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Samuel Henrique Bucke Brito Novatec IPv6 O Novo Protocolo da Internet

treçho Ipv6 samuel henrique

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trecho do livro de samuel henrique brito

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Samuel Henrique Bucke Brito

Novatec

IPv6O Novo Protocolo da Internet

21Capítulo 1 ■ Evolução da Internet

Figura 1.3 – Origem da Internet em 1969.

Foi somente em 1983, com mais de 500 hosts na rede, que surgiu a Internet propriamente dita com a base estrutural que conhecemos atualmente, ou seja, baseada no protocolo IP. Nesse período, os resultados de diver-sas pesquisas realizadas em todo o mundo foram incorporados à rede mundial, o que contribuiu para o desenvolvimento de um novo padrão de protocolos conhecido como TCP/IP.

A Internet é uma rede totalmente baseada em padrões abertos, onde toda tecnologia que a compõe é publicada pela IETF (Internet Engineering Task Force) em documentos públicos acessíveis a qualquer pessoa, que são denominados RFCs (Request for Comments). Essa é uma das características cruciais da rede, afinal, o desenvolvimento da Internet até ela se tornar o que conhecemos hoje só foi possível por causa dos padrões abertos.

Observação: neste livro, várias RFCs serão mencionadas para que os leitores possam se aprofundar nas tecnologias específicas que serão abordadas. Os leitores interessados no assunto podem facilmente localizar esses documentos técnicos por meio da própria Internet. Reparem que fantástico: estamos utilizando a Internet para aprender sobre a Internet!

29Capítulo 1 ■ Evolução da Internet

Figura 1.9 – Bits iniciais das classes padrões do IPv4.

Pensem que uma empresa com 400 hosts não podia solicitar um bloco Classe C porque, com apenas 8 bits para identificar hosts, somente era possível endereçar 254 hosts (28 - 2). O motivo de subtrair 2 do total de endereços é que o primeiro e o último endereço de toda sub-rede são reservados para identificar a própria rede (primeiro) e para fins de bro-adcast (último). Então, essa empresa era enquadrada na classe superior, a Classe B, com 16 bits para identificar hosts. Acontece que com 16 bits é possível endereçar 65.534 hosts, uma quantidade de endereços muito acima daquilo que era realmente necessário pela empresa. Ou seja, o resultado dessa alocação engessada era o desperdício de mais de 65.000 endereços.

O CIDR (acrônimo de Classless Inter-Domain Routing) foi definido em setembro de 1993, na RFC 1519, com o intuito de propor a flexibilização das classes padrões originalmente projetadas no IPv4, de maneira que a fronteira dos bits reservados para identificar redes e hosts poderia estar localizada em qualquer posição.

O CIDR foi importante para otimizar a alocação dos endereços e trouxe com ele um elemento bastante conhecido dos profissionais de rede atu-almente: a máscara de rede. A máscara de rede é um elemento também de 32 bits que fica responsável por delimitar a fronteira entre o prefixo identificador da rede e o sufixo identificador do host. Toda máscara é formada por um prefixo de bits 1s, que identifica a porção da rede, e um sufixo de bits 0s, que identifica a porção de hosts, sendo que não pode haver intercalação de 1s e 0s.