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Impresso Especial 68001055/02-DR/SC Editora Sophos CORREIOS Jornal da Filosofia Fundamental - Centro de Filosofia Educação para o Pensar EDUCADORES E ESCOLAS EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO FILOSÓFICA PÁG. 4 Núcleos de Filosofia cada vez mais atuantes PÁG. 6 e 7 Congressos Regionais: grande procura para implantar a Filosofia em todos os níveis PÁG. 8/9 e 10 Notícias mostrando reflexões e criações dos alunos ANO XIII - Nº 48 3º TRIMESTRE - 2004 FLORIANÓPOLIS/SC

Jornal Corujinha48

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Page 1: Jornal Corujinha48

ImpressoEspecial68001055/02-DR/SC

Editora Sophos

CORREIOS

Jornal da Filosofia Fundamental - Centro de Filosofia Educação para o Pensar

EDUCADORES E ESCOLASEM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO FILOSÓFICA

PÁG. 4Núcleos de Filosofiacada vez mais atuantes

PÁG. 6 e 7Congressos Regionais: grandeprocura para implantar aFilosofia em todos os níveis

PÁG. 8/9 e 10Notícias mostrandoreflexões e criações dos alunos

ANO XIII - Nº 483º TRIMESTRE - 2004FLORIANÓPOLIS/SC

Page 2: Jornal Corujinha48

EDUCADORES E ESCOLASEM BUSCA DE UMA

EDUCAÇÃO FILOSÓFICA

A concretização da Rede Educação para o Pensar - Filosofia com Crianças,Adolescentes e Jovens é importante porque a educação não pode ser merarepetição de conhecimentos, porque não é possível haver um trabalho de refle-xão filosófica que seja transformador da realidade, se não houver constante-mente a socialização dos saberes e fazeres. Acreditamos numa educação cons-truída nos conhecimentos e alavancada pelas experiências pessoais e comuni-tárias, um fazer na ação e reflexão. Defendemos uma educação comprometidacom a emancipação do homem, na qual ele seja autônomo no seu pensar ecooperativo no seu agir.

O Centro de Filosofia Educação para o Pensar desenvolve há 15 anos traba-lhos com colégios da Rede Pública e Particular, em diversos estados brasileiros.Elaborou o Programa Filosófico-pedagógico Educar para o Pensar: Filosofia comCrianças, Adolescentes e Jovens, o qual abrange os segmentos da educaçãoinfantil, do ensino fundamental e médio, produz materiais filosófico-pedagógi-cos que constituem as produções teóricas e práticas no trabalho junto às escolas.

O Centro de Filosofia Educação para o Pensar estabelece parcerias, median-te um contrato com as instituições de ensino em diversas partes do Brasil. Nossaorganização em Rede Educação para o Pensar concretiza-se pela associação docolégio com o Centro por meio de um contrato de prestação de serviços educaci-onais (para obter mais detalhes e o modelo do contrato, entrar em contato coma Secretaria do Centro, pelo e-mail: [email protected]. Outra formade trabalho e parceria é assessorar aos colégios quando somos solicitados, orga-nizando Cursos de Formação para todos os professores e oferecendo palestras.Também, realizamos Congressos (I e II Congresso Nacional de Educação para oPensar e Educação Sexual - 2001 e 2003); encontros regionais com alunos e pro-fessores; e projetos envolvendo toda a comunidade escolar.

EDUCAÇÃO PARA O PENSAR

Quando fazemos um caminho ejunto conosco muitos outros co-meçam a caminhar sentimos asensação de fazer um grande tra-balho que precisa de todos e queconsegue ampliar as perspectivasde alunos, professores e pais.

Vivemos, enquanto estrutura deCentro, um momento muito impor-

tante e muito rico de reflexões, trabalhos, produções e visão defuturo. Sabemos da nossa importância e da responsabilidade portodas as frentes que estamos abrindo. Por isso uma grande preocu-pação do Centro junto aos parceiros dos Núcleos em nos organizar-mos e ampliarmos os trabalhos junto aos professores, colégios eatividades junto aos alunos. Basta vermos as brilhantes atividadesque estão sendo realizadas nos colégios pelos alunos.

Também é destaque de louvor o esforço e o sucesso dos Con-gressos Regionais que acontecem neste segundo semestre. Ju-lho em Florianópolis (SC), um sucesso com participação de qua-lidade dos profissionais de diversas partes do nosso país. Emagosto o Congresso Regional de Brasília, um sucesso com muitaparticipação, organização e um desejo de que haja mais traba-lhos deste porte junto as escolas que se fizeram presentes. OCongresso Regional de Curitiba que contou com um grupo deprofessores e estudantes de alto nível. Tivemos também emCuritiba a coordenação das oficinas pelos Núcleos de Joinville,da Grande Florianópolis e de professores do Norte do Paraná.Estamos preparando junto aos Núcleos os Congressos Regionaisde Fortaleza, São Luís, Rio de Janeiro e Barra Mansa, todoscom certeza momentos de grande reflexão e vivência práticado nosso Programa.

Nesse informativo um convite muito especial para que vocêcontinue sabendo das notícias e matérias em nosso site. Por isso,devido ao pequeno espaço que temos e muitas notícias e materi-ais formativos que vem dos colégios e professores, estamos abrin-do um outro canal, em nossa página www.centro-filos.org.br vocêterá continuidade das diversas matérias e outras que não pude-ram ser colocadas neste informativo.

Vale a pena cada um ler com atenção o que se passa pelas esco-las que trabalham nosso Programa filosófico-pedagógico. Tambémé um convite para que a partir destas informações você e sua esco-la venham a trabalhar conosco no próximo ano. Aguardem outrasnovidades relacionadas ao nosso Portal da Filosofia, aos Roteirosde Planejamento 2005, aos Projetos junto aos professores, alunose pais. Muitas novidades e a certeza de que ao trabalhar conosco,você e sua escola, estarão fazendo parte de uma grande equipepreocupada com um ensino filosófico e reflexivo, voltado para asensibilidade das relações.

Boas leituras e reflexões filosóficasEquipe do Centro de Filosofia

ESPAÇO OPINIÃO DOS LEITORES

EXPEDIENTE

Jornal da Filosofiano Ensino Fundamental

Publicação Trimestral do Centro deFilosofia Educação para o Pensar

Florianópolis/SC

Av. Osmar Cunha, 183Ed. Ceisa Center - Bl. B, sala 70188015-900 - Florianópolis/SCFone/Fax: (48) [email protected]

ENDEREÇO

DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO

www.centro-filos.org.br2 EDITORIAL

ARTH&MÍDIA • [email protected]

Fone (48) 9953-7722

A REDE

CAIF - ENTREVISTA DR. EMERYÉ bom saber que existem iniciativas como esta, porque através delas

semeia-se pequenas mudanças que podem frutificar.Pais do João Vitor Bueno

É muito importante a família ficar unida, conversando sempre paranos entendermos melhor e assim aprendermos respeitar uns aos outros.

Elizabete, mãe do Danilo Wakabayashi

EDUCAÇÃO PARA O PENSARA vida de uma criança não é só receber informações dos pais e profes-

sores, e sim as experiências vividas por ela e os ensinamentos dos adultos.Kéia, mãe do Pedro Luiz Garcia Tezone

Acho o jornal Corujinha muito legal e quando eu não entendo algu-ma coisa eu pergunto para a minha mãe. Gosto de ler as coisas que atia escreve. É legal porque tem espaço para os alunos colocarem suasopiniões também.

Hanna Yumi Ueda (1ª série)

Gosto muito da aula de Filosofia, pois faz a gente pensar e meditarsobre nossa vida, onde aprendemos a respeitar e amar as pessoas. Tam-bém gosto muito da professora Sandra, pois ela nos ensina com muitoamor e dedicação.

Beatriz Roveri de Abreu (2ª série)

PROJETO PENSANDO E AGINDO PELA PAZNo mundo em que estamos vivendo hoje, em que a paz é uma palavra

tão esquecida é imprescindível e de vital importância qualquer iniciativaneste sentido. Achei muito criativa e interessante a idéia do Tapete Itine-rante da Paz, pois além da mensagem central que é de levar mensagensde paz as pessoas, incentiva a participação, solidariedade e trabalho emequipe nas crianças em prol de um objetivo nobre e tão essencial nummundo que está vivendo tão alheio a ela.

Mãe do Victor Henrique Prison

Gostei do Tapete Itinerante da Paz porque faz parte do que nós esta-mos estudando desde o começo do ano aqui no Colégio Universitário.

Paulo Henrique Tartarotti (4ª série)

Eu achei muito criativa a idéia do Tapete Itinerante da Paz. Gostaria departicipar desse projeto e escrever no tapete minha mensagem de paz.

Bárbara Gonzalez Pascoal (4ª série)

Mais informações acesse: www.centro-filos.org.br/corujinha48

Page 3: Jornal Corujinha48

NUFEP/Distrito Federal - DF .................. Lia ............ (61) 7812.3660 [email protected]/Grande São Luís - MA ................. Isabel ........ (98) 9131.9686 [email protected]/Ceará - CE .............................. Jayme ....... (85) 231.3479 ........ [email protected]/Sul Fluminense - RJ ................... Tereza ....... (24) 9845.2183 [email protected]/Norte - SC .............................. Yara .......... (47) 9107.3081 [email protected]/Manaus - AM ............................ Manoel ....... (92) 624.4535 [email protected]/Mato Grosso do Sul - MS .............. Elizzete...... (67) 384.3655 [email protected]/Noroeste - RS .......................... Oldair ........ (55) 3537.2055 [email protected]/Grande Rio - RJ ........................ Ângela ....... (21) 2426.8379 [email protected]/Mato Grosso - MT ...................... Sérgio ........ (65) 644.8068 [email protected]/Bahia - BA .............................. Holdaque .... (73) 613.0108 [email protected]/Grande Florianópolis - SC ............ Alberto ...... (48) 9102.1467 [email protected]/Vale do Tijucas - SC ................... Piva .......... (48) 9952.7020 [email protected]/Região Serrana - RJ ................... Márcio ....... (24) 9811.7177 [email protected]/Região Médio e Alto Uruguai - RS ... Vicente ...... (55) 3744.3187 [email protected]/Grande Natal - RN ..................... João.......... (84) 9985.9644 [email protected]/Região Metropolitana Curitiba-PR .. Mana ......... (41) 9165.8073 [email protected]/Espírito Santo - ES..................... Fátima ....... (27) 3347.1079 [email protected]

O Programa Filosófico-pedagógicoconstruído, apresentado e defendidopelo Centro de Filosofia Educação parao Pensar em todo o Brasil é sério, envol-vente e condizente com a realidade,como comprovam os inúmeros professo-res e centenas de escolas de todo o país.

Por isso o nosso Programa Educar parao Pensar: Filosofia com Crianças, Ado-lescentes e Jovens quer oportunizar atodos um estudo reflexivo, crítico eemancipatório. Lançar-nos para o estu-do com mais afinco, dentro da filosofiae de outras disciplinas, tornar-nos aten-tos para aprendermos com as crianças eos jovens naquilo que eles têm para nosdizer e, juntos, maravilharmo-nos, fa-zermos filosofia. Uma filosofia viva, en-charcada de vida em todas as dimensões.

CONHEÇA mais sobre os núcleos e so-bre o Centro no site: www.centro-filos.org.br/nucleos Entre em contatocom o NUFEP mais próximo de você.

RELAÇÃO DOS NUFEPs - (Núcleos de Filosofia Educação para o Pensar) e seus responsáveis

Profª Lia – Nossa entrevistada desse trimestre é uma grande liderança, educadora e entusiasta poruma Educação para o Pensar. Responsável pelos trabalhos do Núcleo de Filosofia Educação para oPensar – NUFEP/DF. Um Núcleo que está com uma atuação muito presente em inúmeros colégios doDistrito Federal e Goiania. Responsável pelo Congresso Regional de Educação para o Pensar e Educa-ção Sexual do Distrito Federal e de vários encontros dos professores no Projeto Café com Idéias.

Corujinha: Quem é a Educadora Maria Concei-ção A. Bazzo?Lia: Carinhosamente conhecida como Lia, é bata-lhadora, apaixonada pelo que faz e por tudo quese empenha. Professora normalista, como era cha-mada, fez Administração Escolar. Aos 18 anos, quan-do começou alfabetizando adultos preocupadademais com a responsabilidade no educar, surgiuuma grande vontade de interagir com a comunida-de escolar. Para ela, lidar com o crescimento pes-soal de cada aluno e de cada família tornou-se umamissão e não um trabalho. Ao longo de sua carrei-ra, desempenhou diversas fun-ções na unidade escolar, entreelas a de professora alfabeti-zadora, coordenadora, assis-tente de direção e bibliotecá-ria. Dentro ou fora de sala deaula, com os filhos ou alunos,com crianças ou adultos, temum respeito muito grande pe-las pessoas e uma vontadeimensa de ajudar, transmitin-do otimismo para todos. Falan-do, ouvindo, respeitando e tra-balhando muito tudo é possí-vel. Hoje, aposentada pela es-cola, continua envolvida nomesmo ideal de trabalho pormeio da livraria que possui edos trabalhos em parceria como Centro de Filosofia.

Corujinha: Como a senhora vê seu trabalho jun-to aos professores e alunos nas escolas do Dis-trito Federal?Lia: Vejo a abertura muito grande que tenho nosColégios como uma conseqüência da minha inte-ração. Sou muito bem recebida, respeitada e sin-to-me agradecida pelas oportunidades que sur-gem. Procuro estar sempre presente, fazendoparcerias, colaborando, trocando idéias e experi-ências que nos fazem crescer.

Corujinha: Ao estar à frente de um NUFEP bas-tante dinâmico junto aos professores e colé-

gios, ao responder recentemente pela organi-zação de um grande Congresso Regional deEducação para o Pensar e Educação Sexual doDistrito Federal, que aconteceu em 27 e 28próximo passado, o que a senhora tem a di-zer sobre a Educação que estamos buscandopara todas as escolas?Lia: A Educação para o Pensar é uma grande ne-cessidade. Precisamos virar a página e deixar delado a imposição de idéias e conteúdos e prepa-rar o indivíduo para a reflexão, para ser maisparticipativo, mais atuante e ter consciência do

seu valor como parte de umasociedade na qual as pesso-as precisam viver bem. Con-sidero também que a propos-ta Educar para o Pensar émuito bem elaborada e o pro-fessor tem todo o acompa-nhamento para aplicá-la emsala de aula. O Centro de Fi-losofia, com uma história de15 anos com depoimentosverídicos, está preocupadotambém com o resultado doprograma, estando semprepresente, oferecendo recur-sos como livros, página nainternet e uma equipe atu-ante. É um excelente cami-nho para quem deseja teralunos mais reflexivos econscientes.

Corujinha: Como mãe, avó, educadora e gran-de entusiasta de uma escola mais crítica e cri-ativa perguntamos: é possível uma educaçãoemancipatória na escola que temos atualmen-te? É possível sonharmos e vislumbrarmos comuma educação para uma vivência comunitáriamais justa?Lia: Só consigo vislumbrar uma educação eman-cipatória, uma educação para uma vivência co-munitária mais justa, a partir do momento emque a escola começa a se preocupar, a se questi-onar e a procurar meios para que atinja estes

objetivos. Isto está acontecendo agora e a satis-fação é grande quando apresentamos o EducarPara o Pensar e ouvimos de diretores, coordena-dores e professores frases do tipo: “Precisamosdisto. Estávamos a procura de um caminho segu-ro e parece que a porta se abriu”, “Queremossaber mais sobre esta proposta. Queremos nospreparar para uma educação emancipatória.” Asociedade já está exigindo este tipo de educaçãodas escolas e, por isso, elas estão procurandocaminhos para a sua concretização.

Corujinha: O que a senhora tem a dizer paraos diretores, coordenadores e professores queoptam por colocarem a disciplina Filosofiadesde os primeiros anos escolares?Lia: Acredito que estão no caminho certo. É umainovação necessária e mostra que eles realmenteestão preocupados em dar à sua comunidade es-colar uma educação de qualidade. Estão tambémpreocupados em mudar a nossa história, propor-cionando uma sociedade mais justa, com cida-dãos mais conscientes e participativos.

Corujinha: Uma mensagem final para os alu-nos que tem a disciplina Filosofia desde os pri-meiros anos, seus professores e para todos osfamiliares.Lia: Aos professores, tranqüilidade, sentimentode estar fazendo o melhor, de estar colaborandocom o futuro de seus alunos e para um mundomelhor. Aos alunos, a valorização, o reconheci-mento pelo que estão construindo junto com aescola e a consciência de que estão saindo na fren-te neste nosso tempo e que levem isto adiante.Às famílias, o participar continuamente para quetudo realmente viabilize-se.

www.centro-filos.org.br ENTREVISTA 3

NUFEP/DF – UM TRABALHO ORGÂNICOJUNTO AOS COLÉGIOS E PROFESSORES

... quando apresentamoso Educar Para o Pensar e

ouvimos de diretores,coordenadores e

professores frases dotipo: “Precisamos disto.Estávamos a procura deum caminho seguro eparece que a porta se

abriu”. “Queremos sabermais sobre esta proposta.Queremos nos preparar

para uma educaçãoemancipatória.”

Page 4: Jornal Corujinha48

www.centro-filos.org.brNOTÍCIAS DOS NÚCLEOS4

A FILOSOFIA EMMOSSORÓ/RN

O Programa “Educar para oPensar: Filosofia com Crianças,Adolescentes e Jovens”, ocupouespaço no rol das atividades da“X Semana Universitária” pro-movida pela Universidade Esta-dual do Rio Grande do Norte –UERN. O Programa foi apresen-tado e discutido com alunos dosCursos de Filosofia e Pedagogia,pelo Prof. Dr. João Maria Piresdo Departamento de Filosofia –UERN. O professor Pires tambémrepresenta, no Rio Grande doNorte, o Centro de FilosofiaEducação para o Pensar – CEN-FEP, através da Coordenação doNúcleo de Filosofia Educaçãopara o Pensar -NUFEP/RN.

A convite do professor Pires,as professoras Vanuza, Socorro eLenira, da Escola Estadual Mon-senhor Raimundo Gurgel, comen-taram a experiência que tiveram,em 1997, com aplicação do Pro-grama Filosofia com Crianças nasturmas de 1a série. As professo-ras ressaltaram a importância daFilosofia na Educação para o Pen-sar, oferecendo detalhes das mu-danças de comportamento e pos-turas das crianças em salas deaula. O depoimento reforçou os

NUFEP - Grande Natal/RN

argumentos apresentados peloprofessor Pires, em favor de umamaior expansão e aplicação doPrograma junto às escolas.

Na opinião do Professor Pirese dos participantes da Oficina Fi-losófico-pedagógica, o sucesso daFilosofia na X Semana Universi-tária, representa apenas o come-ço de um amplo espaço que seabre em Mossoró e região, para aprojeção do Programa Educaçãopara o Pensar. Neste sentido, vi-sando atender solicitações paravisitar escolas interessadas, oProf. Pires, enquanto Coordena-dor do NUFEP e professor de Fi-losofia da UERN, está somandoesforços para, em parceria como CENFEP, desenvolver uma am-pla campanha de divulgação eaplicação do Programa junto aosalunos, professores, coordenado-res e diretores das escolas públi-cas e particulares, em todo o RioGrande do Norte.

Os contatos poderão ser feitos atravésdo e-mail: [email protected] e dosfones: (84) 608 – 5526. (Parnamirim -RN) e (84) 315 – 2194 (Mossoró/RN /Dep. de Filosofia – UERN).

NUFEP / Sul Fluminense - RJ

O Núcleo já está se prepa-rando para o Congresso Regi-onal de Educação para o Pen-sar e Educação Sexual. Esteevento acontecerá nos dias19 e 20 de novembro de 2004,no Colégio Verbo Divino emBarra Mansa. Alguns Colégiosda Região estarão expondoseus trabalhos. O ColégioNossa Senhora do Rosário deVolta Redonda, o Colégio Nos-sa Senhora do Amparo de Bar-ra Mansa e outros estarãoparticipando ativamente des-te Congresso.

(Teresa – Barra Mansa)

NUFEP / Norte - SC

Aconteceu a 8ª Noite da po-esia, do desenho e da canção fi-losófica, nos dias 20 e 21/09,no anfiteatro do Colégio Cene-cista José Elias Moreira em Jo-inville/SC.

- Nos dias 17 e 18/09 profes-sores que fazem parte do Núcleo(Profª Emanuelle, Profª Rosane e Prof. José Roberto) colabora-ram coordenando oficinas noCongresso Regional de Educaçãopara o Pensar e Educação Sexualde Curitiba.

- As professoras Edna Santa-na e Emanuelle S. Dalri estãopreparando uma oficina para osprofessores da Educação Infan-til, com a novela filosófica ”OMeu quintal”.

(Yara – Joinville)

NUFEP / Região Metropolitanade Curitiba - PR

Uma parceria que prome-te muitas outras frentes. Nametade de agosto aconteceuuma reun ião em Cur i t iba(Centro e Pós-Graduação doBagozzi) para re-alinharmos

forças para a divulgação doCongresso Regional de Curi-tiba, pensarmos em estrutu-rar o NUFEP. Após algumas se-manas a continuação da reu-nião aconteceu em Florianó-pol is, na sede do Centro.Desta reunião oficializamos oNúcleo da Região Metropoli-tana de Curitiba.

O Núcleo está sob a coorde-nação da Profª Mana que estávisitando colégios que traba-lham com nosso Programa e ou-tros interessados. Planeja açõespara ampliação das atividadesjunto aos professores como:Grupo de estudos, Café comIdéias, Partilha de ações entreescolas...

Junto com a Pós do Bagozziestamos amadurecendo idéiaspara uma Pós-Graduação. Aguar-dem informações!

(Mana – Curitiba)

NUFEP / Mato Grosso do Sul – MS

Demos início ao nosso tra-balho. Realizamos dia 20/08 oprimeiro Café com Idéias, comsucesso.

Foi um momento para nosconhecermos e falarmos umpouco do que cada um vem re-alizando em sala de aula. Oscolégios de Campo Grande quetrabalham com nosso Progra-ma e materiais tiveram umapart ic ipação importante.Grandes destaques e muitavontade de ampliar os traba-lhos junto aos alunos.

Marcamos o nosso segundoencontro para setembro ondefaremos uma Oficina e o convi-te se estenderá às demais esco-las que queiram conhecer a pro-posta de trabalho do Centroatravés do Núcleo. Em brevemais notícias...

(Elizzete – Campo Grande)

QUEREMOS LEMBRAR!Existem pessoas que passam por nossas vidas e deixam marcas. Pessoas que estiveram em nossa convivência,

mesmo por curto espaço de tempo, e conseguem mostrar-se em toda sua integridade, sua liderança, posturaética, emprendedorismo ...

Elizabeth foi uma pessoa que continua viva em cada trabalho que os Núcleos estão organizando e realizandojunto aos colégios, professores e alunos. Elizabeth o que você plantou no estado do Espírito Santo continuacrescendo tendo presente seu esforço... Todos somos muito agradecidos por você ter estado conosco. Fique empaz junto aos anjos no paraíso em que você está e que construiu em sua vida e passagem junto a nós.

Centro de Filosofia Educação para o Pensar

NÚCLEOS EM AÇÃO

Sofreu acidente de carro no começode agosto voltando de trabalhos doNúcleo de Espirito Santo

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www.centro-filos.org.br NOTÍCIAS DA REDE 5

CAFÉ FILOSÓFICOCOM FAMÍLIAS

DESFAVORECIDASNUFEP - Sul Fluminense/RJ

Tem sido realizado mensalmente “CaféFilosófico” com famílias carentes que parti-cipam do Programa “Escola de Pais” na ONGConstruindo Sonhos”. Vários temas são de-batidos e os participantes dia a dia vem de-monstrando mais interesse em participar.

Denominado pelos alunos Café Consciência,este projeto pretende reunir grupos de pesso-as interessadas em discutir assuntos de Políti-ca, Ética, Estética, Fenomenologia, Existenci-alismo, Natureza Humana e Filosofia Contem-porânea com mais profundidade, deixando asuperficialidade usualmente utilizada.

“O outro se descobre, antes de tudo, napreocupação das ocupações.” (Heidegger)

Envolver-se no interesse da filosofia nos diasde hoje é difícil, mais difícil ainda é sentir oquanto ela é útil para o esclarecimento e a“fabricação” da existência humana no mundo.Nós, do Café Filosófico, pretendemos envolveros futuros pensadores no interesse da lingua-gem, aprendendo a fazer discursos, conversa-ções que comprometem para a aprendizagem.

Ler, ouvir, falar, raciocinar e escrever, são exer-cícios da aprendizagem que devem desenvolver ocultivo do pensamento, ou seja, a arte de pensar.

CAFÉ COM IDÉIAS no EnsinoMédio - novas mentalidades

Col. Elias Moreira – Joinville/SC

“O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo, porque tem que dizer alguma coisa.”(Platão, filósofo grego)

RESULTADO DE ALGUMAS REFLEXÕESalegria fosse uma chuva de verão; que temorfosse uma vaca pastando próxima. Porque fei-jões não trabalham das 9 às 5, não tem estressnem depressão. Feijões não tomam pílulasazuis no café da manhã, verde no almoço evermelhas no jantar. Porque feijões não sabemo que é a dor de perder um filho, a mulher e osobrinho em um acidente provocado por umjovem alcoolizado, ou a vitória de ganhar naMega–Sena. Porque feijões cariocas não discri-minam feijões enlatados.

Pergunto-me, se talvez, um feijão não des-se uma vida de fotossíntese por um minuto defelicidade. O que ele escolheria? Um banho depraia num dia quente de rachar, saber que seufilho nasceu e está bem, um Red Bull com uís-que, ou a final da copa com a seleção?

Creio que nem um deles. Mesmo porque,um feijão tem a amplitude emocional dignade um feijão, e não gostaria de tanta emo-ção. Feijão que é feijão gosta de fotossínte-se que faz e não se preocupa se o vizinho ga-nhou um ramo novinho.

Ah, quem me dera eu fosse um feijão!

Kauê 2ºD

ENSAIO SOBRE FEIJÕES

Quem me dera fosse um feijão

Feijões não necessitam de mamadeira.Feijões precisam de terra fofa, água e unspoucos raios de sol matinal, que os deixemmornos, mas que não os sequem. Você já ou-viu falar em feijõezinhos rebeldes com faltade afeto? Feijões não discutem com seus pais,não matam aula e nem levam suspensão porpassar cola na hora da prova. Feijões nãoameaçam se jogar pela janela do quinto an-dar, não roubam bala na loja e não pintam ocabelo de vermelho. Feijõezinhos não fazemxixi nas calças.

Quem me dera eu fosse um feijão e não sou-besse o que é felicidade.

Quem me dera eu fosse um feijão inerte naterra absorto no movimento da seiva pelo meucorpo, e não deixasse que o mundo me influen-ciasse e me fizesse mudar de opinião a cadacinco minutos. Por que feijões geralmente nãotêm sua própria opinião, quem diria a dos ou-tros. E o que diriam os outros feijões quandovissem um feijão com opinião formada? Nada,porque feijões também não falam.

Quem me dera que em vez de sangue, eutivesse a seiva concentradora de atenção; que

Sabedoria superior é o que pretendemos noprojeto, tão necessária para quem sai da esco-la para o mundo.

TEMAS DISCUTIDOS NO CAFÉ

A felicidade – Pablo Casals; A crise contem-porânea – Neylor J. Tonin; A história da filoso-fia – Sócrates; Filosofia grega e cristã; Huma-nismo; Racionalismo; Filosofia cientificista; Aangústia – Heidegger; O medo – Heidegger ePascal; A coragem – Gonçalves Dias e Sócrates;A admiração – Descartes; O pensamento – Des-cartes e Kant.

METODOLOGIA DO CAFÉ

Interpretar textos; Consciência de si mesmo;Focos de percepção; Atitudes de espanto; Per-ceber o Universo diferente do Eu objetivo; In-vestigação filosófica; Atitude filosófica; Deba-te; Argumentação; Análise da tradição; Deco-dificar textos; Evidência e ambigüidade; Me-mória histórica; Intenção comunicativa; Cons-trução analógica e analítica; Síntese; Etapascompreensivas; Liberdade de pensamento fi-losófico; Posicionamentos e opiniões; Reflexãoempática e crítica; Comentário e resenha.

PENSADORES

Adriane – 2ºA; Amanda – 2ºA; Carolina – 2ºA;Daniel – 2ºA; Willyan – 2ºA; Alexandre – 2ºB;

Felipe – 2ºB; Talita – 2ºB; Aldana – 2ºD; Daiane– 2ºD; Diego – 2ºD; Francislaine – 2ºD; Gabrye-lla – 2ºD; Kauê – 2ºD; Leila – 2ºD; Lorena – 2ºD;Luiz Delfino – 2ºD; Ronaldo – 2ºD; Cindy – Tupy;Danielle – Energia.

Mais informações acesse:

www.centro-filos.org.br/corujinha48

Page 6: Jornal Corujinha48

www.centro-filos.org.brMATÉRIA DA CAPA6

O Congresso Regional do Distrito Federalque aconteceu em Brasília no Col. Marista JoãoPaulo II foi um trabalho de parceria muito for-te entre Núcleo/DF (coordenado pela Profª Liae sua equipe), o Centro de Filosofia, a Abra-des e os inúmeros Colégios que trabalham comnosso Programa no Distrito Federal.

Um Congresso com participação signifi-cativa de educadores em número (mais de300) e em qualidade. Uma certeza de todosos organizadores: “estamos no caminho cer-to, atendendo as expectativas, proporcio-nando espaços e eventos de reflexão, apren-dizagem e troca de conhecimentos. Os inú-meros Colégios de Brasília e de todo Distri-to Federal, também de Goiás e de outrosestados (MG,SP que estiveram presentes per-ceberam e sabem da seriedade dos traba-lhos do Centro e do Núcleo. Agora é só am-pliarmos as parcerias e respondermos as ne-cessidades dos professores com trabalhos eprojetos locais”- Profª Marta B.

DEPOIMENTOS

- Participar deste Congresso, me deixou muitofeliz e com vontade de aprender sobre este tema.Achei organizado e muito criativo. Parabéns evoltem sempre.(Prof. Caroline Kochenberger Rodrigues CEAC)

CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO PARA O PENSAR EEDUCAÇÃO SEXUAL - 27 e 28 Agosto - Brasília / DF

- Fiquei muito satisfeita por encontrar pesso-as que pensam sobre este tema com responsabi-lidade e maturidade. Esta proposta é de impor-tância vital para a nossa sociedade. Parabéns atoda equipe.

(Prof. Ana Maria Mafre DF)

- Sinto-me esperançosa por ver que há aindaresistência ao caos e que a sociedade ainda temchances de sobreviver numa ótica civilizatória ehumana. Espero que novos encontros aconteçampara que eu possa participar.

(Alcione Pimenta Goiânia)

- O Congresso fortaleceu meus conheci-mentos, minha concepção sobre o assunto.Estou levando muita bagagem para podertrabalhar.

(Maria Aparecida Viana Cabrobo Araguari)

- Foi ótimo para a minha prática, pois tra-balho com a educação infantil. Pretendo co-meçar a buscar esta forma de questionadoracom meus alunos.

(Raquel Mendes Diniz DF))

- Sensibilizada e com muita vontade de darcontinuidade a esta proposta que iniciamos emnossa escola.

(Magaly B. de Araújo Barbosa DF)

- Maravilhada com o Dr. César. Fora de série.Relacionamento do grupo foi ótimo. Prof. Liamuito atenciosa. Não vou abandonar as oportuni-dades de estar com vocês.

(Sonia Soares de Azevedo Araguari/MG)

- Muito positivo. Gostaria que fossem a Minas,em especial no Colégio Benloar Sagrado Coraçãode Jesus em Araguari.

(Irmã Valéria Cristina Penido Araguari/MG)

- É bom saber que existem pessoas tão capa-citadas e tão inteligentes e que estão preocupa-dos com um bem comum e maior: o saber detodos. Palestras, oficinas, recursos, locais, tudomuito positivo.

(Edmar Lopes dos Reis Guará /DF)

- Novos incômodos surgiram e percebo umanecessidade de me aprofundar e conhecer me-lhor os temas. As dinâmicas foram enriquecedo-ras e demonstram novas formas de abordar a fi-losofia e a sexualidade em sala de aula.

(Gisele Ferreira Tacca DF)

Em parceria com o Col. Bom Jesus e a Facul-dade de Filosofia São Boaventura, o Centro deFilosofia e a Abrades realizaram em Curitiba umsignificativo Congresso Regional preparatório aoIII Congresso Nacional.

Um evento com participação significativa deeducadores e alunos das mais diversas institui-ções de Ensino da Região Metropolitana de Cu-ritiba e também de outros estados (Rio Grandedo Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Ja-neiro). Além das Conferências dos professoresdoutores César Nunes (Unicamp/SP) e SilvioWonsovicz (CENFEP/SC), as presenças dos co-ordenadores das oficinas dos Núcleos do Nor-te/SC, da Região Metropolitana de Curitiba eda Grande Florianópolis.

Após esse Congresso o Núcleo da RegiãoMetropolitana de Curitiba (recentemente es-truturado junto com a EIDOS/Posgraduação

Bagozzi) começou um trabalho sistemático dedivulgação e ampliação dos colégios que tra-balham com nosso Programa filosófico-peda-gógico, organização de grupo de estudos entreos professores e interessados e outras iniciati-vas que em breve estarão sendo noticiadas.

DEPOIMENTOS

- Buscar e desenvolver uma reflexão sobre anecessidade de um pensar filosófico representaum ponto positivo neste contexto de individuali-dade, consumismo e conceitos prontos. Este pro-cesso deve continuar.

(Marcia Vidal Candido Frozza - Lages / SC)

- Espero que se repita muitas vezes e seja tam-bém levado a outras faculdades.

(Anna Fábia Lisboa - Campo Largo / PR)

- Obrigada a comissão organizadora desteevento, me sinto orgulhosa em estar aqui eposteriormente ter uma idéia diferenciada dosdemais, já que tratamos de um assunto tãopolêmico.

(Cristiane Borges Netto Medeiros - Curitiba / PR)

- Tudo que diz respeito a formação do indivíduopara melhorar nossas relações humanas é funda-mental e urgentíssimo. Portanto, tudo que vimosnesse congresso é essencial para a preservação daespécie humana.

(Tânia Mara Moraes Rego - Curitiba / PR)

- O evento contribuiu muito para uma nova visãodas ações nas escolas, enquanto a sexualidade.

(Maria Inês Kovalski - Curitiba / PR)

- Parabéns pelas explicações e palestras. Fo-

CONGRESSO REGIONAL DE EDUCAÇÃO PARA O PENSAR EEDUCAÇÃO SEXUAL - 17 e 18 Setembro - Curitiba / PR

Page 7: Jornal Corujinha48

www.centro-filos.org.br MATÉRIA DA CAPA 7

CARTA DE SÃO LUÍS1 – Estivemos reunidos de 30 de agosto a 3 de

setembro de 2004 no Auditório Central da UFMA(Universidade Federal do Maranhão) 110 participan-tes. Filósofos, Sociólogos, Pedagogas, Educadorese Estudantes de Filosofia de vários estados do Bra-sil, durante o II SENAFEB (Seminário Nacional de Fi-losofia e Educação Básica), discutimos e aprofun-damos o tema – “Filosofia e Educação: do como aopara onde?”. Portanto, ao manifestarmos nossosprincípios e propósitos, registrarmos aqui as dire-trizes e proposições que fortalecem nossas convic-ções e nossas intenções de lutas e esperanças deefetivar o ensino de Filosofia e Sociologia na Educa-ção brasileira em todos os níveis de ensino.

2 – Proclamamos nossa convicção na educação

humanística, que considera o homem e sua con-dição subjetiva e social como fundamento de todaeducação. Defendemos um ensino filosófico comas crianças, adolescentes e jovens que venha pre-pará-los para a vida, que vincula a comunhão dacultura e do conhecimento, princípios éticosemancipatórios, com a elevação estética da vida,com a responsabilidade social e a promoção daparticipação política democrática libertadora.

3 – Defendemos uma educação e escola queprocure formar a pessoa humana em todas as suaspotencialidades e identidades, buscando partir darealidade inalienável de cada ser, de modo a in-tegrar todos, educadores e educandos, nos maiselevados ideais éticos, cívicos, culturais e políti-cos da humanidade.

4 – Associamos nossa luta e esforço nacionalpor um ensino filosófico e sociológico com todoprojeto social e político que busque superar arealidade difícil e injusta em que vive a grandemaioria do povo brasileiro. Herdeiros que somosde uma tradição de exclusão, de exploração, denegação dos mais elementares direitos sociais,sobretudo no acesso à educação e reflexão filo-sófica e sociológica.

5 – Expressamos nossa convicção e luta em prolde uma educação que tenha a participação doensino da filosofia e sociologia, para termos umaeducação que forme sujeitos históricos, autôno-mos, críticos, esclarecidos, colocando o acesso àcultura e educação escolar como forma de huma-nização plena para a vivência das dimensões co-letivas mais elevadas, principalmente aquela queprepara para o trabalho criador e realizador.

6 – Firmamos o compromisso com a educação dacriança, do adolescente e do jovem para o pensarcriativo, para a convivência solidária, para o res-peito à alteridade, para a conquista da cultura eformação da pessoa emancipada, reflexiva, respon-sável e livre. Defendemos que a formação filosóficae reflexiva na escola fundamental e média é o es-paço do debate criativo, da aproximação pedagógi-ca dos recursos da lógica, da aquisição subjetiva dalinguagem e do pensamento criativo em investiga-tivo, da produção da consciência investigativa e me-tódica na direção da formação para a plenitude daação na escola e na sociedade atual.

7 – Buscamos superar uma forma de pensar asociedade, a cultura e a escola como determina-ções autoritárias, repressivas ou mediadas pelosvalores do sucesso, da competição e da acumula-ção material. Optamos por uma concepção políti-ca democrática e pluralista, por uma concepçãode conhecimento e saber que esteja a serviço davida e da felicidade, por uma filosofia e sociologiaque almejem a emancipação e a autonomia.

8 – Por fim, em nossas utopias e proposições,reflexões e críticas, debates e informações tro-cadas, conhecimentos e vivências da experiên-cia rica e exigente do convívio coletivo e gene-roso neste II Seminário, onde comungamos es-peranças e desafios, busca-se afirmar a culturaelaborada como a matriz da humanização, o es-paço da escola como lugar de formação para oagir consciente no mundo, de modo a anunciar anovidade institucional e histórica da cultura daemancipação e da pluralidade.

9 – Para tanto, reafirmamos nosso propósito demantermos unidas as disposições para produzir me-diações, a celebrar a beleza e originalidade da vida,a manifestar a cultura do diálogo, a constituir a éticada alteridade, a promover o pensamento que escla-rece e sente, a construir a educação que ama e, aomesmo tempo, cultivar o amor que educa.

10 – Para realizar tais propósitos, lutamos pelaaprovação do projeto de lei nº 1641/2003 que tor-na a Filosofia e Sociologia disciplinas obrigatóriasem todas as escolas brasileiras. E lutamos para quea implantação das aulas de Filosofia e Sociologiaem toda a estrutura escolar seja feita com cargahorária compatível com o desenvolvimento de umraciocínio critico, criativo e criterioso.

São Luís, 03 de setembro de 2004

Carta-documento aprovada por unanimidadena sessão de encerramento do II Seminário Naci-onal de Filosofia e Educação Básica. Na mesmasessão ficou acertado que haverá ampla divulga-ção da carta, uma mobilização Nacional de lutarpara que nosso pleito junto as autoridades edu-cacionais e dirigentes do nosso país sejam sensi-bilizados e nossa reivindicação seja vitoriosa.

ram válidas para a vida profissional e exercíciodo pensar filosófico nas escolas.

(Juliana Alves Martins - Araucária / PR)

- Acho importante todo o conteúdo falado,se possível, seria interessante levar estes co-

nhecimentos a outros lugares. Pois é pena quepoucas pessoas como educadores tenham aces-so ou interesse sobre asuntos referidos. Que bomvocês terem vindo!(Irene de Fátima dos Santos Vieira - Araucária / PR)

- Gostei muito das palestras e oficinas. Esperoparticipar de outros congressos. Parabéns peloempenho de todos.

(Gisele Maria Bonato - Curitiba / PR)

- Espero que haja muitas outras oportuni-dades de participar em congressos como este.Parabéns!(Rosângela Rodrigues da Silva Mendes - Almirante

Tamandaré / PR)

- Este evento foi muito importante para refle-tir sobre a educação moderna.

(Ana Beatriz Salgado Narloch - Curitiba / PR)

- Foi muito interessante, pois com certeza sai-remos daqui com muitas idéias e com outro olharperante a filosofia.

(Daniele Miranda de Oliveira - Petrópolis / RJ)

- Só tenho a agradecer a oportunidade degrande esclarecimento que tive nesse con-gresso.(Carla Cristina de Oliveira Ramos - Petrópolis / RJ)

- Muito bom, muitas pessoas da sociedade de-veriam ter acesso a este tipo de temática.(Sergio Fernando Maciel Corrêa - Campo Largo / PR)

- Estou fascinada com as descobertas e as pos-sibilidades. Com certeza, minha participaçãoneste evento será pontuada como um marco den-tro de minha trajetória profissional, isso pelafalta de formação nesta área. É um grande de-safio que quero levar adiante.

(Ana Cláudia da Silva Caleffi - São Gabriel / RS)

Page 8: Jornal Corujinha48

www.centro-filos.org.brFILOSOFIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL8

A partir da observação e manuseio deuma folha de papel as crianças da Educa-ção Infantil construíram alguns conceitossobre mudanças e transformações.

Dobrando o papel, modificando suaforma construíram um barquinho. De-pois, rasgando a popa, a proa e o mas-

Escola Pinheiros – Londrina/PR

tro transformaram o barco em umacamiseta.

Entre as dobras do papel muitas idéiasforam “desdobradas”: A origem do papel,árvore, semente, lagarta e borboleta, cri-anças e bebês...

Observe um flash dessa vivência.

MUDANÇAS E TRANSFORMAÇÕES

Com a finalidade de enriquecer e contextualizara aula de Filosofia no trabalho com a cena da nove-la “O Meu Quintal”, cujo objetivo como citado aci-ma, era de fazer com que as crianças percebessema importância da ajuda mútua, organizei uma dinâ-mica, apresentando ao grupo um quadro com umagravura de uma linda gatinha. Exploramos a ima-gem e eu disse que iria dar o quadro para a turma.Cada um queria o quadro pra si, argumentei entãoque só tinha um, mas que poderia dar um jeitinho.Comecei aí, a recortar o quadro em partes (18, igualao número de alunos). As crianças ficaram desa-pontadas quando me viram cortando o quadro e en-tregando um pedaço para cada uma. Reclamaramdizendo que estraguei “a gatinha”, o que iam fazersó com um pedaço da gata?

Deixei que discutissem e pensassem o que fa-zer. Perceberam então, que estavam com um que-bra-cabeça nas mãos. Começaram a discutir quemseria o dono do quebra-cabeça, e não chegaramem um acordo.

Propus então um desafio ao grupo. Dei umtempo para que juntos pudessem montar o que-bra-cabeça. Se conseguissem fazê-lo no tempodeterminado, com a participação de todos, o jogoficaria para a sala, caso contrário, daríamos ojogo para a sala do Pré II, assim não teria maisbrigas. Concordaram.

Deixei bem claro que todos deveriam participarda montagem da figura em um prazo de 15 minutos.

Houve muita discussão. Alguns choravam por-que não queriam entregar suas partes para o gru-po. Outros queiram controlar tudo e todos dan-do ordens.

Durante um tempo a confusão foi grande.Quando perceberam que o tempo estava ter-

minando, organizaram-se e conseguiram montaro quebra-cabeça com ajuda de todos.

Na avaliação da atividade, as crianças apon-taram a falta de união e cooperação por isso de-moraram tanto com o trabalho, teve choros ebrigas, disseram que com união ficaria mais fá-cil conseguir as coisas. Refletiram sobre aspec-tos importantes como a união, a colaboração eo trabalho em equipe.

Valeu a atividade!

Professora do Pré III A

TÉCNICA PARA AULASDE FILOSOFIA

SUGESTÕES DE AULAS FILOSÓFICAS NAEDUCAÇÃO INFANTIL

Esta dinâmica tem como objetivo reconhe-cer a necessidade do trabalho em equipe. Esteera o ponto principal da cena oito no livroMeu Quintal.

Depois de lermos a cena oito e discutirmossobre a satisfação de se fazer algo bem feito, lis-tamos as coisas que as crianças faziam bem feitoe elas disseram:

- desenhar; fazer bagunça; brincar; guardar osbrinquedos; tomar banho; guardar meus brinque-dos; jogar bola; andar de bicicleta; cuidar do meupeixinho; recortar; escovar os dentes; etc.

Depois de cada um expressar o que sabe bemfeito, fizemos a proposta da dinâmica. As crian-ças deveriam pegar uma caixa surpresa do outrolado da varanda sem tirar a mão do portão.

As idéias borbulhavam, a principio cada umteve uma idéia e queria tentar sozinho, maslogo desistia, porque via que não ia dar certo.

Fui questionando e fazendo com que elestrocassem hipóteses entre si, tentando encon-trar uma saída. Não demoroumuito e uma aluna teve aidéia de fazer uma correntede crianças, um seguraria noportão e os outros iam dandoas mãos até chegar na caixa.

A idéia era perfeita, porém,eles tiveram que refazer vári-as vezes por soltarem das mãosuns dos outros ou por quererpegar na mão do colega sempassar pelo portão.

Até que um aluno sugereque um de cada vez vai tocan-do no portão com uma mão ecom a outra segura a mão docolega. Dessa forma dá certo eem pouco minutos a correntechega até a caixa, porém, en-contram outro problema, comoestão segurando um na mão dooutro, não tem como pegar acaixa, então outro aluno sugere que chutem a cai-xa até chegar no primeiro, ou seja, naquele queestá segurando no portão.

Quando isto acontece as crianças fazem umafesta e o aluno que chegou primeiro tem o direitode abrir a caixa.

Antes dele abrir peço para cada criança dizer oque acha que tem na caixa e as hipóteses foram:

• é uma bala, um brinquedo, uma bola, umlivro, uma boneca, um lápis, um jogo, etc, etc, eninguém adivinha.

Colégio Dom Bosco – Campo Grande/MS

Dentro da caixa tinha uma caixa de BIS (chocolate20 unidades), logo já querem comer e eu questiono:

• Mas será que tem para todos?• Tem sim é só olhar aqui na caixa.Leio e confirmo a hipótese de uma das alunas.Distribui-o um pra cada criança e sobram 5

BIS, logo questiono:• E agora o que faremos?Aluno:• “Dividi no meio e dá um pra cada”.Aluna:• “Não dá 5 dividido no meio da 10 e somos

mais que 10”.Aluna:• “Vamos dar para as professoras”.• “Quantas professoras são? Eu questiono”.Eles começam a falar os nomes das professo-

ras e concluem também que não dá e então re-solvem dar para: coordenadora, auxiliar e paraas duas tias que limpam nossa sala.

Voltamos para sala e fechamos a atividade coma seguinte questão:

Será que sozinho algum denós conseguiria pegar a caixa?

Unanimente eles dizem quenão, que precisava de um aju-dar o outro, um trabalho juntoe se alguém não quisesse aju-dar eles não conseguiram, poisa distancia do portão até a por-ta da sala (no outro lado) erado tamanho da corrente queeles fizeram juntos.

Concluo a atividade refletin-do com eles sobre:

• O objetivo que eles tinham(pegar a caixa).

• O compromisso e respon-sabilidade (todos participarem).

• A importância do trabalhoem equipe.

Esta atividade foi muitoprodutiva em relação a parti-

cipação e envolvimento das crianças e princi-palmente porque consegui atingir o objetivo pro-posto ao desenvolvê-la.

Percebo, que a filosofia cada vez mais cola-bora com o “pensar” das crianças, nas soluçõesde sintuações-problema, que ocorrem dentro daprática educativa.

Pré III C - Professora:Silvia Regina da S. Pereira

RESOLVENDO SITUAÇÃO-PROBLEMA

Page 9: Jornal Corujinha48

www.centro-filos.org.br FILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL 9

Trabalhando com a no-vela filosófica O Menino ea Caboré, os alunos da 2ªsérie do Colégio Cristo Reide Horizontina questiona-ram de onde teria vindo

aquela ave (a coruja), como teria nascido. Foientão que realizamos um trabalho interdisci-plinar a partir da questão filosófica: Quem nas-ceu primeiro: o ovo ou a galinha?

Primeiramente debatemos sobre o assuntoonde cada aluno contribuiu defendendo seu

QUEM NASCEU PRIMEIROUEM NASCEU PRIMEIROUEM NASCEU PRIMEIROUEM NASCEU PRIMEIROUEM NASCEU PRIMEIRO:::::O OO OO OO OO OVVVVVO OU A GALINHA?O OU A GALINHA?O OU A GALINHA?O OU A GALINHA?O OU A GALINHA?

Colégio Cristo Rei – Horizontina/RS

posicionamento. Não satisfeitos, os alunos fo-ram investigar pesquisando em livros, na in-ternet e conversando com outros professores.

Como tema filosófico refletiram com seusfamiliares, o que foi muito interessante, poisgostaram de filosofar com a sua família. Foi apósa realização deste tema filosófico que realiza-mos um segundo debate, onde cada aluno rela-tou a reflexão que fez em casa sobre o assunto.

Optamos em não colocar a respostapara que os leitores sintam-se motivadosem investigar.

Acompanhando as aventuras dos perso-nagens Trigão e Potim, refletimos sobre abela amizade que os une. Imaginamos comoseria não saber nosso passado, não conhe-cer nossas origens. A decisão de deixar oúnico lar que conheciam, partindo em bus-ca de um sonho, foi um momento que con-sideramos muito importante. A história se-ria bem diferente se os dois permaneces-sem na aldeia.

Enquanto levantávamos hipóteses sobreesta situação, fomos recordando muitos mo-mentos vividos nas aulas de Filosofia, desdeque iniciamos a leitura da novela Irmãos deSangue. Esses momentos onde investigamos,discutimos, tomamos decisões fazem parteda história que estamos construindo como es-tudantes da 3ª série.

- Será que também fazemos parte da histó-ria da nossa professora?

“- Claro que vocês fazem parte da minhahistória de vida. Uma parte importante quecertamente não esquecerei.” - esta foi a res-posta que a professora Sandra nos deu. Tam-bém falou que nós fazemos parte da históriado Centro de Filosofia.

Isso nos deixou intrigados. Como podemosfazer parte da história do Centro se nunca fo-

ESCREVENDONOSSA HISTÓRIA

Colégio Universitário – Londrina/PR

mos lá? O Centro de Filosofia está fazendo 15anos e a maioria de nós só tem 9 anos...

Nessa mesma semana, tivemos como ta-refa, conversar com nossos familiares parajuntos relembrarmos acontecimentos inte-ressantes da nossa vida. Escolher um des-ses acontecimentos para compartilhar comos colegas.

Esta atividade ajudou-nos a compreendero que a professora havia dito ao final da-quela aula.

Conversando com nossos pais, olhando ál-buns fotográficos, certidão de batismo, Livrodo bebê, ficamos sabendo de lugares, objetos,pessoas e até algumas travessuras que nempareciam fazer parte da nossa vida.

Foi muito divertido compartilhar essas his-tórias na aula de Filosofia.

Combinamos que juntos escreveríamos estavivência e enviaríamos para o Jornal Coruji-nha. Se for publicada, guardaremos nossoexemplar com muito carinho, pois ele tambémfará parte da nossa história.

E agora? Será que também fazemos parteda história do Jornal Corujinha?

17 de setembro de 2004.

O Folclore brasileiro foi tema de um grandetrabalho interdisciplinar realizado pela equipe de1ª a 4ª série do Ensino Fundamental.

Alguns resultados deste trabalho foram apre-sentados na Feira Cultural 2004.

A 1ª série havia pesquisado cantigas, parlen-das, frases de caminhão e provérbios.

Depois de cantar e refletir sobre a letra dealgumas cantigas e parlendas, as crianças identi-ficaram vários trechos que em nada contribuempara a paz que queremos ter.

Dispostas a contribuir com a construção de umacultura de paz, assumiram o desafio de modificare ilustrar a letra das cantigas.

O trabalho, inicialmente apresentado em salade aula, acabou por compor um bonito painelexposto na Feira Cultural.

Letras das cantigas modificadas pelos alunosdas 1as séries:

Fiz carinho no gato-tôE o gato toAdormeceu-ceu-ceuDona Chica-cáAdmirou-se,seDo ronco, do ronco que o gato deuMinhau!!!

Bruna Rye Shimizu

Amigos de JóJogavam cachangáTira, põe, deixa ficarMeninos com menicasFazem zig-zig- zá!

Danilo Gionelli Molin

Boi, boi, boiBoi da cara malhadaBrinca com essa criançaQue gosta de coalhada.

João Victor de Souza Bobroff

Lá em cima do piano tem um copo de amorQuem bebeu gostou e se apaixonou.

João Vitor Bueno

INTERDISCIPLINARIDADE:

FOLCLORE E EDUCAÇÃOPARA A PAZ

Colégio Universitário – Londrina/PR

RITOS DE PASSAGEMCentro Educacional Luar- São José/SC

Alunos da 4ª série do centro EducacionalLuar, localizado no Bairro Luar, no Municí-

pio de São José,representaram orito de passagemda aldeia de Potime do Trigão, ori-entados pelo pro-fessor José Emíliode Medeiros Filho.Um trabalho quecontou com a cri-atividade, alegriae muito entusias-mo por parte detodas as crianças.

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www.centro-filos.org.brFILOSOFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL10

ADOLESCENTES PENSANDO EM SI,NOS OUTROS E NO MUNDO

Os alunos de 7ª série do Colégio Verbo Di-vino se interessaram muito em discutir a pro-posta do livro Aprendendo a Viver Juntos so-bre: A Ética e a análise metafísica como fun-damento.

Várias reflexões foram feitas nabusca do significado das coisas,acontecimentos, relíquias, etc.

Alguns alunos fizeram umaanálise do quadro “O Grito” donorueguês Munch. Aqui vão al-gumas histórias criadas a partirdo quadro:

“Flávio estava andando naponte quando foi surpreendidopor dois meninos de rua, eles le-varam o que Flávio tinha de va-lor. Assustado, continuou andan-do, e viu pessoas pedindo esmo-la, pessoas doentes e sem quererviu um menino de uns 10 anos ven-dendo drogas.

Aquelas coisas o deixaram desesperado e derepente ele gritou.E aquele grito foi tão gran-de, tão alto que a cidade inteira parou. Fláviocontinuou andando como se nada tivesse acon-tecido. Por um momento ele achou que tudoaquilo tinha acabado, mas não.”

Paula Menezes Marassi

“Para mim, esse quadro representa o de-sespero desta “pessoa”, Parece que está que-rendo fugir da realidade de sua vida, fugir deseus conflitos com a família, tentando esque-cer os seus reais problemas, até porque o pin-tor utilizou cores muito escuras neste quadro.Por ele estar perto da ponte, me parece queele queria se matar por tanto desespero e de-pressão profunda.”

Liz Campos Magacho de Andrade

“A má distribuição de renda, ou seja pouca gen-te com muito dinheiro, e muita gente com pouco.

Um filho tendo que trabalhar para susten-tar a família, e/ou a morte de alguém da fa-mília, ou amigo,bem como o desemprego.

Esses fatores podem gerar o desespero de umpai, ou trabalhador honesto..

Essa figura mostra a realidade,o desespero de uma pessoa quetenta ser normal e não consegue.”

Vitor Marques

“Na minha opinião o homem doquadro está gritando de desespe-ro, pois o pintor transmite issoatravés das cores fortes e escurasem que o quadro foi pintado. Dáuma sensação de tristeza.

Parece que o homem da pin-tura foi para aquele lugar porestar em depressão profundapensando até em suicídio.”

Andressa Pazzini

Estudando a unidadeIII, O Homem É Um SerPolítico, do livro “SomosFilhos da Polis” os alunosda 8ª série do ColégioVerbo Divino discutiramsobre cidadania e osavanços já conseguidosneste campo. Cada alu-no listou 5 motivos paraacreditar que o mundoestá melhorando.

1) Existe uma consciência maior sobre o que énecessário mudar, uma comunicação maior queabrange todo tipo de pessoas.2) Maior interesse em ajudar e poder ser útil aooutro, tendo pessoas que sempre dão exemplosàs outras, aumentando assim o número de inte-ressados.3) Mesmo que a situação esteja ruim em váriossentidos, há uma consciência maior de que nós,assim como causadores, somos capazes de trans-formar. Depende de cada um.4) Há maior preocupação das pessoas em mostraràs outras as necessidades, a educação está muitovoltada a ajudar.5) Pessoas cada vez mais jovens são orientadas,educadas desde cedo a agir com tal comporta-mento adequado e ético.

Patrícia Araújo Rios

1) Olhar para si mesmo: olhando para si mesmo evendo suas qualidades aumenta sua auto-estimae faz com que tenhamos disposição para fazer-mos um mundo melhor.2) Seja realista: saiba enxergar a realidade domundo pensando em possibilidades de melhorá-lo.3) Seja paciente: a paciência é a palavra chavepara que sejamos mais amigos um dos outros,sabendo perceber suas qualidades além dos seusdefeitos.4) Enxergar o mundo: Veja o lado bom do mundoe como podemos aproveitá-lo.5) Seja confiante: acredite que tudo pode me-lhorar apesar das barreiras que tornam as coisasmais difíceis.

Tainá

Col. Verbo Divino – Barra Mansa/RJ

Desta vez os alunos construíram um bonecoque passou a ocupar um lugar na sala deaula.Segundo eles esse boneco é um aluno mui-to diferente dos demais. Cheio de problemase com a vida muito complicada. E daí, como aturma trata esse novo colega? Muitos debatesjá aconteceram e a garotada se divertiu, re-fletiu e mostrou maturidade diante dos rela-cionamentos.

ALUNOS CRIATIVOSE CONSCIENTES

REFLEXÕES A PARTIR DA ARTE NÓS E O MUNDO

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www.centro-filos.org.br PROJETO P.E.A.PAZ 11

PROJETO PENSANDO E AGINDO PELA PAZ“O hábito é o grande sedutor que empurra para a

acomodação e a inércia, para que não seja mais precisose esforçar nem ficar atento.”

Eva Pierrakos

O Projeto Pensando e Agindo pela Paz, quer colaborar para que seus participantes, desde crianças, tornem-se,pouco a pouco, cidadãos plenos, conscientes, esclarecidos, criativos, críticos, participativos, capazes de realizarações em equipe, solidários, autônomos e, sobretudo, éticos. Tem como um de seus pressupostos valorizar ocontexto e a realidade de cada comunidade escolar, sugerindo e incentivando o desenvolvimento de projetosfilosófico-pedagógicos que promovam a cultura da paz.

O mundo está cada vez mais im-paciente, cada vez mais competi-tivo, cada vez mais globalizado, es-quecendo que o homem é um serindividual que vive no coletivo,contudo continua a ser um ser in-dividual, suas angustias, seus me-dos, suas raivas, suas fobias, suasneuroses, suas alegrias, seus so-nhos, seus conceitos e pré-concei-tos são individuais. É a soma dosseres que dá o coletivo e não aocontrário. Parece que os nossos go-vernantes esquecem disso e mui-tas vezes tratam os homens comomanadas, e não rebanhos. Quandoo coletivo sofre atentados como oOnze de setembro de 2001, nos Es-tados Unidos da América, a decep-ção e angústia pessoal ecoa: - Comoalguns homens tiveram coragem?;Como?; Como e como?...

Lembrando Jean-Yves Leloup:“nós ficamos decepcionados na me-dida de novas expectativas. E se estaexpectativa é infinita, ficamos de-siludidos infinitamente. Um homemdesiludido é um homem perigoso...Porque quando estamos decepciona-dos queremos, algumas vezes, fazercom que o outro pague pela amar-gura que está em nós. Por isso pre-cisamos ficar vigilantes, sobre nos-sas expectativas, sobre o que proje-tamos sobre os outros...”.

Certamente, se começarmos atratar as pessoas como pessoas,como seres individuais que são, e ocoletivo como um aglomerado deseres que têm sua individualidade,seus amores, sua cultura, sua cren-ça, enfim, suas diferenças, começa-remos a mudar o mundo.

A Paz nos solicita quando neces-sitamos sobreviver. Não somos ape-nas nós que solicitamos a paz, quenecessitamos da paz para sobreviver,quando a paz nos solicita é porque ohomem, no coletivo, já não conse-

QUANDO A PAZNOS SOLICITA

gue encontrá-la mais, o homem nocoletivo não dá conta das frustraçõesindividuais, quando o mito de queum fala por todos cai. Quando o ho-mem percebe que, se seu líder estádoente ou fora do seu eixo interiortodos perdem, e apenas quando elecomeça a voltar para si, para o seuser completo é que a paz reina. Apaz solicita isso, um encontro con-sigo mesmo, um encontro diário,sem utopias, sem medo de se en-contrar. Hoje muitaspessoas já se dãoconta disso, aumen-tam assustadora-mente o número depessoas que buscamse encontrar atravésdos grupos de medi-tação, de relaxa-mento, de auto-aju-da, enfim, de gruposcomo UNIPAZ, ONGs,entre tantos outros.

A PAZ solicita quecada um faça a suaparte para que otodo se reúna nova-mente.

Chega de utopi-as, de achar que ooutro é responsávelpor nossa felicida-de, por nossa paz,por nossa seguran-ça, por nossa esta-bilidade. Todos so-mos, eles e nós, e se não levantar-mos a cada dia nos sentindo res-ponsabilizados pelo nosso espaçono mundo, pelo bom andamento decada coisa desde nossa casa pesso-al (o corpo) a nossa casa universal(a terra), seremos meros robôs fi-siológicos onde viver é uma conse-qüência e não uma ação.

Devemos parar de esperar que ooutro tome a iniciativa, que o outro

nos chame para fazer algo, devemosparar de esperar ter companhia parasair, para caminhar, parar de espe-rar aquele amigo para sair à noite,devemos parar de esperar que Deusnos solicite a fazer a nossa parte,pois à medida que estamos no mun-do Ele já solicitou, devemos pararde ter medo do julgamento alheio ebuscar fazer o melhor por nós e pelonosso semelhante.

Quando a paz nos solicita de-vemos agir, reagir,devemos movimen-tar. A paz é isso, ummovimento cons-tante rumo a nósmesmos e ao outro.Não devemos pen-sar que agindo as-sim estaremos sen-do egoísta. A medi-da que buscamosnossa paz interiorencontrarmos o ou-tro, a medida quesó queremos o ou-tro, auxiliar o ou-tro, pensar para ooutro etc... fugimosde nós mesmos,descentralizamos eprojetamos no ou-tro nossos medos eangústias que nemsempre, ou quasenunca ele têm res-postas, o outro é

nosso companheiro de caminhadae não nossa caminhada.

Quando a Paz nos solicita é pre-ciso agir.

O que você já fez hoje por vocêmesmo? Para encontrar-se consigo ecom tua Paz?

José Orlando RodriguesPresidente UNIPAZ

Núcleo Londrina

A Semana da Paz faz par-te do calendário oficial decomemorações da cidade deLondrina desde 2001, sendoo último domingo de setem-bro o Dia Municipal da Paz,quando ocorre o encerramen-to das atividades da semana.

Um dos principais objetivosda Semana da Paz é mobilizara sociedade para discutir e pro-pagar a cultura da paz.

O Movimento pela Paz e NãoViolência- Londrina, propôspara as escolas a coletânea detextos para a produção de umlivro com o tema: “Idéias dosEstudantes de Londrina paraa Construção de uma Culturade Paz”.

Nós, do Colégio Universitá-rio, ficamos felizes ao saber queo desenho do Gustavo Gamei-ro, aluno da 3ª série do EnsinoFundamental, ilustrará a capado livro Londrina Pazeando 2004e também estampará os CartõesTelefônicos da Sercomtel.

Gustavo nos fala sobre seudesenho intitulado: Paz emLondrina.

“A paz está dentro de cada um.No meu desenho eu quis demons-trar que se vivermos de acordo

com a vontade de DEUS, emunião, respeitando-nos como

irmãos, sendo amigos, solidários,não tendo preconceitos e acei-tando as diferenças, teremos a

paz aqui em Londrina e emqualquer lugar do mundo.”

Gustavo R. Gameiro.

Prof.ª SandraMagalhães Albertino

SEMANADA PAZ

“Cada ser humano é odepositário de uma

parcela do universo.É nossa primeira

tarefa mantê-la emordem, cuidando-a

para que dêtestemunho de

sanidade, integraçãoe harmonia. É no

interior de cada umde nós que é travadaa batalha definitivapela qualidade totalde vida. É também aíque a transformaçãodo mundo tem início,para que na desolada

terra dos jogos emanipulações, umReino plenamentehumano possa ser

edificado.”Roberto Crema

Page 12: Jornal Corujinha48

ENTRE EM CONTATO PELO FONE (48) 222-8826Veja nosso Catálogo 2004 no site www.editorasophos.com.br

UMA HISTÓRIA DE SUCESSOS:EDITORA SOPHOS

Ao completar 10 anos, a editora que nasceu de uma idéia, um so-nho, ganha espaço junto aos colégios, professores, alunos e seus fami-liares. É hoje a editora uma referência nacional na produção e distri-buição dos livros para uma Educação para o Pensar Emancipatório, emFilosofia com Crianças, Adolescentes e Jovens.

Você que busca um ensino-aprendizagem condizente com o nosso momento atual, que quer seus alunospensando, refletindo, sendo criativos e críticos, ANALISE a Coleção Filosofia Fundamental (Ensino Fun-damental - 1ª a 8ª série) e adote em 2005 com suas turmas em seu colégio.

Todas as Coleções (Filosofia Fundamental / Filosofia o Início deuma Mudança / Novo Espaço Filosófico Criativo / De Educador paraEducador / Pais&Filhos: Companheiros Reflexivos e Paradidáticos fi-losóficos) atendem as necessidades de uma Educação para o Pensar emtodos os níveis e em todos os segmentos escolares.

EDUCADOR!

Exercícios Filosófico-pedagógicos Idéias Relevantes para professoresaprofundarem suas reflexões519 149

• Roteiros de Planejamento/2005;• Chat de conversação com sala especial para osprofessores, para os alunos e para os pais;• Cursos de aperfeiçoamento;• Palestras;• Congressos Regionais e o III Congresso Nacional deEducação para o Pensar e Educação Sexual, que aconteceráem julho de 2005 na cidade de Florianópolis/SC;• Projetos filosófico-pedagógicos;• Informativos (Corujinha e Philó online);

• Revista Brasileira de Filosofia Fundamental - PhiloS• Projetos de pesquisas;• Assessorias online e presencial, oferecidas pelo Centroe seus Núcleos;• Possibilidade de sua escola fazer parte da RedeEducação para o Pensar;• Divulgação da página do colégio em nosso site;• Participação em projetos comuns como Café comIdéias, Corujas Itinerantes, Projeto L.E.R; Autor naescola...

Todas as Coleções da Editora Sophos contam com um suporte filosófico-pedagógico do Centro de Filosofia Educaçãopara o Pensar. O professor que adotar os livros junto aos seus alunos poderá com seu Colégio ter acesso a:

www.centro-filos.org.brMATERIAL FILOSÓFICO - PEDAGÓGICO12

COLEÇÃO FILOSOFIA FUNDAMENTAL (1ª a 8ª série)

3ª e 4ª sériee Material do

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5ª e 6ª sériee Material do

Professor

7ª e 8ª sériee Material do

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1ª e 2ª sériee Material do

Professor