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Cidadania e ProfissionalidadeNúcleo Gerador: Programação
Projectos Pessoais e Familiares (DR1 e DR2)
História da 1ª Republica Portuguesa
Primeira República Portuguesa, (1910-1926). Portugal vivia dias difíceis,
eram 750 anos de monarquia, o povo estava farto e cansado de ser explorado,
o descontentamento em relação ao REI era grande, a monarquia começava a
ser posta em causa.
Para reforçar o descontentamento dos portugueses, havia revolucionários
vindos de França que proclamavam os direitos que a todos pertenciam, sendo
por exemplo um desses direitos que o governo deveria ser eleito pelo povo,
através do voto universal. A juntar a tudo isto, em 1890, a Inglaterra reclama a
posse dos territórios entre Angola e Moçambique (o Ultimato Inglês). A
aceitação deste ultimato por parte do Rei, provocou uma autêntica revolta
nacional, os Republicanos defendiam que se devia lutar contra os bretões (os
Ingleses) e defender o que era dos portugueses, antes morrer do que entregar
os territórios. O rei sabia que estava em clara desvantagem numérica para
enfrentar uma luta contra a Inglaterra e cedeu os territórios, passou a ser
acusado da drástica situação em que o país se encontrava e de não defender
os interesses da nação.
Oito séculos de monarquia caíram em vinte anos.
Em 1876 tinha-se formado o partido republicano, composto basicamente
por membros da classe média, pessoas ligadas a comércios e negócios e por
outros que tinham empregos ligados ao poder. Os republicanos eram pessoas
bem instruídas e tinham algum poder monetário, conseguindo assim formar
uma força política capaz de fazer frente ao poder monárquico e derrubar a
monarquia.
A instituição da república portuguesa foi o
resultado do Golpe de Estado do Partido
Republicano. A Revolução aconteceu a 5 de
Outubro de 1910, acabando com a monarquia
constitucional em Portugal. Esta revolução teve
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êxito com alguma sorte à mistura, atendendo ao número reduzido de
revolucionários armados que se entrincheiraram na rotunda em Alcântara. O
grupo estava a ser comandado por Machado Santos e a eles se juntaram
alguns civis, que foram importantes nas manobras republicanas.
Os monárquicos comandados pelo General Manuel Rafael Gorjão
Henriques, não foram capazes de travar o golpe de estado, revelando assim
uma grande falta de capacidade de resposta, perante o cenário de revolta.
À medida que o tempo passava, em vários
quartéis alguns graduados juntamente com soldados
foram aderindo à revolução, também a eles se
juntavam civis, assumindo assim o comando de
algumas unidades militares. Chegou a haver mortes
de graduados que se opuseram à revolução.
Por parte dos revolucionários notava-se alguma desorganização, uma vez
que muitos deles não sabiam ao certo o ponto da situação, a falta de
comunicação e a desorientação eram, portanto, um obstáculo no desenrolar
dos acontecimentos. Do lado dos Republicanos existiam grupos pertencentes a
organizações secretas: a Maçonaria e a Carbonária, sendo estes últimos mais
radicais, no sentido de partirem para a violência, chegando a praticar
assassinatos.
Com a adesão de alguns navios de guerra e a determinação destes
homens, face à incapacidade de resposta dos monárquicos, o governo destes
rende-se e os Republicanos proclamam a República, tendo sido o REI D.
Manuel II exilado.
Agora com o novo governo, era necessário
formar uma Constituição em que se estabelecesse
os alicerces do novo regime político. Formou-se
assim a Assembleia Nacional Constituinte, que
foi eleita por sufrágio universal. Só houve votos em
cerca de metade dos círculos eleitorais, estando um único partido a ocupar
esses lugares, o partido Republicano Português, sendo assim eleito
directamente por falta de membros de outros partidos.
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Dentro do partido nem todos defendiam as mesmas ideias e vão surgir
outras formações políticas, como o Partido Evolucionista, o Partido Unionista e
o Democrático, começando-se a criar divergências e conflitos de ideias dentro
do próprio partido Republicano. Estas divergências fazem com que num
período de 16 anos houvesse sete Parlamentos, oito Presidentes da República
e 45 governos. Com tantas mudanças, em tão pouco tempo, político algum
conseguia governar o país de maneira a que saíssemos da crise.
Em 1918, Sidónio Pais alargou o sufrágio a todos os cidadãos do sexo
masculino, maiores de 21 anos, tendo este alargamento durado apenas um
ano, por reposição das leis do anterior sistema eleitoral, no qual votavam os
cidadãos alfabetizados e os chefes de família com idade superior a 21 anos.
Para além da elaboração e aprovação da Constituição, concluída a 21 de
Agosto de 1911, a Assembleia Constituinte discutiu e aprovou projectos de lei
sobre diversos assuntos, confirmou os poderes do governo provisório,
acompanhou e fiscalizou a sua actuação, assumindo assim poderes que a
tornam no primeiro parlamento da República.
Teófilo Braga foi escolhido como Presidente do governo Provisório para
orientar o país até à eleição do primeiro presidente da República, tendo sido o
primeiro presidente eleito, Manuel de Arriaga.
A bandeira portuguesa deixou de ter a cor azul e branca da Monarquia e
passou a ser vermelha e verde.
Para hino nacional foi escolhido o poema “A
PORTUGUESA” de Henrique Lopes Mendonça e
musica de Alfredo Keil.
“Heróis do mar, nobre povo, Nação valente e
imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de
Portugal! Entre as brumas da memória! Ó Pátria,
sente-se a voz, dos teus egrégios avós, Que há-de
guiar-te à vitória! Às armas, às armas! Sobre a terra,
sobre o mar! Pela Pátria lutar! Contra os canhões marchar, marchar!
Durante o período da primeira república, governaram os seguintes
presidentes:
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Teófilo Braga (1910-1911)
Manuel de Arriaga (1911-1915)
Teófilo Braga (1915)
Bernardino Machado (1915-1917)
Sidónio Pais (1917-1918)
João do Canto e Castro (1918-1919)
António José de Almeida (1919-1923)
Manuel Teixeira Gomes (1923-1925)
Bernardino Machado (1925-1926)
RUI GALVÃO
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