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Obras Raras
História do livro•A história do livro é a história da humanidade,
ao passo em que é a história dos suportes em que
estão os registros do pensamento humano.
•Pode ser definida como a história das inovações
técnicas que permitiram a melhora da
conservação dos suportes de informação,
ampliaram o acesso à informação, possibilitaram
maior facilidade em manusear e produzir esses
suportes.
A sociedade suméria utilizava a
escrita inicialmente apenas para
realizar transações comerciais,
porém, com o tempo, outros
registros foram surgindo até que
escrever se tornaria numa
posição social de alto status na
sociedade suméria: os escribas
História do livro
Tábuas de argila Óstracon
Papiro
Pergaminho
Papel
Prensa de GutenbergPara Silveira (2006) e a maioria dos autores da área, a
invenção dos tipos móveis de Gutenberg e dos prelos de
impressão que são o marco divisor de águas da história
do livro, pois foi através deles que os métodos de
manufatura do livro passam por uma transformação
radical, dando início à história da produção gráfica em
larga escala e modificando não só a concepção estrutural
e estética do livro como criando também todo um círculo
de profissionais ligados às artes gráficas envolvidos na
produção do livro.
História do livro no Brasil1808 - A corte portuguesa se transfere para o Brasil: com D. João VI
vêm, além de seu séquito, o primeiro prelo, de madeira e fabricação
inglesa e a Biblioteca Real. D. João ordenou a instalação da Imprensa
Régia.
Era proibida a impressão fora das oficinas da corte e publicava-se
apenas o que era autorizado: o que não ofendia o Estado, a religião, os
costumes.
1821 - revogada a proibição de imprimir, multiplicaram-se os jornais,
folhetos, revistas. Surgiu a primeira revista, As variedades ou ensaios de
literatura.
História do livro no Brasil1808 - A corte portuguesa se transfere para o Brasil: com D. João VI
vêm, além de seu séquito, o primeiro prelo, de madeira e fabricação
inglesa e a Biblioteca Real. D. João ordenou a instalação da Imprensa
Régia.
Era proibida a impressão fora das oficinas da corte e publicava-se
apenas o que era autorizado: o que não ofendia o Estado, a religião, os
costumes.
1811 - O governo autorizou a instalação de uma tipografia na Bahia,
comandada por Manuel da Silva Serva.
1821 - revogada a proibição de imprimir, multiplicaram-se os jornais,
folhetos, revistas. Surgiu a primeira revista, As variedades ou ensaios de
literatura.
O que é um livro raro?Obstáculos para determinar a raridade :
•O princípio de que cada livro tem sua própria
identidade constituída de uma série de variáveis
que podem ou não ser levadas em conta;
•A fragilidade dos argumentos colocados em
evidência quando se tenta provar que um livro é
raro.
As obras raras podem ser divididas em duas
grandes categorias :
•Obras comprovadamente raras
•Obras circunstancialmente raras
Biblioteca de obras raras
Uma biblioteca instituição possui diversos
setores e dentre eles se encontra o setor de
obras raras, que tem por objetivo reunir
obras que na maioria das vezes não tem
relação com a mesma área de conhecimento
do resto do acervo, mas que tem como fator
determinante a sua raridade.
Formação e desenvolvimento de acervo
A formação e desenvolvimento de acervos é um trabalho que exige
planejamento e comprometimento com atividades de processamento técnico,
como avaliação, estudo de usuário, seleção, desbastamento e aquisição.
Portanto faz-se necessário a formalização dessas atividades através de uma
política que norteie o processo decisório de uma instituição com o objetivo de
garantir o desenvolvimento continuo de uma coleção.
Segundo Rodrigues (2006, p. 115),
Atualmente não existe uma política nacional que oriente a identificação e
qualificação de acervos raros. Cada instituição, particularmente, elabora seus
próprios procedimentos, relacionando critérios, muitas vezes baseados nas
experiências de outras instituições.
Seleção: critérios de raridadePinheiro (1999, p. 29-32), sugere recomendações gerais
para a observação de raridade, definindo aspectos que
devem ser uma obra rara:
•Limite histórico;
•Aspectos bibliológicos;
•Valor cultural;
•Pesquisa bibliográfica;
•Características do exemplar.
No Brasil os critérios são definidos observando
principalmente os interesses da instituição e
frequentemente usando documentos criados por
outras instituições. Não existe um padrão exato
para a formação das coleções, desde que estas são
criadas obedecendo às particularidades da
organização, sendo assim, uma obra considerada
sob algum aspecto rara em uma biblioteca pode
ser descartada em outra.
PLANORO Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras -
PLANOR foi criado em 1983 pela portaria nº19 da
Secretaria da Cultura, do então Ministério da Educação e
Cultura. O Ministério da Cultura tornou-se órgão
independente dois anos após, em 1985.
PLANORObjetivos :•identificar, coletar, reunir e disseminar através da Fundação
Biblioteca Nacional informações sobre acervos raros existentes no
Brasil;
•fornecer orientações sobre procedimentos técnicos na identificação,
organização, tratamento técnico e gestão desse patrimônio, conforme
normas adotadas pela Fundação Biblioteca Nacional;
•prestar assessoria técnica a outras instituições com a finalidade de
orientar quanto à organização e preservação de acervos raros existentes
no País, além de desenvolver programas de formação e aperfeiçoamento
de mão de obra especializada.
PLANOR•Elaboração e execução de projetos no âmbito do acervo raro.
•Realização de visita técnica, a convite das instituições
curadoras de acervos raros; e posterior emissão de parecer
técnico, contendo as informações e impressões coletadas
durante a visita.
•Promoção de Eventos e Cursos, que visam a capacitação
profissional na identificação, processamento técnico e gestão
de acervos raros e de memória.
•Gerenciamento do Catálogo do Patrimônio Bibliográfico
Nacional – CPBN
•Realização do Encontro Nacional de Acervo Raro – ENAR
Tipos de obras raras previstas no PLANOR
•Primeiras impressões (incunábulos);
•Impressões dos séculos XVII e XVIII;
•Brasil século XIX;
•Edições clandestinas;
•Edições de tiragens reduzidas;
•Edições especiais;
•Exemplares de coleções especiais;
•Exemplares com anotações manuscritas de
importância e
•Obras esgotadas.
Incunábulo
Ex-libris
Iluminuras
Edições de luxo
Anotações manuscritas de
importância
Codex Gigas: Bíblia do
Diabo
Aquisição
Coleções de livros raros são em sua maior
parte formadas a partir de processos de
compra. Portanto, a biblioteca deve
possuir recursos orçamentários suficientes
e disponíveis para poder adquirir obras em
antiquários, sebos e até mesmo em leilões.
AquisiçãoOutra forma de aquisição de obras raras é por meio do
processo de doação. Como já mencionado anteriormente é
comum coleções completas de bibliófilos serem leiloadas
após a sua morte, muitas vezes podendo acontecer
também a sua doação. Existem outros diversos tipos de
doações e dentre eles podem ocorrer tanto uma simples
doação direta pelo proprietário, doações em dinheiro e até
mesmo doações de acervos inteiros.
Organização
A organização de livros em uma biblioteca depende de
suas principais características, como assunto, data,
formato e autoridade, de tal modo que torne o acervo mais
acessível. No caso de um acervo de obras raras a
classificação nas estantes deve ser feita visando a sua
preservação, devido à fragilidade de seu conteúdo, e a
longevidade dos documentos. Portanto, é extremamente
importante ter um espaço específico para a coleção.
Organização
OrganizaçãoA necessidade de manter esse tipo de acervo
separado do acervo geral é devido a sua
importância para a preservação da memória, valor
de mercado e valor cultural. Estando separado do
acervo geral, um livro classificado como obra rara
deve ser submetido a cuidados diferenciados que
preveem uma maior durabilidade e a proteção
contra furtos.
Catalogação
A catalogação, prática típica das bibliotecas,
constitui uma atividade especializada que
precisa ser desenvolvida por profissionais,
principalmente quando se trata de catalogação
de livros raros. Estes possuem uma sorte de
peculiaridades que precisam ser observadas no
momento da representação do documento.
Existem diversos manuais que fornecem regras
de catalogação especializada para vários
formatos de obras raras:
• AACR2;
• ISBD (A);
• DCRM (B)
Catalogação
Bibliotecário de obras raras
• Formação histórica, crítica, cultural, técnica e
profissional
• Procurar especialização de estudos em áreas afins e/ou
específicas
• Conscientizar-se sobre a necessidade de formação e de
integração de equipes interdisciplinares e
multidisciplinares
Avaliação de coleção de obras raras
Constitui uma atividade complexa ocorrida
durante o processo de planejamento, com o
intuito de determinar a importância e
adequação do acervo com os objetivos da
biblioteca e da instituição.
Metodologias de avaliação
Lancaster classifica três metodologias para
avaliação de acervos: quantitativas, qualitativas
e fatores de uso:
• Quantitativas
• Qualitativas
• Fatores de uso
Metodologias de avaliação
Uma metodologia para a avaliação de
Coleção de Obras Raras deve levar em conta a
etapa de seleção, e principalmente os critérios
de raridade definidos pela instituição, ou seja,
deve ser um procedimento essencialmente
qualitativo.
Preservação, conservação e restauraçãoPreservação: possui um sentido mais abrangente, diz
respeito aos aspectos administrativos dos sistemas de
informação, como recursos humanos e financeiros, decisões
políticas, instalações físicas, além de métodos e técnicas
específicos para preservação da integridade física dos
documentos.
Conservação: A conservação envolve práticas específicas
para proteger os materiais de danos e degradação.
Restauração: A restauração é o conjunto de procedimentos
adotados por especialistas para recuperar o material
deteriorado
Programa de preservação
O programa de preservação necessita de um
planejamento para preservação e conservação, que
consiste em avaliação do acervo, para determinar
medidas de curto e longo prazo. A curto prazo, seria
destinado a materiais que já apresentam sinais de
deterioração, devido a sua composição. A longo
prazo, para materiais que ainda não estão
danificados, mas que tem que ser protegidos contra
danos.
Segurança contra roubos
A obra rara constitui um item de valor cultural e
histórico imensurável, cuja importância muitas vezes é
revertida em valor financeiro, podendo alcançar
número milionários. Essa característica torna o acervo
de obras raras um local de alto risco para roubos, tanto
de documentos completos como de partes destes.Por
isso, a preocupação com a segurança da coleção de
livros raros é cotidiana e imprescindível.
Roubo de obras raras
Conclusão
Após escrever o trabalho, foi visto que o livro raro é
um objeto tão específico que possui valores
intrínsecos e extrínsecos que o tornam único e, por
isso, demanda também um tratamento individual
três vezes mais cuidadoso por ser muitas vezes frágil
e por ser considerado patrimônio intelectual da
humanidade, se tornando imprescindível a busca
pormétodos de preservação de sua integridade física,
intelectual e histórica.
Alanna Gianin TorresBeatriz Nascimento
Gessyca Lago
Universidade de BrasíliaFaculdade de Ciência da Informação
Formação e desenvolvimento de acervo