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FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL PROJECTO FINAL Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua) Autor: Declério Moisés Sebastião Mucachua Supervisora: Eng.ª Ângela Remane Maputo, Julho de 2013

Tese de Licenciatura 'Vangueria infausta (Mapfilua)

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FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL

PROJECTO FINAL

Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e

Características da Produção de Vangueria infausta (Maphilua)

Autor: Declério Moisés Sebastião Mucachua

Supervisora: Eng.ª Ângela Remane

Maputo, Julho de 2013

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de Vangueria infausta (Maphilua)

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DEDICATÓRIA

A memória dos meus entes queridos

Dedico

Dedico este trabalho aos meus pais Moisés Sebastião Mucachua e Rita Boane, aos meus irmãos

Dinércia, Edson, Edmilson, Ercília, Etivaldo, Hélio, Moisés Júnior, Mércio, Nelinho, Ornélia,

Tânia, aos meus sobrinhos Clayton e Patrícia Chantel, as minhas primas Ivete e Elga Neusa, pelo

amor, alegria, carinho e todo apoio em todos momentos.

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.

Os que se encantam com a prática sem a ciência

são como os timoneiros que entram no navio

sem timão nem bússola,

nunca tendo certeza do seu destino

Leonardo Da Vinci

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AGRADECIMENTOS

Expresso gratidão pelo apoio que recebi durante os meus estudos na Faculdade de Agronomia,

ao qual ficou a dever-se o sucesso. Refiro-me aos Docentes da Faculdade, colegas de carteira,

amigos, familiares e todos que directamente ou indirectamente contribuiram na minha formação,

vai um muito obrigado e que DEUS esteja convosco.

Aos meus pais Moisés Sebastião Mucachua e Rita Boane, por todo o amor que têm por mim e

pela preocupação e esforço feito para a minha educação.

À minha supervisora Eng.ª Ângela Remane, pela paciência, orientação, sugestão do tema,

disponibilização dos dados e a sua preocupação pela qualidade do trabalho.

Aos técnicos do Centro de Investigação Florestal, Sr. José Lopes por ter colhido os dados e ter

explicado oralmente o processo de montagem do ensaio e de recolha de dados, Eng.ª Horácia e

Eng.ª Cacilda pela disponibilização de protocolos do ensaio.

Aos Engenheiros Meizal Popat e Bordalo Mouzinho, e ao colega Eugénio Penicela, pelo apoio

prestado na organização e análise dos dados.

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DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA

Declaro que este trabalho de fim do curso é o resultado da minha investigação e nunca foi

apresentado na sua essência para quaisquer fins, estando indicadas no texto e nas referências

bibliográficas todas as fontes por mim consultadas.

Autor

________________________________________________

(Declério Moisés Sebastião Mucachua)

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RESUMO

O presente estudo foi realizado em 2012, com o objectivo de determinar rendimento médio da

Vangueria infausta nos anos 2004, 2005 e 2006, o tamanho médio do fruto, a relação entre o

tamanho do fruto e a produção e de verificar se existia alternância de produção nesta fruteira

nativa. Os dados de produção foram colhidos pelo CIF (Centro de Investigação Florestal, actual

CEF, do IIAM) no seu campo experimental, no Distrito de Marracuene, Província de Maputo,

num ensaio estabelecido com o objectivo de testar o espaçamento da Vangueria infausta

vulgarmente conhecida como Maphilua. As mudas utilizadas para o estabelecimento deste ensaio

foram produzidas por sementes e o ensaio foi estabelecido em 1998 (as sementes foram colhidas

em Marracuene em 1996). O ensaio tinha um total de 81 árvores, que foi considerado como uma

população na qual foi definida uma amostra de 45 árvores seleccionadas de forma aleatória para

determinar os rendimentos e características da produção. As primeiras árvores começaram a

produzir em 2004, portanto em 2004, 2005 e 2006, observou-se para cada árvore, os frutos que

tinham atingido a maturação, e procedeu-se à sua colheita para em seguida se fazer a contagem

dos mesmos, sua pesagem numa balança de precisão e posterior extracção e contagem do

número de sementes por fruto. Os dados obtidos foram usados para determinar os rendimentos

médios (número e peso dos frutos produzidos por árvore) e para gerar um gráfico através do

programa Microsoft Excel 2010, que permitiu também observar a variação na produção e

verificar se existia ou não alternância de produção. Para a determinação do tamanho médio dos

frutos foram colhidos dados anos 2005 e 2006, seleccionando-se ao acaso 10 frutos maduros por

árvore, em 20 das 45 árvores da amostra, que foram pesados e de seguida mediu-se a altura e

diâmetro de cada um e o diâmetro usando o paquímetro. Testou-se a existência da relação, em

termos estatísticos, entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos, através da

regressão e correlação no STATA 10. Com base nos resultados obtidos verificou-se que,

algumas das árvores da amostra apenas iniciaram a produção em 2006 e outras ainda não tinham

iniciado a produção em 2006, o que indica que existe uma grande variação no período de

juvenilidade desta fruteira, os rendimentos foram crescentes (205,1; 404,3 e 555,1, g/árvore,

respectivamente em 2004, 2005 e 2006), registando um aumento de 97% de 2004 para 2005 e de

37% de 2005 para 2006. Algumas árvores (47%) claramente mostraram um padrão de

alternância de produção, enquanto que apenas 13% das árvores mostraram uma produção

crescente entre 2004 e 2006, enquanto que as restantes apenas produziram uma vez (18%), ou

não produziram (13%), ou mostraram um decréscimo da produção (9%).O comprimento e altura

médias dos frutos registaram um aumento em 5.5 e 3.56 % respectivamente, de 2004 para 2005 e

verificou-se que o peso médio de 10 frutos foi apenas influenciado pelo comprimento e não pelo

diâmetro.

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ÍNDICE

DEDICATÓRIA ............................................................................................................................. i

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ iii

DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA ........................................................... iv

RESUMO ....................................................................................................................................... v

ÍNDICE ......................................................................................................................................... vi

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... viii

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................. ix

LISTA DE ANEXOS .................................................................................................................... x

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1

1.1. Antecedentes ........................................................................................................................ 1

1.2. Problema de estudo e Justificação ........................................................................................ 1

1.3. Objectivos............................................................................................................................. 2

1.3.1. Geral .............................................................................................................................. 2

1.3.2. Específicos ..................................................................................................................... 2

1.4. Localização e caracterização da área de estudo ................................................................... 3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 4

2.1. Aspectos gerais ..................................................................................................................... 4

2.2. Usos e valor económico ....................................................................................................... 4

2.3. Botânica ................................................................................................................................ 5

2.4. Ecologia e distribuição ......................................................................................................... 5

2.5. Propagação e maneio ............................................................................................................ 6

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2.6. Alternância de produção....................................................................................................... 7

3. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 9

3.1. Recolha de Dados ................................................................................................................. 9

3.1.1. Contagem e pesagem dos frutos .................................................................................... 9

3.2. Análise de Dados ................................................................................................................ 10

3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos

frutos da Vangueria infausta. ................................................................................................ 10

3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e

2006 ....................................................................................................................................... 11

3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria

infausta nos anos 2005 e 2006. .............................................................................................. 11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 13

4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da Vangueria

infausta ...................................................................................................................................... 13

4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006. ............... 14

4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria

infausta nos anos 2005 e 2006. ................................................................................................. 15

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................. 17

5.1. Conclusões ......................................................................................................................... 17

5.2. Recomendações .................................................................................................................. 17

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 19

7. ANEXOS .................................................................................................................................. 22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Médias anuais, variação percentual da produção e tamanho médio de 10 frutos ........13

Tabela 2: Influência e grau de influência do tamanho médio de 10 frutos no peso médio de 10

frutos .............................................................................................................................................16

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Árvore da Vangueria infausta .......................................................................................5

Figura 2: Frutos de Vangueria infausta ........................................................................................5

Figura 3: Variação de produção por árvore..................................................................................14

Figura 4: Variação de produção por grupo de árvore ..................................................................15

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LISTA DE ANEXOS

DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... i

AGRADECIMENTOS .......................................................................................................... iii

DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA ........................................................... iv

RESUMO .............................................................................................................................. v

ÍNDICE ............................................................................................................................... vi

LISTA DE ANEXOS ............................................................................................................. x

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1

1.1. Antecedentes ........................................................................................................................ 1

1.2. Problema de estudo e Justificação ........................................................................................ 1

1.3. Objectivos............................................................................................................................. 2

1.3.1. Geral............................................................................................................................................................ 2

1.3.2. Específicos .................................................................................................................................................. 2

1.4. Localização e caracterização da área de estudo ................................................................... 3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 4

2.1. Aspectos gerais ..................................................................................................................... 4

2.2. Usos e valor económico ....................................................................................................... 4

2.3. Botânica ................................................................................................................................ 5

2.4. Ecologia e distribuição ......................................................................................................... 5

2.5. Propagação e maneio ............................................................................................................ 6

2.6. Alternância de produção....................................................................................................... 7

3. METODOLOGIA .............................................................................................................. 9

3.1. Recolha de Dados ................................................................................................................. 9

3.2. Análise de Dados ................................................................................................................ 10

3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos frutos da Vangueria

infausta. .............................................................................................................................................................. 10

3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e 2006 ...................... 11

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3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria infausta nos anos

2005 e 2006. ........................................................................................................................................................ 11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 13

4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da Vangueria

infausta ...................................................................................................................................... 13

4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006. ............... 14

4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria

infausta nos anos 2005 e 2006................................................................................................... 15

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................... 17

5.1. Conclusões ......................................................................................................................... 17

5.2. Recomendações .................................................................................................................. 17

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 19

ANEXOS ............................................................................................................................ 22

ANEXO 1. Dados de produção do ano 2004 ......................................................................... 23

ANEXO 2. Dados de produção do ano 2005 ......................................................................... 25

ANEXO 3. Dados de produção do ano 2006 ......................................................................... 27

ANEXO 4. Dados de produção da amostra ........................................................................... 29

ANEXO 5. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2005 ........... 31

ANEXO 6. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2006 ........... 33

ANEXO 7. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2005

........................................................................................................................................... 35

ANEXO 8. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano 2006

........................................................................................................................................... 36

ANEXO 9. Esquema do método de aleatorização X .............................................................. 37

ANEXO 10. Esquema do ensaio da Vangueria infausta ....................................................... 39

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Antecedentes

O Centro de Investigação Florestal (CIF), a 3 de Abril de 1998, estabeleceu um ensaio na sua

estação experimental, no Distrito de Marracuene, Província de Maputo, com o objectivo de testar

o espaçamento da Vangueria infausta vulgarmente conhecido como Maphilua. As mudas

utilizadas para o estabelecimento desta plantação foram produzidas por sementes, e estas foram

colhidas na região de Marracuene, localidade de Ricathla, entre Fevereiro e Maio de 1996,

processadas e testadas pelo CIF no seu laboratório. O ensaio foi composto por três blocos, numa

área total de 405 m2, desenhado com base no delineamento de blocos completos casualizados,

com três tratamentos (espaçamentos de 2,0 x 2,0 m; 2,0 x 2,5 m e 2,0 x 3,0 m), três repetições e

um total de 81 plantas no experimento. Usou-se como bordadura e entre os blocos 114 plantas de

Atleia herbert totalizando 195 plantas (Mula,2012b).

1.2. Problema de estudo e Justificação

A Vangueria infausta é uma espécie nativa de Moçambique e de alguns países no sul da África,

ela possui frutos usados para alimentação por pessoas e animais selvagens. As outras partes da

planta são usadas na medicina tradicional para o tratamento da malária, feridas, problemas

menstruais, uterinos, inchaços genitais, entre outros (Orwa et al., 2009). Segundo Chhabra et al.,

(1984) as frutas desta espécie têm elevado valor nutritivo como uma fonte de carbohidratos,

proteínas, vitamina C (ácido ascórbico) e de minerais, em destaque potássio (K), sódio (Na),

cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P), ferro (Fe) e zinco (Zn).

Pela sua importância alimentar, nutricional e por ser uma espécie de crescimento lento em

relação as outras fruteiras exóticas, nos princípios de 2007, surgiu a necessidade de pesquisar um

pouco mais a espécie para reduzir estes problemas. O CIF experimentou a enxertia desta espécie

com objectivo de encurtar o tempo de frutificação, melhorar a qualidade e o sabor do fruto para

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que esta passe a ser plantada nas residências ou machambas das comunidades a fim de aliviar a

subnutrição verificada em alguns pontos do país (Lopes, 2008). Esta fruteira, embora sendo

importante, dela pouco se sabe no que concerne a existência de alternância de produção, níveis

de produção e como certos factores influenciam esses níveis de produção em Moçambique.

Os estudos dos níveis de produção da Vangueria infausta, servirão de base para indicar, que

factores influenciam esses níveis de produção, para nos próximos ensaios adoptar-se melhores

estratégias para aumentar-se a produção, e satisfazer a dieta alimentar de grande parte da

população rural e suburbana do país. Neste estudo, como pretende-se determinar os níveis de

produção e alternância de produção, através da análise das médias anuais de rendimento por

árvore, escolheu-se apenas três anos dentro do período de 2004 a 2007. Portanto, este estudo

complementará o ensaio que o CIF já tinha estabelecido, e terá como base os dados de peso,

comprimento e diâmetro dos frutos por árvore, colhidos pelo CIF. Este estudo será de extrema

importância para Instituições Agrárias, como o CIF, e particulares, pois carece-se de informação

relativa aos rendimentos anuais desta fruteira.

1.3. Objectivos

1.3.1. Geral

Determinar rendimento médio da Vangueria infausta dos anos 2004, 2005 e 2006, a

relação entre o tamanho do fruto e a produção nos anos 2005 e 2006 e verificar se existe

alternância de produção.

1.3.2. Específicos

Determinar os rendimentos médios, comprimento médio e diâmetro médio dos frutos da

Vangueria infausta.

Verificar a existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006.

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Explicar a relação entre o tamanho médio de 10 frutos e peso médio de 10 frutos na

Vangueria infausta nos anos 2005 e 2006.

1.4. Localização e caracterização da área de estudo

O ensaio foi montado na estação experimental do Centro de Investigação Florestal (CIF), situado

na sede do Distrito de Marracuene. Segundo MAE, (2005) este distrito está situado na parte

oriental da Província de Maputo, está localizado 30 Km a norte da cidade de Maputo, entre a

latitude de 25o 41’20’’ e longitude de 32º 40’30’’. É atravessado no sentido norte-sul ao longo de

uma extensa planície pelo rio Incomati, que vai desaguar no Oceano Índico, no delta da

Macaneta.

O clima do distrito é tropical chuvoso de savana influenciado pela proximidade do mar.

Caracteriza-se por temperaturas quentes com um valor médio anual superior a 20º C e uma

amplitude de variação anul inferior a 10º C (MAE, 2005).

A humidade relativa do distrito varia entre 55 a 75 % e a precipitação é moderada, com um valor

médio anual entre 500 mm no interior e 1.000 mm no litoral. A estação chuvosa vai de Outubro a

Abril, com 60% a 80% da pluviosidade concentrada nos mêses de Dezembro a Fevereiro (MAE,

2005).

Os solos predominantes são arenosos claros, muito profundos, com muita baixa retenção de

água, pouca matéria orgânica na superfície, de areias brancas e soltas das dunas (Mula, 2012a).

A área foi sempre caracterizada como zona antrópica (modificada pela actuação do homem)

representada pela vegetação secundária, usada para a agricultura de amendoim e feijão além do

milho e mandioca em pequena escala (Mula, 2012a).

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Aspectos gerais

As frutas nativas representam um importante recurso alimentar, valor medicinal e sócio-

económico. Estas são mais usadas pelas famílias rurais e constituem uma fonte de alimentação

nas épocas findas da estação seca quando se verifica uma escassez de reservas alimentares

(Bradley et al., 1993).

A Vangueria infausta é uma espécie de planta da família Rubiaceae. É uma planta alimentar

tradicional em África, mas esta fruteira pouco conhecida tem o potencial para melhorar a

nutrição, aumentar a segurança alimentar e promover o desenvolvimento rural (Orwa et al.,

2009). 'Vangueria', o nome genérico, é derivado de uma palavra de Madagáscar, e ‘infausta’, que

significa azar, pois não se deve fazer da madeira uma fonte de combustível, ela deve ser apenas

usada para outros fins como postes de casas e implementos (Behk, 2004). Vangueria infausta é

uma espécie nativa de Moçambique onde é mais conhecido no sul deste país (em tsonga) por

“Npfilua” e a sua fruta por “Mapfilua”. É conhecida em português como Nêspera Selvagem

(Watt e Breyer-Brandwijk, 1962). Esta espécie para além de ser considerada nativa de

Moçambique, é também nativa de Botswana, Quénia, Madagáscar, Malawi, Namíbia, África do

Sul, Tanzania, Uganda e Zimbabwe (Verdcourt e Bridson, 1991).

2.2. Usos e valor económico

Esta fruta tem múltiplos usos, dos quais pode-se destacar, o consumo fresco, armazenamento

para ser utilizada quando há escassez de alimentos, produção de mampoer, uma bebida alcoólica,

que é obtida através da sua destilação ou fermentação, o seu sumo pode também ser utilizado

para fins de aromatizantes (Behk, 2004). De acordo com (Rood, 1994), vinagre pode ser

produzido a partir desta fruta. Esta planta tem valor medicinal também, uma infusão das raízes e

folhas tem sido utilizada para o tratamento da malária, doenças como a pneumonia, tratamento

de micoses e alívio da dor de dentes (Behk, 2004).

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2.3. Botânica

A Vangueria infausta (figura 1) é uma planta de 2-7 m de altura com tronco curto, folhas verdes

médias ou grandes, variando de forma oval a arredondada. Durante a floração ela apresenta

flores com cerca de 4 mm de comprimento e 6 mm de diâmetro com pétalas verde-amarelas. Os

seus frutos são verdes quando não maduros e castanho – alaranjados quando maduros, conforme

ilustrado na fig. 2. É uma fruta carnuda, macia, de polpa doce e possui 3 a 5 sementes rígidas

(Watt e Breyer-Brandwijk, 1962).

Fig. 1. Árvore da Vangueria infausta Fig. 2. Frutos da Vangueria infausta

Fonte: (CDE, 2003) Fonte: (Verdcourt e Bridson, 1991)

Na África Austral, as flores surgem de Setembro a Novembro e os frutos de Novembro a Abril

(Orwa et al., 2009). Estas frutas têm como a época de colheita entre Janeiro e Maio, podendo ser

secadas e armazenadas por um ano para uma eventual época de crise (Chhabra et al., 1984).

2.4. Ecologia e distribuição

A Vangueria infausta é encontrada em todos os tipos de floresta, declives, pastagem arborizada,

também perto do mar sobre as dunas, amplamente distribuída na savana. Ela pode suportar

longos períodos de seca e geada (Orwa et al., 2009). Esta fruteira pode ser cultivada a uma

temperatura média anual entre (17-28°C), precipitação média anual entre (1000 - 1500 mm) e

altitude entre (350-1250 m) (Orwa et al., 2009). Adapta-se melhor em solos latossólicos

(caracterizados por ter uma profundidade superior a 2 m, bem drenados, baixo teor de silte, as

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argilas são predominantemente do tipo caulinita, cujas partículas são revestidas por óxidos de

ferro, responsáveis pelas típicas cores avermelhadas (Orwa et al., 2009).

2.5. Propagação e maneio

Estas plantas podem ser propagadas vegetativamente e por semente. Primeiramente, as sementes

são retiradas da polpa, secadas e quebrar a dormência por vários métodos para enfraquecer o

revestimento; o corte da parte superior da semente é o melhor método de quebra de dormência

para esta espécie, assim as fracturas do revestimento da semente criadas podem aumentar a taxa

de germinação (geralmente 80% ou mais). Outro método de quebra de dormência é mergulhá-las

em água corrente por 24h e na manhã seguinte semear em bandejas de germinação preenchidas

com areia de rio, para de seguida proceder-se com o transplante de mudas para sacos plásticos,

quando elas atingem a fase de 3 folhas, e mantê-las por pelo menos 1 ano antes de semea-las no

campo (Orwa et al., 2009).

As estacas devem ser tratadas com um pó de hormona estimulante da raiz e plantá-las durante o

início da primavera em areia de rio (Orwa et al., 2009).

A propagação vegetativa é um dos melhores métodos para o desenvolvimento desta espécie,

dentre eles o método de enxertia, a garfagem no topo em fenda cheia é um dos mais utilizados,

apresentando precocidade e altos índices de pegamento. Em menor escala realiza-se garfagem à

inglesa simples e garfagem lateral. Durante a enxertia, o porta-enxerto e o garfo apresentam

diâmetro semelhante, em torno de 1 cm.

Uma das práticas de maneio desta fruteira é a poda, que deve ser efectuada quando as plantas

começam a diminuir a sua actividade fisiológica, a sua produtividade. A poda de frutificação é

iniciada após a copa da planta encontrar-se formada, tem por fim regularizar e melhorar a

frutificação quer dominando o excesso de vegetação da planta quer pelo contrário, reduzindo os

ramos frutíferos, para que haja maior intensidade de vegetação. Dessa maneira, evita-se a

superprodução da planta, que baixa a qualidade da fruta levando a decadência rápida das árvores

(Mula, 2012b). A poda de limpeza deve ser feita anualmente nos pomares, com a tesoura de

poda, consistindo na retirada de ramos doentes, quebrados e secos. Geralmente, todas as fruteiras

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necessitam deste tipo de poda. É um tipo de poda executada normalmente em períodos de baixa

actividade fisiológica da planta, ou seja, durante o inverno ou, como nas cítricas, logo após sua

colheita (Mula, 2012b).

2.6. Alternância de produção

Quando a alta produção de frutos é intercalada com anos de baixa ou nenhuma produção, ou

vice-versa, essa característica é denominada alternância de produção. Nos anos de alta produção

os frutos são de tamanho reduzido, enfrentando problemas na comercialização, e no ano

subsequente, devido ao esgotamento das reservas das plantas, ocorre baixa ou até ausência de

produção, que deixa a actividade pouco rentável para o produtor (Moreira e Cruz, 2011).

Portanto, a aplicação de fitoreguladores como técnica para redução da floração, é útil para a

correcção da alternância de produção e o deslocamento da época de colheita (Lima et al., 2012).

Dessa forma, pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de garantir altas produtividades em

anos agrícolas seguidos. Bons resultados são conseguidos com a aplicação nos estágios iniciais

de desenvolvimento dos frutos dum fitoregulador que liberta etileno, capaz de reduzir a

quantidade final de frutos nas plantas, contribuindo para diminuir a alternância e melhorar a

qualidade das próprias frutas (Moreira e Cruz, 2011).

A produção excessiva de frutos, em um ano, causa um esgotamento de alguns minerais e

diminuição do teor de glícidos e outras substâncias de reserva, com isso a planta não é capaz de

promover uma boa formação de gemas florais e, também, de suportar os frutos no ano seguinte

(Fachinello et al., 2009). No caso dos citros, na maioria das espécies, se o esgotamento for muito

grande, a planta não floresce ou apresenta uma baixa floração, e no ano seguinte apenas emitirá

brotações para se recuperar e acumular reservas (Fachinello et al., 2009).

Em grande parte das fruteiras as causas da alternância de produção podem estar relacionadas

com os seguintes factores: nutrição mineral deficiente, carência de carbohidratos, mau

funcionamento do sistema radicular, ocorrência de condições climáticas desfavoráveis durante a

frutificação, como altas temperaturas antes e durante o período de queda natural dos frutos e

secas (Lima et al., 2012).

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As espécies mais susceptíveis à alternância de produção são as cítricas, especialmente as

tangerineiras e laranjeiras; as pereiras; os pessegueiros e as macieiras. Em geral, as cultivares

mais precoces são mais susceptíveis do que as cultivares tardias (Fachinello et al., 2009).

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3. METODOLOGIA

A colheita de dados no ensaio iniciou seis anos após o estabelecimento, a última medição foi em

2007. Do CIF, obtiveram-se dados de produção (quantidade de frutos, quantidade de sementes e

peso de frutos) dos anos 2004, 2005 e 2006 e de tamanho de frutos (altura e diâmetro) dos anos

2005 e 2006. Neste estudo apenas descreveu-se o processo de recolha e analisou-se.

3.1. Recolha de Dados

Os dados para realização deste trabalho foram colectados pelo CIF nos anos de 2004, 2005 e

2006, respectivamente.

Para as medições de altura e diâmetro, foram seleccionados ao acaso 10 frutos maduros por cada

árvore. A medição de altura foi feita com uma régua, colocando-a na posição vertical ao fruto (a

região apical do fruto voltada para o solo). O diâmetro foi medido com o paquímetro, colocando-

o na posição horizontal ao fruto (Lopes, 2012).

3.1.1. Contagem e pesagem dos frutos

Tendo em conta que nem todas plantas de Vangueria infausta iniciam a produção no mesmo ano,

o CIF seleccionou para cada tratamento (árvore), os frutos que tinham atingindo a maturação, de

seguida procedeu com a contagem, e pesagem dos mesmos numa balança de precisão. Dos frutos

maduros foram retiradas as sementes para a contagem (Lopes, 2012)

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3.2. Análise de Dados

3.2.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura média e diâmetro médio dos

frutos da Vangueria infausta.

Portanto, neste estudo pretendeu-se obter as médias anuais de rendimento (2004, 2005 e 2006) da

Vangueria infausta. Para tal, primeiramente, definiu-se um tamanho da amostra dentro da

população de 81 árvores para simplificar a análise estatística. O tamanho da amostra foi definido

com base na grande variação dos níveis de produção por árvore nos três anos. Esta grande

variação origina um desvio padrão médio (dos três anos) alto do peso de frutos, que é indicação

de erro amostral. Para minimizar o erro amostral devido ao desvio padrão alto, definiu-se um

tamanho da amostra que representase mais de 50% da população (exactamente 55%) e que fosse

possível apartir deste tamanho da amostra termos mais de 50% de árvores por parcela (55%), e

com esta base ter-se um método de aleatorização que facilitasse a escolha das árvores por

parcela. Assim ficou definido 45 árvores como tamanho da amostra, dividindo-o por 9, que

corresponde ao número de parcelas e obtendo 5, que corresponde ao número de árvores por

parcela, e a selecção destas árvores por parcela, foi feita através do método de aleatorização X

(anexo 9), pois inclui 5 árvores ou observações, número que representa mais de 50% de árvores

por parcela (9 árvores por parcela).

No Microsoft excel 2010, obteve-se para cada ano (2004, 2005 e 2006) os rendimentos médios,

através da soma do peso de frutos de cada árvore da amostra, e determinou-se também o

rendimento médio dos três anos, somando os rendimentos destes anos e dividindo por três.

Para determinar-se os valores dos parâmetros físicos dos frutos, nomeadamente, a altura média e

o diâmetro médio de 10 frutos da Vangueria infausta, procedeu-se da seguinte maneira para cada

árvore:

Somou-se as alturas de cada um dos 10 frutos e dividiu-se por 10, obtendo-se deste modo a altura

média dos 10 frutos por árvore e o mesmo fez-se com o diâmetro de cada um dos 10 frutos.

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No Microsoft Excel 2010, obteve-se para cada ano (2005 e 2006) a altura média e diâmetro

médio das árvores, através da soma da altura média e diâmetro médio de 10 frutos de todas

árvores.

3.2.2. Análise da existência da alternância de produção por árvore nos anos 2004, 2005 e

2006

Com base nos dados de peso de frutos da amostra (anexo 4), gerou-se um gráfico de colunas

através do Microsoft Excel 2010, que indica os níveis de produção por árvore em cada ano, e

através deste, identificou-se e contou-se as árvores que apresentaram alternância de produção,

dentro deste grupo através do cálculo da variação (diferença do rendimento máximo e mínimo

por árvore nos três anos), identificou-se as que tiveram maior e menor variação de rendimento

nos três anos. Identificou-se igualmente as que não apresentaram alternância (as árvores cuja

produção cresce ao longo dos três anos, as que a produção baixa, as que não produziram nos três

anos e as que produziram num dos anos. Assim, ainda no Excel 2010, gerou-se novamente um

gráfico de colunas para efectuar-se uma análise em termos de percentagem do grupo de árvores

que apresentaram o mesmo comportamento de variação de produção ao longo dos três anos. Para

tal, dividiu-se os grupos em: Árvores que apresentaram alternância e as que não apresentaram

(produção crescente, decrescente, sem produção e produção somente num dos anos).

3.2.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos na Vangueria

infausta nos anos 2005 e 2006.

Para esta análise não definiu-se nenhum tamanho da amostra, porque as medições de altura e

diâmetro de 10 frutos foram efectuadas para um número reduzido de árvores (anexos 5 e 6).

Para cada ano, determinou-se o peso médio dos 10 frutos, nas árvores em que foram medidas a

altura e diâmetro dos frutos, de modo a testar-se a existência de causalidade das variáveis

independentes (altura média e diâmetro médio de 10 frutos) na variável dependente (peso médio

de 10 frutos), através do teste de regressão, e testar o grau dessa causalidade através do teste de

correlação no pacote estatístico STATA 10.

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Para efectuar-se o teste de regressão, para cada variável independente, definiu-se as hipóteses

nula (Ho): Os coeficientes de regressão são iguais a zero e alternativa (Ha): Os coeficientes são

diferentes de zero. A Ho rejeita-se se o valor de P> |t| da (s) variável (s) independente (s) for

menor que 0.05, e se rejeitar-se, quer dizer que o coeficiente de regressão da tal variável

independente é diferente de zero e estatisticamente a variável tem influência no peso médio de

10 frutos. Para testar o grau dessa causalidade teve-se em conta somente a variável independente

que no teste de regressão teve influência no peso médio de 10 frutos, e através do valor do

coeficiente (r) de correlação, definiu-se o grau de influência, segundo (Shimakura, 2006), quando

o r estiver entre: 0 – 0.19 (correlação é bem fraca), 0.20 – 0.39 (correlação fraca), 0.40 – 0.69

(correlação moderada), 0.70 – 0.89 (correlação forte), 0.90 – 1.00 (correlação muito forte), a

correlação é positiva se r> 0 e negativa se r <0, quanto maior for o valor de r mas forte é a

correlação. Para saber se a correlação é significativa, introduziu-se no STATA 10 o comando

“pwcorr peso nome da variável independente que teve influência no peso de frutos”.

Para poder-se validar os resultados do modelo de regressão, tornou-se necessário proceder-se aos

testes de especificação para verificar a consistência dos dados (anexos 7 e 8). Assim para o teste

de normalidade e heteroskedasticidade, usando o STATA 10, recorreu-se aos testes de Shapiro

Wilks e Breausch Pagan, respectivamente.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Determinação das médias anuais de rendimento, altura e diâmetro dos frutos da

Vangueria infausta.

Constam da tabela 1, os resultados dos rendimentos médios anuais, altura média e diâmetro

médio de 10 frutos. Resultados mais detalhados constam dos anexos 4, 5 e 6.

Tabela 1. Médias anuais, variação percentual da produção e tamanho médio de 10 frutos

Variação da Produção (∆V%)

Ano 2004 2005 ∆V% (2004 – 2005) 2006 ∆V% (2005 - 2006)

Médias anuais (g) 205.1 404.3 Aumento de 97% 555.1 Aumento de 37%

Tamanho médio de 10 frutos (cm)

Altura média 2.75 2.9 Aumento de 5.5%

Diâmetro médio 3.26 3.56 Aumento de 9.2%

Desta tabela, pode-se observar que a maior produção média de frutos da Vangueria infausta foi

obtida no ano 2006 e a menor produção no ano 2004, portanto a maior variação de produção

registou-se do ano 2004 para 2005, entretanto do ano 2004 para 2005 registou-se uma menor

variação. Segundo (Mula, 2012b), o aumento de rendimento nesta fruteira pode ser explicado

pelo bom maneio do ensaio, como podas, controlo de infestantes, pragas e doenças, caso

contrário podemos ter uma redução acentuada do rendimento chegando até 100%, como

verificou-se no ano 2012 no mesmo ensaio. A redução de rendimento de um ano para o outro

pode também estar associada á factores climáticos como a temperatura e precipitação, pois

existem limites de temperatura média anual (17-28°C) e precipitação média anual (1000mm),

acima ou abaixo dos quais, a produção pode ser severamente afectada, pois a planta não floresce

ou apresenta baixa floração (Orwa et al., 2009).

A altura média e diâmetro médio de frutos por árvore, aumentaram de 2005 para 2006, embora

em baixa percentagem, o que significa que o tamanho médio de 10 frutos aumentou.

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4.2. Análise da existência da alternância de produção nos anos 2004, 2005 e 2006.

A figura 3, ilustra a variação de produção de cada árvore nos três anos.

0200400600800

10001200140016001800200022002400260028003000

1 5 9 12 16 19 23 27 30 34 37 41 45 48 52 55 59 63 66 70 73 77 81

Nív

eis

de

pro

du

ção

(g

)

Número de identificação da árvore

Variação de produção por árvore

Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006

Figura 3: Variação de produção por árvore

Da figura 3, observou-se que 21 árvores apresentaram alternância de produção, como as árvores

5, 7, 10, 12, 16, 18, 28, 30, 32, 34, 36, 45, 50, 55, 64, 66, 68, 72, 77, 79 e 81, e dentro deste

grupo a árvore que teve maior variação de rendimento nos três anos de produção foi a 81 e

menor foi a 16. As restantes 24 árvores não apresentaram alternância de produção, e deste grupo

as árvores 3, 23, 27, 37, 46 e 70 tiveram uma produção crescente ao longo dos três anos,

entretanto as árvores 54, 57, 73 e 75 tiveram uma produção decrescente ao longo dos três anos,

chegando a não produzir no último ano, as árvores 9, 14, 19, e 39 produziram somente no ano

2004 e as árvores 21, 41, 48 e 59 somente produziram no ano 2006, entretanto, as árvores 1, 25,

43, 52, 61 e 63 não produziram em nenhum dos anos. Importa salientar que a maior produção foi

alcançada no ano 2006 pela árvore 48 e a árvore que teve maior produção média nos três anos foi

a 72.

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A figura 4, ilustra as percentagens dos grupos de árvores que tiveram o mesmo comportamento

em termos de variação de produção.

Figura 4: Variação de produção por grupo de árvores

Da figura 4, pode-se observar que teve-se maior percentagem de árvores sem alternância (53%),

e deste grupo teve-se menor percentagem de árvores, cuja produção decresceu e maior

percentagem de árvores que produziram somente num dos anos, não houve diferença percentual

entre árvores que não produziram e as que a produção cresceu ao longo dos três anos, entretanto

tivemos 47% de árvores que apresentam alternância de produção.

4.3. Relação entre o tamanho médio de 10 frutos e o peso médio de 10 frutos da Vangueria

infausta nos anos 2005 e 2006.

Os resultados apresentados na tabela 2, são referentes aos testes de regressão e correlação entre a

altura média, diâmetro médio de 10 frutos e peso médio de 10 frutos, onde observa-se a

influência e o grau de influência destas variáveis no peso médio de 10 frutos por árvore.

Resultados mais detalhados constam dos anexos 7 e 8.

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Tabela 2. Influência e grau de influência do tamanho médio de 10 frutos no peso médio de

10 frutos

2005

Testes Regressão Correlação

Variáveis

independentes

P> |t| Influência Coeficiente

(r)

Grau de influência

Altura de frutos 0.034 S 0.5479 Moderado

Diâmetro de frutos 0.121 NS _ _

2006

Altura de frutos 0.001 S 0.6833 Moderado

Diâmetro de frutos 0.818 NS _ _

Nota: S – Significativa e NS – Não significativa, a 5% de probabilidade

Para os anos 2005 e 2006, observou-se que, estatisticamente o diâmetro médio de 10 frutos não

teve influência significativa no peso médio de 10 frutos, pois os seus valores do teste do

coeficiente de regressão (P> |t|) são maiores do que o nível de significância de 5% (α=0.05), mas

a altura média de 10 frutos teve influência moderada nos dois anos. No ano 2006 a influência foi

significativa, pois teve-se um valor do teste dos coeficientes de regressão (P> |t|) mais distante do

nível de significância (0.05). Embora a correlação tenha sido moderada nos dois anos, no ano

2006 a altura média de 10 frutos teve uma influência mais forte no peso médio de 10 frutos. Isto

pode estar associado ao aumento da altura média de frutos do ano 2005 para 2006 de 5.5%

(tabela 1).

O facto da altura média de 10 frutos ter tido maior influência no peso médio de 10 frutos nos

dois anos, pode ser indicação de que a selecção de árvores com frutos de maior peso pode ser

feita a partir da medição da altura dos frutos ainda no campo, sem necessidade de pesá-los.

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5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1. Conclusões

Com base nos resultados obtidos, pode-se constatar que:

O ano de menor produção média de frutos da Vangueria infausta foi 2004 e de maior

produção média foi 2006, e houve um aumento de tamanho médio de 10 frutos do ano

2005 a 2006.

Verificou-se existência de alternância de produção em 47% de árvores e 53% de árvores

não apresentaram alternância.

Estatisticamente, o peso médio de 10 frutos foi influenciado somente pelo comprimento

médio de 10 frutos.

5.2. Recomendações

Aos Investigadores:

Nos próximos ensaios com o intuito de garantir altas productividades em anos seguidos

(diminuir a alternância de produção) e melhorar a qualidade das próprias frutas, pode-se

fazer um teste, aplicando nos estágios iniciais de desenvolvimento dos frutos um

fitoregulador que liberta etileno.

Aos extensionistas:

Promover e implementar mais programas de multiplicação da Vangueria infausta e outras

fruteiras nativas, principalmente nas zonas rurais onde ainda verifica-se insegurança

alimentar e nutricional.

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Aos estudantes:

Para o mesmo ensaio, analisar dados de tamanho de frutos dos outros anos, de modo a

verificar se repete-se o resultado do teste de correlação, e se de facto a selecção de

árvores com frutos de maior peso pode ser feita a partir da medição do comprimento dos

frutos ainda no campo, sem necessidade de pesá-los.

Efectuar mais estudos com dados de outros factores, como a temperatura e precipitação e

correlacionar com os rendimentos das árvores, de modo a que se encontre mais

explicações sobre as causas dos níveis anuais de produção.

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 21

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

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ANEXOS

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

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ANEXO 1. Dados de produção do ano 2004

Parcela Árvore Nr de frutos Peso (g) Nr de sementes

1 1 0 0 0

1 2 0 0 0

1 3 0 0 0

1 4 1 14 3

1 5 5 98 23

1 6 7 185 31

1 7 8 87 28

1 8 9 161 24

1 9 34 547 133

2 10 2 58 6

2 11 4 41 9

2 12 0 0 0

2 13 4 119 19

2 14 5 85 5

2 15 0 0 0

2 16 4 105 15

2 17 0 0 0

2 18 0 0 0

3 19 11 236 39

3 20 29 304 8

3 21 0 0 0

3 22 0 0 0

3 23 0 0 0

3 24 9 232 17

3 25 0 0 0

3 26 0 0 0

3 27 4 82 8

4 28 12 261 40

4 29 33 642 73

4 30 0 0 0

4 31 0 0 0

4 32 2 54 7

4 33 34 495 130

4 34 2 44 2

4 35 0 0 0

4 36 11 459 42

5 37 2 25 6

5 38 0 0 0

5 39 2 27 5

5 40 0 0 0

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

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Parcela Árvore Nr de frutos Peso (g) Nr de sementes

5 41 0 0 0

5 42 0 0 0

5 43 0 0 0

5 44 3 48 11

5 45 19 68 13

6 46 6 120 20

6 47 28 458 92

6 48 0 0 0

6 49 0 0 0

6 50 6 117 17

6 51 0 0 0

6 52 0 0 0

6 53 13 121 12

6 54 50 757 154

7 55 0 0 0

7 56 6 109 17

7 57 11 217 43

7 58 18 318 57

7 59 0 0 0

7 60 0 0 0

7 61 0 0 0

7 62 5 70 10

7 63 0 0 0

8 64 26 450 78

8 65 77 1819 283

8 66 36 467 112

8 67 0 0 0

8 68 41 1060 68

8 69 108 3141 392

8 70 8 199 30

8 71 144 2568 386

8 72 61 1212 189

9 73 21 445 46

9 74 0 0 0

9 75 63 911 171

9 76 0 0 0

9 77 41 513 153

9 78 0 0 0

9 79 33 479 124

9 80 3 58 12

9 81 2 46 6

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 25

ANEXO 2. Dados de produção do ano 2005

Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)

1 1 0 0

1 2 0 0

1 3 38 462.3

1 4 67 1174.8

1 5 105 1735.9

1 6 3 229.4

1 7 70 1463.2

1 8 21 650.3

1 9 0 0

2 10 0 0

2 11 59 1382.1

2 12 123 2108.602

2 13 0 0

2 14 0 0

2 15 29 1120.5

2 16 0 0

2 17 20 586.1

2 18 13 362.6

3 19 0 0

3 20 0 0

3 21 0 0

3 22 22 373.7

3 23 6 106

3 24 96 2158

3 25 0 0

3 26 29 263.7

3 27 17 242.7

4 28 0 0

4 29 0 0

4 30 82 1627.6

4 31 12 237.8

4 32 0 0

4 33 25 1225.6

4 34 63 1427.6

4 35 70 1752.6

4 36 23 551.5

5 37 34 491.9

5 38 25 587.6

5 39 0 0

5 40 79 2816.2

5 41 0 0

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 26

Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)

5 42 0 0

5 43 0 0

5 44 0 0

5 45 0 0

6 46 16 254.4

6 47 0 0

6 48 0 0

6 49 22 507

6 50 19 446.7

6 51 0 0

6 52 0 0

6 53 0 0

6 54 29 458.2

7 55 75 1924.4

7 56 7 281.2

7 57 6 103.9

7 58 0 0

7 59 0 0

7 60 0 0

7 61 0 0

7 62 12 193.7

7 63 0 0

8 64 14 217.6

8 65 30 838.5

8 66 23 396.3

8 67 0 0

8 68 31 214

8 69 22 383.3

8 70 56 1011.7

8 71 64 940.5

8 72 69 1048.7

9 73 7 293.1

9 74 0 0

9 75 25 534.4

9 76 0 0

9 77 20 340

9 78 23 254.3

9 79 12 372

9 80 28 218.9

9 81 0 0

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 27

ANEXO 3. Dados de produção do ano 2006

Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)

1 1 0 0

1 2 0 0

1 3 96 1482

1 4 68 1425

1 5 24 509

1 6 16 210

1 7 15 440

1 8 7 766

1 9 0 0

2 10 39 1035

2 11 36 789

2 12 25 469

2 13 0 0

2 14 0 0

2 15 58 1719.9

2 16 3 32.2

2 17 2 207.8

2 18 0 0

3 19 0 0

3 20 0 0

3 21 34 635

3 22 0 0

3 23 38 437

3 24 21 478

3 25 0 0

3 26 37 490

3 27 42 957

4 28 4 139

4 29 27 343

4 30 0 0

4 31 29 465

4 32 12 215

4 33 204 2409

4 34 13 207

4 35 0 0

4 36 0 0

5 37 35 611

5 38 0 0

5 39 0 0

5 40 0 0

5 41 6 95.5

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 28

Parcela Árvore Nr frutos Peso (g)

5 42 0 0

5 43 0 0

5 44 0 0

5 45 46 837

6 46 38 1272

6 47 0 0

6 48 260 2948

6 49 0 0

6 50 5 102

6 51 26 679

6 52 0 0

6 53 8 219

6 54 0 0

7 55 17 792

7 56 0 0

7 57 0 0

7 58 79 1679

7 59 53 1497

7 60 0 0

7 61 0 0

7 62 267 3699

7 63 0 0

8 64 15 313

8 65 147 2828

8 66 21 1401

8 67 0 0

8 68 25 435

8 69 142 2682

8 70 66 2229

8 71 328 3975

8 72 72 1926

9 73 0 0

9 74 0 0

9 75 0 0

9 76 32 489

9 77 45 825

9 78 56 1245

9 79 65 385

9 80 71 1592

9 81 255 2752

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 29

ANEXO 4. Dados de produção da amostra

Tratamentos Peso de frutos (g)

Nr de identificação da árvore 2004 2005 2006 Media

1 0 0 0 0.0

3 0 462.3 1482 648.1

5 98 1735.9 509 781.0

7 87 1463.2 440 663.4

9 547 0 0 182.3

10 58 0 1035 364.3

12 0 2108.6 469 859.2

14 85 0 0 28.3

16 105 0 32.2 45.7

18 0 362.6 0 120.9

19 236 0 0 78.7

21 0 0 635 211.7

23 0 106 437 181.0

25 0 0 0 0.0

27 82 242.7 957 427.2

28 261 0 139 133.3

30 0 1627.6 0 542.5

32 54 0 215 89.7

34 44 1427.6 207 559.5

36 459 551.5 0 336.8

37 25 491.9 611 376.0

39 27 0 0 9.0

41 0 0 95.5 31.8

43 0 0 0 0.0

45 68 0 837 301.7

46 120 254.4 1272 548.8

48 0 0 2948 982.7

50 117 446.7 102 221.9

52 0 0 0 0.0

54 757 458.2 0 405.1

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 30

Tratamentos Peso de frutos (g)

Nr de identificação da árvore 2004 2005 2006 Media

55 0 1924.4 792 905.5

57 217 103.9 0 107.0

59 0 0 1497 499.0

61 0 0 0 0.0

63 0 0 0 0.0

64 450 217.6 313 326.9

66 467 396.3 1401 754.8

68 1060 214 435 569.7

70 199 1011.7 2229 1146.6

72 1212 1048.7 1926 1395.6

73 445 293.1 0 246.0

75 911 534.4 0 481.8

77 513 340 825 559.3

79 479 372 385 412.0

81 46 0 2752 932.7

Media 205.09 404.34 555.06 388.2

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 31

ANEXO 5. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2005

Parcela Árvore Altura Diametro Peso

1 1

1 2

1 3

1 4 2.24 3.21 13.99

1 5 2.53 2.21 18.25

1 6

1 7 2.54 3.20 20.60

1 8

1 9

2 10

2 11 2.84 3.15 16.80

2 12 2.81 3.39 14.62

2 13

2 14

2 15 3.19 3.71 27.57

2 16

2 17 3.16 3.22 25.54

2 18 2.75 3.21 20.25

3 19

3 20

3 21

3 22

3 23

3 24 2.69 3.35 18.70

3 25

3 26 2.29 3.56 15.75

3 27

4 28

4 29

4 30 3.18 3.65 23.34

4 31

4 32

4 33

4 34 3.09 3.51 23.89

4 35 3.03 2.78 18.25

4 36

5 37 3.07 3.39 18.18

5 38 2.9 3.06 16.22

5 39

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 32

5 40 3.18 3.59 25.40

5 41

5 42

5 43

Parcela Árvore Altura Diametro Peso

5 44

5 45

6 46 2.52 2.76 10.29

6 47

6 48

6 49 3.37 3.67 14.53

6 50 3.05 3.78 20.64

6 51

6 52

6 53

6 54 2.71 3.11 14.62

7 55 2.84 3.22 17.91

7 56

7 57

7 58

7 59

7 60

7 61

7 62 3.07 3.76 27.41

7 63

8 64 2.81 3.07 15.34

8 65 2.3 3.38 17.13

8 66 2.1 3.14 16.53

8 67

8 68

8 69

8 70 2.48 2.96 13.65

8 71

8 72 3.24 3.79 24.55

9 73

9 74

9 75 2.06 2.37 17.56

9 76

9 77 2.22 3.31 18.61

9 78

9 79

9 80 2.12 3.24 16.53

9 81

Media 2.75 3.26 18.75

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Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 33

Nota: Os espaços em branco indicam que a árvore não produziu ou produziu abaixo de 10 frutos.

ANEXO 6. Dados de tamanho médio (cm) e peso médio de 10 frutos (g) do ano 2006

Parcela Árvore Altura Diametro Peso

1 1

1 2

1 3 2.6 3.33 17.32

1 4

1 5 3.06 5.19 21.43

1 6

1 7 2.83 3.61 22.81

1 8

1 9

2 10 2.97 3.72 23.79

2 11 4.01 4.62 28.28

2 12

2 13

2 14

2 15 3.3 3.62 14.76

2 16

2 17

2 18

3 19

3 20

3 21 2.93 3.38 19.11

3 22

3 23

3 24 2.79 3.35 18.70

3 25

3 26 2.42 3.13 15.15

3 27 2.79 3.4 20.25

4 28

4 29

4 30

4 31 4.07 4.67 25.54

4 32

4 33 2.61 3.02 13.99

4 34 3.06 3.64 16.27

4 35

Page 47: Tese de Licenciatura  'Vangueria infausta (Mapfilua)

Determinação de Rendimentos Médios Anuais, Tamanho Médio do Fruto e Características da Produção

de Vangueria infausta (Maphilua)

Projecto Final/UEM/FAEF/2013 Declério Moisés S. Mucachua 34

4 36

5 37 2.66 3.11 14.62

5 38

5 39

5 40

5 41

5 42

5 43

Parcela

Árvore

Altura

Diametro

Peso

5 44

5 45 2.08 3.16 16.22

6 46 3.05 3.47 20.64

6 47

6 48 3.08 3.59 24.50

6 49

6 50

6 51 3.3 4.07 31.83

6 52

6 53

6 54

7 55 2.84 3.22 17.91

7 56

7 57

7 58 2.92 3.47 18.25

7 59 3.19 3.65 23.34

7 60

7 61

7 62 2.61 3.08 13.99

7 63

8 64 2.81 3.08 15.34

8 65 2.63 3.16 13.39

8 66

8 67

8 68

8 69 2.8 3.24 16.53

8 70

8 71 2.74 3.2 22.72

8 72 2.46 4.74 10.29

9 73

9 74

9 75

9 76

9 77 2.76 3.35 18.60

9 78 2.86 3.33 17.44

9 79

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de Vangueria infausta (Maphilua)

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Fonte: CIF (Dados de produção dos anos 2004, 2005 e 2006 e de tamanho médio de 10 frutos

dos anos 2005 e 2006 da Vangueria infausta).

ANEXO 7. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano

2005

Prob > chi2 = 0.3044 chi2(1) = 1.05

Variables: erro Ho: Constant varianceBreusch-Pagan / Cook-Weisberg test for heteroskedasticity

. hettest erro

erro 30 0.97489 0.798 -0.466 0.67944 Variable Obs W V z Prob>z Shapiro-Wilk W test for normal data

. swilk erro

. predict erro, residual

_cons -4.261654 6.127889 -0.70 0.493 -16.83504 8.311736 altura 4.498072 2.018937 2.23 0.034 .3555546 8.640589 diametro 3.27313 2.046774 1.60 0.121 -.9265023 7.472763 peso Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]

Total 551.928949 29 19.0320327 Root MSE = 3.6149 Adj R-squared = 0.3134 Residual 352.826423 27 13.0676453 R-squared = 0.3607 Model 199.102526 2 99.5512628 Prob > F = 0.0024 F( 2, 27) = 7.62 Source SS df MS Number of obs = 30

reg peso diametro altura

altura 0.5479* 1.0000 peso 1.0000 peso altura

. pwcorr peso altura, star(0.05)

9 80

9 81 2.81 3.2 17.56

Media

2.9 3.56 19.02

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Nota: Os dados seguem distribuição normal pelo teste de normalidade de Shapiro Wilk, se o

Prob> z for maior que 0.05, e os resíduos são homoskedásticos, se Prob> chi2 for maior que

0.05. O modelo de regressão tem poder explanatório, se Prob> F for menor que 0.05.

*: Significa efeito significativo da variável independente no teste de correlação.

ANEXO 8. Testes de regressão, normalidade, heteroskedasticidade e correlação do ano

2006

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.

altura 0.6833* 1.0000 peso 1.0000 peso altura

. pwcorr peso altura, star(0.05)

Prob > chi2 = 0.1074 chi2(1) = 2.59

Variables: erro Ho: Constant varianceBreusch-Pagan / Cook-Weisberg test for heteroskedasticity

. hettest erro

erro 30 0.97366 0.837 -0.367 0.64323 Variable Obs W V z Prob>z Shapiro-Wilk W test for normal data

. swilk erro

. predict erro, residual

_cons -4.820773 5.172419 -0.93 0.360 -15.4337 5.792153 altura 7.7895 2.06449 3.77 0.001 3.553516 12.02548 diametro .348269 1.500095 0.23 0.818 -2.729671 3.426209 peso Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]

Total 657.570294 29 22.6748377 Root MSE = 3.5999 Adj R-squared = 0.4285 Residual 349.892604 27 12.9589853 R-squared = 0.4679 Model 307.67769 2 153.838845 Prob > F = 0.0002 F( 2, 27) = 11.87 Source SS df MS Number of obs = 30

reg peso diametro altura

ANEXO 9. Esquema do método de aleatorização X

No da

parcela

Plantas No da

parcela

Plantas No da

parcela

Plantas

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Nota: Os números destacados a negrito são as árvores da amostra, seleccionadas do processo de

aleatorização X.

1 1 4 7

4 28 31 34

7 55 58 61

2 5 8 29 32 35 56 59 62

3 6 9 30 33 36 57 60 63

2 10 13 16

5 37 40 43

8 64 67 70

11 14 17 38 41 44 65 68 71

12 15 18 39 42 45 66 69 72

3 19 22 25

6 46 49 52

9 73 76 79

20 23 26 47 50 53 74 77 80

21 24 27 48 51 54 75 78 81

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ANEXO 10. Esquema do ensaio da Vangueria infausta

Fonte: (Mula, 2012a)

No da

parcela

Compasso Atleia

herbert

No da

parcela

Compasso Atleia

herbert

No da

parcela

Compasso

1

(2X2.5)

4

(2X3)

7

(2X2)

2

(2X3)

5

(2X2)

8

(2X2.5)

3

(2X2)

6

(2X2.5)

9

(2X3)

Bloco I Bloco II Bloco III

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Onde:

reg = Comando usado para o teste de regressão

Source = Fonte de variação

Model = Modelo

Residual = Resíduo

df = Grau de liberdade

MS (Mean Square) = Quadrados médios

Number of obs. = Número de observações

R-Square = R-Quadrado

R-Square adjusted = R-Quadrado ajustado

Root MSE = Raíz quadrada da soma dos quadrados médios

Prob> F = Valor de probabilidade usado para ver se o modelo de regressão tem poder explanatório,

comparando-se com nível de significância (0.05)

Coef. = Coeficientes de regressão

Std. Err. = Erro padrão

P> t = Valor do teste “t” (t-calculado) usado para comparar com nivel de significância (0.05)

[95% Conf. Interval] = Intervalo de confiança a 95%

predict erro, residual = Comando usado para estimar o erro dos resíduos

swilk erro = Comando usado para o teste da normalidade dos resíduos

Prob> z = Valor do teste de normalidade de Shapiro Wilk usado para comparar com nível de significância

(0.05)

hettest erro = Comando usado para o teste de heteroskedasticidade dos resíduos

Prob> chi2 = Valor do teste de heteroskedasticidade de Breausch Pagan usado para comparar com nível

de significância (0.05).

Ho: Constant variance = Variância constante

chi2 = Qui-quadrado

pwcorr = Comando usado para o teste de correlação

star(0.05) = Comando acrescentado no teste “pwcorr” para determinar se a correlação é significativa a 5%

de probabilidade pelo teste t