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“POLÍTICA E INDICADORES DE SAÚDE DA MULHER” ÂNGELA LESSA DE ANDRADE Enfermeira Obstetra, sanitarista, sexóloga e enfermeira do trabalho. Mestranda UPE em promoção à saúde.

AULA - Política e indicador em saúde da mulher

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“POLÍTICA E INDICADORES DE SAÚDE DA MULHER”ÂNGELA LESSA DE ANDRADE

Enfermeira Obstetra, sanitarista, sexóloga e enfermeira do trabalho.

Mestranda UPE em promoção à saúde.

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OBJETIVOS

• Conceitos de epidemiologia e Indicadores epidemiológicos;

• Entender o senário em saúde da mulher;

• Conhecer e identificar os principais indicadores;

• Identificar medidas de promoção à saúde e prevenção de doenças.

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Qual a representação da mulher antes do Século XX?

FONTE: GOOGLE.COM

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Evolução histórica

Primeiras décadas do sec. XX

• Demandas relativas à gravidez e ao parto;

• Visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica.

Movimento feminista

• Esses programas são vigorosamente criticados pela perspectiva reducionista com que tratavam a mulher;

• Estabelecimento do conceito de “Promoção à saúde” como base da “Qualidade de vida”.

Movimento das Mulheres

• Introduzir na agenda política nacional, questões, até então, relegadas ao segundo plano, por serem consideradas restritas ao espaço e às relações privadas;

• Problemas associados à sexualidade e à reprodução, as dificuldades relacionadas à anticoncepção e à prevenção de doenças sexualmente transmissível.

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Epidemiologia

EPI (sobre, acerca de) +

DEMOS (população [HUMANA]) +

LOGUS, LOGIA (ciência, estudo)

“É O ESTUDO DAS DOENÇAS EM POPULAÇÕES”

EPIDEMIOLOGIA = populações humanas

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“Estudo da distribuição e determinantes deestados ou eventos ligados à saúde (incluindodoença), e a aplicação desse estudo para ocontrole de doenças e outros problemas desaúde”

(WHO)

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EpidemiologiaEpidemiologia é uma ciência que utilizamétodos quantitativos para o estudo dosproblemas de saúde.

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Epidemiologia

• Descritiva

• Analítica

• Vigilância Epidemiológica : Conjunto de açõesque proporcionam o conhecimento, a detecçãoou prevenção de qualquer mudança dos fatoresdeterminantes e condicionantes de saúdeindividual ou coletiva, com a finalidade derecomendar e adotar as medidas de prevenção econtrole das doenças e/ou agravos (Lei Nº 8080de 19/09/90).

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Estado de saúde da população

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População de risco no estudo de carcinoma de colo uterino

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Prevalência e Incidência

• A medida da prevalência e da incidência envolve,basicamente, a contagem de casos em umapopulação em risco

• A simples quantificação do número de casos de umadoença, sem fazer referência à população em risco,pode ser utilizada para dar uma idéia da magnitudedo problema de saúde ou da sua tendência, em curtoprazo, em uma população como, por exemplo,durante uma epidemia

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Saúde da mulher

INDICADORES DE SAÚDE X DOENÇA

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INDICADOR

• Origem: Wikipédia.

• Indicador social é uma medida,geralmente estatística, usada para traduzirquantitativamente um conceito social abstratoe informar algo sobre determinado aspecto darealidade social, para fins de pesquisa ouvisando a formulação, monitoramento eavaliação de programas e políticas públicas.

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INDICADORES

Essenciais nos processos de monitoramento eavaliação:

• Embasar a análise crítica dos resultadosobtidos e auxiliar no processo de tomada dedecisão;

• Contribuir para a melhoria contínua dosprocessos organizacionais;

• Analisar comparativamente o desempenho.

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QV

• MORADIA

• CONDIÇÕES ECONÔMICAS

• ACESSO À SAÚDE E EDUCAÇÃO

• AMBIENTE

• POLITICAS

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MULHER X TRABALHO

PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICILIOS(PNAD)/Síntese de Indicadores Sociais (SIS)

• O percentual de famílias chefiadas por mulheresno país passou de 22,2% para 37,3%, entre 2000 e2010.

• o número de mulheres solteiras com filhos e opercentual de casais sem filhos.

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• Os dados mostram ainda que as mulheres têmchefiado mais famílias mesmo quandopossuem marido.

• Nesses casos, houve um aumento percentualde 19,5% para 46,4%, entre 2000 e 2010.

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• Indicadores universais – Expressam o acesso ea qualidade da organização em redes, além deconsiderar os indicadores epidemiológicos deabrangência nacional, e “O Índice deDesempenho do SUS” (IDSUS), sendo depactuação comum e obrigatórianacionalmente;

• Indicadores específicos – Expressam ascaracterísticas epidemiológicas locais e deorganização do sistema, e de desempenho dosistema (IDSUS) sendo pactuação obrigatória.

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2013-2015

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Indicadores x mulher

PLANO ESTADUAL DE SAÚDE – ANÁLISE SITUACIONAL

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Indicador de saúde da Mulher...

....Número de Parto normal x cesáreos!

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• Em 2013, dos 10.891 nascimentos ocorridosem hospitais privados até agosto, 87,5% forampor via cirúrgica. A taxa é quase seis vezesmaior do que a recomendação da OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), que afirma que ascesarianas não devem ultrapassar 15% dototal dos nascimentos. Na rede pública, onúmero é menor, mas ainda longe do ideal:43,6% dos bebês nasceram em cirurgias. Ataxa total da região é de 65,2% de cesáreas,no total de 22.066 nascimentos.

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...Aumentando a morbimortalidade materno-infantil.

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Mortalidade

• Em 1990, a mortalidade infantil era de 53,7óbitos para cada mil nascidos vivos.

• Em 2010, o número diminuiu para 18,6 óbitospor mil nascidos vivos.

• A tendência de redução chega perto doObjetivo do Milênio da ONU de reduzir amortalidade na infância para 17,9 óbitos pornascidos vivos até 2015.

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A região Nordeste destacou-se

• 87,3 óbitos/mil nascidos vivos em 1990 para 22,1óbitos/mil nascidos vivos em 2010.

• À mortalidade materna, o objetivo internacional é reduzi-la75% até 2015, em comparação com 1990.

• No período, a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por100 mil nascidos vivos, em 1990, para 69 mães por 100 milnascidos vivos em 2013 ─ últimos dados disponíveis.

• Nas últimas duas décadas, a proporção de mortes demulheres por complicações durante a gravidez ou do partoteve queda de 45%, passando de 380 mães por 100 milnascidos vivos para 210 mães por 100 mil nascidos vivos.

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A mortalidade por câncer de mama entre as mulheres de 30 a 69 anos

• No período de 1990 a 2010, subiu 16,7% de 17,4 para 20,3 óbitos por 100 mil habitantes.

• MS _ 25 à 59 anos.

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• Segundo o instituto, o aumento estariarelacionado a diversos fatores, como:

• Diagnóstico tardio devido à dificuldade deacesso a consulta ou desinformação sobreexames preventivos periódicos;

• Redução da taxa de natalidade, que faz comque o organismo receba estrogênio (hormônioque propicia o desenvolvimento do câncer demama) por mais tempo;

• E envelhecimento da população devido aoaumento na expectativa de vida.

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A mortalidade por câncer de colo de útero, entre mulheres de mesma faixa

etária e para o mesmo período

• Manteve-se estável, com variação entre 8,7 e 8,5 óbitos por 100 mil habitantes.

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INDICADORES DO PACTO PELA VIDA REFERENTES À SAÚDE DA MULHER

•Proporção de nascidos vivos de mães com 4ou mais, e 7 ou mais consultas de pré-natal;

•Razão de mortalidade materna;

•Proporção de óbitos de mulheres em idadefértil investigados;

•Proporção de partos cesáreos;

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•Razão entre exames preventivos do câncer docolo do útero em mulheres de 25 a 59 anos e apopulação feminina nessa faixa etária;

•Proporção de amostras insatisfatórias deexames citopatológicos;

•Concentração de mamografia em mulheres de40 a 69 anos de idade;

•Proporção de punção de mama dos casosnecessários.

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Indicadores de Morbimortalidade na Mulher

• Morte Materna

• (assistência - PN/Parto/Puerpério)

• Câncer ginecológico

• Causas Externas

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Taxa de mortalidade materna

• A taxa de mortalidade materna refere-se aorisco de morte materna em decorrência decausas associadas a complicações durante agestação, parto e puerpério. Essa importanteestatística é frequentemente negligenciadadevido à dificuldade para calculá-la de formaprecisa.

• 1990= 585.000 Mundo!!

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Cálculo da Razão de Morte Materna

Número de óbitos maternos em um determinado local e período_

Número de nascidos vivos no mesmo local e mesmo período

x 100.000

Mede o risco de morte materna (Conjunto de mortesdevidas às complicações de gravidez, parto e puerpério,sendo este último o período de 42 dias que se segue aoparto). O número de nascidos vivos é adotado como umaaproximação do total de mulheres grávidas.

Taxa (razão) de

Mortalidade =materna

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INDICADOR E POLITICA...

• ANÁLISE E CONSTRUÇÃO...

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À Politica

A politica de saúde da mulher foi umaconstrução que se deu ao longo dos anos,impulsionada pelo movimento feminista emassas sociais. Que teve impulso com oestabelecimento do conceito de “Promoção àsaúde” como base da “Qualidade de vida”.

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Diretrizes da PolíticaNacional de Atenção

Integral à Saúde da Mulher

• O Sistema Único de Saúde deve estarorientado e capacitado para a atençãointegral à saúde da mulher, numaperspectiva que contemple a promoção dasaúde, as necessidades de saúde dapopulação feminina, o controle depatologias mais prevalentes nesse grupo e agarantia do direito à saúde.

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HISTÓRIA...

• Nas décadas de 30,40 e 50= “ Mãe e Dona de casa”

• 1960= Não hierarquização “eqüidade de gênero”

• PAISM(1984)• PNAISM(2004)

Giffin Karen.2002; Mori ME, Coelho VLD, Estrella RCN.2006

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ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

1. Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para asportadoras da infecção pelo HIV e outras DST.

2. Estimular a implantação e a implementação da assistência emplanejamento familiar para homens e mulheres, adultos e adolescentes,no âmbito da atenção integral à saúde.

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3. Promover a atenção obstétrica e neonatal,qualificada e humanizada, incluindo aassistência ao abortamento em condiçõesseguras, para mulheres e adolescentes.

4. Promover a atenção às mulheres eadolescentes em situação de violênciadoméstica e sexual.

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5. Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS,a prevenção e o controle das doençassexualmente transmissíveis e da infecção peloHIV/aids na população feminina.

6. Reduzir a morbimortalidade por câncer napopulação feminina.

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7. Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero.

8. Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério.

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PROMOVER A ATENÇÃO À SAÚDE DA:

9. da mulher na terceira idade.

10. da mulher negra.

11. das trabalhadoras do campo e da cidade.

12. da mulher indígena.

13. das mulheres em situação de prisão.

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14. Fortalecer a participação e o controle socialna definição e implementação das políticas deatenção integral à saúde das mulheres.

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Atribuições do Enfermeiroa)Realizar atenção integral às mulheres;

b) Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico dasmamas, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conformeprotocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal,observadas as disposições legais da profissão;

c) Realizar atenção domiciliar, quando necessário;

d) Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem;

e) Manter a disponibilidade de suprimentos dos insumos e materiais necessários paraas ações propostas neste Caderno;

f) Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais daequipe.

(MS,2006)

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REFEÊNCIAS

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.Departamento de Articulação Interfederativa. Caderno de Diretrizes, Objetivos,Metas e Indicadores : 2013 – 2015 / Ministério da Saúde, Secretaria de GestãoEstratégica e Participativa. Departamento de Articulação Interfederativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

• DATASUS

• TABNET

• IBGE

• PORTAL DA SAÚDE

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OBRIGADA!

[email protected]