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Psicologia B
Resumo 2010/2011 – 2º Período
Jorge Barbosa
Factores Fundamentais da Cognição Social • A cognição apresenta uma dimensão social,
na medida em que um grande número de pessoas partilha uma série considerável de noções comuns.
• A cognição social abarca um conjunto de processos de conhecimento e relacionamento com os outros, dos quais se destacam: – as impressões, – as expectativas, – as atitudes e – as representações.
Factores Fundamentais da Cognição Social • As impressões sociais são noções:
– criadas no contacto com as pessoas, e que – nos fornecem um quadro interpretativo para
julgarmos o que elas são e como se comportam.
• As impressões sociais facilitam a categorização das pessoas, ou seja, a sua inclusão em determinadas classes ou categorias.
Factores Fundamentais da Cognição Social
• O conhecimento das pessoas e a sua categorização organizam-se em torno de traços centrais, que constituem uma espécie de directriz ou padrão de caracteres que dá sentido a outros que se lhe subordinam.
Factores Fundamentais da Cognição Social • As expectativas são atitudes
psicoafectivas que, em face de certos indícios, conduzem as pessoas a antecipações de determinadas ocorrências sociais.
• Asch refere-se ao “efeito de primazia” para designar o papel das primeiras impressões que, à semelhança dos traços centrais, condicionam as cognições posteriores.
Factores Fundamentais da Cognição Social
• As atitude são predisposições adquiridas e relativamente estáveis que levam as pessoas a reagir de modo positivo ou negativo perante objectos de natureza social.
• As atitudes resultam de uma crença ou elemento intelectual que, em conjugação com o elemento emocional, gera um elemento comportamental que consiste numa predisposição ou intenção de fazer alguma coisa.
Factores Fundamentais da Cognição Social
• Festinger designa por dissonância cognitiva a situação de inconsistência psicológica verificada nos casos em que o elemento intelectual colide com o emocional, determinando um conflito de actuação.
Factores Fundamentais da Cognição Social
• Representações sociais são formas de conhecimento de objectos e fenómenos sociais complexos, elaboradas com objectivos práticos, e que contribuem para a constituição de uma realidade comum a várias pessoas.
• Designam-se por sociais porque são forjadas na comunicação ou interacção entre pessoas, são partilhadas por elas e são uma espécie de programa de acção para a comunidade.
Processos de influência entre indivíduos
Os principais processos de influências interpessoais são a normalização,
o conformismo e
a obediência.
Processos de influência entre indivíduos
Normas sociais são escalas de referência que definem os comportamentos e as atitudes permitidos ou condenáveis numa determinada comunidade.
A normalização é o estabelecimento de normas sociais com base na influência recíproca dos elementos de um grupo social, hesitantes relativamente a modos de pensar e agir (sem normas ou com normas imprecisas).
Processos de influência entre indivíduos
Designa-se por conformismo a tendência das pessoas para aceitar as normas, isto é, para aproximarem as suas atitudes e condutas das dos outros elementos do grupo.
O grau de conformismo de uma pessoa depende de factores como:
a confiança em si próprio, a unanimidade de opiniões dos elementos do grupo e
o contacto visual.
Processos de influência entre indivíduos
A obediência é a tendência das pessoas para se submeterem a ordens ditadas por outrem e para as cumprir.
Os factores que interferem na obediência podem relacionar-se com
a pessoa que dá as ordens ou
com aquela que as cumpre.
Processos de influência entre indivíduos
Em relação ao ordenante, a obediência é facilitada se for uma
pessoa atraente,
merecer credibilidade e
possuir capacidades de liderança e de autoridade.
Processos de influência entre indivíduos
O desejo de agradar e de ser aceite são factores associados às pessoas que obedecem, contribuindo para incrementar a tendência a obedecer.
A autoconfiança da pessoa que se espera que obedeça contribui para diminuir essa tendência.
Processos de influência entre indivíduos A organização social assenta numa boa dose de conformismo e de obediência por parte dos seus membros constituintes.
Contudo, inconformismo e desobediência não são necessariamente negativos, sendo tidos como factores de progresso social, quando alteram costumes sem sentido ou quando são respostas a ordens injustas e inexequíveis.
O inconformismo considera-se ainda de modo positivo quando se reflecte em avanço científico-tecnológico e revoluciona de modo favorável o campo das ideias e da arte.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Entre indivíduos e grupos desenham-se relações sociais de:
atracção,
agressão e
intimidade.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
A atracção entre seres humanos é um processo que implica um conjunto de sentimentos positivos, que criam o desejo de aproximação entre eles, facilitados por:
Proximidade física,
afinidades pessoais e culturais,
boa aparência,
desejo de afiliação e
reciprocidade de sentimentos
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Considera-se agressão qualquer comportamento físico ou verbal realizado por um indivíduo com a intenção de provocar sofrimento, dor ou prejuízo a pessoas, a objectos ou a si mesmo.
Além de poder ser desencadeada por outras situações, a agressividade tem origem
na aprendizagem social,
na frustração e
no efeito cumulativo de contrariedades.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
A intimidade é um estado de proximidade emocional entre pessoas caracterizado por uma comunicação estabelecida com autenticidade e sem qualquer intenção de manipular.
O amor é o caso de intimidade por excelência, podendo revestir-se de vários cambiantes: maternal, paternal, filial, fraternal, romântico, apaixonado, amistoso, amor ao próximo, etc.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Para além da afeição e do respeito, características próprias do gostar, o amor exige:
vinculação ou apego ao outro,
preocupação e
responsabilização por ele e ainda
intimidade ou comunicação profunda e empática.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Sternberg apresenta uma classificação de modelos de amor alargada, dependendo cada um deles da presença ou ausência dos factores
intimidade,
paixão e
compromisso.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Na relação entre indivíduos e grupos são vulgares
os estereótipos, resultantes da categorização social,
os preconceitos, derivados da visão estereotipada da sociedade, e ainda
os fenómenos de discriminação, manifestações visíveis dos preconceitos.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Os estereótipos são:
crenças rígidas e simplificadas acerca de pessoas ou
de grupos,
resultantes de uma generalização abusiva e muitas vezes inexacta e resistente a nova informação.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Os estereótipos fixam-se e mantêm-se nos grupos, dado serem
“verdades” facilmente corroboradas,
possuírem elevado poder cognitivo e preditivo e
serem uma espécie de hábitos sociais na coesão do grupo e na integração dos indivíduos.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Preconceitos são
atitudes em relação a uma pessoa,
atribuindo-lhe caracteres do grupo a que pertence,
mas sem que se tenha informação suficiente a seu respeito.
Os preconceitos encontram-se normalmente carregados de hostilidade, que na prática se traduz em atitudes discriminatórias lançadas contra minorias, geradoras de instabilidade e de conflitos sociais.
Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner
Contextos de vida
Urie Bronfenbrenner propõe uma teoria ecológica explicativa do desenvolvimento, de inspiração holística, que pressupõe vários ambientes ou sistemas e subsistemas, articulados entre si de modo dinâmico.
Contextos de Vida
• HOLISMO
• O holismo é uma teoria segundo a qual a realidade existente só se compreende como um todo global e não com um conjunto de aspectos isolados
Bronfenbrenner
HOLISMO
• MODELO DE BRONFENBRENNER
O desenvolvimento é perspectivado de forma inédita, relevando os diversos contextos de que o ser humano faz parte integrante e as suas interacções: o micro, o meso, o exo e o macrossistema.
Contextos de Vida
MICOSSISTEMA MESOSSSISTEMA EXOSSISTEMA MACROSSISTEMA
• O primeiro é o microssistema, contexto em que as interacções com o ser humano se exercem de modo directo e imediato.
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
MICROSSISTEMA
O mesossistema refere-se aos vários microssistemas em que cada pessoa se insere, bem como às interacções que entre eles se estabelecem.
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
MESOSSISTEMA
O exossistema compreende os ambientes não frequentados por um determinado ser humano, mas que dão apoio às actividades de outras pessoas que com ele interagem
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
EXOSSISTEMA
O macrossistema diz respeito à cultura, com as cognições, as atitudes, os valores, as normas, os credos religiosos, os instrumentos e outros recursos técnicos, plataforma muito geral a interagir e condicionar todos os outros ambientes.
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
MACROSSISTEMA
• Directa ou indirectamente, o ser humano interage com todos os sistemas, podendo daqui surgir efeitos positivos, caso incrementem o seu desenvolvimento, ou negativos, se se lhe opõem ou o dificultam. • Em períodos de crise, os suportes ou apoios sociais, sejam eles de natureza material ou psicológica, são fundamentais para ajudar a solucionar os problemas.
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
• As mudanças próprias do desenvolvimento dão-se num sistema contínuo de reciprocidades estabelecidas entre as pessoas e os contextos de vida. • Um sistema semelhante de reciprocidade é desenhado entre os diversos contextos, em que uns agem sobre os outros. • A influência de cada microssistema é de natureza complexa, resultante das interacções que estabeleceu com outros sistemas.
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
• Contextos e ser humano formam uma rede ou configuração de relações e influências que se exercem entre sistemas que, progressivamente, se vão integrando em ambientes mais amplos. • Designa-se por rede social o sistema articulado de pessoas ou grupos que conjugam esforços para resolver problemas comunitários. • Cada ser humano é aquilo que é e comporta-se da maneira como se comporta em virtude das múltiplas interacções que se estabelece entre ele e os contextos e entre os próprios contextos entre si.
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
• Contextos como o familiar e o escolar, entre outros, são determinantes na forma de ser e de se comportar do ser humano. • Na teia de relações entre os contextos, o ser humano não se limita a receber influências participando activamente também na sua criação. • Esta criação entende-se como recriação, resultante do modo como o ser humano interpreta os contextos com os significados particulares que lhes atribui.
Contextos de Vida
• MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
conjunto integrado de processos cognitivos, emocionais e conativos
O cérebro é a base fisiológica da mente, mas o seu conhecimento especializado não é suficiente para esclarecer os processos que nela ocorrem.
Outrora, a mente era perspectivada como uma série de componentes cognitivas ou intelectuais, independentes umas das outras.
Tinha-se uma concepção muito restrita da mente, associando-a a funções meramente cognitivas, nada tendo a ver com o corpo, com a sensibilidade e com as emoções.
• As conclusões dos estudos feitos pelos neurocientistas atestam que a mente é um sistema de interacções organizadas de modo complexo.
• Estas conclusões conduzem também a um conceito mais alargado de mente, agregando processos intelectuais, afectivos e conativos.
A cognição refere-se aos processos mentais ligados ao pensamento, ou seja, à compreensão, ao processamento e à comunicação do saber.
COGNIÇÃO
A emoção refere-se a aspectos afectivos, agradáveis ou desagradáveis, que acompanham as nossas vivências.
EMOÇÃO
A conação refere-se à dinamização para a acção, isto é, aos factores motivacionais e intencionais da pessoa.
CONAÇÃO
O Carácter Específico dos Processos Cognitivos
A PERCEPÇÃO
Percepção • A percepção liga-nos ao mundo: é ela que
organiza e interpreta as sensações de modo a reconhecermos e identificarmos o que se passa à nossa volta.
• As sensações são os modos apropriados de os órgãos dos sentidos captarem as impressões provenientes dos estímulos exteriores.
• Captar é diferente de interpretar: as sensações apenas dão conta de que algo exterior nos impressiona os órgãos dos sentidos.
Percepção • A percepção, processo cognitivo que
envolve a participação de áreas específicas do córtex cerebral, é que interpreta as sensações.
• Não percepcionamos todos os estímulos, o que nos beneficia, evitando que possamos cair num estado de confusão mental.
• A possibilidade de alguns estímulos atingirem o cérebro e outros não deve-se a uma espécie de filtro seleccionador designado por atenção.
Percepção • A atenção é condicionada por vários
factores: – externos, inerentes aos estímulos do meio:
• Intensidade dos estímulos • Contraste • Luminosidade • Movimento.
– internos, inerentes ao ser humano: • Motivações, • Hábitos, • Expectativas, • Estatuto social e a profissão.
Percepção • Segundo os psicólogos da gestalt (teoria
da forma), a percepção é sempre de figuras ou formas salientes ou vivas que se inscrevem em fundos reentrantes e neutros.
• A percepção como organização de estímulos é facilitada pela segregação processada no campo perceptivo entre a figura e o fundo.
Percepção • Quando o contraste entre a figura e o
fundo se atenua, torna-se mais difícil interpretar o que percepcionamos, havendo casos de: – indiferenciação figura-fundo, – reversibilidade figura-fundo e – ambiguidade da figura.
Percepção • Quando o contraste entre a figura e o
fundo se atenua, torna-se mais difícil interpretar o que percepcionamos, havendo casos de: – indiferenciação figura-fundo, – reversibilidade figura-fundo e – ambiguidade da figura.
Percepção
• A tendência inata do ser humano é de organizar os estímulos de modo a construir boas formas, ou seja, figuras – simples, – regulares e – simétricas.
Percepção • Nesta organização, o ser humano
obedece a leis, designadas por leis da gestalt ou leis da percepção, que explicam a estruturação de boas formas: – o fechamento, – a continuidade ou bom prolongamento, – a semelhança e – a proximidade.
Percepção • Na leitura que fazemos do mundo, temos
tendência a resistir a certas mudanças, percepcionando as coisas como se estas se mantivessem constantes.
• A constância perceptiva manifesta-se em relação – à grandeza, – à cor e – à forma dos objectos,
• e impede-nos de viver num mundo em que as mudanças verificadas o tornariam irreconhecível.
Percepção • A percepção é uma construção cerebral de cada
um, pelo que a objectividade do mundo é interpretada subjectivamente, em função dos significados que cada um atribui ao que o rodeia.
• Entre os factores de significação, contam-se: – a idade, – o sexo, – as motivações, – a profissão, – a experiência anterior, – as expectativas, – o estatuto social, etc.
Percepção • O facto de, ao percepcionar, cada sujeito
projectar significações no que o rodeia, faz com que a percepção, mais do que uma cópia do mundo, seja uma construção recriada desse mesmo mundo.
• Há casos em que o campo perceptivo se organiza de tal modo que, ao interpretar o real, o ser humano comete erros involuntários.
• Tais erros designam-se por ilusões, e são provocados por uma espécie de forças Dinâmicas próprias dos campos perceptivos, e não dos sujeitos.
Psicologia!APRENDIZAGEM
• O comportamental, vocacionado para o fazer; e • O cognitivo, vocacionado para o pensar.
As mudanças que ocorrem devido à maturação fisiológica, ao cansaço, a acidentes, a doenças, ao álcool ou às drogas
Conjunto das alterações processadas pela experiência, pelo treino ou pelo estudo, e que incidem no comportamento ou no conhecimento.
Dois Modelos da Aprendizagem
Não se inscrevem no conceito de aprendizagem
Designa-se por aprendizagem
APRENDIZAGEM
SCENE
Considera-se que o sujeito aprendeu quando dá prova de saber fazer. Podem incluir-se as aprendizagens
pelo condicionamento clássico e pelo condicionamento operante.
APRENDIZAGEM
Dois Grandes Modelos Teóricos
Modelo Comportamental
Considera-se que o sujeito pode ter aprendido sem ter oportunidade de o mostrar na prática.
Podem incluir-se a aprendizagem por insight e a aprendizagem social.
Modelo Cognitivo
Baseia-se na associação de um estímulo neutro e de um estímulo natural (incondicionado), de modo a que o indivíduo reaja ao primeiro da mesma maneira como reage ao segundo.
APRENDIZAGEM
Condicionamento
Condicionamento
Condicionamento Clássico
• Sistematizado por Skinner, é uma aprendizagem dinamizada pela obtenção do reforço, tendo na base a sua associação à resposta esperada. • O condicionamento operante assenta no princípio de que
• a resposta que conduz a algo de agradável tende a ser repetida e • a que conduz a algo desagradável tende a ser evitada.
Condicionamento Operante
Dá-se o nome de reforço a um estímulo que, surgindo em consequência de um comportamento, aumenta a probabilidade da sua ocorrência.
• Este condicionamento foi estudado por Pavlov, que sistematizou outros processos que acompanham a aquisição de uma nova conduta, tais como
• a extinção, • a recuperação espontânea, • recondicionamento, • reextinção, • generalização do estímulo e • discriminação.
APRENDIZAGEM
Condicionamento Condicionamento
SCEE
Condicionamento
Condicionamento Operante Condicionamento Clássico
O reforço pode ser positivo ou negativo: O reforço positivo é a apresentação de um estímulo apetecível que faz aumentar a ocorrência do comportamento desejado; O reforço negativo é a retirada de um estímulo aversivo que faz aumentar também a ocorrência do comportamento desejado.
O castigo é um estímulo desagradável que surge em consequência de um comportamento e que diminui a probabilidade da sua ocorrência.
APRENDIZAGEM
Condicionamento
SCEE
Condicionamento Operante
Condicionamento Operante
O condicionamento operante, no qual o reforço se sucede à resposta, caracteriza-se por ser uma reacção não específica, da iniciativa do sujeito, a uma situação constituída por estímulos não identificados.
O condicionamento clássico, no qual o estímulo precede a resposta, caracteriza-se por ser uma reacção involuntária e específica a uma situação também específica.
APRENDIZAGEM
Condicionamento Condicionamento
SCEE
Condicionamento
Condicionamento Operante Condicionamento Clássico
A aprendizagem por insight, estudada por Kohler, caracteriza-se pela compreensão rápida e inesperada de um problema e do modo de o resolver. Também designada por intuição, o insight é útil no quotidiano, na colocação de hipóteses científicas, na criação literária e na produção artística.
APRENDIZAGEM
Insight
SCEE
Modelo Cognitivo
Aprendizagem por Insight
Estudada por Bandura, a aprendizagem social faz-se com base na observação e na imitação de outras pessoas. Designa-se por modelagem ou modelação a aprendizagem social feita por observação e imitação de modelos, ou seja, de pessoas significativas. As pessoas aprendem umas com as outras não só de modo directo, mas também indirecto ou vicariante.
APRENDIZAGEM
Aprendizagem Social
SCEE
Modelo Cognitivo
Aprendizagem Social
As aquisições em que as consequências dos actos recaem no sujeito que os pratica inscrevem-se na aprendizagem directa. As aquisições em que os modos de proceder são sugeridos pela observação do que acontece aos outros inscrevem-se na aprendizagem indirecta ou vicariante.
APRENDIZAGEM
Aprendizagem Social
SCEE
Modelo Cognitivo
Aprendizagem Social
Psicologia!MEMÓRIA
O suporte da aprendizagem é a memória, que consiste no processo de recordar conteúdos previamente aprendidos e armazenados para futuras utilizações. Segundo um modelo de inspiração cibernética, existem quatro etapas na memória:
recepção e codificação de informação; armazenamento; recuperação; esquecimento.
MEMÓRIA
Podemos falar de três tipos de memória: sensorial, a curto prazo e a longo prazo.
MEMÓRIA SCEE
A memória sensorial regista as impressões visuais, auditivas, olfactivas ou tácteis sem as processar e conserva-as aproximadamente durante um quarto de segundo. Se não se prestar atenção aos dados da memória sensorial, eles perdem-se; Se se lhes prestar atenção, codificam-se e passam à memória de curto prazo.
MEMÓRIA SCEE
A memória a curto prazo é uma área iluminada, é o centro consciente por onde passam as lembranças de que nos servimos em dado momento. As lembranças são aí visíveis por 20 a 30 segundos. Se houver repetição estas informações passam para o tratamento de memória de trabalho já com a duração de alguns minutos; Se houver interferências, deterioram-se e desaparecem.
MEMÓRIA SCEE
A memória a curto prazo tem, entre outras, a função de seleccionar as lembranças, enviando as mais significativas para a memória a longo prazo. A memória a longo prazo é o “armazém” de um grande número de informações, onde ficam retidas por um tempo indeterminado, até que a memória de trabalho as venha buscar para serem utilizadas.
MEMÓRIA SCEE
Muito do que se aprende esquece-se, isto é, não é recuperável como informação consciente: passa por alterações deturpadoras ou fica inacessível com o passar do tempo. A deturpação do traço mnésico pode relacionar-se com falhas na codificação, no armazenamento ou na recuperação. Um dos factores do esquecimento são as outras aprendizagens, capazes de interferir nos conteúdos mnésicos, de forma retro ou proactiva.
MEMÓRIA SCEE
A afectividade (isto é, a capacidade para afectarmos e sermos afectados pelos outros e pelas situações) faz parte da essência do ser humano, naturalmente predisposto para criar relações vinculativas mais ou menos fortes com as pessoas e com tudo o que o rodeia.
Processos Emocionais
Designam-se por afectos as predisposições do ser humano para reagir de modo agradável ou desagradável nas relações vinculativas que estabelece. Os afectos são invisíveis, são simples predisposições que se podem concretizar em sentimentos ou emoções.
Processos Emocionais
Sentimentos são estados afectivos agradáveis ou desagradáveis, de grande estabilidade, com papel moderador nas relações que o sujeito estabelece com as pessoas, os animais e outros elementos. Os sentimentos são sentimentos de emoções.
Processos Emocionais SCEE
Emoções são reacções orgânicas agradáveis ou desagradáveis relativamente a um acontecimento que interfere na relação que o sujeito estabelece com a realidade. As emoções podem ser:
primárias, dependentes do sistema nervoso autónomo e do sistema límbico, e secundárias, envolvendo a participação do córtex cerebral, sobretudo do córtex pré-frontal.
Processos Emocionais SCEE
As primárias apresentam forte componente inata, o que determina o seu carácter universal e a sua ocorrência nas crianças de tenra idade. As secundárias, derivando das primárias e mantendo as suas características centrais, manifestam-se quando os indivíduos
já são capazes de avaliar as situações, o que significa serem influenciadas pela aprendizagem realizada no meio social e cultural.
Processos Emocionais SCEE
Outrora, a emoção era encarada como um obstáculo às tarefas cognitivas. Os avanços nas neurociências vêm ampliar o conceito de mente, de forma a incluir as emoções, tidas como elementos essenciais nas nossas decisões. António Damásio é um dos investigadores que salienta o papel das emoções no bom funcionamento da mente e nas decisões que tomamos ao longo da vida.
Processos Emocionais SCEE
A concretização de tais decisões é ajudada pelos marcadores somáticos, uma espécie de alarme que cria automaticamente em nós uma predisposição de apetência ou repulsa por coisas ou situações acerca das quais não temos elementos para decidir racionalmente. A sobrevivência do ser humano põe em jogo a sua racionalidade, constituída não apenas pelas capacidades cognitivas, mas também pelas emoções, modos básicos de se relacionar com o mundo, em que a orientação lhe é dada pela procura de prazer e pela fuga ao sofrimento.
Processos Emocionais SCEE
Todos os animais possuem ac:vidade, o que significa serem dotados de capacidade de intervenção no meio.
Processos Cona:vos
Processos Cona:vos �
• As formas de intervenção no meio são variadas: • Formas directas e mecânicas de reacção
– São formas simples, involuntárias e automá:cas, como os actos reflexos, os hábitos ou os comportamentos implicados no funcionamento interno do organismo.
• Respostas individuais, executadas por inicia:va própria. – São complexas, voluntárias e próprias de sujeitos com consciência dos objec:vos a a:ngir e dos meios com que pretendem alcançá-‐los. �
Processos Cona:vos �
• É próprio dos seres humanos agirem voluntária e deliberadamente, e a tendência que manifestam para gir desta maneira designa-‐se por conação, isto é: – As acções especificamente humanas apresentam como caracterís:cas necessárias serem conscientes, voluntárias e intencionais.
– Enquanto consciente, a acção humana diz respeito a um conjunto de actos realizados por um sujeito que sabe aquilo que está a fazer.
Processos Cona:vos �
• Enquanto voluntária, reporta-‐se a actos premeditados por um sujeito que quer fazer aquilo que faz porque assim o decidiu, de modo livre.
• Enquanto intencional, encontra-‐se associada a actos de um sujeito que sabe para que age, ou seja, sabe aquilo que pretende a:ngir com a acção que se dispõe a realizar.
Processos Cona:vos �
• Por trás da acção humana há, portanto, intenções ou mo:vos que nos permitem compreendê-‐la, fornecendo-‐nos as razões por que foi realizada, isto é, o porquê da acção.
• A acção é dinamizada pelas tendências, ou seja, por disposições mo:vacionais internas que nos impelem a agir
Processos Cona:vos �
• Enquanto suporte ac:vo das acções, as tendências manifestam-‐se segundo uma sequência de elementos que se definem reciprocamente e da qual fazem parte: – a necessidade, – a pulsão, – o comportamento, – o objec:vo e – a saciedade.
Processos Cona:vos �
• Necessidade é o estado de carência ou privação, gerador de um desequilíbrio que nos impulsiona a fazer qualquer coisa para lhe pôr fim.
• Pulsão é o estado energé:co que desencadeia o comportamento, orientando-‐o num determinado sen:do.
• Comportamento é a ac:vidade movida pela pulsão para a:ngir o fim em vista.
• O objec:vo é a finalidade ou meta que se pretende alcançar ao fazer o que se faz.
• Saciedade é a diminuição ou eliminação da pulsão, conseguida por meio da ac:vidade que foi capaz de alcançar o objec:vo visado.
Processos Cona:vos �
• As tendências são diversas, podendo classificar-‐se em – Primárias e inatas:
• visam a sa:sfação de necessidades básicas e são independentes da aprendizagem. É o caso das que se relacionam com a preservação do indivíduo e da espécie.
– Secundárias e aprendidas: • visam a sa:sfação das necessidades sociais e são adquiridas por aprendizagem. É o caso da tendência para a música, para o desenho ou para o desporto.
Processos Cona:vos �
• Abraham Maslow dispôs as mo:vações do ser humano numa escala hierárquica que começa com as necessidades básicas e culmina com as necessidades de realização pessoal.
• Um dos pressupostos de Maslow é a crença de que as pessoas só sentem tendências de nível superior, se as carências de nível inferior es:verem sa:sfeitas.
• À medida que se sobe na hierarquia, o número de tendências comuns a homens e animais vai diminuindo em favor das que são especificamente humanas.
Processos Cona:vos �• As tendências colocadas na base da pirâmide são comuns a todos
os seres humanos, enquanto as de cima vão surgindo num número cada vez mais reduzido de pessoas.
• A construção de si mesmo implica ir subindo nos degraus da pirâmide, em que a dose de esforço e o refinamento de competências exigidos vão sendo progressivamente superiores.
• A auto-‐realização exige tenacidade do sujeito, que se esforça por agir em função de objec:vos ou fins que elegeu de modo voluntário.
• Finalidades e mo:vos são a razão de agir dos seres humanos, mas é a sua vontade que os escolhe e os elege como capazes de o dinamizar no cumprimento do seu projecto pessoal de vida.
PSICOLOGIA
RESUMO 2º Período
Jorge Barbosa