PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA EDUCACIONALPrática e Recursos Tecnológicos para a Educação

VÍDEOS EM HISTÓRIA 

Os filmes baseados em temas históricos sempre revelam a forma pela qual o cineasta reconstruiu o passado. Sua finalidade é principalmente produzir uma obra de ficção com o objetivo de diversão e encantamento. Por essa razão devem ser analisados como uma representação da realidade e não como a realidade em si. Alguns filmes, como os documentários, têm preocupações em registrar o real, mas, mesmo assim, ao serem produzidos e editados, eles também revelam o modo de ver de quem os idealizou.  

O filme que iremos assistir não é um filme histórico no sentido convencional, mas os acontecimentos que ele retrata realmente aconteceram. Por isso ele foi selecionado para discutir o tema nacionalismos e preconceitos. Ao abordar o tema, o filme capta um momento específico de cada país em relação a estas questões. Nossa proposta é para ser desenvolvida com turmas do nono ano do Ensino Fundamental. 

ETAPAS:

1. Antes da exibição Perguntar se alguém na classe já passou por uma experiência de

discriminação ou conhece uma pessoa que já foi discriminada;  Pedir aos alunos que listem quais momentos históricos recordam em

que a discriminação, por qualquer motivo, tenha sido a mola propulsora dos acontecimentos quais seriam os ideais e valores vigentes.

 2. Durante a exibição

Pedir que os alunos listem os momentos históricos retratados que já estudaram e façam anotações breves sobre atitudes, valores, etc típicas de cada um. É importante nesse momento deixar claro que o objetivo da atividade não é nenhum tipo de teste, mas sim saber o que eles têm a dizer sobre o filme.

3. Após a exibição Pedir aos alunos que, em pequenos grupos, discutam o filme

considerando os seguintes elementos: O que lhe chamou atenção visualmente? O que você destacaria nos diálogos? Qual idéia o filme nos passa claramente? Você reconhece os modelos de organização política de Estado que são retratados no filme? Qual a principal temática abordada pelo autor/diretor?

Quais são os países envolvidos e seus respectivos acontecimentos

históricos? Abrir os grupos para debate Pedir aos alunos que se ponham no lugar de pessoas discriminadas e

perguntar o que sentem em relação a isso; Discutir com os alunos a questão da diversidade étnica, religiosa e

cultural entre os povos e a importância do respeito a ela.

4. Relacionar ao conteúdo didático Instigue seus alunos, por meio de questionamentos e observações, a

perceber os ideais nazistas, a fim de que sejam capazes de argumentar de forma crítica sobre os movimentos contemporâneos que resgatam o ideário nazista.

Apresente os seguintes trechos de jornais, que tratam da questão do preconceito e mostram atitudes neonazistas ocorridas no Brasil.

Manaus, 04/04/1993O cearense Severino da Costa é surrado e chamado de sub-raça por um grupo de 15 neonazistas.

Santo André, 07/04/1993O estudante Fábio Santos, de 16 anos, negro, é surrado e morto por cerca de 30 skinheads.

RJ, 15/12/1993Alguns jovens da Frente Nacionalista Carecas do Brasil agridem pessoas que participavam de manifestação pelo Dia Internacional de Luta Contra a AIDS.  Discuta com os alunos o fato de que o preconceito não é só dirigido a

negros, judeus ou asiáticos (como retratado no filme), mas também a outros grupos, tais como homossexuais, nordestinos, punks, pessoas carentes, idosos, obesos, índios, etc.

5. Outras sugestões Ao trabalhar o contexto da Guerra Fria/Guerra do Vietnã, você poderá

enfatizar também a origem da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, criada após a Segunda Guerra Mundial, e pensada como um organismo internacional para garantir a paz mundial.

 Contar oralmente ou por escrito situações nossas em relação a preconceito ou discriminação de qualquer espécie.

Sobre a Ku Klux Klan, pedir aos alunos que pesquisem os seguintes tópicos e apresentem o resultado do trabalho em debate a ser orientado pelo professor:

a) sua origem (localize quando e onde surgiu); b) a proposta e prática adotada por seus membros;c) sua situação atual. .

Por Marisa Fernandes, Mônica Camara e Ronaldo Santos