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FACULDADE EVANGÉLICA DO PIAUÍ GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA Relatório de Estagio Curricular em Educação de Jovens e Adultos Elcinalva Ramos Costa Francirleia de Jesus Sousa Lena Claúdia da Luz Santos Luzanira Pereira da Silva Santos Rubenilce Monteiro Santos Valéria do Socorro Oliveira Duarte Local do Estagio: Unidade Rural de 1º Grau Doralice Dourado Teresina PI 2015

RELATÓRIO DA EJA- DORALICE DOURADO

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FACULDADE EVANGÉLICA DO PIAUÍ

GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

Relatório de Estagio Curricular em Educação de Jovens e Adultos

Elcinalva Ramos Costa

Francirleia de Jesus Sousa

Lena Claúdia da Luz Santos

Luzanira Pereira da Silva Santos

Rubenilce Monteiro Santos

Valéria do Socorro Oliveira Duarte

Local do Estagio: Unidade Rural de 1º Grau Doralice Dourado

Teresina – PI

2015

FACULDADE EVANGÉLICA DO PIAUÍ

GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

Relatório de Estagio Curricular em Educação de Jovens e Adultos

Elcinalva Ramos Costa

Francirleia de Jesus Sousa

Lena Claúdia da Luz Santos

Luzanira Pereira da Silva Santos

Rubenilce Monteiro Santos

Valéria do Socorro Oliveira Duarte

Local do Estagio: Unidade Rural de 1º Grau Doralice Dourado

Relatório apresentado à Faculdade Evangélica do Piauí – FAEPI, como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina do Estagio Supervisionado em Educação Especial do curso de graduação em pedagogia, sob orientação do Professor. Esp: Magno Fernando A. Nazaré.

Teresina – PI

2015

1-INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) ainda é vista por muito como uma

forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na infância ou aqueles

que por algum motivo tiveram de abandonar a escola. Felizmente o conceito vem

mudando e, entre os grandes desafios desse tipo de ensino, agora se inclui também

a preparação para o mercado de trabalho. Além de ter por finalidade propiciar o

desenvolvimento integral do aluno, prepara-lo para o acesso às competências

básicas, facilitando sua inserção no mundo de trabalho, em estudos superiores e ao

mesmo tempo capacitando-o para interagir socialmente, de forma sadia e

responsável, dotando-o de criatividade e senso crítico para exercer a cidadania de

forma plena e digna. Isso inclui ter consciência de que ao ser transformado, possa

também transformar a sociedade em que vive.

Este trabalho relata o perfil, as dificuldades e as ações pedagógicas

realizadas com os alunos da Educação de Jovens e Adultos, da Unidade Rural de 1º

Grau Doralice Dourado. Esta é a única escola situada na sede da cidade de

Carutapera Maranhão, a trabalhar com essa modalidade de ensino.

As informações foram coletadas a parti de uma entrevista com o diretor e

a coordenadora pedagógica da EJA na escola. O contato direto com os alunos foi

resguardado devido os mesmos estarem na semana de avaliações além da

preparação para os jogos escolares da rede municipal de ensino.

Na entrevista foram abordadas questões como o perfil dessa clientela, as

dificuldades apresentadas tanto pelos discentes como os docentes, a evasão

escolar, disciplina, os benefícios, o planejamento, as avaliações e a motivação para

a permanência desses alunos na escola.

O presente relatório tem por objetivo entender como surgiu e como

funciona essa modalidade de ensino. Além de conhecer o trabalho da escola e dos

professores para com os alunos da Educação de Jovens e Adultos, procurando

relacionar a teoria à prática. Promovendo assim melhor preparo acadêmico a futuros

profissionais da área da pedagogia.

2-ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA

A Unidade Rural de 1º Grau Doralice Dourado, está localizada na cidade

de Carutapera Maranhão, na Avenida Deputado Manoel Ribeiro nº 1007, no Bairro

de Santa Luzia, situada nas proximidades do Hospital Regional de Carutapera, da

Rádio Comunitária Litoral FM e o Fórum da cidade.

A escola é dividida em oito salas de aula, uma secretária, uma cozinha,

um depósito, uma sala de professores, uma sala de informática, um pátio e três

banheiros, onde apenas 2 estão funcionando. A unidade possui 288 alunos

matriculados de 1º ao 5º ano, as turmas de 1º ano A e B totalizam 44 alunos, 2º ano

A, B e C 76 alunos, 3º ano A e B 56alunos, 4º ano A e B 55 alunos e 5º ano A e B 57

alunos, distribuídos nos turnos matutino e vespertino. O turno noturno funciona a

EJA (Educação de Jovens e Adultos), com o número total de 216 alunos

matriculados divididos em etapas (Primeira etapa 1ª e 2ª série, segunda etapa3ª e 4ª

série, terceira etapa 5ª e 6ª série e quarta etapa 7ª e 8ª série). O número de alunos

por sala varia entre 30 a 38 alunos. Os mais novos tem idade entre 15 a 17 anos e

os mais velhos de 50 a 60 anos.

A escola tem em seu quadro doze professores no turno noturno e 11

divididos entre os turnos matutino e vespertino. Como não tivemos acesso ao PPP

(Plano Político Pedagógico), deixamos de ter algumas informações exatas. Os

dados foram coletados por meio de observação e relatos dos funcionários.

3-CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O alunado da EJA na Unidade Rural de 1º Grau Doralice Dourado é vindo

de famílias com baixa renda que vivem basicamente da pesca, da lavoura, de outras

atividades pouco renumeradas (autônomos). ou recebem ajuda do governo federal.

As alunas geralmente são mães com filhos ainda pequenos que dividem seu tempo

entre o trabalho doméstico e a escola (muitas ainda trabalham em casa de família

para ajudar no sustento da casa). Já a clientela masculina também trabalha durante

o dia, alguns usam ou já usaram drogas ou são pessoas que não tiveram um bom

desempenho por algum motivo no ensino regular ou até mesmo reprovaram várias

vezes.

São alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. Pois lutam

contra o sono, cansaço e o tempo. Pessoas que vêm na educação de Jovens e

adultos (EJA) a única saída para a continuação dos seus estudos e assim estarem

preparados para as exigências econômicas, tecnológicas e competitivas do mercado

de trabalho.

A escola busca resgatar a história de vida dos alunos para que assim

possa melhorar sua prática como um todo, valorizando o conhecimento que se tem

no dia a dia, somando saberes.

4-ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

No Brasil, o discurso sobre a inclusão social pela vida da educação é

bastante antigo.

Qualquer brasileiro reconhece que a educação é o instrumento que vai

permitir a busca por uma melhoria de vida, bem como a capacitação para competir

no mercado de trabalho.

A Educação de jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que

nasceu da clara necessidade de oferecer uma melhor chance para pessoas que, por

algum motivo, não concluíram o ensino fundamental e/ou o médio na idade

apropriada.

A Educação de Jovens e Adultos é definida pelo artigo 37 da LDB (Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96) como a modalidade de

ensino que “será destinada à continuidade de estudos no ensino fundamental e

médio na idade própria”.

No início dos anos 90 o segmento da EJA passou a incluir também as

classes de alfabetização inicial. O segmento é regulamentado pelo artigo 37 da Lei

nº 9394 de 20 de dezembro de 1996(LDB). É um dos seguimentos da Educação

Básica que recebem repasse de verbas do FUNDEB.

A LDB, em seu art. 39º determina a dentre os princípios que devem servir

ao ensino... igualdade de condições para o acesso e permanência na

escola...pluralismo de ideias e concepções pedagógicas...valorização da

experiência.

O Estágio supervisionado na Educação de Jovens e Adultos iniciou no dia

14/06/2015, com a orientação do professor Magno Fernando que fez a exposição

oral da aula, direcionando os alunos das turmas unificadas A e B do curso de

pedagogia a realizarem seus estágios na EJA. Houve uma preocupação por parte

dos alunos do curso por haver somente uma escola na sede a trabalhar com essa

modalidade de ensino, pois as duas turmas contam com um bom número de alunos.

Para tentar resolver esta questão o professor orientou que cada pessoa realizasse

seu estágio na cidade em que mora.

Para esse trabalho, a turma foi dividida em 8 grupos, sendo que cada

equipe iria desenvolver um projeto de motivação com os alunos da EJA. No

17/06/2015 os alunos do curso que moram na sede da cidade de Carutapera foram

visitar a Unidade Rural de 1º Grau Doralice Dourado no turno noturno,

acompanhados do professor Magno Fernando. Lá chegando, somente o professor

entrou na escola para ter uma prévia conversa com gestor além do pedido de

autorização para que o grupo pudesse entrar sem atrapalhar os trabalhos da escola,

pois os alunos estavam em aula nesse momento.

O professor foi bem recebido pelo pessoal da escola que lamentaram o

fato de não ser possível à realização do projeto, sendo que os alunos estavam na

semana de prova e se preparando também juntamente com os professores para os

jogos entre as escolas do município e na sequência iriam entrar de férias. Foi

sugerido uma entrevista com o gestor e a coordenadora da EJA na escola no dia

seguinte.

Ao sair da escola o professor repassou as informações para as turma e

que não seria possível realizar o projeto. Pediu que os grupos se preparassem com

perguntas para que fosse feito um relatório por grupo a parti das informações obtidas

na entrevista como os profissionais.

No dia 18/06/2015, retornamos a escola, fomos encaminhados a uma sala

onde não tem aula a noite para que pudéssemos dar início à entrevista. Após as

saudações deu-se início as perguntas.

4.1-ENTREVISTA COM O GESTOR E A COORDENADORA

4.1.1FAMÍLIA

Como é feito o trabalho com as famílias?

Sobre essa pergunta o gestor nos informou que não há um trabalho direto

com as famílias dos alunos sendo que os mesmos em sua maioria são maiores e já

são responsáveis por si. Muito já tem sua própria família, portanto esse trabalho se

tornaria difícil.

De acordo com o Censo Escolar de 2014, o Brasil conta com cerca de

3,5 milhões de pessoas matriculadas na Educação de Jovens e Adultos. A

maioria são jovens entre 15 e 19 anos.

Assim, a importância da família na vida de todo ser humano, está

atrelada automaticamente ao bom desenvolvimento e ao indivíduo que no futuro

irá também constituí uma família alicerçado na sua própria experiência de vida.

4.1.2- MOTIVAÇÃO

O que a escola faz para diminui a desistência desses alunos?

Para o gestor (Diego Barral), a EJA em si já é um incentivo, e que a

desistência dos alunos não se dar pelo fato da escola ser “ruim” e sim pela vida

pessoal do aluno, devido ao trabalho e o cansaço por exemplo. Para isso a

Escola trabalha com projetos (Projeto de leitura e comidas típicas). Os

professores procuram trabalhar com aulas dinamizadas, pois os alunos gostam

dessa diversidade como músicas e jogos. Pois acredita que se o aluno não vê

vantagem em estudar ele desiste.

A coordenadora (Iricina Meireles), diz que a relação professor x aluno é

crucial, que o professor da EJA tem que cativar sua clientela.

Sobre esse assunto Gabriel Chalita diz:

“Professor tem de ser amigo do aluno... terá todo respeito

porque um amigo respeita o outro. Sem afeto não há

educação”. (CHALITA, 2004, p. 149)

Educar jovens e adultos, hoje, não é apenas ensiná-los a ler e escrever. É

oferecer-lhes uma escolarização ampla e com mais qualidade. E isso requer

atividades contínuas preocupando-se de fato com a cultura do educando, com a

preparação para o mercado de trabalho e como prevista nas diretrizes curriculares

da EJA a mesma tem como funções: reparar, qualificar e equalizar o ensino.

Como são trabalhados os jogos didáticos?

A coordenadora fala que o trabalho diferenciado é muito complexo, visto

que há jovens e idosos na mesma classe. Fala ainda que o professor de matemática

trabalhar a diversidade com dinâmicas, jogos e bingos.

4.1.3- EDUCAÇÃO ESPECIAL

Sobre a Educação Especial já houve algum caso? Se houve como foi o

trabalho? Se não houve como a escola está se preparando para isso?

A coordenação informou que não há alunos especiais matriculados na

EJA na escola. Que geralmente o aluno da Educação Especial, mesmo tendo idade

para estar nesta modalidade, à família opta por deixa-los no ensino regular. Se

algum caso aparecer mesmo com dificuldade à escola irá receber e tentar realizar

um bom trabalho com esse aluno.

4.1.4- DIFICULDADES

Qual é o maior desafio encontrado para trabalhar com os alunos da EJA?

O diretor relatou que quando veio para a Unidade Rural de 1º Grau

Doralice Dourado, havia vários problemas como brigas entre gangues, alunos

viciados portando facas entre outras coisas. Houve casos em que a polícia teve que

vim abordar alunos dentro da sala de aula. Devido a tudo isso a indisciplina era um

dos maiores problemas, além da frequência e a evasão. Contou ainda que os

professores tinham medo de vim trabalhar na EJA.

Para resolver essa questão procurou se aproximar mais dos alunos,

falando a mesma “língua”, com isso conseguiu colocar regras e limites. Hoje há

trocas de ideias entre direção, professor e alunos. Existe respeito por parte dos

alunos e vice versa.

Paulo Freire, em seu livro a Educação como prática da liberdade nos diz:

“A partir das relações do homem com a realidade... pelos atos

de criação, e decisão vai ele dinamizando o seu mundo. Vai

dominando a realidade. Vai dinamizando-a”.

(FREIRE, 2011, p.60)

4.1.5- PLANEJAMENTO

Como Funciona o planejamento que abrange a demanda de alunos de

idades diferenciadas?

A coordenadora afirmou que para haver o alcance dos objetivos são

necessários vários planejamentos, os professores tem que ser flexíveis em relação

ao planejamento. E que existe um choque de idades, sendo que os mais velhos são

os que mais sentem essa diferença.

O planejamento anual para a Educação de Jovens e Adultos deve levar

em consideração seus interesses, experiências, temores, saber suas opiniões,

raciocínio, seus sentimentos e emoções.

O planejamento deverá ser distribuído por área de conhecimento para

melhor desenvolvimento do trabalho, não sendo necessariamente um método para

se trabalhar, podendo o professor utilizar a globalização das áreas do conhecimento,

não sendo necessário à separação.

4.1.6- A AVALIAÇÃO

Como é avaliado o processo de aprendizagem dos alunos?

Iricina (coordenadora) fala que juntamente com os professores procura

observar na avaliação de onde o aluno está para onde ele vai chegar.

Aproveitando tudo que o aluno tem de melhor.

A avaliação educacional, na Educação de Jovens e Adultos, seguirá

orientações contidas no artigo 24, da LDB, e compreende os seguintes princípios:

. investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter

informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

. contínua: permite a observação permanente do processo ensino-

aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

. sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,

utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

. abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no

tempo-escolar do educando;

. permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos

conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do

trabalho pedagógico da escola.

A avaliação se faz presente em todos os domínios da atividade

humana. Portanto a avaliação tem despertado o interesse dos vários segmentos

envolvidos no processo educacional: gestores, professores, alunos entre outros.

Sabe-se que a avaliação, nunca foi tão discutida e questionada como

mecanismo que orienta e acompanha o processo educativo geral tornando-se

inevitável a reflexão sobre a ação que o educador deve ter frente o ato avaliativo.

A necessidade de avaliar corretamente os alunos mostra que a mesma

deve ser um processo para auxiliar no desenvolvimento cognitivo do aluno e não

apenas para classifica-lo.

A avaliação da aprendizagem é complexa e requer colaboração de meios

para obter resultados positivo, não deve servir, como geralmente acontece, para

penalizar a vítima, é um processo contínuo, sistemático, compreensivo, comparativo,

informativo e global, permite avaliar o conhecimento geral do aluno.

4.1.7- BENEFICIOS

Oque é a EJA para você?

Esta pergunta foi feita diretamente para o gestor da escola Diego Barral,

que responde dizendo que para ele, a EJA é como se fosse uma porta dando uma

segunda chance aos educandos. Que mesmo tendo suas dificuldades há um

aprendizado não só para os alunos mas também a todo o pessoal da escola,

professores, diretor e demais funcionários.

Trabalhar na educação de jovens e adultos é diferente pois, a verdade é

que o avaliador deve ouvir os alunos sobre o seu exercício sobre as notas dos

mesmos. Dessa forma os alunos acabam armazenando os seus conhecimentos e

aprendizados que conquistaram ao longo do ano.

O grande desafio está em criar uma escola de qualidade para jovens e

adultos em função das especificidades desses sujeitos.

Encerrada a entrevista, o professor Magno Fernando agradeceu o senhor

Diego Barral e a senhora Iricina Meireles, pela colaboração e disponibilidade que

tiveram para com os alunos do curso de pedagogia da Faculdade Evangélica do

Piauí. O gestor disse que a escola está à disposição e mais uma vez lamentou não

ser possível à realização do projeto de motivação para os alunos da EJA.

5-ANALISE REFLEXIVA

Analisando os estágios que tivemos na Educação Especial, Educação

Infantil e a Educação de Jovens e Adulto, percebemos que cada clientela exige do

professor um trabalho diferenciado voltado para cada idade ou para cada dificuldade

desses discentes.

A educação inclusiva caracteriza-se como um acesso a educação das

pessoas historicamente excluídas por sua classe, etnia, gênero, idade ou

deficiência. A proposta da inclusão escolar enfatiza aspectos , que os sistemas de

ensino devem respeitar e atender as necessidades educacionais das pessoas com

deficiência na classe regular. Sendo assim escassas a matricula de alunos

portadores de necessidades especiais na Educação de Jovens e adultos.

No Brasil a Educação Infantil compreende o atendimento as crianças de 0

a 5 anos. Mesmo não sendo obrigatória, a Educação Infantil é um direito publico,

cabendo ao município ampliar essa oferta com o apoio dos governos estaduais e

federal.

Ao trabalhar com crianças pequenas, vimos que o professor precisa estar

preparado para uma grande diversidade de atitude e participação, pois as crianças

inicialmente vão mesmo transgredir o uso de materiais e a descoberta de si mesmo

e do outro.

A Educação de Jovens e Adultos, proporciona o regresso à sala de aula.

Esta modalidade respeita as características desse alunado, dando oportunidades

educacionais adequadas em relação a seus interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante cursos e exames próprios. No Brasil a EJA tem sido associada à

escolaridade compensatória para pessoas que não conseguiram ir para a escola

quando crianças, o que é um erro.

Em síntese é de suma importância que os educadores que se propõem

ensinar tenham em mente que devem mediar com sabedoria, entusiasmo,

sensibilidade humildade e alegria. Que exemplifique a confiança, a paz, a amizade,

o companheirismo e o respeito, pois todo professor deverá ter sempre certeza que

sua profissão é uma das mais nobres por que é a grande responsável por iluminar

consciências e formar cidadãos de bem.

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisando sobre a Educação de Jovens e Adultos e analisando a

entrevista com profissionais que trabalham com essa modalidade, percebemos

que a essência da EJA está na oportunidade de reingresso à educação escolar,

visando melhor condições de vida.

Analisamos também que ser educador dessa modalidade, acaba se

tornando um grande desafio, pois apesar da especialização desses educadores

nessa categoria de ensino, é válido ressaltar que em muitos casos a metodologia

aplicada não é compatível, com as reais necessidades desses educandos, os

recursos didáticos utilizados nas aulas são escassos, não há materiais

específicos para eles e os conteúdos trabalhados não são contextualizados de

acordo com sua realidade dificultando assim a formação de um sujeito reflexível,

crítico, participativo e autônomo. Fazendo com que caia sobre o professor a

responsabilidade de melhorar suas aulas, tornando-as interativas, dinâmicas e

motivadoras para que o aluno possa vencer as dificuldades pessoais do dia a dia

rumo a um melhor desenvolvimento cognitivo, buscando suprir suas expectativas

no ramo dessa modalidade de ensino.

Sabe-se que educar é muito mais que reunir pessoas numa sala de aula

e transmitir-lhes um conteúdo pronto. E papel do professor, principalmente do

professor que trabalha na EJA, compreender o aluno e sua realidade diária.

Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento

pessoal e profissional.

Na cidade de Carutapera percebe-se que um bom número de alunos

que vieram da EJA e hoje estão no ensino médio ou até em uma graduação.

Pessoas que foram beneficiadas com essa modalidade e dessa forma estão

recuperando o tempo perdido ou até mesmo negado.

Conclui-se que preciso que a sociedade compreenda que os aluno da

Educação de Jovens e Adultos vivenciam problemas como preconceito,

vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros. E que tais questões são

vivenciadas tanto no cotidiano familiar como na vida em comunidade. Portanto

todos tanto a família como a escola devem motivar essas pessoas com palavras

positivas incentivando assim o aluno a continuar buscando a realização de seus

sonhos e ideias.

REFERÊNCIAS

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MEC/SEESP, 2002.

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revista e ampliada. – Petrópolis, RJ: Vozes,2015.

CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente,

2001 1ª ed., 2004 edição revista e atualizada.

DIPIERRO. M. C. Educação de Jovens e Adultos . In: OLIVEIRA, D.; DUARTE, A.M.

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P.8

ESTÁGIO CURRICULAR EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, Apostila,

FAEME. Carutapera,2015.

FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 2010.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 14.ed.rev.atual.—Rio de

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ORTIZ, Cisele. Interações: ser professor de bebes – cuidar, educar e brincar: uma

única ação. São Paulo: Blucher, 2012,--(Coleção InterAções)

PEREIRA, Antonio. Disponível em WWW.altosertão.com.br/colunistas. Acesso em

junho de 2015

SITE. WWW.pedagogogia.com.br/projetos