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Revista da Escola Dominical - Reforma Protestante 500 Anos - Todos Podem Pregar - Assembleia de Deus - Igreja Mãe - Belém - PA

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TESES DE LU TE R O

REVISTA DA ESCOLA DOMINICALLições Bíblicas para culto doméstico, devocíonai e pequenos grupos

PROFESSOR

reforma protestante

ENCARTEBÔNUS

t o d o s p o d e m p r e g a r

r r -

Page 2: Revista da Escola Dominical - Reforma Protestante 500 Anos - Todos Podem Pregar - Assembleia de Deus - Igreja Mãe - Belém - PA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTINUADA

m a t r i z C u r r i c u l a rB Á S I C O DE T E O L O G I A

AREAS DE ESTUDO

□ 1 tM B A

■PRÁTICA ESTUDOS DESENVOLVIMENTO EVANGELIZAÇÃO

M INISTERIAL BÍBLIC OS ESPIRITUAL EMISSÕES

I o ANO

ACONSELHAMENTO E ÉTICA CRISTÃ

VENCENDO AS CRJSE5 HA VIDA

N O V OTESTAMENTO

REINO, TÜDER E GLORIA

O ESPIRITO SANTO

AÇÀO. FRUTO. BATISMO í DONS

LIDERANÇAIN SPÍRA DORA

2o ANO S P 1’ESSOAS TAREFAS E ALVOS

A N T IG OTESTA M EN TO

A BIBLIA QJJL IESUS LIA

C R E S C IM E N T O SER V IÇ O D O

C R ISTÃ OMATURIDADE E

MORDOMIA

MISSÕES NACIONAIS E

ESTRANG EIRAS

H I S T Ó R J A DA ASSEMBLEIA

DE DEUS

ESCALO LOG IA BÍBLICA

REVELAÇÃO DO FUTURO

FAMÍLIA

f o r t a l e c e n d o a f a m íl ia

C i d a d a n i a e

RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA

5o ANOÉ Je s u s R O M A N O S SA NTI F 1C AÇÃO

CRESCIMENTO E ORGANIZAÇÃO DA

IGREJA

Central de Atendimento: (91) 3110-2400. www.educacaocristacontinuada.com.br

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R E V I S T A D A

ESCOLA DOMINICALESTUDOS BÍBLICOS TAMBÉM PARA CULTO DOMÉSTICO, DEVOCIONAL E PEQUENOS GRUPOS

DATA

.../.__ /_____ LIÇÃO 1 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE....................... 5

__ /____/.____ LIÇÃO 2 TODOS PODEM PREGAR..................................................... 11

__ __________ LIÇÃO 3 AGORA É A MINHA VEZ..........................................................17

__ /____/.____ LIÇÃO 4 HOMILÉTICA, A ARTE DE PREGAR E ENSINAR.............23

__ __________ LIÇÃO 5 REFORMA PROTESTANTE: ENSINO E LEGADO................. 29

__ /____ /____ LIÇÃO 6 ORGANIZANDO AS IDEIAS................................................. 35

/____/,____LIÇÃO 7 TIPOS DE SERMÃO...............................................................41

/____ /____LIÇÃO 8 PODER DE DEUS NA MENSAGEM.....................................47

__ / _/ ._____ LIÇÃO 9 PREGAÇÃO E SEUS DESAFIOS ATUAIS............................53

__ /.... _______ LIÇÃO 10 SINAL VERMELHO NO PÚLPITO...................................... 59

__ /____/.____ LIÇÃO 11 ENSINO EDISCIPULADO QUE FUNCIONAM................. 65

__ /.— /....... LIÇÃO 12 O ALUNO, O PROFESSOR EA AULA..................................71

— ------- LIÇÃO 13 0 PREGADOR PENTECOSTAL........................................... 77

Philips Câmara é Bacharel em Teologia e Ministério Pastoraf e Bacharel em Administração. É Pastor da Assembleia de Deus em São José dos Campos-SP. Casado com Luana, tem dois filhos: Sarah e Samuel Neto.

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^ 500 ANOS DA REFORMA^Ao celebrarmos os 500 anos da

Reforma Protestante, incluímos duas lições comemorativas nesta revista e percebemos que um dos grandes lega­dos da Reforma é a afirmação de que a Igreja como uma comunidade, per­tence a todos os membros, e não só a uma classe exclusiva de sacerdotes. O sacerdócio é de todos.

A Reforma Protestante foi um gran­de avivamento orquestrado pelo Espírito de Deus trazendo refrigério para a igreja com um novo modelo de culto, no idio­ma comum do povo, com a Bíblia na mão do povo e hinos cantados peio povo. Foi uma reforma essencialmente herme­nêutica e homilética; isto é, uma reforma quanto à interpretação da Bíblia e à for­ma de proclamação da mensagem divina por todos os cristãos para todo o mundo. Tudo a ver com estas lições de homilética que estudaremos.

Lutero ensinou que a pregação deve alcançar o homem atual, ser apresentada de maneira simples para o povo comum assimilar, sem exibicio­nismos ou arrogância teológica.

Festejando os 500 anos da Retor- ma, mãos à obra, o sacerdócio é de to­dos, você pode sim, pregar.

EXPEDIENTEConselho EditorialSamuel Câmara. Oton Alencar, Jonatas Câmara, Rui Raiol, Celso Brasil, Philipe Câmara. Benjamin de Souza.

EditorSamuel Câmara

Editor AssistenteBenjamin de Souza

Coordenador EditorialEliéri Bogo

Equipe EditorialAntonio de Pádua Rodrigues, Gerson Araújo. João Pedro Gonçalves, Marcos Jorge Novaes. Marcos José de Oliveira, Marcos Ribeiro Pires, Rodolfo Nascimento Silva. Tiago Sampaio Espíndola. Valdez José de Souza Barbosa

Supervisão PedagógicaFaculdade Boas Novas (FBN) e Seminário Teológico da Assembleia de Deus (SETAD)

Repertório MusicalRebekah Câmara

RevisoresJailson Melo e Auristela Brasileiro

Distribuição e ComercialJadiel Gomes

Editoração e Projeto GráficoNeí Neves, Maely Freire e Tank Ferreira

Conteúdo Digital e ImagensJeiel Lopes

Versão bíblica: Almeida Revista e Atualizada, salvo quando indicada outra versão.

© 2017. Direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio, sem autorização por escrito da Assembleia de Deus em Belém do Pará e do autor oos comentários e adaptações. Programa de Educação Cristã Continuada. Avenida Governador José Malcher, 1571, Nazaré.

) CEP: 66060-230. Belém - Pará - Brasil. Fone: (91) ^ 3110-2400. E-mail: [email protected].

[ LÉTICA & REFORMA PROTESTANTELIVROS PARA LEITURA COMPLEMENTAR

Esta revista usa co m o base os livros "H om ilé tica : M in istrando a Pa­lavra d e Deus", d e Ernest Pettry, p u b lic a d o p e io Instituto Cristão In te rn ac iona l (ICIJ. C am pinas (SP), 2008 e Reform a Protestante: História, ensino e le g a d o , d e G ilm ar V ieira C haves, p u b lic a d o p e la e d ito ra C en tra l G ospel, Rio d e Janeiro, 2017,

Pedidos: (91)3110*2400

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LIÇAO 11 500 ANOS DA REFORMA

PROTESTANTE

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

ORIENTAÇAO PEDAGÓGICA

Amado Professor, chegamos a mais uma série de iições tendo a oportunidade única de ceiebrar com nossos alunos os 500 Anos da Reforma Protestante, ao mesmo tempo em que será um momento propício para o Espírito Santo fa­zer arder a chama da Pregação no coração deles.

Aproveite para se especiali­zar um pouco mais sobre a Idade Média e a história da Igreja nesse período, a fim de contextualizar a Reforma Protestante.

Destaque a importância da Re­forma Protestante que, além de trazer uma nova forma de inter­pretar a Bíblia, nos deu uma nova forma de proclamação da mensa­gem divina.

Enfatize que a partir desse momento a Bíblia passou a ser considerada como a única fonte legítima de norteamento da fé e da prática cristãs. Ela que é a nossa espada em meio às lutas da vida.

OBJETIVOS

• Assimilar os fatos que favore­

ceram a Reforma Protestante.• Compreender o nosso tempo

e as necessidades da Igreja atual.• Entender como a Reforma al­

terou a história.

PARA COMEÇAR A AULATraga para a sala de aula al­

gumas cópias das 95 Teses, dis­

tribua entre os alunos ou fixe-as

em um quadro para que possam

ter contato com o documento.Dê cinco minutos para que

possam escolher uma das te ­

ses, e ao final da aula peça que

alguns deles comentem com ple­mentando com o que aprende­

ram na lição.

PALAVRAS-CHAVEReforma * Contexto Histórico Precursores

RESPOSTAS DA PAGINA 101) Fragmentação política e enfraquecimento do

autoritarismo da Igreja Católica.2) John Wycliffe, John Huss e Girolamo Savonarola.3) A Bíblia como sua intérprete e única fonte de revelação.

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Liçõo 1 - 500Anos da Reforma Protestante

LEITURA COMPLEMENTAR

A Reforma Protestante foi um dos eventos mais marcantes na história recente da humanidade. Não é exagero afirmar que, para compreender o tempo presente, faz-se necessário conhecer o Movimento Reformador.

Seus desdobramentos alcançaram a massa populacional europeia (onde o fenômeno teve início) e abalaram os pilares de todo mundo me­dieval. O Movimento não foi apenas religioso, mas envolveu aspectos po­líticos, econômicos, sociais, culturais e filosóficos da Europa.

A Reforma também gerou as igrejas chamadas evangélicas aqui no Brasil. Logo, para construir sua identidade de fé e saber de onde veio e para onde vai, o cristão protestante precisa estudar sua história, refletir sobre seus tratados doutrinários e aplicar seus princípios à vida(,„).

Desde a Antiguidade até o século 16, a Igreja sofreu grandes e drás­ticas transformações no campo doutrinário. No processo histórico, além de se adaptarem aos paradigmas religiosos dos povos circunvizinhos, os cristãos — na ânsia de encher os templos — acabaram renunciando aos princípios bíblicos, para incorporar práticas pagãs em seus cultos(...).

Digno de nota foi o famigerado pagamento de indulgências. Lute- ro combateu veementemente este ensino, que foi um dos motivos para redação de suas 95 Teses. Naquela época, o clero romano estava empe­nhado na reconstrução da Basílica de São Pedro em Roma. Os fiéis foram induzidos a fazer suas doações, e, quando suas ofertas eram colocadas no gazofilácio, o ofertante, automaticamente, era declarado perdoado dos seus pecados. Os valores doados eram proporcionais à gravidade da falta cometida(...).

Para piorar a questão, a missa deixou de ser conduzida na linguagem do povo. 0 latim, antigo idioma romano, cristalizou-se como linguagem cúltica e sagrada — havia, inclusive, aqueles que diziam ser o latim a lín­gua dos anjos, falada nos céus. A Bíblia e os tratados teológicos produzi­dos à época, ainda que raros, eram escritos nessa língua. Logo, quase a to­talidade da população europeia, que já não sabia ler ou escrever, também não tinha acesso à Bíblia em seu idioma — e muito menos entendia o que se passava durante o culto.

Livro: “Reforma Protestante: História, ensino e legado“ (Central Gospel, Rio de Janeiro, 2017, pgs. 15,18,19)

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Estudada em ___ /___ /

500 ANOS DA REFORMA

PROTESTANTE

Texto á u r e o'Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está

escrito: O justo viverá por fé." Rm 1.17

-JÎïiiU'

VERDADE PRÁTICAConhecer a história da Reforma nos ajuda a com preender melhor

a igreja no presente.

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - lTm 2.5Jesus é o nosso único mediador Terça-At 4.11Cristo é a pedra fundamental da Igreja Quarta -1 Jo 1.9Deus é fiel e justo para perdoar pecadosQuinta - Mt 10.8A graça de Deus não tem preçoSexta - Hb 4.15#16Acesso à graça por meio de CristoSábado - At 15.8-11Salvos pela graça de Jesus

LEITURA BÍBLICA

Romanos 1.16-2016 Pois não me envergonho do evan­gelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, pri­meiro do judeu e também do grego;17 visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, por­que Deus lhes manifestou.20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, cla­ramente se reconhecem, desde o prin­cípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;Hinos da Harpa: 581 - 330 - 15

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Lição 1 - 500Anos da Reform a Protestante

( >5 0 0 ANOS DA REFORMAPROTESTANTE

INTRODUÇÃO

L ANTECEDENTES DA REFORMA

1. Antecedente Político

2. Antecedente Geográfico

3. Antecedente Religioso

II. PRECURSORES DA REFORMA

1 Jo h n Wycliffe (1324-1384)

2. John Huss (1369-1415)

3. Girolamo Savonarola (1452-1498)

III. A REFORMA

1, Romanos 1,17

2, As 95 Teses

INTRODUÇÃO

No início do Século XVI, o mundo estava no limiar de grandes mudan­ças, especialmente as concernentes à vida religiosa, as quais alterariam para sempre a forma de vermos a vida e o mundo ao nosso redor. A Reforma Protestante foi uma das principais, sendo ela mesma o re­sultado de uma série de fatores.

A data histórica da Reforma Pro­testante, protagonizada por Mar- tinho Lutero é 31 de outubro de 1517, portanto, em 2017, grandes eventos ocorrem em todo o mundo celebrando os 500 anos da Reforma. Nós também fazemos nossa home­nagem incluindo nesta revista duas lições especiais sobre o terna.

I. ANTECEDENTES DA REFORMA

3. Efeito das Teses

APLICAÇÃO PESSOAL

A Idade Média, chamada de Idade das Trevas, na realidade, foi o período de gestação e amadure­cimento da grande civilização cris­tã que surgiu a partir da Reforma.

1. Antecedente Político, Asmudanças ocorrem com o surgi­mento das nações-estados, quando a Europa começa a se fragmentar em países politicamente indepen­dentes uns dos outros (por exem­plo: Inglaterra, França, Espanha, Portugal etc.), livres e soberanos, não mais subordinados a um poder central e dominador, anteriormen­te representado pelo papado.

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Lição 1 - 50 0 Anos da Reform a Protestante

A despeito disso, o poder dos soberanos precisava da legitimação da Igreja, que conferia um caráter de "ordenação divina" às monar­quias europeias. Isso tudo ocorria em meio a grande corrupção.

2. Antecedente Geográfico.As grandes navegações realizadas por Portugal e Espanha, que logo se tornaram duas superpotências, desencadearam as grandes des­cobertas de novas terras, fazendo com que o mundo não se limitasse mais à Europa.

0 "novo mundo" trouxe no­vos horizontes de conquista e ex­pansão, com seus desafios e pro­blemas, mas também com suas enormes riquezas, e com isso, o favorecimento da troca de ideias que desencadearam novos proces­sos de entendimento da vida nos aspectos sócio-políticos, econômi­cos e religiosos.

3, Antecedente Religioso. Asmudanças políticas e geográficas forneceram as bases para a mu­dança religiosa, em contraposição ao autoritarismo da Igreja Católica Romana, que se tornou insusten­tável. De certa forma, ficou paten­te que o Catolicismo Romano não mais preenchia os anseios espiri­tuais do povo - que se sentia opri­mido e buscava uma religião mais prática e satisfatória tampouco respondia às suas indagações e expectativas quanto ao futuro e a eternidade.

Nesse ambiente vicejou uma indefectível reforma religiosa, cujo escopo tinha a finalidade de levar as pessoas a se aproximarem de Deus "sem outros intermediá­rios" e tão somente através de um relacionamento íntimo com Ele através da fé em Jesus Cristo: esse foi o âmago da Reforma!

II. PRECURSORES DA REFORMA

O Papa se considerava o único intérprete legal da revelação divina, A população era mantida na igno­rância e alimentada com todo tipo de crendices, superstições, medo do inferno, e também na "compra” de um lugar no céu através das Indul­gências. Nesse cenário surgem mui­tos personagens combatendo estes erros, dentre os quais:

1, John Wydiffe (1 3 2 4 -1 3 8 4 ).John Wydiffe nasceu na Inglaterra em 1324. Ele foi aluno e profes­sor da Universidade de Oxford e é considerado um dos precursores da Reforma Protestante. Wydiffe deixou dezenas de obras escritas, além da primeira tradução da Bí­blia para o inglês. Seu intuito era oferecer ao povo uma Bíblia isenta da manipulação católica, que in­cluía os livros apócrifos.

Ensinou de forma enfática o sa­cerdócio universal dos crentes, que preconizava que qualquer pessoa pode comunicar-se com Deus, sem a mediação da Igreja (lTm 2.5).

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Lição 1 - 50 0 Anos da Reform a Protestante

Combateu as distorções do catoli­cismo, condenando o pagamento de indulgências e a corrupção geral do Clero. Ele pregava a moralização da igreja e o afastamento das lide­ranças comprometidas com práti­cas sabidamente pecaminosas.

Era um teólogo extraordinário que pregava a autoridade supre­ma das escrituras na vida cristã, contestando a posição tradicional da Igreja Católica.

Combatia terminantemente a condição do Papa como substitu­to de Pedro e cabeça da igreja (Mt 16.18}, reafirmando que o cabeça da igreja é Cristo (Ef 1.22,23).

2. John Huss (1 3 6 9 -1 4 1 5 ) .Huss nasceu na cidade de Husinec, a 75Km de Praga, na República Tcheca. Estudou na Universidade de Praga, onde foi também pro­fessor e reitor; foi um grande pen­sador cristão, além de importante precursor da Reforma.

Os escritos de )ohn Wycliffe cau­saram profunda impressão em John Huss, que combateu o pagamento de indulgências — prática que conside­rava sem valor algum para o perdão divino — e a corrupção do clero ca­tólico. Em 6 de julho de 1415, na ci­dade de Constança, foi condenado e queimado vivo em praça pública,

Enquanto chamas consumiam seu corpo, ele entoava hinos de adoração ao Senhor. Dizem que, an­tes de morrer, Huss vaticinou que aqueles homens estavam queiman­do um ganso (hus, na língua boê-

mia, significa ganso), mas cem anos depois apareceria um cisne, e esse, ninguém poderia segurar. Muitos referem essa profecia à figura do Reformador Martinho Lutero.

3. Girolamo Savonarola (1 4 5 2 -1 4 9 8 ). Savonarola nasceu em Ferrara, Itália, em setembro de 1452. Desistiu da Medicina para dedicar-se à vida religiosa, basean­do suas ações em Florença. Savo­narola atacou o mau-caráter e os desmandos do Papa Alexandre VI.

Ficou conhecido por conside­rar-se um profeta e por ter queima­do um grande volume de obras de artee íívros, por entender serem de natureza imoral. Ele não se opunha a todas as criações artísticas, mas reprovava aquelas que promoviam imoralidade ou retratasse de modo impróprio as figuras bíblicas.

0 Vaticano passou a conside­rá-lo um inimigo, excomungou-o e em 23 de maio de 1498, Savo­narola foi condenado à morte por enforcamento em praça pública na cidade de Florença, tendo o seu corpo queimado posteriormente.

III. A REFORMA

A Reforma Protestante atingiu o âmago do poder da Igreja, motivo pelo qual foi tão ferozmente perse­guida. O ponto central da Reforma de Lutero foi não mais reconhecer a Igreja Católica como a intérprete exclusiva das Escrituras, propondo a Bíblia como a única fonte de Re-

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Lição 1 - 500Anos da Reform a Protestante

velação e a melhor intérprete de si mesma. Este é, sem dúvida, o ponto mais importante para a história da civilização ocidental.

1. Romanos 1 .17 . 0 entendi­mento de Romanos 1.17, por Lute- ro, foi decisivo para a Reforma. A expressão "justiça de Deus" trazia grande tormenta à sua alma, pois o fazia pensar que ninguém pode­ria justificar-se diante de Deus, ou seja, ele estava condenado ao in­ferno, como se ensinava na época.

Foi então que, meditando sobre o texto, entendeu que a justiça de Deus não se referia ao castigo divi­no, mas sim ao fato de a justiça do justo não ser obra dele próprio, mas sim de Deus. A fé e a justificação do pecador são dons gratuitos de Deus.

Em decorrência dessa conclusão, Lutero disse: "Senti que havia nascido de novo e que as portas do Paraíso me haviam sido abertas, Todas as Escri­turas tinham novo sentido. A partir de então, a frase "a justiça de Deus" não me encheu mais de medo e ódio, mas se tomou indizivelmente doce em vir­tude de um grande amor"

Por mais de mil anos a igreja Católica disseminou o ensino de que a salvação era alcançada por fé e obras, bem como por meio da participação de 7 sacramentos administrados pelos sacerdotes. Dessa forma, a nova descoberta de Lutero era algo absolutamente dis­tante da consciência das pessoas, que em sua grande maioria, nem sabiam ler e apenas aceitavam por

fideísmo no que a igreja lhes impu­nha, a qual era também dedentora da Bíblia unicamente no Latim.

2. As 95 Teses. Um obscuro mon­ge chamado Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517, afixou um do­cumento composto de 95 Teses na porta da Catedral de Wittemberg, na Alemanha, no qual conclamava a Igreja a voltar à obediência da Pala­vra de Deus e às práticas evangélicas da Igreja Primitiva, conforme cons­tam nas Sagradas Escrituras.

Esse evento simples, normal­mente utilizado por aqueles que queriam discutir pubiicamente al­guma proposta acadêmica de cunho bíblico ou teológico, tomou um vo­lume descomunal, até que desenca­deou o que conhecemos historica­mente como a Reforma Protestante.

O documento com as 95 Teses afixado por Lutero na porta da Ca­tedral de Wittemberg trazia o se­guinte enunciado:

"Por amor à verdade e movido pelo zelo de elucidá-la, será dis­cutido em Wittemberg, sob a pre­sidência do Rev. Padre Martinho Lutero, mestre das Artes Livres e professor catedrático da santa Teo­logia ali mesmo, o que se segue. Pe­de-se, que aqueles que não pude­rem estar presentes para tratarem do assunto verbalmente conosco, o façam por escrito. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.”

3. Efeito das Teses. O efeito destas teses (a serem estudas na

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Lição 5) foi tão inesperado, que não ficou só entre os letrados, em pou­cas semanas as mesmas se espa­lharam por toda a Alemanha e para outras partes da Europa, chegando ao conhecimento do povo em geral.

Foi então que o povo passou a sentir que nestas teses se anunciava uma libertação do jugo de um siste­ma clerical que, em vez de servir, do­minava as almas de todos os fieis. Isso desencadeou a Reforma Protestante.

já faz 500 anos. As teses de Lu- tero eram curtas mas profundas,.Os efeitos da Reforma revolucionaram a Igreja, principalmente por ter com­batido a ideia de que só o Papa e seus sacerdotes podiam terem mãos a Bí­

Lição 1 - 50 0 Anos do Reform a Protestante

blia e interpretá-la. O sacerdócio é de todos os cristãos, Todos devem ter em suas mãos a Bíblia, todos podem conhecer e pregar a Palavra.

Na lição 5 voltaremos aos 500 anos da Reforma, com mais detalhes.

r : aAPLICAÇAO PESSOAL

Entender os antecedentes da Reforma pode nos ajudar a com­preender o nosso tempo e as gran­des necessidades da Igreja atual, para que a nossa geração também possa avançar na Reforma ou fa­zer uma nova, se necessário.

v _________________________________

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RESPONDA1) Q uais fa tores deram base à Reform a P rotestante na Europa?

2) C ite o nome dos principais precursores da Reforma Protestante.

3) Qual foi o ponto central da Reforma de Lutero7

VOCABULÁRIO:* Indefectível: que não se pode destruir, que sempre existirá; eterno, imutável, indestrutível, imperecível,• V ice ja r: ter viço ou dar viço a; desenvolver oom força; manifestar-se com força e copiosamente.

AS 95 TESES DE LUTEROC onfira a íntegra do docum ento no encarte desta revista.

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SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Professor, que bom encon­trá-lo em mais um trim estre da Escola Dominical, tendo a opor­tunidade de ensinar sobre a Ho- miiética de uma forma mais aces­sível aos seus alunos. Este é um assunto relevante para a Igreja.

Iniciar o estudo das 13 lições com o tema Reforma Protestan­te 500 Anos; Todos Podem Pregar facilitará a aproximação com o tema geral desta revista, ajudan­do na compreensão de seus alu­nos sobre a pertinência do assun­to para a prática crista, mesmo que alguns digam não serem cha­mados para pregar.

Faça com que entendam que não precisam subir no púlpito da igreja, mas que haverá situa­ções em que terão que "m anu­sear bem a PalavraJJ, pois todos fomos com issionados a pregar o Evangelho.

PALAVRAS-CHAVEPregação • Vocação • Mensagem

OBJETIVOS

• Entender que todos podem e devem pregar.

• Com preender o ouvinte como destinatário da mensagem.

• Saber da importância da mensagem pregada.

PARA COMEÇARA AULA

inicie a aula dando as boas-vin­das aos seus alunos, em seguida leia com eles o Sumário, apresen­tando cada üção.

Antes de começar a exposição pergunte quais deles se sentem voca­cionados para pregar a Palavra para um público maior. E para uma pessoa ou pequeno grupo. Depois, pergun­te quantos desses têm se preparado para isso e, por último, quantos têm exercido na prática o seu chamado.

Note que o levantar das mãos vai diminuindo conforme vão se dando as perguntas. Conscíentize- -os sobre a importância do chama­do que receberam e que a todos foi dada a Grande Comissão.

RESPOSTAS DA PAGINA 161) A pregação da Palavra2) Preparar-se e colocar em prática o seu chamado. 3J Ser a lcançado e transform ado.

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Lição 2 - Todos Podem Pregar

LEITURA COMPLEMENTAR

De todos os temas da pregação bíblica, nenhum é mais importante do*

que comunicar as boas novas da salvação. E básico, porque sem a mensa­gem da salvação, não há razão de ser para outras mensagens. Jesus orde­nou Seus seguidores: "Portanto ide, ensinai todas as nações", proclaman­do a mensagem de salvação como testemunho a toda a humanidade (Mt 28.19; 24.14). Além disto, Jesus tornou clara a questão em jogo: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16.16; Jo 3.15-21, 36). Nada menos do que a vida eterna versus a morte eterna está em jogo quando a mensagem da salvação é pregada.

Ao apresentar a mensagem da salvação, duas coisas devem ser enfa­tizadas:

1) que todas as pessoas são pecadoras, e2) que Cristo é o Seu Salvador

Muitas pessoas, no entanto, não compreendem seu problema nem aquilo que pode transformar a sua situação. Devemos mostrar-lhes que o problema é que todos pecaram.

0 pecado de Adão atingiu a todas as pessoas, porque Adão foi a cabe­ça que representou a totalidade da raça humana. Quando ele caiu, a raça caiu, e todas as pessoas herdaram uma natureza pecaminosa. A natureza pecaminosa é a causa da teimosia das pessoas, da sua rebeldia, e da sua desobediência para com a lei de Deus (G1 5.19-21). A natureza pecamino­sa, pois, leva as pessoas a cometerem atos pecaminosos.

0 resultado do pecado das pessoas é a separação de Deus e entre si mutuamente. Por causa da sua natureza pecaminosa, as pessoas são cor­ruptas. Cada parte da sua natureza humana - as emoções, o intelecto e a vontade - tem sido afetada. São totalmente indefesas e incapazes de sal­var a si mesmas. Suas mentes ficaram tão corrompidas pelo pecado que não podem compreender nem apreciar as coisas espirituais (ICo 2.14). Para elas, as coisas espirituais são estultas, não são razoáveis. Sem o en­tendimento espiritual, não podem captar as coisas de Deus.

Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICl, São Paulo, 2007, págs. 107,108).

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LIÇÃO 2

TODOS PODEM PREGAR

T exto á u r e o''Vós sois testemunhas destas

coisas" Lc 24.48

Estudada em ___ /___ /____

( ^DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - Mc 16.15Pregação, uma ordem divina Terça - Jo 15.16 Pregador, uma escolha divina Quarta - 2Tm 1.9 Pregar, uma vocação divina Quinta - ls 52.7 Pregando as boas novas Sexta - ICo 2.4 Pregando com poder Sábado - Rm 10.14 Pregar, uma necessidade

LEITURA BÍBLICA

Lucas 2 4 .4 5 -4 945 Então, lhes abriu o entendi­mento para compreenderem as Escrituras;46 e lhes disse: Assim está escri­to que o Cristo havia de padecere ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia47 que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, co­meçando de Jerusalém.48 Vós sois testemunhas destas coisas.49 Eis que envio sobre vós a pro­messa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.

Hinos da Harpa: 93 - 115 - 167v _________________________________ j

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Lição 2 - Todos Podem Pregar

r " " ^TODOS PODEM PREGAR

INTRODUÇÃO

L O PREGADOR

1. Chamada gera! e específica Mc 16.15

2. Preparo 2Tm2.i5

3. Prática 2Tm22

IL A PREGAÇÃO

1. Pregação e exemplo 2Tm2lS

2. Importante missào Mt 28.20

3. Mensagem inspirada 1Co2A

INTRODUÇÃO

Queremos, através destas li­ções, mostrar que você, homem ou mulher, pode e deve pregar o Evangelho. Pregar a Palavra de Deus, além de um privilégio, é uma ordem do maior pregador da História, Jesus Cristo: 'Ide por todo 0 mundo e pregai 0 Evange­lho a toda criatura"' (Mc 16.15).

A pregação é 0 instrumento que Deus mais usou, continua usando e sempre usará para tra­zer homens à Salvação.

Esta missão não é exclusivi­dade de pastores e mestres. Todo filho de Deus recebeu poder para esse intento, daí a importância de estudar a Homiiética,

IIL O OUVINTE

1. Precisando de Deus Lc24.47

2. Alcançado pela Palavra Rm 1.16

3. Transformado pela Palavra At2.37-41

APLICAÇÃO PESSOAL

L O PREGADOR

O pregador precisa tomar a verdade de Deus e torná-la parte de sua experiência própria a fim de, quando falar, seja Deus quem fale através dele.

1. Chamada geral e especí­fica. Embora reconheçamos que haja um chamamento especial de Deus para determinadas pessoas se tornarem pregadores, também sabemos que esta tarefa não é uma exclusividade de pastores e mestres. Todo filho de Deus re­cebeu 0 sagrado privilégio de mi­nistrar a Paiavra de Salvação aos pecadores. Pregar não é simples­mente uma escolha; é uma voca­

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ção divina e# portanto, irrevogável (ICo 9.16). Nâo é para trazer fama ou ganhar dinheiro; é para trazer vidas ao genuíno conhecimento das verdades de Deus.

Aquele que ministra deve ter consciência que sua vida nesta terra tem um propósito. Quando essa chama arde em seu coração, ele sabe que se não cumprir seu chamado haverá um vazio em seu coração. É notório que quando alguém é vocacionado, sua men­te, suas emoções, seus sonhos e seus desejos são o de alcançar vi­das para o reino de Deus. Oramos para que isto aconteça com você (Mc 16.15; Jo 15.16).

2. Preparo. Deus vocaciona e chama, porém cabe ao homem preparar-se. Paulo foi chamado por Jesus para anunciar o Evange­lho, porém passou quatorze anos preparando-se para isso (G1 2.1). Aquele que é chamado para anun­ciar a Palavra deve ter consciência que milhares de pessoas precisam ouvir o que virá de seus lábios, por­tanto, não é de qualquer jeito. Deve ter toda uma preparação física, emocional e espiritual (2Tm 2.15).

0 chamado pode ser feito do dia para a noite, em um momen­to específico, porém a preparação não; é algo constante, para ser fei­to no dia a dia. Sem uma prepara­ção adequada ninguém irá muito longe. A preparação é muito mais que embasamento teórico. Eia é prática, como um dia declarou o

Lição 2 - Todos Podem Pregar

Nada deveria ser o alvo do pregador a não ser a glória de Deus através da pregação do Evangelho da salvação"(C. H. Spurgeon)

grande cientista Albert Einstein: "Minhas grandes descobertas pos­suem um segredo: 10% são inspi­ração, e 90% transpiração". Tra­balho, e trabalho árduo, é a razão das grandes conquistas. Deus faz o chamado e espera que o homem corresponda a esse chamado, e as­sim prepare-se para o mesmo.

3. Prática. Uma vez que Deus chama, e o homem se prepara, o que vem a seguir? Chegou a hora de colocar em prática. A prática nada mais é do que agir e transmi­tir aos ouvintes (2Tm 2.2). A prega­ção visa alcançar todas as pessoas.

O pregador não é um mero transmissor de ideias, mas um exemplo vivo do poder de Deus para a salvação. Aquele que vai transmitir a mensagem deve sa- ber que é o canal de Deus para trazer pessoas ao conhecimento das verdades sagradas (Tg 1.22). Sua boca falará do que o coração está cheio, e as experiências vivi­das serão realidade para quem as ouvir, tendo o anseio de cumprir o que foi ministrado.

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II. A PREGAÇÃO

É um sublime privilégio saber que Deus escolheu você para a maior responsabilidade do Univer­so: trazer a mensagem do próprio Deus para a humanidade: "Não fos­tes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que va­des e deis fruto, e o vosso fruto per­maneça" (Jo 15.16)-

1. Pregação e exemplo. 0viver cristão é prática indispen- sável para a boa pregação. Nosso Senhor Jesus Cristo, ao convocar homens simples e humildes para serem Seus discípulos, e instruí- -los através de ensinamentos prá­ticos a como procederem como pregadores do Evangelho, deu-nos um exemplo da importância de se aliar a exposição da Palavra às práticas de uma vida cristã genuí­na. 0 pregador do Evangelho é um arauto das boas novas.

0 Apóstolo Paulo, comentando acerca da importância dessa pro­clamação, afirma: "aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação” (ICo 1.21). E tam­bém recomenda que aquele que se dispõe a pregar o Evangelho deve portar-se de forma irrepreensível: "...que não tem de que se envergo­nhar..." (2Tm 2.15).

Assim, a Bíblia nos revela que, desde os primórdios, o amor de Deus sempre foi exposto por ser­vos comprometidos com a verda-

Lição 2 - Todos Podem Pregar

Quando você prega a Palavra, Deus dá os resultados. Ele os garante."

de e com o testemunho cristão, correspondente.

2. im portante missão. 0mais elevado de todos os cha­mados é o chamado para pregar o Evangelho de )esus Cristo (Mc 16.15), A Bíblia diz que Jesus pas­sou a noite em oração no monte, e depois escolheu os Seus discípu­los (Lc 6.12-13).

A maior vocação do homem é ser chamado por Deus para realizar a Sua obra; e a maior missão do ho­mem de Deus é levar a mensagem de salvação aos outros homens, coisa que anjos não puderam fazer. Inclusive quando Cornélio estava há vários dias orando e jejuando, apareceu um anjo e mandou cha­mar a Pedro para anunciar-lhe o Evangelho (At 10).

Os discípulos, após terem sido chamados por Cristo, foram capa­citados pelo Espírito Santo para anunciar com ousadia a Palavra de Deus (At 4.31).

3. Mensagem inspirada. 0que é mais admirável acerca do ministério é Deus usar um pobre homem e lhe confiar o tesouro precioso da Sua mensagem (ICo

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Lição 2 - Todos Podem Pregar

2.4). Quando Deus chamou os profetas do Antigo Testamento, os reis, sábios, pescadores, doutores, publicanos, os capacitou com Seu Espírito, concedendo a eles a ins­piração da Sua palavra: "porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entre­tanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espí­rito Santo.” (2Pe 1.21).

Quando o Senhor se revelou a Ananias para ir até à Rua chama­da Direita, perguntando na casa de Judas por um homem cha­mado Saulo de Tarso, ele não foi sem uma mensagem. Deus deu a ele a mensagem inspirada (At 9 .10-18). A Bíblia é a maior men­sagem revelada por Deus aos ho­mens, mostrando a fonte da ver­dade que o povo de Deus precisa conhecer e anunciar.

III. O OUVINTE

Somente uma genuína pala­vra vinda da parte de Deus pode mudar o curso da história hu­mana. A mensagem é como uma flecha, que é lançada rumo a um alvo. O principal alvo da m ensa­gem é o coração daqueles que a receberão. Isto deve estar bem definido na mente do pregador e bem claro aos ouvintes no fim da mensagem. Uma das formas pela qual podemos saber se alcança­mos o alvo é observando como aqueles que ouviram a Palavra responderam ao apelo final.

1. Precisando de Deus. ln-felizmente, vivemos em tempos de afastam ento da Palavra de Deus e, consequentem ente, es­friamento da fé (Mt 24 .12). To­das as vezes em que a Palavra de Deus é negligenciada, a Igre­ja e o mundo sofrem consequên­cias danosas em todas as áreas e, principalm ente, no âmbito moral. Há uma natural aquies­cência do pecador ao desvio da Palavra, pois ele sempre quer adiar o confronto inevitável com a retidão de Deus.

Talvez isso explique a facili­dade e, até mesmo, o fascínio que muitos têm por pregações superfi­ciais e com um alto teor apelativo emocional. Há uma necessidade urgente da pregação da Palavra de Deus, pois só ela pode trazer um avivamento genuíno e verdadeiro à Igreja (Lc 24.47).

2. Alcançado pela Palavra.Tudo foi criado por Deus com um objetivo, um propósito, desde a menor célula ao maior ser do Universo. A mensagem que Deus deu ao homem possui o propó­sito maior de revelar a vontade de Deus ao homem (Ef 1.9-11). Toda a Bíblia possui uma só men­sagem central: a salvação do ho­mem através de Jesus Cristo (Rm 1.16). A mensagem deve tocar os corações e as mentes de quem a ouve. Uma mensagem com pro­pósito alcançado é aquela que muda as vidas.

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Lição 2 - Todos Podem Pregar

Quando vidas são impactadas peta mensagem ministrada po­demos afirmar que alcançamos o que havia sido proposto,

3. Transform ado pela P a­lavra. Uma mensagem eficaz é aquela que alcança os seus ob je­tivos. Um belo sermão que recebe aplausos e elogios, mas não leva ao convencimento, não alcançou seu principal objetivo. Levar o ouvinte a uma decisão é tarefa séria e cuidadosa, que deve ser trabalhada durante toda a prega­ção (Js 24.15; Mt 11.28).

Quando o objetivo da mensa­gem é alcançado, vidas são trans­formadas. Pedro pregou uma men­sagem simples e objetiva e cerca de três mil pessoas entregaram suas vidas a Jesus (At 2.38-41).

( I aAPLICAÇÃO PESSOAL

Ao longo dos séculos, milha­res de pessoas têm sido transfor­madas por pregações inspiradas pelo Espírito Santo. 0 pregador é apenas um canal que Deus usa para mostrar Sua vontade por meio da mensagem ministrada.

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RESPONDA1} Qual é o instrum ento que Deus m ais tem usado para trazer os hom ens à salvação?

2) Deus vocaciona o p regado r mas o que cabe ao hom em fazer?

3) O que deve acontecer com a pessoa que ouve a m ensagem ?

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LIÇÃO 3

AGORAÉ A MIN HA VEZ

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Professor, esteja preparado para falar de uma das principais dificuldades que quase todo cris­tão enfrenta: a falta de coragem, ou timidez para anunciar o Evangelho.

Talvez seja por isso que mui­tos crentes "de banco" prefiram deixar para o Pastor, para o Evan­gelista e Missionários a missão de levar a Palavra a todos.

Pesquise sobre medo, timidez, coragem e fé. Isso lhe dará supor­te para falar desses assuntos na sala de aula.

Procure exemplos de pessoas da atualidade que superaram o medo e a timidez, sendo vitoriosas ao enfrentar as adversidades.

Ao final da aula seus alunos de­verão sair motivados a cumprir o IDE. Ore com eles para que o Espí­rito Santo lhes dê unção e ousadia (2Tm 1,7).

PALAVRAS-CHAVETimidez • Coragem • Oportunidades

1

OBJETIVOS

• Estar preparado para falar sobre Jesus nas oportunidades que surgirem.

• Entender que a timidez é uma barreira para a pregação do Evangelho.

• Compreender que Jesus não nos teria dado a Grande Comissão se ela não fosse possível.

PARA COMEÇAR A AU LA

Pergunte aos seus alunos o que os impediria de pregar o Evange­lho. Peça que escrevam a resposta em um pedaço de papel.

Peça que leiam e escrevam no quadro uma palavra que sinteti­ze cada resposta. Conte quantas vezes a palavra timidez/medo foi mencionada. Pronto. Inicie a aula a partir daqui.

Ao findar a lição pergunte se algum deles mudaria a resposta dada no início da aula. Aproveite para orar com eles.

RESPOSTAS DA PÁGINA 22

1) Saudação, Testemunho, Palavra e Sermão.

2) O medo.

3) 2 Timóteo 1.7.

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Lição 3 - Agora é a M inha Vez

A

LEITURA COMPLEMENTAR

"Ainda sinto a vergonha e o fracasso. Eu fiz o melhor que pude, mas ninguém ficou comovido pela minha pregação. Quando os crentes vieram para orar, ajoelhei-me num canto e chorei incontrolavelmente: o sermão... a pregação... foi um fracasso total... e o pior de tudo é que ninguém veio para frente para receber a salvação! Deus Se enganara? Não, eu comete­ra o engano. Era isto... Deus não me chamara. Eu não fora chamado para pregar... Nunca mais pregaria... Enquanto estava encolhido ali na minha miséria, uma mão tocou o meu ombro. "Irmão, quer ajudar-nos a orar com aqueles que vieram à frente?". Não podia crer no que viam os meus olhos! Onze pessoas tinham chegado à frente para receber a salvação"

0 escritor destas palavras veio a ser um pastor bem-sucedido e um pregador de destaque, mas escreveu aquelas palavras quando estava apenas começando a pregar. Sua experiência demonstra que uma pes­soa que ama as almas dos homens pode pregar o Evangelho e ganhá-los para o Senhor.

Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICI, São Paulo, 2007, pág. 15).

V - _______________________________________________________________________

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Estudada em ___ /___ ./

r \DEVOCIONAL DIÁRIO

Verdade PráticaA timidez pode im pedir a

concretização dos propósitos de Deus em nossa vida e de outros.

Hinos da Harpa: 46 - 132 - 220

Á______________________________- J

LEITURA BÍBLICA

Êxodo 4.10-1310 Então, disse Moisés ao SE­NHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem de­pois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua.11 Respondeu-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR?12 Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar.13 Ele, porém, respondeu: Ah! Se­nhor! Envia aquele que hás de en­viar, menos a mim.

1 f:)C] i " ■

Segunda - Êx 4.12Deus usa a boca do profeta Terça - Jr 1.4-6O poder se manifesta na fraqueza Quarta - Js 1.9 Deus chama à coragem Quinta - 2Tm 1.7 Poder, amor e moderação vêm de Deus Sexta - Rm 10.14 O Evangelho deve ser anunciado Sábado - Lc 5.29 Aproveitando as oportunidades

T exto a u r e o"Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás

de falar." Êx 4.12

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Lição 3 - Agora ê a Minha Vez

INTRODUÇÃO

Nesta lição observaremos a im­portância de obter ousadia da par­te do Senhor para anunciarmos o Evangelho, vencendo a timidez que nos impede de concretizar os propósitos de Deus em nossas vidas e na de outros. Trataremos, inicialmente, sobre a diferença entre Saudação, Testemunho, Pa­lavra, Mensagem ou Pregação, en­sejando que cada uma representa uma oportunidade.

I. APROVEITE AS OPORTUNIDADES

Convém aproveitar as oportu­nidades, principalmente quando temos algo a dizer da parte de Deus,

1. Saudação (3 m inutos). Asaudação é algo extremamente comum na maioria das igrejas. Acontece quando você é convida­do a trazer uma saudação como ato de distinção e gratidão pela sua presença. Saudação quer di­zer cumprimentar com cortesia (Rm 16.22). Normalmente acon­tece na primeira metade do cul­to, intercalado com hinos e até outras saudações.

Recomenda-se que a saudação dure até 3 minutos. Embora 3 mi­nutos pareça pouco tempo, quando se limita ao escopo do que se deve falar numa saudação, você vai des­cobrir que 3 minutos é mais que

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suficiente. Na saudação cabe até a citação de um versículo bíblico, desde que seja extremamente bre­ve, se possível, memorizado, tudo de forma leve sucinta e direta.

2. Testemunho (5 minutos).Testemunho é anunciar o que aconteceu com você, o que você viu, ouviu. Uma experiência de vida que Deus lhe proporcionou. 0 ato de testemunhar pode ser uma das melhores maneiras de comparti­lhar, pelo exemplo, o poder de Deus através da nossa história de vida.

0 objetivo é apresentar algo ge­nuíno e real, oferecendo ao ouvinte a chance de se identificar com a sua história e constatar, em uma reali­dade próxima e pessoal, o que Deus também pode fazer por ele.

Quando o testemunho é dado como um dos elementos do culto deve-se respeitar o limite máximo de tempo de 5 minutos. É impor­tante lembrar que o melhor am­biente para se compartilhar seu testemunho não é apenas o culto na igreja, e sim, pessoalmente com outras pessoas de seu círculo de influência ( l jo 1.3).

3. Palavra (Até 10 m inutos).A palavra pode ser comparada a uma "pequena pregação". Trata- -se de uma breve reflexão bíblica para a edificação dos presentes, se possível, seguindo a temáti­ca do culto em questão. A pala­vra pode trazer, embora não seja obrigatório, todos os elementos

Lição 3 -Agora é a Minha Vez

O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons"(Martin Luther King)

de uma pregação ou mensagem, como leitura bíblica, introdução, desenvolvimento e conclusão, mas sem o apelo e oração ao final. É como se fosse um intermediário entre a saudação e a mensagem. Recomenda-se que a palavra te­nha até 10 minutos.

Devemos nos lembrar que Je­sus, em muitas ocasiões, se utili­zou do expediente de pregar men­sagens curtas, geralmente com parábolas curtas, a fim de conse­guir um melhor entendimento dos seus ouvintes (Mc 4.33).

4. Mensagem (Até 45 minutos).Tudo que se faz num culto de louvor e adoração é extremamente impor­tante, mas a mensagem é essencial a um culto de celebração. Ela amarra e dá equilíbrio a todos os elementos do culto porque conta com o maior engajamento de atenção dos presen­tes, pois todos focam sua atenção em um ponto, a mensagem.

Agora, para que a mensagem seja transmitida de maneira rele­vante é importante lembrar de al­guns pontos. De tudo o que ouvi­mos em uma hora, guardamos no

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Lição 3 - Agora é a M inha Vez

máximo 15 minutos, e isso quan­do se é atencioso e de boa memó­ria. Quem não acompanhar com atenção a mensagem irá lembrar- -se apenas de pequenos trechos.

Com isto em mente, é aconse­lhável que a mensagem dure em torno de 30 a 45 minutos. Em alguns casos, poderá se estender por mais tempo, mas estes casos são exceções. 0 sermão pode ser classificado de várias formas. Em lição futura, olharemos com mais detalhes as classificações: temáti­ca, textual e expositiva.

II- O VALOR DOS TÍMIDOS

Muitos se sentem intimidados em compartilhar as boas novas do Evangelho, ensinar na escola do­minical e evangelizar por várias razões:

1. Timidez, medo de falar em público; receio de não fazer da maneira certa e não alcançar seu objetivo; medo do que o próximo vai pensar. Fique tranquilo, em­bora possa parecer difícil, com al­guns conselhos práticos, a missão fica muito mais simples.

Tímido é alguém assustado, me­droso, receoso, sem coragem. A timi­dez está enraizada no medo, neste caso se refletindo em receio de fa­lar em público. 0 tímido faz de tudo para não ser percebido (Êx 4.10).

2. Timidez é normal. A maio­ria das pessoas tem medo de falar

em público. É algo extremamente normal. Falar em público, é uma habilidade que se desenvolve ao longo da vida. As pessoas que con­seguem se expressar bem em pú­blico, tiveram que trabalhar, polir esta habilidade ao longo dos anos. E um processo interminável, pois sempre há espaço para aprimorar a forma de se comunicar com o próximo, até porque os públicos, culturas, lugares e ideais variam de lugar para lugar.

3. Exemplos da Bíblia. A pró­pria Bíblia ilustra as histórias de grandes líderes que tiveram de vencer a inibição e a timidez;

a) Moisés (Êx 4.10).b) Jerem ias (Jr 1.4-6).c) Gideão (Jz 6.15).d) Saul (ISm 10.20-24).e) Josué (Js 1.9).Estes são apenas alguns exem­

plos reais de homens que marca­ram seus nomes na história e na Bíblia e que tiveram de enfrentar a sua própria timidez.

III- VENCENDO A TIMIDEZ

1. Como vencer. Para vencer a inibição e a timidez de falar em público, seja no púlpito da igreja, ensinando a classe de Escola Do­minical, e até no evangelismo pes­soal, é imprescindível considerar o seguinte:

a) Deus nos vê corajosos. Em muitas ocasiões, nossa opinião a respeito de nós mesmos é muito

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Lição 3 - Agora é a Minha Vez

diferente da opinião que Deus tem. Assim aconteceu na vida dc todos os personagens bíblicos citados ao longo desta lição. Fica nítido na vida de Moisés, quan­do se declara incapaz de aceitar o desafio colocado perante ele,

Ae Deus lhe responde em Exodo 4 .11-12 : "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensina­rei o que hás de falar".

b) Evitar comparações. Quando alguém acredita que pode ser usa­do por Deus e percebe como é vis­to por Ele, então tudo muda. Você descobre e descansa no fato de que cada pessoa é única, singular, “suí generis", e que veio à Terra para cumprir um chamado que é exclu­sivo, unicamente dele; que se Deus quisesse escolher outra pessoa Ele faria, mas se Ele está chamando você, é porque sabe que, mesmo com suas particularidades, você será capaz de cumprir a missão.

Geralmente nos achamos in­capazes, comparando-nos com outras pessoas e esquecemos que Deus criou cada ser humano dife­rente e com aptidões específicas.

c) Olhe para Deus. A timidez quase sempre é fruto de nosso olhar fixo em nossas limitações, fracassos e frustrações, apesar das garantias e provas incontestá­veis do poder de Deus em nossas vidas. Cada um pode testificar de momentos nos quais, pelo agir de Deus, foi capaz de realizar coisas muito além da sua capacidade, pois Deus completou o que era neces­

sário, e o resultado foi alcançado. Mantenha o foco em Jesus e avan­ce! Jesus jamais nos daria a Grande Comissão se ela fosse impossível.

2. Razões para vencer. Temos as razões certas para vencer:

a) Deus nos garante um espírito de coragem. Em 2 Timóteo 1.7, o Apóstolo Paulo nos ensina: "Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria”. Logo, a Bíblia nos garante um espírito de coragem para anunciar a salvação.

b ; É necessário ouvir para crer. Anunciar o Evangelho verbalmen­te, ainda continua sendo a forma mais eficaz de compartilhar a nos­sa fé. Em Marcos 16.15, Jesus dis­se: "Ide por todo o mundo e pre­gai o Evangelho a toda criatura” 0 Apóstolo Paulo corrobora com este princípio quando nos ensina: "Como, porém, invocarão aque­le em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ou­viram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Para ser salva basta crer em Jesus, mas para que isto aconteça alguém tem que lhe apresentar Jesus.

c) A fé cristã é social. O Evange­lho é comunicado em nosso meio social, entre nossos amigos e pa­rentes, quando nos reunimos em comunidade. Jesus nunca abriu mão do contato social, antes Ele estava sempre cercado de pes­soas e buscando oportunidades de compartilhar Sua missão, como

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Lição 3 -Agora éa M inha Vez

nestes exemplos:• Mulher Samaritana (Jo 4.7].• Casamento em Caná da Gali-

leia (Jo 2.1-11).• Banquete na casa de Levi (Lc

5.29).• Visita à casa de Simão Mc

1.29-30).Jesus aproveitava qualquer

oportunidade possível para alcan­çar alguém.

3. Aproveite toda oportuni­dade. Devemos nos esforçar em crescer nagraça e no conhecimen­to do Senhor Jesus Cristo (2Pe 3.18). E quanto mais crescimento espiritual o crente experimentar, tão mais conhecerá a segurança pessoal de que está servindo na causa certa, pregando a mensa­

gem certa, para as pessoas certas que o Senhor coloca em seu cami­nho (Jo 6.44). E então, seguindo a verdade em amor, não somente vencerá a timidez, mas também conhecerá em sua própria vida a certeza de que tudo pode naquele que o fortalece (Fp 4.13).

\APLICAÇÃO PESSOAL

Creia no propósito de Deus para sua vida, fale de Jesus com ousadia e seja sábio quanto aos diferentes tipos de oportunidades e ao tempo a ser usado. Lembre que o Espírito Santo pode realizar através de você o mesmo que fez com os exemplos bíblicos que estudamos.

V______________________ J

fRESPONDA

A

1) C ite as quatro oportunidades no culto que devem os aproveitar.

2) Qual a principal causa da tim idez?

3) Qual texto bíblico nos incentiva à coragem ?

V _________ J

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LIÇÃO 4

HOMILÉTICA, A ARTE DE PREGAR E ENSINAR

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Caro professor, Homilética é uma disciplina que assusta a mui­tos cristãos. Imaginar-se assumin­do o púlpito diante de uma igreja, tornar-se a 'Voz de Deus”, aiém da óbvia comparação com outros pregadores, tudo isso contribui para a intimidação.

Mas a intenção desta revista é justamente acalmar os corações, e demonstrar que o ministério da Palavra não se restringe apenas aos pregadores, mas vai do mais experiente à criança que já se expressa oralmente; vai do mais douto teólogo ao mais simples ir­mão em Cristo.

Ganhe seus alunos para a pro­pagação da Palavra de Deus; seja através de um sermão, estudo, aula ou testemunho.

Todos são aptos a testemunhar as coisas de Deus devido ao seu Santo Espírito que habita em nós. Não despreze esse dom.

PALAVRAS-CHAVEHomilética • Capacitação • Disposição • Pregação

OBJETIVOS

• Apresentara Homilética como disciplina da exposição bíblica.

• Esclarecer que a observação e a interpretação se completam na transmissão.

• Demonstrar que todo cristão deve estar pronto para dar razão da sua esperança (IP e 3.15).

PARA COMEÇAR A AULA

Escolha um aluno e lhe passe uma história qualquer por escrito. Peça que a leia em silêncio, e depois, conte para os demais, mas sem usar palavras. A intenção é demonstrar que, por mais que alguém conheça alguma história em seus detalhes, se não se expressar pela palavra, a transmissão não será satisfatória.

0 testemunho comportamental é importante, mas não substitui a pregação. Não adianta apenas agir de forma honesta e cristã para a propagação do Evangelho; devo fa­lar e pregar em palavras a respeito da minha fé. Leia Romanos 10.17.

RESPOSTAS DA PÁGINA 28

1) Todo cristão, com a autoridade da Palavra.

2) Não. Devo proclamá-lo também com palavras.

3) Resposta pessoal.

1

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Lição 4 - Hom ilética, a Arte de Pregar e Ensinar

O Que é a Pregação?0 dicionário diz que pregar é "proclamar publicamente, conclamar à

aceitação ou rejeição de uma ideia ou tipo de ação; entregar um sermão" (que é uma expressão extensiva de pensamento sobre um assunto). Esta definição envolveu-se do conceito neotestamentário da pregação, que consideraremos mais tarde. Na base desta definição, veremos que a pre­gação é a entrega pública e formal de um sermão pelo ministro à congre­gação. Normalmente, não há interrupções no decurso de um sermão. A mensagem da pregação para evangelizar os perdidos é ao arrependimen­to, à fé e à consagração. A pregação é também o meio pelo qual os cristãos recebem nutrição na fé e são capacitados a amadurecer na fé. 0 manda­mento para pregar foi dado pelo Senhor quando disse: "ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16.15).

Paulo em duas ocasiões conclamou Timóteo a pregar: "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo..." (2Tm 4.2). Noutro lugar dis­se: "Faze a obra dum evangelista, cumpre o teu ministério" (2Tm 4.5). A pregação é um dos métodos importantes que Deus escolheu para levar o Evangelho a toda a humanidade.

O Ministério do Ensino0 Senhor deu o mandamento para ensinar quando disse: "Portanto

ide, ensinai todas as nações... Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mt 28.19-20). Paulo disse a Timóteo: "... redar­guas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina" (2Tm 4.2). Na descrição que Paulo faz de um bom servo de Jesus Cristo (lTm 4.4-16) dá a seguinte instrução: "Manda estas coisas e ensina-as" (v. 11). O ensino é outro método principal que Deus tem escolhido para levar o Evangelho a todos os povos em todos os lugares.

Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus”- (JCI, São Paulo, 2007, págs.^ 33,34) J

II

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LIÇÃO 4

HOMILÉTICA A ARTE DE PREGAR

E ENSINAR

T exto Á u r e o“E, assim, a f é vem pela

pregação , e a pregação , pela palavra de Cristo.” Rm 10.17

Estudada em ___ /___ /____

- ' iDEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - Rm 10.9-13Salvação para quem confessaTerça - Rm 10.14-17Só confessa quem conhece a PalavraQuarta - 2Tm 3.14-17Habilitado através da PalavraQuinta - 2Tm 4.1-5Pregar em todo tempoSexta - IPe 3.13-17Praticar o bem através da PalavraSábado-At 18.24-28Apoio, exemplo de pregador

LEITURA BÍBLICA

Romanos 10.14-1714 Como, porém, invocarão aquele

em quem não creram? E como cre­

rão naquele de quem nada ouviram?

E como ouvirão, se não há quem

pregue?

15 E como pregarão, se não forem

enviados? Como está escrito: Quão

formosos são os pés dos que anun­

ciam coisas boas!

16 Mas nem todos obedeceram ao

Evangelho; pois Isaías diz: Senhor,

quem acreditou na nossa pregação?

17 E, assim, a fé vem pela pregação,

e a pregação, pela palavra de Cristo.

Hinos da Harpa: 259 - 355 - 505\_________________________ J

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Lição 4 - Homilética, a A rte de Pregar e Ensinar

í - >HOMILÉTICA, A ARTE DE PREGAR E ENSINAR

INTRODUÇÃO

I. O QUE É HOMILÉTICA

1. Definição

2. Alvo

3. Pregação

II. HOMILÉTICA É IMPORTANTE

1. Exemplo e Palavra Rm 10.17

2. O poder da Palavra is 55.11

3* Proclame o Evangelho Êx4.i2

III. HOMILÉTICA PARA TODOS

1. Exemplos atuais

2. Exemplos Bíblicos êx4.10

3. Jesus, o exemplo Mt4.16-18

APLICAÇÃO PESSOAL

L________________________ J

INTRODUÇÃO

Embora reconheçamos que haja um chamamento especial de Deus para determinadas pessoas se tornarem pregadores, também sabemos que esta tarefa não é uma exclusividade de pastores e mestres. Todo filho de Deus rece­beu o sagrado privilégio de minis­trar a Palavra de Salvação aos pe­cadores. E a Homilética, em ambos os casos, pode ser uma ferramente extremamente útil para ajudar a todos nesse mister.

I. O QUE É HOMILÉTICA

Não se assuste com a palavra Homilética.

1. Definição. Homilética é a ciência da preparação e exposição de sermões. É a disciplina teológi­ca que estuda a técnica de estru­turar e entregar a mensagem do evangelho, via pregação, sermão. De forma simplificada é a arte de pregar homilética é técnica de co­municar o evangelho através da pregação.

2. Alvo. Qual o alvo de tanto es­forço na preparação, estruturação, meditação e, finalmente, pregação do sermão? 0 alvo da homilética é auxiliar na elaboração e pregação de mensagens da Palavra de Deus, com tal eficiência que os ouvintes compreendam a mensagem e to­mem a decisão praticá-la.

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0 primeiro alvo de toda men­sagem bíblica é a salvação de pe­cadores perdidos (Rm 1.16). "Em toda pregação, Deus procura pri­mariamente, mediante Seu men­sageiro, trazer o homem para a comunhão Consigo”.

0 Segundo alvo da pregação evangélica é que o cristão envol­va-se no serviço de Deus. Nas di­versas possibilidades ministeriais, sociais e diaconais (At 20.28; IPe 5.2; 4.10; Rm 12.4-8).

jamais deixar de anunciar "todo o desígnio de Deus” (At 20.27).

3. Pregação. Em qualquer circunstância mas principalmen- te no culto comunitário, com pu­blico maior, a pregação é o ápice da Revelação Especial. Não só por ser a exposição da Bíblia, mas pelo momento em que se consegue que a congregação fi­que atenta para ouvir a Palavra de Deus através do pregador. Não há outro momento na vida eclesiástica no qual se consiga tamanha atenção para a mensa­gem da Bíblia.

A Homiiética prepara o mensa­geiro para este momento especial.

II. HOMILÉTICA É IMPORTANTE

1. Exem plo e Palavra. Nin­guém se engane: o exemplo não substitui a Palavra. Muitos en­tendem que basta ser uma pes­soa boa, honesta, com um bom

Lição 4 - Hom iiética, a Arte de Pregar e Ensinar

Um sermão é uma ponte que ajuda a levar as pessoas de onde estão para onde precisam estar. Um plano bom e matéria em suficiência ajudarão você a edificar aquela ponte *

comportamento para pregar a Palavra de Deus. Francisco de Assis disse: "Pregue sempre o Evangelho, Se necessário, use palavras". Essa se transformou na desculpa universal de muitas igrejas para fugir da responsa­bilidade de pregar a Palavra de Deus oraimente. Fato é que "a fé vem pela pregação, e a prega­ção, pela palavra de Cristo.” (Rm 10.17).

Não há como o homem ser apto para a boa obra se não lhe for transmitido o conteúdo das Escrituras. Nossas ações nunca serão suficientes para revelar a Salvação em Cristo Jesus. Já a Pa­lavra de Deus, a Bíblia, tem esse poder. O viver cristão é prática indispensável para a boa prega­ção. Nosso Senhor Jesus Cristo, ao convocar homens simples e humildes para serem Seus dis­cípulos, e instruí-los através de ensinamentos práticos a como procederem como pregadores do Evangelho, deu-nos um exemplo

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da importância de se aliar a ex­posição da Palavra as práticas de uma vida cristã genuína.

2. O poder da Palavra. Ora, insistiremos na ideia da prega­ção e ensino da Palavra de Deus, pois há poder na Escritura pro­clamada. No final das contas, a exposição bíblica cumpre todos os seus objetivos espirituais, nao por causa das habilidades do pre­gador, mas por causa do poder da Escritura proclamada.

A Palavra proclamada primei­ro persuade, pois ela é como fogo purificador e martelo que esmiuça a penha (jr 23.28-29); não volta vazia, cumprindo todos os propó­sitos divinos [Is 55.10-11); anula as segundas intenções humanas, pois quer por pretexto, quer por verdade, a Palavra segue adiante (Fp 1.18).

3. Proclame o Evangelho. De­pois de já ter estudado o Antigo e o Novo Testamento em outras lições, os princípios de interpre­tação da hermenêutica, e as dou­trinas básicas da fé cristã, agora chegou a vez de estudarmos como apresentar todo este conteúdo para outras pessoas (Êx 4.12).

O conhecimento que se adquire através da observação e da inter­pretação é morto se não for aplica­do na vida cristã pessoal e comu­nitária, O Evangelho não é para se reter, mas para se proclamar.

Paulo, em Gálatas 4.19, com-

Lição 4 - Hom iiéticü, a Arte de Pregar e Ensinar

A Bíblia é a fonte primária de material para a pregação e para o ensino."

para a formação de Cristo em uma pessoa a um parto. Realmen­te, o ensino da Palavra de Deus através da pregação, da aula e do discipulado é trabalhoso, mas o resultado, assim como o do parto, é maravilhoso (SI 126.6).

III- HOMILÉTICA PARA TODOS

Mas, não se engane. A Homi- lética nao é apenas para os pasto­res e mestres, como já dito ante­riormente. Todo momento é uma oportunidade para a pregação da Palavra de Deus (2Tm 4.2).

1. Exemplos atuais. A histó­ria da pregação está repleta de pessoas que enfrentaram grandes problemas e limitações, mas, na força do Senhor, venceram. Um jovem americano chamado D. L. Moody quase não foi aceito para ser batizado, por não saber res­ponder a algumas perguntas so­bre doutrina e fé. Mas cresceu es­piritualmente e acabou abalando dois continentes com sua prega­ção, e tornou-se um dos mais co­nhecidos pregadores da história.

Billy Graham, com um sermão simples, conquistou milhares

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Lição 4 - Hom ilética, a Arte de Pregar e Ensinar

de almas, que no apelo finai en­tregavam suas vidas a Jesus. Foi considerado o maior ganhador de almas do século. Mas você dirá que está distante do conhecimen­to bíblico desses homens, fugindo assim da responsabilidade bíblicade proclamar as boas novas.

&E só acessar a Internet e obser­

var vários exemplos de crianças que pregam a Palavra de Deus. Não existem grandes pregadores, e sim, grandes mensagens, trans­mitidas através de vasos de barro.

2. Exem plos Bíblicos. Veja­mos os seguintes exemplos bí­blicos.

a) Moisés dizendo para Deus que não poderia cumprir Seu chamado por não ser homem eloquente, não saber falar bem e ser pesado de boca e de língua (Êx 4.10).

b) Jeremias argumentando com Deus que não saberia o que falar, pois era apenas uma criança (}r 1.4-6).

c) Gideão comentando que não poderia ser o libertador de Israel por ser de uma tribo pequena (Jz 6.15).

d) Saul, quando foi escolhido por Deus, por intermédio do pro- feta Samuel, se esconde em ra­zão de não se achar apto à tarefa (ISm 10.20-24).

e) Josué recebe um comando direto de Deus à coragem: "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, por­que o SENHOR, teu Deus, é con­

tigo por onde quer que andares" Os 1.9).

c) Apoio foi um jovem que in­fluenciou sua geração através de palavras poderosas, pregando em primeiro lugar o batismo de João, mas depois pregando a Je­sus Cristo. Em Atos 18.24 (e ver­sos seguintes) observamos este pregador, não tão conhecido ou famoso, mas que gerou seguido­res dentro da própria Igreja de Corinto (ICo 1.10-17).

d) A escrava de Naamã. A ida­de não impede a autoridade das Escrituras. Essa garota, escrava de Naamã, teve a coragem de se manifestar diante da esposa do General, apontando-lhe o cami­nho para o profeta (2Rs 5.1-4).

f) Pedro. Lembre-se que o próprio Apóstolo Pedro não era versado em letras, pelo contrário, era um pescador, profissão que na época estava distante do aca- demicismo. Mas, em seu primeiro sermão, em Atos, cerca de 3 mil foram batizados (At 2.41).

3. Jesus, o exemplo. Jesus é o maior exemplo de pregador. Não perdia uma oportunidade para ex­plicar e aplicar princípios bíblicos em Sua vida, e na vida das pessoas à Sua volta (Mt 4.16-18).

Veremos nesta revista vários recursos usados por Jesus, como ilustração, aplicação, parábolas, testemunhos, repreensão de de­mônios, vida piedosa etc.

Mas, perceba que Ele pre­gava para multidões, como no

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Lição 4 - Hornilética, a A rte de Pregar e Ensinar

Sermão do Monte; e para uma pessoa só, como a mulher sama- ritana (jo 4 .1 -30).

Pregue você também a Pala­vra em tempo e fora de tempo, quer seja oportuno, quer não. Pessoas estão morrendo sem co­nhecer a Cristo devido ao nosso silêncio, Não guarde o amor de Cristo só para você, compartilhe com outros.

I --------------------------AAPLICAÇÃO PESSOAL

Homilética ajuda todo cristão a se preparar para falar a Palavra de Deus. Lembrando que a Pala­vra de Deus não volta vazia (Is 55.11). Ele quer nos ajudar a pre- gá-la (Js 1.9).

v___________ J

RESPONDA1) Quem pode pregar a Palavra e com que autoridade o faz?

2) Posso proclamar a Jesus apenas com minhas ações? Como devo fazê-lo?

3) É melhor se preparar para pregar e ensinar ou fazer de improviso?

Livro para leitura complementar

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Recom endam os a professores e alunos a leitura deste livro, no qual os tem as desta revista são abordados com mais am plitude e profundidade.

O professor que quiser fazer o Curso M éd b de Teologia deve estudar este livro, responder os testes e fazer contato com o ICI ou com a sua coordenação da Escola Dominical.

Pedidos: (91) 3110-2400 ou (19) 3252-4359 ^Ü |i wwwJcfbrasil.com.br - icibrasíl@hotmaiLcom ™ | l ‘CJ

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Page 37: Revista da Escola Dominical - Reforma Protestante 500 Anos - Todos Podem Pregar - Assembleia de Deus - Igreja Mãe - Belém - PA

mmmmm

LIÇAO 5

REFORMA PROTESTANTE ENSINO E LEGADO

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição ê igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Amado Professor, a Reforma

Protestante completa 500 anos e

está tão viva hoje como à sua épo­

ca. Por meio dela a igreja redesco-

briu o Evangelho. E cada um de nós

se redescobre quando recebe esse

Evangelho. A transformação que

ela causou no mundo à época nos

inspira até hoje quando lemos as

95 Teses. E seria interessante que

seus alunos percebessem isso!

Você falará mais detidamente

sobre Lutero, as 95 Teses, a exten­

são da Reforma, os princípios que a

nortearam e seu amplo legado.

Estimule seus alunos e faça

uma ótima aula.

OBJETIVOS

• Compreender os ensinos dos reformadores.

• Entender a essência bíblica da Reforma.

• Considerar o legado da Re­forma para a Igreja hoje.

PARA COM EÇARA AU LA

Prepare cartazes com frases que celebrem os 500 anos da Reforma Protestante e que ma­nifestem a nova forma de viver dos cristãos. Deixe expostos na sala de aula e reserve um mo­mento para conversarem sobre a mudança de vida de seus alu­nos, aplicando o conhecimento adquirido na aula.

Fale sobre o hino 581, caste­lo forte, Lutero é o autor e retra­ta bem a reforma. Ele recebeu inspiração enquanto lia o salmo 46. Este hino é um clássico da música sacra.

PALAVRAS-CHAVEReforma • Teses • Legado

L a

RESPOSTAS DA PAGINA 341) A venda de indulgências.2) Romanos 1.17.3) A igreja pertence aos seus membros, não a uma

classe de sacerdotes, O sacerdócio é de todos.

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Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado

LEITURA COMPLEMENTAR

A Reforma marcou não apenas o mundo religioso, mas alcançou todas as esferas da sociedade. Aquele foi um evento tão significativo, que tem sido chamado de revolução protestante por especialistas no assunto. Isso porque o movimento excedeu à esfera eclesiástica, alterando a cosmo- visão europeia e promovendo mudanças notáveis na política, economia, sociedade e cultura dos povos.

Como movimento cristão, ela cumpriu um importantíssimo papel junto à sociedade, pois promoveu a justiça social, o desenvolvimento e a verdade, trazendo, assim, vida às palavras do profeta Miqueias: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humíldemente com o teu Deus "(Mq 6.8)?

Depois da Reforma, o mundo jamais foi o mesmo. A partir desse even­to, a humanidade passou por um processo evolutivo radical em todas as áreas(...),

A Reforma devolveu a Bíblia ao povo europeu e, consequentemente, ao mundo. As pessoas passaram a ter acesso à Palavra, sem qualquer in­termediação; e isso trouxe para a Igreja — além da correção doutrinária — renovo espiritual, valorização do ser humano e um genuíno interesse pela busca da presença de Deus. Por outro lado, o movimento reformador também devolveu a igreja ao povo. Como dito anteriormente (p. 134), no romanismo, os principais sacerdotes — como papas, cardeais, arcebispos e bispos — mandavam na Igreja. Muitos deles, aliás, eram ricos e pode­rosos senhores feudais, que manipulavam a instituição da forma como queriam. Os reformadores, todavia, retomaram o padrão neotestamen- tário, defendendo a presença de uma Igreja em que cada cristão tivesse o direito de decidir sobre sua vida e seu destino; uma Igreja democrática que englobasse a participação e valorização de todos os indivíduos.

Livro: “Reforma Protestante: História, ensino e legado1’ (Central Gospel, Rio de Janeiro, 2017, pgs. 145,147)

\______________________ J

II

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LIÇÃO 5 m■fr;-v

REFORMAPROTESTANTE:

ENSINO E LEGAEX)* -V

TEXTO ÁUREO"Vós, porém, sois roça eleita,

sacerdócio real nação santa, povo tfó propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes

daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz"IPe 2,9

Estudada em__ /__ /___

r xDEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - Rm 1.17Somente pela Fé Terça -Ef 2.8 Somente pela Graça Quarta - 2Tm 3.16-17 Somente as Escrituras Quinta - At 4.12 Somente Cristo Sexta-SI 115.1 Glória somente a Deus Sábado - IPe 2.9Todos podem anunciar o Evangelho

LEITU RA BÍBLIC A

IPe 2.7-107 Para vós outros, portanto, os que cre­des, é a preciosidade; mas, para os des­crentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular8 e: Pedra de tropeço e rocha de ofen­sa. São estes os que tropeçam na pala­vra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.9 Vós, porém, sois raça eleita, sacer­dócio real, nação santa, povo de pro­priedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua ma­ravilhosa luz;10 vós, sim, que, antes, não éreis povo,- mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

Hinos da Harpa: 581 - 340 -167_̂_______ __________ J

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Lição 5 ■ Reforma Protestante: e Legado

INTRODUÇÃOf AREFORMA PROTESTANTE: ENSINO E LEGADO

INTRODUÇÃO

L A REFORMA

1. As 95 Teses

2. Movido por Deus

3. Expansão da Reforma

II. SEU ENSINO

1. Somente a Fé Rm 1.17

2. Somente a Graça E/2.8

3. Somente as Escrituras 2Tm 3.16,17

4. Somente Cristo At4.12

5. Glória somente a Deus Mt 4.10

III. SEU LEGADO

1* Sacerdócio de todos iPe2.9

2. O culto é de todos Jo 15.27

3. Todos podem pregar Rm 1.16

APLICAÇÃO PESSOAL

O dia 31 de Outubro de 1517 é uma data importante para os cris­tãos de todo o mundo porque, há exatos 500 anos, iniciou-se a Re­forma Protestante, que deixou um enorme legado.

I. A REFORMA

Nesse dia, o monge agostinia- no Martinho Lutero afixou 95 Te­ses na porta da Catedral de Wit- temberg, na qual conclamava os eruditos e o povo a repensarem, a partir de então, o modo como se vivia a vida cristã.

1. As 95 Teses. Das teses afixa­das por Lutero, destacamos os prin­cipais assuntos abordados, a seguir;

a) Lutero defendia que Jesus Cris­to queria que "toda a vida dos fiéis fosse uma vida de arrependimen­to"; e também que "o papa nao pode perdoar uma única culpa de pecado, senão declarar e confirmar que a cul­pa já foi perdoada por Deus". Indicou que "serão eternamente condena­dos, juntamente com seus mestres, aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante indulgências” Para ele, "todo e qualquer cristão verdadeiramente compungido tem pleno perdão da pena e da culpa, o qual lhe pertence mesmo sem a in­dulgência".

b) Lutero indicou o dever de se ensinar aos cristãos que "quem dá aos pobres ou empresta aos ne­

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Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado

cessitados procede melhor do que quando compra indulgências". E assim, devia-se ensinar aos cristãos que "aquele que vê um necessitado, e a despeito disto gasta o dinheiro com indulgência, não recebe as in­dulgências do papa, mas atrai sobre si a indignação de Deus”

c) Lutero afirmou que "são ini­migos da cruz de Cristo todos que, por causa das indulgências, man­dam silenciar completamente a Pa­lavra de Deus nas demais igrejas"; e que "o verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus". Declarou que a afirmação dos sacerdotes de que "o símbolo com a cruz de indulgên­cias e adornado com as armas do papa tem tanto valor como a pró­pria cruz de Cristo, é blasfêmia".

d) Por fim, sua tese 95 diz: "E assim, esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que mediante con­solações infundadas e este comér­cio vil com o que é sagrado".

2. Movido por Deus. Em umaépoca na qual o povo comum era privado da leitura das Escrituras e o papa liderava a cristandade com mãos de ferro, Lutero foi levanta­do por Deus para dar início a uma completa revolução espiritual na Alemanha e no mundo, em comba­ter os muitos desvios doutrinários praticados pela Igreja Católica Ro­mana, inclusive condenando com veemência a venda de indulgências,

Lutero traduziu a Bíblia para

o alemão e a colocou nas mãos do povo comum, fato que resultou em inflamar o coração de seus irmãos a buscarem sinceramente por Deus e a se voltarem ao autêntico Evangelho da graça de Cristo.

3. Expansão da Reforma. Porcausa disso, Lutero sofreu a exco­munhão através de uma bula edi­tada pelo Papa Leão X, em 1521, a qual Lutero queimou em praça pú­blica, rompendo de vez o elo com a Igreja Católica.

Em pouco tempo, mesmo so­frendo severa perseguição da Igreja oficial, a Reforma se espa­lhou: na Suíça, através da coragem e intelectualidade de João Calvi- no e Zwinglio; na Escócia, através do vigor e ação piedosa de John Knox; e também para vários ou­tros países, através da constância de homens que levaram adiante a "redescoberta" do Evangelho, che­gando até nossos dias,

II. SEU ENSINO

A essência da Reforma foi ex­pressa nos cinco princípios que a nortearam, conhecidos como "as cinco sotas", cuja palavra latina sola significa "somente". As cinco solas são: sola fide, sola gra tia, sola Scrip- tura, solus Chhstus e soli Deogloria. Somente a fé, somente a Graça, so­mente a Escritura, somente Cristo e somente a Deus a glória.

Esses princípios sintetizam a identidade do povo evangélico; e

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Lição 5 - Refonna Protestante: Ensino e Legado

todos os que professam essa fé de­vem conhecê-los, compreendê-los e divulgá-los.

1. Somente a Fé (Sola Fide).Após meditar no texto: "0 jus­to viverá da fé”, Martinho Lutero percebeu que a justiça de Deus é a justiça que o homem pecador re­cebe do próprio Deus, como uma dádiva imerecida, mas somente através da fé.

Os reformadores então con­cluíram que nada (nem penitên­cias, sacrifícios ou compra de indulgências) poderá livrar o ho­mem da condenação eterna no inferno e das garras de Satanás, a não ser pela salvação através da fé em Cristo (Ef 2.8). Essa foi a pri­meira e grande redescoberta da Reforma e que abalou o mundo cristão para sempre. A salvação pela fé é um dom de Deus, por isso ninguém deve gioriar-se.

2. Somente a Graça (Sola Gra- tia). Os reformadores entendiam que nenhuma obra, por mais justa e santa que pudesse parecer, po­deria dar ao homem livre acesso ao perdão dos pecados e à salva­ção eterna no reino dos céus, e que isto só poderia ocorrer mediante a graça de Deus. Graça somente, por meio da qual o homem é escolhido, regenerado, justificado, santifica­do, glorificado, recebe o dom da vida eterna e talentos para o servi­ço cristão, tornando-se participan­te de todas as bênçãos de Deus.

Assim, ninguém pode ser salvo por mérito próprio, seja através de obras, sacrifícios, penitências ou compra de indulgências. A única causa eficaz da salvação é a graça de Deus sobre o pecador, como está es­crito: 'Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9).

3. Somente as Escrituras (Sola Scriptura). Para os refor­madores, somente as Escrituras são a regra de fé e prática para o crente. Nem as tradições, as bulas ou os escritos papais têm o sta- tus de instrumento de fé e prática para o rebanho de Cristo.

As Escrituras Sagradas são ins­piradas por Deus, sendo a Bíblia o único instrumento autorizado de revelação da vontade de Deus para nossa vida, como está escrito: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17). Ao lê-la e meditar nos seus ensinos somos iluminados pelo Espírito Santo para entender e viver sua mensagem.

4. Somente Cristo (Solus Ch- ristus). Mostra a suficiência e ex­clusividade da pessoa de Cristo no processo de salvação. Desde an­tes da fundação do mundo, Deus promoveu a aliança da redenção,

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Lição 5 - Reform a Protestante: Ensino e Legado

onde o beneficiário seria o ho­mem, e o executor, seu Filho Uni­génito Jesus, o Messias (Ungido, Cristo} prometido.

Desse modo, nada poderá fazer o homem para sua própria salva­ção, pois Jesus Cristo realizou a obra da redenção pelo sacrifício vicário na cruz do Calvário, ver­tendo o seu sangue por nossos pecados. Portanto, somente Jesus Cristo é o instrumento de nossa salvação, como está escrito: “E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que se­jamos salvos" (At 4.12}.

0 sentido do sola Christus des­tituiu qualquer outro mediador en­tre o homem e Deus e dá somente a Jesus Cristo o poder de intercessão e salvação.

5. Glória somente a Deus (Soli Deo Gloria). A Igreja Católica ensi­nava e exigia uma devoção ao clero e aos homens santos, os quais po­deriam interferir diante de Deus para perdão de pecados e obtenção de bênçãos para os homens. Quan­do na presença do Papa e dos car­deais, a reverência beirava a adora­ção, com a demonstração de uma total submissão.

Fundamentados em muitos textos nas Escrituras, os reforma­dores concluíram que não pode­mos dispensar glórias a homens (pois não passam de míseros pe­cadores e também carecem da mi­

sericórdia e da glória de Deus) e que devemos dar “glória somente a Deus" (Mt 4.10}.

III. SEU LEGADO

Com a Reforma, uma grande transformação influenciou todos os aspectos da vida humana: po­lítica, econômica, religiosa, moral, filosófica, literária e também nas instituições. Nos deteremos no le­gado do sacerdócio de todos.

1. Sacerdócio de todos (IP e 2 .9). Uma das concepções e dou­trinas mais importantes que a Re­forma legou ao cristianismo mun­dial foi sua forma de conceber a Igreja como uma comunidade per­tencente aos seus membros, aos crentes, e não a uma classe sepa­rada de sacerdotes.

Lutero ensinava que a verda­deira igreja é espiritual e invisí­vel, sendo composta pelo corpo dos salvos em Cristo, de todas as épocas. Logo, ela não tem lugar pré-determinado, no tempo ou no espaço, também não está presa a um país ou cidade, tampouco en­contra-se subjugada a um homem (papa, cardeais ou bispos}. A Igre­ja de Cristo, conforme defendeu Lutero, é eterna, atemporal e está sujeita, apenas, ao Senhor Jesus.

2. O culto é de todos Qo 15 .27). A Reforma Protestante devolveu a Igreja ao povo. O gran­de avivamento orquestrado pelo

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Lição 5 - Refonna Protestante: Ensino e Legado

Espírito de Deus trouxe, em defi­nitivo, para a Igreja um tempo de liberdade e um novo modelo de culto, no idioma comum do povo, com a Bíblia na mão do povo e hi­nos cantados pelo povo.

3. Todos podem pregar (Rm 1.16). Lutero devolveu a prega­ção à Igreja, colocando-a em seu devido lugar, Para ele, a pregação deveria alcançar o homem dentro do seu tempo e deveria ser apre­sentada de maneira simples, para assimilação do grande público. Lu­tero aconselhava os jovens a pre­garem para o povo comum, sem exibicionismos ou arrogância teo­lógica. Assim, a mensagem estrita­mente bíblica da Igreja Reformada espalhou-se por todo o mundo.

Podemos afirmar que os pente- costais se apropriaram vividamen- te desse legado.

C ~ - ^APLICAÇAO PESSOAL

A Reforma Protestante, sem sombra de dúvidas, foi um singu­lar despertamento espiritual que trouxe a Igreja de volta aos pa­drões da Palavra de Deus,

A reforma deve ser uma cons­tante nos dias atuais, evitando que a Igreja assuma padrões contrários à vontade de Deus e sua Palavra.

----------------------------------------------------------------------------------------------------- \

RESPONDA1) Que prática da Igreja Romana foi combatida por Lutero por disseminar a Salvação por obras?

2) Que passagem das Escrituras inspiraram os reformadores a declamar o principio "So­mente pela fé”?

3} Cite um dos principais legados da Reforma Protestante para a Igreja de hoje.

34

IA

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LIÇÃO 6rÿ « . '.V

I I ■” Wi

ORGANIZANDO AS IDEIAS

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPED A G Ó G IC A

Nesta lição, considerando que al­guns de seus alunos muito provavel­mente são "craques” em separar a es­trutura de um sermão, identificando bem cada um deles, por tantas vezes assistirem às pregações, é possível que você não tenha muita dificuldade em repassar o assunto e ainda conte com a ajuda deles para isso.

Assim como um bom pregador da Palavra, você terá que aplicar à sua aula de hoje a mesma estru­tura de tópicos que apresentará durante a aula: introdução, corpo ou desenvolvimento, e conclusão. Talvez isso o ajude bastante du­rante a ministração.

Mostre aos seus alunos que a or­ganização é um passo muito impor­tante para todo aquele que almeja ser entendido. Um discurso bem preparado pode fazer com que ideias sejam reavaliadas ou até mesmo mu­dar radicalmente a vida daqueles que o ouvem, mudando as intenções que estavam em seus corações.

OB) ETIVOS

• Compreender que um bomsermão precisa ser organizado.

• Identificar de modo claro as várias partes de um sermão.

• Auxiliar na pregação e ensino das verdades do Evangelho.

PARA C O M E Ç A R A AULA

Peça aos alunos que lembrem de um sermão que ouviram e que parece não ter chegado a lu­gar nenhum.

Explique que a Homilética sozinha não é garantia de mi­nistério eficiente. Ela ajuda o pregador (torna mais fácil a pregação do serm ão) e ajuda o auditório (um sermão bem pre­parado é mais assimilável).

Muitos serm ões falham por serem absolutam ente sem or­dem. As ideias são confusas e a pregação perde totalm ente o sentido.

RESPOSTAS DA PÁGINA 40

PALAVRAS-CHAVEPlanejamento • Preparação * Organização »Aplicação

1) Introdução, corpo ou desenvolvimento e conclusão.

2) Não ficar se desculpando.

3) Recapitulação, aplicação e apelo.

I

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Lição 6 - Organizando as Ideias

LEITURA COMPLEMENTAR

Não somente o planejamento é importante para seu ministério global de pregação, como também é importante para o preparo e en­trega de cada mensagem que você prega. É impossível plantar, re­gar e ceifar um sermão bom em cima da hora. isto porque edificar um sermão é um processo que toca todos os aspectos da vida de um '"pregador". Como tal, é um processo que se desenvolve durante a vida inteira.

Um sermão é uma ponte que ajuda a levar as pessoas de onde estão para onde precisam estar. Um plano bom e matéria em sufi­ciência ajudarão você a edificar aquela ponte. Um plano ordeiro para a pregação, que olha para a frente o capacitará a ajudar as pessoas a crescerem e se desenvolverem espiritualm ente. Além disso, enquan­to você pregar, os grandes temas da Bíblia o desafiarão com cada mensagem que você pregar, porque todos os sermões podem e de­vem ter a vitalidade e a novidade que vêm quando o Espírito San­to nos leva cada vez mais profundamente em nosso conhecimento de Deus. E o Espírito nos ajudará a aplicar a verdade da Palavra às nossas vidas. Um plano ordeiro para a pregação, que sempre avan­ça, também ajudará você a pregar mensagens que são interessantes, fáceis de serem compreendidas, e fáceis de serem lembradas. 0 seu povo pode meditar em tais verdades muito tempo depois do eco da sua voz ter sumido. (...)

Enquanto você se prepara para pregar a mensagem, lembre-se que a verdade central é como o eixo de uma roda. As várias divisões do corpo do sermão são os raios da roda. Assim como os raios partem do cubo e para ele voltam, assim também a autoridade para a verdade de cada divisão parte da verdade central. E a verdade de cada divisão apela para a verda­de central como sua prova. Cada divisão do corpo do sermão deve ser um desenvolvimento da passagem das Escrituras em que é baseada.

Livro: “Homilética: Ministrandoa Palavra de Deus” (ICi, São Paulo, 2007, pág. 139,145).

L________________________________ ___________J

n

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Estudada em ___ /___ /

DEVOCIONAL DIÁRIO

ORGANIZANDO AS IDEIAS

TEXTO ÁUREO"Chegou a Éfeso um judeu,

natural de Alexandria, cham ado Apoio, homem eloquente e poderoso nas Escrituras "

At 1824

rHi ‘V- ií5S

. - J

Segunda - 2Tm 2.15Quem prega precisa conhecer a Palavra Terça - At 1.8Quem prega precisa ter unçãoQuarta - Rm 1.16Quem prega deve fazê-lo com féQuinta - At 16.13Quem prega precisa orarSexta - At 8.26Quem prega precisa obedecerSábado - At 8.38Quem prega verá os frutos

LEITURA BÍBLICA

Atos 18.24-26,2824 Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, cha­mado Apoio, homem eloquente e po­deroso nas Escrituras.25 Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a res­peito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João.26 Ele, pois, começou a falar ousada­mente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.28 porque, com grande poder, conven­cia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo e Jesus.

Hinos da Harpa: 56-65- 127

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Lição 6 - Oryanizando as Ideias

( "\ ORGANIZANDO AS IDEIAS

INTRODUÇÃO

L INTRODUÇÃO DA PREGAÇÃO

1 . Tema

2. Texto-base

3. Introdução

II. DESENVOLVIMENTO

1. Tópicos e sub-tópicos

2. Fundamento bíblico

3. Transições

III. CONCLUSÃO

1. Recapitulação

2. Aplicação pessoal

3. Apelo

APLICAÇÃO PESSOAL

INTRODUÇÃO

Todo sermão, quer seja temá­tico, textual, ou expositivo (vere­mos isso mais à frente), precisa ser pregado de forma lógica e organizada. Este é o segredo para que os ouvintes entendam clara- mente a pregação. Portanto, é im­prescindível que o pregador tome muito cuidado com a estrutura do seu sermão.

Sabemos que tudo precisa ter início, meio e fim. Com o sermão não á diferente. Independente do tipo de sermão, ele deve ser es­truturado com pelo menos três seções distintas: introdução, de­senvolvimento e conclusão.

Não se deve menosprezar a importância de nenhuma des­tas três partes. É o que veremos nesta lição.

I. INTRODUÇÃO DA PREGAÇÃO

1. Tema. É o assunto a ser tra­tado. Deve ser interessante, claro e breve, para auxiliar a congrega­ção a entender o que o pregador quer dizer, evitando divagações.

Pode ser interrogativo ("De onde virá a nossa salvação?), ou ainda, afirmativo ("Jesus é o úni­co que pode salvar!").

Acima de tudo, o tema precisa ser relevante aos nossos dias.

Fontes para o tema do sermão:a) As Escrituras - Aproveite o

seu devocional pessoal e selecio-

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Lição 6 - O iyanizando as Ideias

ne textos que possam servir de base para temas.

b) Problemas humanos con­cretos (medo, desemprego, de­pressão, entre outros).

c) Datas especiais, da denomi­nação, do país (Dia das Mães, Pás­coa, Natal etc.).

2. Texto-base. Texto é a pas­sagem bíblica que serve de base

Fpara o sermão. E uma parte es­pecífica das Escrituras que de­sejamos transmitir aos nossos ouvintes.

0 texto bem escolhido é aque­le que apresenta a ideia central do sermão em uma sentença cla­ra e definida.

F

E o uso do texto bíblico que dá autoridade ao pregador, dei­xando claro que aquilo que se diz vem das Escrituras Sagra­das. Leve em consideração estas orientações:

a) Escolha textos claros e que você conheça bem. Cuidado com textos obscuros ou controverti­dos. Lembre-se, acima de tudo, a sua função é facilitar.

b) Delimite o texto de tal for­ma que contenha uma unidade completa de pensamento.

c) Lembre-se que todo texto tem um contexto. Analisá-lo an­tes é imprescindível.

d) Estude o texto, se possível, em várias traduções. É aconse­lhável, na hora da ministraçâo utilizar, apenas uma.

3. Introdução da Mensagem.0 ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ou­vintes, despertando o interesse para o restante da mensagem.

Pode começar com uma ilus­tração, um relato interessante, sempre ligado ao tema do ser­mão.

Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador duran­te a mensagem. Se for uma per­gunta interessante, a atenção do povo está garantida até o final do sermão.

Não é aconselhável ultrapas­sar os cinco minutos.

Assim como a decolagem é es­sencial para um voo bem sucedi­do, da mesma forma toda a aten­ção precisa ser dada à introdução de um sermão:

a) Características da boa in­trodução:

• Desperta a atenção.• Está ligada ao tema.• É clara e simples.

F

• E breve e direta.

b) Cuidados a tomar na intro­dução:

• Não ficar se desculpando.• Não prometer uma grande mensagem.• Não tentar impressionar com palavras difíceis,• Não sobrecarregar a intro­dução com muitas informa­ções.

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II. DESENVOLVIMENTO. >E a mensagem a ser transmiti­

da. Aqui será interpretado o texto e abordado o tema da mensagem. 0 desenvolvimento do sermão exige uma atenção especial, pois a introdução foi um preparo para este momento, e o que virá após fechará o assunto.

1. Tópicos e sub-tópicos. Sãoas divisões, ou seções, do desen­volvimento de um sermão bem ordenado. Quer sejam enuncia­das durante a ministração, quer não, um sermão corretamente planejado será dividido em par­tes distintas que contribuirão para sua unidade.

Os tópicos e sub-tópicos de­vem ser claros e simples. Procu­re seguir um padrão uniforme. Exemplo: Se a primeira divisão foi apresentada em forma de pergun­ta, recomenda-se que os demais pontos sigam o mesmo padrão.

Não exagere na quantidade de tópicos e sub-tópicos. Essas divi­sões devem ser elaboradas har- monicamente. Em alguns casos, o próprio texto bíblico já tem sua própria divisão, que usaremos para formar os tópicos.

Empregue o menor número possível de divisões principais.

Vantagens das divisões:a) Ajudam a esclarecer os pon­

tos do sermão.b) Ajudam a recordar os prin­

cipais aspectos do sermão.

Lição 6 - Organizando as Ideias

c) Demonstram zelo e organi­zação por parte do pregador.

A experiência mostra que sermões organizados e criterio- samente divididos em tópicos e sub-tópicos são mais facilmente lembrados. Todos nós conhece­mos aquela situação em que as pessoas que se dizem abençoa­das pelo sermão, quando per­guntadas pelo teor da mensagem já não se lembram, ou se recor­dam apenas vagamente. Pode até ser falha de memória, no entan­to, na maioria dos casos, foi falta de didática do pregador.

2. Fundamento bíblico. Isso significa "provar" seus argumen­tos com versículos pertinentes ao assunto, porém sem exagero. Um bom sermão não é necessa­riamente aquele que usa muitos textos bíblicos. Lembre-se, nova­mente, que o objetivo é sempre esclarecer

jesus Cristo usou a Palavra de Deus (a Bíblia de que dispunha, o Antigo Testamento) para com­bater a Satanás. Também a usa­va quando pregava. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pre­gador. Um pregador sem conhe­cimento da Bíblia não chegará a lugar algum.

3. Transições. As transições são responsáveis por conectar todos os tópicos de um sermão, fazendo com que o tema flua na­turalmente. Na transição de um

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Lição 6 - O iyanizando as Ideias

tópico para outro utilize pergun­tas sobre o que foi falado, para o ouvinte refletir sobre o tópico em sua vida pessoal e, em se­guida à pergunta, faça uma 'afir­mação do tópico', por exemplo: 'Você tem fé?'; 'Creia, pois tudo é possível ao que crê!'. Certamente você ouvirá muitos 'améns' após esta parte e estará pronto para o próximo tópico.

Não demore muito em um tó­pico pois seu tempo ficará com­prometido nos tópicos seguintes.

A duração de um sermão deve ser de trinta a quarenta e cinco minutos. Já um estudo bíblico, pode durar uma hora, aproxima­damente. É claro que o Espírito Santo pode quebrar esses limi­tes, mas precisamos ter certeza de que é Ele mesmo quem está fazendo isso.

IIL CONCLUSÃO

É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados. É uma espécie de sobremesa após o pra­to principal, Uma boa conclusão normalmente contém os seguin­tes elementos: Recapitulação,Aplicação e Apelo. 1

1. Recapitulação. É a reafirma­ção dos argumentos apresentados. Aqui devemos ser extremamente cuidadosos, pois é o momento de dizer onde chegamos.

Não se deve acrescentar ma­

térias ou ideias novas apenas re­sumidamente mostrar por aonde se andou.

2. Aplicação pessoal. Umaboa conclusão, além de clara, tam­bém deve ser direta e pessoal, ou seja, pessoaliza-se o sermão aqui. Cada ouvinte deve saber que está se falando especialmente para ele, É o momento de persuadir amoro­samente os ouvintes a praticarem o que se ouviu. Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos sen­timentos de cada um.

3. Apelo. Após a "amarração" final, chega-se ao apelo. 0 assun­to está encerrado e pode-se fazer o apelo. Todo pregador que deseja alcançar êxito em ganhar almas não o alcançará a menos que cada vez que pregue, ao finalizar o as­sunto, faça um fervoroso apelo.

Exemplos bíblicos:a) "Escolhei, hoje, a quem sir­

vais" (Js 24,15).b) "Quem é do SENHOR venha

até mim" (Êx 32.26).c) "Vinde a mim" (Mt 11.28).d) "Eis que estou à porta e

bato" (Ap 3.20).É muito importante que o

apelo leve a uma manifestação pública, seja ela: levantar a mão; ficar em pé; vir à frente; ajoe- lhar-se para oração; preencher um cartão.

Apele com confiança, e não desista logo. Muitos demorarão a

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Lição 6 - Organizando as Ideias

C EXEMPLO DE ESBOÇO

( ---------------------------------------------------------------------------------->

FAMÍLIA, ALIANÇA DEAMOR E VIDA (Ef 5.25-6.2)

INTRODUÇÃO

tomar uma decisão, por isso você deve dar-lhes tempo.

Acima de tudo, e principal­mente, lembre-se de que é o Es­pírito Santo quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).

L A FAMÍLIA NA BÍBLIA1. Origem da família Gn 1.26-282. Queda da família Gn 3.63. Propósito imutável Gn 1.28

É. RESTAURAÇÃO DA FAMÍLIA1, Corrupção da família Tg 1.152, Compromisso de Deus At 16.313, Salvação da família Gn 7.1

III. OS MEMBROS DA FAMÍLIA1. Esposo Ef 5.252. Esposa Ef 5.223. Pais Ef 6.44. Filhos Ef 6.1,2

CONCLUSÃO

r : -------------------------- \APL1CAÇAO PESSOAL

Cada crente é"filho(a) de Deus", literal mente; sua vida é como uma "carta" de Cristo, conhecida e "lida" por todos. Que a mensagem de nossa vida seja abençoada e aben- çoadora, de tal modo que muitos encontrem o Caminho através do

j

( ARESPONDA

1) Quais as três seções distintas de um sermão?

2) Cite um dos cuidados que se deve tomar na introdução de um sermão.

3) Quais elementos devem ser considerados na conclusão da mensagem?•

V.

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SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

LIÇAO 7

TIPOS DE SERMÃO

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Avalie aonde está o enten­dimento de seus alunos sobre a Homilética, se ainda possuem dú­vidas ou se estão em franco pro­gresso. Isso é importante para que compreendam a forma de traba­lhar com cada tipo de Sermão.

Incentive-os a criar seus pró­prios sermões, mesmo que não tenham pretensões maiores, pois isso os ajudará a expor a Palavra com mais confiança,

Você mesmo deve se preparar para esta aula. Pesquise temas e textos bíblicos para trabalhar seus próprios sermões. A prática o aju­dará a ministrar a aula com mais confiança e habilidade.

Observe que para um bom en­tendimento da mensagem é preciso que o ouvinte saiba como aplicá-la em sua vida diária, daí a importân­cia de buscar, a cada momento da elaboração do Sermão, a presença do Espírito Santo, pois é Ele quem ministrará a verdade aos corações.

OBJ ET1VOS

• Conhecer as três categorias do sermão apresentadas; temático, textual e expositivo.

• Elaborar um esboço de ser­mão temático

• Preparar e pregar sermões com eficácia.

PARA COMEÇAR A AULA

Em uma folha de cartolina es­creva a palavra SALVAÇÃO. Peça aos alunos que acrescentem outras palavras abaixo. Depois peça que as correlacionem à palavra princi­pal e busquem um versículo bíblico que tenha a mesma relação.

Em outra cartolina, escreva um versículo bíblico e peça para que escrevam palavras de sua experiên­cia diária que se apliquem a ele. Por último, solicite que reflitam de que forma as palavras e versículos se aplicam ao seu cotidiano.Após ouvir dois alunos, aproveite para começar a expor a lição. Boa aula.

RESPOSTAS DA PÁGINA 34

1) Determinar o alvo, coletar e organizar a matéria.

2) Temático, textual e expositivo.

3) Aplicação e apelo.

PALAVRAS-CHAVESermão * Tema * Divisões

[

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Lição 7 -Tipos de Serm ão

LEITURA COMPLEMENTAR•%A medida que você aprende a preparar e pregar sermões, lembre-se

que o poder da salvação não está na pessoa que prega nem no método que emprega. O Evangelho de Jesus Cristo é o poder da salvação. 0 Apóstolo Paulo colocou esta verdade em perspectiva para nós: "Porque não me en­vergonho do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Rm 1.16). Nunca precisa envergonhar-se do Evangelho! É a mensagem de Deus, apoiada pelo Seu poder e com resultados garantidos. Pregue com con­fiança, e veja o que Deus pode fazer! (...)

0 planejamento é necessário para a boa pregação. Uma ou duas vezes por ano você deve olhar para trás, para onde você já esteve, e olhar para frente, para onde você vai na sua pregação. Evite pregar textos, assun­tos, e mensagens idênticos ou semelhantes. Como Paulo, pregue todo o propósito de Deus (At 20.26-27). Estude cuidadosamente seus padrões e pregação para ver se você não está negligenciando as grandes verdades e os grandes textos das Escrituras.

Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus”- (1CI, São Paulo, 2007, págs. 139,140).

_________________________ J

II

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Estudada em ___ /___ /

TEXTO ÁUREO"Porque não nos pregam os a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como

Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por am or de Jesus ”

2Co 4.5<■ i í

Verdade Pratica0 serm ão deve ter base bíblica

e o fo co em g lorificar a Jesus Cristo.

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - Mt 16.18A Igreja está firmada na Rocha T erça-2P e 1.20,21 A vontade de Deus registrada Quarta - Êx 4.12 Promessa de inspiração Quinta - ICo 2.13 0 Espírito Santo ensina Sexta - Mt 10.19 Palavras certas na hora certa Sábado - IPe 1.11 Testemunhos sobre a salvação

LEITURA BÍBLICA

2 Coríntios 4.3-5

3 Mas, se o nosso evangelho ain­

da está encoberto, é para os que

se perdem que está encoberto,

4 nos quais o deus deste século

cegou o entendimento dos incré­

dulos, para que lhes não resplan­

deça a luz do evangelho da glória

de Cristo, o qual é a imagem de

Deus.

5 Porque não nos pregamos a nós

mesmos, mas a Cristo Jesus como

Senhor e a nós mesmos como vos­

sos servos, por amor de Jesus.

Hinos da Harpa: 166-171 - 291

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Lição 7 *Tipos de Serm ão

TIPOS DE SERMÃO

INTRODUÇÃO

I. SERMÃO TEMÃTICO

JL Conceito

2. Como Preparar

3. Exemplo Mt6.9

INTRODUÇÃO

Há muitos tipos de sermão e vários meios de classificá-los.Estudaremos, nesta lição, os mé-

*todos mais utilizados. De acor­do com a Homilética, um sermão é geralmente classificado como temático, textual ou expositivo. Lembrando que a fonte inspirado- ra, para a construção de um ser­mão, sempre deve ser as Sagradas Escrituras.

I. SERMÃO TEMÁTICOII. SERMÃO TEXTUAL

1. Conceito

2. Como Preparar

3. Exemplo jo 102728

III. SERMÃO EXPOSITIVO

1. Conceito

2. Como Preparar

3. Exemplo Sli.i-6

APLICAÇÃO PESSOAL

1 .Conceito. O sermão tem áti­co é aquele cujo desenvolvimen­to é baseado em um tema central. Suas principais ideias e divisões giram em torno do mesmo, inde­pendente do texto bíblico utili­zado. Ele é fácil de ser preparado e não requer muita exegese ou interpretação do texto sagrado, além do fato de o ouvinte ter mais facilidade de gravar e assi­milar a mensagem ouvida.

Um dos grandes serm ões tem áticos foi o de Jonathan Ed- wards, sob o título: Pecadores nas mãos de um Deus irado, pregado em 8 de Julho de 1741. Você talvez nunca tenha lido ou ouvido este serm ão, mas é bem provável que já tenha ouvido falar de seu tema. Após esco­lher o tema de sua mensagem, o pregador deve buscar textos bí­blicos que o apoiem no assunto escolhido.

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Lição 7 Tipos de Serm ão

2. Como Preparar, A fim decompreendermos com maior clareza o conceito de um sermão temático, veremos como se pre­para um.

a) Escolha do tema. O primeiro ponto deve ser a escolha de um tema, que pode ou não requerer um versículo bíblico como base. Isso nao quer dizer que a men­sagem não seja bíblica. Embora o sermão temático não se baseie diretamente em um versículo, o ponto de partida do quai sua ideia central se desenvolve geralmente é um versículo bíblico.

b) Em busca de versículos. Após a escolha do tema, ire­mos em busca de versículos que apoiem a ideia central do tema escolhido. Neste ponto, a ajuda de uma Concordância Bíblica é de grande utilidade.

c) Os tópicos principais. Os tó­picos são as divisões que o prega­dor usará para expor o tema cen­tral do sermão. Elas devem ser organizadas numa ordem lógica, ou cronológica, que demonstre o desenvolvimento natural da te­mática, tendo como base um ou mais versículos bíblicos. O ser­mão deve possuir divisões, pois permite um melhor aproveita­mento do tema, levando os ouvin­tes a compreender gradualmente o assunto abordado.

d) Os sub tópicos. Os sub tópi­cos têm a finalidade de desen­volver a ideia contida no tópico principal, e seguem o mesmo

princípio, derivando da ideia cen­tral. Entretanto, é necessário que os subtópicos estejam subordina­das ao tema principal.

3. Exemplo.

---------------------------------------------CONHECENDO OS

FILHOS DE DEUS (Mt 6.9)

Introdução: Vamos descobrir, na Bíblia, quem são os Verdadeiros filhos de Deus.

í. OS QUE O RECEBERAM Jo 1.12

II. OS QUE SÃO GUIADOS PELOSEU ESPÍRITO R m 8.14

III. OS QUE SÃO DISCIPLINADOSPELO SENHOR Hb 12.5-11

Conclusão: Você já é filho de Deus? Você quer ter o direito de ser filho de Deus?_______________________________________________________ JII. SERMÃO TEXTUAL

1. Conceito. O sermão textual é aquele baseado em um peque­no texto ou versículo bíblico. Os tópicos principais sao derivados do mesmo, podendo cada frase do texto constituir um ponto a ser pregado.

No sermão textual o pregador traz seu ouvinte para dentro do texto bíblico e usa o texto como linha de raciocínio para o sermão.A maioria dos pregadores em evi­dência no cenário brasileiro prega ou sermões temáticos ou textuais, e raramente se detém no sermão expositivo.

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Lição 7 -Tipos de Serm ão

2 . Como Preparar. Ü prega­dor que se dedica ao estudo das Escrituras não encontrará difi­culdades em preparar um ser­mão textual.

a) O Texto escolhido. Na pre­paração do sermão textual, o pri­meiro ponto deve ser a escolha de um texto como base, que pode ser constituído apenas por uma linha do versículo bíblico, um versículo todo ou mais versículos.

b) 0 Tema. 0 sermão textual inicia com um texto-base que nos mostrará a ideia central da men­sagem. Diferentemente do ser­mão temático, no sermão textual o próprio texto escolhido oferece o tema para o sermão.

c) Os tópicos principais. Os tó­picos principais neste tipo de ser­mão devem, obrigatoriamente, ser originadas de verdades ou princí­pios oriundos do próprio texto es­colhido. Para isto, devem ser em- basadas em versículos ou partes do texto que expressem verdades relevantes.

d) Os sub tópicos. Os subtópi- cos são o desenvolvimento das ideias contidas nos respectivos tópicos principais, e podem ser retiradas do texto base, ou de ou­tros textos, desde que tenham al­guma relação com a ideia central contida no texto.

3. Exemplo.\

“AS OVELHAS DO BOM PASTOR” (Jo 10.27,28)

Introdução: Quais são as característi­cas das ovelhas de Cristo?

L OUVEM A VOZ DO PASTOR v27

1. “As Minhas ovelhas”2. “Ouvem a minha voz51

IL SÃO CONHECIDAS PELO PASTOR v27

1. “Eu as conheço”2. Conhece tudo que se passa

VII. SEGUEM OS PASSOS DO PASTOR1. “Elas me seguem”2. Segurança no caminho

IV. RECEBEM VIDA ETERNA v28

1. “Eu lhes dou vida eterna”2. “Não perecerão”3. “Ninguém as arrebatará de

minhas mãos"

Conclusão: O privilégio de ser ovelha do bom Pastor é presente, permanen­te e eterno.

v______________________ J

III. SERMÃO EXPOSITIVO

1. Conceito. 0 sermão expositi- vo é aquele cuja função é explicar o texto das Escrituras, interpretando e expondo detalhadamente o as­sunto abordado. Essa interpretação pode basear-se em vários versículos de uma mesma passagem bíblica. Pode ser um parágrafo, um capítulo, ou até um livro inteiro da Bíblia.

Essencialmente, o que o distingue do sermão textual é a extensão do

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Lição 7 -Tipos de Serm ão

texto bíblico utilizado. 0 sermão ex- positivo não é apenas um comentário bíblico, e sim uma análise minuciosa, detalhada e lógica da Bíblia, devendo fazer uma conexão entre o texto e os ouvintes. 0 próprio Jesus utilizava-se de sermões expositivos ao contar e, em seguida, interpretar uma pará­bola, aplicando ao cotidiano de Seus seguidores, mostrando assim que a pregação expositiva é um excelente método de ensino das Escrituras.

2. Como Preparar.a] Escolha da passagem bíblica.

0 primeiro passo é selecionar a passagem bíblica que será a base do sermão, pois no sermão expo- sitivo o tema é extraído de vários versículos. Deste modo, é neces­sário ler e reler o texto, meditar com afinco, a fim de entender qual é a ênfase principal da Palavra de Deus nessa passagem escolhida.

b) Tópicos e subtópicos. No sermão expositivo, todos os tó­picos principais, assim como os subtópicos, desenvolvem-se a partir do texto bíblico escolhido. Em suma, esse sermão consiste na exposição da passagem bíbli­ca. Assim, para uma melhor com­preensão, é necessário pesquisar e entender questões como:

a) O contexto histórico e geo­gráfico da época

b) 0 ambiente literário que o autor bíblico viveu.

c) pensamento religioso da época.Isso servirá para compreen­

der e esclarecer o que a passagem

quer ensinar e como ela pode ser aplicada em nossa vida.

3. Exemplo.c A

“O HOMEM BEM-AVENTURADO E O ÍMPIO” (S11.1-6)

Introdução: Vamos descobrir quem é0 homem bem-aventurado.

1 O HOMEM BEM-AVENTURADONÃO FAZ v1

1. Ele não anda “segundo oconselho dos ímpios"

2. Ele não perde seu tempo “nocaminho dos pecadores”

3. Ele não se satisfaz nos prazeres"dos escamecedores”

II O HOMEM BEM-AVENTURADO FAZ v.21 Ele tem prazer “na lei do Senhor"2. Ele se alimenta da Palavra "dia e noite”

III O HOMEM BEM-AVENTURADO É v.31. Como uma árvore plantada

junto a ribeiros de águas2. Uma árvore que não deixa

de produzir fruto3. Uma árvore que nunca envelhece:

“as suas folhas não cairão”4. “tudo que fizer prosperará”

IV HOMEM ÍMPIO v 4,5t. É o oposto do homem

bem-aventurado2. “como a moinha que o vento espalha”3. “Não prevalecerá no Juízo vindouro”4. Nem pecadores na

congregação dos justos

Conclusão: “O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.” (v.6). Qual des­tes dois você deseja ser?

V________________ )45

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Liçao 7-Tipos de Sermão

Por fim, o mensageiro deve levar em conta que, embora ele crie o ser­mão e capriche na elaboração do es­boço, a mensagem vem de Deus. Ele proclama e explica a mensagem que recebeu; mas sua mensagem não é original, ela lhe é dada (2Co 5.19). 0 sermão que flui das páginas das Escrituras Sagradas, por mais bem elaborado que seja, não é a palavra do pregador, é a Palavra de Deus.

. . . . . . . .

RESPONDA1) Quais cuidados devem ser tom ados na preparação da m ensagem ?

APLICAÇÃO PESSOAL

Faça seu esboço, mas ore a Deus pedindo a Ele graça para ministrar um bom sermão, para tocar pro­fundamente o ouvinte. 0 primeiro a ser tocado pelo sermão é quem o está preparando.

2) Quais são os três tipos de serm ão apresentados na lição?

3) Q uais elem entos devem ser considerados na conclusão da m ensagem ?

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LIÇÃO 8

PODER DE DEUS NA MENSAGEM

S H H

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Professor, como líder que é, você sabe que deve ser exemplo em tudo para seus alunos. Neste momento não será diferente, pois o ensino também requer inspira­ção divina. Quantas vezes você já se encontrou desqualificado, mas na sua iniciativa em aprender mais para fazer o melhor, o Espí­rito Santo interveio e fez além do que você pensava.

Agora chegou o momento de compartilhar a sua experiência com os alunos e, através da lição, demonstrar o quanto é importan­te depender do Espírito Santo.

Temos autoridade para falar da­quilo que já experienciamos e, neste momento, ela será necessária.

Converse com irmãos que ha­bitualmente pregam a Palavra, faça-lhes perguntas pertinentes à lição e anote as respostas. Anali­se-as e tire conclusões. Use como exemplos durante a aula.

OBJETIVOS

• Compreender que não há po­der e unção sem vida inspirada.

• Entender que o Espírito San­to nos auxilia na missão de pregar a Palavra.

• Saber que o Espírito Santo traba­lha em todas as etapas da mensagem.

PARA COMEÇARA AU LALeve para a sala de aula três

copos ou vasos pequenos de mate­riais diferentes (aço, gesso e plás­tico, que possam ser descartáveis) e uma garrafa com água. Converse com seus alunos sobre as caracte­rísticas de cada material que torna o copo resistente ou não.

Aplique-as à vida espiritual, ten­do como foco principal o pregador, mas não somente ele, pois tende­mos a apontar defeitos e a escon­der as mãos. Suas vidas também precisam ser avaliadas. Se quiser, encha-os com água e lance-os ao chão, demonstrando que, quando confrontados, alguns não resistirão.

RESPOSTAS DA PÁGINA 521) Mensagem e vida pessoal inspiradas,2) Quando nos recusamos a pregar a Palavra,3) Antes, durante e depois.

PALAVRAS-CHAVEVida Pessoal * Preparação * Ação * Espirito Santo * Mensagem

i

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Lição 8 - Poder de Deus na Mensagem

LEITURA COMPLEMENTAR

Lembre-se que o estudo das Escrituras é um pouco diferente do es­tudo de livros comuns. Seu objetivo principal é saber o que a Bíblia diz e compreender o que significa. A maior fonte de ajuda que você tem é o Espírito Santo, jesus disse: 'Quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (|o 16.13).

As Escrituras são a revelação divina. Por esta razão, devemos depen­der do ministério de ensino do Espírito Santo para no$ guiar em toda a verdade. Há duas razões por que devemos ser ensinados pelo Espírito.Em primeiro lugar, somente o Espírito sabe tudo a respeito de Deus. Em segundo lugar, somente o Espírito Santo pode revelar as coisas de Deus.

Existem ajudas para o estudo a serem usadas sempre que temos opor­tunidade. Ao mesmo tempo, recebemos ajuda especial do Espírito dentro de nós. Verifique Mateus 16.13-17 e leia como Pedro entendeu que jesus era o Cristo. Você perceberá que esta verdade lhe veio mediante a revela­ção do Pai e não pela compreensão ou experiência humana. (...)

0 amor de Cristo deve ser a força governante em todas as pessoas que ministram... (2Co 5.14,15). Nenhum motivo para o ministério é suficien­temente bom nem suficientemente forte sem o amor de Cristo para lhe dar relevância e poder. Um advogado, ou médico, ou comerciante, podem servir aos homens por motivos dignos, mas o ministro deve ser constran­gido pelo amor de Cristo.

Certo jovem pregador disse, um dia: "Eu amo pregar!" Um ministro mais velho respondeu: "Sim, mas você ama as pessoas?" "0 amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5.5). Como Paulo, você, também, pode ser dominado pelo amor.

Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICI, São Paulo, 2007, págs. 29,30).

v _______________________________________________________________________ J

TI

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Estudada em__ /__ /

LIÇÃO 8

PODER DE DEUS NA MENSAGEM

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - GJ 5.160 Espírito Santo dirige a nossa vida Terça - Jo 16.13Ele nos ensina a vontade de DeusQuarta ■ lTs 5.19Não atrapalhe a ação do Espírito SantoQuinta - Rm 5.50 Espírito nos enche de amorSexta - At 1.140 Espírito derramado em meio a oração Sábado - At 1.8Ele nos capacita para testemunhar

LEITURA BÍBLICA

1 Coríntios 2.4-74 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persua­siva de sabedoria, mas em demonstra­ção do Espírito e de poder,5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.6 Entretanto, expomos sabedoria en­tre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos po­derosos desta época, que se reduzem a nada;7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória;

Hinos da Harpa: 358 - 387 - 491v_________ ___________J

Texto áureo“A minha palavra e a minha pregação não consistiram

em linguagem persuasiva de sabedoria , mas em dem onstração

do Espirito e de poder." ICo 2.4

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Lição 8 - Poder de Deus na Mensagem

INTRODUÇÃOr \PODER DE DEUS NA MENSAGEM

INTRODUÇÃO

I. AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

1. Não entristecer o Espírito E/4.30

2. Não apagar o Espírito iTsS.19

3. Ser cheio do Espírito EfS.18

U. AÇÃO NA PREPARAÇÃO

1. Na preparação 2Tm2A5

2. Na escolha da mensagem iCo3.2

3. Exemplos iCo32

III. AÇÃO NA PREGAÇÃO

1. Antes da mensagem At 10.30-33

2. Durante a mensagem iCo2A

3. Depois da mensagem J0 I6.7-11

APLICAÇÃO PESSOAL

Nos tempos de Jeremias, levan­taram-se falsos profetas, ensinan­do falsas doutrinas, de acordo com os seus pensamentos, e Deus diz a Jeremias: ,fMas, se tivessem esta­do no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo.." [Jr 23.22]. Ou seja, se estivessem com Deus, teriam aju­dado o povo a ouvir a Deus e não atrapalhado, proclamando ensina­mentos humanos.

L AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Devemos depender do Espí­rito, nos esforçando sempre para não entristecer ou apagar o Espí­rito Santo que habita em nós,:

1. Não entristecer o Espírito.Em Efésios 4.30, o apóstolo Paulo nos exorta a não entristecer o Es­pírito Santo. Mas o que significa isto? Significa não conviver com o pecado, seja ele por pensamen­to ou ação. Se um pai diz a seu filho para não fazer algo, e este filho não lhe dá ouvidos, e faz de qualquer forma, isto entristece o coração do pai. Da mesma forma, entristecemos o Espírito Santo quando pecamos. Quando o Espí­rito nos "incomoda" sobre deter­minado pecado, precisamos pedir perdão e renunciarão pecado pelo poder de Deus que em nós opera pela sua graça (Pv 28.13].

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A pregação que cumpre a sua missão é aquela que está equi­librada em dois princípios: a mensagem á inspirada, e a vida do pregador, também. Como sa­bemos a Bíblia é inspirada por Deus, quando pregamos a Bíblia, cumprimos parte da missão; agora, resta avaliar a nossa parte e analisar a vida pessoal, porque é impossível dissociar a mensa­gem pregada da vida de quem a prega.

0 pregador que vai vencer o teste do tempo, que será con­sistente e permanente em sua missão, que não apenas pregará por empolgação, é aquele que decide deixar o Espírito tomar conta de sua vida e tratar o seu caráter. Ele entende que sua vida com o Espírito Santo não se resu­me apenas ao púlpito. Identifica posturas, atitudes e pensamen­tos que entristecem o Espírito Santo, os confessa e alcança o perdão ( l jo 1.9}.

2. Não apagar o Espírito. Nãodevemos apagar a chama do Espí­rito. 0 Apóstolo Paulo nos ensina em 1 Tessalonicenses 5.19 - "Não apagueis" ou "não extingais o Es­pírito." Extinguir significa: fazer que cesse de queimar e brilhar, acalmar, exterminar, deixar de existir. Quando abafamos o que o Espírito quer realizar, extingui­mos e apagamos a Sua presença, Quando dizemos SIM ao pecado, entristecemos o Espírito; quando

Quando você ministra, nem o talento, nem o treinamento, podem substituir o poder espiritual na sua vida/'

dizemos NÃO ao Espírito, apaga­mos sua presença ou operação.

Uma das maneiras que apa­gamos o Espírito é não comparti­lhando nossa fé através do evan- gelismo pessoal. De acordo com pesquisas realizadas em vários países, cerca de 90% dos evangé­licos não evangeliza. Apenas 5% dos evangélicos estão discipulan- do um novo convertido e acom­panhando seu crescimento na fé. Quando nos recusamos a falar do amor de Jesus, apagamos o Espí­rito.

3. Ser cheio do Espírito. Je­sus prometeu a vinda do Conso­lador assim que subisse ao Pai (jo 14.16,17). Ele ordenou aos discí­pulos que não se ausentassem de Jerusalém até que fossem revesti­dos de poder (Lc 24.49). Antes de subir ao céu, reforçou novamente a promessa (At 1.8), Revestidos de poder, apesar de suas fraquezas, os discípulos revolucionaram o mundo da sua época (At 2.1-4; Cl 1.23; Mc 16.20). Ser revestido do poder do Espírito não é uma op­ção, é uma ordem. Não basta ape­nas não intristecer ou apagar, pre-

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cisamos, urgentemente, ser cheios do Espírito (Ef 5.18).

II. AÇÃO NA PREPARAÇÃO

0 Espírito Santo age na vida de quem prega e na mensagem compartilhada. Ele deseja arden­temente nos auxiliar na missão de compartilhar o Evangelho. Em João 14, a palavra Consolador também quer dizer: auxiliador, ajudador.

1. Na preparação. A prepara­ção é uma constante na vida de todo pregador bem sucedido. Mui­tos enforcam a preparação, justifi­cando que o próprio Espírito San­to vai de última hora revelar o que deve ser falado. Usam este pretex­to para apresentar uma confiança

*e intimidade com Deus. E verdade que Deus pode de última hora mu­dar a direção do que seria dito, to­davia isto é a exceção. Geralmente Ele fala e revela a Sua vontade na hora da preparação.

Para justificar esta falta de preparo, alguns citam Marcos 13.11: "Quando, pois, vos leva­rem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedi­do naquela hora, isso falai; por­que não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo". A questão é que, neste texto, o autor esta escrevendo a cristãos enfrentan­do a morte iminente pela perse­guição, e não a um grupo de pre-

liçã o 8 - Poder de Deus na Mensagem

Quem não prevalece com Deus em oração, não pode prevalecer com os homens na pregação."(Oswald Smith)

gadores preguiçosos. Paulo nos exorta: 'Procura apresentar-tea Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergo­nhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2,15).

2. Na escolha da mensagem certa . Uma das principais habi­lidades que uma vida dependen­te e cheia do Espírito Santo nos confere é a sensibilidade espiri­tual, principalmente para discer­nir as pessoas que nos escutam. Sem a ação do Espírito Santo não podemos conhecer o que a igreja necessita ouvir.

No livro de Apocalipse cartas são escritas às sete igrejas da Asia, indicando que cada uma destas igrejas tinha uma necessidade es­piritual específica. |oão não escre­veu para Filadélfia aquilo que era necessidade específica de Laodi- céia. O Espírito continua falando hoje da mesma forma, e nós somos os mensageiros que precisam ser sensíveis ao que Ele deseja comu­nicar à igreja: a mensagem certa, para a pessoa certa, na hora certa.

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Lição 8 - Poder de Deus na Mensagem

3. Exemplos. Em 2 Timóteo 4.2, Paulo doutrina o jovem Ti­móteo dizendo: "Prega a Palavra!". Mas que Palavra é esta? Timóteo teria que ser sensível à condição espiritual da igreja que estava pas­toreando, às pessoas que estavam lhe ouvindo. Por exemplo, Paulo também diz ao povo de Corinto: "Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais" (ICo 3.2). Paulo era ex­tremamente atento ao que aquela igreja estava pronta para receber.

Na prática, se uma igreja está morna e prestes a ser vomitada da boca do Senhor, talvez pregar so­bre prosperidade, embora bíblica, não seja o aconselhável (Ap 3.16).

III. AÇÃO NA PREGAÇÃO

A ação do Espírito Santo vai além da vida de quem transmite. Envolve todo o processo, incluin­do a mensagem compartilhada e a vida de quem recebe. Quando se entende que o Espírito Santo ja está trabalhando antes da mensa­gem, irá trabalhar durante a mi- nistração e seguirá trabalhando depois no coração de quem rece­be, entendemos como a ministra- ção é vazia sem o Seu agir. 1

1. Antes da mensagem. 0 Es­pírito Santo já está trabalhando na vida do ouvinte, muito antes de alguém compartilhar a Palavra (Jo

16.7-10). Ele cumpre Sua missão de apontar para Cristo e conven­cer o mundo do pecado. É como se fosse uma engrenagem, na qual nós somos uma peça, cujo papel é anunciar o melhor que podemos; e o Espírito completa o trabalho que já vinha fazendo para cumprir o Seu propósito.

Em Atos 10, Deus manda Pedro levar a Palavra de salvação para a casa de Cornélio em Jope. Quando Pedro finalmente chega e começa a falar, o Espírito Santo imediata­mente desceu sobre todos que lá estavam (At 10.44).

2. Durante a mensagem. Pormelhor que seja o esboço e o con­teúdo da mensagem, quando você prega é o Espírito Santo quem individualiza a mensagem para a necessidade específica de cada coração. Ele amolecerá o coração, tocará o espírito e a alma, desper­tará o desejo de uma nova vida.

0 interessante é que muitas vezes a nossa mensagem é im­perfeita e incompleta, mas o Es­pírito Santo preenche as imper­feições para que o Seu propósito se cumpra (ICo 2.4). Mesmo que fosse completa, do ponto de vista da estrutura homilética, mesmo assim, seria incompleta sem o agir do Espírito. Lembre-se: "a le­tra mata, mas o espírito vivifica" (2Co 3.6).

Por último, temos que enten­der que o ouvinte pode resistir ao agir do Espírito (At 7.51). O Espí-

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rito Santo não força ninguém a fa­zer nada. Muitos se desencorajam quando compartilham a mensa­gem, e ninguém se entrega a Cris­to, entenda que por mais que Deus queira salvar a todos, cada indi­víduo tem de escolher por si pró­prio. Não estão negando a você, mas a mensagem e ao propósito de Deus para suas próprias vidas.

3. Depois da mensagem.Quando você acaba a mensagem, o Espírito continua falando. Jesus, quando prometeu o Espírito San­to, disse que Ele nos faria lembra de tudo que Ele (Jesus) nos havia dito (Jo 16,7-11). 0 que chama a atenção no ministério de Jesus é que Ele não perdia nenhuma oportunidade de compartilhar a salvação. Ao longo do Seu mi­

Lição 8 - Poder de Deus na Mensagem

nistério, milhares foram salvos, mas muitos também rejeitaram a Sua mensagem. Mesmo assim, Ele pregava. Fazia isto porque a semente poderia florescer mais tarde, e pregou para que o Espíri­to Santo pudesse lembrar os Seus discípulos e seguidores de tudo o que dissera.

APLICAÇÃO PESSOAL

Somos agentes de Deus e não lutamos sozinhos. Somos coo- peradores de Deus e Deus coo­pera conosco. 0 Espírito Santo é o nosso Ajudador e aliado na sagrada missão de m inistrar a Palavra de Deus com unção e poder do Alto.

V_______ __________ J

\

RESPONDA1) Quais os dois princípios que levam a mensagem a cumprir a sua missão?

2) Em que situação apagamos a presença do Espírito?

3) Em quais momentos da mensagem o Espírito está trabalhando?

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LIÇÃO 9PREGAÇAO E SEUS DESAFIOS ATUAI S

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Nesta lição, demonstraremos aos alunos que a mensagem deve estar em uma linguagem com­preensível ao público ouvinte. Não adianta usar o "evangeliquês" para ouvintes não-crentes, por exemplo.

Também, mostrar que as apli­cações têm que ser relevantes aos ouvintes. Falar sobre educação de filhos a um público infantil não tem conexão com a realidade do público-alvo.

Conhecer as necessidades de cada público é essencial para que o objetivo da mensagem seja cum­prido. Desconsiderar isso pode ser frustrante tanto para o prega­dor quanto para os que o ouvem.

Deixe claro para os alunos que esta "adaptação" ao público ou­vinte não é, de forma alguma, de­turpação da Palavra de Deus. Pelo contrário, é demonstrar que a Bí­blia é um livro atual e relevante, e não velho e retrógrado.

OBJETIVOS

• Perceber a necessidade de co­nhecer o público-ouvinte.

•Distinguir o público ouvinte moderno.

• Atentar ao público não crente [evangelizar) e ao público crente [edificar).

PARA COMEÇARA AU LA

Faça duas colunas em uma car­tolina ou quadro branco e escreva acima da primeira coluna: "Socie­dade de 20 anos atrás"; na outra: "Sociedade de hoje". Peça aos alunos que falem quais características lem­bram da sociedade de 20 anos atrás, e coloque na primeira coluna. Na se­gunda, coloque as características da sociedade cie hoje. A ideia é mostrar as diferenças entre as mesmas.

Em um ponto da aula vamos ob­servar algumas características da sociedade atual e você poderá com­parar com o que foi colocado nas duas colunas iniciais.

RESPOSTAS DA PÁGINA 58

1} É a visão que temos de todas as cosas (cosmos).

2) A verdade é relativa; desvalorização da igreja.

3) O corpo visíveí de Cristo na Terra.

PALAVRAS-CHAVEContextualização • Cosmovisão * Edificação • Salvação

[

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Lição 9 - Pregação e Seus Desafios Atuais

LEITURA COMPLEMENTAR

A mensagem neotestamentária da pregação consiste em dois tópicos principais: 1) Jesus Cristo como Senhor e Salvador, cumprindo as pro­fecias do Antigo Testamento, e 2) um apelo ao arrependimento, à fé e à confissão do senhorio de Jesus. Este padrão de proclamação e apelo pode ser visto em vários lugares no Novo Testamento, inclusive na Parábola da Grande Ceia (Lc 14.16-24).

Aqueles que ministravam nos tempos do Novo Testamento davam mensagens de fé baseadas nos escritos do Antigo Testamento e nos en­sinos de Jesus. Em seguida, apelavam aos ouvintes no sentido de agirem à altura da mensagem que tinham ouvido. Todos quantos creram foram salvos, e o poder do Evangelho foi assim demonstrado (Rm 1.16,17). (...)

Outro aspecto da mensagem da salvação é o da reconciliação. Recon­ciliar é restaurar à comunhão ou fazer as pazes. As pessoas entre as quais vivemos e trabalhamos são pecadoras e, portanto, inimigas de Deus (Rm 5.10,11), Conforme já vimos, o relacionamento rompido entre Deus e as pessoas foi causado pelo pecado das pessoas (Gn 3.8-10; Is 59.2).

Mas Cristo morreu para remover esses pecados que foram a causa dessa hostilidade e dessa separação. Ao restaurar a comunhão entre Deus e as pessoas, Deus deu o primeiro passo para corrigir o problema: "Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Além disso: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (2Co 5.19). A mensa­gem da reconciliação, portanto, diz respeito ao ajustamento das diferen­ças entre Deus e as pessoas. Retifica as coisas. Mediante Jesus Cristo, as pessoas redimidas podem voltar a andar com Deus.

A Igreja, portanto, tem uma mensagem e um ministério de reconcilia­ção. Como crente, você fez as pazes com Deus. Agora, você que ministra às pessoas alienadas e perturbadas, recebeu um ministério de pacificação. Você deve agir em prol de Deus para persuadi-las a se reconciliarem com Ele (2Co 5.18-21).

Depois de uma pessoa ser reconciliada com Deus, torna-se responsá­vel pelo ministério de reconciliar os pecadores com Deus (2Co 5.18). As­sim como Deus estava fazendo paz no mundo mediante Cristo, assim tam­bém nós que somos crentes somos desafiados a sermos embaixadores por Cristo. E Deus está fazendo Seu apelo à humanidade através de nós.

Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICI, São Paulo, 2007, págs. 112,114).

V__________________________________________________JII

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Estudada em J ___ /

LIÇ Ã O 9

PREGAÇÃO E SEUS DESAFIOS

ATUAIS

TE)CrO ÁUREO"Fiz-me fraco para com os fracos,

com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar

alguns/' 1 Co 9.22

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - lTs 2.3-8Caráter e conduta do pregador Terça-2Tm 2.22-24 Instruir com paciência Quarta - 2Co 6.3-4 0 Senhor pode multiplicar Quinta - Tt 2.7-8 integridade e linguagem sadia Sexta - 2Co 6.3-4 Não ser motivo de escândalo Sábado - ICo 9.19-23 Todos precisam ouvir

LEITURA BÍBLICA

lCoríntios 9.19-2219 Porque, sendo livre de todos, fiz- -me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.20 Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os ju­deus; para os que vivem sob o regi­me da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei,21 Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do re­gime da lei.22 Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.Hinos da Harpa: 210 - 227 - 545

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Lição 9 - Pregação e Seus Desafios Atuais

PREGAÇÃO E SEUS DESAFIOS ATUAIS

INTRODUÇÃO

L COSMOVISÃO DA ATUALIDADE

1. A verdade é relativa Rm 1.21

2. Nao há autoridade T t3.1,2

3. A busca do prazer Rm 1.26

4. Desvalorização da Igreja Hb 10.25

IL MENSAGEM DE SALVAÇÃO

1. A mais importante }o3.ie

2. Jesus Cristo é a solução jo 8.36

3. Reconciliação com Deus Rm 5.1

III. PALAVRA DE EDIFICAÇÃO

1. A verdade não é relativa Jo 14.6

2. Há autoridade 2 T m 3 .i6 ,i7

3. Busca pelo que é certo Fp 4.8,9

4. Importância da Igreja iT m 3 . l5

APLICAÇÃO PESSOAL

INTRODUÇÃO

Imagine uma criança de qua­tro anos perguntando: "Por que temos de ficar de olho fechado durante a oração?”. A resposta pode ser simples como: "Para que as pessoas se concentrem unica­mente em Deus”.

0 questionamento é: a crian­ça entendeu a explicação? Prova­velmente não, pois a resposta foi muito objetiva e conceituai para a idade. Mais fácil, para a crian­ça, seria se explicássemos com um exemplo: "Se você fica de olho aberto vai ficar olhando para o amiguinho, para o desenho na pa­rede, para a roupa colorida da tia e vai acabar se esquecendo que está conversando com Deus”

Este é um exemplo simples, mas que retrata uma realidade: uma explicação deve ser em uma linguagem acessível para quem a ouve.

Nesta lição, iremos aprendera observar as características do pú­blico ouvinte para aplicar, de for­ma relevante, as verdades bíblicas,

I. COSMOVISÃO DA ATUALIDADE

Cosmovisão é a visão que te­mos do cosmos (do grego, palavra que designa o universo em sua to­talidade}. É a visão que temos de todas as coisas, do mundo em que vivemos.

A cosmovisão é construída

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Lição 9 - Pregação eSeus Desafios Atuais

através da educação e de informa­ções que recebemos e interpreta­mos desde a infância.

Há um provérbio judeu que afirma: "Nós não vemos as coisas como elas são, e sim como nós so­mos” Portanto, para entender como as pessoas enxergam a vida, a fé, a religião etc, precisamos conhecer e compreender quem elas são.

Conhecendo as pessoas, teremos condição de aplicar melhor os prin­cípios bíblicos na vida do ouvinte.

Para alcançar esta geração com uma mensagem relevante, pertinente e coerente, precisamos conhecer as principais caracterís­ticas da cosmovisao da atualidade, conforme listamos abaixo:

1. A verdade é relativa. Cada pessoa escolhe a sua própria ver­dade. As pessoas não têm mais uma fonte comum de valores. Cada um acredita no que quer e no que lhe convém (Rm 1.21).

Na Igreja não deve ser assim, pois temos a Bíblia como fonte co­mum, nossa regra de fé e prática.

2. Não há autoridade. Nin­guém tem autoridade sobre nin­guém. A geração atual entende que a orientação dos pais, pro­fessores e pastores, assim como da Bíblia, é mera opinião pessoal, que deve ser respeitada, mas não imposta. Ninguém manda em nin­guém. Cada um cuida da sua vida e decide o que é aceitável para si próprio (2Tm 3.1-5; Tt 3.1,2).

A bendita esperança da vinda do Senhor é um dos maiores motivos do crente para viver uma vida pura e produtiva"

3. A busca do prazer. Ora, se não há valores absolutos, e se não há a quem obedecer, a pessoa vai es­colher o que lhe dá mais prazer. Por que sofrer por algo que não se acre­dita? isso é hedonismo (Rm 1.26).

Se a pessoa entende que a fa­mília não é um valor a ser pre­servado, quando acontecer algum problema, na cabeça dela, o me­lhor é se separar do que lutar pela manutenção do casamento.

4. Desvalorização da Igreja.A sociedade atual busca a espi­ritualidade, o algo a mais, o so­brenatural, mas não quer mais se envolver com a instituição igreja. Não quer mais ficar presa a um grupo formal de fiéis. Prova disso é a grande rotatividade que ve­mos nas igrejas, cujo número de assistentes, em muitos casos, tem se tornado maior que sua própria membresia.

"Não gostei da música dessa igreja” ou "Não gostei do sermão" são motivos suficientes para a pes­soa mudar de igreja e deixar de se comprometer com a edificação do Corpo de Cristo local (Hb 10.25).

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Lição 9 - Pregação e Seus Desafios Acuais

II. MENSAGEM DE SALVAÇÃO

A mensagem de salvação visa a alcançar o coração de todos os pecadores, pois "todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Ela não pode ficar retida ao ambiente do púlpito, nem exclusiva aos pregadores profissionais. Antes, ela deve ser pregada por todos os salvos em Cristo, por todos os meios e em todos os lugares possíveis.

0 pregador deve entender os desafios e a cosmovisão da atua­lidade para tornar a mensagem o mais relevante possível à vida dos ouvintes, de modo que desejem seguir a fesus e saibam que isto lhes trará vida feliz e eterna. 1

1. A mais importante. De to­dos os temas da pregação bíblica, nenhum é mais importante do que comunicar as boas novas da salvação. É básico, porque sem uma resposta à mensagem da salvação, não haveria razão de ser para outras mensagens. Je­sus ordenou a Seus seguidores: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”, proclamando a mensagem de salvação como tes­temunho a toda a humanidade (Mt 28.19; 24.14).

Além disso, Jesus tornou clara a questão em jogo: "Quem crer e for batizado será salvo; quem, po­rém, não crer será condenado” (Mc 16.16; Jo 3.15-21, 36). Nada menos do que a vida eterna versus a mor­

te eterna está em jogo quando a mensagem da salvação é pregada.

2. Jesus Cristo é a solução. 0tema da salvação reside no fato de que somente Jesus Cristo é a solu­ção para o problema do pecado (Jo 8.36). Visto que o pecado resulta na morte espiritual, uma pessoa deve renascer espiritualmente. Lembre-se sempre que, quando você prega a respeito do problema do pecado, sempre deverá incluir a mensagem da esperança ofere­cida pelo Salvador. Assim como as pessoas nascem nas suas respec­tivas famílias, devem nascer tam­bém na família de Deus.

0 nascimento espiritual requer que as pessoas se arrependam dos seus pecados e voltem-se comple­tamente contra eles (At 2.37-39). Devem, além disto, confiar em Je­sus para o perdão dos pecados e confessar que Ele é o Senhor da sua vida (At 16.30-31; Rm 10.9,10).

Quando as pessoas aceitam as provisões da salvação, nascem de novo pelo Espírito de Deus (2Co 5.17). Quando o Espírito toma o controle das suas vidas, ficam es­piritualmente vivificadas e cons­cientes do seu relacionamento com Deus, como Seus filhos ama­dos (Rm 8.10-16).

3. Reconciliação com Deus.Outro aspecto da mensagem da salvação é o da reconciliação. Re­conciliar é restaurar a comunhão ou fazer as pazes. As pessoas entre

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Lição 9 - Pregação e Seus Desafios Atuais

as quais vivemos e trabalhamos são pecadoras e, portanto, inimi­gas de Deus (Rm 5.10,11). O rela­cionamento rompido entre Deus e as pessoas foi causado pelo peca­do (Gn 3.8-10; Is 59.2). Mas Cristo morreu para remover os pecados que causaram essa hostilidade e essa separação.

Ao restaurar a comunhão en­tre Deus e as pessoas, Deus deu o primeiro passo para corrigir o problema: "pelo fato de ter Cris­to morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Além disso: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (2Co 5.19). A mensagem da re­conciliação, portanto, diz respei­to ao ajustamento das diferenças entre Deus e as pessoas. Retifica as coisas. Mediante Jesus Cristo, as pessoas redimidas podem vol­tar a andar com Deus (Rm 5.1).

A Igreja, portanto, tem uma mensagem e um ministério de re­conciliação. Como crente, você já fez as pazes com Deus. Agora, você deve ministrar às pessoas cheias de conflitos e sem esperança, pois recebeu um ministério de pacifi­cação. Você deve agir em prol de Deus para persuadi-las a se recon­ciliarem com Ele (2Co 5.18-21).

III. PALAVRA DE EDIFICAÇÃO

A palavra de edificação visa alcançar o coração do ouvinte que já é crente. Tendo em mente

as características da cosmovi- são prevalente no mundo hoje, devemos contextualizar a nossa mensagem para trazer relevância à vida dos fiéis e fortalecer a sua esperança eterna.

1. A verdade não é relativa.Sabemos que a verdade não é re­lativa e sim absoluta; ela se apli­ca de forma universal, a todas as pessoas. A Bíblia não é apenas útil, mas inspirada pelo nosso Deus para nos orientar (2Tm 3.16,17). Aliás, a própria Bíblia afirma que Jesus é a Verdade e que esta Ver­dade nos liberta (Jo 8.32; 14.6). Como dizer que a verdade é relati­va? De forma alguma; para o cris­tão, a verdade é absoluta.

2. Há autoridade. A autorida­de emana das Escrituras. Até uma criança terá autoridade, se usar a Bíblia, para ensinar ou admoestar (Lc 18.17; 2Tm 3.16-17).

3. Busca pelo que é certo. Ageração moderna busca o prazer pelo prazer; o cristão, não. O cren­te tem uma verdade absoluta e a autoridade que vem da Palavra de Deus. A igreja tem valores pelos quais sofre, persevera e permane­ce (Fp 4.8,9).

4. Importância da Igreja.Existe a igreja invisível, mas existe a igreja visível, ou local. Uma não vive sem a outra.

A instituição igreja é necessá-

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Lição 9 - Pregação eSeus Desafios Atuais

APLICAÇÃO PESSOALria para se tornar o Corpo de Cris­to visível aqui na terra (lTm 3.15). Não podemos ficar trocando de igreja segundo a nossa vontade ou prazer. Deus quer nos usar como corpo de Cristo, como a igreja lo­cal, para alcançar outras pessoas para Cristo (Hb 10.25).

Os desafios modernos da vida nos impõem adequar a linguagem mantendo a mensagem que todos são pecadores e só Jesus salva.

v ___________ ____________ )

RESPONDA

1) O que é cosmovisão?

2) Cite duas características da geração moderna.

3) O que a instituição Igreja representa no mundo de hoje?

C __________________________________________________

boosnovos

^ C o o ÿk p b y

o a s n o v a s t v

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LIÇÃO 10

SINAL VERMELHO NO PÚLPITO

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o supíemento do professor, todo o conteúdo de cada íição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÀO PEDAGÓGICA

OB) ETIVOS

Nesta lição, em que trataremos da conduta adequada de quem as­sume o púlpito. Ressalte a impor­tância do cuidado com a vida espi­ritual, o caráter e o comportamento do pregador e de todo cristão autên­tico. Belos sermões podem passar desapercebidos se uma dessas três coisas for negligenciada.

Ensine conselhos práticos para os que almejam o episcopado. Você mesmo deve ser um exemplo a ser seguido. Na sala de aula, evite hábi­tos como mexericos, conversas tor­pes, cuide de sua aparência e com­portamento. Lembre-se que seus alunos falarão de você em algum momento, e é bom que falem bem.

Leia com eles o texto áureo e faça uma breve reflexão. Mostre que eles também estão sendo observa­dos por outras pessoas e, estejam onde estiverem, devem ter compor­tamento exemplar, e, se falharem, que saibam pedir perdão e retomar o caminho (Ap 2.5).

PALAVRAS-CHAVEPós-moderno • Ansiedade • Qualidade V

• Reconhecer o púlpito como lugar sagrado de onde emana a voz de Deus.

• Compreender que a língua deve ser usada para edificação da Igreja.

• Entender que há assuntos que só competem ao pastor da igreja

PARA COM EÇAR A AU LA

Antes da aula, combine com um de seus alunos, que durante a introdução da lição, ele deve participar mantendo um comportamento estranho e tentar iniciar conversas, reprimindo algu­mas atitudes do professor. Neste mo­mento, pode ser que algum aluno o re­prove e até tente defender o professor.

Aproveite para acalmar os ânimos e revelar a encenação combinada para demonstrar que assuntos dessa natu­reza devem ser conversados neserva- damente, e não na sala de aula ou no púlpito da igreja. Ressalte também que isso pode causar dissensões, pois nem todos concordarão com o que está sen­do faiado e do modo como foi exposto.

RESPOSTAS DA PÁGINA 64

1) A sua conduta adequada.

2) Aparência pessoal

V 3) Ao pastor da igreja.

I

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Lição 10 - Sinal Vermelho no Púlpito

LEITURA COMPLEMENTAR

Paulo começa a lista de qualificações para aqueles que ministram, dizendo que devem ser irrepreensíveis. Isto não significa que serão perfeitos. Mas significa que devem esforçar-se para m erecer bom testemunho dos de fora, não tendo contra eles nenhuma acusação de imoralidade ou de falsa doutrina. Quem ministra deve ser notável pela sua honestidade, pureza e retidão. Estas virtudes são parte im­portante do bom caráter cristão. Este requisito é repetido duas vezes em Tito 1.6-7. Eeia-o em sua Bíblia.

A primeira carta de Paulo a Timóteo faz umas exigências especí­ficas no tocante à vida familiar de quem serve na Igreja. A fim de sa­tisfazer estes requisitos o homem deve ser marido de uma só mulher e deve governar bem a sua própria casa. A pessoa que ministra deve sempre ser um bom exemplo de moralidade cristã na sua família. Deve governar a sua família com tamanha retidão e amor que seu respeito por ele a leve a honrar a sua liderança. O Apóstolo demons­tra uma semelhança entre a vida da Igreja e a sua família. Se um ho­mem não sabe governar a sua própria casa, não pode cuidar da igreja de Deus. jesus ensinou este princípio nas seguintes palavras: "Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei" (Mt 25.21).

0 ministro cristão deve ter domínio próprio, ser sóbrio e ordeiro.São estas as características de um homem bem comportado, de um cavalheiro. Não deve haver nada de grosseiro nem impróprio na con­versa nem na conduta de um ministro. Tanto nas suas maneiras como na sua aparência ele deve representar bem o Evangelho que prega.

No que diz respeito ao ministério propriamente dito, Paulo diz três coisas na sua carta a Timóteo. Em primeiro lugar, quem ministra deve dar as boas-vindas aos estranhos, (...) Em segundo lugar, Paulo diz que aquele que ministra deve ser apto para ensinar. Visto que uma responsa­bilidade principal daqueles que ministram é ensinar as Escrituras para outras pessoas, o ministro deve ser um ensinador capaz. (...) Kinalmen- te, Paulo desencoraja os que são novos na fé de entrarem no ministério.0 novo convertido é como a semente recém-plantada. Precisa de tempo para crescer, para desenvolver-se, para frutificar.

Livro: “Hom ilética: M inistrando a Palavra de D eu s” (ICI, São Paulo, 2007, págs. 21 -23).

V_________________________________________________ Jtl

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Á

Estudada em ___ /___ /

iL1ÇÀO 10

( ^DEVOCIONAL DIÁRIO

SINALVERMELHO NO

PÚLPITO

Texto aureo"Tem cuidado de ti mesmo e da

doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus

ouvintes." 1 Tm 4.16

Segunda - Pv 9.9Sabedoria e prudência contínuas Terça - ITm 5.1,2Trato com os mais velhos e o sexo oposto Quarta - Ef 6:10-17 Postura íntegra Quinta - 2Tm 1.13-14 Esforço para ser um modelo Sexta - Pv 15.4; 16.24 Palavras sensatas produzem vida Sábado-2Co 10.13-15 Obedecer aos limites

LEITURA BÍBLICA

1 Timóteo 4.12-1612 Ninguém despreze a tua mocida­de; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedi­mento, no amor, na fé, na pureza.13 Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino.14 Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério.15 Medita estas coisas e nelas sê di­ligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto.16 Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.

Hinos da Harpa: 18 - 225 - 515v ____________ _______________

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Lição 10-Sin a l Vermelho no Púlpito

INTRODUÇÃO(SINAL VERMELHO NO PÚLPITO

INTRODUÇÃO

L ÉTICA1. Vida e Pregação iTm 4.12

2. Amar os ouvintes Jo 21.15-17

3. Ser honesto P v 2 l.8

II. APARÊNCIA PESSOAL

1. Higiene Pessoal 1Co3.162. Traje Adequado 1 Tm 2.8,9

3. Expressão Iradal e Gestos Pv 15.13

UI. LINGUAGEM APROPRIADA

1. Linguagem a evitar 2T m 2.l6

2. Considerar a ocasião Pv3.2 i

3. Porta-voz do Senhor iC o 4 .i

IV. OUTROS CUIDADOS

1, Uso do tempo E f 5.16-17

2, Humor iPe4.io3, Motivação errada Jo3.30

APLICAÇÃO PESSOAL

0 pregador precisa considerar como ponto de fundamentai im­portância a sua conduta adequada em público, quer seja no púlpito, ou em pequenos grupos. Por isso, precisará pensar também em ou­tras áreas do seu preparo, tais como: aparência pessoal, compor­tamento ético, linguagem apro­priada etc. (lTm 4.16).

I. ÉTICA

0 pregador precisa estar aten­to para não incorrer em falta de ética quando falar em público.

1. Vida e Pregação. 0 pregador deve viver o que prega e pregar o que vive, pois pregação e modo de vida formam um binômio ético in­separável (lTm 4.12). Quando o pregador profere sua mensagem, os ouvintes atentam não somente em suas palavras, mas principal­mente em como ele vive. Caso não haja uma completa coerência entre o discurso e o seu modo de vida, seu sermão cairá no descrédito ou fica­rá limitado no seu alcance, não im­porta a eloquência do pregador ou a profundidade bíblica da mensagem,

Jesus censurou os intérpretes da lei porque pregavam ortodoxa­mente, mas viviam levianamente; ou seja, não praticavam seus pró­prios ensinamentos (Lc 11.46). 0 pregador é um vaso de barro, por­tanto, não é perfeito. Ele deve es-

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Lição 10 - Sinal Vermelho no Púlpito

tar consciente de que carrega um tesouro precioso que procede de Deus (2Co 4.7). Do contrário, po­derá ser dito a seu respeito: "0 que vives fala tão alto que não consigo ouvir o que pregas"

2. Amar os ouvintes. Se o pre­gador não ama os ouvintes, não po­derá pregar o amor A exigência bá­sica de Jesus a Pedro, para que este se levantasse de modo relevante na vida e se tornasse um autênti­co "pescador de homens" foi que o amor que este sentia pelo Senhor fosse expresso em cuidado amoro­so pelas ovelhas (Jo 21.15-17), Há pregadores que adoram multidões, mas detestam pessoas; adoram ser louvados pelas massas, mas não suportam gastar tempo em ajudar gente de carne e osso.

Como alguém poderia pregar sem amor a mensagem do incomen­surável amor de Deus? Jesus nos mandou amar até mesmo os nossos inimigos, em fazendo o bem a eles, não a gostar das coisas erradas que eles praticam (Lc 6.27). Portanto, uma mensagem eticamente correta precisa refletir o amor em atitudes e ações concretas de nossa parte (Rm 5.5; Ijo 4.20).

3. Ser honesto. Muitas coisas relativas à falta de honestidade podem servir como pedras de tro­peço para os pregadores (Pv 21.8):

a) Não honrar suas dívidas.b) Plagiar sermão de outro

pregador.

c) Usar ilustrações da expe­riência pessoal de outras pessoas como se fossem suas.

d) Forjar dados estatísticos para embasarsua pregação.

e) Usar sua posição ou a men­sagem divina como pretexto para alcançar impiedosamente seus in­teresses pessoais.

f) Apresentar um padrão de vida no púlpito e outro no cotidiano, desafiando seus ouvintes a viverem princípios que ele próprio não vive.

E importante mostrar equilí­brio e fugir dos extremos, a saber:

a) Apedrejar os preteridos, nem lisonjear os preferidos; ja­mais usando sua mensagem para promover alguns e abater outros,

b) Mencionar experiências ne­gativas, citando os nomes dos pro­tagonistas.

c) Mencionar as limitações fí­sicas das pessoas sob quaisquer pretextos espúrios, principalmen­te de gracejos ou preconceitos.

d) Julgamentos sobre o destino eterno de pessoas da comunidade que já morreram (quem foi para o céu ou para o inferno).

e) Tratar os mais velhos com cortesia e bondade; o sexo oposto com toda a pureza (lTm 5.1,2).

II. APARÊNCIA PESSOAL

0 pregador deve ter atenção ao modo com que se apresenta, mas resistir à vaidade de destacar-se exageradamente pela aparência física.

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1. Higiene PessoaL 0 cuidado com a higiene pessoal é determi­nante para uma boa aparência. 0 nosso corpo, como templo do Es­pírito, deve ser mantido limpo e bem apresentável (ICo 3.16]. Isso tem a ver com a higiene corporal, o asseio diário, a escovação dos dentes, o uso de desodorante etc. Pode ser extremamente desagra­dável ter de ouvir uma mensagem de alguém próximo com mau háli­to ou malcheiroso.

3. Traje Adequado. 0 modo como nos vestimos é importan­te na medida em que funciona como um cartão de apresentação de quem somos (lTm 2.8,9]. Uma primeira impressão negativa do mensageiro pode frustrar a recep­ção de sua mensagem. Não impor­ta se os trajes sejam novos, mas que estejam limpos e bem apre­sentáveis. Do contrário, mostrará apenas desleixo e falta de higiene, e isso não recomenda bem.

Uma boa aparência confere dignidade e credibilidade iniciais a quem comunica uma mensagem importante, principahnente em se tratando da pregação do Evan­gelho. 0 pregador deve ater-se ao traje que pede a ocasião, se for­mal ou informal, para não destoar com o costume da comunidade onde está a ministrar.

2. Expressão Facial e Gestos.Ao anunciar as boas novas, a ex­pressão facial tem de ser condizen­

Lição 10 - Sinal Vermelho no Púlpito

te com a mensagem. Assim como o rosto expressa o que se sente, a mensagem deve ser ilustrada com o semblante. Uma expressão triste não combina com uma mensagem alegre, e vice-versa. Um rosto ira­do ou mal humorado não condiz com a mensagem de salvação pela graça nem com a alegria de seguir a Cristo (Fp 4.4; Pv 15.13).

0 pregador deve saber mes­clar a comunicação da mensagem verbal com expressões gestuais. Mas precisa ter cuidado com gestos que denotem ofensas ou provocações (lTs 5.22). Deve evi­tar também: esmurrar o púlpito, apontar para as pessoas, tiques nervosos etc.

III. LINGUAGEM APROPRIADA

O pregador do Evangelho deve sempre manter uma linguagem adequada. Isto porque a mensa­gem do Evangelho é divina, sendo a mais preciosa e mensagem que o mundo pode ouvir.

X. Linguagem a evitar. Dentre a linguagem que deve ser evitada pelo pregador (2Tm 2.16), desta­camos:

a) Gírias, jargões e expressões de sentido dúbio, ou palavreado chulo (Cl 4.6).

b) Ilustrações vulgares ou de autenticidade duvidosa.

c) Palavras duras, críticas áci­das, ameaças, ser ferino em sua

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Lição 10 -Sin a l Veimelho no Púlpito

mensagem, prindpalmente se for um visitante (2Tm 2.24].

d) Usar a oportunidade para revanchismo, dar indireta ou apli­cai’ "corretivos" direcionados a al­gum desafeto.

e) Ilustrar sua mensagem com alguma confidência ouvida em segredo no reservado do aconse­lhamento.

f) Tratar qualquer assunto de modo preconceituoso ou desres­peitosamente.

2. Considerar a ocasião. Opregador deve agir com sabedo­ria e bom senso, consideraran- do a ocasião e o motivo do culto, para que sua mensagem não des­toe nem cause constrangimentos desnecessários (Pv 3.21]. Deve evitar assuntos doutrinários, que cabem ao pastor da igreja, exceto quando autorizado por este. Em ocasiões onde se reúnem crentes de várias denominações, evitar abordagem de pontos doutriná­rios divergentes, antes tratar de pontos comuns da fé, do amor e do serviço.

3. Porta-voz do Senhor. Todo pregador do Evangelho é um por­ta-voz do Senhor Jesus, pois seu discurso é embasado na Palavra de Deus. Portanto, uma vez que os ouvintes esperam receber uma explanação bíblica, o pregador deve sempre agir como arauto do Senhor, "como despenseiros dos mistérios de Deus" [ICo 4.1).

IV. OUTROS CUIDADOS

1. Uso do tempo. É necessário considerar o fator tempo como im­portante aos ouvintes e à boa or­dem do culto (Ef 5.15-17). Não são poucos os exemplos de pregadores que passam demasiadamente do horário e, como resultado, ficam a pregar para auditórios quase va­zios. Mesmo inspirado pelo Espí­rito, deve levar em conta o tempo.

2. Humor, Existe uma linha tênue entre uma mensagem bem humorada e a falta de reverência, portanto é preciso bom senso ao usar essa ferramenta. 0 objetivo do humor deve ser o de clarear o sentido da mensagem, tornando-a mais atraente, jamais o de fazer graça para divertir uma plateia.

O humor jamais deve ser usado para preencher o vazio da falta de conteúdo da mensagem, mas para ampliar o alcance da mesma. De­vem-se evitar quaisquer brinca­deiras baseadas em preconceitos raciais ou religiosos, assim como as que apontam para defeitos fí­sicos ou limitações das pessoas (IPe 4.10).

3. Motivação errada. Reconhe­cido como o Príncipe dos Pregado­res em seu tempo, Charles H. Spur- geon indicou que as motivações erradas do pregador podem causar grande insucesso na sua pregação. Em seu texto Como pregar para não convertera ninguém, eles listou:

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• Deixe que seu motivo predo­minante seja assegurar sua pró­pria popularidade.

• Preocupe-se mais em agra­dar do que converter aos seus ouvintes.

• Procure assegurar sua repu­tação como sendo um pregador famoso e diferente dos outros - para que todos o idolatrem e não prestem atenção na mensagem Qo3.30).

• Fale com um estilo florido, enfeitado e inteiramente fora do alcance da compreensão da maio­ria das pessoas.

• Seja superficial nas suas con­siderações para que seus sermões não contenham verdades suficien­tes para converter alguém.

• Deixe a impressão de que se

Lição 10- Sinai Vermelho no Púlpito

Deus é tão bom com todos, não en­viará ninguém para o inferno,

• Pregue sobre o amor de Deus, mas não fale nada a respeito da santidade do seu amor

• Evite dar ênfase na doutrina da completa depravação moral do homem para não vir a ofender o moralista (lTm 6.3,4).

C “ ^APLICAÇÃO PESSOAL

O pregador da excelente Pala­vra de Deus deve ter igualmente um comportamento excelente, devendo se apresentar "aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".

Ç ___________)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ---

RESPONDA1) Qual o ponto de fundam enta l im portância em relação ao seu com portam ento público?

2) Higiene pessoal, expressão facial e traje adequado são quesitos de que área do preparo pessoal?

3) A quem com pete tratar sobre assuntos doutrinários na igreja?

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LIÇÃO 11j ENSINO E DISCIPULADO QUE

FUNCIONAM

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição ê igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Ninguém poderá ser bem su­cedido em qualquer área, se não for corretamente instruído sobre o que é certo ou errado. Embora no mundo moderno, certo e er­rado tenham um valor relativo, em função de fatos históricos, padrões sociais ou certas circuns­tâncias que validam uma posição ou outra. Do ponto de vista espi­ritual, certo é certo, errado é er­rado! Isto é um princípio divino e Deus não muda! (Tg 1.17)

Para se alcançar um status de grande profissional em qualquer carreira, é necessário formação adequada, transmitida por bons educadores e instituições de ensino sérias, que primam pela ministra- ção de conteúdos científicos valida­dos por exaustivas pesquisas.

Do mesmo modo, o cristão verdadeiro precisa ser ensinado sobre o padrão de conduta de vida esperado de todos aqueles que ad­quiriram a nova vida em Cristo.

PALAVRAS-CHAVECorrelação • Intempéries * Negligenciar • Contundente

OBjETIVOS

• Explicara importância do ensino.• Compreender as razões do

ministério de ensino.• Entender que o ministério de

ensino garante a consistência da doutrina e proteção do rebanho quanto às ameaças à fé cristã.

PARA COMEÇAR A AU LA

No início de sua aula, estimule os alunos a citarem exemplos de experiências de ensino mal suce­didas ou de cursos realizados que não os prepararam adequadamen­te para uma prova ou outros desa­fios da vida profissional.

Pergunte sobre o que conside­ram necessário para se tornar um bom profissional? Procure desta­car a importância de se receber uma formação adequada associa­da a práticas em situações reais.

E para ser um cristão? Somos visíveis para o mundo e para Deus (Mt 5.14-16).

RESPOSTAS DA PÁGINA 70

1) Orientação para a vida espiritual e consolidação da fé.

2) Corpo doutrinário de regras de fé e práticas.

3) Ao manejarmos de forma adequada a Bíblia.

I

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Lição 11 - Ensino e Discipulado que Funcionam

LEITURA COMPLEMENTAR

0 ministério do ensino é de fundamental importância para consolidação da fé de todos aqueles que foram alcançados pela pregação da Palavra. A mis­são não estará completa, se formos apenas bons pescadores, porém péssimos cuidadores de almas. É preciso considerar o desafio de transformar recém- -convertidos em discípulos! Pois todos aqueles que iniciam a jornada crista, através do reconhecimento e arrependimento pelos seus pecados e aceitam o perdão de Deus e a Cristo como seu Salvador pessoal, adquirem uma nova vida, tornando-se novas criaturas e, como tal, precisam aprender qual é o padrão de conduta individual e comunitária que devem adotar doravante.

0 ensino, portanto, é indispensável para conservar os resultados do evan- gelismo. É mediante o ensino que os novos crentes são instruídos sobre o que se espera deles, quais os meios disponíveis ao seu alcance para crescerem espiritualmente e amadurecerem, tornando-se homens e mulheres fortes na fé, capazes de resistir aos primeiros testes da infância espiritual e, mais tarde, à astúcia enganadora do inimigo (Ef 4,14).

Quando combinamos o ministério da pregação da palavra com um mi­nistério de ensino eficaz, não obtemos apenas resultados quantitativos mais qualitativos também, pois proporcionamos aos novos convertidos condições para viverem uma vida cristã como discípulos do Senhor Jesus.

Ensinar é causar mudança, tanto das atitudes quanto das ações. Este é o alvo do ensino bíblico. Por meio do ensino dos mandamentos de Jesus, as atitudes e as ideias são mudadas. Como consequência, o decurso da vida é mudado. 0 crescimento e a maturidade devem seguir-se, então. Os discípu­los no Novo Testamento eram aprendizes e seguidores. Aprendiam a men­sagem do Mestre, e seguiam Seu exemplo, também. Este foi o objetivo que Jesus colocou diante dos Seus discípulos quando os comissionou a ensinar (Mt 28.19.20).

O ensino bíblico é muito mais do que transmitir fatos e interpretar as Es­crituras. As coisas aprendidas devem ser aplicadas à vida todos os dias. Jesus expressou assim esta verdade: "Se vós permanecerdes na minha palavra, ver­dadeiramente sereis os meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verda­de vos libertará" (Jo 8.31-32). Desta maneira a verdade, que é conhecida e praticada, traz a liberdade.

Adaptação do texto contido no Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus”(ICI, São Paulo, 2007, págs. 159 e 166,167).

V____________________________________________ J[J

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Estudada em ___ /___ /

DEVOCIONAL DIÁRIO

ENSINO E DISCIPULADO

QUE FUNCIONAM

Segunda - Pv 22.6Ensino para uma vida corretaTerça - Mt 7.28Ensino que impacta outrosQuarta-At 13.12Ensino que produz mudança de vidaQuinta - jo 7.16A fonte do ensino de JesusSexta - Rm 12.7Ensino com dedicação

J l X T O ÁUREO'Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me

explicar?0 At 8.31

m■f. . t f c S

V erdade Pr atic aA ministração da sã doutrina, provoca mudança de atitude e com portam ento nos ouvintes.

í o

Sábado - Ml 2.8-9As consequências do ensino errôneo

LEITURA BÍBLICA

Atos 8.31-3531 Ele respondeu: Como poderei en­tender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele.32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cor­deiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca.33 Na sua humilhação, lhe negaram justi­ça; quem lhe poderá descrevera geração? Porque da terra a sua vida é tirada.34 Então, o eunuco disse a Filipe: Pe- ço-te que me expliques a quem se re­fere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?35 Então, Filipe explicou; e, começan­do por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.

Hinos da Harpa: 151 - 306 - 394

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Lição 11 - Ensino e D isdpulado que Funcionam

INTRODUÇÃOENSINO E DISCIPULADO QUE FUNCIONAM

INTRODUÇÃO

I. DEFINIÇÃO DE ENSINO

1. Conhecimento

2. Compreensão

3. Prática

Assim como estudado sobre o ministério da pregação, o ministé­rio do ensino também é um meio de comunicação das verdades es­pirituais, porém com foco mais aprofundado, pois, através deste ministério, busca-se fornecer uma edificação espiritual sólida da fé de todos aqueles que foram alcan­çados pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo.

II. DISCIPULADO I. DEFINIÇÃO DE ENSINO

1. Mandamento M t28.18-20

2. Disdpulado At 1125,26

3. Discípulo Aft 1624,25

IIL PROTEÇÃO AO REBANHO

1. Sã Doutrina Tt2.l-lo

2. Falsas Doutrinas 2Pe2.i

3. Correção de desvios 2Tm 223-26

APLICAÇÃO PESSOAL

0 ensino pode ser definido como a arte ou ação de transmitir conhecimentos, no sentido de as­segurar o comportamento correto da pessoa em relação a determi­nadas regras, princípios, ideias ou preceitos,

Este processo implica a inte­ração de três elementos: 1) Quem ensina: pai, mãe, professor, mestre ou instrutor; 2) Quem aprende: filho, aluno, estudante, discípulo etc; 3) Conteúdo do Ensino: dou­trinas, regras, preceitos etc. Neste tópico da lição, abordaremos três estágios deste processo.

1, Conhecimento. É impossí­vel iniciar qualquer processo de ensino sem antes transmitirmos os conhecimentos básicos ou ru­dimentares sobre uma nova disci­plina, princípios, regras de condu­tas sociais ou religiosas. Vejamos como Deus se fez conhecido ao Seu

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Lição 11 - Ensino e Discipulado que Funcionam

povo Israel de forma que pudes­sem identificá-lo e diferenciá-lo em relação aos deuses do Egito:

a) Revelação da Identidade. Pri­me iramente a Moisés, através da sarça ardente e, posteriormente, ao povo no monte Sinai (Êx 3.1-6; Êx 19.9;16-19).

b) Revelação do Poder Maravi­lhas no Egito, capacidade de pro­teção, superação de desafios ins- transponíveis ou insolúveis: Mar Vermelho, falta de água e comida (Êx 7-17).

c) Revelação da Proteção Contí­nua. intempéries, riscos noturnos, patrimônios individuais e coleti­vo, ação contra os inimigos.

Este mesmo processo, foi ado­tado por jesus para se revelar ao Seu povo e, posteriormente, à Igreja (Jo 2.1-11],

Na compilação das Escrituras Sagradas, de igual forma, Deus inspirou homens santos para o registro, de forma didática e pro­gressiva, do conhecimento sobre quem Ele é, o que Ele fez e faz, Seu Plano para a humanidade e povo quem Ele escolheu para consecu­ção dos Seus propósitos.

2, Compreensão. Jesus, em Seu ministério terreno, procurou não só transmitir conhecimentos, mas preocupava-se também quan­to à compreensão do que estava sendo ensinado. Um dos métodos utilizados para certificar-se de que haviam entendido o conteúdo do ensino era através da explica­

ção e questionamento quanto ao sentido do que fora escrito na Lei e pelos Profetas: Padrão de cum­primento da Lei (Mt 5.17-20); Ira (Mt 5.21); Perdão ou Reconcilia­ção (Mt 5.23-26); Vingança e o Amor (Mt 5.38-48); Adultério e Divórcio (Mt 5.27-31); Juramentos (Mt 5.33-37); Esmolas (Mt 6.2-4); Modo de Orar (Mt 6.5-8); Quem era o Próximo (Lc 10.29-37). Um ensino que maravilhava a todos (Mt 7.28-29).

Uma compreensão clara dos ensinos bíblicos nos livra de ideias errôneas sobre a Palavra de Deus.

Consideremos dois exemplos bíblicos:

a) Discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-34).

b) Filipe e o Etíope no deserto de Gaza (At 8.26-38).

Todo erro doutrinário decorre da má interpretação das Sagradas Escrituras, tendo como consequên­cia o surgimento de dissensões, he­resias e apostasias (Mt 22.29).

3. Prática. Após conhecer­mos, compreendermos e a inter­pretarmos os fatos, é preciso pôr em prática o que aprendemos. Jesus, ao concluir o Sermão do Monte, alertou claramente a to­dos os Seus seguidores: Ouvir sem praticar é insensatez (Mt 7.24-27). As críticas mais delibe­radas foram dirigidas aos escri­bas e fariseus, homens de sólidos conhecimentos e aos intérpretes da lei, que religiosamente obser-

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Lição 11 - Ensino e Discipulado que Funcionam

vavam o ritual e a tradição, mas negligenciavam a prática do espí­rito da Lei (pureza interior).

II. DISCIPULADO

Sem ensino, certamente não há perpetuação e garantia da origina­lidade da mensagem do Evangelho e de toda a Escritura Sagrada. Por isso, tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento trazem recomendações divinas expressas quanto à necessidade imperiosa do ensino contínuo da Palavra de Deus. A responsabilidade desta missão recai sobre os pais (Dt 6.6- 9); os líderes (Sacerdotes, Reis e Profetas); Jesus (Is 61.1-2; Lc 4.18-19); Espírito Santo (Jo 16,13- 15); os Apóstolos (At 2.42) e sobre todos aqueles que se tornam dis­cípulos de Cristo (2Tm 2.2). É um mandamento! 1

1. Mandamento. Um manda­mento é uma ordem escrita ou verbal dada a terceiros, por al­guém que tem autoridade e poder para exigir o seu cumprimento, bem como punir pelo descumpri- mento ou cumprimento da ordem sem os padrões exigidos.

Quando aplicamos este con­ceito ao ministério do ensino, deveríamos considerar o risco que assumimos quando não rea­lizamos a contento ou descum- primos o mandamento que nos foi dado. A declaração de Jesus que precede este mandamento

Ensinar é causar mudanças, tanto das ideias quanto das atitudes/'

é bastante enfática; "Toda a au­toridade me foi dada no céu e na terra" (Mt 28 .18-20).

2. Discipulado. No manda­mento dado por Jesus a todos os cristãos, vemos que o esforço e objetivo primário da evangeliza­ção não é aumentar o número de membros de uma igreja local; a missão principal é: fazer discí­pulos! Atribui-se a John Wesley o seguinte comentário: “A igreja não muda o mundo quando gera convertidos, mas quando gera discípulos

Discípulos não são conquis­tados, são gerados (At 11.25,26). Este resultado não se obtém num passe de mágica, é preciso esforço pessoal, dedicação, preparação, adequação do conteúdo, de lingua­gem, cultura, idiomas, estágios de conhecimento e entendimento de cada indivíduo ou mesmo povos, e respeito à individualidade, além de materiais apropriados. Novos convertidos, em termos espiri­tuais, precisam dos mesmos cui­dados dispensados a uma criança recém-nascida. Os rudimentos da fé cristã devem ser ministrados na dosagem certa.

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Lição 1 1 - Ensino e D iscipulado que Funcionam

3. Discípulo. Ninguém se tor­nará um discípulo fiei de Jesus se, ao passar por um processo de discipulado, não compreender plenamente que a vida cristã não se resume a ser um membro de uma igreja local, mas é uma deci­são que envolve mudança radical de vida com renúncia pessoal, as­sumindo todos os riscos e custos da missão (Mt 16.24-25). Esta é a razão pela qual o apóstolo Paulo declarou o seu grande esforço es­piritual pelos irmãos da Galácia (G1 4.19). 0 discípulo é muito se­melhante ao Mestre (Mt 26.73).

III. PROTEÇÃO AO REBANHO

Paulo conclamou os presbí- teros em Efeso a olharem para si próprios e pelo rebanho que Deus lhes confiara. Muita coisa está en­volvida nesse ministério e a lide­rança precisa ter uma consciência clara sobre isto. Como líder, o en­sinador deve ser espiritualmente sensível, devotado e habilitado na ministração do ensino bíblico (Rm 12.7). Capacitado para tomar deci­sões certas (2Tm 4.1-2;5 e Tt 1.9) e de motivar o povo a prosseguir a caminhada cristã de forma segu­ra e condizente com a Sã Doutrina (Tt 2.7,8). 1

1. Sã Doutrina. A sã doutrina constitui o corpo doutrinário de regras de fé e prática, contidas nas Sagradas Escrituras, que devem

guiar todas as nossas ações na vida presente, de forma a alcançarmos o padrão de santificação requeri­do por Deus e inspirar outros na mesma direção (At 2.42-43).

Paulo, em sua carta pastoral a Tito, exorta-o a falar de acordo com a sã doutrina, em especial, no que diz respeito ao ensino. Desta­ca o que é esperado de todos os membros da igreja: servos, jovens, filhos, mulheres recém-casadas, mulheres e homens idosos, assim como dele próprio (Tt 2.1-10).

2. Falsas Doutrinas. São mui­tos os riscos que podem afetar a vida espiritual dos membros do corpo de Cristo. Estes riscos que estavam presentes na Igreja Pri­mitiva, mantiveram-se presen­tes em toda a história da Igreja e, com maior sutileza, nos tempos modernos, nos quais aparente­mente o pecado não faz mais um contraste tão marcante com o padrão de santidade requerido à Igreja. Parece que vivemos tem­pos similares aos de Jeremias (Jr 6.13-14).

Sabemos que há uma ação maligna orquestrada, e com alvos bem definidos, para a destruição da confiança em Deus e da fé cris­tã. Sobre algumas dessas ações, Moisés, os Profetas, Jesus e os apóstolos, deixaram-nos adver­tências contundentes: Sonhador de sonhos (Dt 13.1-4); Impostores (ís 8.19-20); Falsos Profetas e Fal­sos Cristos (Mt 2 4 .4 -5 ;ll) ; Lobos

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vorazes (Mt 7.15; At 20.28-30); Falsos Mestres (2Pe 2.1).

3. Correção de desvios. Essa é uma área que exige determinação e cuidado especial de qualquer lí­der da Igreja de Cristo. O Apóstolo Paulo adotava a regra de "tolerân­cia zero" em relação a todo des­vio de conduta na vida espiritual. Exortava a liderança a agir com amor (2Tm 2.23-26), mas também com rigor, quando o fato assim o exigisse (ICo 5,1-5;11-12). Jesus nunca fez concessões a qualquer erro doutrinário, mesmo quando

Lição 11 - Ensino e Discipuiado que Funcionam

envolvia importantes lideranças religiosas (Mt 23.1-36) e, em es­pecial, o lugar de adoração (Mt 21.12-13). Todo cuidado é pouco (2Tm 3.1-5).

r--------- : sAPL1CAÇAO PESSOAL

0 ensino da Palavra de Deus, requer de cada cristão domínio e competência no manuseio da es­pada do Espírito, para combater os erros doutrinários que amea­çam a fé cristã.

RESPONDA1) Indique duas razões sobre a importância do ministério de ensino para a Igreja de Cristo.

2) O que é Sâ Doutrina?

3) Como podemos corrigir erros doutrinários ou desvios de conduta na vida espiritual?

J

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LIÇÃO 12

O ALUNO. O PROFESSOR E A AULA

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃOPEDAGÓGICA

Nesta lição, consideraremos al­guns conselhos práticos que irão ajudar o professor a desenvolver melhor suas aulas. Os conselhos ora citados visam a facilitar a ministra- ção da aula, e nada mais são do que instrumentos práticos que ajudarão na operacionalização dos métodos, que por sua vez são procedimentos didáticos que se prestam para aju­dar no trabalho do professor.

Nas próximas páginas, iremos discorrer como se aplicam princí­pios que visem a tornar as aulas mais interessantes, dinâmicas e eficazes do ponto de vista da apren­dizagem e da interação entre o mes­tre e seus alunos (processo ensino- -aprendizagem).

Aqui, o professor, tanto o ini­ciante quanto o veterano, encon­trará material apropriado que vai capacitá-lo a desempenhar seu pa­pel no Reino de Deus de forma mais eficiente e didática.

OBJETIVOS

• Entender a necessidade de sepreparar com antecedência para uma aula.

• Aplicar princípios didáticosque gerem uma aula mais produtiva.

• Distinguir o significado entre atenção e interesse do aluno.

PARA COMEÇAR A AU LA

Comece sua aula perguntando aos seus alunos se eles conseguem perceber a diferença entre uma boa e uma má aula. Em seguida, pergun­te qual é o fator (ou ator) que deter­mina o nível qualitativo de uma aula.

Assuma a discussão que foi ge­rada e pergunte aos seus alunos se eles se lembram dos nomes de professores que foram referência para a vida deles, se eles se lem­bram de "como" esses professores davam suas aulas e, principalmen- te, o porquê esses mesmos profes­sores marcaram suas vidas.

RESPOSTAS DA PÁGINA 76

1) Cristo.2) Reserva de conhecimento.

3) A atenção.

PALAVRAS-CHAVEConselho • Prática • Influência

I

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Lição 12 - 0 Aluno, o Professor e a Aula

LEITURA COMPLEMENTAR

Ensinar é causar mudança, tanto das atitudes quanto das ações. Este é o alvo do ensino bíblico. Por meio do ensino dos mandamentos de Jesus, as atitudes e as ideias são mudadas. Como consequência, o decur­so da vida é mudado. O crescimento e a maturidade devem seguir-se, então. Os discípulos no Novo Testamento eram aprendizes e seguidores. Aprendiam a mensagem do Mestre, e seguiam Seu exemplo, também. Este toi o objetivo que Jesus colocou diante dos Seus discípulos quando os comissionou a ensinar O ensino bíblico é muito mais do que trans­mitir fatos e interpretar as Escrituras. As coisas aprendidas devem ser aplicadas à vida todos os dias. Jesus expressou assim esta verdade: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis os meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.31- 32). Desta maneira a verdade, que é conhecida e praticada, traz a liberda­de (Mt 28.19.20).

A mera observância externa de regras aprendidas (ou fazer o que a Lei manda), porém, não basta. As críticas mais deliberadas de Jesus eram dirigidas contra os fariseus que religiosamente observavam o ritual e a tradição, mas que negligenciavam a pureza interior. Ele condenava a ausência da vida espiritual no interior. Ensinava que as pessoas deviam observar aquilo que é certo a fim de agradar a Deus, não a fim de impres­sionar os outros. Preocupa-Se primeiramente com nosso ser (aquilo que somos) e depois com o nosso fazer (nosso comportamento que é o resul­tado da mudança interior e espiritual).

Certa ocasião, quando Jesus acabara de ensinar, concluiu Sua aula com uma observação acerca da importância de praticar aquilo que foi ouvido. Ele disse que aqueles que ouvem a Palavra e não a aplicam, estão cons­truindo na areia. Aqueles que ouvem a Palavra, e cujas ações são transfor­madas como resultado, são comparados com um homem que edifica a sua casa na rocha. Somente aqueles que ouvem, e cujas ações refletem esta mudança interior, podem, segundo disse Jesus, sobreviver (Mt 7.24-27).

Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICI, São Paulo, 2007, pág. 169,170).

V.

LI

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Estudada em ___ /___ /

r ^LIÇÃO 12

O ALUNO, O PROFESSOR E

A AULA

TEXTO ÁUREO'Torque Deus é quem efetua em vós tanto o querer com o

o realizar, segundo a sua boa vontade” Fp 2.13

r \DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda - SI 119.12Deus ensina Seus decretosTerça - SI 34.11Deus ensina sobre temorQuarta - Ex 4.12Deus ensina intimamenteQuinta - Dt 4.10Deus nos manda ensinar nossos filhos Sexta - Dt 4.36 Deus ensina com poder Sábado - Jz 13.8Deus usa Seus servos para ensinar

LEITURA BÍBLICAif H I B r ■ m

Filipenses 2.12-1512 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na mi­nha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desen­volvei a vossa salvação com temor e tremor;13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.14 Fazei tudo sem murmurações nem contendas,15 para que vos torneis irrepreen­síveis e sinceros, filhos de Deus in­culpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual res­plandeceis como luzeiros no mundo,

Hinos da Harpa: 56 -111 - 242v___ _____________ J

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liçã o 12 - 0 Aluno, o Professor e a Aula

r ~ \0 ALUNO, O PROFESSOR E A AULA

INTRODUÇÃO

I, O ALUNO ATENTO

1. Sua atençao Lc 5.1-3

2. Seu interesse }o 4.7 -is

3. Seu ponto de vista Lc 10.36,3 7

II, PROFESSOR MOTIVADO

1. Seu entusiasmo Lc 24.32

2. Sua vigilância ml 6.24-28

3. Seu amor iCo 13.1-2

III, O DOMÍNIO DO ASSUNTO

1. Prepare a si mesmo Hm 12.7

2. Prepare a aula em oração Ef 6.18

3. Seja claro e relevante Mc 10.25-28

APLICAÇÃO PESSOAL

INTRODUÇÃO

Nâo importa quanto conheci­mento o professor possua, falhará se não possuir também domínio da arte de ensinar. Nesta lição, vamos estudar alguns conselhos práticos que visam a despertar a atenção e estimular o interesse, tanto do aluno, quanto do professor Nos três pontos a seguir, iremos propor alguns princípios e regras que vão ajudar bastante a tornar sua aula mais interessante e motivadora.

I. O ALUNO ATENTO

1. Sua atenção (Lc 5.1-3). Aatenção é o direcionamento da ati­vidade mental para um fato, uma emoção, ou um objetivo determi­nado. Um aluno atento é aquele que focaliza sua atenção de forma integral ao que o professor diz ou faz. Diz-se que "um aluno pode olhar sem ver e escutar sem ou­vir". Ou seja: ele pode estar numa atitude de aparente atenção, en­quanto sua mente pode estar a mil quilômetros de distância.

Há dois tipos de atenção: a vo­luntária e a espontânea. A volun* tária é quando o aluno se obriga a prestar atenção à matéria; já na atenção espontânea, o mesmo se mantém atento espontaneamen­te, sem esforço consciente de sua parte. Diante disso, chegamos à conclusão que a atenção espontâ­nea é a melhor, por ser inspirada pelo interesse verdadeiro.

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Se o professor não consegue que sua lição seja interessante, o aluno irá se dispersar A razão é simpies: a mente não se concentra por mui­to tempo em algo monótono. Dizer que a classe não está prestando atenção é o mesmo que dizer que ela não está aprendendo nada e que você está falando em vão. Para que isso não aconteça, percorra sua lição com graça, domínio e autori­dade, mostrando seus diferentes as­pectos a fim de despertar a atenção dos seus alunos.

2. Seu interesse (Jo 4 .7 -15 ).Certo pedagogo disse uma vez que o interesse não é um meio, mas o objetivo da educação. 0 aluno tal­vez se esqueça de fatos que lhe fo­ram ensinados, mas se o professor lhe ensinou de modo tal que fez o aluno entender que a Bíblia é o livro mais maravilhoso do mundo, e que a vida cristã é a vida mais elevada para o ser humano, então atingiu seu o propósito.

0 atuno está cheio de ideias, desejos e impulsos, que se podem classificar como interesses, e estes podern estar voltados para Deus ou para o mundo. A tarefa do pro­fessor é provocar um forte interes­se peias coisas de Deus.As aulas devem "ter vida", caso contrário, se houver uma falação inanimada do Evangelho, o aluno terá a im­pressão que ser cristão é algo cha­to e desmotivante. Por isso, o pro­fessor tem de fazer mais do que ganhar a atenção dos alunos, tem

Lição 12 - O Aluno, o Professor e a Aula

As verdades bíblicas podem ser faladas com plena autoridade porque são a Palavra de Deus."

de interessá-los no que é certo e verdadeiro, ou seja, nos valores cio Reino de Deus.

Para exemplificar, podemos observar o caso da mulher sama- ritana, em João 4.5-30. Vemos ali a turma de alunos do Mestre e uma mulher que apareceu para retirar água. Naquele dia fazia calor, ela estava sedenta. Jesus ofereceu a ela a água que mataria a sua sede para a vida inteira, ou seja, Ele atendeu seu interesse pessoal e matou sua sede espiritual.

3. Seu ponto de vista (Lc 10.36, 37 ). 0 ensino que interes­sa é o que apeia às próprias ideias do aluno, é quando se dá a ele a oportunidade de expressar o que pensa a respeito daquele assunto, Os propósitos são simples:

a) Sua realidade. Faça-os com­preender a verdade. Apresente a lição aos alunos em termos que reflitam as experiências deíes mesmos. 0 professor deve "se pôr no lugar de seus alunos" le­vando em consideração o modo de verem e sentirem as coisas.

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Tenha em mente a seguinte per­gunta: "Que conhecimento tem o aluno acerca do que explicarei hoje que o ajude a compreender seu significado?"

b) Sua necessidade. Faça os seus alunos aceitarem a verdade, aplicando-a às necessidades deles. Preste atenção na seguinte refle­xão: "A mente e o coração do aluno são o campo em que o semeador rega a semente plantada". 0 agri­cultor que não conhece a quali­dade da terra de sua propriedade terá uma colheita escassa.

II. PROFESSOR MOTIVADO

1. Seu entusiasmo (Lc 24 .32).0 professor deve manter o contro­le da classe. Se o professor for apá­tico, eles ficam apáticos; se for re­servado, eles ficam reservados. 0 professor deve dar uma aula com fervor, com sentimento, esponta­neidade, animação e convicção. Não uma eloquência de palavras suaves e bajuladoras, mas sim uma eloquência efusiva, sincera e vinda do coração.

As aulas devem ser tiradas do íntimo do seu ser, devem ser ossos dos seus ossos, carne da sua carne, o produto do seu tra­balho mental, a potência nascida de sua própria energia criativa. São aulas que vivem, se movem, voam pela sala, convencendo, deleitando, impressionando e louvando a Deus!

Lição 12 - 0 Aluno, o Professor e a Aula

Algumas pessoas têm que dizer alguma coisa; outras têm alguma coisa para dizer."

2. Sua vigilância (Mt 6 .2 4 - 2 8 ) . Certa vez, um grande pro­fessor estava ensinando sobre a lei de Moisés. De uma hora para outra ele mudou o teor da aula. Passou a fazer uma narração comovedora e emotiva acerca da dificuldade do povo de Is­rael em cruzar o deserto. Ele falou da areia escaldante, do suor do rosto das crianças, da dificuldade dos idosos, da falta de recursos, enfim, ele levou a classe às lágrim as! Por que ele fez isso? Ora, sendo um m estre experiente, ele observou que estava perdendo a atenção de seus alunos.

Se você perceber que está perdendo a atenção da sua clas­se, se perceber olhos contem ­plativos e sem blantes aborre­cidos, faça algo depressa para recuperar a atenção dos alunos. Mude o teor da mensagem, con­te uma estória, faça uma ilus­tração, lance uma pergunta que provoque seu pensamento, seja comovente, mude a metodologia da aula; enfim, se esforce para não perder o "brilho do olhar" de seus alunos!

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Lição 12 - 0 Aluno, o Professor e o Aula

3. Seu am or (ICo 13 .1-2). Detodas as verdades, a mais sólida é a de amar ao próximo. Logo, o pro­fessor deve levar e estimular esse amor para dentro da sala de aula. De todas as forças e influências que ligam o professor ao aluno, a maior de todas, a mais motivadora do ensino é o amor.

Os alunos reconhecem e rea­gem bem diante do interesse amo­roso do professor. Os alunos são rápidos para descobrir se uma palavra vem da mente ou do cora­ção. Sem o amor que liga coração a coração, o ensino é como o metal que soa, ou como o sino que tine. 0 professor deve orar pelos seus alunos, pedir a Deus sabedoria e inteligência para eles; e, sobretu­do, o professor deve saber o nome de seus alunos, pois quando o pro­fessor chama seu aluno pelo nome, ele concretiza, de forma atenciosa, esse vínculo de amor

III.O DOMÍNIO DO ASSUNTO 1

1. Prepare a si mesmo (Rm 12.7). 0 professor é mais importan­te que a própria aula, assim como o trabalhador é mais importante que seu trabalho. Um grande pedagogo disse: "Deixe-me escolher o profes­sor, e não importa quem escolha a matéria". 0 professor deve pensar assim: "Sou um exemplo da verda­de que tento inculcar em meus alu­nos? Procuro ensinar-lhes a orar? Eu oro?" A vida do professor é que

dá força a seu ensino. 0 que ele é influi com mais força sobre a classe do que o que ele diz. 0 que o arco é para a flecha, o professor é para seus alunos!

Se o professor estiver bem preparado, então "o eixo estará bem lubrificado e o rolamento de esferas girará bem". Estude mais material do que você acha que vai precisar. Isso se chama reserva de conhecimento, pois só quem co­nhece a fundo a matéria pode ins­pirar confiança. Por exemplo, se a lição trata de um acontecimento na vida de Josias, estude todos os capítulos nos livros de Reis e de Crônicas que falam de seu reinado.

2. Prepare a aula em oração (Ef 6.18). O ensino bíblico não é apenas de ordem intelectual, mas também de ordem espiritual, pois nela se edifica o caráter cristão. A influência do professor em suas aulas deve ser sempre dirigi­da para Cristo! É necessário que você ore em favor de seus alunos, apresentando sua aula ao Espírito Santo, solicitando ao mesmo que tome a direção daquele momento.

Sendo o professor um guerrei­ro do Senhor, a espada do Espírito,

que é a Palavra de Deus, foi posta nas suas mãos e o Senhor lhe pede que desfira golpes (suas aulas) contra o inimigo do Reino de Deus. Cada vez que você se reú­ne com sua classe, trava-se uma batalha espiritual, pois a Verdade, que liberta, está sendo ensinada.

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3. Seja claro e relevante (Mt 10 .2 5 -2 8 ). Os cinco sentidos sâomaneiras diferentes de transmi-

*tir informações para o aluno, E por meio deles que o professor apresenta a matéria de mais de uma maneira, visando a facilitar a compreensão e assimilação da mesma, jesus ensinava utilizando ilustrações que as pessoas podiam 'Ver'1: um casamento, um semea­dor, uma criancinha etc. Planeje sua aula de forma a utilizar recur­sos tais como: gráficos, mapas, es­tatísticas, pôsteres etc. Imagine a eficácia de uma aula quando o alu­no pode ver, ouvir e tocar objetos reais que ensinam sobre a verdade ministrada, A linguagem de Jesus era clara e simples! A linguagem é

Lição 12 - 0 Aluno, o Pm fessor e a Aula

a ponte entre seu conhecimento e a necessidade do aluno. Sendo as­sim, utilize uma linguagem fácil de ser aprendida, use palavras sim­ples! Reduza ideias difíceis a uma explicação simples. Comece com o que é conhecido e familiar, e de­pois, vá avançando para assuntos mais complexos.

C : aAPL1CAÇAO PESSOAL

O mais importante para uma boa aula é estar bem preparado^ para conduzir os alunos com amor à verdade do Evangelho. Isto é pos­sível conhecendo bem a matéria e utilizando bons métodos de ensino.

V_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ J

r -------------- ^RESPONDA

1) Durante a sua aula, a in fluência do professor deve ser sem pre dirig ida a quem ?

2) Como se chama o estudar muito mais material do que acha quev ai precisar para ministrar a aula?

3) O que é o direcionamento da atividade menta! para um fato, emoção, ou objetivo determinado?

v _

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LIÇÃO 13

'•s O PREGADOR PENTECOSTAL

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSORAfora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, quantos ensinamen­tos você aprendeu e repassou aos seus alunos neste Trimestre. Ago­ra chegou a hora de avaliar o ensi­no e o aprendizado.

Faça você mesmo uma avalia­ção de sua dedicação ao estudo, exposição das aulas e sua postura de professor em sala de aula. Seja sincero com você mesmo. Se qui­ser, pode consultar alguns alunos sobre a exposição das aulas.

Quanto ao aprendizado, aproveite esta última lição para contar com a aju­da de seus alunos, pedindo que partici­pem ativamente da exposição da aula.

Nesta última lição, discorrere­mos sobre o Pregador Pentecostal, essa figura à qual estamos tão bem acostumados. Pense em seus alu­nos, não como futuros pregadores, mas como pregadores iniciantes. Portanto, procure ensiná-los da melhor maneira possível.

Que grande vitória é chegar ao final de mais um assunto ministrado.

PALAVRAS-CHAVEPentecostal • Espírito Santo * Fruto

OBJETIVOS

• Reconhecer que o pregador pen­tecostal não dispensa a homilética.

• Compreender que a mensa­gem pentecostal requer experiên­cia com a pessoa do Espírito Santo.

• Entender que conhecimento e poder de Deus andam juntos.

PARA COMEÇAR A AU LA

Tente fazer uma aula diferente, com a participação mais ativa de seus alunos. Faça três grupos de até quatro pessoas e distribua en­tre eles cartolinas. Dê a cada gru­po um tópico do esboço, peça que discutam com base nas aulas an­teriores e que escrevam os pontos que acharem mais importantes.

Perceba em cada grupo o alu­no que mais se destaca. Ministre a aula e, como incentivo, você tam­bém pode aproveitar para presen­tear esses alunos que mais se des­tacaram no Trimestre.

RESPOSTAS DA PÁGiNA 82

1) Salvação de vidas.

2) A sair do templo ao encontro dos que necessitam.

3) Daniel Berg e Gunnar Vingren.

I

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Lição 13 - 0 Pregador Pentecostnl

LEITURA COMPLEMENTAR

Você precisa ter tanto poder espiritual quando entendimento espiri­tual para ser um ministro eficaz. A vida espiritual que você recebeu quan­do foi salvo deve ser cuidadosa como uma planta nova e tenra. A leitura bíblica diária e a oração são necessárias para alimentar e amadurecer aquela nova vida. Quando você assume o lugar no ministério, o seu ser­viço é primariamente a ministraçâo das coisas espirituais à necessidade espiritual. Paulo nos diz que Deus deu o Espírito a fim de que saibamos tudo quanto Ele tem provido à Igreja (ICo 2.9-12).

Quando as coisas específicas que Deus tem provido são compreendi­das, podem ser ministradas no poder do Espírito. Os discípulos sabiam os fatos físicos do nascimento, da vida, da morte e da ressurreição de Je­sus; mesmo assim, Ele lhes ordenou a esperarem em Jerusalém até se­rem cheios do Espírito antes de começarem a testemunhar aos outros.Ele prometeu poder para aqueles que esperassem a vinda do Espírito (At 1.4-8). Ousamos fazer menos que eles para preparar-nos para ministrar aos outros?

Você talvez descubra que outras qualificações são necessárias para o ministério. Algumas podem ser bíblicas, outras tradicionais, ou culturais, e outras cívicas. Todas as exigências bíblicas devem ser satisfeitas. As leis civis devem ser obedecidas a não ser que especificamente se oponham a algum princípio ou mandamento das Escrituras. Até que ponto você deve se submeter às exigências da tradição e da cultura é questão que você deve resolver na sua própria mente. A oração, o estudo da Bíblia, e a orientação do Espírito Santo ajudarão você a formar suas crenças pes­soais no tocante a estas coisas. Tudo isto crescerá e se desenvolverá à me­dida que você continua no ministério que Deus tem preparado para você.

Livro: “H om ilética: M inistrando a P alavra de D e u s” (ICf, São Paulo, 2007, pág. 31).

_______________________________________________________ J

II

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Estudada em ___ /___ /

LIÇÃO 13r

DEVOCIONAL DIÁRIO

O PREGADORSegunda - At 16.31Pregando a salvação Terça - Hc 3.2 Pregando o avivamento Quarta - Mc 1-8Pregando o batismo com Espírito Santo Quinta - At 8.6Pregando com manifestação de sinais Sexta - At 2.38

t e x t o á u r e o"Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-

vos; e cada um de vós seja batizado em nome deJesus Cristo para remissão

dos vossos pecados, e recebereis o domdo Espírito Santo” At 238mv i " ■írt' »'Sí f

VERDADE PRATICAA Pregação Pentecostal é

sim ples e poderosa.

*«■'/ ■■ w

Pregando o arrependimento Sábado - lTs 4.16Pregando a volta de Cristo

LEITURA BÍBLICA

Atos 2.38-4238 Respondeu-lhes Pedro: Arrepen­dei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de (esus Cristo para remis­são dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.39 Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.40 Com muitas outras palavras deu tes­temunho e exortava-os, dizendo: Salvai- -vos desta geração perversa.41 Então, os que lhe aceitaram a pa­lavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.

Hinos da Harpa: 24 -100 -155v__________ _ _ ___________ j

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Lição 1 3 - 0 Pregador Pentecostal

INTRODUÇÃOO PREGADOR PENTECOSTAL

INTRODUÇÃO

I. O PREGADOR PENTECOSTAL

1. Seu perfil Ef 5.18-21

2 .0 exemplo de Pedro At 2.38-41

3. O Culto Pentecostal A t4.33

II. A MENSAGEM PENTECOSTAL

1. Mensagem com sinais At8.5-8

2. Mensagem evangelística At2.38

3. Mensagem missionária At8A

III. O MOVIMENTO PENTECOSTAL

1. O nascimento da Igreja At2.44

2. Rua Azusa A t2.39

3. Daniel Berg e Gunnar Vingren At 1.8

APLICAÇÃO PESSOAL

Uma lição específica sobre este tema não significa que a pregação pentecostal seja mais importante, ou um estilo à parte e superior, que segue sua própria agenda.

A pregação pentecostal segue todos os parâmetros da Homilé- tica, conforme estudamos ao lon­go desta revista. Todavia, realça a confiança de que o Espírito Santo agirá e se manifestará com resul­tados visíveis e práticos durante a pregação.

A pregação pentecostal pode ser identificada por enfatizar o ministério e trabalho do Espíri­to Santo no meio da igreja, não apenas na vida particular de cada pessoa.

L O PREGADOR PENTECOSTAL

Os discípulos estavam sendo perseguidos e taxados como im­postores, por falar da ressurreição de Jesus, porém no dia de Pente­costes, o Espírito Santo veio so­bre eles, os encheu e mudou suas histórias, de modo que aí nasceu a mensagem pentecostal (At 2)

Após isso, vidas foram muda­das, nações foram impactadas, ho­mens simples sacudiram gerações pelo poder do Espírito. 0 pregador pentecostal tem uma mensagem viva, uma palavra de autoridade e uma existência de milagres.

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Lição 13 - 0 Pregador Pentecostal

1. Seu perfil. 0 pregador Pentecostal é alguém com um chamado especial, pois sua pre­gação não consiste só em pa­lavras, mas em demonstrações do poder de Deus em forma de dons, sinais, maravilhas e mila­gres (ICo 2.4). Os resultados vi­síveis da ministração costumam acontecer na hora da mensagem, como a salvação de vidas, que é o maior milagre que pode ocorrer, seguido de outros movimentos espirituais, como por exemplo, batismos com Espírito Santo e avivamento (At 10. 44-45).

Seu modo de pregação é dife­renciado. Como acredita que as evidências dos dons espirituais são para hoje, suas ministrações são marcadas por uma autoridade incomum, sempre enfatizando a necessidade de um mover de Deus durante e após suas mensagens.

O pregador pentecostal deve ter uma vida de oração constante e de meditação na Palavra, sendo primordial ser cheio do Espírito Santo e depender completamente da unção divina para transmitir mensagens poderosas (Ef 5.18- 21). Ele deve passar por uma pro­funda experiência com Deus, que gere mudança em seu ser, pois suas palavras irão demonstrar o que já experimentou: o poder do Espírito Santo em sua vida! Não tem como ser um pregador pen­tecostal, sem antes ter uma expe­riência com a pessoa do Espírito Santo.

Quando você ministra, nem o talento, nem o treinam ento, podem substituir o poder espiritual na sua vida."

2. O exemplo de Pedro. Pe­dro foi um dos discípulos que mais deu trabalho para Jesus. Pescador, com um temperamento explosivo, um homem sanguíneo por natureza, agia por impulsos (Lc 5.4-8). Foi repreendido por Jesus (Mt 16.22-23). Afundou por falta de fé (Mt 14,30-31). Cortou a orelha de um homem (Jo 18.10- 11). Negou Jesus por três vezes (Lc 22.54-62). Quando soube que Jesus havia morrido, se trancou com medo dos judeus o prende­rem também (Jo 20,19). E depois, voitou a pescar, coisa de que Jesus já o havia tirado há mais de três anos (Jo 21 .1 -3 ).

Ainda assim, quando o Espí­rito Santo veio sobre Pedro, este mudou completamente; e toma­do de uma autoridade sem igual, ministrou um sermão em meio a uma grande multidão de varias nações. E nesse dia, sem microfo­ne ou qualquer outro apoio, mi­nistrou uma palavra simples e ob­jetiva, e mais de três mil pessoas entregaram suas vidas a Jesus (At 2,38-41). Sejam quais forem os problemas que Pedro tenha en­frentado como discípulo, depois

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do Pentecostes, tornou-se o pri­meiro pregador pentecostal, e nos doze primeiros capítulos do livro de Atos, ele é, indiscutivelmente, o personagem principal da Igreja.

A bela história ocorrida na casa de Cornélio, ilustra muito bem a pregação Pentecostal, assim descrita:" Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito San­to sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da cir­cuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo; pois os ou­viam falando em línguas e engran­decendo a Deus (At 10.44-46).

3. O Culto Pentecostal. Umculto pentecostal genuíno é uma reunião diferente, cheia do Espí­rito Santo (At 4.33). Desde o lou­vor inicial até a oração final, por mais que a programação esteja muito bem dividida e organizada, a liturgia bem elaborada, porém tudo fica debaixo da direção final do Espírito de Deus.

As pregações pentecostaís são o que comumente chamamos de ministrações avivadas, são mar­cadas pelo mover do Espírito San­to, comoção, lágrimas, aplausos, louvores em voz alta, palavras de exaltação a Deus, são muito co­muns em um culto pentecostal.

O pregador pentecostal não deve confundir autoridade com grito, aumentar o tom de voz no meio de uma mensagem, algo co-

Lição 13 - 0 Pregador Pentecostnl

Som ente à m edida que você n u trir sua própria vida esp iritu al é que você terá a capacidade de fo rta lecer as pessoas ao m in istrar a elas".

mum no meio pentecostal. Isto pode servir para enfatizar uma ideia, e não deve ser confundida como um modo para que o auditó­rio sinta a presença de Deus, que é sentida pelo toque do Espírito Santo e pela unção que há na vida do pregador ( l jo 2.27). Não se deve acreditar que o movimento gere o avivamento, mas sim que o avivamento gere o movimento.

II. A MENSAGEM PENTECOSTAL

A pregação pentecostal geral­mente, não obrigatoriamente, esta associada a um tom de voz com volume mais elevado, fala mais rá­pida de quem ministra e, por par­te dos ouvintes, um envolvimento com resposta simultânea e acom­panhamento com expressões au­díveis de louvores. Tudo isto faz parte, mas este não é o coração da mensagem pentecostal. Esta men­sagem não está voltada ao homem ou à forma que ele entrega o ser­mão, mas na dependência e ênfase na ação do Espírito Santo enquan­to se ministra.

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Lição 13 - 0 Pregador Pentecostal

1. Mensagem com sinais. Opregador pentecostal deve pregar aos ouvidos e aos olhos de seus ou­vintes, ele precisa de sinais. Deus fez grandes coisas por meio de Filipe em Samaria. Filipe pregou aos ouvi­dos e também aos olhos. 0 povo nao apenas ouviu, mas também viu as maravilhas que Deus realizara por intermédio dele [At 8,5-8]. Esses sinais chamavam a atenção do povo para a sua mensagem.

2. Uma mensagem evangelís- tica. 0 alvo da pregação pentecostal é diferente de qualquer outro dis­curso público, pois essa mensagem tem objetivos mais profundos, e um deles é a evangelização. Pedro, após ter esclarecido as verdades bíblicas em sua pregação, no dia de Pente­costes, concluiu seu sermão, fazen­do o convite evangelístico, quando disse: Arrependei-vos (At 2.38). Naquele dia quase três mil homens foram alcançados através de sua mensagem evangelística.

3. Uma mensagem missioná­ria. A Igreja do capítulo 1- de Atos, era uma congregação de portas fechadas; lá só havia oração, comu­nhão, estudo da Palavra e adoração. No entanto, quando o Espírito San­to desceu no dia de Pentecostes, as portas foram abertas e ela saiu para evangelizar o mundo. Mensa­gem missionária é aquela que nos exorta a sair do templo e ir ao en­contro daqueles que estão neces­sitando de salvação. A mensagem

missionária é aquela que inflama o nosso coração com o desejo de tes­temunhar das maravilhas de Deus.

III. O MOVIMENTO PENTECOSTAL

A mensagem ministrada no dia de Pentecostes foi uma semente lançada em solo fértil e regada pelas fontes do Espírito Santo, cujos frutos permanecem até aos dias de hoje.

1. O Nascimento da Igreja.Não há duvidas de que o maior fru­to Do dia de Pentecostes, no cená­culo foi o nascimento da Igreja Pri­mitiva. Após a descida do Espírito Santo em Jerusalém, a Igreja for­mava uma espécie de comunida­de estritamente unida, os cristãos repartiam seus bens (At 2.44-45). Muitos vendiam suas proprieda­des e davam à Igreja o produto de sua venda, a qual distribuía esses recursos entre os irmãos (At 4.34- 35). Partiam o pão de casa em casa e tinham tudo em comum (At 2.47).

2. Rua Azusa. Em 1906, em Los Angeles, na Rua Azusa, 312, acon­teceu um dos maiores movimentos pentecostais já vistos. Um pastor chamado William Joseph Seymour ministrava em um pequeno prédio alugado e em mau estado de con­servação, uma mensagem sobre um poderoso avivamento (At 2.39).

Este avivamento continuou es­sencialmente vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, com

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Lição 13 - 0 Pregador Pentecostal

a participação de pessoas do mun­do todo, que vinham para receber seu "Pentecostes", muitos sendo tocados espiritualmente antes de chegarem ao prédio.

3, Daniel Berg e Gunnar Vingren. Daniel Berg e Gunnar Vingren foram impactados com o Avivamento que varreu a América e, por direção divina, em 1910 vie­ram à cidade de Belém, no estado do Pará, onde começou o maior movimento Pentecostal no Brasil, em 1911, com a fundação da As­sembleia de Deus. Eles pregavam uma mensagem simples, podero­sa e completa: Jesus é bom, Jesus salva, Jesus cura, Jesus batiza com Espírito Santo e Jesus voltará.

Esta tornou-se a marca princi­pal da mensagem daqueles pionei-

ros. Essa chama que foi acesa em 1911 continua inflamando cora­ções e impactando vidas em todo o Brasil, e por muitos outros países (At 1.8). Esse fogo pentecostal que foi aceso em Belém, no estado do Pará, jamais se apagará, pois foi o próprio Deus quem o acendeu. "O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará" (Lv 6.13).

r : ^APLICAÇAO PESSOAL

Você é fruto da Mensagem Pentecostal que continua à dis­posição daqueles que buscam a Deus. Só depende de sua atitude de buscar a presença do Espírito Santo e fazer parte do Avivamen­to Missionário.

^_________________________ J

r ------------------------------------------- -— ------------- 'nRESPONDA

1) Qual o m aior m ilagre que pode acontecer decorrente da m in istração da m ensagem pelo pregador pentecostal?

2) A que ação nos leva a m ensagem m issionária?

3) Quem são os pioneiros do m aior M ovim ento Pentecostal no Brasil, in iciado em Belém do

Pará em 1911?

i _ _ __________________________________________________________________)

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ASDE

95 TESESLUT E RO

Debate para o esclarecimento do valor das indulgênciaspelo Dr. Martin Luther, 1517

Por am or à verdade e no empenho de elucidá-la, d iscutir-se-á o seguinte em W ittenberg, sob a presidência do reverendo padre M ortinho Lutero, m estre de Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta ú ltim a , naquela localidade. Poresta razão, e leso lic ita que os que não puderem estar presentes e debater conosco oralm ente o façam p o r escrito, mesmo que ausentes. Em nom e do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém

1 Ao dizer: "Fazei penitência" etc. [M t 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.2 Esta penitência não pode ser entendida como peni­tência sacramental (isto é, da confissão e satisfaçaojcele- brada pelo ministério dos sacerdotes).3 No entanto, eia não se refere a p e n s a uma peni­tência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortifica­ção da carne.4 Porconseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência inte­rior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.5 0 papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.6 0 papa não pode remitir culpa alguma senão decla­rando e confirmando que ela foi percfoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteira.7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdo­te, seu vigário,8 Os cânones penitenda is são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos mo­ribundos.9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempreexclui a c iK cunstância da morte e da necessidade. \1 0 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dorrrftBWí-'1 2 Antigamente se impunham as j^nas-caqgnicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verda­deira contrição.1 3 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito,

isenção das mesmas.1 4 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessa­riamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor foro amor.15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não

la la r de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.1 6 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.1 7 Parece desnecessário, para as almas no-purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.1 8 Parece não ter sido provado, nem por meio de argu­mentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.1 9 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenha­mos plena certeza.2 0 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.2 1 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.2 2 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deve- r ia m M ça g o nesta vida.2 3 Se e que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessa­

riam ente ludibriada por essa magnífica e indistinta pro­messa de absolvição da pena.25 0 mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.26 0 papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pefo.poder das chaves (que ele não tem ), mas por meio de intercessão.27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão

vm

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logo tilin tar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voan­do [do purgatório para o céu],2 8 Certo é que, ao tilin ta r a moeda na caixa, podem au­mentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.2 9 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso comS. Severino e S. PascoaL3 0 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contri­ção, muito menos de haver conseguido plena remissão.3 1 lao raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssima3 2 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salva­ção através de carta de indulgência,3 3 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.3 4 Pois aquelas graças das indulgências se referem so­mente às penas de satisfação sacramentai, determinadas por seres humanos,3 5 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueies que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.3 6 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.3 7 Quaíquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.3 8 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.3 9 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.4 0 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.4 1 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indul­gências apostólicas, para que o povo não as julgue erro­neamente como preferíveis às demais boas obras do amgc4 2 Deve-se ensinar aos cristãos que não é^ensamenro do papa que a compra de indulgências possa,''tíe afguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.4 3 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.4 4 Ocorre que a t r a í d a obra^tle am or "cresce o am or e a pessoa se to rn a ffiS lh o r,a o passo que com as indulgências ela não se torna oaglhor.Tws apenas mais livre da pena,4 5 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um caren­te e o negligencia para gastar com indulgências obtém

para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.4 6 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessá­rio para sua casa e de forma alguma desperdiçar d inhei­ro com indulgência.4 7 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indul­gências é íivre e não constitui obrigação.4 8 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indul­gências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.4 9 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o tem or de Deus por causa delas, >5 0 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria re­duzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.5 1 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria dis­posto^ como e seu dever - a dar do seu dinheiro aqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para istQ fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro,5 2 Vã é a confiança na salvação por meio cie cartas de Indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas,5 3 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.5 4 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mes­mo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgên­cias do que a ela.5 5 A atitude do papa é necessariamente esta: se as in­dulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias,5 6 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.5?~ í> w iden teque eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.5 8 Eles tampoucosão os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano

Nníerior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.5 9 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.6 0 £ sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cris­to, ranstituem este tesouro.6 V Pois está claro que, para a remissão das penas e dos

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casos, o poder do papa por si só é suficiente,62 0 verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evan­gelho da glória e da graça de Deus.63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com ra­zão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as re­des com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.6 6 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as re­des com que hoje se pesca a riqueza dos homens.67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.6 8 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfi­mas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com todaa reverência os comissários de indulgências apostólicas, ..70 Têm, porém, a obrigação aínda maior de oféervar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios so­nhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a de­vassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.73 Assim como o papa, com razão, falmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,7 4 muito mais deseja fulm inar aqueles que, a pretex­to das indulgências, procuram defraudar a santa carida­de e verdade.75 A opinião de que as indulgências papais são tão e fi­cazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse pos­sível, é loucura.76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, Evangelho, os poderes, os dons de curar, e tc , como está escrito em 1 Co 12.7 9 É blasfêmia dizer que a cruz com a í armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam dffàritlidas entre o povo.81 Essa licenciosa pregação de indulgências fez com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dig­

nidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgató­rio por causa do santíssimo amor e da extrema necessida­de das almas - o que seria a mais justa de todas as causas

se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, po­rém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa edileta, por amor gratuito?85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de feto e por desuso já há muito revogados e mortos - ain­da assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?8 6 Do mesmemodo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e con­cede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?8 8 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à igreja do que se o papa, assim como agora o f o uma vez, da mesma forma concedesse essas remis­sões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?89 iá que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igual­mente eficazes?90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas

tssas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!9 3 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!94 -BevenTse exòrjtar o s c r is to a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeÇãTStravés das penas, da morte e do in fe rn o ^9 5 ef assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

1517 A.D.—. M

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Rogério Castelo 25/09/2017

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