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Relações ecológicas.
Ecologia
Apostila 06
3ª FaseBiologia
Predatismo
O que é ?
O predatismo ou predação é uma relação ecológica interespecífica desarmônica na
cadeia alimentar em que os animais de uma espécie, alocados em um nível trófico superior (predadores / caçadores), capturam e matam animais de um nível trófico inferior (presa),
para deles se alimentarem.
Este tipo de relação ocorre principalmente em seres carnívoros
Ocorre também com os herbívoros. Neste caso, com denominação de herbivorismo, sendo os vegetais o
alimento, bem representado pelo ataque de formigas, gafanhotos ou lagartas destruindo velozmente uma
cultura.
Predadores e Presas
Geralmente não se extinguem e nem entram em superpopulação, permanecendo em equilíbrio no
ecossistema.
Do ponto de vista individual existe prejuízo para as presas que são devoras pelos
predadores, mas considerando o aspecto populacional é uma forma de manter um
equilíbrio dinâmico, fundamental à sobrevivência das duas espécies.
A predação pode amenizar a dominância que a competição poderia originar, afetando
fortemente a composição específica de um local. Em muitos casos, a predação previne
a monopolização de um habitat por uma espécie competidora potencialmente mais
apta. Estas espécies predadoras, que mantém a abundância das espécies predadas são ditas espécies-chave.
Essa relação predador e presa é fundamental para o equilíbrio das espécies e da natureza, porém a
capacidade de suporte do predador não é constante como se imagina, e sim uma variável,
pois a medida que a população da presa aumenta, a do predador também cresce, logo, a população de presa se torna escassa para tanto, e as duas populações limitam mutuamente suas
densidades, onde a população da presa é limitada pela predação e a do predador pelo
alimento (FUTUYMA, 1992).
Evolutivamente surgiram adaptações desenvolvidas pelas presas, selecionadas
em defesa.
Mimetismo;Camuflagem;Aposematismo (cores de advertência).
MimetismoSemelhante à camuflagem, só que ao invés de
se parecerem com o meio, os animais que praticam o mimetismo tentam se parecer com outros animais, com intuito de parecer quem
não é.
Mimetismo
Mimetismo de Defesa
Batesiano: os animais tentam se parecer com outros de espécies diferentes que têm gosto ruim ou são venenosos. Como exemplo, algumas abelhas têm desenhos parecidos com corujas em suas asas.
A cobra falsa-coral não possui veneno (na verdade, possui, mas raramente
consegue utilizá-lo em razão da pequena abertura de sua boca), por isso tenta parecer-se com a coral verdadeira.
Mulleriano: Os animais se assemelham a outros animais que têm gosto ruim, e por
isso seus predadores não os atacam.
Cor aposemática
Mimetismo de ataque
Peckhaminano: os animais se misturam a outros parecidos, para se aproximar da presa.
Exemplo: bútio, se aproxima do bando de outras aves para se
aproximar da presa.
Camuflagem
Alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio em que vivem
para tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando
deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder
mais facilmente de seu predador
.
Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde o animal tem a cor é a mesma do meio onde vive, e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que
compõe o meio.
Homocromia
Como exemplo, podemos citar os ursos polares, que têm o
pêlo branco que confunde-se com a neve.
Arachnida Ordem: Aranedae - AranhaLocalidade: Cananéia, SP, Brasil
Gafanhoto (Orthoptera)
Homotipia
O bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores que têm galhos semelhantes à forma de seu corpo.
Trata-se de espécies que exibem cores de advertência, cores vivas e marcantes para afastar seus possíveis
predadores, que já a reconhecem pelo gosto desagradável ou pelos venenos que possui.
Aposematismo
Cangambá (Mephitis mephitis) é um mamífero carnívoro
caracterizado pela pelagem preta com listras brancas e por
expelir um líquido fétido quando acuado. O cangambá
é muitas vezes confundido com o gambá devido ao hábito de ambas espécies usarem de odores fétidos como forma de
defesa e aos nomes com semelhança fonética.
Exemplos
Coruja branca (suindara) alimentando-se de um rato
silvestre predado. Esta coruja ocorre em todo o Brasil, o nome vulgar, coruja-das-torres. Ela come diariamente em
média, 4 (quatro) ratos, além dos mais variados
tipos de insetos.
Serpente ingerindo rato
As plantas também podem ser
predadoras,espécies de plantas
carnívoras, que neste caso atuam como
consumidoras secundárias.
Larva de Besouro já sendo digerida
CuriosidadesA caça indiscriminada ao
jacaré, pela ação predatória do homem. A
diminuição da quantidade de jacarés permite um aumento vertiginoso do número de piranhas, no
pantanal, alterando totalmente o equilíbrio
ecológico do ecossistema.
As salamandras são capazes de se defender activamente dos predadores. Adaptam
posturas anti-predatórias e são capazes de libertar pela pele , uma substância tóxica
denominada samandrina. Esta substância é um alcalóide que provoca convulsões
musculares e uma elevada pressão sanguínea, combinada com hiperventilação. As glândulas
de veneno estão concentradas na zona do pescoço e na superfície dorsal. As áreas mais coloridas do animal normalmente coincidem
com a localização dessas glândulas.
Auto-defesa das plantas.
Verificou-se, na natureza, que as plantas reagem aos
químicos da saliva de insetos herbívoros que delas se
alimentam, libertando compostos que atraem insetos
predadores dos primeiros.
Referências
http://www.brasilescola.com/biologia/predatismo.htm Acesso:21/09/2008 http://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_Ecol%C3%B3gicas Acesso:22
set.2008 FUTUYNA, Douglas J. Biologia Evolutiva. 2.ed. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de
genética/CNPq, 1992. http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./educacao/
index.php3&conteudo=./educacao/artigos/relacoes_seres.html Acesso set.2008 Competição. Disponível em:
<http://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/costao/zonacao/predacao.htm> Acesso em: 22 set. 2008
http://educar.sc.usp.br/ciencias/ecologia/associa.htm Acesso 22 set.2008 http://www.educacaoadistancia.pro.br/predatismo.htm Acesso 22 set.2008
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