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O que é mobilidade social Toda a passagem de um indivíduo ou de um grupo de uma posição social para outra, de forma ascendente, descendente ou linear, define-se como mobilidade social. Há dois tipos de mobilidade social: - A “Horizontal” e; - A “Vertical”.

Mobilidade social

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O que é mobilidade social

Toda a passagem de um indivíduo ou de um grupo de uma posição social para outra, de forma ascendente, descendente ou linear, define-se como mobilidade social.

Há dois tipos de mobilidade social: - A “Horizontal” e;- A “Vertical”.

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Tipos de mobilidade

Mobilidade social horizontal: Alterações no estado social que não provocam mudança de classe. É o caso de uma pessoa que pelo casamento obtém um estado diferente (o de casado) mas continua no mesmo estrato social; ou de alguém que muda de um cargo de chefia em uma empresa para o mesmo cargo em outra empresa.

Mobilidade social vertical: Está relacionada com a constituição de classes sociais e o surgimento dos valores de ascensão social. Pode ser tanto: Ascendente, quando uma pessoa passa a integrar um grupo economicamente superior ao seu; ou Descendente, quando o indivíduo ou grupo piora de posição, passando a integrar um grupo economicamente inferior. 

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Como a mobilidade social afeta as sociedades

Partindo do princípio de que a mobilidade social é necessária para o avanço das sociedades, evidencia-se na grande parte dos países que proporcionam certa mobilidade social, que estes possuem estruturas sócio-econômicas, culturais e intelectuais que favorecem e permitem o crescimento individual ou de grupos, promovendo a “meritocracia”.Tanto ascendente quanto descendente, a mobilidade altera positiva e negativamente a vida dos grupos de pessoas.Quando a sociedade não permite tal mudança de vida, seja pelos costumes, comodismo político, ou economia fraca, o país e a sociedade ficam estagnados, deixando seus cidadãos passivos em relação a melhorias, ficando sempre à deriva dos maiores.

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Mobilidade Social no Brasil no século XX

Breve histórico (1)

Houve, ao longo do século XX, dois momentos em que o Brasil expôs claramente a ocorrência do fenômeno da mobilidade social ascendente. O primeiro se deu nas décadas de 30 e 40, no período de Getúlio Vargas, quando da ocorrência da industrialização de base do país. Já o segundo ocorreu na década de 70, especificamente sob a presidência de Emílio G. Médici, com o advento do que ficou conhecido como "milagre econômico".

Ambos os movimentos, bastante vigorosos e explícitos no tecido social, refletiram basicamente as transformações estruturais da macroeconomia e das relações de trabalho. A industrialização, no primeiro momento, e a forte presença do Estado como investidor, no segundo, modificaram o perfil da massa populacional produtiva, fazendo com que houvesse, em decorrência, movimentos semelhantes a ondas coletivas de mobilidade estrutural ascendente.

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Mobilidade Social no Brasil no século XX

Breve histórico (2)

A década de 80, por sua vez, caracterizou-se pela estagnação econômica e pela piora de praticamente todos os índices socioeconômicos. A de 90, muito embora tenha sido pródiga na reversão das tendências descendentes dos indicadores e na melhoria de muitos índices importantes (escolaridade, saneamento básico, mortalidade infantil, estabilização econômica etc.), não demonstrou, até em função de uma tendência mundial, o mesmo vigor nos quesitos desenvolvimento e redução das desigualdades, tem-se, dessa forma, que nos últimos 25 anos, até o início da década atual, a sociedade brasileira não mais tem exibido índices importantes de mobilidade social.

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Mobilidade Social x Ensino Superior no Brasil

(1) Muito embora nos últimos 25 anos a sociedade brasileira não

mais tenha exibido índices importantes de mobilidade social, no mesmo período, as taxas de escolarização só melhoraram. Esse aparente paradoxo, se não analisado com propriedade, pode resultar nos mais variados equívocos, tanto de diagnóstico quanto de direcionamento de políticas públicas de educação. Ora, se educação gera desenvolvimento e teoricamente gera melhoria nas condições de vida da população, por que não houve uma explosão dos índices de mobilidade ascendente paralelamente à melhoria das taxas de educação da população?.

Um recente estudo sobre esse tema, na forma de tese de doutorado em Ciências Sociais, foi concluído na PUC-SP em junho deste ano. Neste trabalho o pesquisador e doutor Fábio Ferreira Figueiredo analisou as diferentes formas de mobilidade, os fatores desencadeadores, a importância da educação, principalmente a superior, bem como a percepção subjetiva de mobilidade social sob o ponto de vista dos egressos da educação superior.

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Mobilidade Social x Ensino Superior no Brasil

(2) Deste trabalho pode-se expor, resumidamente e dentre

outras, as seguintes conclusões:SOCIEDADE DO CONHECIMENTO e EDUCAÇÃO FORMAL: o conhecimento foi e continua sendo ativo sócio-econômico cada vez mais importante. Sociedades não avançam sem que existam bases sólidas de educação, onde a escolarização é condição para a formação deste conhecimento como ativo. Cada nível de educação tem a sua importância específica, sendo a superior particularmente importante sob o ponto de vista do desenvolvimento tecnológico e na formação das elites dirigentes;Embora o Brasil, na década de 90, tenha erradicado o analfabetismo infantil, universalizando a educação fundamental e elevando as taxas de escolarização, não foi possível constatar índices significativos de mobilidade social ascendente. A explicação é que as taxas registradas nas décadas de 30, 40 e 70 foram oriundas de transformações estruturais (industrialização e urbanização), o que ocasionou índices coletivos de grandes proporções e significância.

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Mobilidade Social x Ensino Superior no Brasil

(3)

Podemos dizer que o Brasil se manteve, até o final da década de 90, na condição de país onde existiu mobilidade social, muito embora esteja evidenciado que os índices não são os mesmos dos outros períodos mencionados (as condições estruturais são outras), mas ainda são importantes. Registre-se, a favor da escolarização, que os índices de desemprego diminuem na medida em que se avança no nível de formação do trabalhador e que cada ano de estudo resulta em aumento do seu salário médio; (Ver Gráfico a seguir com a evolução da renda média nacional levantado em 2009).MOBILIDADE E CIDADANIA: No estudo qualitativo, realizado junto a 60 egressos da educação superior da região metropolitana de São Paulo, apontou uma clara evolução nas condições gerais de vida dos entrevistados. Não só relacionada à evolução profissional e/ou econômica, a ascensão social dos egressos é flagrante e extremamente perceptível por eles próprios. Os entrevistados, de um modo geral, reconhecem no nível superior de educação a causa de suas evoluções como cidadãos, no sentido de que adquirem consciência crítica e aprimoram sua capacidade de participação social.

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Situação social atual no Brasil

Nos últimos anos, a situação social no Brasil vem se alterando. A chamada classe média é agora a maior e mais crescente classe social brasileira. Deve-se parte disso aos massivos investimentos do governo, principalmente nos programas sociais de erradicação da pobreza e na geração de empregos.

De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) , nos últimos seis anos cerca de 20 milhões de brasileiros deslocaram-se da base para o meio da pirâmide social. Até há pouco tempo classificados como pobres ou muito pobres, os novos classes-médias melhoraram de vida e começam a usufruir vários confortos que antes não eram possíveis. Sua ascensão social revela uma novidade: pela primeira vez na história, a classe média passa a ser maioria no Brasil. São hoje aproximadamente 50,5% da população (eram 44% em 2002) – ou 95 milhões de brasileiros.

A nova classe média (classe C) tem suma importância para a economia do Brasil, sendo que concentra 46,25% do poder de compra, superando as classes AB, com 44,1% e as classes D e E, com 9,65%.

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Dados da Mobilidade SocialIBGE - 1996

Rio Grande do Sul

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