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Memoria l do Convento Capítulo XXII “ O casamento das princesas peninsulares” Maria Vieira, 12º A, nº6

Memorial do Convento - Cap. xxii

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Maria Vieira

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Page 1: Memorial do Convento - Cap. xxii

Memorial do

Convento

Capítulo XXII

“ O casamento das princesas peninsulares”

Maria Vieira, 12º A, nº6

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Resumo do capítulo

Imagem de fundo: Sala do Torreão da Rainha, Palácio Nacional (Convento) de Mafra - pormenor

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Os casamentos reais

Infanta Maria Bárbara

Príncipe Fernando VI de Espanha

Príncipe D. José

Infanta espanhola D. Mariana Vitória

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• A “troca das princesas”, em 1729, une as famílias reais de Portugal e Espanha:

“ Não são combinações do pé para a mão, os casamentos estão feitos desde mil setecentos e vinte e cinco”

• Os casamentos foram tratados como um negócio:

“Muita conversa, muito embaixador, muito regateio, muitas idas e vindas de plenipotenciários (1), discussões sobre cláusulas dos contratos de matrimónio, as prerrogativas (2), os dotes (3) das

meninas”

(1) Diz-se de ou agente diplomático com plenos poderes do seu governo junto de um governo estrangeiro;(2) Vantagens ou privilégios inerentes a certas dignidades;(3) Bens que a mulher traz ao matrimónio e que ela não pode vender senão em certos casos previstos na lei.

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• Os noivos eram ainda crianças/adolescentes:

• D. Maria Bárbara tem 17 anos, “cara de lua cheia, bexigosa, (…) mas é uma boa rapariga, musical”;

• Príncipe Fernando VI tem 15 anos “e de rei pouco mais terá que o nome” (carácter crítico e irónico do narrador)

• Mariana Vitória “ uma garotinha de onze anos” que já esteve para se casar com Luís XV de França e foi “devolvida”;

• Príncipe D. José com 15 anos.Curiosidade:

D. Maria Bárbara ocupou um importante papel na corte espanhola, especialmente como mediadora entre o rei de Portugal e o seu marido. A própria D. Maria Bárbara compôs sonatas para uma grande orquestra. A sua morte provocou a loucura de Fernando VI, que morreu no ano seguinte.

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Viagem ao rio Caia para fazer “a troca” das princesas;

• Nesta viagem, a enorme comitiva do rei é acompanhada de “pedintes e outros vadiantes”, entre os quais João Elvas, o amigo de Sete-Sóis, “na mira de sobejos e de esmolas”;

• A meio do caminho começa a chover torrencialmente dificultando a viagem :

“As cavalgaduras, derreadas, mal podiam arrastar as berlindas e os coches, algumas (…) morriam ali mesmo, presas nos arreios”

• Durante o caminho, D. Maria Ana vai dando os últimos conselhos à sua filha para a sua nova vida matrimonial;

• João Elvas, bem como outros mendigos que o acompanhavam, tiveram de trabalhar no “conserto dos caminhos “ para que a comitiva real pudesse passar. João Elvas ainda pensou que fosse excluído desse trabalho por já ser velho (60 anos), mas a idade não o perdoou:

“cada homem era um fantasma de barro, um fantoche (…). Todo o dia andaram na dura faina”

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• Enquanto os mendigos arranjavam as estradas à chuva e ao frio, D.Maria Ana dormia confortavelmente debaixo do seu “alto cobertor de penas, que para todo o lado o leva “;

• A viagem continuou a ser muito conturbada. O coche da rainha ficou preso até aos cubos das rodas, sendo necessárias “seis juntas de bois” para o tirar de lá. Um trabalhador, que acompanhava João Elvas, chega a dizer que parece que estão a carregar a mãe da pedra;

• É dito que já passaram 4 anos desde a morte de Bartolomeu de Gusmão;

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• D. Maria Bárbara lembra-se que nunca foi a Mafra, nem viu o Convento que estava a ser construído por sua causa;

• É feito um género de uma enumeração das consequências do nascimento da infanta:

Construção do Convento

Trabalho extremamente intenso dos pedreiros na sua

construção

Mortes, cansaço e dor dos trabalhadores

Sofrimento das famílias“ as lágrimas da mulher que teve o seu homem esmagado”

“Ai as culpas de Maria Bárbara, o mal que já fez, só porque nasceu”

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• A própria infanta questiona a mãe pelo facto de nunca ter visto o convento feito por sua causa e esta diz-lhe que ela não o viu porque foi a vontade de Deus e de seu pai e pede-lhe que não ocupe a cabeça com pensamentos vãos, pois ali “só a vontade de El-Rei prevalece, o resto é nada”

• Então a infanta, demonstrando muita sensibilidade, inicia um diálogo com a mãe sobre o valor das pessoas:

“ Então é nada esta infanta que sou (…) Assim é, minha filha , e quanto mais se for prolongando a tua vida, melhor verás que o

mundo é como uma grande sombra que vai passando para dentro do nosso coração, por isso o mundo se torna vazio e o coração não

resiste, oh minha mãe, que é nascer, Nascer é morrer, Maria Bárbara” (conceito de morte segundo José Saramago)

• Entretanto, o rei lança às mãos cheias moedas de cobre ao povo que o acompanhava;

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Chegada a Caia, troca das princesas peninsulares e cerimónia do

casamento

• Em Elvas o ambiente é de festa, havendo até fogo de artifício e uma enorme multidão em ambas as partes da fronteira;

• Descrição do espaço onde se encontrarão os reis e príncipes como um espaço luxuoso e requintado;

• A multidão acabou por dissipar-se, tudo ficou mais calmo e a cerimónia do casamento prosseguiu ao som da música de Domenico Scarlatti.

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Resumindo … Personagens intervenientes• D. João V, D. Maria Ana, D.

Maria Bárbara, D. Fernando VI, D. José e D. Mariana Vitória;

• João Elvas

Espaço físico:

• Não se trata de um espaço fixo, correspondendo a todos os locais por onde passaram até chegar ao rio Caia (Évora, Elvas, Badajoz).

Assuntos abordados

• União das famílias reais de Portugal e Espanha através do casamento;

• Perda do caráter sentimental e espontâneo do casamento, tornando-se este num ato materialista e planeado;

• Viagem até ao rio Caia para fazer a troca das princesas peninsulares e as dificuldades enfrentadas durante a mesma;

• Acompanhamento da comitiva real por pedintes que acabaram por ter de trabalhar no arranjo das estradas;

• As consequências do nascimento de D. Maria Bárbara;

• Cerimónia do casamento com a música de Scarlatti.

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Algumas imagens do Convento de

Mafra

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Vista exterior - fachada

Vista da cobertura do convento - relógio

Vista exterior - IgrejaClaustro e jardim

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Vista geral do zimbório

Biblioteca - pormenor do tetoSinos

Pormenor do carrilhão

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Biblioteca – pormenor do chão

Biblioteca Biblioteca - pormenor

Biblioteca

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Interior da basílicaCapela

Órgãos da Basílica de Mafra