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FACULDADE DO CENTRO LESTE
ELIONALDO DE OLIVEIRA CRUZ
JOSE CARLOS VIEIRA DE CASTRO
A ORGANIZAÇÃO DO ALMOXARIFADO DA
PENITENCIÁRIA AGRÍCOLA DO ESPÍRITO
SANTO
SERRA
2014
ELIONALDO DE OLIVEIRA CRUZ
JOSE CARLOS VIEIRA DE CASTRO
A ORGANIZAÇÃO DO ALMOXARIFADO DA PENITENCIÁRIA
AGRICOLA DO ESPÍRITO SANTO
Projeto de pesquisa apresentado à disci-
plina de TCC, do curso de Bacharel em
Administração, da Faculdade do Centro
Leste, como requisito para avaliação na
referida disciplina.Orientador: Prof.º Vi-
valdo Taliule Junior
SERRA
2014
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – VISÃO DO DEPÓSITO ESTRATÉGICO .............................................................. 17
FIGURA 2 – CUSTO TOTAL ESTOQUE ................................................................................... 23
FIGURA 3 – CUSTO TOTAL ARMAZENAGEM ..................................................................... 25
FIGURA 4 – LAYOUT POR PRODUTO .................................................................................... 33
FIGURA 5 - FACHADA DO ATUAL ALMOXARIFADO ........................................................ 34
FIGURA 6 – ESTANTES HORIZONTAIS ................................................................................ 34
FIGURA 7 – EMPILHADEIRA COM SIMULADOR ................................................................ 37
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5
1.1 SITUAÇÃO ATUAL DA PENITENCIÁRIA AGRÍCOLA ............................................ 6
1.2 O PROBLEMA ................................................................................................................. 9
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 10
1.4 OBJETIVO ..................................................................................................................... 11
1.4.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 11
1.4.2 Objetivos especificos ..................................................................................................... 11
2 METODOLOGIA ......................................................................................................... 12
2.1 PESQUISA METODOLÓGICA .................................................................................... 12
2.1.1 Pesquisa aplicada .......................................................................................................... 12
2.1.2 Pesquisa bibliográfica ................................................................................................... 12
2.1.3 Pesquisa exploratória ................................................................................................... 13
3 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 14
3.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS .................................................................................. 14
3.1.1 Objetivos da administração de materiais dentro do contexto penitenciário ........... 16
3.2 POSSÍVEIS ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO ALMOXARIFADO DA
PENITENCIÁRIA AGRÍCOLA E DE TODOS OS ALMOXARIFADOS DO COMPLEXO ... 16
3.2.1 Criação de um depósito ................................................................................................ 16
3.2.2 Uso de ferramentas especializadas de TI .................................................................... 20
3.3 ESTOQUES .................................................................................................................... 21
3.3.1 Objetivos do estoque ..................................................................................................... 22
3.4 ARMAZENAGEM ......................................................................................................... 23
3.5 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................ 25
3.6 SEPARAÇÃO DE MERCADORIAS ............................................................................ 27
3.7 LAYOUT ........................................................................................................................ 29
3.7.1 Objetivos do Layout ...................................................................................................... 29
3.7.2 Criação do Layout ........................................................................................................ 30
3.7.3 Layout por produto ...................................................................................................... 32
3.7.4 Layout do almoxarifado da Penitenciária Agrícola ................................................... 33
3.7.5 Prateleiras adequadas e espaços para movimentação de máquinas ........................ 34
3.8 TREINAMENTO ............................................................................................................ 35
3.8.1 Treinamento X desenvolvimento ................................................................................. 36
3.8.2 Objetivos e processos do treinamento ......................................................................... 38
3.8.3 Por quê treinamento num almoxarifado de uma penitenciária agrícola? ............... 39
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 41
5
1 INTRODUÇÃO
Melhorar a gestão dos estabelecimentos prisionais no Brasil é uma necessidade. Segundo da-
dos obtidos no site do Conselho Nacional de Justiça a população carcerária nacional chega a
um número de 711.463 presos. No Estado do Espirito Santo o quadro não é diferente, a popu-
lação carcerária é de 14.7937. Com estes números podemos inferir que haverá crescimento em
2015, considerando que a criminalidade tem aumentado.
Através da observação do sistema penitenciário, mais especificamente o do Estado do Espirito
Santo e da importância de seus almoxarifados, foram pesquisadas algumas formas de sanar as
falhas em seus processos de armazenagem, estrutura e administração e, desta forma contribuir
para o processo de ressocialização dos presos inseridos neste processo.
O que incentivou a pesquisa sobre o assunto foi justamente uma observação nestas unidades e
detecção da deficiência na organização. Depois de concluído, este trabalho poderá contribuir
para a organização do almoxarifado que será utilizado como referência e servir de modelo
para os demais almoxarifados desse referido complexo e das demais penitenciárias do Brasil.
Um almoxarifado de uma penitenciaria agrícola é composto por uma diversidade de materiais,
desde materiais para agricultura, materiais de higiene, cama e uso pessoal para internos que
estão sobre a custódia do estado, materiais de treinamento para cursos de pintura, elétrica,
soldas e bombeiro hidráulico, materiais de operações táticas para o setor de Segurança e mate-
riais de escritório.
Visando contribuir para a melhoria da gestão este trabalho tem por objetivo estudar como é o
sistema de armazenamento de mercadorias na Penitenciaria Agrícola do ES, situada no Muni-
cípio de Viana – ES. Isto foi motivado por uma inspeção recente no Almoxarifado central que
detectou mercadorias com prazo de validade vencida, materiais sobrando e outros faltando,
prateleiras inadequadas para armazenamento destes materiais, além disso, foram observados
também locais impróprios e sem estrutura para armazenamento e a falta de controle de esto-
ques.
6
1.1 SITUAÇÃO ATUAL DA PENITENCIÁRIA AGRICOLA
A PAES – Penitenciária Agrícola do Espírito Santo, situada na cidade de Viana é uma das
mais importantes sudsidiárias da SEJUS,
Conforme Martinuzzo (Acesso 2003), por definição institucional, a SEJUS tem co-
mo competência: coordenação, articulação, planejamento, implantação, controle da
Política Penitenciária Estadual, supervisão da aplicação da Lei de Execução Penal
(Lei 7.210), supervisão dos programas assistenciais aos reclusos e seus familiares
com vistas a reintegração do recluso à sociedade, bem como às vítimas e suas famí-
lias, implementação de politicas Públicas de proteção a vítimas e testemunhas de in-
frações penais; promoção do atendimento ao indiciado, acusado ou condenado; con-
trole e supervisão da criança e do adolescente submetidos as medidas de proteção e
socioeducativas, em integração operacional na forma da lei; coordenação e promo-
ção das políticas de prevenção e educação, quanto ao consumo de drogas e à repres-
são ao narcotráfico; entre outras ações voltadas para a ordem pública e o bem-estar
humano e da justiça social. O órgão responsável pela execução das medidas sócio
educativas é o Instituto de Atendimento Sócio Educativo do Espírito Santo (IASES),
autarquia vinculada à SEJUS. A Secretaria da Justiça, na estrutura do Governo do
Estado do Espírito Santo, também se agrega ao PROCON Estadual.
A PAES contém diversas parcerias com empresas capixabas que contém em seus quadros de
funcionários alguns internos que estão no regime semiaberto. Está localizada no bairro Cabral
no município de Viana-ES, com área de 150.000 m², incluindo Escritório Administrativo,
Serviço-Social, Laboral, Psicologia, Enfermagem, Local de Visitantes, Alojamentos, Centro
de Treinamento, Almoxarifado, Unidade de Saúde, conta também com quatro pavilhões com
capacidade de 150 presos cada.
Para a realização deste trabalho foram estudados algumas teorias importantes da logística
na Administração de Materiais tais como: Armazenagem, Objetivos de Estoques, Layout,
Treinamento e Softwares adequados para uma melhor gestão de um almoxarifado.
Com a aplicação de todos estes conceitos poderá haver uma melhoria significativa para
operacionalidade e administração no almoxarifado da penitenciária, e desta forma contri-
buir para o processo de ressocialização dos presos, pois os materiais ali armazenados e
com o seu correto manuseio e distribuição serão importantes para uma higiene pessoal
dentro dos padrões de uso.
Este trabalho objetiva realizar um diagnostico da situação atual do almoxarifado da Penitenci-
ária Agrícola de Viana. Pretende-se, além disso, sugerir melhorias que tornem possível a or-
ganização do almoxarifado, utilizando conceitos de logística e de administração.
Ao fazer um mapeamento de toda estrutura formada pela Penitenciária Agrícola, constatamos
que existem cinco áreas de armazenamento de materiais, conforme descrito abaixo:
7
a) A unidade central onde são armazenados itens relacionados a higiene, roupas de uso
pessoal do interno, roupas comuns que são trocadas no momento em que o preso rece-
be alvará e roupas de cama tais como: colchões, cobertores, lençóis, toalhas e etc;
b) O segundo ponto podemos dizer que é a unidade onde ficam armazenados materiais de
uso em escritório que por sua vez fica separado da unidade Central;
c) A terceira unidade armazena materiais usados na manutenção dos setores agrícolas
tais como: o setor de plantio de mudas da INCAPER, o setor onde os veterinários cui-
dam dos animais que são capturados, o setor de tratamento de animais através de di-
versos materiais como: vacinas, antivermecidas, agrotóxicos e ferramentas para uso de
agricultores, que é realizado através de funcionários treinados;
d) Uma quarta unidade onde ficam as ferramentas para treinamento de pintura, solda, elé-
trica e bombeiro hidráulico;
e) Uma quinta unidade onde são guardados materiais referentes ao uso da segurança, ma-
teriais de uso tático tais como: munições não letais, capacete protetor, escudos, coletes
balístico, rádios comunicadores, tonfas, diversos armamentos e etc.
Podemos considerar o fato destas unidades estarem distantes umas das outras pelo fato de
serem materiais diferenciados para fins diferentes. Porém, existe a necessidade de algumas
modificações nestas unidades que tornarão mais ágil o processo da organização no almoxari-
fado.
Em visita às unidades acima, constatamos que não havia um controle na destinação, na guarda
e conservação dos materiais. Além disso, constatamos também, que o controle de estoque
acontece de forma manual baseado nos métodos de armazenagem obsoletos em estantes de
madeira.
8
Isso tudo, demonstra a necessidade da organização do almoxarifado com a centralização e
guarda dos materiais, exceto a quinta unidade por se tratar de material de segurança.
Também identificamos a necessidade de treinamento para os funcionários que serão respon-
sáveis pela operação do almoxarifado.
Conforme visto no item anterior todo o trabalho seguirá um curso que para tal serão estudados
alguns métodos mais elaborados e suas aplicações práticas que deverão seguir algumas lógi-
cas e conhecimentos aprofundados de alguns autores especialistas no assunto tais como:
Ballou (2006), Dias (1993) e outros.
Na penitenciária existe uma área para o INCAPER realizar projetos de plantio de mudas, es-
paço para aprendizagem de cursos de solda, pintura, bombeiro hidráulico e elétrico para os
detentos que estão no sistema semiaberto1. Este sistema provoca uma rotatividade de pessoas
e uso de materiais diversos que são armazenados no almoxarifado.
O foco dos administradores de penitenciárias está diretamente ligado nos processos adminis-
trativos e operacionais de ressocialização e remissão de pena, e nesse caso, o almoxarifado
pode ser visto como algo secundário, sendo assim há necessidade de aplicação de métodos
logísticos para o aperfeiçoamento dos processos, tanto na separação destes objetos quanto
para sua correta forma de armazenagem.
1.2 O PROBLEMA
Poderemos medir a importância de um olhar mais critico sobre o almoxarifado através da aná-
lise dos resultados que desencadearam transtornos em exemplos de outras penitenciarias onde
ocorreram rebeliões no passado, onde o principal motivo foram justamente por escassez de
1Sistema semi-aberto: Este regime é aplicado para os crimes de potencial menos graves e para réus primários.
Fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento
similar. É admissível o trabalho externo, bem como a frequência a curso supletivo profissionalizante, de instru-
ção de segundo grau ou superior.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime
menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no
regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento,
respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º. 12.2003). Código
penal.
9
produtos de higiene e de uso individual, Useem & Kimball (1987,1989) explicam como estes
fatores contribuem para uma rebelião. As possibilidades de emergência de movimentos de
rebeldia por conta das privações que são impostas aos presos, a falta desses produtos podem
causar gastos com remédios gerando gastos com medicação e, em alguns casos, com combus-
tível para remoção do detento nas escoltas para o hospital.
Conforme observado durante a visita em todas as unidades do almoxarifado da penitenci-
aria agrícola de Viana encontramos diversas falhas tanto em suas formas de serem arma-
zenadas, quanto de suas formas de uso. Também detectamos de que há uma necessidade
urgente de mudança no layout interno e externo do almoxarifado, pois algumas mercado-
rias estavam perecendo por falta de espaço. O vencimento de mercadorias, sobra de mate-
riais e falta de outros, deficiência de prateleiras adequadas para a guarda destes materiais,
locais impróprios não arejados e sem estrutura para armazenamento, falta de controle de
estoques, falta de treinamento para os profissionais que trabalham no almoxarifado são
alguns dos problemas que serão analisados.
Como melhorar a armazenagem de materiais para evitar transtornos tais como: doenças e
rebeliões?
1.3 JUSTIFICATIVA
A pesquisa será relevante para mostrar alguns erros que são cometidos onde não há especiali-
zação técnica dentro de qualquer setor, e que são imperceptíveis quando não existe um trei-
namento adequado aos colaboradores que atuam nestes setores. Esta pesquisa tratará de assun-
tos discorridos durante o curso de administração.
A aplicabilidade dos possíveis resultados será de grande valia para o sistema penitenciário que
poderá despertar em suas unidades os conceitos abordados nesta pesquisa.
Este trabalho tem como foco: Contribuir para a organização do Almoxarifado da Penitenciária
Agrícola de Viana do Espírito Santo e criar um modelo que possa ser copiado por outras peni-
tenciarias.
10
Os profissionais que trabalham dentro do Almoxarifado Central da Penitenciária Agrícola do
Espírito Santo terão maior especialização e saberão como controlar esse almoxarifado através
da aplicação de treinamento adequado.
Organizando as unidades dentro de um padrão de acurácia haverá mudanças no controle e
gerenciamento do estoque, além de facilitar a movimentação de material e produtos.
1.3 OBJETIVO
1.4.1 Objetivo Geral
Sugerir métodos e técnicas para organização, estrutura e separação de materiais de forma a
orientar a equipe responsável pelo Almoxarifado da Penitenciária de Viana do Espírito Santo
a evitar o desperdício e danos de materiais. Uma vez que todo material danificado pode perder
sua total utilidade e gerar certo prejuízo, espera-se através desses métodos e técnicas, uma
melhor eficiência e eficácia na operação desse almoxarifado.
1.4.2 Objetivos específicos
• Noção de Administração de Materiais e seus objetivos;
• Sugestão de alternativas para melhoria do almoxarifado da Penitenciária Agrícola;
Sugestão para a escolha do Layout que melhor irá se adequar as necessidades do Al-
moxarifado Central.
Sugestão para a escolha da estrutura física e localização do almoxarifado central do
Complexo Penitenciário de Viana do Espírito;
11
Sugestão para a aplicação de treinamento para os funcionários que trabalham no Al-
moxarifado Central da Penitenciária Agrícola de Viana do Espírito Santo, e como de-
verá ser realizado.
2 METODOLOGIA
O método científico aplicado para este projeto será o Fenomenológico por ter caráter objetivo.
Através dessa metodologia, utilizaremos e aplicaremos os conhecimentos dos especialistas da
área de Logística para solução dos problemas encontrados no Almoxarifado da Penitenciária
Agrícola de Viana do Espirito Santo.
Para desdobramento deste trabalho utilizaremos os seguintes tipos de pesquisa conforme Al-
meida (2007):
2.1 PESQUISA METODOLOGICA
Através dessa pesquisa recolhemos informações reais para que possamos chegar ao caminho
ou procedimento do resultado esperado.
2.1.1 Pesquisa Aplicada
Ela é inspirada pela busca de soluções para fatos concretos que são imediatos ou não. Sua
motivação vem a partir da curiosidade do pesquisador em conhecer e resolver o problema.
2.1.2 Pesquisa Bibliográfica
Esse meio de investigação será utilizado por possibilitar a busca em publicações do tipo im-
pressa ou eletrônica artigos, livros, revistas, manuais e etc. de vários autores onde serão anali-
12
sados os conceitos e aplicados neste trabalho com o intuito de se atingir os objetivos desse
trabalho de forma fácil e compreensiva. Além disso, é acessível e pode esgotar em si mesmo.
2.1.3 Pesquisa Exploratória
Nesse tipo de pesquisa é realizada a investigação de falhas e problemas através de dados rele-
vantes que servirão de base para balizar esse trabalho para a solução da organização do almo-
xarifado da Penitenciária Agrícola do Espírito Santo.
Contudo se faz necessário a utilização de dados com qualidade para que se obtenham os obje-
tivos desejados e se faça uma análise correta dos problemas no almoxarifado em questão. Po-
rém, quanto mais dados relevantes com qualidade, melhor será o diagnóstico e a aplicação das
técnicas em armazenagem para obtenção dos objetivos desse trabalho.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Para J.R. Tony (1999) a administração de materiais é uma função coordenadora responsável
pelo planejamento e controle do fluxo de materiais.Seus objetivos são:
Maximizar a utilização dos recursos da empresa e fornecer o nível requerido de serviços ao
consumidor, interligando este conceito Dias (1993), vai além e diz que não podemos separar o
almoxarifado do movimento ou transporte interno de material por haver uma forte ligação
entre eles.
Através destes conceitos Podemos observar melhoras na redução dos seguintes fatores: aci-
dentes de trabalho, deterioração dos demais materiais e equipamentos para movimentação e
nos problemas de administração através de processos adequados para guarda de matéria pri-
ma, peças em fase de transformação, e produtos finalizados. O mercado está cada vez mais
competitivo demandando uma mão de obra especializada e uma crescente melhora nos fatores
citados acima.
13
Esses fatores acima proporcionam uma redução no desgaste dos equipamentos utilizados,
diminuição de acidentes e de problemas com a administração do almoxarifado.
Um almoxarifado eficiente adota em suas operações metodologia de especialistas em logística
para atuação tanto na estocagem de materiais, como no capital necessário para sua operação.
Para que isso ocorra, é necessário que esse sistema seja projetado e organizado conforme as
necessidades da organização para que o material seja guardado adequadamente. Esse sistema
pode sofrer modificações ao longo do tempo devido a fatores indiretos, onde, por exemplo,
métodos eficazes podem se tornar obsoletos devido ao desenvolvimento ou a sofisticação de
materiais e equipamentos novos e até mesmo métodos mais usados ao longo do tempo.
Não se pode esquecer que o sistema utilizado para administração de materiais deve ser ade-
quado a necessidade do Almoxarifado da Penitenciária Agrícola de Viana do Estado do Espí-
rito Santo que possui suas particularidades e problemas como qualquer outro almoxarifado, o
que deve ser observado e lembrado no momento que se for projetar e definir o sistema de ad-
ministração de materiais.
Conforme Dias (1993), os materiais estão divididos em categorias que são: gases, líquidos e
sólidos. Em certos casos, podemos encontrar classificações divididas em subcategorias como
no caso dos gases que estão divididos em produtos de alta e baixa pressão e podemos encon-
trar dentro dessas classificações outras características como cor, poder corrosivo, cheiro e etc.
Cada material possui particularidades físicas e químicas que devem ser observadas na sua
estocagem e manuseio para que se mantenha a integridade e qualidade desses materiais e evite
acidentes com eles.
Devido às características dos materiais estocados, eles podem sofrer alterações em suas quali-
dades e características, podendo em alguns casos o produto ou material ficar inutilizado. Um
exemplo disso são os produtos perecíveis onde devem ter seu consumo utilizado o mais rápi-
do possível, caso contrário perde suas características e qualidades não sendo possível seu con-
sumo. Outros produtos ao serem consumidos devem ser esgotados de imediato, caso contrá-
rio, seu consumo se torna impróprio posteriormente. É necessário que se tenha cuidado e seja
feito o planejamento tanto para a aquisição, consumo e transporte dos produtos e materiais
que serão guardados e consumidos.
Devemos saber sobre todos os equipamentos disponíveis em outros processos para possamos
fazer o transporte e a armazenamento da quantidade estipulada.
14
Não é correto utilizar o mesmo processo de transporte para todos os tipos de materiais como
se tivessem características semelhantes, pois esse processo pode ser adequado para um, porém
para o outro não seja ocorrendo o risco de dano e alteração na característica. Dessa forma, não
podemos levar em conta a quantidade usada, pois em certos casos é possível permanecer, em
longo prazo, com um estoque parado mesmo que seja em grande quantidade não necessitando
para isso a compra de equipamentos para uso no processo de armazenagem.
Um almoxarifado que opera de forma acertada reflete no transporte e guarda dos materiais e
produtos. Os danos causados nos equipamentos utilizados são reduzidos, assim como o não
aceite de produtos e materiais ou até mesmo a perda deles.
3.1.1 Objetivos da administração de materiais dentro do contexto
Quando há a falta de algum produto, podemos medir como é muito importante administrar o
fluxo de materiais ou produtos em um almoxarifado, pois quando se falta materiais para as
tarefas diárias ou distribuição de produtos de higiene para os detentos em uma penitenciária
gera uma insatisfação coletiva. Segundo pesquisas do Conselho nacional do ministério publi-
co (2013) feito em algumas penitenciárias do ES foi constatado que a falta de materiais higiê-
nicos e pessoais tais como,calção e camisa foram as principais causas de revoltas nos presos.
Uma boa administração de materiais deve ter o produto correto com o mínimo custo possível,
no momento e local correto de sua utilização.
3.2 POSSIVEIS ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO ALMOXARIFADO DA
PENITENCIÁRIA AGRICOLA E DE TODOS OS ALMOXARIFADOS DO COM-
PLEXO
3.2.1 Criação de um depósito
A criação de uma base estratégica irá suprir todos os almoxarifados das penitenciarias do
complexo de Viana e dará suporte na falta de materiais. Dessa forma, o excesso de materiais
será evitado dentro das penitenciarias e haveria auxilio no suprimento de materiais.
15
Figura 1
Nestes ambientes segundo dados da pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público
(Acesso 2013) foram tiradas algumas amostras sobre alguns presídios do complexo que pode-
rão nos dar uma visão mais ampla sobre a real necessidade de suprimento nos almoxarifados
e suas consequentes deficiências na qualidade e ofertas destes produtos neste depósito:
a) Presidio de segurança media I (P.SME I ) – Capacidade da Penitenciária: 96 presos.
Lotação da Penitenciária: 201 presos. O material de higiene também é motivo de re-
clamação por parte dos internos, pois os materiais não eram suficientes para atender
à demanda da penitenciária. Assim, apesar de ser entregue a cada 15 dias e com re-
gularidade, a quantidade é insuficiente. Diante disso, os presos indicam que antes do
final do mês o material de higiene acaba. Ainda no que concerne ao material de hi-
giene, foi esclarecido pelos presos que a qualidade do mesmo é péssima, especial-
mente do papel higiênico, e que alguns produtos causam irritação na pele, como no
caso do sabonete e do papel higiênico. Os familiares não podem adentrar na peniten-
ciária com material de higiene e/ou comida, ou seja, não há entrada de malote. Isso
acontece por razões de segurança e para evitar brigas entre os internos ou mesmo
comercialização de tais produtos.
b) Máxima I: Esta unidade é um dos poucos exemplos no país de parceria públi-
co/privada, também conhecida por PPP, no gerenciamento de unidade prisional do
Estado do Espírito Santo. A penitenciária Máxima I é fruto das políticas do INAP –
Instituto Nacional de Administração Prisional. Capacidade da Penitenciária: 520
homens. Lotação da Penitenciária: 520 homens, casos semelhantes de deficiências
em materiais de higiene.
c) Centro de Triagem de Viana – CTV: É o local onde é feita a triagem dos presos que
adentram no sistema prisional. Nesse centro, eles permanecem até que seja feita a
transferência para a unidade indicada de acordo com perfil e situação jurídica do
preso. Um cadastramento/identificação do preso é feito logo no momento da entra-
da, inclusive via Infopen, para então ser providenciada a transferência de cada inter-
no para a devida unidade prisional,uso constante de materiais de higiene e princi-
16
palmente de roupas. Centro de Triagem de Viana - Capacidade do Centro de Tria-
gem: 172 presos. Lotação do Centro de Triagem no dia da visita: 300 presos.
Com base nas informações destes três presídios poderemos observar como é necessário um
deposito estratégico para suprir não somente a penitenciaria agrícola que é o principal elemen-
to deste estudo mas também as demais unidades contidas ali e devido suas superlotações ge-
rando assim necessidades diversas destes materiais, como um presidio é um ambiente propicio
a rebeliões, este depósito serviria até mesmo como medidas de contingência no caso de surtos
de epidemias, diarreias e etc. O complexo penitenciário de Viana tem uma estrutura composta
de doze unidades sendo codificadas da seguinte forma:
CTV – Criminosos recém-chegados passam nesta unidade para que sejam verificados suas
medicações, richas com rivais e a localização de seus parentes. Logo após, eles são encami-
nhados para os CDPVS;
PSMA I E II – Criminosos com homicídios, tráficos e com crimes acima de oito anos;
CDPV – Criminosos recém-chegados que ainda não foram julgados pelo juiz;
DSP – Setor responsável em revistas nos presídios, contenção de rebeliões, motins e escolta
de presos;
PSME I – Devido à descriminação e ameaças de morte, este presidio é separado para a se-
guinte categoria: Estupradores e pistoleiros;
PSME II – Presidio Feminino;
USP – Hospital de presos para pequenas ocorrências de saúde (primeiros socorros);
PAES – Penitenciária Agrícola do Espírito Santo onde chegam todos os presos de outras uni-
dades que já cumpriram parte da pena e que estão faltando apenas 4 anos ou menos para rece-
17
berem alvarás ou presos que são julgados em crimes menores que 8 anos e que estão na cate-
goria de semiaberto para um processo de ressocialização;
DIP – Diretoria de inteligência prisional que revê todos os dados dos recém-chegados e auxi-
lia na triagem do interno;
EPEN – Escola que treina todos os colaboradores do sistema penitenciário;
CPV – Centro Penitenciário de Viana, a portaria realiza o controle das entradas e saídas de
pessoas e veículos no complexo.
3.2.2 Uso de ferramentas especializadas de TI
Um sistema eficaz e que corresponderia com as necessidades de qualquer tamanho de almoxa-
rifado seria o WMS. Para Banzato (1998), um WMS é um software de gestão que aperfeiçoa
todas as atividades operacionais (fluxo de materiais) e burocráticas (fluxo de informações)
dentro do processo de armazenagem, incluindo recebimento, inspeção, endereçamento, esto-
cagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventá-
rios, entre outras. O uso de um WMS traz inúmeros tipos de benefícios, como redução dos
custos de armazenagem, maior controle de informações, alta acuracidade dos estoques e inú-
meras outras, entre as principais está o nível de serviço prestado aos clientes em seguida as
dez principais vantagens em aplicação de um WMS:
Monitora as transações de inventário otimizando a gestão de materiais e insumos;
Reduz custos de inventário eliminando estoques obsoletos;
Otimiza o planejamento do inventários para eficientemente atender as demandas de
manutenção e manufatura;
18
Reduz custos de processos;
Melhor o controle de peças e materiais;
Reduz a falta de materiais em estoque;
Aumenta a eficiência e eficácia na gestão dos locais de armazenagem;
Define níveis de acesso para os usuários;
Controla as transações e eventos de materiais (entradas, saídas e ajustes);
Define quantidades mínimas de estoque, capacidade dos repositórios e pontos de reposi-
ção.
Segundo o blog Universo da Logística (Acesso,2008):
Geralmente quando uma mercadoria está acabando numa prateleira são colocadas
plaquetas que apontam sua escassez, esse processo é chamado de kanbam. Com a
chegada do ECR sigla para Eficiente Consumer Response ou Resposta Eficiente ao
Consumidor, é visado a otimização e sincronia da cadeia de suprimentos através do
ECR. Com isso é possível determinar quantidades exatas e momento de reabasteci-
mento de cada unidade, evitando problemas de estoque. As trocas de informações
são feitas através da tecnologia de transmissão de dados, a internet, e o
EDI(Eletronic Data Interchange ou Intercâmbio Eletrônico de Dados).
É fundamental que o ECR esteja integrado com o WMS(Sistema de gerenciamento
de gerenciamento de armazém) e o ERP (Sistema de Gestão Empresarial) para que
os dados sejam enviados corretamente através da cadeia de suprimento.
Desta forma haverá uma eficiência nos controles dos níveis de estoques, não dei-
xando acarretar danos físicos e psicológicos, pois produtos como toalhas e escovas
de dentes não podem ser produtos compartilhados entre os internos. Imagine se fal-
tam estes tipos de mercadorias nos estoques? Da mesma forma poderíamos dizer do
controle de estocagem de vacinas para animais que ficam no setor de animais reti-
dos. Através destes programas, a TI tem contribuído muito para os almoxarifados.
19
3.3 ESTOQUE:
Traços básicos como custos associados aos estoques, objetivos de estoque e previsão de in-
certezas que poderiam evitar uma série de questões sociais e humanitárias evitando o desen-
cadeamento de fatores dentro do presidio. Existem históricos sobre cadeias, onde os internos
entraram em rebelião devido à falta de objetos de higiene pessoal. Não estamos entrando nos
detalhes sobre redução de custo na sua abrangência total, pois teríamos que equacionar os
gastos realizados com água, luz, telefone, internet, funcionários efetivos, comissionados, DT
(Designação Temporária) e terceirizadas que servem para a manutenção e funcionamento de
uma UP.
A redução de gastos desnecessários com materiais através de uma instalação com capacidade
para estocagem de todos os materiais mais usados em um controle informatizado poderia re-
duzir os gastos em pelo menos uma porcentagem necessária para suprir aos demais gastos.
Para Ching (2001), a visão é de que os produtos devem ser mantidos em estoque por diversas
razões. Seja para acomodar variação nas demandas, seja para produzir lotes econômicos em
volumes substancialmente superiores ao necessário, seja para não perder vendas.
O controle de estoque exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa.
Mesmo em se tratando de um órgão público, os estoques absorvem capital que poderia estar
sendo investido de outras maneiras, como estamos avaliando materiais de uma penitenciária
agrícola poderíamos aumentar a rotatividade dos estoques liberando ativos e economizando o
custo de manutenção do inventário.
3.3.1 Objetivos do estoque
O estoque de uma empresa tem por objetivo trabalhar o seu custo e melhorar o nível de seu
serviço conforme escritos abaixo:
20
a) Se tratando de Custo: Nesse objetivo é realizado o calculo dos custos entre fazer o pedi-
do e manter o estoque de forma equilibrada. Se o almoxarifado possui um grande estoque
médio, seu custo se torna muito oneroso e consequentemente isso significa que a quanti-
dade do pedido foi grande. Quantidades de estoque em larga escala tornam sua manuten-
ção com custos elevados. Se o profissional responsável pelo estoque solicitar grandes
quantidades, esses custos com os pedidos serão reduzidos, pois haverá uma redução na
quantidade de pedidos. O custo total possui sua função em forma de U por haver um valor
mínimo para essa função resultante entre o custo de pedir mais o custo de manter o esto-
que. O objetivo aqui é manter o estoque com custo mínimo fazendo os pedidos necessá-
rios para que sua manutenção tenha custo mínimo.
b) Nível de Serviço: Tem a finalidade de estabelecer o nível de serviço do estoque a fim de
atender a demanda de clientes estipulada. Em alguns casos quando não se há certeza para
calcular o custo de faltas do produto, faz-se necessário estabelecer a quantidade da de-
manda que deverá ser atendida em determinado tempo. Deve-se tomar cuidado para que o
nível de estoque não seja grande demais, pois o nível de serviço pode não suprir essa
quantidade de estoque e impactar o capital empregado. Dessa forma, o ideal é que seja
equacionado a produção e o custo total de estoque com o nível de serviço aos clientes para
que se obtenha um equilíbrio.
21
Figura 2
3.4 ARMAZENAGEM
Neste item usaremos como referência as ideias de Ballou (2011) e Coutinho (2012).
A vantagem da implantação de uma instalação maior, somente será aceita se o administrador
local entender os conceitos dados pelos especialistas em logística sobre o assunto, como
exemplo será citado o conceito de almoxarifado que muitos interpretam de forma errada e
acabam assim tendo uma ideia patética que se restringe a um pequeno local onde se armaze-
nam objetos.
Segundo Coutinho (2012) existe locais adequados a cada uma das especificações.
No que se referem à estrutura física os locais de armazenagem, são considerados como:
a) Armazém: Age como regulador do fluxo de mercadorias entre a disponibilidade (oferta) e
a necessidade (procura) de fabricantes, comerciantes e consumidores;
b) Centro de distribuição: Tem como finalidade gerenciar o fluxo de produtos e informações
associadas, de modo que possa contribuir para a redução das distâncias entre a indústria e
o cliente, minimizando prazos de entrega e contribuindo para o atendimento das necessi-
dades dos consumidores;
22
c) Galpão: Podem ser armazenados máquinas e equipamentos de grande porte;
d) Pátio: Geralmente, nesse ambiente, são armazenados produtos que praticamente não so-
frem danos com as ações do clima, tais como: areia, blocos de concreto e britas, entre ou-
tros. Podem também ser armazenados materiais cujo tamanho e peso não permitem arma-
zenagem em ambientes fechados (já que sua movimentação requer equipamentos de gran-
de porte), tais como bobinas de aço por exemplo.
De acordo com as necessidades locais existem ambientes que compõem estes quatros locais
de armazenagem, a proposta deste trabalho para a Penitenciária Agrícola de Viana do Espírito
Santo será de aplicação de um armazém com dimensões de 20x15m em conjunto com galpão,
e pátio.
Outro fator importante na armazenagem é que os custos podem amortizar de 12% a 40% dos
custos logísticos da empresa conforme escrito por Ballou (2011).
Não é preciso um local enorme para guardar os produtos se a demanda for desconhecida e a
rotatividade não é em lead time (tempo real), entretanto isso não pode ser interessante na área
econômica devido à precisão na demanda. Com a intenção de redução de custos, as empresas
procuram um melhor controle da oferta e a demanda através dos estoques.
Conforme a figura abaixo, os custos com o transporte e produção podem compensar os custos
com o manuseio e estocagem de produtos. No entanto, mesmo a Penitenciária Agrícola de
Viana do Espirito Santo não produzindo, poderá ter compensação com o transporte devido às
unidades abastecidas ficarem dentro do mesmo Complexo.
23
Figura 3
3.5 LOCALIZAÇÃO
Após estabelecer a necessidade de um armazém ou almoxarifado, o próximo passo é saber-
mos onde será localizado. Essa segunda etapa é dividida em duas etapas a se saber:
Localização com referencia aos outros depósitos do Sistema Logístico: Como um sis-
tema logístico possui vários depósitos, deverá ser necessário que os depósitos sejam situa-
dos dentro do mesmo município a fim de se reduzir os problemas computacionais com o
equilíbrio referente aos custos de transporte, manutenção de estoques e processamento de
pedidos para diversas combinações nos pedidos;
Escolha específica de um sítio: Este fase deve ser precedida da definição da localização
geográfica do armazém ou almoxarifado, pois com esta definição poderemos definir em
24
qual município ou distrito industrial será o mais adequado para atender aos depósitos. Os
custos com serviços e com o terreno devem ser ponderados de acordo com cada região.
Alguns fatores podem auxiliar nas decisões para a escolha pela localização de facilidades por
reduzirem a amplitude de escolhas dos analistas. Esses fatores são simplesmente utilizados e
são os seguintes:
Leis de zoneamento locais;
Atitude da comunidade e do governo local com relação ao depósito;
Custo para desenvolver e conformar o terreno;
Custos de construção;
Disponibilidade e acesso a serviços de transportes;
Potencial para expansão;
Disponibilidade, salários, ambiente e produtividade da mão-de-obra local;
Taxas relativas ao local e à operação do armazém;
Segurança do local (fogo, furto, inundação e etc);
Valor promocional do local;
Taxas de seguro e disponibilidade de financiamento;
Congestionamento de tráfego nas redondezas do local.
25
3.6 LAYOUT
Neste item usaremos como base o pensamento de Cury (2012) e de Dias (1993).
É a integração otimizada e organizada entre todos os recursos humanos, físicos e matérias de
forma a atender a demanda e os clientes de forma ágil e satisfatória. Além disso, facilita o
fluxo de materiais, produtos e equipamentos evitando danos e agilizando o processo. Em uma
empresa, a utilização do layout deverá ser aplicada em todos os setores, pois não irá adiantar
nada se um setor possuir a eficiência impactada devida ao setor dependente ter sua atividade
comprometida pela falta de aplicação do Layout.
A aplicação de Layout é importante para um almoxarifado pela realização de estudos para
identificação de estrutura adequada, a sua localização e o espaço disponível a ser utilizado.
“O Layout não possui uma formula pronta para se aplicar na sua implantação, mas o que é
preciso saber são os objetivos a serem atingidos. Pensando assim, podemos imaginar que para
um almoxarifado pode ser interessante à redução do fluxo de materiais ou uma maior estoca-
gem ou ainda redução nos custos” (Dias, 1993).
3.6.1 Objetivos do layout
Com a implantação do Layout, o Almoxarifado Central da Penitenciária Agrícola de Viana
poderá ter uma melhora significativa em toda sua operação desde que observado o seu objeti-
vo. Sua parte burocrática se retornará mais eficaz e ágil. Todo o seu espaço físico será utiliza-
do na operação de forma produtiva não havendo desperdícios. Também como objetivo do
Layout, é fazer com que o fluxo de documento, pessoas, materiais e produtos sejam realizados
quando necessário e reduzido.
Ao criarmos um Layout devemos entender para que determinada tarefa seja utilizada, a quan-
tidade e o caminho percorrido pela documentação. Dessa forma pode-se analisar e criar um
Layout que atenda aquela determinada atividade de forma a desenvolvê-la da melhor forma
possível e eficaz.
26
3.6.2 Criação do layout
Para que todo processo de Layout seja eficiente e eficaz, primeiro ele tem que passar pelo
processo de projeção. Nesta fase é onde ocorre a concepção do Layout da área de trabalho.
Como estamos tratando de projetos, não podemos esquecer que eles englobam mudanças e
intervenções e que isso acarreta em interferência na forma e em como é executado determina-
da tarefa pelo funcionário e como esse terá sua postura. Segundo Cury (2012), o Layout deve
ser desenvolvido o quanto antes e observar a análise administrativa e assim sendo sintetizar
essa metodologia com as seguintes etapas e características abaixo:
Levantamento: Etapa onde a equipe ou analista responsável pela criação do Layout fica
por dentro de todo processo e o planejamento adotado pela empresa para atingir seus obje-
tivos. Aqui é feito uma analise minuciosa de toda documentação, plantas e áreas utiliza-
das, a quantidade de vezes e equipamentos usados para o transporte de produtos, a coleta
de dados ou até mesmo através de entrevistas, questionários ou observando o processo.
Pode-se dizer que é utilizado técnicas para coleta de dados ou informações;
Critica do Levantamento: Aqui é verificado o que está atrapalhando a obtenção dos ob-
jetivos do almoxarifado. É verificado e analisado a forma como os colaboradores estão
utilizando a execução de suas atividades e comparando com o foi estabelecido nos docu-
mentos internos para operação do almoxarifado para que seja criado o fluxo do que está
ocorrendo na prática. A utilização do fluxograma se faz necessário para que se tenha uma
visão do que está acontecendo na prática para que se façam os devidos ajustes na intenção
de se fazer com que os processos e produtos percorram seu trajeto com leveza e agilidade
sem falhas;
Planejamento da Solução: Para que essa fase ocorra da melhor forma possível, é impor-
tante que todo o planejamento seja feito corretamente para que as correções planejadas te-
nham o resultado esperado.
27
A responsabilidade do planejamento é da equipe de analistas responsáveis ou do analista que
deverá ter seu a prática do planejamento autorizado pelo diretor.
Com a autorização da prática do planejamento, é realizada a verificação minuciosa de onde é
necessária a correção, de que forma será realizado e os resultados esperados sendo levados em
conta os custos para esse desenvolvimento para que seja determinado o plano correto de la-
yout. Para que esses resultados esperados sejam obtidos, a equipe de analistas ou o analista
deve verificar as plantas da área, os dados coletados e o fluxograma montado com as altera-
ções previstas para que seja elaborado um desenho de todas as áreas que serão alteradas com
suas janelas, portas colunas, lavatório, etc.
Critica do Planejamento: Após encontrar o resultado que conduzirá até o objetivo dese-
jado, esse resultado deverá ser discutido com todos os envolvidos para que possam ser
mobilizados para a obtenção dos objetivos através do layout resultante das análises e pes-
quisas.
Nessa fase serão discutidos com os usuários tudo sobre o que precisam para o desenvolvimen-
to de suas tarefas. Nesse momento, será visualizado o que será preciso para que o novo layout
seja colocado em prática e os ajustes necessários em cada local de trabalho e sua fluidez;
Implantação: Aqui é o momento onde será colocado em prática o resultado que melhor
se ajusta as necessidades da empresa. Para isso deve ser dado o aceite de todos os funcio-
nários envolvidos em relação ao novo layout desenvolvido e criado para que este seja co-
locado em prática.
É importante ressaltar que pra que tudo ocorra bem na implantação de layout, todos os funci-
onários envolvidos devem ser preparados com treinamento para que saibam o que e como
proceder. Também é necessário que seja feito uma verificação em todos os itens dos equipa-
mentos envolvidos para que estes sejam identificados com etiquetas e não afetem as ativida-
des durante o período de transição;
28
Controle dos Resultados: A equipe de analistas ou o analista responsável pelo projeto do
Layout novo deve acompanhar toda a transição para que se possa medir se a solução en-
contrada é a melhor para suprir as necessidades da empresa e identificar se há a possibili-
dades de melhorias no projeto. Essa fase tem seu intervalo pequeno.
3.6.3 Layout por produto
Como todo projeto possui particularidades, características ou aspectos que são somente dele,
então devemos levar em conta a organização dos produtos para que sejam guardados e trans-
portados de forma segura e eficaz, onde sejam guardados de lógica e da mesma forma o seu
maquinário para transporte.
Nesse tipo de Layout sugerido, os produtos e ferramentas guardados, estão dispostos no al-
moxarifado conforme sua utilização de acordo com sua separação. Dessa forma, os equipa-
mentos necessários para o transporte dos produtos e equipamentos guardados, estão próximos
para facilitar o deslocamento até a entrega final.
A guarda e o transporte são feitos como uma linha reta num espaço adequado e seguro para o
transporte como mostra a figura abaixo:
Figura 4
29
3.6.4 Layout do almoxarifado da Penitenciária Agricola
Atualmente, o almoxarifado da Penitenciária Agrícola de Viana está fragmentado em cinco
unidades onde estão armazenados alguns tipo de mercadorias e equipamentos. Essas unidades
possuem pequenas salas trancadas onde as mercadorias e equipamentos são guardados de
qualquer forma, sem controle e manutenção. Em algumas salas encontramos algumas pratelei-
ras de madeira danificadas que estão presas na parede, equipamentos danificados sem as de-
vidas manutenções e obsoletos. Essas salas são pequenas e com o acesso ruim devido ao es-
paço e o armazenamento pelo chão.
Devido ao ambiente ser de segurança máxima e sem a autorização do diretor da Penitenciária,
não foi possível obtermos uma foto do local. Em compensação, foi possível obtemos uma foto
externa da atual faixada de uma das unidades que se segue abaixo:
Figura 5
Uma mudança no layout das cinco unidades de armazenagens que compõe o almoxarifado,
poderá contribuir de forma que possam atender melhor as necessidades diárias de consumo
tanto na parte interna colocando prateleiras e equipamentos adequados para que haja mais
30
espaço de trabalho com computadores e mesas de escritório para realização de inventários,
quanto na parte externa mudando sua estrutura física com a construção de um galpão maior
com capacidade de centralizar todas as mercadorias num só local, de forma que os materiais
fiquem em ambientes seguros e arejados. Abaixo uma foto do layout que está sendo proposto
para ser implantado e a seguir as prateleiras:
Figura 6
31
Figura 7
Almoxarifado é um local de grande circulação de pessoas e dos mais variados tipos de
produtos, assim, ao programar o LAYOUT de um Almoxarifado os objetivos do layout são
para Cury (2002):
Otimizar as condições de trabalho do pessoal nas diversas unidades organizacionais;
Racionalizar os fluxos de fabricação ou de tramitação de processos;
Racionalizar a disposição física dos pontos de trabalho, aproveitando todo o espaço útil
disponível;
Minimizar a movimentação de pessoas, produtos materiais e documentos dentro as ambi-
ência organizacional.
3.7 TREINAMENTO
Segundo Ivancevich (2008) treinamento é o processo sistemático de alteração do comporta-
mento do funcionário, visando atingir as metas organizacionais. Porém Ana Cristina (2013)
32
relata que devido a competitividade, há uma exigência de constantes treinamentos para todos
os níveis de funcionários da empresa trazendo com isso benefícios para o funcionário e a
empresa pelo fato de aumentar a produção e melhorar a auto confiança das pessoas. Para
Chiavenato, treinamento é o processo de desenvolver qualidades dos recursos humanos para
habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organi-
zacionais.
No passado, o treinamento era um meio de tornar a pessoa apta para determinada função, au-
mentando a força de trabalho. Com o passar do tempo o conceito foi mudando se tornando
uma forma do funcionário melhorar o desenvolvimento de sua função, ou seja, o funcionário
passou a se qualificar melhor e consequentemente passou a ter um rendimento melhor para
cumprir suas atividades. Nos dias atuais, o treinamento é visto de forma mais completa como
o canal que promove uma melhoria nas suas habilidades para inovar e criar, caminhando lado
a lado com a empresa para a obtenção das metas.
Com o treinamento, as pessoas desenvolvem seu lado intelectual agregando valor para a em-
presa na obtenção de seus objetivos. Uma equipe treinada é sinônima de excelência em aten-
dimento e lucratividade para a organização, pois os clientes ficam satisfeitos e seguros com as
informações sobre os produtos e isso gera vendas. O lado intectual da empresa se torna forta-
lecido.
3.7.1 Treinamento x Desenvolvimento
Quando se fala em treinamento e desenvolvimento, algumas pessoas costumam dizer que são
a mesma coisa. Porém não sabem que são similares, mas que possuem uma pequena diferen-
ça. O treinamento é orientado para o agora, para o aprendizado do cargo que irá ocupar hoje
focando melhorar o desenvolvimento e desempenho para o exercício da função a ser ocupada.
No desenvolvimento, a orientação visa o futuro, para o aprendizado de um cargo futuro onde
seu desenvolvimento será focado para o aprendizado e aprimoramento do desempenho para a
nova função.
Chiavenato (2010), alega que tanto no treinamento como no desenvolvimento é constituído o
processo de aprendizagem. Isso significa uma mudança nos hábitos, atitudes, conhecimentos,
33
competências e destrezas. Através do treinamento e desenvolvimento, a pessoa desenvolve
suas habilidades, competências, atitudes e comportamentos diferentes e desenvolvimento de
conceitos abstratos.
O treinamento nas empresas visa proporcionar ao colaborador aprendizagem sobre o que a
empresa pretende no mercado, como ela opera internamente, suas diretrizes e politicas. Em
outras empresas o treinamento tem ênfase transmitir também a visão e missão, sua operação
interna, sobre seus produtos e serviços, sua relação com os clientes e o mercado. Algumas
empresas visam com o treinamento aprimorar a destreza de seus colaboradores para que te-
nham mais segurança e obtenham resultado esperado pela empresa.
O treinamento funciona como um guia para que o colaborador tenha mais segurança no de-
senvolvimento de suas atividades para se chegar ao resultado esperado pela empresa. Para que
isso ocorra, também é necessário que as formas de ação dos treinados sejam mudadas de for-
ma que suas reações sejam tomadas voluntariamente com o intuito de agregar novos conhe-
cimentos à equipe.
Nos dias atuais, empresas globalizadas estão buscando cada vez mais novos mecanismos de
aperfeiçoar o treinamento de seus colaboradores e ao mesmo tempo reduzindo seus custos.
Como por exemplo, podemos citar o caso exposto pela revista eletrônica Logística (2014)
onde a empresa FM Logistic, que é uma especialista em Cadeia de suprimentos mundial, está
implantando dois simuladores em forma de empilhadeira como meio de treinamento. Com
esses simuladores, a empresa pretende tornar o treinamento o mais real possível para adaptar
o funcionário ao ambiente de trabalho, estudar seus movimentos e reações. Também, espera-
se ganhar mais agilidade e segurança tanto na reciclagem quanto na formação de novos ope-
radores.
34
Figura 8
Casos semelhantes de treinamentos por meio de tecnologia podem ser citados como o OGG
que é um software desenvolvido para que executivos treinem suas equipes tanto tática quanto
estratégica a tomarem decisões por meio de simulações do cenário de mercado, para torna-los
cada vez mais competitivos e rápidos nas suas tomadas de decisões. Na plataforma deste jogo
poderemos encontrar informações que transcorrem desde a fabricação do produto até seu ca-
minho de encontro ao cliente, com numerários que impactam tanto nas análises financeiras
DRE(Demonstração do Resultado do Exercício) quanto nas medições de qualidade, levando
aos participantes a terem uma visão diversificada tanto na forma sintética ou especialista em
cada setor da empresa quanto numa visão panorâmica vendo a empresa como um todo. Sendo
assim, todos que participam destes tipos de treinamentos desenvolverão dentro das funções
cognitivas um diferencial de mercado para suas diretorias.
3.7.2 Objetivos e processos do treinamento
Através de informações dos funcionários e nos bancos de dados tais como formação acadêmi-
ca, cursos e aptidões profissionais o setor de RH traça as diretrizes de treinamento pois cada
etapa terá que estar dentro dos parâmetros exatos para traçarem um plano de treinamento,
conforme descreve Ana Cristina (Práticas de Recursos Humanos PRH, 2013).
Em um artigo da revista eletrônica Logística (2011 julho), é relatado que através de um plane-
jamento poderão ser identificado o público alvo e objetivos. Também existem diversas formas
de treinamentos, sejam por meio de e-leaining (internet), Presencial, Coathing (acompanha-
35
mento) etc. Existem dez passos que deverão ser observados sobre o treinamento de uma equi-
pe:
1° Precisamos identificar qual tipo de treinamento que deveremos aplicar aos funcionários da
empresa, pois ao definirmos como presencial surge as seguintes questões:
Será dado por profissional de qualquer setor da empresa, ou do setor RH, ou um consultor
especialista no assunto na modalidade in-company (o consultor vai até a empresa aplicar o
treinamento), ou direcionando aos funcionários a um local especifico onde terão o treinamen-
to por uma empresa de consultoria?
2° Adequar os conteúdos do curso aos objetivos da empresa;
3° Cotação de fornecedores de treinamentos e seus recursos;
4° Definição dos recursos didáticos e conteúdos da ementa das matérias abordadas no treina-
mento que podem ser feitos pelo setor de RH em conjunto com os responsáveis do conteúdo;
5° Planejamento sobre localidade, horário e condições de deslocamento das equipes que rece-
berão o treinamento. Estas etapas poderão ser substituídas caso a empresa opte pela modali-
dade e-learning, pois neste modelo a única necessidade é os alunos terem um local com aces-
so a computadores e internet o que torna o treinamento mais simplificado, pois poderá ser na
empresa ou em casa;
6° Convocação de cada funcionário direcionando aos treinamentos;
7° Separar equipes que serão suporte do treinamento para entrega de crachás, agendamento de
alimentação no caso de treinamento extensivo;
8° Entrega de materiais advindos do treinamento tais como apostilas, canetas, etc;
9° Aplicação de avaliação ao final de cada treinamento como forma de medição de compreen-
são de conteúdo aplicado;
36
10° Confecção de diplomas do curso.
3.7.3 Por que treinamento num almoxarifado de uma Penitenciária Agrícola?
Como já foi dito antes a diversidade de materiais que fluem dentro destes setores obrigam ao
gestor a ter equipes treinadas para atuarem nestes recintos, imaginem uma pessoa que nunca
estudou logística ou que não tenha noção alguma cuidando da parte de gerenciamento destes
processos. Durante a visita constatou-se que o nível de conhecimento era muito baixo. O al-
moxarifado é gerenciado pelo próprio diretor da unidade que por fim nunca realizou um trei-
namento nesta área. Foi sugerida a criação de um setor específico, um treinamento ao diretor e
ate mesmo uma terceirização. Em seguida foi observado que a mão de obra interna dentro
deste almoxarifado é composta por um funcionário público que acompanha uma equipe de
seis presos. Foi sugerido que seja realizado, no local, um treinamento através de um curso
ministrado pelo SENAI para que os mesmos pudessem durante o período matutino estudar e
na parte vespertina colocarem em prática o aprendizado no almoxarifado. Um sistema prisio-
nal é muito complexo, pois uma série de fatores jurídicos, humanos e administrativos permeia
este ambiente levando aos administradores envolvidos a se afastarem de alguns detalhes como
um almoxarifado, portanto seria de grande importância que pelo menos o gerenciamento fosse
feito por um profissional com formação logística para tratar desta parte.
4 CONCLUSÃO
Atualmente, o almoxarifado da Penitenciária Agrícola de Viana está fragmentado em cinco
unidades onde estão armazenados alguns tipo de mercadorias e equipamentos. Essas unidades
possuem pequenas salas trancadas onde as mercadorias e equipamentos são guardados de
qualquer forma, sem controle e manutenção, porém com a concentração de toda mercadoria e
equipamentos irá proporcionar um controle melhor do almoxarifado pois haveriam funcioná-
rios especializados e devidamente treinados tanto controle, organização, guarda e manutenção
de tudo o que estará guardado.
Com a fragmentação do almoxarifado da Penitenciária agrícola, as mercadorias e equipamen-
tos ficavam guardados sem os devidos cuidados e sem manutenção num quartinho pequeno e
trancado, com o novo layout proposto de um único almoxarifado com funcionários devida-
37
mente treinados para o melhor controle, organização, guarda e manutenção de tudo o que será
guardado. Dessa forma, as mercadorias e equipamentos serão guardados num único local, de
forma adequada e correta com as devidas manutenções e controle.
A forma de treinamento indicada trará para o gestor do almoxarifado segurança e condições
para elaborar um treinamento eficaz de acordo com os objetivos a serem alcançados pela ope-
ração do almoxarifado e de acordo com o perfil de cada funcionário recrutado. Também é
necessário que esse gestor busque os que mais tenham aptidões compatíveis com as necessi-
dades do almoxarifado.
Um boa estrutura para operação do almoxarifado é essencial para que se tenha espaço suficen-
te para guarda de todo material e equipamento utilizado dentro da Penitenciária tratada nesse
trabalho. Quando falamos em estrutura, também estamos falando de sua localização pois isso
reduz o tempo no deslocamento e o desgaste nos equipamentos.
Quando falamos em layout e localização da estrutura, nós estamos falando na Administração
de Materiais, pois estamos integrando material, fisico e humano. Não adianta transportarmos
um material em qualquer equipamento pois corremos o risco de danos nele e também não
adianta termos que transportar um material sem equipamento adequado devido a danos pro-
vocados pelo desgaste e falta de manutenção. O estudo da Administração de Materiais é im-
portante para a operação logística para evitar que ocorram danos na mercadoria e nos equipa-
mentos. Esse estudo também proporciona uma melhor operação por utilizar melhor todos os
recursos físicos e humanos de forma integrada, eficiente e eficaz no atendimento a demanada.
Quando falamos em demanda, estamos nos refirindo aos materiais de higiene e uso pessoal
dos detentos que não podem faltar de forma a evitar insatisfação e rebeliões por parte deles.
Lembramos que um excelente atendimento a demanda leva a satisfação do cliente seja no
comércio e também no almoxarifado da Penciária Agrícola de Viana, pois está atendendo as
necessidades do cliente.
38
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