 A35lg
BII PUC ~i
N.Cham 159.938.3 A3Sig
i'\utor: Alchieri, 1pão Carl Título: Guia de referência :testes psico
111111111111111~ 111~ 11111111111111111111111111111111111111 0002443740 Ac.282632
BH PUCMinas N"Pat.:200S
João Carlos Alchieri Ana Paula Porto Noronha
Ricardo Primi
GuiA DE REFERÊNCIA:
TESTES PSICOLÓGICOS
COMERCIALIZADOS NO BRASIL
~~~ ~~~ ~ ~
Casa do Psicólogo® lt__#APESP
© 2003 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, para qualquer finalidade,
sem autorização por escrito dos editores.
t• Edição 2003
1 • Reimpressão 2004
Editores Jngo Bernd Güntert e Silésia Delphino Tosi
I'Tpdução Gráfica & Capa Renata Vieira Nunes
l:ditoração Eletrônica Cerlos Alexandre Miranda
Revisão Gráfica Leila Marco
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Alchieri, João Carlos Guia de referência: testes psicológicos comercializados no Brasil I João Carlos Alchieri, Ana Paula Porto Noronha, Ricardo Primi. -São Paulo- Casa do Psicólogo ®: FAPESP, 2003.
Bibliografia. ISBN 85-7396-243-7
1. Psicometria 2. Testes psicológicos 3. Testes Psicológicos - Brasil I. Noronha, Ana Paula Porto. II. Primi, Ricardo. Ill. Título. IV. Título: Testes psicológicos comercializados no Brasil.
03-4061 CDD- 150.287
Índices para catálogo sistemático:
I. Instrumentos psicológicos 150.287 2. Testes psicológicos 150.287
Impresso no Brasil Printed in Brazil
Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à
~~ Casa do Psicólogo® Livraria e Editora Ltda. ~~ ~ Rua Mourato Coelho, I 059 Vila Madalena 05417-011 SãoPaulo/SP Brasil ~ Tel.: (11) 3034-3600 E-mail: [email protected] ~ Site: www.casadopsicologo.com.br
Os AUTOREs
João Carlos Alchieri é psicólogo, doutor em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Psicologia Social e da Personalidade pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS),
professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio Grande do N arte (UFRN).
Ana Paula Porto Noronha é psicóloga, doutora em Psicologia: ciência e profissão pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Coordenadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia da Universidade São Francisco (Mestrado e Doutorado). Pesquisadora da linha de construção, validação e padronização de instrumentos de medida. Membro do Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional (LabAPE). Parecerista ad-hoc do Conselho Federal de Psicologia. Membro do Conselho Editorial da revista Psico-USF. Recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPF) (produtividade em pesquisa nível 2), é membro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP).
Ricardo Primi é psicólogo, doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP), com parte desenvolvida na Yale University (EUA). Coordenador do Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional (LabAPE). Recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimen-
6 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
to Científico e Tecnológico (CNPq) (produtividade em pesquisa nível2). Diretor acadêmico de pós-graduação da Universidade São Francis
co, tesoureiro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) e membro da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia. Leciona disciplinas de Avaliação Psicológica, Estatística e Psicometria e desenvolve trabalhos de pesquisa em Avaliação da Inteligência, Avaliação da Personalidade, Desenvolvimento de Carreira e Teoria de Resposta ao Item.
SuMÁRio
PREfACIO···················································································· 13
li':STRD,JFNTOS PSICOLÓGICOS COMERCI,\LIZADOS :--.lO BRASIL .. 15
Introdução ........................................................................................ 15
Os instrumentos brasileiros ........................................................... 16
Características psicométricas dos instrumentos ........................ 17
Os testes como instrumentos ....................................................... 19
Considerações finais ....................................................................... 23
Referência ......................................................................................... 24
ATE:--.JÇAO CONCENTRAD,\- AC ················································ 27
A TENÇA O CO I\: CENTRADA- AC-15 .......................................... 29
ACRE- TESTE DE ATI.NÇÃO CONCENTRADA, RAPIDEZ E
ExATIDÃO .............................................................................. 3 1
ATENÇAO DIFUSA- MEDIDA DE PRONTIDAO MENT\L ............ 3 3
AYALIAÇÃO D,\ CRIATLYIDADE POR FIGljRr\S E p ALW&\S ......... 3 5
BECASSE- Ann:DES SoctoBrocroN,\IS EM cRlAl'\çAs
PRÉ-ESCOLARES ...................................................................... 3 9
BATERIA DE FCNÇOES ~fEI\:TAIS PARA
MoTORISTA- TEsTEs DE ATENC;Ao BFM-1 ............................ 41
R\TERL\ DE Fu:--.JçOEs ME::-.:TAIS PAR,\ MoTORlS'L\- TESTE DE
ME11ÓRIA BF1J-2 ................................................................. 43
8 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
BATERIA DE Fu~c;õES MEKTAIS PARA MoTORISTA- TESTE DE
RACIOCÍNIO LóGICO- BFM -3 ............................................. 4 5
BATERIA DE FuNÇõEs MENTAIS PARA MoTORISTA- BFM-4. 47
BATERIA DE PROVAS DE RAciocíKIO- BPR-5 ........................ 49
BATERIA TSP ·············································································51
C0.\10 CHEFIAR? ......................................................................... 53
CoRNEL lNDEX- Cl .................................................................. 55
CcBos DE KoHs ........................................................................ 57
DESENHO DA FIGURA HUi\IANA DE WESCHLER ....................... 59
DESTREZA DIGITAL- TC ......................................................... 61
DEZESSEIS PF - QUESTIONÁRIO DOS 16 FATORES DE
PERSOJ\:J\LIDADE ..................................................................... 6 3
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL (DO) -FORMA I E
Fo~\L\ II ................................................................................ 6 5
Do?v11Nós D-48 ......................................................................... 6 7
EsCALA DE A V1\LlAÇA.O DO COMPORT/uv1ENTO INFANTIL PARA O
PROFESSOR-EACI-P .......................................................... 69
Esc1\LAS DE BEcK ....................................................................... 71
EscALA FATORIAL DE AJCSTAMENTO EMOCIONAL/
NEUROTICISi\IO ....................................................................... 7 5
ESC\LA DE lNTELIGÊNCL\ WESCHLER PARA CRIA~ÇAS-
III EDIÇAO .............................................................................. 7 7
Esc\L\ DE MATURIDADE Mm..:T1\L Cou::'vrniA ........................... 79
EscALAS DE PERSONALIDADE DE CoMREY- CPS .................... 8 3
EscAL\ DE SociABILIDADE E EMoTIVIDADE- ESE ................. 8 5
Sumário 9
Esc\L\ DE STRESSE hF.\~\:TJL ................................................... 87
EscAL\ DE T~\~STO~'\:o DE EHBISDE ATE~ç\o/
HIPE~\TlVIDJ\DF (VERSAO PA~\ PROFESSORES) ...................... 89
FIGU~\S COMPLEXJ\S DF REY TESTE DE C(WL\ E REPRODUÇ;\0
DE lviEMÓRJA DE FIGURAS GEO~!(cTRICAS CO.\!PU:X1\S ............ 91
INVENTARIO DE ADMINISTRAÇ)\0 DO TE\!PO- ADT ............... 9 3
IN\'ENTÁRIO F\TORL\L DE PFRSOJ\:i\LID,\DF -- IFP .................... 9 5
INVENTÁRio DF H'\BILID;\OES SociAIS- IHS .......................... 9 7
INVt:J\:TÁRIO DE SJNTOM1\S DE STREssr: PARA ADt:LTos DE
I~IPP (ISS L) ............................................................................ 9 9
INVENTÁRIO E AuTo-An\LISE DOS INTERESSFS PROFISSIO~AIS-
IAIP .................................................................................... 101
llivENTÁRio DE Â'\SIEDADE T~ \c~ o-EsTADo- IDA 1TI .. .. . .. .. .. . 1 O 3
INVEJ\:T.\RIO DE A"-iSIEn\Dr: TRM;o-EsT\Do- IDA TE C .... 105
INVENTARIO ~1ULTIFÁSICO DE PERS()NJ\LIDADE DE J'vfU'\:NESOTA-
l'vfl\fPI .................................................................................. 1 O 7
I~VE\JTARIO DE ExPREssAo DE R1\I\~\ coMo EsTADO r T~ \ÇO -
STAXI ................................................................................ 109
LEVAJ\:TAMEJ\:TO DE lJ\:TEREssr:s PRoFISSION.\IS- LIP .............. 111
ImE~\Nc;,\ F PoDER ............................................................... 113
MAcQuARRIE TESTE DE REL\c;c)Es Esr\CJM..; ....................... 11 5
MATRIZES PROGRESSLV.\S- Esc\L\ i\ \',\~Ç"\D,\ ..................... 11 7
MATRIZES PRoGRESSI\';\S- Esc,\L\ GER,\L ............................ 11 9
MATRIZES PROGRESSIY,\S COLORID,\S ..................................... 121
l'v1EDID.\ DE FLU~·:~ClA VLRBAL ............................................... 123
10 Guia de referência: Testes psicológicos comercializado~ no Brasil Sumário 11
~lL\IÓRI.\ R .............................................................................. 125 TESTE DO DESE:\fiO DE SIL\TóR- SDT ................................. 171
~fTB- SI~RIL BuTH ................................................................ 127 TESTE EDJTFS DF l:\TELJGFê:\:CL\- TEI ................................... 173
PROCIV\c\L\ DF HABITOS E DFSE\IPE~HO TEs11c: EQClrctL11'IHL DE 1:--.:TEUGÊ:\CL \-Esc \L\ 2 E 3 .............. 175
NO ESTllDO- PHD ............................................................... 129 TESTE DE EsTRUTt.R,\S VocN:roN.\IS- TEV ....................... 177
PROGR.\,\L\ DE ATITlTDES DOS PAIS- PAP .......................... 131 TESTE DAS FABlíLr\S ................................................................. 179
PRO\'.\ DE Nívu.l\fFNT,\L ....................................................... 133 TESTE DE FR,\SES lNCü\!PLETi\S COl\1 APLIC;\(;.\0.\ lND(STRIA-
PsiccmL\Gt--:\.JSTico Mrocr~Ímco- PMK ............................. 13 5 FIGS ........................................................................ 0 ........... 181
QtiESTI0:'\1 \RIO DEA\:\LL\Ç\o TrPoLóGICA- QUATI ............ 137 TESTE DE 1L\TCRilHDE Pl\RA LEJTCRA ................................... 1 8 3
QU"STIO:\.\RIO DESlDERXIWO- QD .................................... 13 9 TESTE 11ETROPOLITAí\O DE PRONTJDAO- FOR,\ L\ R ............ 1 8 5
Qt ESTI00ÜRIO DE SA(JDI·: GERAL DF GOLDBERG- QSG .... 141 TESTE 1\S MrN!L\S MAos- Nh\1 ................... 0 .................... 0 ... 189
Qt'ESTIO:\.\RH) VOC\(J()~;\L DE I~TERESSES- QVI .............. 143 TESTE DAS PIR.\.\IIDES DJ\S CORES- TPC ......... ooooooooooooooooooo 1 91
REPRODlC\0 DE FIGCR:\S ....................................................... 145 TESTE DE PRoNTIDAo EMOCI( JN.\L PAR1\ JYinToRIST.\-
TEPEM .......... oooooooooooooo .... o .... o .... o ...... o ............. o .... oooooooooooooo 193
TESTE DE APEHCEP(;MJ TEMA TICA- TAT o .......... 000 .. 000000 0000000 14 7 TESTE N.\0-VERB,\L DE ll\:TELIC~F:::\iCIA- G36 ...... 00000000000000000 1 9 5
TESTE DE 1\PTID,\o AcAD~:\nC\ .... o .......... o .......................... o .. 149 TESTE NAO-VERBAL DE lNTELIGÍ~NCL\- G38 ........... oooooooooooo 197
Tt·snc: DE C\P \CID;\DES ll\:TFLECTI!r\IS- TCI ...................... o 151 Tr:sTEN;\o-vERBi\LDEl0JTELIGÊNCL\-R-1 .. 0 ...................... 199
TESTE C\R:\CTEROL()GJCO- TCO ........................ 00000000000000000 153 TESTE NAo-vERB;\L DE lt--:TELIGÊNCIA P.\RA CRIANÇ\S-
TESTE CoLETI\ü DE lNTELIGF:NCL\ PARi\ ADu:ms- CIA .. o 1 55 R-2 .. o .............. o ... o .. oooooooooooooo ..... oooooooooooooooo ... o.ooooooooooooooooooooooo 203
TESTE DE Co.\n>LFT\.\!ENTO DEDESF:.0:HOS- \V\HTECC .............. 0 15 7 TESTE R~VE::\i DI-' ÜPERAÇOES LóGICAS- RTLO ................ o 205
TESTE DE Co\IPREENSAo MEcANlC\- FoK\L\ i\;\ .............. 15 9 TESTE DE RoRsunur ...... o .......................... o ...................... o .. o 207
TI·:STEDFC:miPRIJ:0:s.\oTf.:cNico-Mr:c.\.."-:IC\- TCThi .... 0 .......... 0 161 Z -TESTE ZcLLIGER .......... 0 .............. 0 ........................... 0 ......... 209
TEsn: DOS Co:\jl:--.:TOS E:\IP,\REIR\DOS .............................. o .. 163 REfERÍ·l\:CL\S BlBI.!OGRAFIC\S 000000000000000000000 ........................... 211
TESTE D-70 ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo ........ ooooooooooooooooooooooooooo 1 6 5
TESTE DF DrSh\IPENl 10 EsuJL\R- TDE .................... 0 ........ 16 7
PREFÁCIO
O objetivo principal deste livro está em oferecer aos profissionais, professores e acadêmicos uma revisão técnica dos testes brasileiros atualmente comercializados, a fim de caracterizar o processo de conhecimento e os procedimentos metodológicos representados nos instrumentos brasileiros. Durante as últimas décadas, com a apresentação de novos testes e a necessidade de atualização, exige uma constante informação do profissional. Uma única fonte para sua consulta e o acesso de informações complementares são pontos a destacar neste guia. Sabe-se que por meio das resoluções do Conselho Federal de Psicologia a atualização dos instrumentos será uma exigência legal ao exercício da avaliação psicológica nos seus diversos âmbitos. Para tanto, partimos do pressuposto de que os leitores possam, baseados nas informações apresentadas, ampliar suas consultas aos manuais e demais obras e, assim, planejarem uma escolha criteriosa dos instrumentos de avaliação psicológica. Esperamos que o conteúdo apresentado e desenvolvido neste guia possa ser um instrumento de consulta constante nas atividades de sala de aula, privilegiando a atualização das informações na formação de quem já atua na área e de futuros profissionais.
Os autores
INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS
COMERCIALIZADOS NO BRASIL
INTRODUÇÃO
Neste volume, são apresentados os instrumentos de avaliação psicológica comercializados atualmente no Brasil. Este material é fruto de trabalhos, iniciados em 1999, e reunidos pelos autores (Noronha, Alchieri & Primi, em 2001) num projeto subsidiado pela FAPESP desde 2001.
O leitor irá observar que se incluem aqui a quase totalidade dos instrumentos de avaliação psicológica utilizados no País, sendo que os testes de livre acesso, como desenhos e outras variantes das técnicas não são representados. Esta decisüo está embasada na ausência de uma única editora com dados técnicos desses materiais e a conseqüente obtenção oficial de informações, juntamente com uma grande diversidade no uso, que a ausência de normas de utilização permite.
Com a presente exposição não se tem a pretensão de apresentar uma taxonomia ao instrumental psicológico, que, aliás, é extremamente necessária. Pretende-se sim levar o leitor, estudante ou profissional, a poder ter rapidamente sanadas suas dúvidas quanto a possível indicação ou não de um teste para um determinando fim. Por outro lado, atualizamos algumas informações complementares a ficha técnica dos instrumentos comercializados, em relação a existência de pesquisa, estudos ou mesmo atualização do instrumental psicológico disponível no País.
16 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
ÜS INSTRUMENTOS BRASILEIROS
A atenção sobre a situação dos testes psicológicos brasileiros esteve presente nas discussões científicas nacionais ao longo de quase 50 anos de forma ininterrupta. Os trabalhos de pesquisadores e docentes em desenvolver, implementar, elaborar, aperfeiçoar e adaptar os instrumentos e técnicas para um uso eficiente e eficaz, é registrado na história brasileira desde a década de 1920 (Pasquali & Alchieri, 2001). No Brasil, possuímos um número considerável de instrumentos psicológicos autóctones, a despeito de idéias geralmente difundidas do contrário.
Ao longo das últimas décadas, por modificações técnicas, teóricas e culturais observamos a necessidade de retificações a adaptações urgentes de nossas técnicas calcadas nas exigências que as transformações socioculturais impõem. Uma dessas características é a velocidade e a necessidade do uso e divulgação de informações, cada vez mais precisas, para assessorar a tomada de decisões técnicas.
O ensino de instrumentos de avaliação psicológica é basicamente representado como função específica da formação, seja ela no âmbito da graduação ou da pós-graduação. Para muitos psicólogos, esta é a única fonna de estudar a avaliação psicológica e, conseqüentemente, ter acesso aos frutos da pesquisa. Sem a existência no P<ús de uma cultura do aperfeiçoan:~ento profissional seqüenciado que possa, além de atualizar, capacitar o profissional com novos instrumentos e técnicas, o psicólogo continuará com as mesmas informações oriundas do período de formação (Alchie1i & Bandeira, 2002; Alves, Alchieri & Marques, 2001).
Duas grandes obras da psicologia brasileira trataram da atualização de referências e atualização dos testes psicológicos: a de Van Kolck ( 1981 ). com uma publicação extensa sobre os instrumentos e sua avaliação de características de indicação e uso. e, mais atualmente, a de Cunha (200 I). com a continuidade de uma obra cuja ênfase no processo de diagnóstico, representa as principais técnicas utilizadas. Em ambas, a preocupação das autoras deriva da necessidade de aperfeiçoamento e atualizaçiio no uso dos testes e técnicas, mais que a sua exposição dos aspectos técnicos para a escolha desses instrumentos.
Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 17
Sabe-se que o uso de instrumentos e técnicas de avaliação psicológica é uma função privativa do psicólogo, ma.;; o que poucos profissionais conhecem é que o seu uso está condicionado a representação de determinados requisitos técnicos presentes desde sua elaboração. Este é o objetivo principal desta obra, explicitar os aspectos técnicos da psicometria (estudo da medida psicológica e das características comportamentais representadas nos testes) expostos nos instrumentos nacionais.
Um recente relatório técnico (Prieto & Muniz, 2000) da Conlissão de Testes do Colégio Oficial de Psicólogos (COP) e da Comissão Européia sobre Testes da Federação Européia de Associações Profissionais de Psicólogos (EFPPA), foram apontadas diretrizes internacionais para o estabelecimento de políticas para o uso dos testes psicológicos, amparando a presente investigaçüo. Aliado a perspectiva dos padrões de excelência para os instrumentos, recentemente foi publicada uma revisão dos Standards for Educational and Psychologica/ Tests (American Educational Research Association, American Psychological Association & National Council on Measurement in Education, 1999); uma referência clássica quanto aos parâmetros dos instrumentos utilizados na avaliação psicológica (ITC, 2001).
Inicialmente, é necessário expor, em poucas linhas, os pressupostos básicos quanto às características psicométricas dos testes, com intuito de amparar e auxiliar a interpretação das informações aqui apresentadas.
CARACTERÍSTICAS PSICOMÉTRICAS DOS INSTRUMENTOS
Um aspecto fundamental para considerar, antes mesmo das condições técnicas de quaisquer instmmentos, diz respeito quanto a concepção de medida que será representada no procedimento de avaliação pelos testes psicológicos.
Tomamos como ponto de partida que qualquer avaliação é uma forma de comparação entre um e outro objeto, e, como tal., é uma
18 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
mensuração, deve claramente representar a validade entre o fenômeno e os pre~supostos do uso da linguagem matemática. Desde o início da linguagem, a representação matemática como forma paralela de conceber o mundo se manifestou, desenvolvida e aperfeiçoada com o passar do tempo pelas diversas culturas, representou um avanço do pensamento e de sua abstração. Todas as ciências valem-se de uma forma de análise e representação de suas idéias, mediante o uso da representação matemática de seus fenômenos. Assim podem, além de representar, verificar sob o prisma da equação matemática sua expressão, testando sua pertinência, enquanto observação válida ou não, sob determinadas condições.
Os testes são medidas de processos psicológicos, ou seja, são operações empíricas, isto é, científicas, pelas quais a psicologia analisa o seu objeto de estudo, os processos psíquicos e os comportamentos deles decorrentes. Dessa forma, Pasquali ( 1999) demonstra que os instrumentos psicológicos fazem a suposição de que a melhor maneira de observar um fenômeno psicológico seja através da medida. É lícito representar os fenômenos psíquicos com base na linguagem numérica se atendidas suas definições operacionais (axiomas). Esses foram categorizados em três grandes grupos axiomáticos: os axiomas da identidade, da ordem e da aditividade.
Os primeiros tratam do conceito de que algo é igual a si mesmo e somente a ele é idêntico, e que se distingue de todas as outras coisas por suas características (identidade). Os números possuem esta similitude conceitual, um número é somente igual a si e representa somente este aspecto, esta semelhança do axioma, se atendida, pode dar a representação fenomênica os mesmos atributos que a identidade numérica. Sua representação pode possibilitar a expressão nominal as variáveis.
Por sua vez, os axiomas da ordem preconizam que os números, não somente são distintos entre si (identidade), mas que esta diferença é expressa também em termos da quantidade, da grandeza e da magnitude. Dessa forma, os números, diferentes entre si, podem ser organizados nessa distinção em uma seqüência invariável, hierarqui-
BIBLIOTECA DA PUC Mt.,
Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 19
camente definida pelos seus atributos, ao longo de uma escala crescente. A representação desse axioma possibilita as operações de ordem nas variáveis.
Os axiomas da aditividade postulam que os números podem ser somados de modo a permitir que de dois números a operação resulte num terceiro e que este seja exatamente a soma das grandezas dos dois números anteriores somados.
Sendo uma ação empírica sobre a realidade, a medida, ao se valer de números para descrever os fenômenos, deve representar pelo menos um dos três axiomas expostos acima, o que caracterizaria como logicamente legítima. Mantendo o mesmo raciocínio, quanto mais axiomas forem representados no processo da medida, mais úteis se tornam para a representação e a descrição da realidade empírica.
Tais pressupostos norteiam o processo de avaliação, pela compreensão que a teoria fornece. Esta é uma questão extremamente fundamental, os pressupostos da medida, embora importantes no contexto da aplicabilidade da mensuração, são características, e não devem ser tomados como sendo o sentido da medida.
São as teorias explicativas do comportamento, que justificam e conseqüentemente revestem de sentido, a necessidade da medida sobre este ou em outro fenômeno. Se esse ponto for descuidado por um profissional, a medida tomada poderá ser interpretada em si mesma e, então, o resultado de um procedimento qualquer poderá valer mais que os sentidos teóricos, subjacentes ao entendimento do fenômeno. Conhecer os axiomas da medida é relevante para dar ao seu uso uma orientação em seus resultados, bem como poder circunscrever seus limites e ter desenhado sua abrangência (Pasquali, 1999).
ÜS TESTES COMO INSTRUMENTOS
Um instrumento pode ser considerado como qualquer meio de estender nossa ação ao meio e, assim, poder minimizar nossas limitações em uma ação investigativa da observação, maximizando a eficácia da obtenção de dados e os seus resultados.
20 Guia de referência: Testes psicológicos comerciaiizados no Brasil
No caso da investigação psicológica, entendendo que possam representar pela medida, uma determinada ação que equivale a um determinado comportamento, e, assim, indiretamente, mensurar este aspecto compo1tamental. Na avaliação psicológica, os testes são instrumentos objetivos e padronizados de investigação do comportamento, que informam sobre a organização normal dos comportamentos exigidos na execução dos testes (por figuras, sons e formas espaciais), ou de suas perturbações em condições patológicas. Vismn assim avaliar e quantificar comportamentos observáveis por meio de técnicas e metodologias específicas, embasadas cientificamente em constmctos teóricos que norteiam a análise de seus resultados (Aiken, 1996).
A investigação do comportamento pelos testes se dá com a aplicação de diversas técnicas, apoiadas no tipo ele avaliação que se pretende fazer, ou seja, no que se pretende investigar. Cada teste tem uma descrição metodológica específica, com a finalidade de controlar e excluir quaisquer variáveis que venham a interferir no processo e nos resultados, para que se obtenha um resultado preciso das reais condiçõe~ do avaliando. Para que esses testes possam ser utilizados, devem ter a qualidade de sua ação verificada em procedimentos metodológicos, que assegurem sua eficácia e eficiência. Uma das linhas de investigação psicológica, que busca aperfeiçoar as qualidades dos testes, é denominada de psicometria e tem origem em disciplinas diversas como a estatística, psicologia experimental, metodológicas e computacional.
Na preparação de um instmmento ou teste psicológico, quatro condições são necessárias para garantir a sua qualidade e possibilidade de uso seguro; a elaboração e análise de itens, estudos da validade, da precisão e de padronização.
Inicialmente, num processo denominado de elaboração e análise dos itens, são elaboradas e avaliadas as questões individuais (ítens) de um teste. Este processo tem início com a preparação dos itens para a representação do comportamento (atributo de medida). É necessário poder representar no item todas as possíveis variações que o atributo medido possa assumir, sob pena de não contemplar a diversidade das respostas, e com isso, deixar de medir um ponto do comportamento.
Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 21
Na análise dos itens a compreensão de leitura e resposta do item, sua capacidade de avaliar um determinado atributo (comportamento), a eficácia da avaliação das questões e a capacidade dos itens em abarcarem todas as possíveis manifestações comportamentais do fenômeno em questão são investigadas. Nessa etapa, é possível ter um grande número de itens que serão avaliados e sua permanência condicionada a satisfação das necessidades técnicas do teste. Não é incomum que muitos itens não sejam aproveitados e, conseqüentemente, sejam descartados nessa etapa ainda introdutória do trabalho. Como aspecto principal no trabalho de avaliação da qualidade de um teste estão representadas as seguintes questões: a presença clara e objetiva das informações sobre como foram constmídos os itens, suas principais características, a base teórica que eles representam na sua medida, as avaliações realizadas pelos autores ou editores que finalizam a escolha de um determinado número para o seguimento do processo. Sem algum desses pontos fica extremamente difícil entender como os autores construíram o teste desde o início.
O próximo passo, em uma segunda etapa, é verificar a validade do teste, em poder descrever um comportamento de modo a garantir que realmente se possa medir aquilo que se propõe. Essa etapa tem dois grandes momentos denominados de validade lógica e empírica, cuja distinção está respaldada na avaliação das respostas dos sujeitos. É um ponto crucial da elaboração de um teste ter assegurado a verificação dessa qualidade, expressada nas características do conceito do comportamento a ser avaliado, das diversas manifestações que ele pode expressar, da equivalência de sua medida com outras formas similares de avaliação e na possibilidade dessa mensuração poder ter um caráter preditivo na avaliação do comportamento. Geralmente é expressa por descrições de avaliação ou análise fatorial (exploratória ou confirmatória), apresentação de comparações (correlações) entre dois ou mais instrumentos com medidas semelhantes em estimativas de índice de validade superiores a 0,80. Essas são as pistas que devem encaminhar o leitor ao entendimento do que está descrito em um manual técnico. Sem elas pouco se pode dizer sobre o quanto um teste é válido e com que grau ele mede o que diz aferir.
22 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Numa etapa posterior, é necessário identificar se a medida efetuada pelo instrumento pode ser tomada como consistente sem sofrer modificações alheias externas a manifestação do comportamento. O processo denominado de precisão ou fidedignidade tem como objetivo verificar a consistência das respostas obtidas pelos sujeitos no teste. É uma maneira de se calibrar o instrumento, ajustá-lo especificamente a forma da avaliação. Com auxílio da estatística e procedimentos metodológicos é possível comparar o instrumento dentre outras formas semelhantes de ver aquele comportamento, as respostas de grupos de respondentes com outros testes similares, obtendo uma forma de estabilidade das respostas (Pasquali, 2001; Muniz, 1996). O leitor deve estar atento sobre as especificações que constam nos manuais dos testes. Por mais que estes aspectos estejam representados em consideráveis tabelas e gráficos, sua atenção deve focalizarse no número de sujeitos, tipos de procedimentos utilizados na avaliação da precisão (em geral quanto mais forem variados e representando diversos sujeitos com características amostrais distintas, melhor), resultados obtidos em margens superiores a coeficientes 0,80 e com uma acurada análise dos autores.
Estando satisfeitas todas as condições anteriores, inicia-se um último procedimento que tem como objetivo o estabelecimento de normas para a utilização do teste. Uma primeira norma está na constituição do instrumento (como deve ser apresentado, qual o número de páginas, que tipo de papel e qual disposição dos itens). Uma outra necessidade de normatização está na elaboração da forma de aplicação do teste, para que idade é ele indicado, se pode ser aplicado a um nível de escolaridade distinta ou pode valer para qualquer nível e se há indicação de ser aplicado em grupo ou individual. Por fim, um último grupo de normas refere-se à classificação dos resultados obtidos pelos respondentes. Dentre os diversos tipos de normas de resultados (percentil, escores padronizados ou classificação dos comportamentos) qual é a mais indicada e como se pode obtê-la. Esta última ainda tem um caráter temporário na manutenção de suas condições, necessitando ser atualizada, de tempos em tempos, de forma a garantir, por exemplo, a medida das variações culturais (Anastasi & Urbina, 2000).
Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 23
Embora quase todos os testes apresentem normas de comparação de resultados, estas devem ser determinadas por um considerável número de sujeitos (representando diversas características como instrução, idade, sexo, escolaridade), provenientes de varias regiões do País ou mesmo do Estado e, principalmente, que esses dados sejam provenientes de pesquisas recentes, com no máximo dez anos. Aqui como o leitor irá verificar no seguimento do livro, poucos são os testes que atendem essa recomendação.
Atendidas as condições psicométricas do instrumento, este, então, é capaz de ser um teste psicológico, utilizado com toda a segurança para poder tomar as medidas do fenômeno psicológico.
Um ponto fundamental ainda a ressaltar é o da atualização dos testes pelas editoras e de sua informação atualizada na literatura nacional e no Exterior. Primeiramente cabe a editora a permanente atualização do teste e, não simplesmente, de uma nova data na capa do manual, mas também de revisões dos dados, com novas pesquisas. O leitor pode acompanhar facilmente pela Internet ou mesmo nas bases de dados de publicações (periódicos) se um teste apresenta atualização ou não, e se a comunidade científica nacional e internacional está investigando ou produzindo estudos com este instrumento. Caso não haja nenhum dado novo ou mesmo significativo em seus resultados, caberá ao psicólogo dar lugar para um outro teste.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentadas essas informações cabe, antes de tudo, esclarecer que os instrumentos serão apresentados em ordem alfabética do nome de comercialização, pois se pensa que qualquer outra forma de agrupá-los poderia acarretar dúvidas ou alguma dificuldade na consulta. Como o leitor irá perceber esses testes são relacionados no fim, em um sumário de consulta, conforme sua indicação. Todas as informações foram obtidas diretamente nos manuais editados pelas respectivas editoras, responsáveis pela sua representação e comercialização.
24 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Quando do final da preparação deste livro, aguardava-se a publicação de uma relação de avaliação sobre os testes psicológicos elaborada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), referente às determinações adotadas nas resoluções 25 e 30 (CFP, 2001). Segundo informações do próprio CFP, trata-se de um informe sobre o uso dos instrumentos pelos psicólogos em sua atividade e constaria de uma relação dos instrumentos em condições de uso. Como nada ainda havia sido divulgado até o momento da finalização deste estudo, tomou-se a decisão de apresentar os resultados. Espera-se poder contribuir com informações atuais e organizadas, de forma precisa, para que o leitor tenha condições de uma acertada tomada de decisão na escolha do instrumento.
REFERÊNCIA
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ALCHIERI, J. C.; BANDEIRA, D. R. (2002). Ensino de avaliação psicológica no Brasil. Em R. Primi (Org.). Temas em Avaliação Psicológica (p.p. 35-39). Campinas: IDB Digital/Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP).
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ANASTASI, A.; URBINA, S. (2000). Testagem Psicológica. Porto Alegre/RS: Artes Médicas.
Instrumentos psicológicos comercializados no Bra~il 25
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V AN KOLCK, O. L. ( 1981 ). Técnicas de exame psicológico e suas aplicações no Brasil. Petrópolis: Vozes, v.2.
ATENÇÃO CoNcENTRADA - AC
Origem do teste - O Teste de Atenção Concentrada foi de
senvolvido com o objetivo de aumentar o espectro de instrumentos
disponíveis para testar e re-testar candidatos que já haviam sido sub
metidos a outras provas de atenção.
Dados de identificação - O Teste Atenção Concentrada é
uma produção nacional, de autoria de Suzy Vijande Cambraia. Foi
editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., originalmente
em 1967, sendo que passou por revisões cujas datas não constam
do manual avaliado. A última edição é de 2002 e traz pesquisa de
senvolvida em 2001. O objetivo do instrumento é avaliar a capaci
dade que o sujeito tem de manter sua atenção concentrada no tra
balho por um período de tempo.
Aplicação e material- Há indicações no manual de que o
teste pode ser aplicado em todos os níveis de escolaridade, do
analfabeto ao curso superior; não há indicação de limites de ida
de. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, ocupa
cinco minutos. O material é composto por manual, crivo de corre
ção e folha de resposta.
Amostra-A amostra da pesquisa de 2001 incluiu indivíduos
de três Estados, a saber: São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande
do Norte. A idade variou de 17 a 64 anos. As aplicações foram
coletivas e individuais.
Parâmetros Psicométricos Validade - Ela foi estabelecida por meio da comparação dos
resultados do AC com os do Teste de Atenção Concentrada D2. A
28 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
amostra foi composta por 50 sujeitos, estudantes universitários. Os resultados foram submetidos à correlação linear de Pearson e o coeficiente foi 0.460.
Precisão- Não há informações no manual.
ATENÇÃO CONCENTRADA - AC-15
Origem do teste - Ele foi construído para preencher a necessidade de verificar a capacidade de atenção dos sujeitos em um período razoável de tempo, de acordo com o manual. O autor esclarece que esse é um diferencial do instrumento em relação aos demais, ou seja, a capacidade de se manter atento por mais tempo. O teste foi elaborado seguindo o modelo do Minnesota Clerical Test.
Dados de identificação - O instrumento é nacional, de autoria de Nestor Efraim Rojas Boccalandro, e foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. em 1977.
Aplicação e material- O material do teste consiste em manual, folha de resposta e crivo de correção. A aplicação pode ser individual ou coletiva e o tempo é de aproximadamente de 15 minutos.
Parâmetros Psicométricos Amostra- Participaram como sujeitos 1.494 candidatos a car
gos de operadores e programadores de processamento de dados em uma instituição financeira da cidade de São Paulo, sendo que o nível instrucional variou de ginasial a supe1ior (superior- 245; colegial-1.055; ginasial- 194).
Validade - Na pesquisa de validação, das 901 mecanógrafas que trabalhavam em turnos diurnos, foram escolhidas 88, de tal maneira que se formassem três subgrupos, de acordo com o desempenho no exercício da função (acima da média, média e desempenho abaixo da média). O desempenho no trabalho permitiu uma classificação com dois critérios: a) por quantidade de serviço ou produção e b) por qualidade de trabalho e precisão. No que se refere à produção,
30 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
obteve-se o coeficiente de 0,25 para a primeira parte da produção.
No que se refere à relação entre o desempenho no teste e qualidade
de trabalho, o coeficiente de correlação trisserial na primeira parte
foi de 0,58 e na segunda 0,33. Na terceira parte, não se observou correlação.
Precisão - A fidedignidade foi calculada por meio da verifica
ção da consistência interna (o AC-15 foi dividido em três partes). Por
meio do coeficiente de correlação de Pearson e os resultados encontrados foram: 0,82, 0,79 e 0,91.
ACRE - TESTE DE ATENÇÃO
CoNCENTRADA, RAPIDEZ E EXATIDÃO
Origem do teste - O instrumento foi criado a fim de ampliar o
espectro de técnicas de avaliação disponíveis para os processos de
seleção profissional, considerando que, muitas vezes, o candidato é
submetido mais de uma vez aos mesmos instrumentos. O autor reco
nhece que o material não é absolutamente original em seu conteúdo,
mas de acordo com ele toma mais rica a possibilidade de escolha dos
instrumentos psicológicos no exercício das atividades profissionais.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Flávio
Rodrigues da Costa, editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.,
em 1999. Ele se destina à mensuração dos fatores que dão nome ao
teste, ou seja, atenção, concentração, rapidez e exatidão, e, de acordo
com o manual, pode ser utilizado nas mais diversas situações, como na
clínica, na psicologia escolar, na orientação vocacional ou na psicologia
do trabalho.
Aplicação e material- O Teste ACRE pode ser aplicado individual
ou coletivamente, sendo que em ambas a<> situações devem ser conserva
das as mesmas instruções. O tempo de realização do sujeito é de três
minutos e, embora não haja indicações sobre a faixa etária adequada para
melhor realização do instrumento, há uma relação de ocupações profissio
nais nas quais o teste pode ser aplicado (digitadores, datilógrafos, progra
madores de computação, técnicos em processamento de dados, revisores,
redatores, telefonistas, operadores de terminais, operadores de leitura de
instrumento, arquivadores, bibliotecários, auxiliares administrativos em ge
ral, bancários, motoristas, pilotos de aeronaves, dentre outras). O material
consiste em manual, folha de resposta e crivo de apuração.
32 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra - Participaram da amostra 1.197 sujeitos, de ambos os sexos, com idade variando entre 18 e 42 anos, que integravam um processo de seleção profissional para uma empresa de telecomunicações da cidade do Rio de Janeiro.
Parâmetros Psicométricos- No manual não há dados sobre os estudos de precisão e validade.
ATENÇÃO DIFUSA - MEDIDA
DE PRONTIDÃO MENTAL
Origem do teste - A construção do instrumento justificou-se pela importância de se avaliar os elementos perceptivos. Trata-se de uma prova de desempenho,. que contém pares ele figuras que deverão ser relacionadas, provocando o processo ele percepção, discriminação e reconhecimento.
Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Clauco Piovani e César M. Piovani. Foi publicado, em 1976, pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda. Não há informações sobre estudos de revisão. O instrumento visa a medida psicológica do nível de prontidão possuída pelo sujeito, quer como forma de resposta quer como tipo de atividade mental.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que o tempo de execução é de sete minutos e 30 segundos. O teste pode ser aplicado a sujeitos, independentemente da escolaridade deles. O material consiste em manual e caderno ele teste.
Amostra- Não há informações sobre a amostra de padronização.
Parâmetros Psicométricos Precisão - Estudou-se a precisão do teste a partir de uma
amostra de 2.500 sujeitos, por meio do teste-reteste. O coeficiente de correlação de Pearson ofereceu um índice de precisão de 0,83. O intervalo entre as aplicações foi de dois meses. O erro padrão de medida estabelecido foi quatro.
34 Guí~t Je rt:fcr~ncia: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Validade -· A validade do instrumento foi determinada a partir
da realização de Jiferentes estudos, tais como: verificação do índice
de dificuldade. comparação dos resultados do mesmo com outros tes
tes, tais corno: Fator P de Cattell, Bateria TSP (índice de correlação
de 0,33) e Teste de Toulouse-Pieron (índice de correlação de 0,68).
No último estudo. fizeram parte da amostra 250 sujeitos, candidatos
que se apresentaram para seleção profissional. Os indivíduos eram
adultos, do~ sexos masculino e feminino.
O teste foi aplicado em uma amostra de 11.400 sujeitos, de 8 a
69 anos, sem di~.tinção de sexos, escolaridade ou nível socioeconôrnico.
Constatou-se que há diferença entre os extremos das idades. O ins
trumento foi correlacionado com uma prova de inteligência- Matri
zes Progrc;;sivas de Raven. O coeficiente de corr-elação de Pearson
indicou um índice de 0,35. Além desses trabalhos, três outros foram propostos, o estudo de
correlação com a escolaridade, o estudo de corr-elação com a per
sonalidade e o estudo de corr-elação com a profissão.
AVALIAÇÃO DA CRIATIVIDADE POR
FIGURAS E pALAVRAS
Origem do teste -O instrumento constitui-se na versão brasi
leira dos Testes de Criatividade de Tonance, formas verbal e figurai. A
justificativa paTa o estudo baseou-se no fato de serem instrumentos
muito utilizados, de acordo com a literatura intemacional. A autora do
instrumento elaborou normas representativas para estudantes do ensi
no médio e universitário, dada a dificuldade na coleta de dados de nor
mas representativas para as diferentes faixas etárias e educacionais.
Dados de identificação - O instrumento original é de autoria
de Torrance, e ele se organiza em um teste de criatividade figurai e
outro verbal. A presente edição constitui-se em urna versão brasileira
do material, sendo que a autora da obra, Solange Wechsler, objetivou
padronizar o teste para estudantes de ensino superior e médio. A
publicação deu-se em 2002, pela Impressão Digital do Brasil Gráfica
e Editora Ltda. O teste vi->a à avalia<;ão da criatividade por meio de
figuras e palavras.
Aplicação e material - O material compõe-se de um livro téc
nico, caderno de respostas, lápis e cronômetro. A aplicação pode ser
individual ou coletiva, sendo o uso grupal o mais comum, e o tempo de
execução é de 40 minutos. O teste de criatividade figurai pode ser
aplicado isolado ou em conjunto com o teste verbal.
Amostra - Cada um dos testes (criatividade figurai e verbal)
teve uma amostra específica de padronização e receberão as denomi
nações amostra I e 2 respectivamente, a fim de facilitar a descrição. A
amostra 1 foi composta por 1.015 sujeitos, sendo 520 do sexo feminino
36 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
e 495 do sexo masculino. Dentre esses indivíduos, 657 eram estudantes do ensino médio ( J ' ao J ano) e 358 cursavam o ensino superior ( 1" ao 5 ano). Os estudantes freqüentavam escolas e universidades públicas e particulares do interior do Estado de São Paulo. A faixa etária variou de 14 a 23 anos, no ensino médio, e de 17 a 28 anos. no ensino superior. Para a aplicação nos estudantes universitários, estiveram representados os cursos de Fisioterapia, Biologia, Engenharia, Arquitetura. Psicologia. Direito, Jornalismo e Pedagogia.
A amostra 2 foi composta por 879 sujeitos, sendo 478 do sexo feminino e 401 do sexo masculino. Dentre eles, 629 eram estudantes do ensino rnédio e 250 cursavam o ensino superior. Assim como os sujeitos da amostra I, os da amostra 2 eram estudantes de escolas e universidades públicas e particulares do interior do Estado de São Paulo. A faixa etúria variou de 14 a 21 anos, no ensino médio, e de 17 a 36 anos. no ensino superior. Os cursos representados pelos sujeitos do ensino superior são os mesmos da amostra 1.
Parâmetros Psicométricos Precisão -- A precisão foi estudada por meio de dois métodos:
teste-reteste e consistência de correção por juízes independentes. A amostra utilizada no teste-retestc foi composta por 53 pessoas, sendo 35 mulheres e 18 homens, com idade variando entre 18 e 25 anos. Os sujeitos pertenciam ao nível socioeconômico médio e baixo e estudavam nll ensino médio e técnico de uma cidade do interior de São Paulo. Os coeficientes de correlação são apresentados em duas tabelas, para cadJ um dos indicadores criativos avaliados pelo instrumento. No que se refere à precisão da correção, foram elaborados dez versõe:-; da proposta original de manual de Torrance e Ball, a fim de clarear as con-eçôes para evitar erros. Os juízes eram bolsistas do Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas da PUC-Campinas (LAMP). ~~enhum índice de precisão foi inferior a 0.70.
Validade- A pesquisa ue validação incluiu 128 sujeitos, sendo 59 definidos como criativos e 69 definidos corno não criativos ou regulares. Para ser considerado indivíduo criativo deveria possuir defi-
Avaliação da Criatividade por Figuras e Palavras 37
nição reconhecida aferida por meio de prêmios e distinções recebidas. A idade dos sujeitos variou entre 1 8 e 75 anos, sendo a média 33 e os sujeitos eram provenientes de classes média e alta. Foi verificada a validade concorrente e discriminativa do teste de criatividade figurai. No que se refere à validade concorrente, os resultados indicaram dos 15 indicadores de criatividade, apenas três não obtiveram correlação significativa com a produção total do sujeito. Já em relação à validade discriminativa entre os grupos, os resultados revelaram que em todas as características figurativas, os indivíduos criativos obtiveram médias maiores que os não criativos.
BECASSE - ATITUDES
SociOEMOCIONAIS EM CRIANÇAS PRÉ
ESCOLARES
Origem do teste - Os dois testes reunidos sob o mesmo título são compostos de oito tarefas diferentes usadas em consultórios psi
cológicos e psiquiátricos durante muito tempo, segundo informações do manual. O teste original foi elaborado, em 1960, para preencher a
lacuna da avaliação da maturidade escolar e foi estruturado tendo como base dois outros instrumentos: Teste de Wartegg e Teste de Pigem. Há informações no manual e que o teste pode ser usado como "quebra-gelo", considerando que estabelece fácil contato com a criança, além de oferecer dados para uma futura orientação.
Dados de identificação- O instrumento é de autoria de Bettina
Katzenstein Schoenfeldt. Foi publicado, em 1977, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. e, em 1999, foi reeditado. No último manual, não aparecem informações sobre o número da edição ou sobre o ano
da publicação original. Indicações: verificar a maturidade da criança para iniciar o processo de alfabetização.
Aplicação e material - O teste se destina a crianças de 5 a 9 anos. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, a aplicação dura 30 minutos. O material constitui-se de manual, caderno
formaM (masculina) e caderno F (feminina), lápis preto e vermelho, quadro negro, giz e cronômetro.
Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como foi desenvolvida a construção do instrumento, assim como não apresenta estudos de validade, precisão e informações sobre padronização.
BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARI\
MOTORISTA- TESTES DE ATENÇÃO BFM-1
Origem do teste - A BFM - I é fruto da integração da Legislação de Trânsito, da Engenharia de Trânsito, da Educação de Trânsito e da Psicologia. A bateria é composta por um conjunto de instrumentos destinados à investigaçào, à avaliação, à classificação e à padronização de funções indispensáveis para o condutor. Segundo o manual, os testes de atençilo da BFM - 1 não devem ser classificados como testes de aptidões específicas, mas sim como provas de investigação das funções mentais.
Dados de identificação- A Bateria foi lançada, em J 999, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição. O autor é Emílio Carlos Tonglet.
Aplicação e material - A BFM - I apresenta provas de atenção, por meio de seis testes, sendo que dois avaliam atenção difusa (TADIM e TADIM- 2), dois avaliam atenção concentrada (TACOM -A e TACOM- B) e dois avaliam atenção discriminativa (TADIS-1 e TADIS- 2). O material do teste é composto por manual, folha de teste, crivo de correção, caneta e cronômetro. A aplicação pode ser individual ou coletiva; no caso de coletiva, o manual sugere um m<iximo de I O ou 15 candidatos por aplicação, dependendo da prova.
Cada teste é apresentado em um capítulo do manual; são apresentados os dados relativos à amostra, resultados estatísticos e qualidades psicométricas e é precedido por um apanhado teórico a respeito da função avaliada.
42 Gui'" de rderência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostras -O TADIM e o TADIM --2 utilizaram 451 pessoas, camlidatàs a Cnteira Nacional de Habilitação, em São José dos Campos/SP. A idade dos sujeitos variou de 18 a mais de 50 anos (não foi especificado o limite superior do intervalo). No que se refere à escolaridade, variou de 1 ". série a nível superior completo.
A amostra do TACOM - A e do TACOM - B foi composta por 439 pessoas, com idade mínima de 18 anos, candidatas a carteira de motorista, em Silo José dos Campos/SP. No que se refere à escolaridade, variou de 1 ". série a nível superior completo.
O TADJS -- 1 e o TADIS- 2 contaram com 428 sujeitos com idade mínima de 18 anos, candidatos a carteira de motorista, em São José dos Campos/SP. No que se refere à escolaridade, variou de 1 '. série a nível superior completo.
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade no TADIM
e no TADIM- 2, no TACOM e no TACOM- A e no TADIS- 1 e no T ADlS - 2, foi utilizado o método das formas paralelas, sendo que cada patticipante foi submetido à avaliação concomitante, mas não necessariamente seqüencial, para minimizar o efeito da aprendizagem. Os respectivos coeficientes de correlação de Pearson indicaram correlaçõe:> de 0,74, 0,81 e 0,88.
Validade -· Os estudos de validade considerados nos seis instrumentos foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumento'; indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade dos sujeitos.
Já em relação à validade simultànea, a Bateria foi correlacionada com o Teste AC, de Suzy Cambraia; as correlações variaram de 0,55 a 0,78. Os re"ultados da Bateria também foram comparados aos resultados do R -I, indicando correlações entre 0,3 7 a 0.61 .
BATERIA DE FUNÇÕES Mfu~s PARA
MarorusTA ~ T:e,'TE DE MEMóRIA - BFM-2
Origem do teste- A BFM - 2 é uma bateria composta por um teste TEMPLAM - Teste de Memória de Placas para Motoristas e objetiva investigar os processos mnemônicos dos candidatos à obtenção da carteira nacional de habilitação. O TEMPLAM foi baseado no Teste de Memória que compõe a Bateria TS.P. (King, 1956, traduzido e publicado pela Edites, 1969).
Dados de identificação- A Bateria foi lançada. em 2000, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição, configurando-se como produto nacional. O autor é Emílio Carlos Tonglet.
Aplicação e material - O material do teste consiste em manual, caderno, crivo de apuração, tabela comparativa dos resultados, cronômetro e caneta. A aplicação pode ser feita individual ou coletivamente e, no caso de aplicaçiio coletiva, não deve ultrapassar dez sujeitos por sala. O tempo de aplicação gira em torno de cinco minutos.
Amostra - Fizeram parte da amostra 926 pessoas, candidatas à carteira nacional de motorista, de São José dos Campos/SP. A idade dos sujeitos foi superior a 18 anos e o nível de escolaridade variou de 1 ". série à superior completo.
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade, foi utili
zado o método de precisão das metades; o coeficiente de correlação foi de 0.79 e o valor estimado pela correção de Spearman-
44 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Brown foi de 0,88. Para o estudo da fidedignidade, a amostra foi
composta por 930 sujeitos.
Validade- As validades consideradas no instrumento foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o
autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumentos indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade dos sujeito-;. Já em relação à validade simultânea, foram comparados os resultados do TEMPLAM com os do T.S.P. O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,83.
BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA
MoTORISTA - TESTE DE RAciocíNIO
LóGICO - BFM-3
Origem do teste - O BFM - 3 faz parte da Bateria de Funções Mentais, que por sua vez é um conjunto de instrumentos psicológicos que tem por finalidade investigar as funções mentais relacionadas ao ato de dirigir. Este instrumento compõe o terceiro volume que investiga
o raciocínio lógico por meio do TRAP - 1 (Teste de Raciocínio de Placas). De acordo com o manual, o TRAP- I supre uma lacuna na avaliação psicológica, uma vez que não havia até então teste para ava
liar o raciocínio de candidatos a carteira de motorista.
Dados de identificação - A Bateria é produto nacional e foi lançada, em 1999, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O autor é Emílio Carlos Tonglet.
Aplicação e material - O material do teste consiste de manual, caderno de teste, folha de respostas, crivo de apuração e crivo de análise de erros, além de cronômetro e caneta. O tempo médio de realização do teste é de 18 minutos e 37 segundos e a aplicação pode ser de maneira individual ou coletiva.
Amostra - Fizeram parte da amostra 613 pessoas, com idade a partir de 18 anos e com escolaridade de r. série até nível superior. Os sujeitos eram candidatos a carteira nacional de habilitação, na cidade de São José dos Campos/SP.
46 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Utilizou-se o método de divisão das metades.
O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,79.
Validade - Os estudos de validade considerados no instrumento foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumentos indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade dos sujeitos.
Para o estudo de validade simultânea, optou-se pelo uso do R-1 (Rynaldo de Oliveira). O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,82.
BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA
MoTORISTA - BFM-4
Origem do teste- O BFM-4 faz parte de um conjunto de testes específicos para motoristas (BFM-1, BFM-2 e BFM-3), que vem colaborar com a investigação dos processos cognitivos dos condutores. A Bateria é composta por dois testes TACOM-C e TACOMD, sendo que ambos objetivam avaliar a atenção concentrada.
Dados de identificação - O instrumento é produção nacional e foi construído por Emílio Carlos Tong1et, em 2002 ( 1" edição), pela
Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.
Aplicação e material - A aplicação pode ser individual ou coletiva e no caso de coletiva, há uma sugestão de que não seja ultrapassado o número de dez sujeitos por sala. O teste destina-se para adultos, candidatos a motoristas, embora não haja no manual a definição da faixa etária mais apropriada para a realização do teste. O material consiste de manual, folha de respostas e crivo de apuração.
Amostra - Fizeram parte da amostra 480 sujeitos, candidatos à
Carteira Nacional de Habilitação e motoristas que estão mudando de categoria, envolvendo universitários, alunos do ensino fundamental e
de curso técnico. A idade variou de 18 a 59 anos.
Parâmetros Psicométricos Precisão - A fidedignidade foi calculada para os testes que
compõem a bateria. Os resultados dos sujeitos foram comparados em ambos os testes, considerados paralelos, sendo que o coeficiente de correlação encontrado foi de 0,82.
48 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Validade - De acordo com o manual, foram realizados dois
estudos de validade: de construto e simultâneo. A validade de construto
é descrita sucintamente em termos da verificação da teoria a respei
to e por meio da análise dos resultados dos sujeitos no que se refere
à melhora do desempenho de acordo com o aumento do nível escolar.
No que se refere à validade simultânea, os testes da BFM-IV foram
comparados com os de outra Bateria, tendo sido encontrados coeficientes de correlação de Pearson de 0,66 e 0,75.
BATERIA DE PROVAS DE RAciocíNio
BPR-5
Origem do teste - Em diferentes situações profissionais do
psicólogo, como por exemplo na orientação profissional, ele é levado
a tomar decisões sustentadas em avaliações das aptidões. São pou
cos os instrumentos disponíveis no Brasil que se dispõem a esse tipo
de avaliação, sendo que alguns dos existentes encontram-se
desatualizados. Portanto, o BPR-5 foi criado a fim de contribuir para
com este tipo de avaliação. Indicações: fornecer estimativas tanto do
funcionamento cognitivo geral, quanto das forças e fraquezas em cinco
áreas mais específicas (raciocínio abstrato, verbal, visual-espacial,
numérico e mecânico).
Dados de identificação - O BPR-5 originou-se da Bateria de
Provas de Raciocínio Diferencial construída por Almeida (1986), que,
por sua vez, se originou dos Testes de Raciocínio Diferencial de Meuris
(1969). Os autores são Ricardo Primi e Leandro S. Almeida. O ma
terial foi publicado, em 1998, pela Casa do Psicólogo ( 1" edição).
Aplicação e material - O material se constitui em manual, dez
cadernos (cinco para cada forma: A e B), folhas de respostas e qua
tro crivos (dois para cada forma: A e B). A aplicação pode ser indivi
dual ou coletiva e o tempo destinado à aplicação gira em tomo de 1
hora e 40 minutos (deve preferencialmente ser aplicado em duas sessões). A forma A é indicado para a seguinte faixa etária: 6a, 7a e 8a
séries do ensino fundamental e a forma B, para 1 •, 2a e 3• séries do
ensino médio.
50 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra -- Participaram como sujeitos 1.243 pessoas, sendo 4 72 de Portugal (Braga e Viana do Castelo) e 771 do Brasil (lndaiatuba,
Itatiba, Jundiaí e Mogi Guaçu), ambos os sexos, com os seguintes níveis instrucionais: 6a, 7a e 8a séries (7°, 8° e 9o anos de Portugal) e 1 a,
2a e 3a séries do 2° grau (1 0°, 11 o e 12° anos de Portugal).
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A análise de itens foi verificada por meio da
análise do índice de dificuldade e do poder discriminativo. Os resultados indicaram que, de um modo geral, as provas cumpriram os requisitos necessários à composição de escalas precisas.
Precisão-- A precisão foi obtida por meio da aplicação do método das metades (Split-halj); os coeficientes de correlação variaram de 0,65 a 0,87. Também foi pesquisada a precisão por meio da consistência interna com base nos coeficientes de correlação de Pearson (Alfa I) e a consistência interna com base nos coeficientes de correlação tetracórica.
Validade- A consistência interna foi verificada e os coeficientes de correlação Tetracórica (Alfa 11) variaram de 0,75 a 0,94. Também foi realizada, respectivamente, a análise fatorial da matriz de correlação entre os cinco subtestes e foram estabelecidas correlaçôes entre BPR-5 e notas escolares.
BATERIA TSP
Origem do teste - A Bateria TSP foi criada tendo em vista a necessidade do autor de encontrar um "grupo de testes" validados
pelo editor, para campos básicos de trabalho nas áreas de comércio e indústria. Os instrumentos existentes na época (por volta de 1947)
eram considerados testes individuais. Indicaçôes: seleção profissional e avaliação da inteligência.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Factored Aptitude Series, de autoria de Joseph E. Ring, tendo sido
publicado por Industrial Psychology, por volta de 1951 (não há a data precisa no manual). Foi traduzido e adaptado por Clauco Piovani e publicado pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda.
Aplicação e material- O material do teste constitui-se em manual, cadernos de testes, caneta e lápis. A aplicação pode ser individual ou coletiva e o tempo médio é de uma hora. Não há informações sobre a faixa etária mais indicada para a realização do instrumento.
Amostra - As normas foram obtidas a partir da aplicação da Bateria TSP em 28.158 sujeitos de diferentes regiões do país, caracterizando um estudo de amplitude nacional, realizado entre 1969 e 1973. Não há outros detalhes sobre características da amostra.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Foram construídos aproximadamente 70
itens para cada teste, sendo que foram submetidos a uma pesquisa piloto. Houve a determinação da dificuldade dos itens, oscilando os coeficientes entre 0,90 e 0,20.
52 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Precisão- A verificação da precisão se deu por meio da aplicação do método das metades; o coeficiente de Kuder-Richardson variou de 0,89 a 0,96. Mas tais resultados foram desprezados, considerando que os itens eram sumamente homogêneos. Novos estudos foram realizados; o teste-reteste foi aplicado a uma amostra ele 100 sujeitos, com intervalo ele seis meses, revelando coeficientes (não corrigido) que variaram ele 0,79 a 0,91.
Validade·- A validade elo instrumento foi verificada por meio ela comparação entre os resultados elo teste e o critério externo, no caso, as tarefas desenvolvidas pelos sujeitos nas áreas ela indústria e elo comércio. Os coeficientes são apresentados em tabela. E, ainda, foi realizada uma análise fatorial entre os testes ela Bateria TSP e outros instrumentos, como o Minnesota para Escriturários, o Teste para Pessoal ele Wonclerlic e a Adaptabilidade Mecânica ele Parclue. A correlação média entre os oito fatores foi ele 0,35.
COMO CHEFIAR?
Origem do teste- É um instrumento para auxiliar na classificação e reclassificação ele chefes, considerando que ele se propõe a medir a capacidade ele compreensão elos conhecimentos relacionaelos com as tarefas ele chefia.
Dados de identificação - O nome original elo instrumento é How Survise?, ele autoria ele Quentim W. Filee H. H. Remmos, tendo sido publicado pela The Psychological Corporation. A adaptação ficou sob responsabilidade ele Eva Nick e foi publicada pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA.
Aplicação e material - O teste pode ser aplicado coletivamente e não há limite de tempo. Há indicação ele que o teste deve ser aplicado em adultos e o material se constitui em manual, caderno ele questões e chave ele apuração.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Os itens foram escolhidos após a aplica
ção experimental ele duas formas, com 100 itens cada, aplicados em cerca ele 750 chefes, em dez indústrias. Para cada item, havia cinco alternativas e a conelação obtida mediante o emprego elas duas chaves ele apuração, baseada nas respostas ele dois grupos, foi igual a 0,90.
Precisão- A conelação entre as notas elas formas A e B forneceu o coeficiente ele 0,87.
Validade - Foram submetidos à prova 2.209 chefes elos quais 1.417 responderam a ambas as formas. Concluiu-se que o instru-
54 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
mento possui, de acordo com o manual, certo valor para diagnosticar a capacidade de alcançar posições superiores.
CORNEL INDEX - CI
Origem do teste - O CI surgiu da necessidade de se realizar uma rápida avaliação psiquiátrica e psicossomática. Foi construído baseado numa série de questões referente a sintomas neuropsiquiátricos e psicossomáticos, servindo como um histórico psiquiátrico padronizado e como guia de entrevista diferenciando para pessoas com distúrbios pessoais e psicossomáticos sérios.
Dados de identificação- O instrumento é produção internacional- de autoria de Artur Weides, Harold G. Woff, Keerve Brodman, Bela Mittelmann e David Wechsler -, traduzido para o português por Jurema Cunha. É editado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA, com revisão realizada em 1949. Indicação: avaliação da personalidade.
Aplicação e material - De acordo com a manual, o teste pode ser aplicado em pessoas de diversos níveis culturais, inclusive os não alfabetizados. O material é constituído por manual, chave de correção das respostas, folha de resposta e folha de apuração. A aplicação pode ser in di vi dual ou coletiva com tempo médio variando de 7 a 15 minutos, dependendo do grau de instrução do examinando e sua familiarização com leitura.
Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como foram desenvolvidos os estudos de validade, precisão e informações sobre padronização.
CUBOS DE KOHS
Origem do teste - Os Cubos de Kohs constituem um teste de execução, padronizado para medir a inteligência, sem influência do fator linguagem. Diversos trabalhos foram desenvolvidos com a aplicação dos Cubos em diferentes regiões. No Brasíl. as normas apresentadas no manual são norte-americanas.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Kohs Test, de autoria de S. C. Kohs. A tradução e a adaptação foram desenvolvidas por Otacílio Rainho e Catarina de Carvalho Ribeiro. A data da primeira publicação é 1935 e, no Bra~;il, foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, sendo 1993 a data que consta do manual.
Aplicação e material- A faixa etária indicada para o uso varia de crianças a adolescentes, de 5 a 19 anos. O material se constitui em manual, 16 cubos e folha de registro (teste de execução). A aplicação deve ser individual e. em média, ocupa 45 minutos.
Amostra - Não há indicaçôes no manual sobre as características da amostra estudada.
Parâmetros Psicométricos Validade -- A verificação da validade do teste deu-se por meio
de quatro tipos de análise: processo mental empregado, melhores resultados à medid<L que a idade aumenta, conespondência das idades mentais médias e conelação entre idades mentais, quocientes intelectuais c conceito do professor sobre inteligéncia. Quanto ao processo ment~l empregado e melhores resultados ü medida que a idade aumenta, o autor afirma que o:, Cubos de Kohs se constituiu em uma
SS Guia dê referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
medida de capacidade mental, que oferece melhores resultados de acordo com o aumento da idade. Quanto à correlação com outros instrumentos, o Coeficiente de Pearson indicou correlações de 0,82; 0,81; 0,67; 0,80; 0,57 e 0,67 em diferentes amostras, comparando-se
o Teste de Cubos com a Escala de Binet.
Não há informações sobre precisão.
DESENHO DA FIGURA Ifu~IANA
DE WESCHLER
Origem do teste - Desde os primeiros trabalhos de Florence Goodenough, em 1926, o desenho da figura humana passa a integrar o repertório de estratégias e técnicas de avaliação infantil, especificamente de inteligência. Com as sugestões de caracterizar a importância dos fatores emocionais na avaliação, propostos por Haris na
década de I 950, basicamente a avaliação centra-se nos aspectos de investigações afetivas e emocionais. incrementadas pelos estudos de Koppitz nos anos de 1960. Solange Weschler em um extenso trabalho, a partir do final de 1980, revisou os procedimentos utilizados na avaliação do desenho da figura humana e elaborou a partir de estudos, por meio dos desenhos co!etados. um conjunto de critérios de avaliação. publicadns no~ pámeiro.;; anos de 1990.
Dados de identificação -· Os estudos foram realizados em
Campinas e também no Distrito Federal, aplicados individual e coletivamenle. Por meio dos indicadores de freqüência nos itens relacionados foram elaboradas categoria:;; de avaliação e caracterizadas as freqüências de pontuações. O instrumento é indicado na avaliação da represemação e conceituação da figura humana em crianças dos sexos masculino e feminino dos 4 aos 11 an0s. Publicado inicialmente pela Editorai Psy. em 1996. está sendo revisado am avaliação nacional e publicado pela Editora Livro Pleno ainda em 20m.
Aplicação e material - O instrumento consta de um manual, fichas de avaliação. nas quais podem ser realizados os desenhos e avaliadas as pontm•;ões. O tempo de aplicaçãc· é, aproximadamente, de 20 a 30 minutos e pode ser reuiiZ<1do individualuu coletivamente.
60 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra- A aplicação inical foi tomada com 10.274 crianças que realizaram dois desenhos e sobre os quais uma amostra sorteada com 4.782 desenhos (2.391 para cada sexo) foi avaliada para a realização e identificação dos critérios e análise de freqüências.
Parâmetros Psicométricos - Para elaboração dos itens, foram os desenhos categorizados e analizados pelo grupo de pesquisa que identificou nos desenhos do sexo masculino 58 itens e nos femininos 52, que são pontuados pela sua freqüência.
Validade- Foram realizados estudos quanto a validade de construto por intemédio da avaliação do desenvolvimento pela idade e o aumento dos pontos de escore no teste, posterionnente realizada análise de variância, evidenciaram os autores efeitos altamente significativos (p, 0,001) para as vmiávei!', idade, sexo com os desenhos representados. Um outro estudo identificou corelações dos desenhos da figura humana com o teste de lntegra~·ão Visiomotora de Berry (rr= de 0,57 a 0,67).
Preci.,ão -· Foram realizados estudos por meio da testagem e retestagern dos desenhos num intervalo de três meses, cujos resultados evidenciaram indicadores de correlações entre 0,34 a 0,85; tomando-se sexo e idades distintas. O alpha de Cronbach apresentou índices de 0,77 a 0,89; nas idades disitintas e sexo masculino e feminino. Os critério-; de avaliação (indicadores dos desenhos) foram avaliados pelo~ métodos dos juízes, nos quais em dois momentos evidenciaram indicadores de concordância entre 0,81 e 1 ,00.
DESTREZA DIGITAL - TC
Origem do teste- O instrumento foi construído para contribuir com a avaliação da destreza digital, aliada à fadiga muscular.
Dados de identificação - O teste foi publicado pela primeira vez, em 1955, nos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (ano 7, no 2), com o título Novo Teste de Coordenação Motora. Após a publicação, os estudos continuaram e, posterionnente, houve o relançamento do material pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em data não identificada no manual. João Carvalhaes é o autor do material. Não constam infonnações sobre reedições ou outros estudos mais recentes.
Aplicação e material - O material consiste em folhas de resposta, lápis bicolores e manual. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, dura 15 minutos.
Amostra- O estudo relatado no manual foi realizado pelo psicólogo Hélio Soares Brito com 107 sujeitos, di vi di dos em dois grupos. O objetivo foi determinar sinais de validade do instrumento. Os resultados do teste foram comparados com o Questionário de Julgamento e os coeficientes de correlação obtidos foram 0,27 e 0,29.
Há ainda no manual uma breve descrição sobre um outro estudo desenvolvido em um banco da capital paulista, com uma amostra de 75 sujeitos. Houve uma comparação entre os resultados do T.C. com alguns resultados do P.M.K. Os resultados são expressos em porcentagem.
Parâmetros Psicométricos - Não constam no manual informações sobre a Validade e a Precisão.
DEZESSEIS PF - QuESTIONÁRIO Dos 16 FATORES DE PERSONALIDADE
Origem do teste - O Questionário dos 16 Fatores de Personalidade foi criado por Raymond Cattell e colaboradores a partir da elaboração de um catálogo de traços representando os atributos observáveis e descritivos de variáveis do comportamento humano, buscando definir e medir objetivamente os componentes básicos da personalidade que a análise fatorial demonstrou serem unitários na sua natureza. A definição dos traços partiu dos componentes primários da personalidade, por meio da seleção de 171 itens. No Brasil, utilizaram-se as duas formas paralelas do 16 PF, a Forma A e B, tendo um total de 187 itens em cada uma. A editora CEPA, Centro Editor de Psicologia Aplicada, em 1999, publicou a tradução e adaptação da quinta edição, cujo conteúdo foi atualizado e modificado totalmente.
Dados de identificação- O instrumento 16 PF é de produção internacional, traduzido e adaptado por Eugênia Moraes de Andrade e Dulce de Godoy Alves. Editado no Brasil pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada Ltda - CEPA, sua data original é de 1954. A quinta edição é composta por 185 itens, cujas opções de respostas possuem três alternativas, para os seguintes fatores: expansividade, requinte, inteligência, auto-suficiência, afirmação, estabilidade emocional, consciência, desenvoltura, brandura, confiança, preocupação, apreensão, abertura a novas experiências, tensão, disciplina e imaginação. Os fatores de segunda ordem foram substituídos pelos chamados Fatores Globais: extroversão, rigidez de pensamento, autocontrole, independência e ansiedade. Apresenta ainda possibilidade de avaliação das tendências de respostas do examinando: aquiescência, não-freqüência e administração da imagem. Indicação: teste de personalidade.
64 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente, sendo que a aplicação dura de 35 a 50 minutos. Conforme o manual, o teste é aplicado a partir dos 17 anos até a idade adulta avançada com formas para diferentes níveis de instrução.
O material é constituído por um manual, caderno de aplicação, chave de correção das respostas e folhas de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva, e embora o teste seja aplicado sem limite de tempo, em geral as pessoas terminam entre 45 e 60 minutos.
Amostra- O manual apresenta diversos estudos para a atualização do instrumento em 1962. As idades variaram de 17 a 63 anos e os sujeitos tinham primeiro grau completo a instrução superior.
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - A homogeneidade foi medida pelo método de
correlações entre itens.
Validade - Não há informações sobre validade.
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
(DO) - FORMA I E FORMA 11
Origem do teste - O Diagnóstico Organizacional propõe-se a simplificar o processo de diagnóstico dos processos organizacionais, à medida que abrevia o tempo despendido e o custo da avalia~~ão. Ele foi criado para levantar as condições gerais de uma empresa em 12 áreas e verificar a possibilidade de intervenções no sentido de mudanças. Permite ainda diagnosticar dentre as áreas analisadas aquelas que apresentam maior resistência, relações interpessoais, padrões de relacionamento, padrões de comunicação, canais de comunicação, estilos de liderança, processo de tomada de decisões, planejamento, resolução de problemas, trabalho em equipe, clima organizacional e motivação.
Dados de identificação - A autora do instrumento é Rosa R. Krausz. O instrumento é produção nacional, foi lançado pela Casa do Psicólogo, em 1994. Não há indicações no manual de revisões ou atualizações.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou coletiva, mas não há informação no manual quanto ao tempo necessário para a aplicação. O material é composto por manual, folha de registro, tabela de registro de resposta para formas J e li. O teste é indicado para diretores. gerentes e supervisores, com instrução uni versitária ou ensino médio completo (forma I), e supervisores e funcionários, com ensino fundamental e o médio incompletos (forma Il).
Parâmetros Psicométricos - No manual não há indicações sobre a construção do instrumento, sobre padronização, validade e precisão.
DOMINÓS D-48
Origem do teste- O Teste elaborado pelo Centro de Psicologia Aplicada, de Paris/França, obedece aos mesmos princípios do
Teste Dominós, do exército britânico, e do Group Test J 00 A (Teste
Coletivo 100 A). Indicações: medida de inteligência geral.
Dados de identificação- O nome original do instrumento é D-
48, de autoria de Pierre Pichot. Foi publicado pelo Centre de Psychologie Apliqueé, em 1961. No Brasil, a adaptação ficou sob
responsabilidade de Eva Níck, sendo que o manual mais recente data
de 1999. A publicação brasileira é feita pelo Centro Editor de Psico
logia Aplicada·- CEPA.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi
vidual ou coletivamente, sendo que o limite de tempo para a realiza
ção é de 25 minutos. O material consiste em manual, caderno de
teste, folha de resposta e crivo de apuração. A faixa etária indicada
pelo manual é a partir de 12 anos.
Parâmetros Psicométricos Padronização - Dentre as tabelas apresentadas no manual, há
brasileiras, resultantes de diferentes estudos realizados entre 1959 e
1965. No manual mais recente, há um estudo que visa à atualização
ela tabela. A pesquisa contou com 63 sujeitos. sendo 17 elo feminino e
46 elo sexo masculino. O nível ele instrução variou do ensino médio
completo à superior completo, sendo que a predmninância foi de supe
rior completo.
Precisão- A precisão foi calculada pelo método de divisão dos itens pares e ímpares, num grupo de 556 pessoas. que fizeram parte
68 Guia de referência: Testes psicológicos comercialiLados no Brasil
da amostra do Centre de Psychologie Appliquée, de Paris. O coefici
ente conigido pela fórmula de Spearman-Brown foi de 0,89. O reteste
foi realizado com intervalo de aplicação de dois meses, num grupo de
58 pessoas, fornecendo um coeficiente de 0,69.
Validade- Foram realizados diferentes estudos com o objetivo
de verificar a validade do instrumento, são eles: 1) análise fatorial; 2)
correlação com outros testes de inteligência e 3) correlação com cri
térios externo~.
EscALA DE AvALIAÇÃO DO
COMPORTAMENTO INFANTIL PARA O
PROFESSOR- EACI-P
Origem do teste- A finalidade da EACI-P é fornecer infor
mações na fase de triagem que possam assistir clínicos e pesquisado
res na compreensão de alguns aspectos importantes do comporta
mento das crianças. A escala tenta suprir a falta de instrumentos no
País que visem avaliar a percepção do professor quanto ao compor
tamento de crianças em sala de aula. A construção da escala partiu
dos itens obtidos na Conners Teacher Rating Scale, da
Comprehensive Teacher Rating Scale, e dos critérios diagnósticos
do DSM-III e DSM-IIIR.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Gil
berto Ney Ottoni de Brito, publicado em 1999 pela Entreletras (1 a
edição). O instrumento fornece uma estimativa do funcionamento da
criança na escola em relação a cinco dimensões diferentes de com
portamento: hiperatividade/problema de conduta, funcionamento in
dependente/socialização positiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade
e socialização negativa; os cinco fatores foram obtidos a partir de
análise fatorial.
Aplicação e material - A escala deve ser preenchida pelo pro
fessor, que deverá conhecer a criança avaliada há pelo menos dois
meses, e a faixa etária a ser aplicada é de 4 a 14 anos. O preenchimen
to deve ser preferencialmente feito individualmente, ou seja, sem a
colaboração de psicólogos ou orientadores pedagógicos. Não há tempo
limite para a realização. O material consiste em manual, caderno de avaliação e folha de pontuação.
70 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra - Fizeram parte da amostra 2.082 escolares, sendo
782 do sexo masculino e 1.300 do feminino, que freqüentavam a pré
escola e a segunda fase do ensino fundamental de uma escola do
Estado do Rio de Janeiro. A idade média das meninas era 11,5 anos e
dos meninos 10,8 anos. Os professores que preencheram o EACI-P
foram os da amostra com as crianças, todos do sexo feminino. Não
há no manual o número de professores que fizeram parte do estudo.
Parâmetros Psicométricos Precisão - A precisão do instrumento foi verificada por meio
da aplicação do teste-reteste. O intervalo de aplicação foi de um mês
e a amostra utilizada foi composta por 437 crianças, selecionadas por
escolha randômica de uma amostra de 2.082 sujeitos. Os coeficien
tes de correlação de Pearson para os cinco fatores hiperatividade/
problema de conduta, funcionamento independente/socialização po
sitiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade e socialização negativa, fo
ram: 0,84, 0,71, 0,77, 0,78 e 0,62 respectivamente.
Validade -A validade do instrumento foi determinada por meio
da comparação entre os resultados do EACI-P e os encaminhamen
tos dos professores das crianças para tratamento. O estudo foi de
senvolvido com uma amostra de 256 sujeitos. Os resultados não são
apresentados no manual.
EscALAs DE BEcK
Origem do teste - São decorrentes de estudos realizados por
Beck e colaboradores na Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia
(Estados Unidos), sobre manifestações patológicas e descritos em
quatro escalas: BDI -Inventário de Depressão, BAI - Inventário de
Ansiedade, BHS - Escala de Desesperança e BSI - Escala de
Ideação Suicida.
Descrição do teste - A elaboração dos itens foi caracterizada
por meio de uma análise teórica, para depois passarem por uma aná
lise estatística, considerando-se os aspectos conceituais e semânti
cos. O trabalho foi desenvolvido em três grandes amostras - uma
constituída por pacientes psiquiátricos, outra por pacientes de clínica
médica e uma terceira amostra não clínica por grupos da população.
Enquanto características das escalas têm-se que a BHS é uma esca
la dicotômica de 20 itens, consistindo em afirmações que envolvem
cognições sobre desesperança; a BSI é constituída por 21 itens do
tipo Likert, que refletem gradações da gravidade de desejos, atitudes
e planos suicidas. A BAI e o BDI são escalas de avaliação da ansie
dade e depressão, respectivamente, e possuem 21 itens tipo likert
para medir sintomas de ansiedade e depressão compartilhados de
forma mínima. As escalas foram traduzidas e adaptadas para o por
tuguês por Jurema Alcides Cunha e publicadas pela Editora Casa do
Psicólogo em 2001.
Aplicação e material- O BDI tem uma estimativa de tempo
para realização de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e
cerca de 15 minutos para administração oral, embora pacientes muito
depressivos possam levar até 30 minutos; no BAI a estimativa de
tempo é de 5 a 1 O minutos para auto-administração e I O minutos, em
72 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
média, para administração oral; na BHS o tempo de administração é de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e 10 minutos, em média, para a oral, embora sujeitos muitos obsessivos possam levar até 15 minutos, e a BSI tem uma estimativa 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e de 1 O minutos, em média, para a oral. As escalas podem ser administradas individual, coletiva ou auto-administradas a sujeitos de 18 a 80 anos.
Parâmetros Psicométricos Precisão Estabilidade temporal BDI- Os resultados para teste e reteste encontraram estimati
vas de correlação que variaram de 0,48 a 0,86. BAI-A estimativa da correlação entre teste e reteste do inven
tário, usando a versão em português variou de 0.53 a 0.56. BHS- Na versão em português a estabilidade temporal da es
cala parece ser muito dependente da amostra em que é testada. BSI - Na versão em português não foi administrada a vários
grupos, sendo a estimativa de correlação entre teste e reteste, com dependentes de álcool, de 0.95.
Validade de Conteúdo BDI- Foi analisado em relação aos critérios diagnósticos do DSM-
111 que, essencialmente, também constituem as características sintomatológicas de um episódio de depressão maior, segundo o DSM-IV.
BAI- Compreende itens que são representativos de ansiedade baseados no DSM-IV e apresenta validade de conceito ainda que a representatividade dos itens não seja completa.
BHS -A maneira como foi desenvolvida, a partir de expectativas de pacientes quando em depressão, garantiu a validade de face do conteúdo.
BSI - Por ser uma versão de auto-relato da SSI, a análise da representatividade dos itens da BSI são os mesmos aplicados à SSI.
Escalas de Beck
Validade Convergente BOI- Foram estimados coeficientes de correlação de 0.45 com
a Escala de Depressão de Hamilton, de 0.62, com a Escala de Depressão de Montgomery-Asberg e de 0.58 com a Escala de Lentificação Motora de Widldcher.
BAI-A correlação do BAI com o IDATE apresenta uma relação significante de 0.78 com A-Traço e 0.76 com A-Estado.
BHS - Correlação entre a BHS e o escore total do BDI, a BHS e o escore total do BDI (sem o item 2) e entre a BHS e o item 2 do BDI, observando-se uma variação da correlação de 0.48 a O. 78 em relação ao BDI; de 0.47 a 0.76 em relação ao BOI (sem o item 2) e
de 0.44 a 0.77 em relação ao item 2 do BDI. BSI- Na versão em português observou-se uma estimativa de
correlação, em grupos de pacientes psiquiátricos, de 0.55 a 0.83.
Validade Discriminante BDI - Foi possível constatar que os escores do BDI podem
diferenciar pacientes com queixas psiquiátricas de depressão, pacientes com queixas físicas e sujeitos sem queixas específicas.
BAI - Foi possível verificar que o instrumento discrimina os três grupos (com queixas psiquiátricas, com queixas físicas, sem queixas específicas) em nível significante.
Validade Discriminante BHS- Na versão em português procurou-se verificar se have
ria diferença significante, nas médias da BHS, entre pacientes com transtornos depressivos e pacientes com transtorno de ansiedade generalizada, constatando-se haver diferença significante entre ambas
as médias. BSI -Pela análise discriminante dos escores da BSI, foi possí
vel classificar corretamente 77,54% dos casos.
Validade de Constructo BDI e BHS- Foi possível fazer uma estimativa de correlação
entre as duas medidas, na qual se observa que os coeficientes de
74 GL.ia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
correlação, na amostra psiquiátrica, variam de 0.48 a 0.73, podendo
ser classificados como de nível médio.
Validade de Constructo BHS - Verificou-se que se o sujeito tem um escore acima de 9
na BHS tem 6.1355 mais chances de apresentar ideação suicida do
que se o escore é inferior a 9. BSJ - Em pacientes suicidas, no grupo de pacientes internados
(n=l70), a conelação com o BDI foi de 0.53 e com a BHS foi de 0.57 e no grupo de pacientes ambulatoriais (n=332), apresentou correlação de 0.40 com o BDI e 0.45 com a BHS.
Validade Fatorial BDI --Numa análise fatorial do Inventário, com rotação varimax,
em uma amostra de 97 pacientes com dependência do álcool, foi possível extrair três fatores, que pennitiram compor três subescalas, refe
rentes a sintomas de caráter afetivo, preocupações e desinteresse pela
vida, sendo que a solução fatorial explicou 44,1% da variância total. BAI --Numa amostra de 379 pacientes com transtornos de an
siedade, ao:'; quais foi administrada a versão em português, pela aná
lise fatorial com rotação varimax, foi possível encontrar uma solução fatorial. com quatro fatores que explicam cerca de 57,79% da variância total.
BHS -Na versão em português, num grupo de 208 pacientes
com episódio de depressão maior, pela análise fatorial com rotação varimax, foi possível encontrar uma solução fatorial com três fatores
que explicam cerca de 51,14% da variância total. BSl -- Na versão em português, num grupo de 138 pacientes
internados. foi desenvolvida uma análise fatorial seguida de rotação
varimax. na qual foram extraídos quatro fatores, com raízes características superiores a L sendo a porcentagem de variància total explicada de 63,26C;f.
EscALA FATORIAL DE AJUSTAMENTO
EMOCIONAL/N EUROTICISMO
Origem do teste- A dimensão neuroticismo/estabilidade emo
cional é decorrente de estudos fatoriais da personalidade e representada no modelo dos Cinco Grandes Fatores (Big Fives). Foram os itens elaborados a partir de pesquisa da literatura e de marcadores
dos traços do conteúdo pelos autores.
Dados de identificação- O instrumento, de autoria de Cláudio S.
Hutz e Carlos H. S. S. Nunes, é de 2001 e foi publicado pela Editora Casa do Psicólogo. Composto por 82 itens di vi di dos em quatro sub-escalas: Vulnerabilidade, Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depres
são pode ser aplicado a sujeitos de 15 a 50 anos, de fonna individual e coletiva. Objetiva assim avaliar características de personalidade com indicações clínicas, de avaliação e aconselhamento, de pesquisa e ensino.
Amostra- Foram tomadas aplicações em estudantes universitários de vários cursos nos Estados do Rio Grande do Sul, Distrito
FederaL Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e Minas Gerais dos sexos masculino e feminino.
Aplicação e material - O instrumento é composto de um manual, caderno de aplicação, folha de respostas e crivos de con·eção.
Parâmetros Psicométricos Validade - Foi tomada segundo o manual por meio de análises
fatoriais e representativas nos itens sobre Vulnerabilidade, Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depressão (19.20; 5.12; 4.35 e 3.09 respectivamente).
76 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Precisão - Avaliada por meio do Alpha de Cronbach, variou nas escalas entre 0,82 a 0,94. Intercorrelações entre as escalas evidenciaram valores de 0,25 a 0,92.
EscALA DE INTELIGÊNCIA WESCHLER
PARA CRIANÇAS - 111 EDIÇÃO
Origem do teste -A inteligência pode se manifestar de muitas formas e Wechsler não concebe a inteligência como uma capacidade específica, mas como uma entidade agregada e global, a"capacidade do indivíduo de agir com um propósito, pensar racionalmente e lidar efetivamente com o seu meio ambiente. Os subtestes do WISC-III foram selecionados para investigar muitas capacidades mentais diferentes que refletem, juntas, a expressão intelectual geral da criança. Embora tenha as características essenciais do WISC e de sua revisão, a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Revisada (WISC-R; Wechsler, 1974), o WISC-III apresenta materiais de teste, conteúdo, procedimentos de aplicação e dados normativos mais atualizados, especialmente para o RS.
Dados de identificação- WISC-III foi desenvolvido para uso com crianças entre 6 anos e O mês e 16 anos e 11 meses. O limite inferior sobrepõe-se à faixa do WPPSI-R e o limite superior à faixa do WAIS-R. O examinador tem uma escolha de instrumento para usar com crianças de 6 a 16 anos. Segundo o manual, a capacidade intelectual de uma criança de 6 anos, cuja habilidade está abaixo da média, pode ser melhor medida pelo WPPSI-R; para outras crianças, o WISC-111 é a melhor escolha. Como indicações o manual do teste refere: medida da capacidade intelectual geral, o WISC-III, avaliação psico-educacional, planejamento e colocação educacional, diagnóstico de crianças excepcionais, avaliação clínica, Neuropsicológica e pesquisa. No Brasil, o instrumento foi traduzido e adaptado por Vera Figueiredo e é comercializado pela Editora Casa do Psicólogo.
78 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Aplicação e material - Sendo sua indicação respaldada a crianças de 6 anos a adolescentes de 16 anos, é conduzida individualmente em até duas sessões, conforme preconizado no manual. A apresentação do material é extremamente rica e de qualidade superior as antigas versões.
É composto por 13 subtestes divididos em dois grupos Verbal e Execução, cada um com instruções específicas e com materiais individualmente apresentados em caixas ou livretos.
Amostra de padronização brasileira - Foi tomada a partir de trabalhos realizados em escolas com 801 crianças de idades dos 6 aos 16 anos, na região sul do Estado do Rio Grande do Sul.
Parâmetros Psicométricos - Os dados do instrumento apresentados no manual demonstram que os itens de versões anteriores foram revisados, retificados e substituídos, inclusive alguns específicamente criados para esta edição.
Validade- A análise da validade foi expressa pela análise fatorial exploratória e confirmatória para a avaliação dos fatores identificados pelos autores norte-americanos e representados na análise brasileira. Verificou-se a presença dos quatro fatores apontados por Weschler e que foram avaliados por meio da Validação Convergente-discriminante com relação a idade (coeficientes de 0,71 a 0,83), rendimento escolar ( coeficientes 0,27 a 0,40) e validade concorrente com o Teste de Raven (coeficientes de 0,61 a 0,71).
Precisão - Os estudos de precisão citados pela autora foram elaborados por meio de um grupo (N=52) e apresentados na avaliação teste-reteste em alguns subtestes (Código e Procurar Símbolos), da mesma forma, não foram, segundo a autora, realizadas análises de concordância nas pontuações com diversos avaliadores. Por meio de coeficientes de fidedignidade entre os subtestes identificaram valores entre 0,62 a 0,92 dentre os diversos subtestes para as diferentes faixas etárias.
EscALA DE MATURIDADE MENTAL
CoLUMBIA
Origem do teste - O Columbia foi elaborado na tentativa de minimizar o problema da obtenção de estimativas adequadas da capacidade mental de crianças com paralisia cerebral ou outras disfunções que envolvam prejuízo de funções motoras ou verbais. Antes de 194 7, os estudos com o objetivo de adaptar ou modificar os testes de capacidade mental para o uso com esses grupos, tiveram sucessos parciais. Posteriormente, após a publicação da I" Escala, observou-se que o teste era não apenas apropriado para os sujeitos do grupo, mas também para sujeitos ditos "normais". Indicações: avaliação da capacidade de raciocínio.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Columbia Mental Maturity Scale, publicado pela Psychological Corporation N Y., em 1954. Os autores são Lucille Blum; Irving Lorge e Bessie Burgemeister. O instrumento passou por duas revisões respectivamente em 1959 e em I 972, sendo que a última trouxe modificações importantes na escala. No Brasil, o instrumento padronizado para a realidade brasileira foi publicado em 1993, pela Casa do Psicólogo, sendo que os autores do estudo são Irai Cristina Boccato Alves, José Luciano Duarte e Walquíria Duarte. Vale ressaltar que embora as informações aqui apresentadas sejam referentes à produção da Casa do Psicólogo, também houve uma publicação do Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA.
Aplicação e material- A aplicação do instrumento é rápida, em tomo de 15 a 20 minutos, embora não haja restrição de tempo. A aplicação deve ser individual. O material consiste em manual, 92 cartões
80 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
contendo figuras e formas geométricas e folha de resposta. A faixa etária indicada para aplicação é 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses.
Amostra da padronização brasileira - Desenvolveu-se um projeto piloto com o objetivo de determinar se os níveis de idade estabelecidos pelos autores do teste original deveriam ser mantidos ou alterados para as crianças brasileiras. Participaram 298 crianças de 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses, de escolas e creches da rede particular e pública de cidade de São Paulo. Os sujeitos foram divididos em oito faixas etárias de acordo com a definição dos níveis da Escala Americana. Os resultados indicaram que os níveis estabelecidos para a amostra norte-americana não eram adequados para as crianças brasileiras, o que levou à determinação de novos níveis.
Composição da amostra - Participaram 1.535 crianças distribuídas em 13 faixas etárias, de 6 em 6 meses, dos 3 anos e 6 meses aos 9 anos e 11 meses, de escolas da rede oficial de ensino (escolas particulares, municipais e estaduais) do município de São Paulo.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - De acordo com o manual, houve modifica
ção dos itens que compõem o instrumento em todas as edições apresentadas. Nesta última, os itens foram analisados em uma amostra de 100 sujeitos.
Precisão - Foram realizados diferentes estudos para verificação da precisão, a saber: 1) precisão das metades entre os itens pares e ímpares, calculados para as 13 faixas etárias. Os coeficientes foram corrigidos pela fórmula de Spearman-Brown (variando de 0,82 a 0,93, com um coeficiente mediano de 0,87); 2) testereteste: comparação entre os resultados do Colúmbia e do Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (reteste com intervalo de 7 a 11 dias). O coeficiente de precisão para as crianças de 6 anos a 6 anos e 11 meses foi superior ao obtido para as crianças de 8 anos a 8 anos e 11 meses.
Escala de Maturidaded Mental Columbía 81
Validade- A correlação entre os dois te~tes (Columbia e Matrizes Progressivas Coloridas de Raven) para os dois grupos de idade (6 anos e 8 anos) foi de 0,67 para as crianças de 6 anos, de O, 56 para as de 8 anos e 0,60 para o grupo total.
ESCALAS DE PERSONALIDADE
DE COMREY - CPS
Origem do teste - A Escala de Personalidade de Comrey é um teste de longa e reconhecida tradição no mercado de instrumentos psicológicos. O destaque que o instrumento recebe refere-se ao seu método objetivo de avaliar a personalidade, o que lhe confere, segundo o manual, o status de máximo grau psicométrico. Além da versão em papel, o teste oferece uma versão informatizada.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Comrey Personality Scale, de autoria de Andrew L. Comrey, e foi publicado pela Educational & Industrial Testing Service, San Diego, Califórnia!EUA. Ele foi publicado em 1970 e, em 1983, recebeu a tradução para o português por Aroldo Rodrigues. Pouco tempo depois, em 1987, passou por nova revisão. A versão aqui apresentada é uma forma revisada da edição anterior. O trabalho foi revisado em 1997, sob responsabilidade de Flavio Rodrigues Costa. Vale destacar que embora haja uma publicação recente do material, há menção de que como este último manual refere-se a uma revisão, maiores informações sobre o teste deverão ser consultadas no manual de 1987. O instrumento se destina à avaliação da personalidade e também é indicado para a identificação de problemas de ordem psiquiátrica.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente. Não há limite de tempo, mas em média a aplicação leva 50 minutos. No que se refere à faixa etária, ele é recomendado para pessoas de qualquer idade com nível de escolaridade acima do ensino fundamental completo. As normas são baseadas exclusivamente em estudantes universitários. Embora Comrey afirme no manual que o instrumento possa ser utilizado
84 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
com sujeitos de 16 a 60 anos de idade, na verdade, tanto a validação
quanto as normas, foram baseadas exclusivamente em estudantes
universitários, tanto no caso das escalas original quanto da em por
tuguês. O material do teste constitui-se em manual, caderno de afir
mações, folha de resposta e folha de perfil. O instrumento exige o
auto-relato e pretende medir as principais características da perso
nalidade. De fato, elas avaliam oito dimensões da personalidade, a
saber: T - Confiança verso atitude defensiva; O - Ordem verso
falta de compulsão; C - Conformidade social verso rebeldia; A -
Atividade verso passividade; S - Estabilidade emocional verso
neuroticismo; E - Extroversão verso introversão; M - Masculini
dade verso feminilidade e P - Empatia verso Egocentrismo. No
total, 180 itens compõem o instrumento.
Amostra- Participaram como sujeitos da pesquisa 15 mil candi
datos de todas as capitais estaduais brasileiras, com formação escolar
de ensino médio completo ou acima, ambos os sexos, com idade míni
ma de 18 anos.
Parâmetros Psicométricos
Validade-- A análise fatorial das escalas originais mostrou a
presença ele oito fatores importantes de personalidade, sendo os
mesmos encontrados idênticos na pesquisa da adaptação brasilei
ra (Rodrigues, 1974). O instrumento possui evidências de valida
de de construto.
Precisão ·- A única análise de fidedignidade da escala se reduz
a das duas metades. Os resultados são provenientes da aplicação em
746 sujeitos, de ambos os sexos, sendo que os resultados indicaram
os seguintes coeficientes de fidedignidade dos fatores: T=0,91; 0=0,92;
C=0,94; A=0,91; S=0,95; E=0,96; M=0,87 e P=0,94. Não há dados
sobre a estabilidade em longo prazo.
EscALA DE SociABILIDADE E
EMOTIVIDADE - ESE
Origem do teste - A justificativa para a construção do mate
rial centrou-se na necessidade de um instrumento que tivesse dois
fatores (sociabilidade e emotividade), igualmente importantes para
ambientes próprios de escritórios (comerciais, industriais ou fabris),
contribuindo sobremaneira para o processo de seleção profissional.
Indicações: avaliação de atitudes em relação aos fatores sociabilida
de e emotividade, avaliação da personalidade.
Dados de identificação - O instrumento é baseado em dois
outros, indicados no manual apenas pelas siglas: CPF e NPE. Os
autores originais são R. B. Cattell, J. E. King e A. K. Schuettler, mas
não há informações sobre a editora ou a data de publicação original.
A adaptação foi feita por Diva Onofrillo Reale, publicado pela Edites
- Editora e Distribuidora de Testes Ltda., com data não identificada.
Aplicação e material - O instrumento é indicado para sujeitos
alfabetizados, analfabetos, semi-analfabetos. O material consiste em
manual, caderno de respostas e crivo de correção. No que se refere
à aplicação, não há indicações sobre a forma (individual ou coletiva),
e quanto ao tempo, não há limite para a realização da prova, embora
em média, gaste-se 20 minutos. O tempo mínimo observado foi de 13
minutos e o máximo de 40 minutos. Segundo o manual, tempos fora
da faixa são suspeitos, merecendo melhor atenção e devida investi
gação por parte do psicólogo.
Amostra- A Escala de Emotividade e Sociabilidade foi aplica
da numa amostra de 312 sujeitos.
86 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Validade- A fim de aferir a validade do instrumento utilizou-se
o critério externo, que consistiu na comparação dos resultados de profissionais de atividades marcadamente opostas no sentido de exigências de contato de relações humanas ou sociais. A autora diz que os dados são provisórios, pois será necessário um tratamento estatístico mais rigoroso. O estudo foi desenvolvido com 14 sujeitos.
Não há referências a respeito do estudo de precisão.
EscALA DE STRESSE INFANTIL
Origem do teste - É decorrente de estudos sobre o estresse em uma dissertação de mestrado de Maria D. M. Lucarelli, orientada por Marilda Lipp em 1997.
Dados de identificação- Trata-se de um instrumento na for
ma de escala com 35 itens, representando em uma escala likert as manifestações físicas e psicológicas do estresse em crianças dos 6 aos 14 anos. Apresentado pela Editora Casa do Psicólogo, em 1998, têm como autoras Marilda Lipp & Maria D. M. Lucarelli.
Aplicação e material - O instrumento consta de um manual, caderno de questões, cartão de respostas, folhas de apuração e lápis de cor.
Amostra- Foi composta de 255 crianças, dos 6 aos 14 anos,
dos sexos masculino e feminino do interior paulista.
Parâmetros Psicométricos Validade - Segundo o manual, foi estabelecida a validade de
constructo pela análise fatorial exploratória e confirmatória, as quais evidenciaram as autoras quatro fatores com correlações entre 0,49 a 0,79.
Precisão - Foi verificada, segundo o alpha de Cronbach, no qual as autoras evidenciaram coeficiente de 0,90.
EscALA DE TRANsToRNo DE DÉFICIT
DE ATENÇÃo/HIPERATIVIDADE
(VERSÃO PARA PROFESSORES)
Origem do teste - Os elementos que justificaram a construção da Escala foram: a) carência de instrumentos psicológicos validados, padronizados e específicos de déficit de atenção e hiperatividade; b) necessidade de diversificar a gama de instrumentos que possam subsidiar o diagnóstico de transtorno de atenção e hiperatividade; c) necessidade de criação de programas educacionais que possam lidar adequadamente com crianças que tenham essas dificuldades; d) desenvolvimento de programas preventivos, dentre outros.
Dados de identificação - O instrumento é nacional, de autoria de Edyleine Bellini Peroni Benczik, publicado em 2000 pela Casa do Psicólogo. O instrumento tem como objetivo avaliar a desatenção e a hiperatividade, a incidência de problemas de aprendizagem e de comportamento anti-social e os efeitos da intervenção nesses casos.
Aplicação e material - O material do teste é composto por manual, cadernos de aplicação e bloco de crivos. Quem responde ao instrumento é o professor, com a recomendação da autora de que deve conhecer o aluno há pelo menos seis semanas. Não há outras informações sobre tempo forma de aplicação e faixa etária.
Amostra- A amostra final constituiu-se de 1.011 crianças, ambos os sexos, com idade entre 6 e 17 anos, de escolas públicas e particulares de duas cidades do interior de São Paulo. A amostra foi composta por 52,0% de sujeitos do sexo masculino e 46,6% do sexo feminino.
90 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Foi realizada a análise de variância (MANOVA) a fim de se
ve1ificar a existência de diferenças nos escores médios nos fatores
da escala e os resultados indicaram que as diferenças significativas
foram para sexo, tipo de escola e série-tipo de escola.
Parâmetros Psicométricos Construção da escala - A primeira versão da escala foi com
posta por 58 itens, organizados em duas partes, sendo que a primeira
constou de 36 itens relacionados à desatenção e à hiperatividade/
impulsividade, segundo a literatura nacional e internacional. A segun
da parte constituiu-se de 22 itens referentes a problemas de aprendi
zagem e conduta social, seguindo os critérios do DSM-IV.
Precisão - A precisão da escala foi verificada por meio de
consistência interna, com a aplicação em 360 sujeitos. Os coeficien
tes Alfa indicaram correlações que variaram de 0,90 a 0,97.
Validade - Foi desenvolvida a análise fatorial a fim de se estu
dar a validade ele construto. Os 49 itens da escala se organizaram em
três fatores: déficit de atenção/problemas de aprendizagem,
hiperatividade/impulsividade e comportamento anti-social.
FIGURAS COMPLEXAS DE REY TESTE DE CÓPIA E REPRODUÇÃO DE
MEMÓRIA DE FIGURAS GEOMÉTRICAS
COMPLEXAS
Origem do teste - O instrumento foi elaborado para auxiliar
no diagnóstico diferencial entre debilidade mental constitucional e
déficit adquirido em decorrência de traumatismo crânio-cerebral. A
técnica de cópia de figuras é bastante utilizada tanto pelas razões
econômicas, quanto pela fácil aceitação da proposta.
A adaptação brasileira do instrumento tende a contribuir para
com o desenvolvimento da área de construção de testes, assim como
oferece ao profissional mais uma possibilidade de instrumento com
estudos nacionais. Indicações: estudo da atividade perceptiva e da
memória.
Dados de identificação - O instrumento é francês, sendo que
seu nome original é Test de Copie d'une Figure Complexe, de auto
ria de André Rey. A publicação original data de 1942, tendo ficado
sob responsabilidade das Editions du Centre de Psychologie
Appliquée. A adaptação brasileira foi desenvolvida por Margareth da Silva
Oliveira, tendo como revisoras técnicas Teresinha Rey e Lucia Cristina
Fleury Franco. Foi publicado em 1999, pela Casa do Psicólogo.
Aplicação e material- A aplicação do teste deve ser individu
al e, embora não haja limite de tempo, em média, a realização dura
entre 5 e 25 minutos. A faixa etária indicada é para crianças a partir
de 4 anos (não há limite superior). O material consiste em manual,
92 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
cartão de aplicação, bloco de folha de anotação, papel branco, lápis de cor, lápis preto e ficha de anotação.
Amostra- Fizeram parte da amostra da Figura A, 280 sujeitos, com idade variando entre 5 a 15 anos, sendo que cada faixa etária
era composta por 20 sujeitos (10 do sexo masculino e 10 do feminino). Na amostra da Figura B, participaram 82 sujeitos, ambos os sexos, com idade variando entre 4 e 7 anos.
Parâmetros Psicométricos - Não consta a descrição no manual de estudos de validade e de precisão.
INVENTÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO
TEMPo-ADT
Origem do teste - O instrumento foi criado em 1985 a partir
das experiências profissionais da autora em processos de seleção em empresas nacionais e multinacionais. O ADT fundamenta-se na crença de que saber usar corretamente o tempo é um dos indicadores de competência profissional e, por isso, tem sido cada vez mais usado nos processos de seleção profissional, em especial, de executivos, gerentes, supervisores e secretárias.
Dados de identificação - A autora é Rosa R. Krausz, tendo sido publicado pela Casa do Psicólogo, em 1994. O instrumento é produção nacional, devendo ser usado em seleção e treinamento nas áreas organizacional e educacional, com objetivo de levantar informações sobre a forma como as pessoas utilizam seu tempo no trabalho. Pode ser aplicado por psicólogos que trabalham em Recursos Humanos (RH) ou por outros profissionais, ligados à área, que possuam experiência.
Aplicação e material- A aplicação pode ser coletiva ou individual e não há limite de tempo, embora em média, sejam gastos de 15 a 25 minutos. Embora fique claro que o instrumento destina-se a adultos, não há no manual indicação da faixa etária mais adequada. O material consiste em manual e formulário de registro de respostas.
Parâmetros Psicométricos - Não há no manual informações sobre padronização, validade e precisão.
INVENTÁRIO FATORIAL DE
PERSONALIDADE - IFP
Origem- Trata-se de um inventário elaborado e adaptado a partir do Edwards Personal Preference Schedule por Pasquali, Mazzarello e Ghesti ( 1997) e comercializado pela Casa do Psicólogo.
Dados de identificação - O Inventário de Personalidade (IFP) se fundamenta no Edwards Personal Preference Schedule (EPPS), desenvolvido por Edwards (1953) e revisado em 1959, baseado na
teoria das necessidades básicas de Henry Murray (1938). Visa avaliar o indivíduo na expressão de 15 necessidades: Assistência, Realização, Intracepção, Denegação, Ordem, Exibição, Apoio, Mudança,
Heterossexualidade, Dominância, Persistência, Agressão, Deferência, Autonomia e Afiliação. Na versão brasileira, foi acrescido de mais duas escalas a desejabilidade social (Comrey - CPS) e uma escala de validade para verificação do grau de validade das respostas dos sujeitos. O instrumento tem assim o total de 155 itens, 135 correspondentes aos fatores, e 20 itens para as escalas de
desejabilidade e de validade.
Objetivo- Para avaliação individual ou coletiva de personalidade de adolescentes e adultos do sexo masculino e feminino, com idades entre 18 e 60 anos de idade, sem alterações psicopatológicas através de 15 fatores.
Aplicação e material- Na sua composição, o teste tem um manual, chaves de correção das respostas e folhas de respostas. Sua aplicação tem um tempo médio de 45 minutos.
96 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Validade - Segundo o manual, foi estabelecida a validade de
construto por análise fatorial baseada numa amostra de 4.308 sujeitos. A idade média dos participantes correspondeu a 21,5 anos, sendo 74% dos sujeitos solteiros e mais de 60% com formação universitária. Quase 50% disseram possuir uma atividade profissional com renda média inferior a cinco salários mínimos. Verificaram os autores que sete dos 15 fatores originais do EPPS apareceram claros, sendo os outros agrupados grupos assim representados: Dominância com Exibição, Submissão com Deferência e Autonomia com Agressão.
Fidedignidade - Na sua forma original, o EPPS apresenta coeficientes de consistência interna (baseados na técnica das duas metades), entre 0,60 e 0,87, com uma média igual a 0,78. Foram encontrados coeficientes de estabilidade de teste-reteste, (uma semana) variando de 0,55 a 0,87. O coeficiente de precisão das duas metades foi obtido pela divisão de cada faixa de 28 itens em dois grupos de 14 itens cada. Na validação brasileira foram encontrados os seguintes coeficientes alfas variando de 0,60 a 0,87. Evidenciaram os autores que mesmo para um número reduzido de itens em cada fator (n = 9), 11 dos 15 fatores apresentam coeficientes de fidedignidade aceitáveis.
INVENTÁRIO DE
HABILIDADES SociAIS - IHS
Origem do instrumento - A construção do instrumento se justifica em função da importância de se avaliar o repertório de habilidades sociais considerando a<>pectos mais amplos como a saúde, a satisfação social, a realização profissional e a qualidade de vida. Além disso, a esca<>sez de instrumentos nacionais para avaliar tal fenômeno psicológico justifica a elaboração de novos materiais que venham contribuir com a avaliação psicológica.
Dados de identificação - O Inventário de Habilidades Sociais é de autoria de Zilda A. P. Del Prette e Almir Del Prette. Foi publicado pela Casa do Psicólogo, em 2001. O IHS-Del-Prette foi idealizado com o objetivo de aferir o repertório de habilidades sociais usualmente requeridos em situações interpessoais cotidianas.
Aplicação e material - O IHS-De1-Prette pode ser aplicado individual ou coletivamente, desde que resguardadas as condições consideradas adequadas para a aplicação de provas psicológicas. Os respondentes levam, em média, 30 minutos para completá-lo. O material é composto por manual, caderno de aplicação, folha de resposta e crivo de pontuação. No que se refere à faixa etária, a amostra de padronização incluiu sujeitos de 17 a 25 anos, mas não há outras informações no manual.
Amostra- Fizeram parte da amostra 572 sujeitos, alunos de graduação de uma instituição pública e de uma particular, de uma cidade de porte médio do Sudeste brasileiro, sendo que 43,2% da amostra eram do sexo feminino e 56,6%, do sexo masculino. No que se refere à idade dos sujeitos, eles tinham entre 17 e 25 anos. A amostra incluiu respondentes das áreas humanas, biológicas e exatas.
98 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Análise dos Itens - Os itens do IHS foram elaborados a partir
da análise da literatura sobre situações e demandas relacionadas ao conceito de habilidades sociais e de estudos desenvolvidos com estudantes universitários. Na análise de itens, foram calculados os índices de discriminação e a correlação de Pearson entre o item e o escore. Os resultados indicaram que em todos os itens o índice de discriminação foi positivo e que mais de 50% dos itens foram bastante poderosos em diferenciar os sujeitos socialmente mais habilidosos do que os menos habilidosos, no que se refere à dimensão comportamental/situacional aferida pelo IHS-Del-Prette.
Validade- A análise fatorial (alfa com rotação varimax para a matriz fatorial) dos resultados permitiu nomear e caracterizar cinco fatores, assim denominados: fator 1 - Enfrentamento com risco; fator 2 - Auto-afirmação na expressão de afeto positivo; fator 3 -Conversação e desenvoltura social; fator 4 - Auto-exposição a desconhecidos ou a situações novas e fator 5 - Autocontrole da agressividade a situações aversivas.
No estudo desenvolvido com 104 estudantes de Psicologia a partir das aplicação do IHS e da Escala de Assertividade de Rathus, os resultados indicaram uma correlação significativa entre estas duas escalas (0,81 ).
Precisão - Na análise da consistência interna, foi obtido um coeficiente Alpha de Cronbach de 0,75.
Em outro estudo foi verificada a estabilidade temporal do instrumento, a pmiir da aplicação de 39 estudantes de Psicologia e encontrou-se um coeficiente de 0,90.
INVENTÁRio DE SINTOMAS DE EsTRESSE
PARA ADuLTos DE LIPP (ISSL)
Origem do teste - Baseado no Inventário de Sintomas de Estresse procura identificar e caracterizar o estresse em quatro fases (alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão) e, assim, objetivar sua avaliação.
Dados de identificação- O inventário é constituído por 56 itens divididos em avaliação psicológica e de sintomas físicos subdivididos em quatro grupos conforme a caracterização da manifestação das fases. Elaborado e validado segundo o manual, em 1994, por Marilda Lipp, é editado pela Casa do Psicólogo desde 1998 sem revisões.
Aplicação e material - O instrumento é composto por um manual, folha de avaliação e correção. Sua aplicação pode ser realizada individual ou coletivamente em até I O minutos.
Amostra- O instrumento foi avaliado tendo como amostra 1843 sujeitos dos sexos masculino e feminino, dos estados de São Paulo, Paraíba e Rio de Janeiro.
Parâmetros Psicométricos Precisão -Foi avaliada pelo Alpha de Cronbach e apresen
tou indicador de 0,91.
INVENTÁRIO E AuTo-ANÁLISE nos
INTERESSES PROFISSIONAIS - IAIP
Origem do teste- O teste é um inventário de interesse dirigido à área de interesses profissionais.
Dados de identificação - O teste é de produção internacional, de autoria de B. Devoet e P. Grossuin, sendo traduzido e adaptado pelo Departamento de Estudos do Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, em 2001. O uso é indicado para interesses profissionais e orientação vocacional.
Aplicação e material - O IAIP pode ser aplicado em estudantes do ensino médio com tempo de aplicação livre. O material é constituído por um caderno contendo 160 atividades, folhas resposta e folha síntese para a classificação dos interesses e das reflexões pessoais, além do manual.
Amostra - A amostra do estudo foi composta por 259 sujeitos com idade entre 14 e 45 anos, de formação escolar do ensino fundamental ao nível superior completo.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Para a população brasileira, o IAIP so
freu alterações somente no caderno de testes, sendo reforçados alguns tópicos.
Validade- Da amostra de 259 indivíduos foram extraídos 63 para a aplicação simultânea dos instrumentos de Kuder, Angelini e IAIP. Foram feitas correlações do IAIP com o Inventário de Interesses de Kuder e de Angelini. As correlações com o Kuder foram bai-
I 02 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
xas, segundo o manual. No entanto, todas as áreas do IAIP apresentaram correlações de níveis médio e superior com o Inventário Angelini.
Precisão - Estudos sobre a fidedignidade do instrumento no Brasil não foram identificados no Manual pela editora, nem se encontrou, até a presente data, artigos ou demais publicações sobre o instrumento.
INVENTÁRio DE ANsiEDADE
TRAÇO-ESTADO- IDATE
Origem do teste - O Inventário de Ansiedade Traço-Estado foi desenvolvido por Spielberg, Gorsuch e Lushene em 1964. A tradução e adaptação brasileira foram realizadas por Biaggio e Natalício, apresentando normas para adultos e adolescentes.
Dados de identificação - Sua utilização é indicada em adultos normais, como uma forma de medir objetivamente a ansiedade, representada por dois componentes, o estado (A-estado) e o traço de ansiedade (A-traço). Segundo Cunha (2000), muito embora o IDATE tenha sido elaborado para uso com pessoas normais, as pesquisas subseqüentes revelaram sua utilidade na avaliação de casos psiquiátricos.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente e, embora não exista limite de tempo para a aplicação, este pode variar de acordo com o nível de escolaridade e a experiência com a leitura. Geralmente é necessário até 15 minutos aproximadamente para cada escala individual, e 30 minutos, aproximadamente, para ambas as escalas.
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - Os autores na adaptação brasileira verifica
ram índices de consistência interna (item-restante), variando de 0,59 para homens a O, 62 mulheres. Valores quanto a estabiliade temporal oscilaram entre 0,74 para A-estado e 0,83 para A-traço.
Validade - Foram realizadas correlações entre as duas escalas A-estado e A-traço em amostras de estudantes universitários e de ensino médio, nos quais foram obtidos valores entre 0,62 a 0,73. Ou-
I 04 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
tros estudos, quanto à utilização das escalas em avaliações de ansiedade, são citados no manual demonstrando diferenças significativas (de 0,001 a 0,005) para a avaliação dos níveis de ansiedade.
Padronização - Os resultados quanto aos dados normativos foram tomados numa amostra de 1.305 sujeitos universitários no Estado do Rio de Janeiro e são apresentados em tabelas divididas por sexo e tipo de ansiedade por meio de escores "T".
INVENTÁRIO DE ANSIEDADE TRAÇO
ESTADO - IDATE c
Origem do teste- O início da construção do teste foi em 1969, sendo o IDATE C desenvolvido a partir do Inventário de Ansiedade Traço a Estado, IDATE, para identificar e distinguir a Ansiedade em crianças. A concepção teórica de ansiedade que guiou a construção do instrumento é a exposta por Spielberger.
Dados de identificação - O instrumento é produção internacional, sendo adaptado e traduzido por Biaggio, em 1983, e editado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA. Indicação: avaliação da ansiedade.
Aplicação e material - Destina-se ao uso com crianças de 9 a 12 anos, mas pode ser utilizado com crianças de menos idade, dependendo de sua habilidade em leitura; também tem sido usado com adolescentes. De acordo com o manual, a forma de aplicação pode ser feita individual ou coletivamente. O IDATE-C é composto de um caderno de teste, folha de correção e de respostas e do manual. No que se refere ao tempo, não há limite, mas, em média, a aplicação ocupa de 15 a 30 minutos.
Amostra - Para a padronização brasileira, a amostra foi composta por 842 crianças de ambos os sexos, cursando 4•, Y, 6a séries de escolas públicas e particulares, do Rio de Janeiro, e os resultados são demonstrados em escores 'T".
106 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - A análise da correlação item-restante evi
denciou valores entre 0,20 a 0,67. A estabilidade temporal do IDA TE C foi verificada por meio de coeficientes de correlação teste-reteste. Os dados referem-se a 246 crianças de escola primária, tendo sido
feito o re-teste após oito semanas da aplicação.
Validade - A validade foi verificada por meio da aplicação do teste em situações que provocariam ansiedade, tais como exames escolares. Dos cinco estudos, três foram feitos em colégios particulares e dois em públicos, com uma amostra de 19 crianças, sendo 15 meninos e quatro meninas. Neste caso, o valor para o coeficiente de correlação foi de 0,62.
INVENTÁRIO MuLTIFÁSICO DE
PERSONALIDADE DE MINNESOTA - MMPI
Origem do teste - O instrumento é produção internacional (1943), de autoria de Starke R. Hateraway e J. Chamley Mckinley, traduzido e adaptado por Pe. Antônius Benkó e Pro f. Roberto J. P. Simões, revisado pelo Departamento de Estudos da editora CEPA. Tem como indicação a avaliação da personalidade.
Aplicação e material- O material é constituído por manual, caderno ele aplicação, folha ele resposta, folha de apuração elas respostas e dispõe de um aplicativo informatizado para correção das respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva, com tempo variando entre 30 a 90 minutos.
Amostra - Foram obtidos protocolos de respostas do MMPI em quatro Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, sendo os participantes freqüentadores de algum tipo de curso. A aplicação foi conduzida de forma coletiva. O total de participantes foi 1.019, sendo que, no Rio Grande do Sul, foram 183 universitários ( 67 do sexo masculino e 116 do feminino) e 339 elo ensino fundamental e médio (206 elo sexo masculino e 133 feminino). Em São Paulo, foram 145 universitários (77 do sexo masculino e 68 do feminino. No Rio de Janeiro, foram 118 universitários (98 do sexo masculino e 20 feminino) e 75 do ensino fundamental e médio (30 do sexo masculino e 45 do feminino). Em Pernambuco, foram 34 universitários (12 elo sexo masculino e 22 elo feminino) e 125 do ensino fundamental e médio (53 do sexo masculino e 75 do feminino), com idade variando entre 15 e 54 anos.
I 08 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Análise de itens - Foram realizadas algumas modificações nas traduções visando a melhor compreensão das proposições estudadas e efetuadas. Três itens do texto original foram substituídos: 70, 295 e 463, tendo sido usadas frases adaptadas ao Brasil.
Fidedignidade - Estudos sobre a precisão do instrumento no Brasil não foram identificados no manual.
Validade- Os dados presentes no manual referem que os limites de confiança foram estabelecidos e indicados mais pela análise da simples freqüência das respostas, do que por auxílio de média e do desvio padrão. Maiores detalhamentos são escassos no texto e não existem estudos quanto à validade do teste.
INVENTÁRIO DE ExPRESSÃO DE RAivA
coMo EsTADO E TRAço - STAXI
Origem do teste - O trabalho sobre a avaliação do estado e traço de raiva começou em 1978, mas somente em 1981 o estudo empírico sobre avaliação da expressão da raiva foi iniciado. O STAXI foi desenvolvido para fornecer um método para avaliar os componentes da raiva que pudessem ser usados para diagnóstico de sujeitos normais e também na avaliação correlata de condições clínicas como doenças coronarianas, hipertensão e neoplasias.
Dados de identificação- O instrumento é produção internacional, de autoria de Charles D. Spielberger, traduzido e adaptado para o português por Ângela Biaggio. É editado pela Editora Vetor Psico-Pedagógica Ltda, sendo a data original 1979. Indicação: avaliação da personalidade.
Aplicação e material- De acordo com o manual, o instrumento pode ser utilizado em sujeitos com idade a partir dos 13 anos. Normas são apresentadas no manual por sexo para adolescente, estudantes universitários, adultos e outras populações. O material é constituído por manual, folha de apuração, um questionário de auto-avaliação e uma grade de correção. A aplicação pode ser individual ou coletiva, não existe um tempo limite, porém adolescentes e adultos o completam entre 10 a 12 minutos.
Amostra brasileira - O manual apresenta diversos estudos para a validação do instrumento. Foram tomadas como base amostras de Porto Alegre/RS e São Paulo/SP com estudantes do ensino médio e universitários. Amostra foi composta por 718 sujeitos, sendo 280 do sexo masculino e 438 do feminino.
110 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - A fidedignidade da cada item foi calculada
mediante correlações entre itens e o total de pontos na subescala a que pertence, pelo alfa de Cronbach, com valores variando de 0,68 a 0,88.
Validade - Aplicou-se o Teste de Frustração de Rosenzweig para o estudo de validade em 37 estudantes universitários de diversos cursos, matriculados na disciplina Estudos de Problemas Brasileiros 11, sendo 25 do sexo feminino e 12 do masculino, os resultados foram apresentados pelos níveis de expressão da frustração e raiva, com indicadores variando de -,033 a 0,48. Numa avaliação de construto, Lummertz e Biaggio (1990) aplicaram o Tipo-T (Traço) e o IDA TE juntamente com o STAXI em 51 estudantes universitários, sendo 30 do sexo feminino e 21 do masculino e os coeficientes de correlação observados variaram de -0, 47 a 0,40 com diferenças significativas (p< 0,05 e p> O, 01).
Padronização- Os estudos de padronização brasileira envolveram uma amostra de 718 sujeitos (280 do sexo masculino e 438 femininos) e são apresentadas por escores "T" com distinções quanto ao sexo dos sujeitos.
LEVANTAMENTO DE INTERESSES
PROFISSIONAIS - LIP
Origem do teste - O instrumento foi construído a partir da necessidade de se medir de maneira eficaz os interesses verdadeiros dos alunos. A experiência profissional do autor fez com que ele reunisse farto material, de modo que fosse possível criar o seu próprio instrumento. Durante alguns anos, o teste foi utilizado experimentalmente até que, em 1974, foi publicado. Em 1978, ele foi utilizado em uma dissertação de mestrado, mas os resultados completos do estudo não constam do manual. Indicações: identificar interesses de adolescentes em processos de orientação vocacional.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Carlos Del Nero; a publicação original é de 1975 e a segunda edição data de 1984. O instrumento foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.
Aplicação e material - Segundo o manual, o instrumento é indicado para encaminhar alunos de primeiro ciclo ao curso adequado de segundo ciclo e alunos de segundo ciclo aos cursos superiores adequados. O material é composto por manual; livro Area, profissões e objetos; caderno reutilizável e folha de resposta. A aplicação pode ser individual ou coletiva, e o tempo médio é 20 minutos. O teste é composto por 256 questões.
Parâmetros Psicométricosn - Não constam no manual informações sobre padronização, validade e precisão, embora, como já anunciado, o autor faça uma citação de um estudo de validade, desenvolvido em uma dissertação de mestrado.
LIDERANÇA E PODER
Origem do teste - O instrumento destina-se a verificar facilidade e/ou dificuldade para se trabalhar com determinadas pessoas. No manual aparecem relatos sucintos de pesquisas desenvolvidas em escolas, em lares e em organizações, além de uma revisão teórica sobre líder, liderança, e personalidade do líder.
Dados de identificação- O instrumento foi criado por Agostinho Minicucci, tendo sido publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1986. Não foram produzidas outras versões atualizadas do instrumento.
Aplicação e material- No manual não há indicação sobre a faixa etária indicada para a utilização do instrumento, assim como não constam informações sobre o tempo ou o tipo de aplicação (individual ou coletiva). O material consiste em manual e folha de escala polar.
Parâmetros Psicométricos - Embora haja uma revisão teórica no manual, não são apresentados dados pertinentes à construção, padronização e estudos de precisão e de validade.
MAcQuARRIE TESTE
DE RELAÇÕES EsPACIAis
Origem do teste - O instrumento é norte-americano e desde sua publicação, segundo as informações do manual, tem sido bastante utilizado em função da originalidade da proposta, da rapidez da administração e avaliação e da sua aceitação por profissionais de Psicologia. De alguma forma, isso motivou novos estudos com o instrumento e sua adaptação para o Brasil. Indicações: investiga o nível de aptidão de relações espaciais, utiliza-se esse teste para a seleção profissional, assim como na área educacional.
Dados de identificação- Não consta no manual o nome original do instrumento, assim como os nomes dos autores, tanto da publicação original, quanto da adaptação. Sabe-se que o instrumento foi publicado pela CTB/McGraw-Hill, dos Estados Unidos da América, em 1925, e pela Edites - Empresa Distribuidora de Testes Ltda., no Brasil, em 1976.
Aplicação e material - A aplicação do teste é coletiva, de acordo com o manual, e leva para ser executado, aproximadamente oito minutos. Não há indicações sobre a faixa etária mais indicada para a realização. O material consiste em manual, caderno de teste, crivo de correção, lápis e quadro preto.
Amostra - O autor relata um estudo realizado por Francisco Campos e publicado pelos Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada (jul./set., 1969, p. 33). O estudo contou com uma amostra de 260 sujeitos, sendo 120 programadores e 140 auxiliares de escritório.
I 16 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Validade - De acordo com o manual, o instrumento foi objeto
de estudo de centenas de pesquisas, principalmente nos Estados Unidos. Alguns estudos foram referenciados.
Precisão - Para estabelecer a precisão do instrumento, utilizouse uma amostra de 180 sujeitos, sendo que o tempo de replicação foi de 60 dias. O índice de precisão obtido foi de 0,88. A consistência interna
também foi verificada em uma amostra de 144 sujeitos, tendo sido obtidos os seguintes índices: cópia 0,85; localização 0,93 e blocos 0,92.
MATRIZES PROGRESSIVAS
EscALA AvANÇADA
Origem do teste - Os Testes de Raven são muito usados dentre as possibilidades de lápis e papel e tiveram repercussão em diferentes países e culturas. Eles foram criados tendo em visto dois objetivos: servir como teste de triagem e oferecer um treinamento rápido, econômico e
eficiente aos que não estão familiarizados com esse tipo de tarefa (solução de problemas). Há uma observação no manual de que o autor não se preocupou em fundamentar: o teste, ele o conceituou como objetivando a "capacidade de observação e clareza de raciocínio".
Dados de identificação - O nome original do instrumento é
Advanced Progressive Matrices, de autoria de J. C. Raven, tendo sido publicado em 1938, pela H. K. Lewin e Co. Ltda. A tradução e adaptação ficaram sob responsabilidade de Francisco Campos. A publicação brasileira foi realizada pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA e o manual mais recente data de 2002.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou coletiva e o tempo máximo para realização é 60 minutos. O material consiste em manual, caderno, folha de resposta e crivo de apuração. O instrumento se destina à avaliação de adolescentes (a partir de 12 anos) e adultos.
Amostra - O manual apresenta diferentes estudos que utilizaram amostras diferentes; não há registros de padronização brasileira.
118 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Análise de itens- A análise de itens foi desenvolvida a partir
da aplicação do instrumento em 2.256 sujeitos, com a finalidade de estudar o comportamento de cada um dos itens, selecionar os itens que poderiam ser eliminados da escala e examinar as figuras errôneas escolhidas como resposta a cada problema. Da edição de 194 7 foram retirados 12 itens que não contribuíam para o escore total. São apresentados no manual gráficos e tabelas para ilustrar todo o procedimento de análise de itens.
Precisão - A verificação da precisão se deu por meio do testereleste, aplicado a uma amostra de 444 sujeitos, adolescentes e adultos. Os coeficientes de precisão para adolescentes foram inferiores (0,76 e 0,86) ao coeficiente para adultos (0,91). Vale destacar que este estudo foi desenvolvido por G. A. Foulds.
Validade - A fim de se verificar a validade do instrumento os resultados obtidos por estudantes de escolas técnicas e por universitários foram comparados. Também foram desenvolvidos estudos comparativos quanto ao tempo de execução e entre as diferentes escalas das Matrizes Progressivas.
MATRIZES PROGRESSIVAS
EscALA GERAL
Origem do teste - De acordo com a apresentação feita por Francisco Campos no manual mais recente do instrumento, o Teste das Matrizes Progressivas, com mais de 40 anos de existência, ainda não envelheceu. E, como já apontado na descrição anterior, dentre os instrumentos de lápis e papel, ele ainda é um dos mais destacados. No Brasil, o teste foi introduzido em 1949 pelo Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) de Barbacena. Apresenta indicações de medida da inteligência.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Standard Progressive Matrices, de autoria de J. C. Raven, tendo sido publicado em 1947, por Oxford Psychologists Press, Oxford (Inglaterra). A tradução e adaptação ficaram sob responsabilidade de Francisco Campos (revisão realizada por Suzana Ezequiel da Cunha). A publicação brasileira foi realizada pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA e o manual mais recente data de 2001.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente, não há limite de tempo para a execução da tarefa. O material se constitui em manual, caderno, folha de resposta e chave de apuração. O instrumento é indicado para sujeitos com idade a partir dos 12 anos.
Amostra - O manual mais recente do instrumento apresenta normas brasileiras atualizadas, de acordo com o manual, resultantes de uma pesquisa com 368 sujeitos. O nível de instrução dos sujeitos variou do ensino fundamental incompleto a pós-graduação e a idade variou entre 13 e 56 anos.
120 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos - Quantos aos demais aspectos, o manual afirma que para a publicação procedeu-se a uma análise das pesquisas realizadas com o instrumento. Alguns estudos são mencionados.
MATRIZES PROGRESSIVAS COLORIDAS
Origem do teste- Considerando a vasta utilização das Matrizes Progressivas, o presente instrumento foi criado para atender uma faixa etária não favorecida pelas Matrizes Progressivas Geral e, posteriormente, à sua construção foi criada a Matrizes Progressivas -Escala Avançada. Ele obedece aos mesmos princípios das demais construções. Indicações: avaliação do desenvolvimento intelectual na escola ou em diagnósticos clínicos.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Coloured Progressives Matrices, de autoria de J. C. Raven, John Raven e J. H. Court. A publicação se deu em 1947. No Brasil, a P publicação se deu em 1988, pela Casa do Psicólogo e a 2" em 1999, pelo Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia - CETEPP. Os autores foram os mesmos em ambos os trabalhos, excetuando-se José Luciano Miranda Duarte, que participou apenas do último. Os demais autores são Arrigo Angelini, Irai Cristina Boccato Alves, Eda Marcondes Custódio e Walquíria Miranda Duarte. A forma mais recente do material é resultado da adaptação de duas das sete seções do manual em inglês completo.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente e não há limite de tempo para a realização. O material consiste em manual, caderno, cartazes para aplicação coletiva, folha de resposta e crivo de correção. O instrumento se destina aos sujeitos de 5 a 11 anos, deficientes mentais e idosos.
Amostra da padronização brasileira- Foi composta por 1.54 7 sujeitos, sendo 774 do sexo masculino e 773 do sexo feminino, levando-se em conta três critérios: idade, sexo e tipo de escola. A amostra
122 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
foi sorteada entre escolares da rede oficial de ensino, ou seja, entre alunos das escolas particulares e públicas (municipais e estaduais) da
cidade de São Paulo. A participação na amostra de alunos desses três tipos de escolas foi proporcional ao número de crianças matriculadas em cada tipo, de acordo com os dados do Anuário Estatístico
de Educação do Estado de São Paulo de 1984.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A dificuldade de cada item para a popula
ção paulistana foi avaliada a partir das Curvas Características dos Itens (CCI). De modo geral, as CCI são semelhantes às de Raven,
embora os primeiros itens de cada série sejam mais difíceis para a população paulistana. Foram também construídas Curvas de Itens por Idade.
Precisão - Utilizou-se o método das metades, sendo calculados os coeficientes de correlação entre os itens pares e ímpares para cada sexo, em cada faixa etária, e para a amostragem total (fórmula Spearman-Brown variando entre 0,59 e 0,93 para o sexo masculino e entre 0,41 e O, 94 para o sexo feminino; para a amostra total encontrou-se coeficiente de 0,92).
Validade - A fim de verificar a validade do instrumento, foi estudada a diferenciação dos resultados quanto à idade dos sujeitos. A partir dos resultados apresentados, houve claramente o aumento progressivo das médias com a idade, portanto, pode-se concluir que
por esse critério o teste pode ser considerado válido.
MEDIDA DE FLUÊNCIA VERBAL
Origem do teste - O manual aponta que o instrumento não se constitui em novidade no campo da Psicometria, mas de qualquer
forma, o esforço é válido, apesar dos limites do objetivo do trabalho. O autor alerta que como o instrumento envolve a linguagem- e como a padronização foi realizada na região Centro-Sul do País novas pesquisas devem ser efetivadas, a fim de verificar se o conteúdo do teste está adequado à população.
Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, foi elaborado por Clauco Piovani e publicado pela Edites- Editora e Distribuidora de Testes Ltda., em data não identificada no manual.
Há uma informação de que o manual consultado refere-se à 2" edição do material. Não há dados sobre novos estudos ou reedições. Indicações: medir grau de desenvolvimento específico da capacidade verbal da inteligência.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que há um limite de tempo para cada subteste, gerando um tempo total de 45 minutos de aplicação. O material consiste em manual, cadernos, crivo de resposta e cronômetro. No que se refere à faixa etária, não há limites definidos no manual, apenas a observação de que pode ser aplicada em sujeitos não alfabetizados.
Amostra- Participaram como sujeitos da pesquisa 1.630 estudantes de vários colégios da capital de São Paulo, distribuídos entre os antigos cursos primário, ginasial e colegial.
124 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Análise de itens- Foi realizada uma análise de itens no subteste
sinônimos, em que se estabeleceu a dificuldade deles.
Precisão - Para verificação da precisão, utilizou-se o estudo da consistência interna. Foram escolhidos ao acaso 142 sujeitos, as correlações variaram entre 0,64 e 0,79.
Validade - A validade foi verificada por meio da comparação dos resultados do teste com notas escolares em português. A correlação linear simples com o critério externo (rendimento anual em português) em uma amostra de 321 alunos de 1 a e 2a série ginasial, revelou uma correlação de 0,54. Outro estudo revelou uma correlação linear simples entre MFV e rendimento anual em português de 0,58; sendo que participaram 405 alunos do 4° e 5o anos primários e da 1 a e 2a séries do ginásio.
MEMÓRIA R
Origem do teste- O Teste Memória-R foi criado a partir da necessidade de complementar a avaliação do Teste Memória da Ba
teria T.S.P., outro instrumento publicado pela mesma editora. Além disso, o autor preocupou-se em elaborar uma prova em que se pesasse a necessidade de avaliar a memória para rostos ou nomes, considerando que determinadas profissões requerem este tipo de habilidade, como por exemplo, os policiais.
Dados de identificação - O teste foi desenvolvido por Clauco Piovani. Trata-se de uma produção nacional, publicada em 1975, pela Edites - Empresa Distribuidora de Testes Ltda. O teste não foi reeditado. Indicações: medir nível de capacidade de reter e evocar, seleção.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente e, em média, a aplicação leva cinco minutos. O material se constitui em manual, caderno de teste, crivo de coneção e lápis. Não há informações sobre a faixa etária mais adequada para a aplicação.
Amostra - A amostra foi composta por 1.000 sujeitos, ambos os sexos, com idade entre 17 e 43 anos, candidatos a empregos num processo de seleção.
Parâmetros Psicométricos Precisão - A precisão foi verificada por meio da comparação
dos resultados de 90 sujeitos que foram submetidos ao teste-reteste, com um intervalo de 45 dias. O coeficiente de estabilidade foi 0,58.
126 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Validade - A fim de se verificar a validade do instrumento, os resultados de 100 sujeitos foram comparados quanto à aplicação de duas provas (subteste Memória da Bateria TSP e Memória-R). O coeficiente de correlação de Pearson encontrado foi 0,27.
MTB - SÉRIE BoTH
Origem - Segundo a descrição que consta no manual do instrumento, o teste surgiu da necessidade do autor em relação às atividades profissionais, especialmente as relacionadas à consultoria no contexto organizacional.
Dados de identificação - O instrumento é produção internacional, de autoria de F. J. Both, editado pela Casa do Psicólogo, sendo sua data de origem 1974. O teste é indicado para avaliação da personalidade.
Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado em crianças e adultos- segundo idade, inteligência, experiência e interesse. O material é composto por manual, caderno de aplicação, chave de correção das respostas de correção, uma placa de acn1ico, uma régua de metal, quarenta parafusos, vinte lâminas de metal e quarenta porcas. A aplicação pode se individual ou coletiva com tempo aproximado de 30 minutos.
Amostra- Nas descrições do manual os trabalhos foram desenvolvidos com uma amostra de 752 sujeitos, sendo 237 do sexo masculino e 515 do sexo feminino.
Parâmetros Psicométricos - Estudos sobre a validade e a precisão do instrumento no Brasil não foram identificados no manual.
PROGRAMA DE HÁBITOS E DESEMPENHO
NO EsTuDo - PHD
Origem do teste - O teste surgiu em função do problema do aproveitamento ou do rendimento escolar de jovens estudantes. Foi esta problemática que motivou o autor a compreender melhor o comportamento de jovens estudantes frente ao estudo. Segundo o autor, o teste apresenta-se de maneira pouco convencional, ou seja, o instrumento foi estruturado a partir da prática de orientação de, alunos, no Serviço de Orientação Psicológica de uma universidade particular da cidade de São Paulo.
Dados de identificação - O Teste PHD não é um material exclusivo de psicólogos, podendo ser utilizado por orientadores educacionais. Ele tem como objetivo o levantamento de hábitos incorretos de estudo e respectiva orientação. A produção é nacional, de autoria de Carlos Del Nero, e a data da primeira edição é 1977. Não constam informações no manual sobre revisões. O instrumento levanta hábitos de estudo e promove a orientação de jovens; constituise da prova, propriamente dita, do roteiro de orientação e do manual de instruções.
Aplicação e material - A aplicação deve ser preferencialmente individual, mas também pode ser coletiva. Não há restrição quanto ao tempo, mas em média a aplicação dura 20 minutos. O material consta de manual e conjunto de cadernos (tese e orientação). Não há restrição quanto à faixa etária.
Parâmetros Psicométricos- O manual não apresenta os estudos sobre padronização, validade e precisão.
PROGRAMA DE ATITUDES DOS PAIS- PAP
Origem do instrumento - O instrumento surgiu a partir da experiência clínica do autor que em entrevistas iniciais com jovens e seus respectivos pais, observou e catalogou informações sobre dificuldades de entrosamento e algumas peculiaridades das dificuldades. Elas foram agrupadas em fatores, que acabaram por originar o PAP. Indicações: Auxiliar aos pais na educação dos filhos.
Dados de identificação - O material é nacional, de autoria de Carlos Del Nero. Publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1997. Não constam informações sobre estudos posteriores com o instrumento. O material não é exclusivo de psicólogos, podendo ser aplicado por orientadores educacionais e é destinado a explorar hábitos dos pais, valendo-se da própria análise deles.
Aplicação e material - Não se encontra no material informação pertinente ao tipo de aplicação (individual ou coletiva), ao tempo necessário para a realização ou à faixa etária melhor indicada. As instruções para a realização da prova encontram-se descritas sucintamente na capa do caderno. O material consiste em manual, caderno com 54 questões e folha de apuração.
Parâmetros Psicométricos - Não há informações sobre a construção do instrumento, bem como sobre o estabelecimento de padrões Psicométricos.
PROVA DE NÍVEL MENTAL
Origem do teste - O instrumento foi elaborado para fins de seleção profissional do Serviço Nacional do Comércio (SENAC). Destina-se à avaliação da inteligência.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Prova de Nível Mental e a autoria é de Jacyr Maia. A produção é nacional, tendo sido publicado em 1949, pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA.
Aplicação e material- A forma de aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, a aplicação ocupa 15 minutos. O material se constitui em guia de informações técnicas, caderno com 30 itens e crivo de correção. O teste pode ser aplicado em adolescentes e adultos (a faixa etária não está especificada).
Amostra - Foi aplicado em todo o Brasil, por intermédio dos departamentos regionais e padronizado sobre um grupo de alunos do ensino fundamental (a partir da sa série) e do médio (básico e técnico de comércio) e do superior (Faculdade Nacional de Filosofia). Não são fornecidas outras informações a respeito da padronização.
Parâmetros Psicométricos Validade - O instrumento apresentou um coeficiente de
correlação de 0,48 com o I.N.V. (Pierre Weil), aplicado a adolescentes comerciários, com testes de português e aritmética (coeficientes variaram entre 0,40 a 0,80).
PsiCODIAGNóSTico MioCINÉTico - PMK
Origem do teste - O Teste Psicodiagnóstico Miocinético foi elaborado por Mira y López, no final da década de 30, sendo utilizado pelo autor quando já radicado no Rio de Janeiro. Sua concepção da avaliação contempla a idéia de que os movimentos musculares dos sujeitos refletem as suas características mentais e psicológicas e sendo esses movimentos típicos decorrentes da facilidade, evidenciam assim seus traços de caráter. A técnica investiga a relação mensurável entre fatores de personalidade e tônus muscular.
Dados de identificação - Trata-se de uma técnica gráfica expressiva, na qual o sujeito é convidado a realizar sete exercícios sobre folhas cujas dimensões ocupam quase toda a mesa especial. Assim deverá o sujeito continuar os modelos de traçados, com e sem a visão da atividade, alternando a pedido do examinador, as mãos enquanto deve desenhar figuras como círculos, ziguezagues, escadas, cadeias, lineogramas paralelas, dentre outros. Indicado a partir da adolescência, sem restrições quanto a escolaridade, inclusive podendo ser indicado na avaliação de analfabetos. Tem sido usado na avaliação clínica da personalidade (especialmente no que se refere à agressividade, emocionalidade, extra e intratensão, tônus psicomotor, tendência à inibição ou excitação, aspectos psicopatológicos, dentre outros).
Aplicação e material - O material pode ser obtido pelas Editoras Vetor e o Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA e compreende uma mesa articulável, cadernos de aplicação, anteparos para visão, lápis preto, azul e vermelho e folhas de papel vegetal com os modelos dos traçados já impressos, para serem utilizados na correção das respostas. A administração é de forma individual, com um tempo de até 30 minutos por sessão. A administração completa do teste deve incluir duas sessões.
136 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos -Não foram identificados no manual informações sobre estudos de validade e precisão.
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO
TIPOLÓGICA - QUATI
Origem do teste- O QUATI foi desenvolvido, no bojo de várias pesquisas junto ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), sob orientação da Pro f a. Dra. Anna Mathilde P. C. N agellschirnidt.
Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, de autoria de José Jorge de Moraes Zacharias. É editado pela Vetor, Editora Psico-Pedagógica Ltda., sendo que o manual analisado referese à 4" edição, datada de 2000. Indicação: avaliação da personalidade.
Aplicação do material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado em sujeitos a partir da 8" série do ensino fundamental. O material é constituído por um manual, caderno de aplicação, chave de correção das respostas e folhas de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva sem tempo limitado, sendo que, em média, leva 45 minutos para completar o teste.
Amostra - Foram pesquisados 1.188 sujeitos que eram estudantes do último ano do ensino médio e estudantes universitários dos cursos de psicologia e administração de instituições de ensino da cidade de São Paulo, no ano de 1999.
Parâmetros Psicométricos Validade- Estudos sobre a validade do instrumento, no Brasil,
não foram identificados no manual.
Precisão - Estudos sobre a fidedignidade do instrumento, no Brasil, não foram identificados no manual.
QUESTIONÁRIO DESIDERATIVO - QD
Origem do teste - O questionário parte da bateria de avalia
ção psicodiagnóstica - composta pelos testes Os Três Desejos, Três
Bolsas de Ouro, Teste do Bestiário de Zazzo e os Testes Desiderativos
de Pigem e Córdoba -, aplicados pelas autoras e embasa sua inter
pretação no significado simbólico das respostas.
Dados de identificação- O instrumento é produção internaci
onal, de Graciela Celener de Nijamkin e Monica Guinzbourg de Braude,
traduzido pela Dr. Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo. É editado
pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. e está na sua primeira
edição. Indicação: avaliação da personalidade.
Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste
pode ser aplicado em crianças com 4 ou 5 anos, pré-escolares e até
pessoas da Terceira Idade de diferentes culturas ou camadas soci
ais. O material é composto por manual, seis perguntas, nas quais se
apresentam três possibilidades de escolhas e de três rejeições e,
sobre cada uma delas, se investiga de forma positiva e negativa os
reinos animal, vegetal e inanimado. O tempo de aplicação varia de
I O a 15 minutos.
Parâmetros Psicométricos - Não foram localizados no ma
nual informações sobre validade e precisão.
QuESTIONÁRIO DE SAúDE GERAL DE
GoLDBERG - QSG
Origem do teste - O Questionário de Saúde Geral foi criado para avaliar a saúde mental das pessoas. O objetivo era desenvolver um questionário que identificasse a severidade do distúrbio psiquiátrico do sujeito. O autor, D. B. Goldberg, baseou-se em estudos sobre a doença mental e na experiência clínica de psiquiatras para construir o instrumento. Indicações: identificar pessoas com problemas de saúde mental não extremados, com o objetivo de fornecer um perfil psiquiátrico do sujeito.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é The Detection of Psychiatric Illness by Questionare. Foi publicado pela Oxford University Press, em 1972. A adaptação brasileira foi desenvolvida por Luiz Pasquali, Valdiney Velôso Gouveia, Wagner Bandeira Andriola, Fábio Jesus Miranda e André Luiz Moraes Ramos, tendo sido publicada pela Casa do Psicólogo, em 1996.
Aplicação e material - A aplicação do instrumento pode ser individual ou coletiva, sendo que, em média, leva 50 minutos. O material consiste em manual, caderno de aplicação, folha de resposta e crivos de apuração. Não há indicações no manual sobre a faixa etária apropriada para o uso. O QSG é um questionário de auto-relato de 60 itens, apresentado aos examinandos em folheto, com instruções para que o sujeito responda a cada item, em comparação com seu estado usual, assinalando um dos pontos de uma escala tipo Likert de quatro pontos. Os itens variam em sua formulação, ora como sintomas, ora como comportamentos normais.
142 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra da adaptação brasileira -Participaram como 902
indivíduos não psiquiátricos, residentes em São Paulo e no Distrito
Federal. Em relação ao sexo, 34,8% eram do sexo masculino e 65,2%,
do sexo feminino. E, embora fosse possível encontrar sujeitos de to
dos os níveis acadêmicos, foi preponderante a presença de universi
tários.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Os itens construídos consistiram de sinto
mas, sentimentos e pensamentos anormais e de comportamentos
observáveis. As áreas psiquiátricas que deram suporte à elaboração
dos ítens foram: depressão, ansiedade e distúrbio psicológico,
inadequação social e hipocondria. Para a análise de itens, foi estabe
lecido o índice de discriminação entre grupos-critério (severamente
doentes, moderadamente doentes e normais). Tais grupos foram cons
tituídos por 30% dos sujeitos de escores mais altos (grupo superior) e
30% de sujeitos de escores mais baixos (grupo inferior). Os ítens se
mostraram altamente discriminativos.
Validade - A análise fatorial foi realizada a partir das respostas
de 902 sujeitos; foram observados 13 fatores, sendo que seis fatores
explicaram 44% da variâncía total das repostas. Efetuou-se o teste
da hipótese de que o QSG cobriria um único fator, o que foi confirma
do por meio da análise fatorial confirmatória de um fator. Em segui
da, foi feita uma análise da consistência interna dos fatores por meio
do Alfa de Cronbach. Os coeficientes variaram de 0,95 a 0,70.
Precisão - Foi realizada a análise da consistência interna dos
fatores por meio do Alfa de Cronbach. Um dos fatores que apresentou
baixa consistência interna, sendo formado por apenas seis itens se
manticamente pouco congruentes entre si, foi retirado das análises pos
teriores.
QuESTIONÁRIO VocACIONAL DE
INTERESSES - QVI
Origem do teste- O Q.V.I. tem por finalidade fornecer sub
sídios para o processo de orientação profissional. Ele foi elaborado
tomando como base 15 áreas de interesse e parte da premissa que
fatores objetivos e subjetivos concorrem para a verdadeira realiza
ção do indivíduo.
Dados de identificação - O instrumento foi construído por
Rynaldo de O li v eira, em 1982, e foi publicado pela Vetor Editora Psico
Pedagógica Ltda. Não há informações sobre reedições. É uma pro
dução nacional. As áreas de interesse avaliadas são artes, atividades
perigosas, atividades sociais, burocracia, cálculos, ciências biológi
cas, ciências físicas, comunicações, esportes, executiva, lingüística,
musical, negócios, persuasiva e pesquisas.
Aplicação e material - O questionário é composto por 15
áreas de interesse e a aplicação deve ser realizada em duas sessões,
com intervalo mínimo de um dia entre elas. Não está especificado no
manual para qual faixa etária o instrumento destina-se, embora indi
que que deva ser usado para quando do processo de orientação pro
fissional, ou seja, na adolescência e na vida adulta. O material é com
posto por manual, questionário e folha de resposta.
Parâmetros Psicométricos- Não constam no manual, infor
mações sobre padronização, validade e precisão.
REPRODUÇÃO DE FIGURAS
Origem do teste - O Teste de Reprodução de Figuras foi criado como parte do exame de seleção de candidatos a motoristas. Baseia-se no Teste Gestaltico Viso-Motor de Lauretta Bender e sua primeira divulgação deu-se em 1958, no Boletim de Psicologia Aplicada. Indicações: teste viso-motor, aplicado como medida de desenvolvimento e no diagnóstico neuropsiquiátrico infantil.
Dados de identificação - O autor do teste é Otávio de Freitas Junior e ele foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia AplicadaCEPA. O manual avaliado é de 2001 (2" edição).
Aplicação e material- O instrumento poàe ser aplicado individual ou coletivamente e o tempo máximo para realização é cinco minutos. O material consiste em manual, folha de resposta e lápis. A administração pode ser em crianças, adolescentes ou adultos.
Amostra- No manual encontram-se amostras de crianças e adultos. A amostra de crianças constituiu-se de 200 sujeitos, com idade variando entre 3 e 16 anos. Já na amostra de adultos, a idade variou de 7 a 60 anos, com informações do autor quanto a avaliação 60.000 sujeitos pesquisados.
Parâmetros Psicométricos - Não são apresentados estudos de precisão e validade.
TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA- TAT
Origem do teste - O Teste de Apercepção Temática foi construído pelos psicólogos Murray e Morgan, em 1935, e modificado até 1943, com forte ênfase do enfoque psicodinâmico como em outras técnicas projetivas. Influenciou fortemente o uso de outras testes semelhantes como Children s Apperception Test, para crianças; o Picture Story Test, para adolescentes; e o Sênior Apperception Test para idosos.
Dados de identificação - O instrumento é composto por 31 cartões, sendo que 30 com gravuras e um em branco. O material é editado pela Mestre Jou, Paidós e pela Casa do Psicólogo. No manual há referência da indicação de avaliação em indivíduos dos 14 aos 40 anos.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou em grupo, variando a forma, de acordo com o número de cartões utilizados, em completa ou reduzida. A indicação dos cartões segue os preceitos da avaliação dos aspectos da conflitiva, da faixa etária e do sexo dos respondentes. O tempo de aplicação não é definido, mas segundo recomenda Cunha, (2000) não deve passar de 120 minutos em duas sessões.
Parâmetros Psicométricos - Não há no manual informações sobre estudos de validade e/ou precisão.
TESTE DE APTIDÃO ACADÊMICA
Origem do teste - O instrumento foi construído considerando que a avaliação acadêmica vem ocupando espaço entre os temas relacionados à melhor forma de garantir o sucesso na aprendizagem. As operações lógicas utilizadas no teste foram identificadas a partir das obras de Piaget e Inhelder ( Growth o f Logical Thinking e Early Growth of Logic in Child). O instrumento baseia-se na identificação da capacidade de operar logicamente com a potencialidade de desenvolver aprendizagens complexas, a fim de assegurar sucesso na solução de problemas escolares e de atividade científica e profissional.
Dados de identificação- O instrumento é de autoria de Ronald 1. Raven, com o título Content Comprehension Test. No Brasil, foi publicado pela Editora Entreletras, em 1998, tendo sido traduzido e adaptado por Íris Barbosa Goulart e Maria das Graças de Castro Bregunci.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que o tempo de execução é de 90 minutos. Há sugestão de que haja um intervalo de cinco a dez minutos, entre a primeira e a segunda parte. A idade mínima do sujeito deve ser 1 O anos. O material consiste em manual, caderno de testes, folha de resposta, chave de apuração, papel em branco e lápis.
Parâmetros Psicométricos Construção do instrumento - O teste é constituído por sete
subtestes, sendo que passou por três revisões tendo como critério entrevistas realizadas com estudantes de séries diversas. Após a constituição final do instrumento, ele foi aplicado a 80 sujeitos, com idade variando de 1 O a 17 anos.
150 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Precisão - O coeficiente de precisão foi determinado na amostra de origem, tendo sido utilizado a análise de variância pelo método de Hoyt. O coeficiente encontrado foi 0,80 e o erro padrão de medida 2, 7.
Validade para a amostra brasileira- Foram realizados vários estudos no sentido de verificar a validade de conteúdo e a preditiva. Na validade de conteúdo, os itens do teste foram submetidos a análise de cinco juízes especialistas na área. Houve 100% de concordância entre os juízes quanto à adequação dos itens destinados a medir seriação, classificação, compensação, razão-proporção e proporcionalidade; quanto às operações multiplicação lógica e correlação, houve 80% de acordo entre os juízes.
A validade preditiva foi verificada por meio da comparação dos resultados do teste com as notas do vestibular, numa amostra de 125 candidatos aprovados no vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1978. A correlação total foi de 0,63 pela fórmula de Spearman-Brown.
A correlação entre subtestes e inter-subtestes também foi determinada pela matriz de correlação. Verificou-se que, de modo geral, os coeficientes encontrados foram superiores aos da validação realizada por Raven para uma amostra de 400 sujeitos.
TESTE DE CAPACIDADES
INTELECTUAIS - TCI
Origem do teste - O Teste de Capacidades Intelectuais é composto por sete partes (significação de termos, vozes de animais, locali~ zação e seriação aritmética, logicidade, vocabulário e problemas) que, originalmente, eram utilizadas pelo autor em seu consultório. Após anos de uso e de resultados encorajadores, segundo o autor, o instrumento submeteu-se a um tratamento especial para que pudesse se transformar em um instrumento de avaliação da inteligência.
Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Carlos Del Nero, publicado pela Vetor Editora PsicoPedagógica Ltda. e está na sua segunda edição ( 1 982). No entanto, não consta no manual a data da publicação original. O instrumento se constitui em um teste verbal de inteligência, sendo que a concepção de inteligência refere-se à capacidade de resolução de problemas.
Aplicação e material - O teste é recomendado para sujeitos que possuam grau de instrução relativo à sa série do ensino fundamental, até idade adulta. Há informações de que eventualmente ele pode ser aplicado em crianças de séries inferiores, mas, nestes casos, "considerar-se-á satisfatório o escore exigido para 18 anos" (p. 1). O material necessário para aplicação e avaliação constitui-se em manual, caderno, chave de correção e cronômetro. A aplicação pode ser individual ou coletiva e para cada subteste há um limite de tempo para execução, sendo que o tempo médio varia entre 20 ou 25 minutos.
Parâmetros Psicométricos - Não há informações no manual sobre padronização, validade e precisão.
TESTE CARACTEROLÓGICO - TCO
Origem do teste - O Teste Caracterológico tem por objetivo levantar o caráter de uma pessoa, de acordo com o manual. Ele avalia alguns fatores da personalidade: emotividade, atividade e reflexo, amplitude do campo da consciência e a polaridade. O teste conta com cinco títulos: emotividade, atividade, reflexo, largueza de consciência e polaridade, totalizando 45 perguntas.
Dados de identificação - O teste é produção nacional, de autoria de Agostinho Minicucci, e a publicação é da Vetor Editora Psicopedagógica Ltda. O instrumento foi lançado em 1996 e não há outras informações sobre reedições ou pesquisas complementares.
Aplicação e material - A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que não há limite de tempo para a execução da prova. O material do teste é composto por livro, folha de avaliação, folha de resposta e guia de aplicação e avaliação. No guia de aplicação e de avaliação não há informações sobre a faixa etária indicada para o teste.
Parâmetros Psicométricos- No livro, o autor faz referências a diferentes estudos com o uso do Teste Caracterológico, mas não apresenta todas as informações necessárias ( conelações com a análise e interpretação de desenhos, segundo a técnica do teste D 1 O, ou ainda, a conelação Caracterológica Tipológica Junguiana).
TESTE COLETIVO DE INTELIGÊNCIA PARA
ADuLTOS- CIA
Origem do teste- O Teste Coletivo de Inteligência para Adultos foi adaptado para o Brasil; o instrumento é de origem norte-americana e destina-se à avaliação da inteligência de adultos. De acordo com o manual, as modificações impostas pela adaptação foram marcantes, o que fez com que o CIA se tornasse bastante diferente da escala original.
Dados de identificação - O nome original do instrumento norte-americano é Wechsler Bellevue Scale, Form 1, sendo que a autoria é de David Wechsler. A data de publicação original é 1954, apresentando revisões em 1959 e 1972; foi publicado pela The Psychological Corporation. A adaptação do instrumento para o Brasil foi desenvolvida por Raul de Moraes, Eugênia Moraes de Andrade e Dulce de Godoy Alves. A 2" edição do material é de 2001 (não há informações no manual sobre a data da 1" publicação brasileira). A editora responsável pela edição é o Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA.
Aplicação e material - A aplicação pode ser realizada de forma individual ou coletiva, sendo que o tempo total de aplicação é de aproximadamente 70 minutos. A faixa etária indicada para o uso do instrumento é de 11 a 49 anos. O material consiste em manual, caderno de prova, folha de resposta, lápis e cronômetro.
Amostra brasileira - O teste foi padronizado para a população das zonas urbanas e suburbanas da cidade de São Paulo, para sujeitos de 11 a 49 anos, ambos os sexos, tendo sido incluídos sujei-
156 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
tos brancos, amarelos, pardos e pretos (de acordo com o censo de
1950). A amostra constituiu-se por 3.910 casos, sendo 2.735 ho
mens e 1.175 mulheres.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens- Há uma menção de que houve um estudo
de validade dos itens, por meio da correlação tetracórica. No entanto,
o estudo nào se encontra disponível no manual e, sim, numa publicação dos autores em periódico.
Precisão - A verificação da precisão se deu por meio de dois
processos: divisão das metades e Kuder-Richardson. Os coeficien
tes de conelação corrigidos pela fórmula de Spearman-Brown são
apresentados em quadros, variando entre 0,73 e 0,98.
Validade - O autor justifica que considerando a ausência de
outro instrumento que meça o que o CIA mede, não foi possível o
estabelecimento da validade do instrumento, posteriormente, a análise seria realizada.
TESTE DE CüMPLETAMENTO DE
DESENHOS - W ARTEGG
Origem do teste - O Teste de Completamento de Desenhos
ou Wartegg, como é mais comumente chamado, foi elaborado por E.
Wartegg ( 1939) com base em um instrumento intitulado Teste da
Fantasia, elaborando um sistema tipológico com elementos da Gestalt
e de Jung, para explicar as funções básicas da personalidade.
Dados de identificação - O material é produto internacional,
composto por manual e folhas de aplicação e tem sido publicado pelo
Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia.
Aplicação e material - O teste apresenta oito quadrados com
4 em de lado emoldurados em preto, no qual em cada um deles tem
um desenho iniciado para estimular o sujeito. Solicita-se ao exami
nando que desenvolva e complete o desenho como quiser. Assim
como outros projetivos gráficos, o instrumento é muito simples de
ser aplicado, sem quaisquer limitações quanto à escolaridade, sexo
e idade, desde que tenha condições de realizar desenhos. A admi
nistração pode ser individual ou coletiva, sem tempo limitado, em
geral este não ultrapassa de 30 minutos.
Parâmetros Psicométricos - Não são apresentados dados
quanto aos estudos de validade e precisão.
TESTE DE COMPREENSÃO
MECÂNICA- FoRMA AA
Origem do teste - O Teste de Compreensão Mecânica mede a capacidade do indivíduo de perceber e compreender a relação de forças físicas e elementos mecânicos em situações práticas. Segundo o autor, este tipo de aptidão é importante para a realização de diferentes tipos de trabalhos, como na engenharia ou no comércio.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de George K. Bennet, tendo sido publicado em 1940 e revisado em 1947, pela The Psychological Corporation. No Brasil, foi lançado em 1978, pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA, cuja tradução e adaptação foi realizada por Otacílio Rainha.
Aplicação e material- Não há limite de tempo para a aplicação. A maioria dos examinandos conclui entre 20 e 25 minutos. A aplicação pode ser individual ou coletiva e o material consiste em manual, caderno de teste, folha de apuração e cri v o de correção. Não há indicação de faixa etária, mas é possível encontrar normas diferenciadas para homens e mulheres.
Parâmetros Psicométricos Construção da escala - Os itens originais foram desenhados
em cartões e submetidos a pessoas de vários níveis de instrução e de interesse mecânico. Alguns itens foram eliminados e preparou-se um caderno com 75 itens, que foi aplicado a diversos grupos. O instrumento foi aplicado a uma nova amostra de 283 examinandos e o valor discriminativo de cada item foi determinado segundo o método de Kelley-Wood. Do total de 75 itens, 13 foram excluídos e, os dois mais
160 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
fáceis, serviram como exemplo, formando uma escala de 60 itens e dois exemplos.
Validade - A fim de se verificar a validade do instrumento, os resultados do teste foram comparados com critérios militares. Foram utilizados diferentes instrumentos em vários estudos e, os resultados descritos no manual, variaram entre 0,02 e 0,74. Vale ressaltar que foram utilizadas amostras diversas na realização dos estudos.
Precisão - A amostra utilizada na verificação da precisão constituiu-se de 500 meninos da 1 a série do ensino médio; foi aplicado o método das duas metades e o coeficiente obtido foi de 0,84. Os estudos referentes à validade e à precisão contaram com amostras dos Estados Unidos.
TESTE DE COMPREENSÃO
TÉCNICO-MECÂNICA - TCTM
Origem do teste - O instrumento foi desenvolvido e padronizado num período de quatro anos, por um grupo de professores especializados em testes psicológicos. O TCTM propõe-se a examinar a compreensão mecânica de um sujeito, bem como fornecer informações sobre o potencial de realização do sujeito.
Dados de identificação- O instrumento é de autoria de G. A. Lienert e foi traduzido/adaptado por Lilly Growald e André Growald. No manual não constam o título e a editora originais, apenas as relativas à tradução. No Brasil, o material foi lançado em 1983, embora o original date ele 1958, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. Há uma observação de que o material foi editado a pedido do Instituto de Psicologia da Universidade de Marburg/Lahan, com a devida autorização do autor.
Aplicação e material- A aplicação do teste pode ser coletiva ou individual e, no máximo, leva 45 minutos. A faixa etária indicada é, de preferência, com idade superior a 13 anos. Fazem parte do material o manual, o crivo de apuração e o bloco com folhas de resposta.
Amostra- As normas obtidas para o TCTM no Brasil, foram calculadas a partir de uma amostra da população de jovens, todos do sexo masculino, com idade variando entre 13 e 17 anos. Não há outras informações no manual, apenas o lembrete de que tais tabelas são ainda provisórias.
162 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - O instrumento foi considerado "altamente
preciso", de acordo com as informações advindas do manual. A precisão foi verificada partir do teste-reteste em uma amostra de 175 sujeitos com idade, profissão, nível socioeconômico e nível instrucional não revelados. A replicação deu-se após um período de sete semanas e o coeficiente apresentado foi de 0,76.
Um segundo estudo foi realizado, com uma amostra de 213 sujeitos, cujo método aplicado foi o split-half. O coeficiente de estabflidade corrigido segundo a fórmula de Spearrnan-Brown foi de 0,81.
O terceiro e último estudo desenvolvido foi por meio da verificação da consistência interna segundo Kuder-Richardson em uma amostra de 2.093 sujeitos; o coeficiente de correlação obtido foi 0,84.
Validade- A fim de se verificar a validade do instrumento aplicou-se a análise fatorial, tendo-se obtido três fatores no TCTM. A validade interna também foi verificada por meio de correlações com vários testes da Mechanical Aptitude- Battery (de Thurstone), obtidas pelo coeficiente tetracórico numa amostra de 209 estudantes secundários, com coeficientes que variaram de 0,24 a 0,43. As correlações entre os instrumentos TCTM e TCF (Lienert) apontaram um resultado de 0,44 (amostra de 209 sujeitos).
E o último estudo realizado foi a correlação bisserial dos resultados do TCTM obtidos de duas amostras de 164 moças e 195 rapazes, que resultou num valor de 0,68.
TESTE DOS CONJUNTOS EMPARELHADOS
Origem do teste - O Teste dos Conjuntos Emparelhados é um instrumento que objetiva avaliar o grau de atenção do sujeito, informando também sua capacidade de discriminação visual. Assemelha-se ao Toulouse-Piéron, porque é composto de oito itens diferentes e a principal variável é a modificação da posição de elementos do conjunto.
Dados de identificação - O instrumento foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, em 1980. A autora é Suzana Ezequiel da Cunha.
Aplicação e material - O instrumento pode '>er aplicado individual ou coletivamente, sendo que o tempo de execução é de três minutos. O material do teste consiste em manual, caderno de resposta e crivo de apuração.
Amostra - O teste foi aplicado a aproximadamente 3.000 pessoas, ambos os sexos, e idade superior a 13 anos. As normas foram estabelecidas a partir de uma amostra de 665 estudantes de diversos estabelecimentos de ensino de Belo Horizonte, matriculados nas 4a séries do ensino fundamental, no ensino médio e em cursos superiores.
Parâmetros Psicométricos Precisão - As informações presentes no manual a respeito da
precisão são: ''a precisão do teste foi obtida pela correlação das duas metades". E, posterionnente, "a precisão foi obtida pela correlação do Teste dos Conjuntos Emparelhados com os testes Toulouse-Pierón e o de Nomes e Números, da Bateria CEPA". Não são apresentadas outras informações.
164 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Validade- O índice de validade foi de 0,98 pelo Coeficiente de Correlação de Spearman. Não há outras informações.
TESTE D-70
Origem do teste - O D-70 destina-se à avaliação da inteligência não-verbal, tendo sido elaborado a partir do Teste D-48. Embora os instrumentos sejam semelhantes pode-se afirmar que no D-70 as leis que regem os itens variam de maneira mais sistemática e, eventualmente, aparecem combinadas, o que acaba por dificultar a solução do problema.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é Test D-70, publicado por Editions du Centre de Psychologie Appliqueé, em 1970. No Brasil, o instrumento foi publicado, em 1988, pela Casa do Psicólogo e, em 1996 (2a edição), pelo Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia - CETEPP, sob responsabilidade de José Luciano Miranda Duarte, que padronizou o teste.
Aplicação e material - A aplicação do instrumento pode ser individual ou coletiva e o tempo de execução é de 25 minutos. O material consiste em manual, caderno de questões, folha de resposta. A faixa etária indicada para o teste é a partir de 15 anos.
Amostra da padronização brasileira - Participaram da amostra 1.167 sujeitos, sendo que 632 eram alunos do ensino médio. A faixa etária variou entre 17 e 44 anos, sendo o nível instrucional mínimo do ensino médio (incompleto). Os sujeitos foram escolhidos dentre trabalhadores de algumas empresas da cidade de São Paulo. Quanto às escolas dos referidos estudantes, dez escolas eram da rede estadual e oito da rede particular de ensino, distribuídas aleatoriamente por sorteio.
166 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Precisão - O estudo da precisão se deu por meio do teste
reteste, em 70 alunos do ensino médio, sendo que o intervalo entre as aplicações foi de 40 dias. A correlação de Pearson entre ambas as aplicações revelou um coeficiente de 0,88.
TESTE DE DESEMPENHO EscoLAR - TDE
Origem do teste - O Teste de Desempenho Escolar é fruto de esforços de um grupo de pesquisadores e foi desenvolvido e fundamentado em critérios elaborados a partir da realidade escolar brasileira, colaborando para diminuir a lacuna de instrumentos de medição psicopedagógica confiáveis e aplicáveis em nossa realidade.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Lílian Milnitsky Stein; tendo sido publicado em 1994 pela Casa do Psicólogo. Ainda não foram editadas novas pesquisas a respeito do instrumental. O teste é indicado para a avaliação do desempenho de alunos em escolas, a fim de se dimensionar quais áreas da aprendizagem apresentam eventuais dificuldades pedagógicas e/ou didáticas. O TDE é composto por três subtestes: escrita, aritmética e leitura.
Aplicação e material - A aplicação deve ser individual e o tempo de aplicação é de 20 a 30 minutos. O material consiste em manual, cinco cadernos de aplicação, uma ficha do examinador para subteste de leitura, uma ficha do examinador para subteste de escrita, um crivo de correção do subteste de aritmética e lápis. O teste é destinado a alunos de 1 a à 6a série do ensino fundamental.
Amostra- Participaram como sujeitos do estudo 538 escolares que estavam cursando da 1 a a 6a série do ensino fundamental, sendo que cada série tinha, em média, um total de 90 sujeitos. A amostra foi distribuída em seis escolas de Porto Alegre, sendo duas municipais, duas estaduais e duas particulares, em cada escola foram testados, em média, 15 sujeitos de cada série (de 1 a à 6a), escolhidos de forma, aleatória.
168 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Construção das escalas - Foram desenvolvidos diferentes
processos para cada um dos três subtestes do TDE. Para o subteste de escrita, organizou-se uma lista de 45 palavras em português, apresentando uma ordem crescente de dificuldade adequada para escolares do ensino fundamental, segundo o autor, e, com isso, procurou-se verificar a validade de conteúdo. A Escala foi construída a partir de uma sistemática constituída em 981 palavras, distribuídas de forma não homogênea, em 91 níveis de dificuldade ortográfica crescente. Chegou-se a lista de 45 palavras a partir de uma técnica matemática de proporcionalidade acumulada. No entanto, após a verificação da consistência interna, a lista reduziu-se a 34 palavras.
O subteste de aritmética é composto por cálculos aritméticos com grau de dificuldade crescente, correspondente ao conteúdo de 1 a a 6a série do ensino fundamental. Os itens foram compostos a partir dos conteúdos comuns em seis escolas (municipais, estaduais e particulares) de Porto Alegre/RS. Isto posto, os conteúdos foram analisados por juízes (professores de matemática), segundo critérios de adequação, abrangência curricular e grau de dificuldade. A última versão foi ainda submetida à análise de professores especialistas do Laboratório de matemática da PUC-RS.
O subteste de leitura constituiu-se de 75 palavras da língua portuguesa, de acordo com critérios determinados, como número de sílabas, grau de familiaridade do vocábulo, padrões silábicos e gradação dos fonemas segundo relações fonológico-ortográficas.
Validade - Todos os subtestes foram submetidos à análise da consistência interna, o que resultou na eliminação de dez itens do subteste de escrita, sete itens do subteste de aritmética e cinco itens do subteste de leitura. Os coeficientes alfas variaram de 0,670 a 0,988.
Por fim, procedeu-se a uma análise MANOVA, tendo-se como dependentes os escores nos três subtestes e como fatores: série escolar e tipo de escola, a fim de verificar se o TDE tinha capacidade de discriminar entre as séries e entre os tipos de escola. Constata-
Teste de Desenho Escolar- TDE 169
ram-se grandes diferenças entre as séries e entre os tipos de escola, apontando que seria necessário à construção de normas por série e por tipo de escola.
TESTE DO DESENHO DE SILVER - SDT
Origem do teste - O SDT foi criado para oferecer outras formas de se avaliar a inteligência de crianças e adultos que apresentam uma habilidade pobre de linguagem. O instrumento visa fornecer uma forma de avaliar as habilidades cognitivas de sujeitos com dificuldades de se fazer entender por apresentarem defi
ciências de linguagem.
Dados de identificação - O instrumento original é de autoria de Rawley A. Silver, publicado em 1983 e reeditado em 1990 e 1996. A padronização brasileira foi desenvolvida por Cristina Dias Allessandrini, José Luciano Miranda Duarte, Margarida Azevedo
Dupas e Marisa Pires Fernandes Bianco e publicada pela Casa do Psicólogo, em 1996. O manual em português apresenta os dados referentes à terceira edição de Silver, assim como os dados da pesquisa brasileira.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado individual ou coletivamente; não há limite de tempo, mas a maioria dos sujeitos leva de 12 a 15 minutos para completar a tarefa. O material consiste em manual, folhetos do SDT, desenho de Imaginação (forma A e B), esquema de estímulo e folhas de resposta. No que se refere à faixa etária, o limite de idade recomendado é de 5 anos até a idade adulta, embora tenha sido efetivo o uso com crianças menores (3 anos e 6 meses).
Amostra da padronização brasileira - A amostra constituiuse de 1.995 sujeitos, divididos em dois grupos: escolares e adultos. Quanto aos escolares, as variáveis controladas foram sexo, idade, escolaridade e tipo de escola. E, quanto aos adultos, controlou-se
I 72 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
escolaridade e sexo. Quanto à escolaridade, estiveram relacionados na amostra sujeitos da pré-escola, dos ensinos fundamental e médio.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Na amostra de 1.691 escolares, foi exami
nada a correlação entre os itens do teste e o escore total do SDT, tendo sido encontradas correlações entre 0,3 e 0,8, portanto adequadas, de acordo com o manual.
Precisão- Foi verificada a estabilidade temporal, por meio da aplicação do teste-reteste. O SDT foi aplicado em 44 sujeitos, após um intervalo de 15 a 30 dias. Os coeficientes de correlação variaram entre 0,62 e 0,87. Além disso, uma amostra de 32 sujeitos foi avaliada por três juízes, para verificar a precisão da avaliação. Os coeficientes de correlação obtidos foram superiores a 0,8.
Validade- A validade do instrumento foi determinada por meio de vários estudos diferentes no que se refere à diferenciação entre grupos, à diferenciação de resultados de acordo com a idade e à comparação com outros testes de inteligência. No que se relaciona às diferenças entre grupos, foram desenvolvidos estudos com crianças com déficit de linguagem/audição e crianças sem déficit, crianças com dificuldades viso-motoras e crianças com dificuldade de aprendizagem. Os testes utilizados na comparação com os resultados do SDT foram: Teste Canadense de Habilidades Cognitivas, Teste Metropolitano de Desenvolvimento, Teste Otis Lennon de Habilidades Escolares, Teste SRA Math de Realização, Teste Iowa de Habilidades Básicas e WISC.
TESTE EDITES DE INTELIGÊNCIA - TEI
Origem do teste- O instrumento propõe-se a avaliar a inteligência, sendo que contém fator espacial, abstrato e numérico, o que, segundo o manual, o torna uma prova de poder, pois sujeitos menos inteligentes, dificilmente resolvem as questões mais difíceis. Outra vantagem da prova, de acordo com o manual, refere-se à possibilidade de se obter uma rápida estimativa da capacidade intelectual de crianças, adolescentes e adultos.
Dados de identificação - O teste é produto nacional, elaborado por César M. Piovani e Glauco Piovani, publicado pela Edites -Empresa Distribuidora de Testes Ltda., em data não identificada no manual. Indicações: destinado a avaliar a capacidade para "conceitualizar" e aplicar o raciocínio sistemático a novos problemas.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou coletiva e, aproximadamente, gasta 12 minutos. O instrumento pode ser aplicado em crianças, adolescentes e adultos e o material é constituído por manual, caderno de resposta, lápis, papel e crivo de correção.
Amostra - Não há informações sobre as amostras envolvidas no estudo de padronização.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A verificação da consistência interna mos
trou três itens relativamente irregulares, de acordo com o manual. Em contrapartida, os autores não os substituíram, considerando que a amostragem do estudo foi pequena e que em estudos anteriores os resultados foram satisfatórios. Foi também realizada a análise da dificuldade dos itens.
174 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Precisão- A precisão foi estabelecida pelo método de equiva
lência, tendo sido um encontrado um coeficiente de 0,85.
Validade - Os autores verificaram a distribuição de freqüência
em uma amostra de 198 sujeitos. Os dados apontaram para uma qua
lidade de medida do instrumento, mas sugeriram que novos estudos
fossem desenvolvidos, considerando o número pequeno de sujeitos.
Foi verificada posteriormente a consistência interna, já descrita na
análise de itens.
TESTE EQÜICULTURAL DE
INTELIGÊNCIA - EscALA 2 E 3
Origem do teste - O autor justifica que embora quando da
construção do instrumento, novos construtos estavam sendo
pesquisados e, conseqüentemente, outros instrumentos criados, os
testes de inteligência continuam sendo necessários, sobretudo aque
les livres da influência cultural, como é o caso do presente instrumen
to. O uso dos instrumentos de inteligência pode ser necessário em
diferentes situações profissionais do psicólogo.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é
Culture Free Intelligence Test, de autoria de R. B. Catell e A. K. S.
Catell. Foi publicado pelo Institute for Personality and Ability Testing
(IPAT). A tradução e adaptação brasileira ficou sob responsabilidade
de Eugênia Moraes de Andrade e Dulce de Godoy Alves, tendo sido
publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA. Não
há datas no manual.
Aplicação e material- A aplicação pode ser de forma indivi
dual ou coletiva e, apesar de não haver restrição quanto ao tempo
de aplicação, em média, dura de 20 a 30 minutos. O material con
siste em manual, caderno de aplicação, folhas, respostas e crivo de
avaliação. Vale ressaltar que o teste se apresenta em forma A e B
e estão circulando as Escalas 2 e 3. O instrumento destina-se a
alunos do 2° ciclo do curso médio (atual ensino médio) e adultos de
inteligência superior.
Amostra- Fizeram parte da amostra 1.068 estudantes univer
sitários (Escala 3). Não há outras informações.
176 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos Validade - Embora o presente trabalho esteja tratando de duas
escalas distintas, a discussão sobre validade e precisão será feita em conjunto. O instrumento apresenta estudos de validade e, segundo dados de resumo do Mental Measurements Yearbook, do Buros Institute, o Eqüicultural tem um coeficiente de 0,56 quando comparado com o Revised Stanford Binet (em estudos posteriores encontrou-se 0,71); coeficiente de 0,73 com o Otis e de 0,59 com a ACE. Outros estudos desenvolvidos por Bensburg e Sloan ofereceram uma correlação de 0,85 com Stanford Binet, e Tilton encontrou uma correlação de 0,84 com o Wechsler Bellevue.
Precisão - A precisão foi estudada por meio da verificação do coeficiente de consistência (correlação entre as duas metades); na escala 3 foi de 0,82; 0,91 e 0,95 em três grupos de estudantes (100, 155 e 212 casos respectivamente) e, na escala 2, foram encontrados coeficientes de 0,70; 0,86; 0,87 e 0,92 em quatro grupos diferentes. Outros estudos foram desenvolvidos, mas alguns são remetidos a outras referências, cujas informações não estão presentes no manual.
TEsTE DE EsTRUTURAs
VocACIONAis - TEV
Origem do teste - O teste foi construído como o primeiro de uma série de três escalas para diversos níveis de escolaridade e exigências ocupacionais. Segundo o autor, após a publicação da Forma I, de aplicação geral a todos os níveis, serão publicados as Formas 2 e 3, específicas para a área industrial e escolar. Indicações: orientação profissional e educacional, terapia, educação, indústria, trabalho comunitário, orientação familiar e personalidade.
Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, de autoria de Agostinho Minicucci. Foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1983, e não há informações no manual de outras atualizações. No manual, o autor faz uma exposição a respeito da fundamentação teórica, na qual se baseou a construção do instrumento, embora não apresente dados mais consistentes sobre a construção em si.
Aplicação e material - Não constam informações pertinentes à faixa etária para a qual o teste se destina. O material consiste de manual, ficha de avaliação e caderno (não reutilizável). A aplicação pode ser individual ou coletiva e não há limite de tempo para a realização, em média, gasta-se 30 minutos.
Não há informações sobre padronização, validade e precisão. Há apenas o relato sucinto de uma pesquisa desenvolvida com estudantes da la série do ensino médio e outra com funcionários de uma empresa de construção civil.
TESTE DAS FÁBULAS
Origem do teste - O Teste das Fábulas baseia-se nos trabalhos de Düss, na década de 1940. Neste mesmo período, foram traduzidas e utilizadas nos Estados Unidos por Despert, objetivando utilizá-las em pesquisa com crianças. Segundo Cunha (2000), mesmo importada e utilizada em vários países, constantemente tem sido descritas modificações e também acréscimos. A versão original de Düss e a base estudada por Cunha compreenderam as dez pequenas fábulas, de uma situação-problema simbolicamente representada e que permite a expressão projetiva da atividade, tanto no uso da forma gráfica quanto da pictórica. As fábulas na versão gráfica (Cunha, 2000) são: Fl: do passarinho; F2: do aniversário de casamento; F3: do cordeirinho; F4: do enterro ou da viagem; F5: do medo; F6: do elefante; F7: do objeto fabricado; F8: do passeio com a mãe ou com o pai; e F 10: do sonho mau. O instrumento é indicado para a avaliação da personalidade de crianças, pré-escolares, adolescentes, adultos e da Terceira Idade.
Dados de identificação- O manual da forma original é distribuído pela Casa do Psicólogo, São Paulo/SP. Existe uma versão com a forma verbal e pictórica, incluindo manual, cartões e protocolo, distribuída pelo Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia, São Paulo/SP.
Aplicação e material - A forma verbal é composta por dez historietas incompletas, apresentadas uma a uma ao sujeito, e que ele deve completar. A forma pictórica é composta por 12 cartões, com as ilustrações adequadas a cada fábula, sendo apresentadas ao sujeito em conjunto com a forma verbal. A administração pode ser individual ou coletiva e o tempo estimado pode variar entre 15 a 30 minutos.
TESTE DE FRASES INCOMPLETAS COM
APLICAÇÃO À INDÚSTRIA- FIGS
Origem do teste - Diante das necessidades de seleção de
pessoal, os trabalhos dos autores foram iniciados em 1964, no Depar
tamento de pesquisa e serviços sociais da Comissão Federal de Ele
tricidade, no México, para a construção de testes que representasse
economia em tempo de aplicação.
Dados de identificação - O instrumento é de produção inter
nacional de autoria de Grados e Fernandéz. A edição ficou sob res
ponsabilidade da Entreletras no ano de 2000, embora a data original
aponte para 1988. A tradução foi realizada por Izabel Andrados. O
instrumento é indicado para a avaliação da personalidade.
Aplicação e material- A Aplicação é realizada tanto indivi
dual quanto coletivamente, na forma oral ou escrita e o tempo de
aplicação é indeterminado.
Parâmetros Psicométricos Validade - O teste apresenta estudos de validade somente no
México. Possui um estudo aplicado a 25 sujeitos em respostas a um
determinado estimulo. Estudos sobre a validade, precisão e padroni
zação no Brasil não constam no manual.
TESTE DE MATURIDADE PARA LEITURA
Origem do teste - A razão principal pela qual o instrumento foi elaborado refere-se à falta de instrumentos disponíveis nacionais, que se destinam à avaliação da maturidade para leitura. A autora se preocupou em desenvolver um teste simples, que pudesse ser utilizada por Supervisores e Orientadores Educacionais. Indicações: verificação da
maturidade para leitura.
Dados de identificação - O instrumento é produção nacional,
de autoria de Maria Rosa Campos. Foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, em 1994. Não constam informações sobre atualizações ou revisões.
Aplicação e material - Não há indicação quanto à faixa etária. A aplicação é coletiva e o material consiste em manual, caderno de teste e lápis.
Amostra- A amostra foi composta por 60 alunos de duas classes de uma escola estadual de Malacacheta-MG, em 1977. A idade dos sujeitos variou de 6 anos e 7 meses a 7 anos e 6 meses, havendo dois alunos de 8 e um de 9 anos.
Parâmetros Psicométricos Validade- Foi calculado o Coeficiente de Correlação de Pearson
(0,70), comparando-se os resultados com o Teste da Figura Humana (Goodenough), aplicado um mês antes do Teste de Maturidade.
Não há informações sobre precisão ou análise de itens.
TESTE METROPOLITAJ.~O DE
PRONTIDÃO- Fo~IA R
Origem do teste - O Teste Metropolitano de Prontidão foi elaborado para medir as características e aquisições que contribuem para o grau de prontidão das crianças na tarefa que deverão enfrentar. O instrumento pressupõe que o insucesso escolar está relacionado à inteligência, ao ambiente familiar, às condições físicas e de saúde, ao grau de maturidade emocional, ao ajustamento social e às experiências.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Gertrude H. Hildreth e de Nellie L. Griffiths e data de 1949. O nome original do instrumento não aparece no manual, mas sabe-se que foi publicado pela Harcourt, Brace & World, Nova York (EUA). A adaptação e padronização foram desenvolvidas por Ana Maria Poppovic, em 1966. A publicação ficou sob responsabilidade da Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O instrumento é indicado para medir em crianças que iniciam a vida escolar as características e aquisições que contribuem para o seu grau de prontidão na tarefa que deverão apresentar.
Aplicação e material - O instrumento destina-se a crianças de 5 a 7 anos. A aplicação pode ser coletiva ou individual, podendo levar até 60 minutos e o material consiste de manuaL caderno de resposta e lápis. Ele é composto por seis subtestes, a saber: palavras, sentenças, informação, semelhanças, números e cópia.
186 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra- Participaram como sujeitos do presente estudo 211 crianças, sendo 108 meninos e 103 meninas, de 6 anos e 5 meses, a 7 anos e 4 meses. As crianças freqüentavam o pré-primário e crianças foram organizadas ainda de acordo com a profissão dos pais. Embora a amostra tenha sido de São Paulo, portanto brasileira, há uma observação no manual de que ela deve ser considerada provisória, ou seja, devem ser aplicadas somente a grupos comparáveis às características consideradas.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - As três formas experimentais do instrumen
to foram aplicadas a 2.600 sujeitos de I a série e foi obtida a dificuldade dos itens. Os valores foram utilizados para eliminar os itens que não funcionavam.
Validade -Foi verificada a validade de conteúdo do instrumento, por intermédio de uma análise cuidadosa do conteúdo, tanto no que se refere aos aspectos formais (apresentação gráfica e instruções), como sobre os aspectos teóricos. Foram necessárias algumas mudanças considerando uma melhor adaptação do instrumento à realidade brasileira.
A validade de construto também foi verificada por meio da relação dos resultados desse teste com os de um teste de inteligência. Foi usada como medida de inteligência o teste das Matrizes Progressivas de Raven e feita a correlação dos resultados pela fórmula de Pearson. A correlação obtida foi de 0,59. Quando o TMP foi comparado com o teste ABC, chegou-se a uma correlação linear de 0,60. Foram também desenvolvidos estudos relativos à comparação entre grupos contrastantes e diferenciação de idades.
A validade preditiva foi verificada considerando a aplicação do instrumento em 109 crianças. Os critérios externos considerados foram a opinião da professora sobre o aluno e as notas das provas escolares, tendo sido utilizada a fórmula de Spearman de correlação entre diferenças de posições. Os resultados foram considerados satisfatórios.
Teste Metrropolitano de Prontidão - Forma R 187
Precisão - Os dados de precisão foram obtidos na amostra original norte-americana. Foi estabelecido o coeficiente de equivalência para as formas R e S, aplicadas em grupos de 90 a 273 sujeitos, de I a série. Os coeficientes de precisão para cada subteste foram apresentados em um quadro.
TESTE AS MINHAS MÃOS - MM
Origem do instrumento - O teste foi inspirado nas experiências de redação de Alfred Binet e na metodologia analítica de Hermann Rorschach, tendo os estudos iniciados em 1943, no Laboratório de Psicologia da antiga Escola de Aperfeiçoamento de Professores, em Belo Horizonte/MG.
Dados de identificação - O instrumento é produção nacional, de autoria de Helena Antipoff. É editado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada. A fim de aproveitar o cenário escolar, o teste MM surgiu como mais uma possibilidade de se estudar a personalidade, aptidão e interesses dos alunos.
Aplicação e material - O teste é realizado mediante uma redação com duração de 20 minutos. O Instrumento pode ser aplicado tanto individual quanto coletivamente para crianças entre 6 e 7 anos.
Amostra- Foram realizados estudos no ano de 194 7, no Distrito Federal/DE A amostra foi composta por 50 alunos de ambos os sexos, cursando a Y série, com idades variando de 11 a 13 anos.
Parâmetros Psicométricos Análise dos itens- Para a análise do comportamento do indi
víduo, foram analisadas 700 redações no Rio Grande do Sul.
Validade - Não existem descrições no manual sobre maiores detalhamentos quanto aos estudos de validade. O manual refere-se a um estudo comparativo com o teste de Rorschach, aplicado na técnica de ordenação das respostas desenvolvidas por Harrower-Erickson.
190 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Fidedignidade- No manual não foram encontrados indicadores de estudos de precisão.
TESTE DAS PIRÂMIDES DAS CoREs - TPC
Origem do teste - O Teste das Pirâmides Coloridas foi criado por Pfister em 1951. Trata-se de uma técnica projetiva que aborda a relação das cores com os afetos e sentimentos. O material, editado e distribuído pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, inclui manual, folha de protocolo e as cartelas. O teste, propriamente dito, quadrículas, é importado da Suíça.
Dados de identificação - O material é composto por uma folha de papel com o desenho de uma pirâmide de cinco níveis, constituída de 15 quadrados com 2,5 em de cada lado. Apresentamse quadrados de papel com 24 tonalidades diferentes provenientes de cores básicas: o azul, marrom cinza, vermelho, amarelo (extroversão), laranja, o verde (regulação), violeta (introversão), branco e o preto (profundidade).
Aplicação e material- O teste deve ser aplicado em adultos, individualmente, sendo que não apresenta limite de tempo para a execução.
Amostra internacional- No manual do instrumento verifica-se um estudo composto de l 00 estudantes, sendo 53 do sexo masculino e 47 do feminino para o conjunto das cores.
Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- O único procedimento descrito é o método tes
te-reteste, permitindo apenas uma avaliação provisória da precisão real. A 1 a aplicação foi com 45 indivíduos adultos do sexo masculino e feminino, resultando rtt = 0,71, a 2a com 53 estudantes do sexo masculino rtt = 0,77 e a 3a com estudantes do sexo feminino rtt = 0,70.
192 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Validade- No manual não foram encontrados indicadores de estudos de validade.
TESTE DE PRONTIDÃO EMOCIONAL PARA
MoToRISTA - TEPEM
Origem do instrumento - O instrumento foi elaborado diante da dificuldade de encontrar uma material que pudesse avaliar aspectos da subjetividade e das capacidades múltiplas do motorista, que nem sempre são compreendidas de maneira clara e objetiva por outros instrumentos. Outra vantagem do teste, de acordo com o autor, é a possibilidade de avaliar o sujeito em relação às situações que, provavelmente mais tarde, enfrentará ao dirigir.
Dados de identificação- O TEPEM foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1998. O teste é nacional e a autoria é de Emílio Carlos Tonglet. O teste é verbal e pressupõe a utilização de outras capacidades, como a lingüística, a lógico-matemática e, secundariamente, a inteligência interpessoal e intrapessoal.
Aplicação e material - O material do teste consiste em manual, folha do TEPEM, caneta ou lápis e borracha, chave de apuração e cronômetro. A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que no caso de coletiva, no máximo, devem ter 30 sujeitos na sala. O tempo máximo de execução é de 20 minutos.
Amostra - Fizeram parte do estudo 1.000 sujeitos, candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e motoristas que estavam renovando o exame ou mudando de categoria de São José dos Campos/ SP, em 1997. Os testes foram aplicados por psicólogos credenciados pelo Detran nas suas respectivas salas. A idade dos sujeitos variou de 18 a mais de 50 anos, sendo que 68,7% eram do sexo masculino e
194 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
31,3% do sexo feminino. A escolaridade dos sujeitos variou de 1 a
série ao superior completo, embora quase metade da amostra fosse composta por sujeitos com ensino fundamental incompleto.
Parâmetros Psicométricos - Não há informações no manual sobre precisão e validade.
TESTE NÃo-VERBAL DE
INTELIGÊNCIA - G·-36
Origem do teste - O G-36 surgiu da necessidade prática do autor que trabalhava com recrutamento e seleção no contexto organizacional. Apesar de reconhecer os bons resultados do teste usado na época, Matrizes Progressivas de Raven, o autor interessouse por construir novo instrumento para avaliar inteligência geral. O teste foi construído tendo como base as "Matrizes Progressivas" e a eleição múltipla como tipo de resposta.
Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Efraim Rojas Boccalandro. É editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., sua data original é 1966 e está na sua 4a edição (2002). No manual da 4" edição, há um agradecimento à Profa. Dra. Iraí Cristina Boccato Alves por ter colaborado com a introdução do manual. Indicação: teste de inteligência não-verbal.
Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado sem restrições em adultos de qualquer grau de instrução e, embora não tenha sido testado em crianças, há informações de que pode ser aplicável em crianças normais a partir de 1 O anos (por analogia com o teste Dominós).
O material é constituído por manual, caderno de teste, crivo de correção e folha de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, embora o teste seja aplicado sem limite de tempo, em geral, as pessoas terminam em 45 minutos, no máximo.
196 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra- O manual apresenta diversos estudos, que, na verdade, são atualizações do instrumento. A mais recente data é a de 2001 e contou com 24 7 sujeitos, sendo 194 do sexo masculino e 53 do sexo masculino, que participaram de processos seletivos na Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., na cidade de São Paulo. As idades variaram de 18 a 66 anos, com uma média de 28,65 anos, desviopadrão de 8,94 e os sujeitos tinham o ensino médio completo ou incompleto e superior completo ou incompleto.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Foram analisados os itens a partir da apli
cação do teste em 500 sujeitos, candidatos a emprego em indústria e o poder discriminante de cada item, por meio da correlação pontobisserial, assim como a facilidade de acertar os itens. Os resultados do estudo permitiram rejeitar quatro itens.
Fidedignidade - A homogeneidade do fator medido pelo teste foi verificada pelo sistema de correlação entre itens pares e ímpares, que forneceu um resultado de 0,82 (correlação linear de Pearson). Quando corrigido pela fórmula de Spearman-Brown o coeficiente encontrado foi de 0,90. Após a elaboração do formato final do instrumento com 36 itens, foi desenvolvido novo estudo, por meio do sistema de Kuder-Richardson, confirmando o coeficiente de 0,90 encontrado anteriormente (erro padrão de medida 2,40).
Validade- Aplicou-se a Teste Dominós e o G-36 (ainda com 40 itens) para o estudo de validade em 45 funcionários, eleitos por sorteio, por meio da tabela de números equiprováveis. A correlação linear de Pearson foi de 0,84.
TESTE NÃo-VERBAL
DE INTELIGÊNCIA - G-38
Origem do teste - O G-38 surgiu da necessidade de se ter outro instrumento para o reteste de sujeitos que tivessem se submetido ao G-36, de forma que os psicólogos tivessem outras possibilidades quando da necessidade de avaliar inteligência. O G-38 é baseado nos mesmos princípios do G-36, ou seja, caracteriza-se como um teste de inteligência não verbal (fator g).
Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Efraim Rojas Boccalandro. É editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. e sua data original é 1979. Em relação à edição, o mesmo manual oferece dois números relativos à edição- 2" e 3" (uma na capa e outra nos dados catalográficos), não garantindo qual é a correta. No manual (2002), há um agradecimento à Profa. Dra. Iraí Cristina Boccato Alves por ter colaborado com a introdução do manual. Indicações: teste de inteligência não-verbal.
Aplicação e material - De acordo com o manual, o teste pode ser aplicado sem restrições em adultos de qualquer grau de instrução. O material é constituído por manual, caderno de teste, crivo de correção e folha de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, embora o teste seja aplicado sem limite de tempo, há uma consideração em relação ao tempo mínimo (sete minutos) e máximo (45 minutos, sendo medianamente realizado em 16 minutos e 31 segundos). O tipo de resposta envolvida é a fechada, baseada na eleição múltipla.
198 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra -O manual apresenta um estudo realizado pelo autor
na primeira edição do instrumento e uma pesquisa desenvolvida em
2001, na cidade de São Paulo, que contou com 247 sujeitos, sendo
194 do sexo masculino e 53 do sexo masculino, que participaram de
processos seletivos na Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. As ida
des variaram de 18 a 66 anos, com uma média de 28,65 anos e des
vio-padrão de 8,94 e os sujeitos tinham ensino médio completo ou
incompleto e superior completo ou incompleto.
Parâmetros Psicométricos
Análise de itens -A forma inicial do instrumento contava com
40 problemas que foram aplicados em uma amostra de 500 sujeitos,
candidatos a emprego na cidade de São Paulo. Foi avaliado o poder
discriminativo de cada item, por meio do coeficiente de correlação
bisserial. A facilidade de acerto também foi analisada e os resultados
apareceram expressos em um tabela. Considerando a análise dos
itens, dois foram excluídos por terem sido considerados inválidos.
Fidedignidade - A homogeneidade do instrumento foi me
dida pela fórmula Kuder-Richardson (0,845) e o erro padrão de medida é 2,27.
Validade - A validade por se tratar de uma forma paralela foi
testada apenas com o G-36. Foram aplicados os dois instrumentos
em 105 candidatos a emprego na cidade de São Paulo. O coeficiente
de correlação de Pearson entre G-36 e G-38 foi 0,78.
TESTE NÃo-VERBAL DE
INTELIGÊNCIA - R-1
Origem do teste - O R-1 foi criado inicialmente para avaliar
inteligência de candidatos a motoristas. Caracteriza-se como uma
medida de inteligência não-verbal, construída para ser usada, princi
palmente, com pessoas de baixo nível de escolaridade, analfabetos e
estrangeiros. A construção baseou-se no Matrizes Progressivas de
Raven, sendo que o tipo de resposta exigida é eleição múltipla.
Dados de identificação - O Teste R-1 é produto nacional, foi
criado em 1973 com o objetivo de avaliar a inteligência de adultos,
tanto de candidatos a motoristas, como em outras aplicações. O au
tor original é Rynaldo de Oliveira e a presente edição (2002, 2" edição
revisada e ampliada) conta com a participação de Iraí Cristina Boccato
Alves. Participaram das pesquisas vários psicólogos de diferentes
Estados brasileiros, cujos nomes aparecem relacionados no manual.
O material foi publicado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.
Aplicação e material - O teste destina-se a adultos. Há uma
ressalva no novo manual em relação aos sujeitos analfabetos: "como
as novas tabelas de normas apresentadas neste manual não incluem
sujeitos analfabetos, recomenda-se que o teste seja aplicado apenas a
pessoas alfabetizadas" (p. 9).
O material constitui-se de manual, caderno de teste, folha de
resposta, lápis preto, bcrracha, chave de apuração e cronômetro. A
aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo que no caso de apli
cação coletiva, o número máximo de sujeitos na sala deve ser 30.
O tempo máximo de aplicação é de 30 minutos, variando, porém, em
função dos objetivos da aplicação, ou seja, "em situações de uso clínico ou
200 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
situações especiais, em que for necessário obter mais dados sobre o exa
minando, pode-se aplicar o teste sem limite de tempo" (p. 50).
Amostra - Para o estabelecimento de normas, o instrumento
foi aplicado em várias amostras, a saber: São Paulo - 1.318 sujeitos
candidatos à carteira nacional de habilitação na região de São José
dos Campos; 423 sujeitos que participaram de processos seletivos na
Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., na cidade de São Paulo; Paraná
- 2.102 sujeitos que realizaram o teste para obtenção da carteira de
habilitação; Rio de Janeiro- 363 sujeitos para obtenção da carteira
de habilitação; Espírito Santo- 495 sujeitos (o manual não especifi
cou o objetivo das testagens); Rio Grande do Norte- 253 sujeitos,
também sem especificação das condições de aplicação; Recife -
1.000 sujeitos, candidatos a motoristas.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A análise de itens foi realizada a partir da
correlação ponto-bisserial, cujos resultados são apresentados em uma
tabela no manual. A porcentagem de acerto de cada item foi verificada
e os resultados são apresentados em figuras e tabelas.
Fidedignidade - A precisão do instrumento foi obtida a partir
da aplicação do teste-reteste e das metades, empregando a fórmula
de Spearman-Brown. A amostra de verificação da precisão por meio
do teste-reteste, contou com 64 sujeitos, com idade variando de 18 a 48 anos e escolaridade variando entre 5• série dos ensinos fundamen
tal médio completo. Não houve um mesmo intervalo de tempo para
as replicações do teste nos sujeitos. O coeficiente de correlação en
tre teste e reteste foi 0,677. A precisão das metades entre itens pares e ímpares foi calcula
da na amostra do Paraná, ou seja, contou com 2.102 sujeitos. A cor
relação foi de 0,80, e quando corrigida pela fórmula de Spearman
Brown, 0,89. Há ainda no manual outro estudo relacionado à precisão desenvolvido por Alves, Colosio e Ruivo (1992). O Erro Padrão
de Medida encontrado foi 1 ,996.
Teste Não-verbal de Inteligência- R-1 201
Validade - O estudo da validade de critério foi realizado por
meio da correlação com o Teste de Matrizes Progressivas de Raven
-escala geral. Participaram 50 sujeitos com idade de 18 a 42 anos e
a escolaridade do ensino fundamental a superior. O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,762.
TESTE NÃo-VERBAL DE INTELIGÊNCIA
PARA CRIANÇAS - R-2
Origem do teste- O R-2 é um teste novo, criado para suprir uma área extremamente carente no que se refere à avaliação infantil, sobretudo por ser adaptado à nossa cultura. O R-2 é derivado do R-1, criado pelo mesmo autor e possui, inclusive, alguns itens do R -1. O objetivo do teste é avaliar o fator g da inteligência. A tarefa a ser realizada pela criança é semelhante a do Teste de Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, sendo que o tipo de resposta é a eleição múltipla.
Dados de identificação - O teste foi lançado em 2000, na sua primeira edição, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O material original foi proposto por Rynaldo de Oliveira, mas o presente manual é fruto do trabalho de dissertação de Helena Rinaldi Rosa, quando orientada pela Profa. Irai Cristina Boccato Alves.
Aplicação e material - O Teste R-2 é composto por 30 pranchas ou cartões com figuras coloridas. Compõem o material, além dos cartões, o crivo de correção, folha de resposta, lápis e manual. A aplicação é exclusivamente individual e, embora não haja limite de tempo, o tempo médio é de oito minutos. O teste destina-se às crianças com faixa etária entre 5 e 11 anos.
Amostra - A pesquisa de padronização foi desenvolvida com uma amostra da cidade de São Paulo, com crianças da rede pública (estadual e municipal) e da rede particular. A amostra final contou com 1.554 sujeitos, com idade entre 5 e 11 anos. A padronização foi precedida por uma pesquisa piloto, na qual foi determinada a forma
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final das instruções, a adequação das faixas etárias e a análise de itens para estabelecer o grau de dificuldade dos itens.
Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Para determinar a validade de itens, fo
ram calculados os coeficientes de correlação ponto-bis serial de cada item para cada faixa etária e para a amostra global. Também foram verificados os índices de discriminação dos itens, obtidos pela comparação entre o grupo de resultados superiores e inferiores do teste, compostos pelos sujeitos que tiveram respectivamente os 27% dos resultados mais altos e mais baixos no teste. Para melhor ilus
trar a dificuldade, de cada item, construiu-se curvas características dos itens, sendo estas apresentadas por meio de figuras.
Precisão - A precisão foi obtida por meio dos métodos das metades e do teste-reteste. A precisão verificada pelo teste-reteste contou com uma amostra de 64 sujeitos, divididos em duas faixas
etárias (6 e 9 anos). O intervalo do reteste foi de 8 a 15 dias e o coeficiente encontrado para a idade de 6 anos foi 0,753; para 9 anos, 0,783 e 0,852 para o total.
No método das metades, os coeficientes de precisão variaram de 0,75 a 0,86 (calculados para a amostra total), corrigidos pela fórmula Spearman-Brown. O Erro Padrão de Medida foi cal
culado para cada idade e variou de 2,0 a 2,3.
Validade- A validade do R-2 foi determinada por meio de três procedimentos: diferenciação por idade, correlação com outro teste e análise da consistência interna. Em relação à diferenciação por idade, os resultados mostram o aumento no total de pontos de acordo com a progressão da idade. A correlação com outro teste foi baseada na aplicação do Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (1987) para as idades 6 e 9 anos. Os coeficientes de correlação indicaram 0,306 para 6 anos, portanto, estatisticamente não significante, 0,553 para 9 anos e 0,605 para o total. Os resultados referentes à consistência interna foram apresentados na análise de itens.
TESTE RAVEN DE OPERAÇÕES
LóGICAS - RTLO
Origem do teste - O instrumento foi criado a partir da análise de algumas obras de Piaget e Inhelder, no que se refere às operações lógicas. Raven acreditava que existe relação entre operações lógicas e aprendizagem escolar e que o crescente interesse pelas operações lógicas tem sido responsável pela aplicação do trabalho de Piaget no planejamento escolar, além de gerar outros estudos e pesquisas.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Ronald J. Raven, cujo título original é The Raven Test of Logical Operations, tendo sido publicado pela The Research Fundation of State University of New York, USA. Foi traduzido para o português por Íris Barbosa Goulart e publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, em 1975. O instrumento destina-se à avaliação das seguintes operações lógicas: classificação, seriação, multiplicação lógica, compensação, razão-proporção, probabilidade e correlação.
Amostra- A amostra que serviu de base para a determinação das normas brasileiras foi pequena, portanto, foram consideradas como provisórias. Participaram do estudo 400 alunos (220 meninas e 180 meninos) do ensino fundamental de Minas Gerais. A idade média do grupo era 13,6 anos e o nível socioeconômico foi controlado por meio da ocupação dos pais.
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Parâmetros Psicométricos Construção do instrumento - Os itens foram elaborados e,
depois, foram aplicados num grupo de cinco crianças, a fim de verificara qualidade, de acordo com o manual. A aplicação originou modificações no instrumento original. Vale ressaltar que não são apontados outros estudos referentes à análise de itens.
Validade- Em 1975, foram desenvolvidos estudos com 90 alunos de Minas Gerais, cujos resultados levantaram indícios sobre a validade do instrumento. No que se refere à validade de conteúdo, houve a apreciação do teste por quatro juízes, sendo três professores de Psicologia do Desenvolvimento e um pedagogo especialista em Piaget. Houve um acordo de 100% entre os juízes em relação ao que o teste pretendia avaliar.
Em relação à validade de construto, os resultados do teste foram comparados com o Teste Matrizes Progressivas de Raven. O coeficiente de correlação foi de 0,56, corrigido pela fórmula de Pearson.
Os resultados da aplicação do Teste Raven de Operações Lógicas foram comparados com critérios externos (notas de uma prova destinada a avaliar os conhecimentos adquiridos durante o curso de Ciências Físicas e Biológicas). A correlação indicou um coeficiente de0,93.
TESTE DE RoRSCHACH
Origem do teste - O uso de borrões de tinta como meio de expressão da criatividade e da imaginação, não se constitui descoberta de Rorschach. O teste foi construído a partir de observações dos resultados dos trabalhos de outros autores, cujas manchas eram pretas. Cunha (2000) relata que a utilização de manchas de tinta, como teste psicológico, teve início nos trabalhos de Binet e Henri como proposta de estudo da imaginação visual, nos trabalhos de Kemer de 1857 e na experiência de Leonardo da Vinci, ainda no século XVI.
Rorschach, em 1911, como médico residente em psiquiatria, teve como idéia utilizar um jogo de adivinhação com manchas (Blotto ), como uma atividade junto aos pacientes, e observou que as respostas de pacientes com demência orgânica e esquizofrênica neste jogo eram distintas. Em 1917, decidiu usar com maior freqüência as manchas de tinta na verificação das respostas de pacientes. Para ser mais objetivo nas avaliações, elaborou e desenvolveu um conjunto de classificações das respostas em termos de localização das respostas nas manchas, dos determinantes (forma, cor e movimento) e do conteúdo apresentado nas respostas. Após a sua morte, seu trabalho foi desenvolvido por colegas e adquiriu respeito e valiosas contribuições e foi seguido pelo mundo todo, sendo atualmente um dos instrumentos de avaliação da personalidade com maior número de trabalhos publicados.
Dados de identificação - O instrumento é de produção internacional, de autoria de Hermann Rorschach (1921). O material do teste é atualmente impresso na Suíça (Hans Huber, Medicai Publisher) e nos Estados Unidos. No Brasil, as editoras CEPA e Casa do Psicólogo comercializam e fornecem as folhas para localização e descrição dos dados. O teste é indicado para avaliação da personalidade.
Aplicação e material - O teste pode ser aplicado em crianças,
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adolescentes e adultos. É composto por dez cartões (lânlinas) com manchas de tinta, medindo 18,5 por 25 em, sendo que cinco cartões são sem cor (acromáticos) e cinco cartões coloridos (cromáticos, dois em vermelho e preto e três policromáticos). A administração é individual, não havendo um tempo limite de aplicação, muito embora diversas tomadas de tempo são realizadas durante a aplicação.
Amostra - Selecionou-se 850 protocolos de Rorschach aleatoriamente de sujeitos normais, nos quais 345 eram do sexo masculino e 505 do fenlinino. Foram testados os sujeitos de diferentes instituições, tais como bancárias, escolares, públicas e privadas e de prestação de serviços. Os sujeitos tinham o ensino médio completo e cerca de 40% possuíam ou estavam fazendo curso superior. A faixa etária variou entre 18 a 40 anos.
z - TESTE ZULLIGER
Origem do teste - O Z-teste surgiu do profundo conhecimento do autor no método de Rorschach e sobre ele propôs uma nova abordagem metodológica a fim de caracterizar o instrumento para avaliação coletiva.
Dados de identificação- O instrumento é produção internacional, de autoria de Hans Zulliger, cuja editora Hans Hubber representa os direitos internacionais. No Brasil, Vaz apresenta as últimas revisões sobre o material e novas normas quanto a classificação. É distribuído por várias editoras, sendo que em 1998 a Casa de Psicólogo, Livraria e Editora Ltda, apresentou o novo livro de Vaz.
Sua indicação é a de avaliação da personalidade.
Aplicação e material - Constitui-se condição mínima de avaliação coletiva que o examinando saiba escrever e/ou que pelo menos tenha o ensino fundamental.
Forma pode ser em slides ou em cartões (lâminas) para aplicações coletivas e individuais, respectivamente. O material é constituído de três lâminas (ou slides), três cartões, folhas de localização e folha de síntese. A aplicação é coletiva e dividida em quatro fases, apresentação, Fase clara, Fase escura e Inquérito.
Parâmetros Psicométricos Amostra- Vaz realizou uma pesquisa com 1.341, sendo 740
sujeitos (55,2%) do sexo masculino e 601(44,8%) do sexo feminino. As idades variaram entre 16 a 66 anos, com grau de escolaridade de ensino fundamental incompleto ao superior incompleto.
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Fidedignidade- Na classificação das respostas da pesquisa
descrita acima, foi utilizada a modalidade de um segundo e terceiro
juiz, tendo em vista uma melhor fidedignidade de critérios em cada
variável do Z-teste. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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