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15/04/2014 1 Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) Existem mais de 50 AINEs diferentes no mercado Estão entre os agentes terapêuticos mais utilizados no mundo inteiro Ações farmacológicas anti-inflamatórios analgésicos antipiréticos

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Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)

Anti-inflamatórios não-esteroidais

(AINEs)

Existem mais de 50 AINEs diferentes no mercado

Estão entre os agentes terapêuticos mais utilizados no mundo inteiro

Ações farmacológicas

anti-inflamatórios

analgésicos

antipiréticos

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calor rubor edema dor Perda da função

SÍNTESE DE EICOSANÓIDES

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Síntese de eicosanóides e efeitos dos

AINES

Enzimas Específicas em Determinados

Órgãos ou Tecidos

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Enzimas Específicas em Determinados

Órgãos ou Tecidos Efe

ito

s d

as

pro

sta

gla

nd

ina

s

proteção da

mucosa gastrointestinal;

controle do fluxo sanguíneo

renal;

homeostasia;

respostas autoimunes;

funções pulmonares e

do sistema nervoso central;

cardiovasculares e

reprodutivas

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Ciclo-oxigenases

COX-1 Constitutiva

TGI, rins e plaquetas (função homeostática)

Outras funções

Agregação plaquetária

Diferenciação de macrófagos

COX-2 Induzida

em céls inflamatórias quando ativadas por IL-1 e TNF-α

Presente no cérebro, rins e endotélio (shear stress)

Importância renal

Desenvolvimento de neoplasias (↑ expressão em câncer de mama e de colo)

COX-3 (?)

Splicing alternativo de COX1

variante presente no SNC

Ação dos Prostanoides:

PGE2

Receptores EP1: contração do músculo liso brônquico e gastrintestinal

Receptores EP2: broncodilatação, vasodilatação, estimulação da secreção de líquido intestinal e relaxamento do músculo liso gastrintestinal

Receptores EP3: inibi inibição da secreção gástrica e ↑ de muco e NaHCO3, contração do músculo liso intestinal, inibição da lipólise, inibição da liberação de neurotransmissores autonômicos e estimulação da contração do útero grávido humano.

PGI2:

Inibição da agregação plaquetária

Vasodilatação

Liberação de renina

Natriurese através de efeitos sobre a reabsorção tubular de Na+

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Ação dos Prostanoides:

TXA2:

Vasoconstrição

Agregação plaquetária

Broncoconstrição

PGF2α:

Contração do miométrio nos seres humanos

Luteólise (bovinos)

Broncoconstrição (gatos e cães)

PGD2:

Vasodilatação

Inibição da agregação plaquetária

Relaxamento uterino

Relaxamento do músculo gastrointestinal

Modificação da liberação nos hormônios hipotalâmicos/hipofisários

Dor

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DOR

é sintoma comum de muitos quadros clínicos e razão

frequente da procura de auxílio médico

1/3 da população experimenta dor que requer atenção médica e determina

incapacitação total ou parcial.

Sucesso da terapêutica → importante valorizar a dor referida pelo paciente

Conceito da dor

Dor: “Experiência sensorial e emocional desagradável, relacionada com

lesão tecidual real ou potencial, ou descrita em termo desse tipo de

dano.” (International Association for the Study of Pain Pain)

→ Nocicepção refere-se a atividade do sistema nervoso aferente induzida por

estímulos nocivos, tanto exógenos (mecânico, físico, químico, biológicos)

quanto endógenos (inflamação, isquemia, ↑ peristaltismo).

→A percepção da dor é variável e influenciada por vários fatores

Critérios de Classificação da DOR

Temporal Aguda: Inflamação (c/s infecção), espástica, isquêmica

Crônica: etiologia (-) conhecida (> dor/depressão)

Fisiopatológico Orgânica: causa conhecida, bem descrita

Psicogênica: sem causa conhecida, pouco definida, não responde à

analgésicos convencionais

Topográfico Localizada e generalizada

Tegumentar (pele, ossos, músculos) e visceral

Intensidade Leve: preferencialmente AINEs

Moderada (ou leve não responsiva): AINEs + Opióides Intensa (ou moderada

não responsiva): Opiódes

→ Dor neuropática: dor intensa por lesões do SNC ou periférico, assoc. rico,

disestesias

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Mecanismo da Dor

DOR

Nociceptores Polimodais (NPM) →estímulos mecânico, térmico,

químico

-Lesão tecidual → ↑ Prostaglandinas →sensibilização dos NPM

(hiperalgesia)

Bradicinina, Histamina + NPM → Σ fibras aferentes →SNC

Fibras Nociceptivas → Camadas superficiais do corno dorsal →

Tálamo

Mecanismo da Dor

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Teoria do

Sistema de Comporta

da Dor

Inibidores da COX

Mecanismos da

dor e as vias de

sinalização

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Na dor

PGI2

Sensibilização rápida de curta duração

As PGLs produzem hiperalgesia

PGE2 PGD2

Sensibilização de inicio lento e de duração

prolongada

A intensidade da dor depende da quantidade e variedade de

mediadores liberados

PGL + Histamina = Dor leve

PGL +Bradicinina = Dor moderada

PGL +Bradicinina + Histamina = Dor intensa

Efeito Analgésico

Em artrite, bursite, dor de dente, dismenorréia

Em combinação com opioides→↓dor pós-operatória

Alívio de cefaléia →↓efeito vasodilatador das PGssobre vasos cerebrais

Lesão

tecidual,

Inflamação

PGE2 e PGI2

Sensibilização

dos nociceptores

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Inflamação

Inflamação

“Capacidade do organismo de desencadear uma resposta

inflamatória é fundamental à sobrevivência, em vista dos patógenos e

lesões ambientais, embora em algumas situações e doenças a

resposta inflamatória possa ser exagerada e persistente, sem qualquer

benefício aparente”

(GOODMAN, 1996)

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REAÇÃO INFLAMATÓRIA

Resposta Inata não adaptativa

- Resposta Imunológica Específica (adaptativa): Celular e Humoral

Multifatorial

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Inflamação

1. Representa uma reação do tecido vivo vascularizado a

uma agressão local de origem:

Externa

• infecciosos, térmicos, mecânicos, químicos, radiações

Interna

• doenças autoimunes (artrite reumatóide), doenças do

colágeno (lúpus eritematoso sistêmico)

2. objetivo: limitar ou eliminar a disseminação do dano e

reconstruir os tecidos afetados (cicatrização completa)

-

Inflamação

- Desencadeado por vários estímulos

(agentes infecciosos, isquemia, interações Ag-Ac, lesão térmica, agentes

físicos)

Nível macroscópico: 4 sinais

Eritema, Edema, Hiperalgia, Dor

(Rubor, Tumor, Calor e Dor)

• Fase Transitória Aguda: caracterizada por vasodilatação localizada e da

permeabilidade vascular

• Fase Subaguda ou Tardia: marcada por infiltração de leucócitos e células

fagocitárias

• Fase Proliferativa Crônica: degeneração tecidual e fibrose

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Inflamação

Mediadores químicos nos processos inflamatórios:

1) Aminas (Histaminas)

2) Lipídios (Prostaglandinas)

3) Peptídeos (Bradicinina)

Inflamação

Prostaglandinas:

Mediadores produzidos em quase todos os tecidos do corpo em quantidadesmuito pequenas. Agem localmente nos tecidos com metabolização rápida.Não circulam no sangue em concentrações significativas.

Regulam o processo inflamatório, a temperatura corporal, a analgesia, a

agregação plaquetária e inúmeros outros processos. Ativam o sistema

imunológico iniciando o processo de defesa (inflamação).

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Efeito Anti-inflamatório

Redução dos produtos da ação da ciclo-oxigenase que atuam sobre

componentes da resposta inflamatória e imune:

Vasodilatação

Edema

Dor

Mecanismo de ação AINES

AINEs

Inibição da COX-1

Efeitos colaterais

TGI, Rins

Inibição da COX-2

Efeitos anti-inflamatórios

Fármacos seletivos para a COX-2

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Mecanismo de ação

Ácido Araquidônico

COX-1

Prostaglandinas

Citoproteção GI

Agregação plaquetária

Função renal

COX-2

Prostaglandinas

Inflamação

Dor

Febre

COX-2

Inibição específica

fisiológico estímulos inflamatórios

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- A inflamação produz sensibilização do receptores da dor

- A febre se deve à estimulação do centro termorregulador

no hipotálamo, responsável pela regulação do nível em

que a temperatura corpórea é mantida

Mecanismo de Ação dos AINE

Inibição das ciclooxigenases, sem atingir a

lipoxigenase nem outros mediadores da

inflamação.

Indicações terapêuticas

Anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos.

São as drogas de primeira escolha no tratamento dedoenças reumáticas e não-reumáticas como, artritereumatoide, osteoartrite e artrite psoriática, assim como nassequelas de traumas e contusões e ainda nos pós-operatórios.

Dor leve e moderada propriedades analgésicasprolongadas

Diminuem a temperatura corporal elevada sem provocardependência química.

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Temperatura corpórea

Regulação da temperatura corporal

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Febre e efeito dos antipiréticos

Efeito Antipirético dos AINEs

Hipotálamo: Controle da temperatura corporal → equilíbrio entre perda e

produção de calor

Reação inflamatória Macrófagos IL-1

(-) PGE2

Hipotálamo

X

↑ set-point da toC

Aspirina, Paracetamol(Acetominofeno)e Dipirona(Metamizol)

AINES

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An

alg

és

ico

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nti

pir

éti

co

s

Agregação plaquetária

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Agregação plaquetária

AAS: inibição irreversível da atividade das isoenzimas cicloxigenase – COX 1 (plaquetas,

estômago e rim) e COX 2 (SNC, traqueia, rim, células endoteliais, testículos, ovários etc),

Propiciam a transformação do AA em PGH2, precursor imediato da PGD2, PGE2, PGF2a,

PGI2 e TXA2, ocorrendo bloqueio da produção de tromboxano A2 (potente agregante

plaquetário e vasoconstrictor).

Importante: as plaquetas produzem a PGH2, responsável pela liberação do TXA2 .

O TXA2 tem suas ações contrabalançadas pela liberação da prostaciclina (PGI2) das

células endoteliais vasculares, produzindo vasodilatação e inibindo a agregação

plaquetária.

O TXA2 é por essência um derivado da COX-1 (plaqueta) e altamente sensível à ação do

AAS, enquanto que a prostaciclina advém tanto da COX-1 (resposta de curta duração à

estimulação de agonistas como a bradicinina) como da COX-2 (ação de longa duração

em resposta ao estresse laminar de bainha que é insensível às doses convencionais da

aspirina).

Agregação plaquetária

PGI2 x TXA2

COX2

COX2

AINES

COX2

seletivo

Endotélio

Antiagregante

e

vasodilatador

AA

PGG2

PGI2

AA

PGG2

PGI2

AA

PGG2

TXA2

Vasoconstrição

Agregante

(-)

Plaqueta

COX1

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Farmacologia dos AINES

Farmacologia dos AINES

ANTINFLAMATÓRIA

- Reduz a síntese dos mediadores da inflamação

- Reduz mediadores químicos do sistema da

calicreína

- Inibe a aderência dos granulócitos

- Estabiliza lisossomas

- Inibe a migração de leucócitos

polimorfonucleares e macrófagos para os sítios

onde há inflamação.

ANTIPIRÉTICAEFEITO ANTIPIRÉTICO:

Reduz a temperatura corporal elevada

Bloqueia a produção de prostaglandinas

induzida pelos pirogênios

Bloqueia a resposta no SNC à interleucina-1

Inibição da ação

sensibilizante das PG

Inibição da síntese do tromboxano.

Inibem a agregação plaquetária e

prolongam o tempo de

sangramento

ANALGÉSICO

ANTIPLAQUETÁRIO

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Usos Terapêuticos

Todos são antipiréticos, analgésicos e antiinflamatórios, mas com graus diferentes

sobre essas atividades.

1.1. Analgésicos

• Dor leve a moderada

• Não produz efeitos indesejáveis dos opióides no SNC

• Aliviam a dor relacionada à inflamação

• PG: sensibilizante das terminações nervosas às ações da

bradicinina, histamina, outros mediadores químicos

1.2. Antiinflamatórios

• distúrbios músculo-esqueléticos inflamatórios (artrite-

reumatóide, osteoartrite, etc)

1.3. Antipiréticos

• Febre: ocorre quando o ponto de ajuste do centro

termorregulador está alterado

• Causa: de prostaglandinas

• Antipiréticos: reduzem a temperatura corpórea apenas nos

estados febris

• Alguns são contra-indicados para uso prolongado pelos efeitos

tóxicos (p.ex.: fenilbutazona)

1.4. Dismenorréia Primária

• A liberação de PG pelo endométrio durante a menstruação pode

causar cólicas fortes.

Usos Terapêuticos

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Ação antiinflamatória

-Inibe a enzima ciclooxigenase

- As aines apresentam variáveis seletividade para

( COX-1 e COX-2)

-As AINES podem aumentar a produção de leucotrienos

que agrava o processo inflamatório

- Os glicocorticóides inibem a fosfolipase A2 (são +

abrangentes inibem a formação do ác. Araquidônico e

portanto compromete a síntes de PGL e leucotrienos)

os glicocorticóides também bloqueiam a COX2

Efeitos renais

1. As PGL promovem vasodilatação renal, inibem a

reabsorção de cloretos e causam aumento da diurese.

2. Com o uso de daines - que inibem a síntese de PGLs –

vamos observar aumento da volemia.

- os AINES exercem poucos efeitos sobre a função renal

nos indivíduos normais ja que as PGLs exercem um

efeito mínimo em indivíduos com o sódio normal

- mas são potencialmente perigosos em pacientes com

ICC – cirrose – ascite – doença renal - hipovolêmicos

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Efeitos sobre o TGI

Os AINES aumentam cerca de 3x a incidência de efeitos

GI graves principalmente:

1. DIARRÉIA - NÁUSEAS - VÔMITOS

2. GASTRITES / ÚLCERAS ( MAIS IMPORTANTE)

3. SANGRAMENTOS ( pode causar anemia)

OS INIBIDORES SELETIVOS DA COX 2 CAUSAM MENOS

LESÕES ( PENSAR NO USO DE UM CITOPROTETOR)

1. AUMENTO DA VOLEMIA - por conta de uma ação à nível

renal

2. ARRITMIAS, QUE LEVOU A RETIRADA DO MERCADO DO

ROFECOXIB.

Efeitos cardiovasculares

1. DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO - inibem a agregação

plaquetária o que prolonga o tempo de sangramento)

2. Anemia por sangramento

Efeitos sobre o sangue

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Farmacocinética

A maioria dos AINES são ácidos fracos facilmente

absorvidos no trato gastrointestinal,

Picos de concentração entre 1-4h.

Ligam-se extensivamente às proteínas plasmáticas (95-

99%)

Metabolismo hepático

Excreção renal.

Efeitos Colaterais Distúrbios gastrointestinais

PGE2 estimula produção de muco e bicarbonato e modula secreção de HCl.

Perda da ação protetora sobre a mucosa e deixa de inibir a secreção ácida

Dispepsia, diarreia (ou constipação), náuseas, vômito, sangramento

gástrico e ulceração

Reações cutâneas

Erupções leves, urticária, fotossensibilidade (ác. Mefenâmico, sulindaco)

Efeitos renais adversos

PGE2, PGI2 envolvidos na manutenção da hemodinâmica renal

Nefropatia por analgésicos: nefrite crônica e necrose papilar renal

(⇑ doses por longo período Fenacetina) – retirada do mercado

Distúrbios hepáticos e depressão da medula óssea

Broncoespasmos em indivíduos asmáticos

Efeitos cardiovasculares -mais com inibidores de COX2

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Efeitos adversos

Efeitos gastrointestinais

estão entre os mais graves, incluindo náuseas, dor abdominal eúlcera gástrica

Os inibidores seletivos de COX-2 parecem minimizar esses efeitos.

Os AINES não oferecem efeitos cardioprotetores, e podem agravarproblemas renais em paciente idosos, com ICC, diabéticos, cirróticos,dentre outros.

Alguns AINES têm sido associados a efeitos de hepatotoxicidade.

Relacionado a uma elevação da pressão sanguínea, sendo esse efeito maisevidenciado em pacientes que fazem uso de drogas anti-hipertensivas.

Ulceração e intolerância gastrointestinais

- sangramento e anemia

Bloqueio da agregação plaquetária

- pela inibição da síntese de Tx

Inibição da motilidade uterina

- pela inibição da síntese de PG

- prolongamento da gestação

Reações de Hipersensibilidade

Efeitos adversos

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Classificação dos AINES

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Salicilatos

Ác. salicílico * Salicilato de sódio * Salicilato de metila * Diflunisal

* Ácido Acetilsalicílico

Pirazolônicos

Butazonas, dipirona

Paraminofenol

Fenacetina

Paracetamol = Acetominofen

Classificação dos AINES

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Classificação dos AINES

Ácido indolacético

Indometacina, Sulindaco

Ác. Heteroarilacético

Ibuprofeno, Naproxeno

Fenoprofeno, cetoprofeno

Ác. Arilpropiônico

Tolmetin, Diclofenaco, Cetorolaco

Classificação dos AINES

Ácido enólico

Piroxican, Meloxican, Tenoxican

Outros (inibidores seletivos da COX-2)

Nimesulide, Celecoxibe, Rofecoxibe

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INIBIDORES NÃO-SELETIVOS DA COX

Inibidores não-seletivos da COX

AAS

Inibição irreversível e não seletiva das ciclooxigenases

Efeitos farmacológicos

- antiinflamatórios

- analgésicos

- antipiréticos

- antiplaquetários

Intoxicação

- Salicilismo

- Síndrome de Reye em crianças

Contra-Indicação

- Pacientes hemofílicos

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AAS

Inibidor irreversível da COX-1 e COX-2

Utilizado também em distúrbios cardiovasculares por sua ação anti-

plaquetária(baixas doses)

Uso regular reduz o risco de câncer de colo e retal (inibidores seletivos da

COX-2 podem ser mais eficazes)

Evidências preliminares de que a aspirina reduz o risco da doença de

Alzheimer e tb retarda seu início

Diarreia induzida por radiação

Aspirina (Ácido Acetilsalicílico)Efeitos colaterais

Doses terapêuticas

Sangramento gástrico mínimo

Doses altas

Salicismo (tontura, zumbido e diminuição da audição)

↑ cons. O2, alcalose respiratória compensada ( ↑ exc. renal HCO3-)

Doses tóxicas acidose metabólica (hiperpnéia, hiperpirexia, convulsão, coma)

Relação com o desenvolvimento da Síndrome de Reye

Crianças – distúrbio hepático e encefalopatia que pode surgir após infecção viral aguda, com taxa de

mortalidade de 20-40%

Interação medicamentosa Em combinação com o warfarin →↑do risco de sangramento

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SÍNDROME DE REYE (combinação de distúrbio hepático com

encefalopatia – taxa de mortalidade de 25%)

QUE PODE SURGIR APÓS UM A DOENÇA VIRAL AGUDA

(influenza)

Efeitos adversos Aspirina

Normal Aspirina

Mucosa gástrica

Toxicidade do AAS

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Inibidores não-seletivos da COX

ACETAMINOFENO

• Inibição reversível das ciclooxigenases

• Efeitos farmacológicos

- analgésicos

- antipiréticos

• Intoxicação

- aguda: lesão hepática fatal dose-dependente

- antídoto: N-acetilcisteína

Vantagens

• Não produz efeitos sobre SCV e respiratório

• Não há distúrbio ácido-básico

• Não produz irritação, erosão ou sangramento gástrico

• Não produz efeitos nas plaquetas

Inibidores não-seletivos da COX

ACETAMINOFENO

NÃO POSSUI AÇÀO ANTI INFLAMATÓRIA APRECIÁVEL

porque é um inibidor fraco da COX na presença de

peróxidos existentes em concentrações elevadas no foco

inflamatório

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Paracetamol

Um dos agentes analgésicos e antipiréticos não-narcóticos mais

utilizado

Não tem ação anti-inflamatória

Efeitos colaterais

Dose terapêutica

Raros efeitos colaterais (reações cutâneas alérgicas)

Dose alta

Ingestão regular por um longo período: ↑ risco de lesão renal

Dose tóxica

2 a 3 vezes a dose terapêutica máxima

Hepatotoxicidade grave e potencialmente fatal, podendo

ocorrer também toxicidade renal

DICLOFENACO

Inibição reversível das ciclooxigenases e redução das

concentrações intracelulares do ácido araquidônico livre nos

leucócitos

Efeitos farmacológicos

- antiinflamatórios

- analgésicos

- antipiréticos

Apresentações

- comprimidos

- gel tópico

- solução oftálmica

- supositório

- injetável

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Outros AINES COX não-seletivos

Diflunisal

Etodolac

Fenoprofeno

Flubiprofeno

Ibuprofeno

Indometacina

Cetoprofeno

Cetorolaco

Meclofenamato e Ácido Mefenâmico

Nabumetona

Naproxeno

Oxaprozina

Fenilbutazona

Piroxicam

Tenoxicam

Tiaprofeno

INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2

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COXIBEs

Desenvolvidos na tentativa de agir apenas nos locais de inflamação

Exercem efeitos analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios

Menos efeitos colaterais gastrointestinais

Sem impacto sobre agregação plaquetária (que é mediada por COX1)

COX 2 é constitutiva nos rins: por isso não são recomendados para pacientes com insuficiência renal

Fármacos:

- Celocoxib (Celebrex®)

- Meloxicam (Movatec®, Meloxil®)

- Rofecoxib (Vioxx®)

COXIBEs

São tão ou mais eficazes que os AINEs não seletivos para o tratamento dainflamação e sintomas associados.

Como as plaquetas expressam primariamente a COX-1, esses fármacos não têmpropriedades antitrombóticas.

Com base em experimentos animais, observação de registros e ensaios clínicos,propôs-se que as mais importantes consequências da inibição seletiva da COX-2 emrelação ao coração são:

propensão à trombose, pelo desvio do balanço pró-trombótico/antitrombóticona superfície endotelial,

perda do efeito protetor da regulação superior da COX-2 na isquemiamiocárdica e no infarto do miocárdio.

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Comparação da seletividade dos agentes anti-

inflamatórios não-esteroidais para isoenzimas

da ciclo-oxigenase

Analgésicos e Anti-inflamatórios Não-esteroidais

Fármaco t 1/2

Aspirina 3-5 h Um dos fármacos mais comumente consumido no mundo inteiro, sendo também utilizado em condições não-inflamatórias

Ibuprofeno 2 h Fármaco de 1a. escolha, menor incidência de efeitos adversos Naproxeno é semelhante, mais potente, mais efeitos no TGI

Paracetamol 2-4 h Não é anti-inflamatório; ingestão regular de altas doses pode causar lesão renal e hepatotoxicidade

Diclofenaco 1-2 h Potência moderada; risco moderado dos efeitos adversos do TGI

Indometacina 2 h Potente inibidor da COX in vitro; efeitos colaterais não-TGI (cefaleia, tontura); 1a. escolha espondilite anquilosante

Nimesulida 2-4 h Ef. sobre leucócitos, PMN e metaloproteinases de condrócitos;Ind. hipersensibilidade ao ASS ou outros AINES (+ COX2)

Meloxicam 20 h Menos efeitos no TGI; mais seletivo COX 2 Piroxame semelhante, de ação curta, menos seletivo

Celecoxib 11 h Toxicidade TGI acentuadamente menor, Inibidores da COX-2

efeitos cardiovasculares

EtoricoxibLumiracoxib

24h12-24h

Toxicidade TGI acentuadamente menor, Inibidores da COX-2 mais seletivos e mais efeitos cardiovasculares